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IFE
09/01/2025

IFE Diário 6.104

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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09/01/2025

IFE nº 6.104

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Bruno Elizeu, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.104

Regulação

Workshop de Encerramento do Projeto de P&D “Aplicação de Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS) no Sistema de Transmissão”

No próximo dia 31/01 será realizado o Workshop de Encerramento do Projeto de P&D “Aplicação de Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS) no Sistema de Transmissão”, desenvolvido sob o patrocínio da SGBH com a coordenação do GESEL e apoio da Coppe/UFRJ e EPPEI/Brasil. O evento será realizado em dois turnos (10h às 12h e 14h às 16h) e contará com a abertura do evento seguida da apresentação de quatro blocos temáticos conduzidos pelos pesquisadores do GESEL, Coppe/UFRJ e EPPEI/Brasil. Inscreva-se: https://forms.gle/XN9iubsNUp2Rh9dk7 (GESEL-IE-UFRJ – 08.10.2025)
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Artigo GESEL: “Regulação Econômica: Pilar para transição energética do Brasil”

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Bianca de Magalhães de Castro (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) abordam os desafios e oportunidades do Brasil no contexto da transição energética, com destaque para o papel da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a importância da regulação econômica para atrair investimentos no setor elétrico. Enquanto economias desenvolvidas têm maior capacidade de financiar a transição, o Brasil apresenta vantagens competitivas como sua matriz elétrica predominantemente renovável (85%) e recursos naturais abundantes. O modelo brasileiro é sustentado por cinco pilares: planejamento energético, políticas públicas, sistema interligado, financiamento diversificado e regulação econômica. A ANEEL desempenha um papel crucial na garantia de segurança regulatória, atraindo investidores e promovendo competição. Exemplos bem-sucedidos incluem o segmento de transmissão elétrica, com leilões que resultam em custos menores para a sociedade. Entretanto, há riscos para a autonomia da ANEEL, como interferências políticas, “jabutis” legislativos (inclusão de medidas sem justificativa técnica) e pressões do Congresso. A redução dessa autonomia comprometeria a estabilidade regulatória e a capacidade do Brasil de atrair investimentos essenciais para alcançar seu potencial de transição energética e cumprir as metas climáticas até 2050. Acesse o texto aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 08.10.2025)
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GESEL no Seminário sobre “Acompanhamento da regulamentação e implementação de marcos legais para a transição energética”

A pesquisadora plena do GESEL, Ana Carolina Chaves participará do Seminário sobre “Acompanhamento da regulamentação e implementação de marcos legais para a transição energética”, a ser realizado no próximo dia 11 de fevereiro, terça-feira, às 14h30, no Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília. O evento é promovido pelo Deputado Federal Arnaldo Jardim, Presidente da Comissão de Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde. (GESEL-IE-UFRJ – 08.10.2025)
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MinutoMega Entrevista: Guilherme Lencastre e a resiliência das redes de distribuição no Brasil

No episódio desta quinta-feira, 9 de janeiro, a jornalista da MegaWhat Natália Bezutti entrevista Guilherme Lencastre, CEO da Enel São Paulo, sobre os desafios da infraestrutura de distribuição no país e a necessidade de investimentos em resiliência da rede para enfrentar eventos climáticos extremos, a importância de parcerias público-privadas para viabilizar investimentos estratégicos, e os desafios regulatórios e a necessidade de eficiência para garantir a sustentabilidade do setor. Escute a entrevista aqui. (MegaWhat – 08.10.2025)
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Lula vetará "jabutis" no marco legal das usinas eólicas offshore, diz Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetará os "jabutis" no marco legal das usinas eólicas offshore, aprovado no Congresso em 2024, que incluem benefícios para termelétricas a carvão e gás fóssil. Esses "jabutis" podem gerar um aumento de 7,5% a 11% nas contas de energia dos consumidores e custar até R$ 440 bilhões até 2050. Silveira afirmou que a decisão sobre os vetos é consensual dentro do governo e que já foi discutida com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O texto aprovado também amplia subsídios e prorroga a operação de termelétricas a carvão até 2050. Embora as mudanças possam prejudicar os consumidores, o setor de energia eólica offshore espera novos investimentos, com potencial de gerar R$ 25 bilhões nos próximos anos, principalmente para projetos em alto-mar. (Valor Econômico - 08.01.2025) 
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MME/Silveira diz que defendeu por diversas vezes fim de 'jabutis' em PL das eólicas offshore 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em nota que tem defendido a retirada de "jabutis" no projeto de lei que cria o marco legal das eólicas offshore no Brasil. Em agosto do ano passado, o ministro criticou os subsídios pagos por meio das tarifas de energia, afirmando que não seria responsável pela conta de energia mais cara do mundo. Silveira ressaltou que qualquer política pública estruturante para o setor elétrico precisa ser planejada e avaliada economicamente, levando em consideração o impacto nos custos da energia para os consumidores. O projeto das eólicas offshore contém trechos em benefício ao setor de carvão mineral e de gás natural, o que gerou divergências em relação ao impacto na tarifa de energia. Segundo Silveira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetará os artigos alheios ao tema central do projeto. (Broadcast Energia – 08.01.2025) 
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Governo Lula tem consenso para vetar 'jabutis' em projeto de eólicas offshore

