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Artigos de opinião
Publicado em: novembro de 2025
Djalma Falcão Luiza Masseno Kalyne Brito

Empilhamento de Serviços e a Viabilidade das Baterias Multifuncionais

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Djalma Falcão, (professor do Programa de Engenharia Elétrica da COPPE/UFRJ e Pesquisador Associado do GESEL-UFRJ), Luiza Masseno (doutoranda em Economia e Pesquisadora Plena do GESEL-UFRJ) e Kalyne Brito (doutoranda em Planejamento Energético e pesquisadora do GESEL-UFRJ) abordam os Sistemas de Armazenamento de Energia por Baterias como ativos estratégicos capazes de prestar múltiplos serviços ao sistema elétrico. Segundo os autores, “as baterias deixam de ser ativos dedicados a uma única função e passam a gerar retorno por múltiplos serviços prestados ao sistema elétrico. Assim, além de armazenar energia, as baterias podem participar de mercados de serviços ancilares, aliviar congestionamentos na transmissão, contribuir para o controle de tensão e até evitar blecautes.”
(Publicado pela Agência CanalEnergia)

Artigos de opinião
Publicado em: novembro de 2025
Nivalde de Castro Piero Carlo Sclaverano dos Reis Cristina Rosa

Estratégia para os data centers após a promulgação do Redata

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador-Geral do GESEL), Piero Carlo Sclaverano dos Reis e Cristina Rosa (Pesquisadores Associados do GESEL-UFRJ) analisam a estratégia para o desenvolvimento de data centers no Brasil após a promulgação do Redata — regime especial que busca consolidar um marco de política industrial e ambiental para o setor. O avanço da Inteligência Artificial (IA) acelera a demanda por infraestrutura digital, exigindo grande oferta de energia elétrica confiável e competitiva, já que os data centers são eletrointensivos. A demanda projetada saltou de 2,5 GW em 2024 para 20,1 GW em 2025, o equivalente a quase um quarto do consumo médio nacional, evidenciando uma tendência estrutural. Para converter esse crescimento em infraestrutura concreta, os autores propõem uma estratégia baseada em quatro eixos integrados: planejamento e investimentos adicionais na rede elétrica; estímulo à eficiência energética e flexibilidade da demanda; expansão da geração limpa e flexível; e avanço nos sistemas de armazenamento de energia (SAE), que garantem segurança e estabilidade. O artigo conclui que o sucesso do Redata dependerá de um planejamento energético coordenado, transparente e monitorável, capaz de transformar a corrida por data centers em uma trajetória sustentável e previsível, fortalecendo a infraestrutura digital e a competitividade do país.
(Publicado pelo Broadcast Energia)

Artigos de opinião
Publicado em: setembro de 2025
Nivalde de Castro Vitor Santos

O desafio dos curtailments na União Europeia

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Vitor Santos (Professor Catedrático do ISEG) abordam o desafio crescente dos curtailments na União Europeia (UE). A transição energética europeia, focada em reduzir emissões de CO2 e aumentar a segurança energética, acelerou a expansão de fontes intermitentes (eólica e solar), cuja produção atingiu 47,6% em 2024. Essa dinâmica resultou na externalidade negativa dos curtailments (cortes de geração devido a restrições técnicas ou excesso de oferta) e na redução da flexibilidade operacional dos sistemas elétricos. Embora a média de curtailment se mantenha geralmente abaixo de 4%, exemplos como a Alemanha e a Irlanda demonstram que a falta de investimentos em redes e a capacidade de armazenamento limitada agravam o problema. Em 2022, os custos dos redespachos derivados de congestionamentos atingiram € 5 bilhões na UE, com estimativas de que possam chegar a € 103 bilhões em 2040. Para enfrentar esse cenário preocupante, há um consenso europeu na necessidade de desenvolver iniciativas para melhorar os mecanismos de curtailment e realizar alterações estruturais que reforcem a flexibilidade do sistema elétrico. As prioridades consolidadas incluem investimentos urgentes em redes de transmissão e distribuição, adoção de instrumentos operacionais para flexibilização e, notadamente, investimentos em sistemas de armazenamento de energia. Os autores concluem que o enquadramento analítico da UE, embora deva respeitar as diferenças setoriais, pode servir de base para a busca de soluções conjunturais e estruturais para os crescentes volumes de curtailments que já impactam o Setor Elétrico Brasileiro.
(Publicado pelo Broadcast Energia)

Artigos de opinião
Publicado em: setembro de 2025
Ana Carolina Chaves David Alexander Katarina Ferreira Nivalde de Castro

