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IFE
15/05/2023

IFE Transição Energética 17

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
15/05/2023

IFE nº 17

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 17

Dinâmica Internacional

IEA: Novo relatório destaca os meios para a indústria de petróleo e gás reduzir as emissões de suas operações

A IEA lançou um novo relatório que destaca a necessidade da indústria de petróleo e gás tomar medidas imediatas para reduzir significativamente suas emissões de gases de efeito estufa e ajudar a alcançar as metas internacionais de energia e clima. O relatório identifica cinco alavancas principais, incluindo a redução de emissões de metano, a eletrificação das instalações, a equipagem dos processos com captura, utilização e armazenamento de carbono, a eliminação de todas as queimas não emergenciais e a expansão do uso de hidrogênio de baixa emissão em refinarias. O relatório ressalta que cerca de US$ 600 bilhões são necessários nesta década para alcançar o corte nas emissões de petróleo e gás, que é uma fração da receita inesperada recorde que os produtores acumularam em 2022. O relatório também destaca a importância de lidar com as emissões de metano, que são a medida mais importante para limitar as emissões da indústria de petróleo e gás. (IEA - 01.05.2023)
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IEA: Mercado de gás natural tem gradual reequilíbrio e oferta global deve crescer 4% em 2023

A Agência Internacional de Energia (IEA) afirma, em relatório trimestral sobre o mercado de gás, que este segmento passa por um "gradual reequilíbrio", com menos pressão nos mercados globais e, especificamente, sobre o da Europa. Condições climáticas favoráveis e medidas políticas colaboraram para melhorar o quadro, diz a entidade, que projeta crescimento de 4% na oferta global de gás natural liquefeito neste ano, com a demanda estável. Segundo a IEA, no fim do primeiro trimestre, os preços na Europa e também na Ásia haviam recuado abaixo de seus níveis do verão local de 2021, "embora sigam bem acima de suas médias históricas". Houve forte queda na demanda por gás natural, o que reduziu a necessidade de recorrer mais aos estoques na Europa e nos EUA, aponta a agência. O resultado foi que a chamada "temporada de aquecimento" do Hemisfério Norte, entre outubro e março, acabou com os estoques bem acima de sua média dos últimos cinco anos, o que tende a "acalmar os fundamentos do mercado". A IEA alerta, porém, que a melhora na perspectiva para os mercados de gás não é garantia contra volatilidade e não deve ser uma distração de medidas que possam mitigar potenciais riscos. (Broadcast Energia - 04.05.2023) 
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EUA: Câmara vota para restaurar tarifas de painéis solares suspensas por Biden

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou para restabelecer as tarifas sobre as importações de painéis solares de vários países do Sudeste Asiático, depois que o presidente Joe Biden as interrompeu em uma tentativa de aumentar as instalações solares no país, uma parte fundamental de sua agenda climática. Doze democratas se juntaram a 209 republicanos para apoiar a medida anulada. Oito republicanos e 194 democratas se opuseram. No total, a medida foi aprovada por 221 votos a 202. A votação envia a medida ao Senado, onde legisladores de ambos os partidos expressaram preocupações semelhantes sobre o que muitos chamam de concorrência desleal da China. Biden prometeu vetar a medida se chegar à sua mesa. A indústria dos EUA argumenta que as importações de painéis solares são necessárias à medida que as instalações solares aumentam, para atender o nível elevado de demanda por energia renovável. A energia solar é uma parte fundamental da meta de Biden para atingir 100% de eletricidade limpa até 2035. (Broadcast Energia - 28.04.2023)
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Canadá: Ampliação de incentivos fiscais para iniciativas de energia verde

