IFE Diário 6.180
Regulação
Vetos ao PL 576/2021 dividem setor energético e podem evitar custo de R$ 545 bi
Entidades do setor elétrico estão pressionando o Congresso Nacional para derrubar vetos presidenciais ao Projeto de Lei nº 576/2021, que cria o marco legal da energia eólica offshore no Brasil. Os vetos de Lula atingiram trechos considerados "jabutis", por tratarem de temas alheios ao objetivo do PL, como a obrigatoriedade de contratação de termelétricas a gás, prorrogação de usinas a carvão e aquisição compulsória de energia de pequenas hidrelétricas. Especialistas alertam que a manutenção desses dispositivos pode gerar um custo adicional de R$ 545 bilhões nas contas de luz até 2050 e elevar as emissões de gases de efeito estufa em até 25%, contrariando compromissos ambientais do país. Enquanto entidades industriais e consumidores defendem os vetos para evitar encarecimento da energia, setores ligados ao gás e ao carvão fazem lobby pela derrubada, alegando segurança energética e manutenção de empregos. O Planalto, por sua vez, articula politicamente para preservar os vetos e manter a credibilidade ambiental do governo. (Valor Econômico - 12.05.2025)
Congresso vota vetos ao marco da eólica offshore em meio a pressão do setor elétrico
Com a votação do Congresso marcada para 27 de maio, entidades do setor elétrico intensificam esforços para derrubar os vetos presidenciais aos artigos do PL nº 576/2021, que regulamenta a energia eólica offshore no Brasil. Os vetos atingem trechos considerados “jabutis”, por tratarem de temas alheios ao objetivo do projeto, como a contratação compulsória de térmicas a gás, prorrogação de usinas a carvão e subsídios a pequenas hidrelétricas. Especialistas alertam que a inclusão desses dispositivos pode gerar impacto de R$ 545 bilhões nas contas de luz até 2050 e aumentar as emissões de gases de efeito estufa em até 25%, comprometendo a transição energética e os compromissos climáticos do Brasil. Enquanto o Planalto articula para manter os vetos e proteger sua credibilidade ambiental, setores como gás, carvão e PCHs defendem a derrubada, alegando segurança energética, infraestrutura e preservação de empregos. Já o setor eólico critica a distorção do projeto original e alerta para os custos sociais e ambientais dessa manobra legislativa. (Valor Econômico - 13.05.2025)
Pará será o mais penalizado com alta de tarifa com veto a lei das eólicas offshore
Os vetos aos jabutis da lei que estabelece as diretrizes para a geração de energia eólica offshore devem encarecer as contas de luz em 9% e a região Norte será a mais penalizada, segundo levantamento da Abradee, associação das distribuidoras de energia. O Pará é o que terá o maior reajuste tarifário, segundo o levantamento: R$ 19,45 por MWh (megawatt-hora), seguido de Mato Grosso do Sul (R$ 18,03), Alagoas (R$ 17,88), Rio de Janeiro (R$ 17,97) e Amazonas (R$ 17,77). O impacto para os consumidores será um custo adicional às tarifas de R$ 545 bilhões, o equivalente a 25 anos de bandeira vermelha 2, o patamar mais elevado das contas de luz. (Folha de São Paulo – 12.05.2025)
MME e EPE realizarão 37 estudos em 2025 para planejar expansão da transmissão de energia
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) anunciaram a execução de 37 estudos em 2025 para planejar a expansão da transmissão de energia elétrica no Brasil. As análises visam identificar novas instalações e equipamentos necessários para fortalecer o sistema, com foco em ampliar interligações regionais e avaliar a inclusão de hidrogênio como carga energética. Desses estudos, 15 são inéditos e 22 dão continuidade a pesquisas iniciadas em 2024. O objetivo é garantir eficiência e segurança no fornecimento de energia, diante do crescimento da demanda. A integração do hidrogênio na matriz energética pode reduzir emissões de carbono, alinhando-se a políticas de sustentabilidade. A iniciativa reforça o planejamento estratégico do governo para o setor elétrico. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Aneel abre consulta pública para revisão de normas técnicas do ONS
A Aneel iniciou a Tomada de Subsídios nº 005/2025 para coletar contribuições sobre atualizações nos Procedimentos de Rede do ONS, visando adequação regulatória e aprimoramento da qualidade de energia. A consulta pública abrange a revisão de 17 submódulos, incluindo normas operacionais, diagnóstico de sistemas de proteção e indicadores de desempenho da Rede Básica. As sugestões podem ser enviadas até 23 de junho de 2025 pelo e-mail ts005_2025@aneel.gov.br, e as propostas estão disponíveis no portal da Aneel. O processo busca alinhar as regras do setor elétrico às necessidades técnicas e regulatórias atuais. (Aneel – 09.05.2025)
GESEL em Audiência Pública sobre inserção de sistemas de armazenamento nos sistemas elétricos do Brasil
Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL, participará de Audiência Pública destinada a debater a inserção de sistemas de armazenamento de energia nos sistemas elétricos do Brasil. A reunião será realizada no dia 28 de maio, às 9h, no Plenário 14 do Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília. O evento ocorrerá em atendimento ao Requerimento nº 31/2025, de autoria do Deputado Federal Diego Andrade, aprovado em Reunião Extraordinária Deliberativa da Comissão de Minas e Energia, no dia 7 de maio de 2025. (GESEL-IE-UFRJ – 13.05.2025)
Transição Energética
Brasil negocia com China fábrica de fertilizantes e investimentos em energia sustentável
