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Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e Coordenador-Geral do GESEL), Piero Carlo Sclaverano dos Reis e Cristina Rosa (Pesquisadores Associados do GESEL-UFRJ) analisam a estratégia para o desenvolvimento de data centers no Brasil após a promulgação do Redata — regime especial que busca consolidar um marco de política industrial e ambiental para o setor. O avanço da Inteligência Artificial (IA) acelera a demanda por infraestrutura digital, exigindo grande oferta de energia elétrica confiável e competitiva, já que os data centers são eletrointensivos. A demanda projetada saltou de 2,5 GW em 2024 para 20,1 GW em 2025, o equivalente a quase um quarto do consumo médio nacional, evidenciando uma tendência estrutural. Para converter esse crescimento em infraestrutura concreta, os autores propõem uma estratégia baseada em quatro eixos integrados: planejamento e investimentos adicionais na rede elétrica; estímulo à eficiência energética e flexibilidade da demanda; expansão da geração limpa e flexível; e avanço nos sistemas de armazenamento de energia (SAE), que garantem segurança e estabilidade. O artigo conclui que o sucesso do Redata dependerá de um planejamento energético coordenado, transparente e monitorável, capaz de transformar a corrida por data centers em uma trajetória sustentável e previsível, fortalecendo a infraestrutura digital e a competitividade do país.
(Publicado pelo Broadcast Energia)
Slides de apresentação da XIV Jornada de Pesquisa Maria da Conceição Tavares, do Instituto de Economia da UFRJ, realizada entre os dias 21 e 23 de outubro de 2025, que neste ano teve como tema “Economia em tempos de tensões globais: comércio, geopolítica e soberania”. O evento, promovido anualmente pela Diretoria de Pesquisa, busca reunir e debater a produção acadêmica desenvolvida no IE-UFRJ, promovendo o diálogo entre graduação, pós-graduação e os programas de pesquisa.
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Piero Carlo Sclaverano Dos Reis (pesquisador associado do GESEL-UFRJ e doutorando em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético [PPE] da UFRJ-COPPE) e Cristina da Silva Rosa (pesquisadora associada do GESEL-UFRJ) tratam do potencial do Brasil para se tornar um importante destino de investimentos em data centers, devido à sua extensa rede elétrica, oferta significativa de energia renovável e custos competitivos, destacando a recente medida provisória nº 1.307/2025, que amplia incentivos fiscais para projetos localizados em Zonas de Processamento de Exportação. Contudo, os autores alertam para a exigência da MP de que o fornecimento de energia seja exclusivamente por novas plantas renováveis, o que pode dificultar o desenvolvimento do setor ao impor investimentos duplos e desconsiderar o excesso de oferta de energia eólica e solar atualmente existente, recomendando a revisão dessa regra para viabilizar o crescimento sustentável e competitivo dos data centers no país.
(Publicado pelo Valor Econômico)
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Piero Carlo Sclaverano dos Reis (pesquisador associado do GESEL-UFRJ e doutorando em Planejamento Energético pela COPPE-UFRJ) analisam a competitividade dos investimentos em data centers no setor elétrico brasileiro. Eles destacam que essas infraestruturas, essenciais à digitalização e à inteligência artificial, são altamente eletrointensivas, podendo consumir até 300 GWh/ano em aplicações otimizadas para IA. Embora a capacidade instalada na América Latina ainda seja baixa (0,4 GW em 2024), o Brasil reúne vantagens como matriz elétrica renovável, sistema de transmissão interligado e estabilidade regulatória, com potencial de 9 GW em projetos até 2035, segundo o MME. A EPE aponta compatibilidade dessa expansão com os cenários do Plano Decenal de Energia 2034. Os autores também comentam o PL 3.018/2024, que propõe incentivos à implantação de data centers via a “Nova Política de Data Centers” (Redata), mas alertam para o risco de distorções e subsídios indevidos via CDE. Defendem a atuação coordenada de MME, EPE e ONS, além da adoção de boas práticas internacionais em regulação e eficiência energética. Os pesquisadores concluem que o Brasil tem uma oportunidade estratégica nesse mercado emergente, desde que a expansão ocorra com equilíbrio entre demanda, planejamento e política energética, evitando distorções como as observadas em subsídios à micro e minigeração distribuída.
(Publicado pelo Broadcast Energia)
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Piero Carlo Sclaverano dos Reis (pesquisador associado do GESEL-UFRJ) e Vitor Santos (professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão [ISEG] da Universidade de Lisboa) analisam a necessidade de fortalecer a resiliência das redes elétricas diante dos eventos climáticos extremos, com foco na experiência europeia e suas possíveis aplicações no Brasil. Os impactos do novo paradigma ambiental se manifestam em eventos climáticos extremos (ECEx) cada vez mais frequentes e intensos. O Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC) prevê um agravamento dessa situação devido ao aquecimento global. A União Europeia lidera iniciativas nessa área por meio de marcos regulatórios, como a EU Climate Law e estratégias para adaptação climática. A análise se concentra no caso italiano, que inovou ao implementar regulamentações específicas para aumentar a resiliência da infraestrutura elétrica, incluindo incentivos econômicos e a criação de um índice de resiliência (IRE). No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu uma consulta pública para definir diretrizes regulatórias voltadas à resiliência das redes elétricas. O artigo sugere que o país se inspire na experiência europeia, especialmente no modelo italiano, para desenvolver políticas eficazes e coordenadas, garantindo maior segurança energética frente aos ECEx.
(Publicado pelo Broadcast Energia)