O novo crédito fiscal de investimento em energia renovável (ITC) do Canadá, apresentado no orçamento federal de 2023, tornará o país um líder global em condições financeiras favoráveis para projetos de energia verde. A modelagem econômica renovável da Rystad Energy mostra que esses novos incentivos fiscais aumentarão o valor de alguns projetos em mais de 50% ao longo de sua vida útil, posicionando o Canadá como o segundo lugar mais atraente para desenvolvedores renováveis, atrás apenas dos EUA. A estratégia “made in Canada” faz parte de uma tendência global crescente de políticas que priorizam a produção e o trabalho domésticos, semelhante à Lei de Redução da Inflação dos EUA. O ITC – um incentivo reembolsável que oferece uma porcentagem do custo do investimento de capital – fornecerá uma redução de impostos de 30% para tecnologias renováveis implantadas até 2034. (Petronotícias - 28.04.2023)
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Nacional

Artigo GESEL: As usinas hidrelétricas reversíveis no contexto do armazenamento

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico - Gesel) e Roberto Brandão (Pesquisador sênior e coordenador da área de estudos de usinas hidrelétricas reversíveis do Gesel-UFRJ) abordam a transição energética no setor elétrico brasileiro, que tem visto a crescente incorporação de fontes renováveis, especialmente eólica e solar, em sua matriz elétrica. Essa nova dinâmica está impondo desafios crescentes ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para manter o equilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica em todos os momentos, o que tem gerado a necessidade de tecnologias de armazenamento de energia. O artigo descreve três recursos de armazenamento: reservatórios de usinas hidrelétricas, baterias e usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs). O artigo destaca as vantagens das UHRs, uma tecnologia madura e consagrada mundialmente, que pode ampliar a capacidade de armazenando de energia potencial gravitacional e convertê-la novamente em energia elétrica. As UHRs possuem vantagens sobre as baterias, como uma maior capacidade de armazenamento e de geração de energia, perdas insignificantes e a possibilidade de ampliar a participação das fontes renováveis na matriz elétrica. O exemplo de Portugal, através da EDP, e da China, com destaque para a State Grid, mostra a importância das UHRs para manter o equilíbrio dinâmico entre oferta e demanda devido ao aumento crescente da capacidade instalada de energia eólica e solar. Por fim, concluiu-se que o Brasil tem um grande potencial para instalar essa tecnologia eficiente e ambientalmente sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 04.05.2023)
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Brasil diversifica matriz elétrica e ganha mais relevância na transição energética

Em 2022, a Aneel liberou para operação comercial 8,2 GW de novas usinas, dos quais 68% foram de eólica e solar. Para 2024, dos 13,8 GW de potência esperados, 12,9 GW são de usinas eólicas e solares, perto de 93%. As fontes renováveis que mexeram com a matriz brasileira com mais força nos últimos anos vão continuar ditando o crescimento da capacidade instalada de energia do Brasil. Ao mesmo tempo que criam novos desafios para o setor, como a questão do armazenamento. O dado de 2022 não inclui a energia de MMGD a partir de pequenos sistemas fotovoltaicos de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos, que sozinhas acrescentaram mais 7,3 GW de potência, praticamente toda composta por fonte solar. Ter mais da metade da nova energia originada nos ventos ou no sol não é um fato inesperado. É o resultado de um processo de transformação que mudou a matriz brasileira ao longo deste século, entre crises energéticas e mudanças tecnológicas e de hábitos. Junto com a energia hídrica, o Brasil se posiciona hoje como um dos países mais renováveis em energia do mundo, com índice acima de 80%, se considerar térmicas a biomassa. A expectativa é que isso coloque o país como um dos principais atores na transição energética. (Valor Econômico - 04.05.2023)
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Brasil pode liderar transição para a economia de baixo carbono

A invasão de tanques russos à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 provocou uma inflexão no cenário energético mundial – com reflexos de curto, médio e longo prazos que serão sentidos ao longo desta década e da próxima – e cria uma oportunidade histórica para o Brasil. Com uma matriz elétrica em que as fontes renováveis respondem por cerca de 84% – enquanto a média mundial é de 29% –, abundância de recursos hídricos, sol e vento e a capacidade de gerar energia elétrica 24 horas sete dias da semana com fontes limpas, o país poderá reforçar sua liderança energética no planeta se tornando um dos polos de produção de hidrogênio verde no mundo. Em 2022, o Brasil viveu a maior queda absoluta do mundo nas emissões do setor elétrico, de 34% na comparação com 2021, quando emitiu 105 milhões de toneladas de GEE. Para liderar o movimento mundial rumo a uma economia de baixo carbono, o Brasil terá de superar desafios regulatórios, institucionais e financeiros e aperfeiçoar seu marco regulatório, que em 2024 completa duas décadas de existência, concebido em um momento em que o mercado livre, a digitalização, descarbonização e descentralização eram incipientes. (Valor Econômico - 28.04.2023)
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Petrobras avança em diesel renovável e produz 5,8 milhões de litros em abril