Durante a visita de Estado do presidente Lula à China, nos dias 12 e 13 de maio, o governo brasileiro busca fechar acordos estratégicos. Um dos resultados esperados é a assinatura de contrato para que a CNCEC realize estudos de viabilidade técnica e financeira para a instalação de uma fábrica de fertilizantes no Paraná, medida essencial para o Brasil, maior importador mundial desses insumos, que registrou recorde de 44,3 milhões de toneladas importadas em 2024, um crescimento de 8,3% em relação ao ano anterior. Além disso, espera-se a assinatura de um memorando de entendimento com a estatal Windey para cooperação em energia eólica, armazenamento e soluções sustentáveis, com a criação de um centro de pesquisa voltado a tecnologias de baixo carbono. Também está em pauta um protocolo para investimentos em transmissão elétrica, energia nuclear e geração renovável, reforçando a transição energética. (O Globo – 12.05.2025)
Parceria Brasil-China prevê centro de inovação em energia limpa e ações até a COP30
O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, participou da formalização de um memorando de entendimento entre o MME, a companhia estatal chinesa Windey Energy Technology Group e o SENAI CIMATEC. A colaboração estabelece a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, com foco no avanço de tecnologias voltadas à geração eólica e à produção de hidrogênio verde. A parceria também contempla ações conjuntas para levar energia limpa a zonas rurais isoladas, fomentar instalações de fábricas de equipamentos, entre outras ações. O projeto terá abrangência nacional e inclui estudos para uma atuação conjunta durante a COP30. Por fim, para o ministro, trata-se de uma aliança oportuna para o setor energético nacional. (Petronotícias – 12.05.2025)
Com apoio da China, Brasil avança para se tornar líder na produção de combustível sustentável
Aproveitando a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pequim, empresas chinesas anunciaram investimentos de cerca de R$ 27 bilhões no Brasil. O anúncio ocorreu em seminário empresarial organizado pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Um dos principais aportes é o da Envision, que afirmou nesta segunda-feira (12) que investirá R$ 5 bilhões para produzir combustível sustentável para aviação (SAF, na sigla em inglês) a partir de cana-de-açúcar no Brasil. Segundo o chefe da Casa Civil, Rui Costa, com o projeto o Brasil passará a ser um dos principais produtores de SAF no mundo. Parte da Lei do Combustível do Futuro, o SAF é prioritário na agenda de transição energética. (Folha de São Paulo – 12.05.2025)
Brasil lidera produção de combustível sustentável para aviação, aponta estudo da LATAM e Airbus
Um estudo financiado pela LATAM e Airbus, realizado pelo MIT, destacou o Brasil como o país com maior potencial para produzir combustível sustentável de aviação (SAF) na América Latina, devido à sua experiência em biocombustíveis e ampla disponibilidade de matérias-primas. A pesquisa analisou seis países, considerando fatores socioeconômicos, ambientais e políticos, e concluiu que o Brasil pode suprir não apenas a demanda interna, mas também exportar SAF, graças à sua infraestrutura agrícola. No entanto, o custo elevado do SAF em comparação ao combustível convencional pode impactar o preço das passagens sem políticas públicas de incentivo. A LATAM e a Airbus enfatizaram a necessidade de colaboração regional para viabilizar a transição sustentável sem prejudicar a conectividade aérea. O estudo reforça o SAF como principal solução para reduzir emissões no setor. (Petronotícias – 09.05.2025)
Ontário (Canadá) inicia construção de reator nuclear modular
Após a aprovação do projeto, a Aecon Kiewit Nuclear Partners recebeu um contrato para a fase de execução do Novo Projeto Nuclear de Darlington, da Ontario Power Generation. Previsto para construir o reator modular de pequeno porte GE Hitachi BWRX-300, o primeiro SMR em escala de rede da América do Norte, o projeto adota o modelo de Entrega Integrada. A participação da empresa é avaliada em cerca de US$934 milhões. Em parceria com a OPG, GE Vernova, Hitachi Nuclear Energy e AtkinsRéalis, a Aecon atuará na gestão, planejamento e execução da obra, com conclusão e operação comercial previstas para 2030. Este empreendimento pioneiro, a primeira nova usina nuclear em Ontário em mais de três décadas, surgiu após a obtenção da Licença para Construir da Comissão Canadense de Segurança Nuclear, para a primeira das quatro usinas planejadas. (Petronotícias – 10.05.2025)
Brasil: Setor de transportes pode reduzir emissões de CO₂ em até 68% até 2050
O setor de transportes no Brasil pode reduzir em até 68% suas emissões de CO2 até 2050, caso adote um conjunto de 90 medidas sustentáveis propostas pelo estudo “Coalizão dos Transportes”, apresentado no evento “Brasil Rumo à COP30”. Atualmente responsável por 11% das emissões nacionais, o setor pode alcançar essa redução com ações como a mudança da matriz de transporte para modais menos poluentes (ferroviário e fluvial), o uso ampliado de biocombustíveis e a eletrificação de veículos ou adoção de tecnologias como o hidrogênio verde. Apesar do potencial, o estudo alerta que essas medidas ainda não são suficientes para atingir o “net zero” até 2050. (Valor Econômico - 12.05.2025)
Crise Climática
Climatempo e Argo Energia: Contrato para fornecimento de solução de monitoramento do clima
