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Monografias, dissertações e teses
Publicado em: dezembro de 2023
Marcelo Maestrini

Desafios inovativos no PDI-ANEEL: análise da resposta do segmento de distribuição elétrica brasileiro em meio aos desafios da transição energética

A difusão dos recursos energéticos distribuídos – resposta da demanda, geração distribuída, baterias e os veículos elétricos – têm acarretado mudanças significativas na dinâmica do setor. O desdobramento disto é a necessidade do desenvolvimento de novas habilidades para lidar com estes grandes desafios para os sistemas de distribuição, sobretudo em capacidade inovativas para criar novas técnicas e ferramentas. Esta mudança tecnológica deverá ser capaz de aumentar a resiliência dos sistemas de distribuição, oferecendo segurança à inserção dos recursos energéticos distribuídos. Diante da necessidade de obtenção de novas tecnologias capazes de lidar com os desafios da transição energética, o objetivo central desta tese é analisar a prontidão do segmento de distribuição brasileiro em responder a estes novos desafios inovativos. A hipótese principal deste trabalho é que o segmento distribuição elétrico brasileiro ainda não estaria pronto para responder aos desafios inovativos inerentes à transição energética de uma forma geral. Tendo em conta a heterogeneidade entre as empresas, a respostas aos desafios inovativos não ocorreria uniformemente. Espera-se que os maiores grupos econômicos do país tenham melhores condições de preparar suas concessões neste desafio tecnológico, seja por características do seu mercado ou pelo nível de capacidades dinâmicas que elas conseguiram construir. Para testar essa hipótese utilizou-se do framework metodológico de análise da teoria evolucionária, buscando analisar a influência do comportamento das empresas na evolução do mercado de distribuição. O problema de pesquisa é analisado em três etapas: primeiro, partindo de uma perspectiva consolidada de mercado, compara-se o estágio de pesquisa alcançado pelo PROP&D com o programa inglês LCNF, assim como o seu avanço tecnológico nos últimos anos. Na segunda etapa, investiga-se o padrão de alocação de recursos dos grupos econômicos em projetos de pesquisa do PROP&D. Na terceira etapa, mapeia-se as rotinas de alto nível das empresas, estabelecendo conexões com o que foi observado na alocação de recursos. Os resultados do estudo apontam para uma evolução consolidada do segmento aquém do esperado, isso porque os grupos econômicos multinacionais têm conseguido avançar em direção de inovações mais maduras ou prontas para mercado, enquanto as empresas privadas individuais estão estagnadas em projetos de tecnologia básica. Este trabalho concluiu que o segmento está se desenvolvendo de forma heterogênea em resposta às severas exigências da transição energética.

Artigos de opinião
Publicado em: outubro de 2023
Nivalde de Castro Marcelo Maestrini

Desafios tecnológicos nas redes de distribuição de energia elétrica

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Casto (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL) e Marcelo Maestrini (Pesquisador do GESEL e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal Fluminense (PPGE/UFF) abordam os desafios tecnológicos nas redes de distribuição de energia elétrica. O artigo cita a importância da inovação no setor elétrico brasileiro, com foco nas concessionárias de distribuição de energia elétrica, em face dos desafios climáticos globais e da necessidade de descarbonização. O contexto destaca a urgência de ações concretas para combater as mudanças climáticas, exemplificadas pelas queimadas nos Estados Unidos, Canadá, Brasil e Líbia. O artigo também analisa o papel da inovação, com ênfase nos desafios enfrentados pelas concessionárias de distribuição ao incorporar novas tecnologias digitais em seus projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D). O texto conclui que a descarbonização do planeta impulsiona as transformações tecnológicas e as iniciativas de P&D em várias indústrias, incluindo a distribuição de energia elétrica. A digitalização das redes de distribuição desempenha um papel central nesse processo. No entanto, os desafios são significativos e afetam as habilidades, culturas e decisões de investimento das empresas, especialmente em relação à interdisciplinaridade e à absorção de tecnologia da informação. Empresas menores podem enfrentar desafios adicionais devido a limitações de investimento. Portanto, é crucial que o setor elétrico brasileiro aborde esses desafios para aproveitar as oportunidades da transição energética.
(Publicado pelo Broadcast Energia)