A Petrobras, empresa estatal brasileira de petróleo, produziu 5,8 milhões de litros de diesel com 5% de conteúdo renovável em abril de 2023, utilizando seu primeiro produto lançado sob o Programa BioRefinaria. A empresa pretende atingir uma capacidade de produção de 10,6 bilhões de litros de diesel por ano até 2027, investindo cerca de US$ 600 milhões. O novo Diesel R é uma alternativa sustentável ao diesel, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 60%, dependendo das matérias-primas utilizadas. A tecnologia, que permite que o diesel seja misturado com diesel convencional em diferentes proporções, foi desenvolvida internamente e patenteada pela Petrobras. A produção de Diesel R da empresa será estendida a outras refinarias para expandir o programa. (CNN – 05.05.2023)
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Hidrelétricas responderam por 73% da geração média de energia em 2022

Responsáveis há décadas pelo perfil sustentável da matriz energética brasileira, as hidrelétricas têm perdido espaço, nos últimos anos, para projetos de geração eólica e solar. Isso não significa, porém, que as usinas que geram eletricidade pela força das águas estejam prestes a perder o posto de principal fonte de energia do país. Segundo a Aneel, as hidrelétricas responderam por 73% da geração média de energia em 2022, graças à boa situação dos reservatórios, enquanto os parques eólicos contribuíram com 13% do fornecimento, as termelétricas com 12% (englobando os diversos combustíveis usados, como gás natural, biomassa, diesel e fissão nuclear) e as usinas solares com 2%. Com as fortes chuvas deste verão e início de outono, a Aneel prevê que os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste deverão atingir no fim de abril um volume útil acima de 85%, o maior dos últimos 12 anos, indicando outra temporada de bom aproveitamento das hidrelétricas. (Valor Econômico - 28.04.2023)
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CBAM: O ajuste de preço de carbono na UE e a descarbonização no Brasil

O objetivo 55 (Fit for 55), aprovado pela União Europeia em abril de 2023, atualiza suas políticas para redução de emissões líquidas de gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030. O pacote inclui o CBAM, um mecanismo de ajuste de preço de carbono na fronteira, que tem como finalidade evitar que negócios sejam realocados para países sem políticas de precificação de carbono e conferir tratamento isonômico aos produtos internacionais e nacionais. O CBAM é aplicável para setores como ferro, aço, cimento, fertilizantes, alumínio, produção de hidrogênio e eletricidade. No entanto, para países com sistemas de precificação de carbono em vigor, o custo pago será deduzido no momento do ajuste de preço na importação, enquanto, para países sem precificação, seus produtos estarão sujeitos a pagamento de preço do carbono equivalente que teria sido pago se a produção ocorresse na União Europeia. O CBAM entrará em vigor logo mais e, até o fim de 2025, só produzirá efeitos como prestação de contas, e a partir de 2026, os preços serão ajustados de forma gradual. No Brasil, a Política Nacional sobre Mudança do Clima data de 2009, mas em 2022 foi publicado um decreto que definiu os primeiros passos para um futuro mercado de carbono, concedendo ao setor privado a oportunidade de apresentar planos de mitigação e adaptação climática. (Valor Econômico – 08.05.2023)
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Angra 3 é prioridade nos planos do governo