A Climatempo firmou um contrato com a Argo Energia para o fornecimento de uma solução de inteligência meteorológica com seis estações que monitorarão microrregiões em linhas de transmissão em Rondônia. Três sensores serão instalados em subestações da Argo com conectividade via Wi-Fi e os outros três em torres de transmissão com conexão via satélite. Esses equipamentos irão monitorar as linhas Samuel-Ariquemes (165 km) e Ariquemes-Ji-Paraná (145 km), que compõem o projeto Argo 3, que estará em operação até maio de 2025. Além da instalação, a Climatempo será responsável pela manutenção dos sensores e pela integração dos dados meteorológicos ao sistema Sistema de Monitoramento e Alerta da Climatempo (SMAC), já utilizado pela Argo. Os dados coletados permitirão análises e relatórios climáticos periódicos sobre as áreas monitoradas. Essa iniciativa reforça a parceria entre as duas empresas, que já colaboraram anteriormente em estudos relevantes, como a análise sobre a densidade e intensidade de raios na linha de transmissão Bacabeira-Parnaíba. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Artigo de André Castro Santos: "Leão XIV, o trabalho e o clima: por que ninguém pode ser deixado para trás"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, André Castro Santos (diretor técnico da Latin American Climate Lawyers Initiative for Mobilizing Action [LACLIMA]) trata da relevância simbólica e ética do novo Papa Leão XIV ao escolher um nome que remete a Leão XIII, defensor histórico dos trabalhadores, sinalizando um pontificado comprometido com a justiça social e ambiental. Santos argumenta que, diante da transição ecológica em curso, a presença da Igreja Católica pode devolver densidade moral a um debate muitas vezes dominado por tecnocracia e interesses econômicos. Ele destaca que uma transição justa não pode ser apenas retórica: exige proteção aos trabalhadores da antiga economia e garantia de empregos dignos na nova. A autoridade moral do Papa, especialmente junto aos mais vulneráveis, pode fortalecer a legitimidade e o caráter inclusivo dessa transformação, tornando-a não apenas ecológica, mas também verdadeiramente ética e social. (GESEL-IE-UFRJ – 13.05.2025)
Artigo de Bruna Araújo e Samuel Silva Santos: “Sensoriamento remoto pode reduzir custos de manutenção nas linhas de transmissão”
Em artigo publicado pela Agência Canalenergia, Bruna Araújo (geóloga com atuação em geotecnologias na Tractebel) e Samuel Silva Santos (engenheiro eletricista na Tractebel) tratam dos derivados tecnológicos que buscam auxiliar na proteção das linhas de transmissões contra os obstáculos que as mudanças climáticas podem dar. Segundo os especialistas, “a interação entre poluentes atmosféricos e condições meteorológicas, especialmente durante períodos chuvosos e secos, pode acelerar a corrosão destas estruturas de transmissão e comprometer os isoladores elétricos, que desempenham funções cruciais nas linhas de transmissão”. Por fim, eles concluem que “com essas informações, as equipes responsáveis pelo projeto de implantação do ativo podem identificar períodos e locais onde diferentes tipos de isoladores devem ser utilizados, o que aumenta a confiabilidade do sistema e reduz os custos de manutenção preventiva, além de auxiliar no planejamento das estratégias de manutenção das linhas existentes". (GESEL-IE-UFRJ - 13.05.2025)
Empresas
Petrobras lucra R$ 35,2 bi no 1º tri 2025; alta de 48,6% ante 1º tri 2024
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 48,6% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado principalmente por ganhos cambiais e melhora no resultado financeiro. A receita de vendas cresceu 4,6%, somando R$ 123,14 bilhões, com destaque para o aumento nas vendas internas de derivados como diesel, gasolina e querosene de aviação. O Ebitda ajustado subiu 1,7%, alcançando R$ 61,08 bilhões. Apesar do desempenho positivo, a dívida líquida subiu 7,3% no trimestre, atingindo US$ 56,03 bilhões, elevando a alavancagem financeira para 1,45 vez. A companhia investiu US$ 4,06 bilhões no período, principalmente em exploração e produção, com queda em relação ao trimestre anterior devido à antecipação de gastos em projetos do campo de Búzios. (Valor Econômico - 12.05.2025)
Petrobras/Anjos: Estou otimista de que vamos obter licença do Ibama para Margem Equatorial
A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, expressou otimismo em relação à obtenção da licença ambiental para a Margem Equatorial, região localizada entre o Rio Grande do Norte e o Amapá, considerada uma potencial área de exploração de petróleo similar ao pré-sal no Brasil. Durante um evento da Câmara de Comércio Brasil-Texas (Bratecc) em Houston, Anjos afirmou que a empresa está em vias de receber a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), após ter cumprido uma série de requisitos desde o pedido inicial negado em 2023. Ela ressaltou o comprometimento da Petrobras em seguir todas as exigências do órgão ambiental e destacou a importância de novas descobertas de reservas de petróleo, dada a expectativa de queda na produção nos próximos anos.Anjos também enfatizou a limpeza do processo de exploração de petróleo no Brasil em comparação com outros mercados, mencionando que o país é responsável por apenas 1% das emissões globais provenientes de combustíveis fósseis. Ela destacou a posição relevante do Brasil no cenário energético, ressaltando a matriz energética renovável do país. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Raul Lycurgo deixará presidência da Eletronuclear, dizem fontes
O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo Leite, está prestes a deixar o cargo que ocupa há quase dois anos. Seu mandato se encerrou em abril e ele decidiu não ser reconduzido, permanecendo na chefia da empresa até a escolha de um novo nome para assumir a presidência. Lycurgo foi nomeado com a missão de reativar as obras da usina nuclear de Angra 3 e implementar medidas para reequilibrar a situação econômico-financeira da Eletronuclear, que enfrenta dificuldades financeiras. Fontes próximas à empresa afirmam que sua nomeação visava impulsionar a retomada das obras e melhorar a saúde financeira da empresa, que enfrenta déficits. A saída de Lycurgo abre espaço para um novo líder que possa dar continuidade aos projetos em andamento e buscar soluções para os desafios enfrentados pela Eletronuclear. A escolha do próximo presidente será crucial para o futuro da empresa e para a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, um empreendimento de grande importância para o setor energético do país. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Zema retoma planos de privatizar Cemig e Copasa em Minas Gerais