O governo Lula decidiu vetar os "jabutis" inseridos pelo Congresso no projeto de lei que regulamenta a atividade de eólicas offshore. A expectativa é de que o presidente da República barre esses artigos quando sancionar a legislação. O tema foi tratado em encontro no Palácio do Planalto com Lula e os ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, da Casa Civil; Rui Costa, da Fazenda; Fernando Haddad; e de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O texto cita expressamente a contratação de térmicas a gás natural e as usinas a carvão mineral, além de contratação de energia proveniente de centrais hidrelétricas. Na semana passada, um grupo de 12 associações e entidades do setor elétrico divulgou uma carta aberta ao presidente Lula pedindo veto a essas emendas. Segundo a carta, se o texto for sancionado integralmente, o Brasil terá de arcar com um custo de, no mínimo, R$ 545 bilhões até 2050, o que corresponde a um custo anual de cerca de R$ 22 bilhões e aumento de 9% na energia elétrica. Se Lula confirmar os vetos, a decisão pode ser derrubada ou mantida pelo Congresso Nacional. Em entrevista ao Broadcast concedida no início de dezembro, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, reforçou a preocupação de que os jabutis irão encarecer concretamente a conta de energia elétrica, além da problemática de serem incentivos direcionados a fontes de energia consideradas sujas e mais caras, indo contra a estratégia de transição energética. (Broadcast Energia – 08.01.2025) 
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Deputado Zé Vitor tenta mobilizar apoio para derrubar vetos em projeto das eólicas offshore

O deputado Zé Vitor (PL-MG), relator do marco legal das usinas eólicas offshore, afirmou que buscará mobilizar apoio para derrubar os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente em relação aos "jabutis" que concedem benefícios às termelétricas a carvão e gás fóssil. Segundo Zé Vitor, esses vetos, se mantidos, prejudicariam os investimentos em energias renováveis e afetariam projetos em todo o país. Ele argumentou que o restante do projeto não contém matérias estranhas ao seu foco e que a interpretação do governo está equivocada. O parlamentar pretende contar com o apoio de líderes partidários que ajudaram na elaboração do relatório, acreditando em forte adesão para a derrubada dos vetos. (Valor Econômico - 08.01.2025) 
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Brasil testa portabilidade da conta de luz com projeto-piloto em 2025

A partir de 2025, o Brasil iniciará um projeto-piloto para testar a portabilidade da conta de luz, permitindo que consumidores de baixa tensão escolham livremente seu fornecedor de energia elétrica, similar ao que ocorre na telefonia. O teste será realizado por cooperativas de distribuição no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e visa avaliar a reação dos consumidores a estímulos tarifários e a possibilidade de gerenciar suas contas de forma mais eficaz. Com um investimento de R$ 520 mil, o projeto-piloto também avaliará diferentes variáveis, como tipos de contrato e fidelidade, e será utilizado para orientar a regulação da abertura total do mercado. A expectativa é que a abertura do mercado de energia possa movimentar bilhões até 2040, mas a adesão inicial pode ser desafiada pela resistência dos consumidores devido à falta de conhecimento sobre o novo modelo. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Aneel aprova orçamento de R$ 3,4 bi para o ONS

