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Em artigo publicado no site Canal Energia, Nivalde de Castro, Guilherme Dantas e Lorrane Câmara, pesquisadores do GESEL, tratam da ascensão da micro geração fotovoltaica distribuída no SEB. Segundo os autores, “a predominância e hegemonia da geração hidroelétrica na matriz energética faz do Brasil um dos países com a melhor e maior oferta de energia elétrica a partir de fonte renovável do mundo. No entanto, esta hegemonia está com os dias contados em função das crescentes restrições ambientais ao aproveitamento do potencial hídrico.” Eles concluem que “serão necessários aprimoramentos e inovações regulatórias a fim de assegurar que a inserção da micro e da mini geração distribuída no sistema elétrico brasileiro ocorra de forma consistente, sustentável e neutra, como já está previsto de ocorrer, em 2019, pela ANEEL”.
(Publicado na Agência CanalEnergia)
A difusão da geração distribuída consiste em um processo que vem acontecendo em um ritmo exponencial, e se confirma a nível internacional. Apesar dos inúmeros benefícios associados a esse processo, há diversos desafios que decorrem dessa difusão, e que já estão sendo amplamente discutidos no cenário internacional, sobretudo nos países onde a GD já atinge considerável participação na geração de carga, e cujos impactos já são encarados por agentes do setor elétrico. No âmbito das discussões acerca de impactos e medidas de mitigação, ganha destaque a questão dos efeitos negativos da difusão da GD sobre o equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras, considerando que o arcabouço institucional vigente foi formulado considerando outro paradigma, marcado pela geração centralizada e pelo caráter “passivo” da rede. Considerando esse cenário, a presente dissertação se propõe a discutir os efeitos da disseminação da GD sobre as distribuidoras de energia elétrica, do ponto de vista teórico; analisar os casos da Califórnia e da Itália, no sentido de identificar quais dos efeitos se verificam, assim como mapear as medidas adotadas no sentido de mitigar o impacto; e, por fim, discutir e sistematizar as mudanças regulatórias implementadas nos casos avaliados, considerando o arcabouço teórico disponível sobre o tema.
O setor elétrico encontra-se em um processo de transição em função de radicais inovações tecnológicas que vem sendo aplicadas. O atual paradigma, marcado pela geração centralizada e pelo caráter passivo da rede de distribuição, está em mutação para um modelo descentralizado em que a Geração Distribuída (GD) de pequeno porte localizada no espaço da demanda e conectada diretamente à rede de distribuição. A difusão da GD é um processo que se confirma a nível global, sendo motivado por vários fatores, destacando-se a queda exponencial dos custos dos sistemas fotovoltaicos, a adoção de políticas de incentivo derivada da busca de segurança energética nacional e minimização dos impactos ambientais associados ao cumprimento dos acordos climáticos, e à criação de mecanismos de financiamento inovadores.
(Publicado no site Brasil Energia)
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro, Guilherme Dantas e Lorrane Câmara, coordenador, pesquisador sênior e pesquisadora, respectivamente, tratam das perspectivas para o segmento de distribuição diante do momento de reestruturação do SEB. Segundo os autores, “dado que os investimentos reconhecidos na base de remuneração de uma distribuidora são aqueles tidos como prudentes, nota-se uma tendência natural da concessionária em investir em tecnologias convencionais e, desta forma, minimizarem o risco de não terem seu investimento reconhecido pelo regulador”. Os autores ressaltam “a importância de se repensar a regulação das distribuidoras com vistas a fazer com que a transformação do setor, impulsionada pelas inovações tecnológicas, possa efetivamente ocorrer e possibilitar um serviço de maior qualidade para os consumidores, mas sem que essa transformação represente riscos ao equilíbrio econômico-financeiro das concessionárias de distribuição ou cobrança de preços elevados”.
(Publicado na Agência CanalEnergia)
Slides da apresentação dos pesquisadores Max Staib Ramalho, Lorrane Câmara, Patrícia P. Silva, Guillermo Pereira e Guilherme Dantas no evento ICEE 2017: 3rd International Conference on Energy & Environment: bringing together Economics and Engineering. O evento é organizado pela FEP (Faculdade de Economia e Gestão da Universidade do Porto) e pela Escola de Engenharia da Universidade do Minho e acontecerá na “Atmosfera M”, no Porto, em Portugal nos dias 29 e 30 de junho de 2017.