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), apresentará um pacote de 11 projetos à Assembleia Legislativa, incluindo a privatização da Cemig (energia) e da Copasa (saneamento). A proposta segue o modelo da Eletrobras, transformando a estatal em uma corporation e abrindo mão do controle estatal. O plano faz parte do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas (Propag), que exige contrapartidas como desestatização. O governo busca aprovação até 2025, mas a medida gera debates sobre impactos nos serviços e na população. Se concretizadas, as privatizações podem alterar significativamente o setor energético e de saneamento no estado. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Cemig: Descolamento de preços entre submercados impele estratégia de mínima exposição
A Cemig informou que tem adotado uma estratégia de mínima exposição ao mercado spot de energia elétrica devido ao descolamento de preços entre os submercados brasileiros. Segundo o vice-presidente de Comercialização, Sergio Lopes Cabral, a empresa mantém uma posição "short" em 2024 por conta de entregas não realizadas pela holding e deve seguir com essa postura até 2026 ou 2027, enquanto monitora a possível estabilização dos preços. A vice-presidente de Relação com Investidores, Andrea Almeida, pontuou que o novo modelo operativo do Operador Nacional do Sistema (NOS), o Newave Híbrido, trouxe maior volatilidade. Ela afirmou que o impacto foi significativo no primeiro trimestre de 2025, com um efeito de R$ 212 milhões no Ebitda, dos quais R$ 133 milhões vieram da área de comercialização. Esse cenário levou a Cemig a considerar instrumentos de mitigação de risco. Além disso, a companhia acompanha a possibilidade de o ONS reduzir seu conservadorismo e aumentar a transferência de energia do Nordeste para o Sudeste, o que ajudaria a reduzir as diferenças regionais de preços. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Cemig: Anúncio de aportes de R$ 160 mi para ampliação do serviço em Uberlândia
A Cemig anunicou investimentos de R$ 160 milhões para ampliar em 50% a oferta de energia elétrica em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, elevando a capacidade de 300 MVA para 450 MVA. Essa investida inclui a entrega da Subestação Uberlândia 8 e a construção de mais duas novas SEs – Uberlândia 11 e 12 –, com previsão de conclusão até o primeiro semestre de 2026. Segundo a empresa, as novas unidades estão sendo instaladas em pontos estratégicos da cidade. Com essas obras, a Cemig busca não apenas aumentar a disponibilidade energética, mas também melhorar a qualidade do fornecimento e garantir maior segurança no sistema elétrico da região. A iniciativa mira fomentar o crescimento do comércio e da indústria, de forma a impulsionar o desenvolvimento econômico local e gerar empregos. (Agência CanalEnergia - 09.05.2025)
Engie: Lucro líquido ajustado cresce 3,8% no 1º tri 2025
A Engie Brasil Energia compartilhou seus resultados do primeiro trimestre de 2025, com destaque para um lucro líquido ajustado de R$823 milhões, que representa um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Sem ajustes, no entanto, o lucro líquido registrou uma queda significativa de 51,0%, totalizando R$826 milhões. Essa variação foi atribuída à entrada em operação de novos ativos e à redução de compra de energia, apesar do aumento nas despesas financeiras líquidas, de depreciação e de amortização. O EBITDA ajustado da empresa alcançou R$ 2,040 bilhões (+12,4%), enquanto o sem ajustes ficou em R$ 2,044 bilhões (-35,4%). Além disso, a receita operacional líquida no período atingiu R$3,013 bilhões (+15,5%) e a dívida líquida foi a R$20,672 bilhões (+26,3%). Já os investimentos da empresa totalizaram R$1,1 bilhão no período, impulsionados pela construção de projetos, expansão e modernização de ativos. Para o ciclo de 2025 e 2027, a Engie já tem comprometidos mais R$ 11,6 bilhões, que serão destinados à implantação de sistemas de transmissão, expansão do parque de geração, finalização de projetos eólicos e fotovoltaicos, além da conclusão da operação de aquisição de ativos hidrelétricos. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Engie: Produção bruta de energia recua 15,6% e totaliza 5.391 MWmed no 1º tri 2025
A Engie Brasil Energia, no primeiro trimestre de 2025, registrou uma produção bruta de energia de 5.391 MW médios, o que representa uma queda de 15,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A quantidade de energia vendida, todavia, aumentou em 12,1%, totalizando 4.439 MWmed. Já o preço líquido médio de venda no trimestre foi de R$213,98 por megawatt-hora (-3,8%). Durante o período, os cortes de geração por restrições sistêmicas atingiram 19% da produção eólica e solar da empresa, correspondendo a 4% da capacidade total de geração do grupo. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Takamori, os efeitos desses cortes foram mitigados pelo portfólio diversificado, com destaque para a geração hídrica. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Energisa/Maia: Proposta de reforma do setor é positiva para o segmento de distribuição