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um orçamento de R$ 3,355 bilhões para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o período de 2025 a 2027, com uma glosa de R$ 24,8 milhões para ajustar o custo de pessoal ao praticado no mercado. A maior parte do orçamento é custeada pelo Encargo de Uso do Sistema de Transmissão (Eust), pago por geradores e consumidores. O valor gerou desconforto entre os diretores da Aneel, que apontaram uma falta de transparência nos custos do ONS. Foram feitas determinações para a elaboração de estudos que incentivem a eficiência, como o estudo sobre regulação por incentivos e a definição de funcionalidades para aprimorar o Painel de Captação Orçamentária. A Aneel também determinou a inclusão de uma avaliação comparativa com operadores internacionais para revisar o orçamento e o quadro de pessoal do ONS. A glosa foi sugerida para ajustar os custos de pessoal, que estão acima da mediana do mercado. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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Banco Mundial propõe revisão do marco regulatório do setor elétrico brasileiro

O consultor de energia do Banco Mundial, Luiz Maurer, destaca a necessidade de revisão do marco regulatório do setor elétrico brasileiro, considerando a crescente presença das fontes renováveis variáveis, como eólica e solar, que geram desafios para a operação do sistema de maneira confiável. Ele critica a "tirania das pequenas decisões", que impedem uma alocação eficiente de recursos, e menciona as distorções no sistema de preços que beneficiam certos agentes e prejudicam os consumidores cativos. Maurer também aponta a resistência de grupos que se beneficiam das imperfeições atuais e a dificuldade de alcançar um consenso setorial para mudanças mais profundas, sugerindo que uma reforma ampla exigiria uma sintonia entre os poderes Executivo e Legislativo, além de um acordo entre os diferentes elos do setor. A adoção de baterias e a precificação mais eficiente são apontadas como soluções, mas dependem da correção das distorções no sistema de preços. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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MME e EPE publicam primeiro caderno para o PNE 2055

O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançaram o primeiro caderno do Plano Nacional de Energia (PNE) 2055, abordando tendências e incertezas para os próximos 30 anos, com foco em transição energética, mudanças climáticas e avanços tecnológicos. O Brasil se destaca globalmente por sua matriz energética renovável, sendo líder no uso de energia hídrica, eólica e solar, além de avançar na produção de biocombustíveis e minerais estratégicos. Contudo, desafios como eventos climáticos extremos, pobreza energética e a necessidade de inovação tecnológica exigem investimentos significativos e políticas inclusivas para assegurar uma transição sustentável e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O documento também destaca o papel da geopolítica e a liderança de grandes potências como EUA, Europa e China na transição para uma economia de baixo carbono, enquanto o Brasil busca consolidar sua posição com estratégias de inovação e fortalecimento de cadeias produtivas de energias limpas. Acesse aqui o documento. (Agência CanalEnergia - 07.01.2025)
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Setor elétrico brasileiro se adapta às novas exigências com flexibilidade e energia renovável

O setor elétrico brasileiro está passando por mudanças nas formas de contratação de energia para enfrentar os desafios do crescimento do mercado livre e da expansão das fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica. As alterações buscam garantir maior segurança energética, com ênfase na flexibilidade e modernização regulatória. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já implementou o leilão de reserva de capacidade, que visa equilibrar o mercado regulado e livre, contratando usinas para atuar em momentos críticos de baixa geração renovável. Especialistas destacam a necessidade de adaptar o modelo para oferecer mais flexibilidade, potência e serviços complementares, como baterias, e para lidar com as mudanças climáticas. A modernização das plantas e a inclusão de novas tecnologias também são apontadas como essenciais, embora dependam de um ambiente regulatório atualizado. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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STF dá mais 60 dias para União e Eletrobras entrarem em acordo

O ministro do STF, Nunes Marques, prorrogou por mais 60 dias as negociações entre o Governo Federal e a Eletrobras para um acordo sobre a redução do poder de voto da União no conselho da empresa após sua desestatização. A decisão atende ao pedido da AGU e da Eletrobras na Ação Direta de Inconstitucionalidade 7385, onde o governo argumenta que, apesar de deter 42% das ações ordinárias, seu direito de voto foi limitado a menos de 10%, o que seria desproporcional em relação ao interesse social e ao patrimônio público investido. Desde dezembro de 2023, o prazo de conciliação já foi prorrogado três vezes. O ministro enfatizou a complexidade do caso e determinou que, caso o acordo não seja concluído, as partes devem comprovar avanços e ajustes, visando evitar prolongamentos indefinidos. A conclusão do processo é considerada essencial antes da nova eleição para o conselho gestor, prevista para abril de 2025. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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Justiça Federal dá mais 60 dias para transferência da Amazonas Energia para o Grupo J&F