O MME (Ministério de Minas e Energia) confirmou o interesse do governo em concluir as obras da usina nuclear de Angra 3. A medida foi anunciada na quarta-feira (3), durante audiência na CME (Comissão de Minas e Energia) na Câmara, que contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e de sua equipe. O interesse em reforçar a pauta nuclear já foi sinalizado pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), que abordou o tema com o chanceler russo, Serguei Lavrov, durante sua passagem por Brasília, em meados de abril deste ano. Segundo o secretário de Energia Elétrica, Gentil Nogueira de Sá Junior, a obra está orçada em R$ 27,8 bilhões, sendo que R$ 7,8 bilhões já foram investidos. A estruturação do investimento restante de R$ 20 bilhões, segundo o secretário, está sendo garantida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Pelo cronograma inicial, há condições de o projeto ser concluído em 2029. (Folha de São Paulo – 03.05.2023)
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Brasil: Sem logística reversa, baterias de carros elétricos podem virar toneladas de lixo perigoso até 2030

Um estudo da Universidade Veiga de Almeida (UVA) alerta que a falta de regulamentação para a logística reversa de baterias que armazenam eletricidade de veículos elétricos poderia representar riscos ambientais ao Brasil. Apesar do impacto positivo dos veículos elétricos na redução das emissões de gases de efeito estufa, os pesquisadores afirmam que, sem regulamentação adequada, o país poderia receber toneladas de baterias de veículos elétricos leves que poderiam representar um potencial risco ambiental devido a substâncias tóxicas e altas probabilidades de explosões e incêndios. Como não há regulamentação específica para a reciclagem e disposição de baterias elétricas no final da vida útil, elas correm o risco de serem mal gerenciadas. (EPBR – 08.05.2023)
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Brasil: Grandes consumidores apostam em autoprodução para ganhar eficiência

Diversificação da matriz, autoprodução e novas tecnologias para ganho de eficiência vêm pautando a estratégia energética de grandes consumidores de eletricidade — pesos-pesados como CBA, Gerdau, ArcelorMittal e Albras. De um lado, as indústrias eletrointensivas buscam alternativas de energia limpa de novas fontes a custos competitivos, mesmo sem previsões de aumento no consumo. Na outra frente, apostam em sistemas e equipamentos para ganhar eficiência energética. A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) passou neste ano a utilizar energia gerada nos parques eólicos do complexo Ventos do Piauí I e II, em Pernambuco e no Piauí. A capacidade instalada de 171,6 MW equivale a 10,8% da necessidade de energia elétrica da empresa e tem como objetivo abastecer as fábricas de alumínio da cidade de Alumínio (SP) e Itapissuma (PE). Também a Gerdau está investindo na ampliação da capacidade de autoprodução e diversificação da matriz energética. A siderúrgica, que consome cerca de 400 MW por ano, planeja investir na geração de energia renovável até R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 500 milhões neste ano. Para isso, a Gerdau Next, braço da empresa para novos negócios, adquiriu no ano passado 33,33% da Newave Energia, que irá atuar em projetos na área de geração de energia solar e eólica e na área de distribuição. (Valor Econômico - 28.04.2023)
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IEA: Previsão de crescimento de 35% na venda de VEs em 2023

As vendas globais de carros elétricos devem atingir outro recorde este ano, expandindo sua participação no mercado automotivo geral para quase um quinto e liderando uma grande transformação da indústria automobilística que tem implicações para o setor de energia, especialmente o petróleo. É o que afirma a nova edição do relatório anual Global Electric Vehicle Outlook, elaborado pela Agência Internacional de Energia Atômica (IEA). O estudo mostra que mais de 10 milhões de carros elétricos foram vendidos em todo o mundo em 2022 e que as vendas devem crescer mais 35% este ano, chegando a 14 milhões. Esse crescimento explosivo significa que a participação dos carros elétricos no mercado geral de automóveis aumentou de cerca de 4% em 2020 para 14% em 2022 e deve aumentar ainda mais para 18% este ano, com base nas últimas projeções da IEA. Espera-se que programas políticos ambiciosos nas principais economias, como o pacote Fit for 55 na União Europeia e a Lei de Redução da Inflação nos Estados Unidos, aumentem ainda mais a participação no mercado de veículos elétricos nesta década e além. Até 2030, a participação média dos carros elétricos nas vendas totais na China, na UE e nos Estados Unidos deve aumentar para cerca de 60%. As tendências também estão tendo efeitos positivos na produção de baterias e nas cadeias de suprimentos. O novo relatório destaca que os projetos anunciados de fabricação de baterias seriam mais do que suficientes para atender à demanda por veículos elétricos até 2030 no Cenário Net Zero Emissions by 2050 da IEA. (Petronotícias - 27.04.2023)
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IEA: O progresso da Itália em eficiência energética