O vice-presidente de regulação e Relações Institucionais da Energisa, Fernando Maia, avaliou positivamente a proposta de reforma para o setor elétrico apresentada pelo Ministério de Minas e Energia, especialmente para o segmento de distribuição. Ele enfatizou a atenção aos consumidores de baixa renda, que, consoante o texto, poderão ter isenção ou redução na tarifa de energia. Atualmente, cerca de dois milhões de clientes da Energisa — cerca de 25% de sua base — estão nessa categoria. A empresa também pontuou que a medida poderá reduzir perdas e inadimplência nesse segmento. Ainda, ponderou que um aumento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em consequência dessa proposta poderia equilibrado com mecanismos como redistribuição das usinas de Angra 1 e 2 ou com a alteração da CDE entre os níveis de tensão. (Agência CanalEnergia - 09.05.2025)
Energisa: Processo de renovação deverá terminar em agosto e debate sobre índices é improvável
A Energisa informou que espera que o processo de renovação das concessões na distribuição seja concluído até o fim de agosto. Em teleconferência de resultado realizada em 9 de maio, o vice-presidente de regulação e Relações Institucionais, Fernando Maia, afirmou acreditar que a temática de revisitar índices de qualidade – que aconteceu com a EDP Espírito Santo – não voltará nos próximos processos após a negativa do colegiado. Ele também mencionou que o Tribunal de Contas da União (TCU) está acompanhando tecnicamente o processo, o que, segundo ele, deve trazer mais segurança jurídica. Ainda, pontuou que a expectativa é que novos sorteios de processos de renovação ocorram a partir de 12 de maio. (Agência CanalEnergia - 09.05.2025)
Aeris/Azevedo: Dado o cenário interno, estamos apostando bastante em exportação
O diretor administrativo financeiro e de Relações com Investidores da Aeris Energy, José Azevedo, revelou que a empresa está direcionando seus esforços para a exportação de pás eólicas devido à baixa expectativa de demanda no mercado interno a curto prazo. A Aeris Energy projeta um crescimento de 1,5 GW no Brasil para este ano e o próximo, com estimativas de atingir 2,5 GW a partir de 2027. A aposta na exportação visa garantir a liquidez da companhia, especialmente diante da postura de Donald Trump nos EUA, que tem acelerado projetos eólicos no país. A empresa também está negociando a substituição de pás em projetos antigos no exterior e se preparando para possíveis taxas, que poderiam afetar tanto as pás brasileiras quanto as mexicanas. José Azevedo comentou sobre a possível redução de incentivos para consumidores livres de fontes incentivadas e os desafios relacionados aos cortes de geração por razões sistêmicas. Em relação à antecipação dos efeitos da reforma tributária para os data centers, ele destacou a boa posição da Aeris Energy devido à localização de sua planta no Ceará. A empresa está focada em adaptar-se às mudanças no setor elétrico e manter sua competitividade no mercado nacional e internacional. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Aeris: Processo de reperfilamento da dívida é concluído
A Aeris concluiu o processo de reperfilamento de suas dívidas ao firmar, nos dias 8 e 9 de maio, instrumentos de crédito com o Banco do Brasil, Banco Votorantim e Banco Santander (Brasil). Esse movimento, somado à repactuação das debêntures da 1ª e 2ª emissões, resultou no refinanciamento de 90% da dívida total da empresa. Os novos contratos têm vencimento final em 30 de março de 2030, om juros de CDI + 2% ao ano em 2025 e CDI + 3% a partir de 2026, a serem capitalizados e pagos conforme o cronograma de amortização do principal. Em comunicado, a companhia afirmou que a ação garante a liquidez necessária para os próximos anos e representa um avanço relevante na reestruturação de sua base de capital. A medida, destarte, mira melhorar a performance financeira e operacional da empresa. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Instalação de arbitragem envolvendo a Isa Energia Brasil ocorrerá em 22 de maio
O Superior Tribunal de Justiça determinou que o Centro Judiciário de Soluções de Conflitos do STJ convoque a Isa Energia Brasil e a Fazenda Pública do Estado de SP para audiência presencial de instalação da mediação a ser realizada no dia 22 de maio de 2025. A decisão foi proferida em despacho com data de 8 de maio de 2025. Em comunicado, a transmissora destacou que o procedimento de mediação para uma tentativa de conciliação amigável perdurará enquanto houver intenção de ambas as partes em seguir com a mediação e não altera qualquer decisão judicial vigente ou o atual fluxo de pagamentos. “Caso seja infrutífera, o processo judicial será remetido de volta ao Ministro relator, Dr. Francisco Falcão, que dará sequência ao trâmite normal do processo. Caso a mediação e a negociação sejam bem-sucedidas, as condições do acordo que for eventualmente firmado serão divulgadas pela companhia tempestivamente”, apontou. O caso refere-se à contestação da empresa quanto a uma lei de 1958 que trata de complementação de aposentadoria e pensão aos funcionários admitidos pela Cesp ainda estatal até maio de 1974. A Isa é resultado de uma parte da ex-elétrica que começou a ser privatizada em partes pelo governo. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Alupar aguarda fim de arbitragem e obras para sair do Linhão Manaus–Boa Vista
A Alupar informou que aguarda a conclusão do processo de arbitragem e das obras da TNE - concessionária responsável pela linha de transmissão entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR) - para se retirar do empreendimento. A linha, com cerca de 720 km, deveria estar operando desde 2015, mas enfrentou longos atrasos devido a entraves no licenciamento ambiental. Atualmente, o avanço físico das obras chega a 84%. A empresa, que é sócia da Eletronorte nesse projeto, participará de um descruzamento de ativos com a Eletrobras após a entrada em operação da linha e o encerramento da arbitragem, como parte de um esforço para simplificar a estrutura societária. Paralelamente, apesar dos desafios nesse projeto, a companhia afirmou que segue avaliando oportunidades de investimento no Brasil e na América Latina. Segundo os executivos da companhia, embora o número de leilões esperados para 2025 seja reduzido, as perspectivas são otimistas devido aos impulsos da transição energética, que aumenta a demanda por infraestrutura de transmissão. (Agência CanalEnergia - 09.05.2025)