Artigos de opinião
Publicado em: setembro de 2023
Marcelo Maestrini João Pedro Gomes Paulo Maurício Senra Leonardo Gonçalves

A importância dos mecanismos de financiamento para transição energética nas economias emergentes

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, João Pedro Gomes (Pesquisador do GESEL), Leonardo Gonçalves (Pesquisador do GESEL), Marcelo Maestrini (Pesquisador Sênior do GESEL) e Paulo Maurício Senra (Pesquisador Sênior do GESEL) discutem a importância dos mecanismos de financiamento na transição energética de países emergentes em direção a uma economia de baixo carbono. O texto ressalta que, embora o investimento público seja relevante, ele não é suficiente para impulsionar a adoção de tecnologias de baixo carbono de maneira plena, especialmente em economias emergentes que enfrentam restrições fiscais e orçamentárias. A conclusão destaca a importância da sinergia entre o setor público e privado na transição energética. Governos devem estabelecer políticas favoráveis, oferecer incentivos financeiros e promover parcerias com empresas privadas para impulsionar os investimentos em tecnologias limpas. Os investimentos privados são essenciais para fornecer o capital e a inovação necessários para enfrentar os desafios ambientais e alcançar metas de energia sustentável.
(Publicado pela Agência CanalEnergia)

Artigos de opinião
Publicado em: julho de 2023
Nivalde de Castro Marcelo Maestrini Renata Lèbre La Rovere

O Programa de P&D como indutor tecnológico do Setor Elétrico Brasileiro

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, intitulado “O programa de P&D como indutor tecnológico do Setor Brasileiro”, Nivalde de Castro (professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Marcelo Maestrini (doutorando do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal Fluminense (PPGE/UFF)) e Renata Lèbre La Rovere (professora do Instituto de Economia da UFRJ e pesquisadora associada do GESEL) discutem o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PROPDI) como um indutor tecnológico no Setor Elétrico Brasileiro (SEB) diante dos desafios da transição energética. O programa foi criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como forma de incentivar inovações tecnológicas e promover a substituição dos combustíveis fósseis. O PROPDI introduz mudanças significativas, como a adoção de uma nova metodologia de avaliação que enfoca o portfólio de projetos das empresas e a criação de indicadores para medir o desempenho. Além disso, o programa enfatiza o desenvolvimento de tecnologias maduras e estabelece a meta de 1% de retorno financeiro sobre os investimentos. As empresas do setor elétrico enfrentam o desafio de gerenciar essas mudanças, implementar processos de inovação e formar equipes multidisciplinares.
(Publicado pelo Broadcast Energia)

Artigos de opinião
Publicado em: julho de 2023
Marcelo Maestrini Paulo Mauricio Senra Gabriel Pabst

O setor público como parceiro do e-carsharing

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, intitulado “O setor público como parceiro do e-carsharing”, Gabriel Pabst (Pesquisador associado do GESEL e doutorando do PPE-COPPE-UFRJ), Marcelo Maestrini (Pesquisador do GESEL e doutorando do PPGE-UFF) e Paulo Mauricio Senra (Pesquisador do GESEL e doutor pelo PPE-COPPE-UFRJ) tratam da importância do setor público como parceiro do e-carsharing, destacando a necessidade de integração e articulação para expandir a utilização de veículos elétricos em áreas urbanas. Inicialmente, os autores destacam que “na medida em que avançam os esforços para a descarbonização do setor de transportes, diversas estratégias têm sido elaboradas para solucionar os desafios que surgem. Dentre elas, destaca-se a eletrificação do transporte público e privado.” Nesse contexto, é destacado o e-carsharing, ressaltando que “o serviço de e-carsharing, tal como descrito, constitui uma proposta inovadora em território nacional, ainda aquém da sua capacidade de ofertar de modo sistêmico veículos zero emissão ao público amplo.” Nesse ponto, indicam “(…) são requeridas as atribuições de regulação e articulação típicas do poder público, o qual detém alcance significativo sobre os meios de comunicação e desenha estratégias setoriais relevantes, como os planos municipais de mobilidade urbana.” Por fim, os pesquisadores concluem: “em síntese, vislumbra-se um grande potencial sobre as estratégias da iniciativa privada associada ao e-carsharing, bem como a sua integração com as prerrogativas do poder público.”
(Publicado pela Agência CanalEnergia)