Uma nova revisão de política da IEA mostra que a Itália está no caminho certo para cumprir suas metas nacionais de redução de emissões e eficiência energética para 2030, mas são necessários mais esforços para atender ao mais ambicioso pacote Fit for 55 da UE. Cortar a burocracia para acelerar a implantação de energias renováveis deve ser uma prioridade, já que a Itália se prepara para buscar metas climáticas mais ambiciosas da UE e reduzir a dependência de suprimentos de energia russos. Apesar dos vastos recursos naturais adequados para energias renováveis, a implantação de tecnologias de energia limpa na Itália permaneceu relativamente lenta na última década devido a longos procedimentos de licenciamento, altos custos administrativos, disponibilidade de terras e oposição local. A revisão recomenda a implementação de políticas de eficiência energética personalizadas para atender às necessidades de energia dos segmentos mais vulneráveis da população e aumentar a conscientização do consumidor sobre a relação entre consumo de energia e custos por meio da implantação de medidores inteligentes e um maior foco na flexibilidade do sistema. (IEA – 03.05.2023)
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China: Apesar da retirada de incentivos fiscais, país aumenta emplacamento de VES em 25%

De acordo com dados publicados pelo governo chinês, os carros elétricos a bateria (BEV) e híbridos plug-in (PHEV) tiveram 1,5 milhão de unidades emplacadas na China no primeiro trimestre de 2023. O número recorde de vendas de modelos eletrificados representa nada menos que 59% das vendas globais nessa categoria, que atingiu o total de 2,55 milhões de unidades em todo o mundo, com os totalmente elétricos respondendo por 70% desse total. Trata-se de um aumento de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado, que se torna ainda mais relevante pelo fato do governo chinês ter retirado a maior parte dos incentivos estatais para a compra de carros elétricos. Outro destaque do mercado chinês é a participação dos veículos elétricos nas vendas totais de 28%, um número alto, mesmo na comparação com os grandes mercados globais como Alemanha (18%) Estados Unidos (8%) e Japão (menos de 3%). (Inside EVs - 03.05.2023)
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

GESEL: Lançamento do livro “A Economia do Hidrogênio”

O GESEL lançou o livro “A Economia do Hidrogênio: Transição, descarbonização e oportunidades para o Brasil”. Fruto de um projeto desenvolvido no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e financiado pela empresa Energy Assets do Brasil Ltda com apoio da Siemens Energy, o livro apresenta uma análise abrangente e atual do arcabouço de conhecimentos técnicos, financeiros, econômicos, regulatórios e ambientais da área de Economia do Hidrogênio. Reunindo resultados das considerações e análises de uma equipe multidisciplinar de pesquisadores do GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico) da UFRJ e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o documento visa informar tanto os leitores curiosos quanto os atores do setor sobre o estado da arte e as perspectivas de desenvolvimento da economia de hidrogênio de baixo carbono no Brasil. (GESEL-IE-UFRJ - 25.04.2023) 
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Brasil: Associações de energia renovável se unem para promover hidrogênio verde