A Justiça Federal no Amazonas prorrogou por 60 dias o prazo para a transferência de controle da Amazonas Energia para o Grupo J&F. A decisão foi tomada em resposta a um pedido de extensão de prazo protocolado pela distribuidora, com a justificativa de urgência devido ao recesso do Judiciário. A decisão também autoriza a liberação imediata de recursos para cobrir flexibilizações regulatórias para o exercício de 2024, garantindo a continuidade do serviço no Amazonas e em Roraima. O cronograma de transferência do controle inclui várias etapas que dependem de outros órgãos, como a Junta Comercial, o que justificou o adiamento. A transferência foi determinada judicialmente após um impasse na aprovação pela Aneel e envolverá um investimento de R$ 14 bilhões, com parte do custo bancado pelos consumidores. A proposta da Âmbar Energia prevê também um aporte de R$ 6,5 bilhões para reduzir a dívida da distribuidora. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
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Projeto para recuperar instituições de saúde afetadas pelas enchentes no RS é aprovado pela Aneel

A diretoria da Aneel aprovou o "Projeto de Eficiência Energética em Entidades de Saúde Públicas e Privadas Atingidas pelas Enchentes de 2024", com investimento de R$ 23,7 milhões. O projeto beneficiará 40 instituições de saúde no Rio Grande do Sul, impactadas pelas enchentes, e tem como objetivo promover o uso eficiente de energia elétrica. As ações incluem a substituição de sistemas de iluminação por lâmpadas LED, instalação de sistemas fotovoltaicos e de armazenamento de energia (BESS), e substituição de motores e instalação de geradores para garantir a continuidade dos serviços de saúde. Com essas medidas, espera-se uma economia anual de 4.811,83 MWh e redução de 191,59 toneladas de CO₂. O projeto é resultado de uma flexibilização excepcional dos Procedimentos do Programa de Eficiência Energética (PROPEE), autorizada pela Aneel para apoiar a população afetada pela calamidade pública. (Agência CanalEnergia - 17.12.2024) 
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Artigo de Edvaldo Santana: "Os “jabutis” e a fadiga elétrica"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata dos subsídios no setor elétrico brasileiro, que nos últimos 10 anos totalizaram R$ 140 bilhões, com grande parte destinada a fontes renováveis e consumidores de mercado livre, gerando uma injustiça tarifária para os pequenos consumidores, que pagam mais sem acesso a tais benefícios. O autor critica o modelo de subsídios, apontando que as usinas hidrelétricas, solares e eólicas, com subsídios, apresentam custos mais elevados que as termelétricas a gás. Ele também questiona a aprovação do Projeto de Lei 576 sobre eólicas offshore, que cria reserva de mercado e eleva os custos, além de considerar incoerentes os mecanismos de contratação de usinas com inflexibilidade de operação, o que aumentaria as despesas para os consumidores. Santana alerta para a necessidade de uma discussão técnica e política mais profunda sobre a regulação do setor elétrico. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Artigo de Alexandre Leite, Mário Saadi e Henrique Mattia: "O problema dos postes e os ‘posteiros’ como solução"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Alexandre Leite, Mário Saadi (sócios do escritório Dias Carneiro Advogados) e Henrique Mattia (associado pleno do escritório Dias Carneiro Advogados) tratam da complexa questão do compartilhamento de postes entre distribuidoras de energia elétrica e prestadoras de serviços de telecomunicações no Brasil, destacando o recente Decreto nº 12.068/2024, que propõe a inclusão de "posteiros" como novos agentes no processo de regularização da ocupação desses espaços. Embora o decreto busque melhorar a gestão do uso de infraestrutura de distribuição, surgem dúvidas sobre a definição de "cessão de espaço" e possíveis conflitos entre as competências das agências reguladoras (Aneel e Anatel) e a gestão municipal. O modelo proposto gera preocupações quanto à viabilidade econômica do mercado dos "posteiros", a eficácia na solução do problema das infrações e os impactos nas concessões de distribuição, especialmente em um contexto de desafios econômicos e possíveis efeitos sobre as tarifas de energia. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Transição Energética

Câmara dos Deputados aprova Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten)

