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O GESEL está lançando o relatório Observatório de Tecnologias Exponenciais número onze. O Observatório de Tecnologias Exponenciais visa contribuir com a sistematização e divulgação do conhecimento, identificando o papel das tecnologias exponenciais no processo de transição energética, bem como as estratégias e iniciativas para sua aplicação que estão sendo adotadas nos setores elétricos nacional e internacional. Por fim, pretende-se apresentar novos modelos de negócio e mudanças comportamentais do consumidor. Com base no Informativo Eletrônico Tecnologias Exponenciais, o Observatório identifica desafios e perspectivas para o setor elétrico na trajetória para a economia de baixo carbono.
O presente estudo tem como objetivo analisar um dos temas centrais da extensão dos prazos de concessão, o “excedente econômico”, fundamentado na contribuição do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL-UFRJ) à Consulta Pública nº 152/2023 do MME1. Essa contribuição, em seu cerne, analisou a dinâmica econômica das concessionárias de distribuição de energia e a rentabilidade dessas empresas ao longo da última década. Especificamente, o foco recaiu sobre a existência ou não de possíveis excedentes econômicos auferidos durante o atual período de concessão e a constatação de instabilidade de resultados econômicos que existe no Setor Elétrico Brasileiro (SEB), frente a um setor regulado e internacionalmente considerado de baixo risco.
ISBN: 978-65-86614-78-7
O presente estudo tem como principal fonte primária e motivadora as informações e conhecimentos derivados da missão técnica internacional com delegação composta por representantes da ANEEL, ONS, TCU, EPE e BNDES e que foi coordenada pelo GESEL-UFRJ. Durante o intenso período de 29 de maio a 2 de junho a delegação participou de reuniões na ERSE, EDP e Embaixada do Brasil, e realizou visitas em seis UHR do Grupo EDP. Expressamos nossos agradecimentos à Diretoria da EDP do Brasil e de Portugal, e em especial à equipe de engenheiros da EDP coordenadas pelos engenheiros Manuel Oliveira e Filipe Duarte, pelo apoio e explicações técnicas dadas in loco. Temos certeza que estes ensinamentos serão muito proveitosos para a difusão desta tecnologia no SEB.
ISBN: 978-65-86614-77-0
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Lorrane Câmara (Pesquisadora Sênior do GESEL-UFRJ) e Vanderlei Martins (PhD em Planejamento Energético pela COPPE da UFRJ) discutem a necessidade de modernizar a regulamentação dos mercados elétricos, à medida que a transição para fontes de energia renovável e distribuída ganha força em todo o mundo. O artigo destaca a crescente expansão da capacidade de geração descentralizada no Brasil, impulsionada por fontes como energia solar e eólica. O texto menciona a adoção de “sandboxes tarifários” como um meio de inovação regulatória e modernização do setor elétrico. Esses sandboxes envolvem testes de novas modalidades tarifárias em ambientes controlados e regulamentados. Eles podem ter diferentes objetivos, como avaliar políticas públicas, promover inovações ou produtos e lidar com temas específicos. O artigo também aborda a importância dos medidores inteligentes na implementação de tarifas dinâmicas e no empoderamento dos consumidores. No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a Resolução Normativa nº 966/2021 para a implantação de sandboxes tarifários pelas distribuidoras. Além disso, a Aneel está conduzindo uma consulta pública para a difusão de projetos de sandboxes regulatórios em várias áreas, como resposta à demanda e armazenamento de energia. Espera-se que essas experiências acelerem a criação de novas tarifas e impulsionem a transição energética, abrindo oportunidades de investimento no setor elétrico brasileiro.
(Publicado pelo Broadcast Energia)
O artigo “Energia nuclear: Riscos e potencialidades em relação a outras fontes de energia”, escrito pelos pesquisadores Pedro Ludovico, Isadora Verde e João Pedro Gomes do GESEL-UFRJ, fornece uma análise multifacetada da energia nuclear, enquadrando-a no contexto global de transição energética e comparação com outras fontes de energia. Os autores destacam que a energia nuclear apresenta significativas vantagens em termos de eficiência energética, baixas emissões de gases de efeito estufa e menor taxa de mortalidade associada, quando comparada a fontes como o carvão, petróleo e até mesmo a hidroeletricidade. Contudo, também sublinham os riscos inerentes, como desastres nucleares e a complexidade do armazenamento de resíduos. O texto aborda ainda as implicações da desnuclearização na diminuição de padrões de consumo de eletricidade e aumento nos preços de energia, usando o Japão pós-Fukushima como estudo de caso. Conclui que a energia nuclear, apesar de suas complexidades, desempenha um papel estratégico no portfólio energético global e requer uma avaliação meticulosa que considere uma variedade de fatores humanos, ambientais e geopolíticos.
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Alessandra Amaral (Consultora do GESEL e ex-diretora da Energisa e Light) e Roberto Brandão (Pesquisador Sênior do GESEL-UFRJ) partem do recente apagão para tratar dos desafios que se colocam para o SEB e em especial para o ONS, com o cenário em que eólica e solar irão representar 93% dos 129,5 GW de acréscimo na capacidade de geração do país com entrada em operação prevista para o período entre 2023 e 2029. Segundo os autores, “há uma certeza, a de que inovações regulatórias precisam ser adotadas para acolher o inevitável e desejável crescimento das fontes renováveis no país, de modo a manter a sua posição exemplar na geração, transmissão e distribuição de uma energia limpa e segura. E nesta direção as usinas hidrelétricas reversíveis terão um papel relevante”.
(Publicado pelo Broadcast Energia)