Textos de discussão - TDSE
Publicado em: junho de 2023
Nivalde de Castro Roberto Brandão Marcelo Maestrini Ana Carolina Chaves Thereza Cristina Aquino André Alves

TDSE 114 “Decarbonization and Electricity Market Design: The Future of Mibel as Thermal Generation is Phased out”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 114, intitulado “Decarbonization and Electricity Market Design: The Future of Mibel as Thermal Generation is Phased out”, de autoria de Nivalde de Castro, Roberto Brandão, Ana Carolina Chaves, André Alves, Marcelo Maestrini e Thereza Cristina Aquino. O trabalho, que obteve menção honrosa da 2ª edição (junho 2023) do Prémio MIBEL – Conselho de Reguladores do MIBEL (CR MIBEL), tem como objetivo discutir os impactos do crescimento esperado da participação de energias renováveis no mercado ibérico de energia elétrica. Dado que Portugal e Espanha estão comprometidos com metas agressivas para aumentar a participação das energias renováveis em suas matrizes energéticas, eventualmente construindo um sistema elétrico cem por cento renovável, os desenhos de mercado, em algum momento, terão que evoluir para funcionarem adequadamente nesse ambiente. Alguns desses desafios são abordados no texto.
ISBN: 978-65-86614-64-0

Artigos de opinião
Publicado em: fevereiro de 2023
Marcelo Maestrini Paulo Maurício Senra Vinicius Jose Braz da Costa Gabriel Pabst

Desafios para a introdução de ônibus elétricos no Brasil

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, intitulado: “Desafios para a introdução de ônibus elétricos no Brasil”, os autores Gabriel Pabst (pesquisador associado do Gesel e doutorando do PPE-COPPE-UFRJ), Vinícius José Braz da Costa (pesquisador júnior do Gesel), Marcelo Maestrini (pesquisador pleno do Gesel e doutorando do PPGE-UFF) e Paulo Maurício Senra (pesquisador pleno do Gesel), analisam as dificuldades associadas eletrificação dos transportes públicos no caso brasileiro. Inicialmente, os autores afirmam que: “apesar da agenda da eletrificação dos transportes públicos ter avançado em diversos países com diferentes realidades sociais e econômicas, esta transição continua a representar um desafio no caso brasileiro.” Os autores também apontam que: “em síntese, as principais barreiras encontradas na literatura ou em relatórios oficiais dos órgãos gestores responsáveis pela eletromobilidade no transporte coletivo por ônibus apontam um alto volume de recursos necessário para a implantação da política, dificuldades de obtenção de financiamento para seu custeio e empecilhos nos modelos vigentes de contratação pública que não favorecem a aquisição dos ônibus urbanos eletrificados.” Por fim, eles concluem: “a partir dos resultados identificados, avalia-se que diversos fatores complicadores para a utilização em larga escala dos ônibus elétricos no Brasil podem ser atenuados por políticas públicas de médio e longo prazo.”
(Publicado pela Agência CanalEnergia)

Textos de discussão - TDSE
Publicado em: fevereiro de 2023
Marcelo Maestrini Paulo Mauricio Senra Ceres Cavalcanti Luiza Di Beo Nathália Tavares