Relevância estratégica dos sistemas de armazenamento de energia hídrica

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador-Geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico [GESEL-UFRJ]), Ana Carolina Chaves (Pesquisadora Sênior do GESEL-UFRJ), Katarina Ferreira (Pesquisadora Associada do GESEL-UFRJ) e David Alexander (Pesquisador Associado do GESEL-UFRJ) abordam a relevância estratégica dos sistemas de armazenamento de energia hídrica (SAEH), como as usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs), na transição energética global. Com a crescente eletrificação e a expansão acelerada de fontes renováveis intermitentes, como a solar e a eólica, o Brasil e outros países enfrentam um desequilíbrio diário entre oferta e demanda, levando a cortes de produção (curtailments) pelo ONS. Os SAEH, que representam mais de 90% do armazenamento mundial e possuem vida útil superior a 40 anos, sustentabilidade e capacidade de armazenar energia por longos períodos, surgem como solução essencial para prover flexibilidade operativa e otimizar o uso dos recursos. A China lidera os investimentos em SAEH globalmente, mas, no Brasil, apesar do forte crescimento de fontes renováveis e da volatilidade da matriz elétrica, ainda não há um arcabouço regulatório claro para incentivar essa tecnologia estratégica. A ANEEL tem realizado estudos e consultas públicas e espera-se que o próximo Leilão de Reserva de Capacidade (LRCap) estabeleça as bases para futuros leilões específicos. Os autores recomendam o aprofundamento dos estudos sobre a regulamentação de remuneração e operação dos SAEH para estimular investimentos, pavimentando o caminho para um setor elétrico mais sustentável, confiável e econômico no Brasil.
(Publicado pelo Broadcast Energia)

Textos de discussão - TDSE
Publicado em: setembro de 2025
Ana Carolina Chaves Mauricio Moszkowicz Nivalde de Castro Roberto Brandão

TDSE 144 “Cadeia Produtiva das Usinas Hidrelétricas Reversíveis no Brasil”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) nº 144, intitulado “Cadeia Produtiva das Usinas Hidrelétricas Reversíveis no Brasil”. O estudo aborda as Usinas Hidrelétricas Reversíveis (UHRs) no Brasil, em resposta à crescente intermitência de fontes renováveis (eólica e solar) e ao descarte de energia (curtailment), que geram urgente necessidade de armazenamento. As UHRs surgem como solução estratégica, com capacidade de armazenar grandes volumes de energia, otimizando o parque hidrelétrico existente e reativando a cadeia produtiva nacional de UHEs. Seus benefícios incluem potência firme, segurança do sistema e postergação de investimentos em transmissão. Apesar do Brasil não ter um arcabouço regulatório específico para UHRs, o MME as priorizou e a ANEEL elabora proposições regulatórias (CP 39/2023). Esperam-se investimentos via leilões competitivos com contratos regulados, valorizando projetos brownfield (em UHEs existentes) e experiência internacional. O seminário do GESEL reuniu órgãos governamentais (Casa Civil, ONS, EPE, ANEEL, BNDES) e a cadeia produtiva. Discutiu-se a inclusão no Novo PAC, o gerenciamento de curtailments, a proposição de leilões A-7/A-8 para projetos com prazos longos, simplificação de outorgas e o potencial de múltiplas receitas. Agentes do setor destacaram a necessidade de especificações técnicas e locacionais claras, melhor licenciamento ambiental e um inventário de projetos. As recomendações finais incluem adaptações regulatórias para múltiplos serviços e receitas, contratos regulados (RAP) e o desenvolvimento de projetos-piloto em infraestruturas existentes (brownfield) para amadurecer a regulação. A definição de um inventário e a liderança do MME são essenciais para aproveitar a oportunidade das UHRs no Brasil, dada a demanda por armazenamento e a capacidade industrial existente.
ISBN: 978-85-7197-031-1

Artigos de opinião
Publicado em: agosto de 2025
Igor Barreto Julião Nivalde de Castro

Entre inércia e inovação – Papel do armazenamento na transição energética

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Igor Barreto Julião (pesquisador associado do GESEL-UFRJ) destacam o papel estratégico das tecnologias de armazenamento para viabilizar a transição energética no Brasil. Os autores ressaltam que, embora as fontes renováveis como solar e eólica sejam fundamentais para reduzir emissões, sua intermitência exige soluções como baterias de íon-lítio (eficientes e escaláveis) e sistemas mecânicos (como hidrelétricas reversíveis). Eles defendem que a combinação de diferentes tecnologias – incluindo baterias de fluxo redox e supercapacitores – é essencial para garantir segurança energética e estabilidade na rede. O artigo conclui que o armazenamento deve ser prioridade na política energética, transformando energias intermitentes em fontes despacháveis e confiáveis.
(Publicado pelo Broadcast Energia)

Artigos de opinião
Publicado em: agosto de 2025
Igor Barreto Julião Nivalde de Castro