Neoenergia Elektro: Ocorrências por colisões de veículos na rede já somam 926 casos em 2025
A Neoenergia Elektro registrou aproximadamente 2,6 mil ocorrências acidentais na rede elétrica causadas por colisões de veículos em cidades do estado de São Paulo ao longo de 2024. Apenas nos primeiros quatro meses de 2025, foram quase 926 casos, o que representa uma média diária de 7,8 ocorrências. Em 365 dessas situações, a substituição de postes danificados foi necessária. Segundo a empresa, esses acidentes resultaram em interrupções no fornecimento de energia e exigiram extensas ações das equipes técnicas da concessionária, incluindo troca de postes, reconstrução de redes de distribuição e restabelecimento do serviço. A distribuidora ressalta que, dependendo da gravidade do acidente, o trabalho das equipes só pode começar após a liberação da cena pela perícia policial. Em casos de colisões com postes, a Neoenergia Elektro orienta que os ocupantes dos veículos permaneçam dentro do carro sem tocar nas partes metálicas, especialmente se houver cabos caídos. Além disso, reforça a importância de manter a calma e acionar o Corpo de Bombeiros (193) e a própria distribuidora (0800 701 01 02) para garantir a segurança de todos os envolvidos. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Raízen: Inscrições abertas para vagas de estágio e aprendiz
A Raízen está abrindo 600 oportunidades no âmbito de seu Programa regular de Talentos Raízen 2025 “Conexões que geram valor” para atuação nos escritórios, bases e usinas da companhia. São 160 vagas de estágio e 440 para aprendizes. Para se candidatar às vagas de estágio, é necessário estudante do ensino superior, ter previsão de conclusão da graduação entre julho de 2026 e julho de 2027 e ter disponibilidade para estagiar 6h por dia, dentro do horário comercial. Já para as vagas de aprendiz, as exigências incluem: ter de 16 a 21 anos e 11 meses, e estar cursando ou ter concluído o Ensino Médio ou Ensino Técnico. As inscrições podem ser realizadas até o dia 1º de junho. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Vibra: Inscrições abertas para o programa de estágios
A Vibra Energia deu início a uma nova edição do programa de estágio Ativagente Estag, voltado a estudantes de cursos técnicos e de graduação. Inicialmente, estão sendo ofertadas 39 vagas. O programa contempla estudantes com previsão de conclusão do curso a partir de 2027. Podem se candidatar alunos de cursos como: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia, Jornalismo, Psicologia, entre outros. Já no nível técnico, há vagas para estudantes de Administração, Automação, Automação Industrial, Eletrônica, Eletrotécnica, Metrologia, Petróleo e Gás, Química e Segurança do Trabalho. “Buscamos estudantes com energia para inovar, aprender e crescer conosco, alinhados aos nossos valores e propósito”, destacou o vice-presidente de Gente, Tecnologia e ESG da Vibra, Aspen Andersen. O processo seletivo será conduzido em parceria com o Grupo Capacitare e as inscrições permanecem abertas até o dia 23 de maio. (Petronotícias – 11.05.2025)
Leilões
Falta de licença para Margem Equatorial pode impactar preço do leilão da ANP
O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, expressou preocupação com o impacto do impasse entre a Petrobras e o Ibama na Margem Equatorial no próximo leilão da ANP. A ausência de licença prévia pode afetar o valor dos blocos a serem ofertados, especialmente os localizados na Bacia da Foz do Amazonas, onde a Petrobras teve um pedido negado em 2023. Ardenghy, em entrevista exclusiva durante a Offshore Technology Conference em Houston, demonstrou otimismo na obtenção da licença pela Petrobras, enfatizando a conformidade com os requisitos. Ele ressaltou a importância da Margem Equatorial, que despertou grande interesse estrangeiro, citando o sucesso da Guiana na extração de petróleo na região. O presidente do IBP destacou o potencial exploratório do Brasil, livre de problemas geopolíticos e com infraestrutura adequada para exportação. A obtenção da licença do Ibama seria benéfica para o leilão, segundo Ardenghy, que enfatizou a segurança e liderança do Brasil no setor petrolífero mundial. A expectativa é de que a decisão do Ibama tenha impacto direto no valor e interesse nos blocos ofertados pela ANP. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
MME buscará apoio do banco dos Brics para financiar linha de transmissão Graça Aranha
O Ministério de Minas e Energia (MME) planeja buscar apoio do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) para financiar a linha de transmissão Graça Aranha, que ligará os Estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. A construção ficará a cargo da empresa chinesa State Grid, com um orçamento estimado de R$ 18 bilhões até 2030 para a instalação de 1.468 quilômetros de linha de transmissão. A proposta de financiamento junto ao NDB foi apresentada pelo ministro Alexandre Silveira em uma reunião com executivos da State Grid. A iniciativa visa fortalecer a infraestrutura energética nessas regiões, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a segurança energética do país. A parceria com o banco dos Brics destaca a cooperação internacional e o interesse em investimentos em infraestrutura no Brasil. Este projeto representa um avanço significativo no setor de energia, promovendo a integração e o fortalecimento da rede elétrica nacional. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