A Câmara dos Deputados aprovou a criação do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), um "fundo verde" destinado a financiar a substituição de fontes de energia poluentes por alternativas mais limpas. O projeto, que agora segue para sanção presidencial, inclui financiamento para iniciativas como gás natural, biogás, hidrogênio verde, diesel verde, e combustíveis sintéticos de baixa emissão de carbono, além de projetos em etanol, biodiesel e recuperação de resíduos. A proposta também permitirá a utilização de transações tributárias e a criação de um Fundo Verde para garantir financiamentos sustentáveis. A inclusão do gás natural gerou controvérsias, com críticos apontando que ele não é uma fonte de energia limpa. A relatora, no entanto, defendeu sua inclusão como um vetor para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, a lei impõe que as distribuidoras de energia apliquem 0,5% de suas receitas em programas de eficiência energética. (Valor Econômico - 18.12.2024) 
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Lei 15.042/2024 cria mercado de carbono no Brasil

O mercado regulado de carbono, sancionado pela Lei 15.042/2024, é uma ferramenta importante para a descarbonização da economia brasileira e para o cumprimento das metas de redução de emissões do Acordo de Paris, mas não é a solução única para alcançar o "net zero". A lei cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), com um modelo "cap and trade", que limita as emissões de grandes emissores e permite a compra de créditos para compensar excedentes. Embora o setor industrial seja o foco principal, a regulação não cobre o agronegócio. O mercado precisa de regulamentação detalhada nos próximos anos e a implementação será desafiadora, exigindo forte governança e a integração com o mercado voluntário. O Brasil tem potencial para se tornar um provedor global de soluções de compensação de emissões, com impacto positivo na economia e no meio ambiente, mas a eficácia do mercado dependerá da integridade dos projetos e da transparência nas práticas. (Valor Econômico - 18.12.2024) 
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Regulamentação do mercado de carbono no Brasil afetará 5.000 empresas

A regulamentação do mercado de carbono no Brasil afetará cerca de 5.000 empresas, com ênfase nos setores industriais intensivos em energia e difíceis de descarbonizar, como cimento, aço, química, siderurgia, papel e celulose, e vidro, responsáveis por 80% das emissões industriais. O sistema de teto e comércio permitirá que empresas que emitam menos vendam créditos para as que ultrapassarem o limite, incentivando investimentos em redução de emissões. A expectativa é de ganhos de competitividade sem grande impacto nos preços para o consumidor, especialmente nos setores de commodities. O mercado de carbono financiará inovações tecnológicas de descarbonização, com setores como cimento e alumínio adotando soluções mais eficientes, enquanto áreas como a geração termoelétrica e a exploração de petróleo podem enfrentar custos mais altos. (Valor Econômico - 20.12.2024) 
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Mercado de carbono no Brasil avança com a criação do SBCE

O mercado de carbono tem se consolidado como uma ferramenta fundamental no combate às mudanças climáticas, com 75 instrumentos globais de precificação de carbono, abrangendo 18% das emissões globais. No Brasil, a Lei nº 15.042 criou o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), essencial para cumprir as metas climáticas da NDC, mas sua implementação pode levar até cinco anos devido a desafios políticos e de governança. Além do Brasil, países como Índia, Colômbia e Chile também avançam nesse sentido. O SBCE pode ser crucial para mitigar emissões em setores difíceis, como indústria e energia, e é visto como um instrumento importante para reduzir o impacto do desmatamento ilegal, enquanto especialistas sugerem a revisão dos subsídios aos combustíveis fósseis e a implementação de governança eficiente, como a adotada pela Nova Zelândia. (Valor Econômico - 20.12.2024) 
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Agronegócio é excluído do SBCE, mas pode participar voluntariamente do mercado de carbono

A lei que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) excluiu o agronegócio das cotas de carbono devido à dificuldade em desenvolver metodologias adequadas para contabilizar suas emissões e reduções, devido à grande variabilidade de práticas e culturas. Apesar disso, o setor pode participar voluntariamente do mercado de carbono por meio de projetos de fixação de carbono no solo. Especialistas, como Mateus Sanquetta, defendem que nenhuma área deveria ser excluída, apontando a falta de padronização no mercado voluntário como uma limitação. Já Nelson Ananias Filho destaca que a captura de carbono no ciclo produtivo da agricultura e pecuária precisa ser considerada. Empresas do setor, como o Grupo Roncador, já adotam práticas sustentáveis para reduzir suas emissões, como o uso de adubos naturais e a integração lavoura-pecuária, contribuindo para o desenvolvimento do mercado de carbono, mesmo fora das cotas reguladas. (Valor Econômico - 20.12.2024)
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Mercado de carbono no Brasil pode capturar até 15% do mercado global até 2030