O papel dos sistemas de armazenamento na transição energética

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Igor Barreto Julião (pesquisador associado do GESEL-UFRJ) destacam a necessidade urgente de substituir progressivamente fontes fósseis por alternativas renováveis para combater as mudanças climáticas e atender à crescente demanda por energia. Embora tecnologias como a solar e a eólica tenham avançado rapidamente, sua característica intermitente cria desafios de “despachabilidade”, dificultando o equilíbrio entre oferta e demanda. Nesse contexto, os sistemas de armazenamento de energia surgem como solução estratégica, utilizando tecnologias eletroquímicas (como baterias de íon-lítio, chumbo-ácido, íon-sódio e fluxo redox), mecânicas (como usinas hidrelétricas reversíveis) e térmicas, além de combinações híbridas com supercapacitores e volantes de inércia. Esses sistemas ampliam a estabilidade da rede, permitem o aproveitamento de excedentes e oferecem resposta rápida, apesar de exigirem altos investimentos iniciais. Por fim, reforçam que o armazenamento é o elo vital para tornar a geração renovável estável, confiável e despachável, acelerando a descarbonização e fortalecendo a resiliência dos sistemas elétricos no Brasil e no mundo.
(Publicado pelo Broadcast Energia)

Artigos de opinião
Publicado em: agosto de 2025
Nivalde de Castro Sidnei Martini

A crescente importância do armazenamento de energia

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Sidnei Martini (professor da USP e pesquisador associado do GESEL-UFRJ) e Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) tratam da evolução e dos desafios do sistema elétrico brasileiro diante das transformações tecnológicas e da transição para fontes renováveis, como solar e eólica, que apesar de sustentáveis têm geração intermitente. Eles explicam como a operação do Sistema Interligado Nacional, tradicionalmente unidirecional, se tornou mais complexa com o crescimento da micro e minigeração distribuída, exigindo adaptações nas redes de distribuição e aumentando a dificuldade de equilibrar oferta e demanda. O artigo destaca o problema do curtailment — desligamento de geração para evitar sobrecarga — agravado pelo excesso de oferta impulsionado por subsídios, e aponta o armazenamento de energia, via baterias e usinas hidrelétricas reversíveis, como solução técnica e estrutural. Por fim, enfatizam a necessidade de estudos de cenários e de um arcabouço regulatório que garanta segurança jurídica para esses investimentos, essenciais para a sustentabilidade e equilíbrio financeiro do setor elétrico.
(Publicado pelo Valor Econômico)

Artigos de opinião
Publicado em: julho de 2025
Fernando de Lima Caneppele Nivalde de Castro

Importância estratégica para armazenando de energia elétrica com baterias

Em artigo publicado no Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico [GESEL-UFRJ]) e Fernando de Lima Caneppele (professor da FZEA/USP e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP) abordam a importância estratégica do armazenamento de energia elétrica com baterias (BESS). Eles ressaltam que os BESS são infraestrutura crítica para garantir estabilidade e segurança às redes elétricas, frente ao desafio da intermitência das fontes solar e eólica. No Brasil, o aumento dessas fontes tem gerado um desequilíbrio diário com sobreoferta (“curtailments”), fenômeno ilustrado pela “Curva do Pato”, que obriga o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a cortar a geração excedente. A solução estrutural é canalizar esse excedente para os BESS. O ano de 2025 é um “divisor de águas”, marcado pelo primeiro Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP), que incluirá explicitamente a contratação de BESS para capturar e armazenar essa energia. Esse cenário abre um novo front de investimentos de baixo risco e sem subsídios, superando o paradoxo energético brasileiro e promovendo a integração massiva e segura das renováveis, impactando positivamente a competitividade industrial verde e a segurança energética futura. Experiências internacionais, como as da Califórnia e Austrália, demonstram a eficácia dos BESS. Contudo, a inserção no Brasil exige inovações regulatórias bem definidas, pois o modelo de “empilhamento de receitas” é ainda remoto. A urgência dos crescentes “curtailments” exige que o LRCAP de 2025 seja o ponto de partida para uma política de Estado coordenada.
(Publicado pelo Valor Econômico)

Artigos de opinião
Publicado em: junho de 2024
Nivalde de Castro Julian David Hunt

Novas tecnologias transformam arranha-céus em baterias

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador geral do GESEL) e Julian David Hun (pesquisador do International Institute for Applied Systems Analysis) tratam do processo de transição energética, que impulsionou significativamente as tecnologias de energia eólica e solar. Como resultado, surge uma necessidade crescente de tecnologias de armazenamento de energia, devido à intermitência da geração eólica e solar. Nesse contexto, eles propõem uma nova solução de armazenamento gravitacional, a Lift Energy Storage Technology (LEST), que utiliza elevadores e apartamentos vazios em edifícios altos para armazenar energia. A LEST é uma opção tecnológica interessante, pois utiliza um equipamento já instalado, criando valor adicional à rede elétrica e ao proprietário do edifício. No entanto, ainda há desafios a serem superados para tornar essa solução viável, como o custo da capacidade de armazenamento energético e a necessidade de encontrar espaço para armazenar os pesos dos quais o sistema depende. Ainda assim, a LEST pode ser um recurso valioso para melhorar a qualidade da energia em ambientes urbanos e se tornará cada vez mais valiosa em um futuro onde uma grande parte da eletricidade terá origem nas energias renováveis e descentralizadas.
(Publicado pelo Broadcast Energia)