ONS projeta redução de carga em maio
Apesar da retração, a energia afluente prevista para o maior submercado do país é de 86% da média de longo termo, mesmo índice calculado na semana passada para o fechamento de maio. Já nos demais houve variação pouco expressiva. No Sul, a previsão é de ENA em 34% da média, no Nordeste está em 43% e no Norte em 64% da média histórica. Assim o nível esperado dos reservatórios para o dia 31 de maio está em nível muito próximo do registrado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico nesta sexta-feira 9 de maio, conforme a tabela abaixo. (Agência CanalEnergia - 09.05.2025)
Região Sul opera com 37,5% da capacidade
O submercado do Sul apresentou queda de 0,7 ponto percentual e estava operando com 37,5% da capacidade, na última quinta-feira, 08 de maio, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada marca 7.678 MW mês e ENA é de 2.215 MW med, equivalente a 25% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 44,19% e 44,46% respectivamente. A região Sudeste/Centro-Oeste teve níveis estáveis e está em 70,4%. A energia armazenada mostra 143.958 MW mês e a ENA é de 36.828 MW med, valor que corresponde a 88% da MLT. Furnas admite 69,20% e a usina de São Simão marca 94,46%. (Agência CanalEnergia - 09.05.2025)
Artigo Edvaldo Santana: "A oferta de energia não é confiável"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata dos riscos à confiabilidade dos sistemas elétricos altamente dependentes de fontes renováveis intermitentes, como eólica e solar, destacando a escassez de potência como o novo desafio central da operação elétrica. Ele usa o apagão da Península Ibérica como exemplo, associando a falha à baixa inércia do sistema e à crescente geração distribuída, fatores que dificultam o controle da frequência. Santana alerta para sinais semelhantes no Brasil, com aumento do fluxo reverso em subestações e níveis de reservatórios hidrelétricos preocupantes, especialmente no Sudeste/Centro-Oeste. Ele critica a indefinição dos leilões de potência, que poderiam mitigar esses riscos, e defende medidas como contratação de térmicas, ampliação da potência das hidrelétricas e uso de baterias para garantir segurança no suprimento, sem comprometer a expansão das fontes renováveis.(GESEL-IE-UFRJ – 13.05.2025)
Mobilidade Elétrica
BYD terá fábrica de carros elétricos no Brasil operando até dezembro de 2026
A montadora chinesa BYD deve ter sua nova fábrica de carros elétricos no Brasil totalmente operacional até dezembro de 2026, após um adiamento causado por uma investigação de abusos trabalhistas. Inicialmente prevista para começar em 2024, a produção começará com a montagem de veículos a partir de kits importados da China, com nacionalização gradual. O projeto, que visa transformar uma antiga fábrica da Ford em um complexo capaz de produzir 150 mil veículos por ano, também foi afetado por chuvas intensas. A expectativa é de gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos, embora apenas mil contratações estejam previstas para este ano. A iniciativa ocorre enquanto autoridades brasileiras discutem, na China, a expansão da indústria automobilística nacional. (Valor Econômico - 12.05.2025)
Gilbarco Veeder-Root: Plataforma Konect promete simplificar recarga de VEs na América Latina
A Gilbarco Veeder-Root, diante do crescimento da demanda por soluções de recarga deflagrado pelo avanço da mobilidade elétrica no Brasil, lançou o Konect na América Latina. Esta solução combina infraestrutura física de recarga com um sistema de gestão digital em uma única plataforma, pensada tanto para ambientes comerciais quanto para segmentos industriais. A proposta é simplificar a instalação e o gerenciamento dos pontos de recarga, permitindo que estabelecimentos interessados em oferecer o serviço não precisem lidar com múltiplos fornecedores, tecnologias isoladas ou processos complexos de integração. Segundo a marca, um dos diferenciais do Konect é sua compatibilidade com os sistemas já usados no abastecimento de combustíveis fósseis, como terminais de pagamento, programas de fidelidade e controle de frota, o que facilita sua integração com impacto mínimo na operação. Ademais, o istema digital integrado permite monitorar o uso em tempo real, priorizar cargas e integrar fontes alternativas de energia, promovendo eficiência e redução de custos. (Petronotícias – 10.05.2025)
Energias Renováveis
Brasil se destaca em ranking global de adição de potência solar e ocupa posição elevada
No ano passado, o Brasil estabeleceu um novo recorde ao instalar 18,9 gigawatts de potência pico da fonte solar fotovoltaica, um aumento de 21% em relação a 2023. Isso colocou o país na quarta posição no ranking "Global Market Outlook For Solar Power 2025 - 2029", elaborado pela SolarPower Europe. Países como China, Estados Unidos e Índia lideraram a lista. A Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) divulgou esses dados, ressaltando que o Brasil contribuiu com 3% do mercado mundial de energia solar no período. Apesar dos desafios enfrentados pelo setor, os investimentos em tecnologia solar atingiram R$ 53,7 bilhões em 2024 no Brasil, gerando mais de 457,7 mil empregos. Atualmente, a energia solar é a segunda maior fonte do setor nacional e acumulou mais de R$ 254 bilhões em investimentos desde 2012. Por fim, considerando esse histórico, o Brasil ocupa o sexto lugar no ranking, se destacando no avanço e na sua importância para o cenário mundial. (Broadcast Energia - 12.05.2025)
Gás e Termelétricas
Novo desenho do vale-gás está quase fechado e deve custar R$ 5 bi por ano, dentro das regras fiscais
