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Artigos de opinião
Publicado em: setembro de 2025
Cristina Rosa Nivalde de Castro Piero Carlo Sclaverano dos Reis

Oportunidades de investimento para data centers no Brasil

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Piero Carlo Sclaverano Dos Reis (pesquisador associado do GESEL-UFRJ e doutorando em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético [PPE] da UFRJ-COPPE) e Cristina da Silva Rosa (pesquisadora associada do GESEL-UFRJ) tratam do potencial do Brasil para se tornar um importante destino de investimentos em data centers, devido à sua extensa rede elétrica, oferta significativa de energia renovável e custos competitivos, destacando a recente medida provisória nº 1.307/2025, que amplia incentivos fiscais para projetos localizados em Zonas de Processamento de Exportação. Contudo, os autores alertam para a exigência da MP de que o fornecimento de energia seja exclusivamente por novas plantas renováveis, o que pode dificultar o desenvolvimento do setor ao impor investimentos duplos e desconsiderar o excesso de oferta de energia eólica e solar atualmente existente, recomendando a revisão dessa regra para viabilizar o crescimento sustentável e competitivo dos data centers no país.
(Publicado pelo Valor Econômico)

Artigos de opinião
Publicado em: julho de 2025
Marcelo Maestrini Nivalde de Castro

Capacidade Inovativa da Inteligência Artificial no Setor Elétrico

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL-UFRJ) e Marcelo Maestrini (pesquisador associado do GESEL-UFRJ) analisam a capacidade inovativa da Inteligência Artificial (IA) no setor elétrico brasileiro. Os autores destacam que a IA é uma tecnologia disruptiva e estratégica, comparável à “nova eletricidade” da Indústria 4.0, por sua capacidade de transformar transversalmente processos decisórios. No setor elétrico, ela é considerada um imperativo para enfrentar os desafios da transição energética, permitindo otimizar operações, integrar fontes renováveis e antecipar eventos com base em dados. Apesar do potencial, eles alertam que a adoção da IA ainda é limitada por diversos fatores. Entre os principais desafios estão a cibersegurança, a escassez de dados de qualidade, a dificuldade de integração com sistemas legados e a baixa capacidade das empresas de acumular conhecimentos técnicos e organizacionais. O setor, historicamente conservador, tende a operar de forma reativa e tem dificuldade em incorporar novas tecnologias. A reestruturação do setor com foco na eficiência de custos também contribuiu para a redução de investimentos em inovação e para o enfraquecimento da relação com o consumidor. Outro obstáculo importante está relacionado à força de trabalho, com formação inadequada de novos perfis digitais, descompasso entre a velocidade da transformação tecnológica e a qualificação profissional, além de alto turnover. Para enfrentar esses entraves, os autores defendem uma política pública de fomento à inovação, a ser articulada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com a ANEEL promovendo chamadas de PD&I voltadas à IA. Também sugerem a criação de um ambiente regulatório experimental (sandbox) para testar soluções em condições reais. Concluem que a IA é crucial para tornar a transição energética brasileira mais eficiente, acelerada e benéfica para a sociedade.
(Publicado pelo Broadcast Energia)

Artigos de opinião
Publicado em: julho de 2025
Nivalde de Castro Piero Carlo Sclaverano dos Reis

A competitividade de investimentos em data centers no setor elétrico

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Piero Carlo Sclaverano dos Reis (pesquisador associado do GESEL-UFRJ e doutorando em Planejamento Energético pela COPPE-UFRJ) analisam a competitividade dos investimentos em data centers no setor elétrico brasileiro. Eles destacam que essas infraestruturas, essenciais à digitalização e à inteligência artificial, são altamente eletrointensivas, podendo consumir até 300 GWh/ano em aplicações otimizadas para IA. Embora a capacidade instalada na América Latina ainda seja baixa (0,4 GW em 2024), o Brasil reúne vantagens como matriz elétrica renovável, sistema de transmissão interligado e estabilidade regulatória, com potencial de 9 GW em projetos até 2035, segundo o MME. A EPE aponta compatibilidade dessa expansão com os cenários do Plano Decenal de Energia 2034. Os autores também comentam o PL 3.018/2024, que propõe incentivos à implantação de data centers via a “Nova Política de Data Centers” (Redata), mas alertam para o risco de distorções e subsídios indevidos via CDE. Defendem a atuação coordenada de MME, EPE e ONS, além da adoção de boas práticas internacionais em regulação e eficiência energética. Os pesquisadores concluem que o Brasil tem uma oportunidade estratégica nesse mercado emergente, desde que a expansão ocorra com equilíbrio entre demanda, planejamento e política energética, evitando distorções como as observadas em subsídios à micro e minigeração distribuída.
(Publicado pelo Broadcast Energia)