Increasing the share of renewables in electricity consumption has been the focus of energy and climate policies around the world. This motivation has resulted in different approaches across industrialized and developing economies for supporting the diffusion of renewable distributed generation. In this sense, this article compares eight different cases (Belgium, Brazil, Italy, Japan, United Kingdom, California, Germany and Portugal) and their policy trajectories in relation to photovoltaic energy deployment, in order to evaluate the drivers of their success rates. More precisely, this study identifies the main incentive policies, evaluates the motivation supporting their adoption and the factors that influence, or ultimately, determine their success, or failure. Much of the discussion surrounding the success of incentive policies for renewable energy technologies has focused on a narrower comparison between specific policies such as feed-in tariffs, net metering, renewable portfolio, tradable certificates, etc. This approach neglects to identify the wider framework of policy instruments that determine the success of a greater diffusion of renewable energy technologies. Thus this paper will offer a broader approach, by identifying a multitude of criteria that will help to identify the underlying causes for the successful expansion of these technologies.
Mitigating climate changes and guaranteeing the security of electricity supply are two of the most important drivers behind the adoption of renewable sources support policies. In the last few years, photovoltaic generation has proven growing dynamism and potential through its decreasing costs and accelerated adoption across many countries. Studies indicate that 96.3% of the gloval PV market depends on support schemes. In this context, the most widespread policies supporting photovoltaic generation are net metering and feed-in tariffs. Regarding net metering, California is an outstanding case, which over the past 20 years has played a leading role in photovoltaic energy policies nationally and internationally. Germany, in turn, has also been an early adopter of feed-in tariffs, and has often been signalled for its success in catapulting the country to the forefront of global photovoltaic installed capacity. Additionally, and following this characterization, the study looks at two “later comers”: Japan and Brazil. Although dissimilar countries, both choose to adopt one of the two policy instruments during the same time period. While Japan, in 2011, chose to implement a feed- in tariff scheme, Brazil in 2012 introduced a net-metering solution. Consequently, we evaluate the policies implemented in these two countries, identifying how they differ, and, consequently, if and how they have incorporated the lessons learned from the pioneering regions. Finally, taking into consideration the different trajectories of photovoltaic energy diffusion in the different cases, this study makes an exploratory assessment of the success of the two incentive schemes and their advantages and disadvantages. There exists an indisputable challenge in comparing the performance of policies across different countries, due their heterogeneity, particularly in regards to their socio-economic configuration. Thus, these limitations are taken into consideration when appraising the success of these incentive policies in the different countries. This demonstrates the importance of having a suitable support structure, which goes beyond individual policy tools.
Slides da apresentação dos pesquisadores Max Ramalho, Lorrane Câmara, Guillermo Ivan Pereira, Patricia Pereira da Silva e Guilherme Dantas no 6° ELAEE, Encontro Latino Americano de Economia da Energia, realizado no Hotel Windsor Florida, na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 02 e 05 de abril de 2017.
This research develops a comparative analysis between Brazil and Portugal, focusing on support schemes for solar photovoltaic electricity generation, for which both countries present significant potential. The analysis yields a detailed mapping of support policies trajectories, by presenting its main characteristics, incentive models, and resulting outcomes. The obtained results are policy-relevant, allowing for a more detailed understanding on the possibilities for support schemes design, adaptation, and the possible outcomes to be obtained from different schemes implementation.
A pesquisa desenvolve uma análise comparativa entre Brasil e Portugal, com foco em esquemas de apoio à geração de energia solar fotovoltaica, para quais ambos os países apresentam potencial significativo. A análise fornece um mapeamento detalhado das trajetórias das políticas de apoio, apresentando suas principais características, seus modelos de incentivo e efeitos. As conclusões são relevantes para as políticas, permitindo um entendimento mais detalhado sobre as possibilidades de projeto de apoio, adaptação e os possíveis resultados a serem obtidos com a implementação de diferentes esquemas.
Artigo apresentado no Energy of Sustainability Internetional Conference (Efs 2017), que aconteceu entre os dias 8 e 10 de fevereiro, em Portugal. O trabalho foi realizado no âmbito do Projeto de P&D “Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos sobre o Setor de Distribuição”, vinculado ao Programa de P&D da Aneel e executado pelo GESEL em parceria com a Energisa.