TDSE 112 “Implementação de modelos de e-carsharing no Rio de Janeiro: partes interessadas, principais barreiras e ações para promoção”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 112, intitulado “Implementação de modelos de e-carsharing no Rio de Janeiro: partes interessadas, principais barreiras e ações para promoção”, de autoria de Luiza Di Beo, Ceres Cavalcanti, Diogo Salles, Nathália Tavares, Marcelo Maestrini e Paulo Maurício Senra. O estudo está dividido em cinco seções. Na primeira seção, são abordados a definição de carsharing, um breve histórico e os modelos de negócio adotados. A segunda seção traz informações de experiências nacionais e internacionais de modelos de compartilhamento de veículos elétricos. Na terceira, é apresentada a metodologia utilizada para a pesquisa com os especialistas. Na quarta seção, são analisadas as barreiras enfrentadas pelo compartilhamento de veículos elétricos no Brasil e, por fim, na quinta seção, são apresentadas as conclusões e recomendações.
ISBN: 978-65-86614-59-6

Artigos de opinião
Publicado em: fevereiro de 2023
Marcelo Maestrini Paulo Maurício Senra Vinicius Jose Braz da Costa Gabriel Pabst

Mapeamento e avaliação das iniciativas de eletromobilidade aplicada aos ônibus brasileiros

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, intitulado: “Mapeamento e avaliação das iniciativas de eletromobilidade aplicada aos ônibus brasileiros”, os autores Gabriel Pabst (pesquisador associado do Gesel e doutorando do PPE-COPPE-UFRJ), Vinícius José Braz da Costa (pesquisador júnior do Gesel), Marcelo Maestrini (pesquisador pleno do Gesel e doutorando do PPGE-UFF) e Paulo Maurício Senra (pesquisador pleno do Gesel), realizaram um mapeamento acerca das iniciativas de eletromobilidade aplicadas ao setor de transporte público por ônibus no Brasil. Inicialmente, os autores apontam que: “(…) o texto constitucional e a PNMU visam direcionar as cidades para um modelo de desenvolvimento urbano mais sustentável, reduzindo as desigualdades sociais ao regular as condições urbanas de mobilidade e acessibilidade. Assim, os municípios constituem-se como os principais agentes de interesse e de condução das experiências de eletrificação de frotas de ônibus urbanos.” Em seguida, destaca-se que, “Verificadas as experiências ocorridas sobre a eletrificação de ônibus urbanos no âmbito nacional , constata-se uma multiplicidade de resultados a partir de diferentes iniciativas. Dadas as particularidades de cada iniciativa tomada pelas esferas federal, estadual e municipal, bem como da iniciativa privada, os resultados alcançados diferem principalmente em relação às tecnologias adotadas.” Os autores também pontuam que, “(…) ressalta-se a quantidade expressiva de projetos atualmente em desenvolvimento, o que decorre do recente interesse dos setores público e privado em firmar parcerias e financiar projetos de grande vulto, como em geral são caracterizadas as experiências de eletrificação de ônibus urbanos.” Por fim, os autores indicam que, “(…) Como a Constituição Federal atribui a competência da gestão do modal rodoviário público intramunicipal (referido neste artigo a título de síntese como ônibus urbano) aos municípios, cabe aos prefeitos brasileiros e a suas respectivas secretarias de transportes avaliarem a viabilidade e a conveniência da transição energética destes veículos.”
(Publicado pela Agência CanalEnergia)

Artigos acadêmicos
Publicado em: novembro de 2022
Marcelo Maestrini Paulo Mauricio Senra Gabriel Pabst

Impacto da criminalidade na implantação de um serviço de e-Carsharing em cidades latino-americanas: o caso do Rio de Janeiro

O estudo tem como objetivo analisar a interferência da criminalidade urbana no processo de seleção das áreas mais indicadas para a prestação do serviço de e-Carsharing. Com esta finalidade, este trabalho utiliza a metodologia SMARTER para classificar os bairros da cidade do Rio de Janeiro quanto a implementação de um serviço de e-Carsharing. Os resultados apontam para uma concentração dos melhores bairros em uma região específica da cidade (Área de Planejamento 2), concentração esta, que é amplificada quando leva-se em conta o critério de criminalidade. Portanto, conclui-se que, no Rio de Janeiro, a criminalidade poderá impactar a escolha das áreas para a instalação de bases operacionais de um serviço de e-Carsharing. Como desdobramento, isto poderá reduzir a viabilidade econômica do empreendimento ou até mesmo inviabilizá-lo.