Quatro associações brasileiras que representam empresas que atuam no setor de energia renovável uniram forças para trabalhar juntas na agenda do hidrogênio verde. A Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a Associação Brasileira de Biogás (ABIOGÁS) e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio) assinaram oficialmente um acordo de cooperação na sexta-feira (5). O acordo foi chamado de Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável. O objetivo do acordo é ter grupos de trabalho para discutir o quadro regulatório para o mercado de hidrogênio verde, o desenvolvimento da aplicação da tecnologia em diferentes setores econômicos e a disseminação de oportunidades para o hidrogênio renovável para seus membros e para a sociedade brasileira. Um dos desafios na adoção do hidrogênio verde é o alto custo de produção. Um estudo recente do Boston Consulting Group indica que o investimento necessário para a construção de infraestrutura de produção, armazenamento e transporte pode variar de US$ 6-12 trilhões até 2050. O pacto incluirá ações para estimular o investimento na área e outros projetos técnicos identificados como necessários. (Valor Econômico – 08.05.2023)
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Brasil: Acordo para promover carros a hidrogênio em SP

A GWM está prestes a iniciar as operações no Brasil. Nesse sentido, a empresa, que comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), vem promovendo vários eventos. Agora, o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou um acordo com o grupo chinês. Conforme Freitas, o objetivo é acelerar a adoção de veículos a célula a hidrogênio no Estado. Para isso, o governador diz que vão ser feitos estudos sobre maneiras de implantar a logística para reabastecimento. Assim como para identificar parceiros que possam gerar e distribuir hidrogênio. Além disso, o acordo prevê que o produto seja gerado por meio de fontes renováveis, como etanol, por exemplo. Segundo a marca, o projeto terá duração de um ano. Para isso, vai contar com o apoio da InvestSP. (O Estado de São Paulo – 30.04.2023)
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BCG: Cadeia de hidrogênio verde vai movimentar US$ 12 tri em investimentos em 25 anos

Estudo do Boston Consulting Group (BCG) aponta que a cadeia do hidrogênio verde deve movimentar US$ 12 trilhões em investimentos nos próximos 25 anos, sendo a maior parte do valor para infraestrutura. A pesquisa mostra, ainda, que a demanda global por combustível de baixo carbono em 2050 deve ser cinco vezes maior que a produção atual. Em 2021 esse consumo foi de aproximadamente 94 milhões de toneladas, sendo que a maior parte foi produzida a partir de fontes fósseis, geralmente gás natural. (Broadcast Energia - 02.05.2023)
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UE e Noruega formarão 'Aliança Verde' sobre captura de carbono e hidrogênio

A União Europeia e a Noruega planejam formar uma "Aliança Verde" para fortalecer a cooperação em tecnologias limpas, como a captura e o armazenamento de carbono e hidrogênio, com o objetivo de promover a descarbonização de setores industriais difíceis de difícil abatimento das emissões. O Mar do Norte está sendo apontado como uma importante fonte de energia renovável e detém a maior parte do potencial da Europa para armazenar dióxido de carbono. A UE e a Noruega também se comprometeram a criar um mercado "pleno" para o hidrogênio. (Bloomberg - 19.04.2023) 
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Reino Unido: Governo instado a acelerar implantação de hidrogênio verde

A organização comercial RenewableUK instou o governo do Reino Unido a trabalhar em estreita colaboração com a indústria de hidrogênio verde para acelerar a implantação de projetos importantes e iniciar uma "grande nova indústria de energia verde". O relatório da RenewableUK destaca que o Reino Unido está em uma conjuntura crítica, com outros países tomando medidas para avançar na corrida global para criar milhares de empregos e atrair bilhões em investimentos privados. O relatório recomenda a construção de vários grandes projetos o mais rápido possível para demonstrar que existe um mercado viável para investidores e fornecedores. A criação de uma nova força-tarefa governo-indústria para estabelecer um "roteiro" definindo como o Reino Unido pode atingir pelo menos 5 GW de hidrogênio verde até 2030 também é recomendada. A maior parte do hidrogênio verde será produzida usando eletricidade gerada pelo vento offshore, portanto, um estudo detalhado de como essas tecnologias podem operar lado a lado pode ajudar a criar mais flexibilidade no sistema elétrico e fortalecer a segurança energética do Reino Unido. (IMECHE – 03.05.2023)
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Brasil: GD e eficiência são incluídas em emendas da MP do Minha Casa Minha Vida

