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O presente estudo procura analisar as sustentabilidades econômica e financeira de distribuidoras de energia elétrica no período de 2009 a 2015. Para tanto, na perspectiva econômica, se utiliza de um modelo econométrico que foi construído com base no atingimento das referências regulatórias. Já para a análise financeira se utiliza de um modelo de análise de fragilidade financeira proposto por Minsky (1986) [1]. Os principais resultados mostram que o desempenho econômico das empresas varia pouco ao longo do tempo e que empresas estatais têm dificuldade em atingir a performance operacional, sustentabilidade econômica, definida pelo regulador. O estudo também mostra que houve uma deterioração generalizada dos indicadores de sustentabilidade financeira das empresas e que as empresas estatais aparecem no grupo de empresas com situação financeira mais crítica.
Slides da apresentação dos pesquisadores Roberto Brandão, Marcelo Alvaro Macedo, Luiz de Magalhães Ozorio, Rodrigo Scalzer, Arthur Tavares, Rafael de Oliveira Gomes e Rafael Moya Rodrigues Pereira no Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (Citenel) que aconteceu nos dias 2 a 4 de agosto de 2017, no Centro de Convenção de João Pessoa/Paraíba. O trabalho intitulado “Análise de Sustentabilidade Econômica e Financeira das Distribuidoras de Energia Elétrica no Brasil no período de 2009-2015”, foi escrito no âmbito do projeto de P&D “Índice de Sustentabilidade Econômico-Financeira das Distribuidoras de Energia Elétrica”, desenvolvido pelo GESEL com o apoio do Grupo CPFL Energia e realizado no âmbito do Programa de P&D da Aneel. O Citenel, assim como o Seenel (Seminário de Eficiência Energética no Setor Elétrico), são organizados bienalmente pela Aneel, no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica (P&D) e no âmbito do Programa de Eficiência Energética (EE), respectivamente. Nos eventos, são divulgados artigos e informes técnicos relacionados aos projetos de P&D e EE, regulados pela Aneel, e haverá uma mostra dos produtos e resultados dos projetos aprovados pela agência em anos anteriores.
Slides da apresentação do pesquisador Luiz Osório no Workshop do Projeto P&D Aneel Índice de Sustentabilidade Econômico-Financeira das Distribuidoras de Energia Elétrica, realizado no Auditório do Ibmec Centro, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2017.
Desde o início do processo de privatização, o Setor Elétrico Brasileiro vem passando por significativas mudanças, buscando atender simultaneamente a crescente demanda por energia, o maior rigor das legislações ambientais e a necessidade de diversificação de fontes energéticas, entre outros fatores. Este cenário de crescimento marcado por restrições implica a necessidade de aumento da eficiência das empresas atuantes no setor elétrico e um uso mais racional e planejado dos escassos recursos financeiros, físicos e humanos existentes. A busca pela eficiência se dá de forma distinta nos segmentos que compõem o SEB. Nos segmentos de geração e transmissão, a eficiência é fruto natural da competição inerente ao modelo de leilões de contratação. Na distribuição, segmento que atua sob a forma de monopólio natural, a eficiência é provocada e determinada pela atuação do órgão regulador – a Aneel – por intermédio de definições de regras, parâmetros operacionais e para composição do preço da energia visando à modicidade tarifária. As características distintivas do segmento de distribuição impõem aos gestores das empresas pertencentes a este e aos demais stakeholders do setor elétrico – acionistas, órgãos reguladores e credores – a necessidade de um acompanhamento próximo do desempenho econômico-financeiro das empresas distribuidoras, visando verificar se os distintos interesses envolvidos estão sendo atendidos. Tal fato suscita a necessidade de modelos de análise econômico-financeira de empresas e o levantamento de parâmetros que norteiem a avaliação dos agentes do segmento de distribuição de energia. Este trabalho sugere um modelo para análise econômico-financeira adequado às características específicas das empresas do segmento de distribuição elétrica brasileiro. Intenciona-se que, além do diagnóstico da atual situação econômico-financeira das empresas de distribuição, o trabalho auxilie na elaboração de análises prospectivas, que permitam o estudo de decisões e desenvolvimento de estratégias para manutenção de um bom desempenho futuro das companhias analisadas. O ferramental desenvolvido tem como um dos principais objetivos a praticidade e aplicabilidade do ponto de vista analítico-operacional utilizando informações provenientes de demonstrações financeiras e outros relatórios publicamente disponíveis.
(Publicado em dezembro de 2015)
Slides da apresentação de Luiz Ozório na Conferência Internacional: Potencialidades, Oportunidades e Desafios da Integração Elétrica na América do Sul realizada nos dias 26 e 27 de novembro de 2015, em Foz do Iguaçu.
As mudanças contábeis que surgiram no Brasil a partir da Lei 11.638/2007, juntamente com o processo de convergencia aos padroes internacionais dispostos pelos IFRS – International Financial Reporting Standards, traz alguns efeitos relevantes para análise econômico-financeira de empresas distribuidoras que atuam no Brasil. Uma das mudanças mais significativas nos balanços das distribuidoras foi a eliminaçao dos passivos e ativos regulatórios, em que eram efetuados os registros dos direitos e obrigaçoes reconhecidos pelo regulador, para serem incorporadas a tarifa em algum momento no futuro. Sendo assim, a eliminaçao dos passivos e ativos regulatórios dos balanços dessas companhias pode ser considerada como uma perda de conteúdo informacional para análise econômico-financeira destas empresas.
(Publicado em março de 2013)
Este estudo apresenta estratégias adotadas pelas empresas de engenharia pesada que atuam na área de infraestrutura, visto que, até a década de 1970 empresas de engenharia eram contratadas por empresas públicas ou governos para a construção de nova infra-estrutura e, a partir de década de 80, muitos países começaram a promover leilões públicos para a prestação de serviços de infra-estrutura em si: rodovias, aeroportos, centrais elétricas, de água serviços, etc. O estudo também faz uma revisão bibliográfica de project finance e financiamento corporativo. E, por fim, realiza uma análise do caso de Abengoa, empresa espanhola de geração, linhas de transmissão e serviços de água.
ISBN: 978-85-93305-21-4
(Publicado em abril de 2011)
O terceiro ciclo de revisão tarifária elaborado pela Aneel, processo que define e fixa os parâmetros dos quais dependem essencialmente a lucratividade das distribuidoras nos quatro anos subsequentes, gerou polêmica no setor elétrico, pois teve como resultante a redução das margens das distribuidoras ao pretender beneficiar o consumidor com a modicidade tarifária. As distribuidoras, por sua vez, têm questionado e resistido, com o argumento de que as novas tarifas serão um desestímulo ao investimento e consequentemente uma ameaça à qualidade do serviço prestado. Sendo assim, o estudo pretende avaliar a decisão da Aneel e os possíveis impactos que gerará a revisão tarifária para a saúde financeira das empresas e a na dinâmica de fusões e aquisições do setor.
(Publicado em maio de 2011)