O novo desenho do auxílio-gás está quase fechado e deve custar aos cofres públicos cerca de R$ 5 bilhões ao ano, que serão contabilizados dentro das regras fiscais, segundo interlocutores a par do assunto. A ideia é conceder o benefício para a compra de gás de cozinha por meio de um voucher da Caixa para famílias de baixa renda. Neste ano, foram separados R$ 3,5 bilhões no Orçamento para o pagamento do vale gás, mas R$ 1,1 bilhão já foram pagos no desenho atual, que prevê o repasse bimestral às famílias mais pobres, como um adicional ao Bolsa Família. No ano passado, o governo enviou um projeto de lei ao Congresso Nacional, reformulando o formato do vale-gás. A ideia era, em vez de repassar os recursos para a compra do gás, conceder os botijões às famílias, por meio da concessão de subsídios às distribuidoras de gás. (O Globo – 11.05.2025)
MME abre consulta pública sobre regras de operação de usinas termelétricas
O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu nesta semana a Consulta Pública nº 183/2025 para colher subsídios sobre a proposta de alteração da Portaria nº 88, de 31 de outubro de 2024. A iniciativa busca adequar a comparação entre ofertas de agentes titulares de usinas termelétricas com ou sem contrato no ambiente regulado. A portaria permite uma operação mais dinâmica e flexível nas usinas termelétricas com intuito de atender à variação da demanda ao longo do dia. Essa flexibilização viabiliza novos produtos prestados por usinas termelétricas que podem ser utilizados, de forma competitiva, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia elétrica. A consulta pública estará aberta até o dia 21 de maio de 2025 e está disponível para contribuições da sociedade civil, agentes do setor elétrico e demais órgãos do Governo Federal. (Petronotícias – 09.05.2025)
UE anuncia plano para cortar importações de energia nuclear e gás da Rússia até 2027
A Comissão Europeia (CE) divulgou um plano para eliminar a dependência energética da Rússia, incluindo a interrupção de importações de gás, petróleo e urânio enriquecido. Propostas legislativas serão apresentadas em junho para desincentivar economicamente as compras de urânio russo e restringir novos contratos com fornecedores do país. A meta é diversificar fontes, acelerar investimentos em combustíveis alternativos para reatores russos (VVER) e substituir totalmente o fornecimento da Rússia. Até o final de 2027, a UE pretende cortar todas as importações remanescentes de gás russo, com os países membros submetendo planos nacionais ainda em 2025. Em 2024, a Rússia forneceu 14% do urânio, 23% dos serviços de conversão e 24% do enriquecimento utilizados pela UE. Alguns países já avançaram na substituição do combustível nuclear russo por alternativas de outros fornecedores. (Petronotícias – 11.05.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
BBCE: Volume negociado aumenta 35,5% em abril e volatilidade marca o período
O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia, em abril de 2025, movimentou R$ 8,8 bilhões, um aumento de 35,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas 12,8% abaixo de março. Foram registradas 7,6 mil operações (+4,9%) com valor médio por contrato de R$ 1,2 milhão. Já o volume energético negociado caiu significativamente, somando 34,8 TWh, uma retração de 41,6%. A energia convencional para entrega no segundo semestre se destacou, com 4,3 TWh negociados entre a plataforma EHUB e a BBCE Boleta Eletrônica. De acordo com o diretor-executivo Comercial, de Produtos, Comunicação e Marketing da BBCE, Eduardo Rossetti, uma das marcas do período foi a forte volatilidade impulsionada pelas incertezas sobre o regime de chuvas e os preços da energia. Ele pontuou que contratos, como o da energia convencional para entrega no Sudeste em junho, chegaram a oscilar 40% no mês, encerrando abril com desvalorização de 5%. O contexto dinâmico trouxe uma ampla utilização de diferentes ferramentas de negociação da BBCE: 25% dos negócios foram fechados em tela, enquanto 75% foram realizados diretamente entre as partes e formalizados por meio da BBCE Boleta Eletrônica. Além disso, a BBCE destacou o uso de ferramentas como o Swap Físico e a Oferta Iceberg, que favorecem a liquidez, e destacou que a principal novidade do período oi o soft opening da BBCE RFQ, que permite requisições de compra e venda de energia e passa a atender gestoras não clientes a partir de maio. (Agência CanalEnergia - 09.05.2025)
Selfit aposta em transição para o modelo ACL
A Selfit Academias está transformando sua operação para se alinhar a um futuro mais sustentável e a mudança já mostra alguns resultados concretos. Com a migração de parte da rede para o mercado livre de energia e a adoção crescente da energia solar, a empresa atualizou sua projeção de economia para R$ 6 milhões até o fim de 2025. Segundo a gerente de eficiência energética, Tatianne Portela, a projeção foi baseada em análises comparativas entre custos médios históricos do mercado e os contratos no mercado livre. Além disso, cerca de 57 unidades operam no Ambiente de Contratação Livre (ACL). Ademais, o investimento da companhia foi composto por consultorias especializadas para migração, infraestrutura e garantias financeiras no ACL. Em relação à energia solar, os custos envolveram a instalação do sistema. Por fim, Tatianne destaca alguns gargalos do processo, os planos para o futuro da Selfit e a escolha de iniciar pelo nordeste. (Agência CanalEnergia - 12.05.2025)
Biblioteca Virtual
SANTOS, André Castro. "Leão XIV, o trabalho e o clima: por que ninguém pode ser deixado para trás".
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SANTANA, Edvaldo. "A oferta de energia não é confiável".
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ARAÚJO, Bruna; SANTOS, Samuel Silva. “Sensoriamento remoto pode reduzir custos de manutenção nas linhas de transmissão”.
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