As discussões sobre a Medida Provisória 1.162/2023, que traz a nova edição do Programa Minha Casa Minha Vida, não deve ficar apenas no âmbito do segmento habitacional. Emendas inseridas por parlamentares também poderão ter impacto no setor elétrico. Temas como eficiência energética e geração distribuída, que de certa forma já estavam no texto, foram contemplados e podem aprimorar o programa. A MP do MCMV recebeu 298 contribuições de parlamentares e será relatada pelo deputado Marangoni (União – SP). O senador Confúcio Moura (MDB-RO) inseriu a proposta para que seja priorizada a instalação de sistemas de reaproveitamento de geração de energia solar fotovoltaica nas novas unidades habitacionais que vão atender ao Programa. Esses devem ser dimensionados para atenderem, no mínimo, 40% do consumo anual, dependendo das características técnicas das edificações e de estudo de viabilidade técnica e econômica de implementação. O deputado Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), também apresentou emenda sobre a GD, para que sejam passíveis de compor o valor de investimento e o custeio da operação, a elaboração de estudos, planos e projetos técnicos sociais de infraestrutura e geração distribuída por fontes renováveis. Outra emenda apresentada pelo deputado do PSB é que nos objetivos do programa conste o estímulo à modernização do setor habitacional e a inovação tecnológica com vistas à redução dos custos, à sustentabilidade ambiental, energética e climática. (CanalEnergia - 28.04.2023)
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Brasil: Mercado livre tem a adesão de 1,4 mil consumidores no 1º trimestre de 2023

O mercado livre de energia ganhou 1,4 mil pontos de consumo no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 30%, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Considerando o avanço observado no ano, o mercado já agrupa mais de 32 mil pontos de consumo e representa 37% da demanda total de energia elétrica do Brasil. De acordo com a CCEE, das novas adesões, aproximadamente 850 foram na categoria especial, que dá aos agentes o direito de escolher fontes incentivadas, como eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O restante são consumidores livre, que podem negociar com qualquer tipo de fonte. Na avaliação por ramos de atividade econômica, a maioria das unidades de consumo do mercado livre está distribuída entre os setores de comércio, serviços e alimentos. Já no levantamento regional, os pontos estão mais concentrados em São Paulo (10 mil), Rio Grande do Sul (3 mil) e Minas Gerais (2,9 mil). (Broadcast Energia - 02.05.2023) 
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EUA: Laboratório Nacional de Argonne ajuda a tornar as estações de carregamento de veículos elétricos ciberseguras

À medida que mais veículos elétricos (VEs) pegam a estrada, as estações de carregamento estão surgindo nos Estados Unidos. Os benefícios vão além da redução das emissões de carbono das viagens rodoviárias. Esses sistemas também podem se conectar à rede elétrica por meio de carregamento inteligente, consumindo energia quando a demanda geral é baixa e alimentando-a de volta à rede quando necessário. Qualquer dispositivo digital precisa de precauções de segurança cibernética e os carregadores de veículos conectados não são exceção. Pesquisadores do Laboratório Nacional Argonne do Departamento de Energia dos EUA (DOE), em colaboração com a Exelon, a maior empresa de serviços públicos do país, estão se preparando para um futuro seguro de carregamento inteligente como parte de um projeto de quatro anos e US$ 5 milhões financiado pelo Escritório de Tecnologias de Veículos do DOE no Gabinete de Eficiência Energética e Energias Renováveis (EERE). (EE Online – 03.05.2023)
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Impactos Socioeconômicos

WEF: Três setores com alto potencial para criação de empregos

O Fórum Econômico Mundial realizou o "The Growth Summit: Jobs and Opportunity for All" em Genebra, Suíça, e discutiu as nuances do mercado de trabalho global. A pandemia da Covid-19 e as crises geopolíticas impactaram de maneiras diferentes o mercado de trabalho ao redor do mundo, resultando em altas taxas de desemprego em países de renda baixa e média-baixa. No entanto, o aumento da adoção de tecnologia, a transição para a energia verde e a reestruturação das cadeias de valor estão impactando a criação de empregos de forma positiva em três setores: energia e materiais, TI e comunicações digitais e cuidado, serviços pessoais e bem-estar. Esses setores têm um grande potencial para impulsionar a criação de empregos globalmente. A energia renovável pode levar a um crescimento significativo do emprego, a tecnologia e a digitalização são importantes impulsionadores do crescimento direto de empregos, e investir em cuidados pode criar quase 300 milhões de empregos globalmente até 2035. (Valor – 07.05.2023)
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LLYC: Consumidores participam pouco da discussão sobre transição energética

Uma pesquisa da Llorente Y Cuenca (LLYC) constatou que há baixa participação da sociedade nas discussões sobre transição energética nas redes sociais. As empresas do setor têm dificuldades para dialogar com a população sobre o tema e há pouca informação disponível sobre os desafios da transição. A mídia é o principal meio de informação sobre o assunto, seguida por personalidades famosas e políticos. As empresas mais mencionadas nas redes foram Petrobras, Natura, Shell, EDP e Neoenergia. O estudo concluiu que é necessário democratizar a conversa e que a comunicação pode desempenhar um papel fundamental na tradução de termos técnicos sobre descarbonização. (EPBR – 05.04.2023)
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Eventos

GESEL no Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E)

O GESEL participou, nesta quinta-feira, dia 04/05/2023, do Painel "SMR - O Futura da Energia Nuclear", dentro do Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E), o maior evento de negócios e tecnologia do setor nuclear brasileiro, realizado pela ABDAN. Roberto Brandão foi o palestrante convidado do GESEL e esteve ao lado de Dohee Hahn (presidente da equipe de implementação da plataforma SMR da IAEA) e Clayton Silva (Analista de Pesquisa Energética da EPE). A moderação foi feita por Giovani Machado (Diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da EPE). (GESEL-IE-UFRJ – 04.05.2023) 
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Como o Hidrogênio pode ajudar no Planejamento Energético

O evento foi organizado pela H2Todos Educação e ocorreu em 26 de abril de 2023, em formato on-line. O objetivo do evento foi discutir o papel do hidrogênio no planejamento energético, abordando suas possibilidades e desafios na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. Diversos especialistas no assunto foram convidados para apresentar suas perspectivas e insights sobre o tema. O evento foi transmitido ao vivo pelo YouTube, para assistir à gravação clique aqui. (H2Todos Educação - Abril 2023) 
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A corrida pelo lítio: o mineral da transição energética

O lítio é uma matéria-prima importante para a transição energética, presente em baterias de veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia. A demanda pelo mineral deve crescer significativamente até 2040, o que levanta preocupações sobre a alta concentração de processamento em poucos países e os impactos ambientais da mineração. No Brasil, o governo criou a iniciativa Vale do Lítio para atrair investimentos internacionais na exploração e industrialização do mineral no Vale do Jequitinhonha. O objetivo é transformar a região em uma das principais produtoras de lítio do mundo. A antessala discute os desafios e oportunidades do país em garantir a transição energética com segurança e responsabilidade ambiental. Nesta edição da antessala, dia 11/05 às 10h, discutiremos os desafios do Brasil na exploração desse mineral e as oportunidades do país em garantir a transição energética com segurança e responsabilidade ambiental. Os convidados nesta edição são: José Balbino Maia de Figueiredo, vice-presidente da Regional FIEMG Vale do Jequitinhonha; Julio Cesar Nery Ferreira, Diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do IBRAM; Elaine Santos, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. (EPBR - 05.05.2023)
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Global Energy Transition 2023

O Global Energy Transition 2023 busca reunir líderes mundiais da indústria, energia e governo para redefinir o discurso intersetorial net-zero e enfrentar os desafios da transição energética. O evento ocorrerá em Nova York de 07 a 08 de junho e visa avaliar criticamente o status da transição energética e reexaminar o sucesso, estabelecer metas realistas e táticas e criar uma nova agenda para o futuro verde. (Reuters - 06.05.2023)
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