A Lei 15.042/24 marca o início do mercado regulado de carbono no Brasil, com previsão de implementação nos próximos anos. Estima-se que o mercado global de carbono possa alcançar até US$ 1 trilhão até 2050, com o Brasil podendo capturar de 10% a 15% dos US$ 50 bilhões projetados para 2030. O mercado brasileiro deve movimentar entre R$ 900 milhões e R$ 6 bilhões por ano com a negociação de créditos de carbono e tem potencial para atender até 28% da demanda global do mercado regulado. O Brasil possui vantagens competitivas, principalmente por seu potencial de sequestro de carbono por reflorestamento e práticas regenerativas, com a expectativa de gerar até 2,1 GtCO2 e anuais. No entanto, o mercado enfrenta incertezas, como a queda de transações e preços no mercado voluntário, o que pode afetar as projeções futuras. (Valor Econômico - 20.12.2024) 
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Governo publica despachos com resoluções do CNPE sobre combustíveis

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em 19 de dezembro, despachos publicados no Diário Oficial da União, com resoluções do Conselho Nacional de Política Energética, aprovadas na reunião de 4 de dezembro. As resoluções tratam de combustíveis e incluem a criação do Comitê Técnico Permanente Combustível do Futuro, a definição de índices mínimos de óleos e gorduras residuais para a produção de biodiesel, SAF e diesel verde, além de estabelecer metas anuais obrigatórias de redução de emissões de gases para a comercialização de combustíveis. As orientações definem a execução dessas medidas pelo governo. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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BTG: Criminalização de não cumprimento de metas de créditos de descarbonização seria positiva

Analistas do BTG avaliam que uma possível sanção da política que criminaliza o não cumprimento das metas de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa estabelecidas para o ano de 2024, no âmbito do RenovaBio, seria um desdobramento positivo para o setor em 2025. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP) divulgou um documento detalhando o cumprimento das metas de créditos de descarbonização (CBIOs) para o ano de 2024. De acordo com o documento, foram aposentados (retirados de circulação) 35,7 milhões de créditos de descarbonização, o que corresponde a 92% da meta total estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e a 77% do total das metas individuais calculadas pela ANP, que incluem as metas não cumpridas do ano anterior. Os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Perez destacam que empresas como a TDC, a Larco, a Royalfic, a Ciapetro e a Aster (Copape) não fizeram compras de créditos no ano passado. Eles apontam que há uma correlação entre ganhos de participação de mercado e não cumprimento dessas metas, com uma relação quase 1:1. A política de criminalização do não cumprimento das metas deve levar as empresas a se esforçarem mais para atingir seus objetivos de redução de emissões, o que pode levar a um aumento da demanda por créditos de descarbonização e, consequentemente, a um aumento de preços. Isso seria benéfico para as empresas que já atingiram suas metas ou que compraram créditos antecipadamente, já que poderiam vender seus créditos a preços mais elevados. (Broadcast Energia – 08.01.2025)  
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Primeiras unidades de produção de SAF no Brasil começam até 2027

As primeiras unidades produtivas de combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil devem iniciar operações até 2027, com projetos liderados por Petrobras, Acelen e Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), além de várias iniciativas em andamento por outros grupos industriais. O SAF, derivado de óleos vegetais, resíduos agrícolas e etanol, visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa na aviação, setor responsável por 2% das emissões globais. A produção de SAF no Brasil é impulsionada pela Lei do Combustível do Futuro e pelo compromisso das companhias aéreas em reduzir suas emissões a partir de 2027. Diversos investimentos estão sendo feitos, como o da Acelen, que investirá US$ 3 bilhões para produzir SAF na Bahia, e a Petrobras, que já iniciou a implementação de uma biorrefinaria em Cubatão (SP). A meta é que o SAF contribua com 80% da redução de emissões na aviação até 2050, com a mistura de SAF no querosene para atingir as metas de descarbonização. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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ABGD estima crescimento acima de 20% da GD em 2025

O setor de Geração Distribuída (GD) no Brasil segue em expansão, com a expectativa de encerrar o ano com mais de 35 GW de potência instalada, um crescimento aproximado de 30% em 2024. Segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), as projeções apontam que no ano de 2025, haverá uma expansão de 20% a 25%, acompanhada de investimentos privados estimados em R$ 27 bilhões, que serão direcionados à instalação de novos sistemas de geração distribuída, beneficiando milhões de unidades consumidoras em todo o país. Esse crescimento dependerá de fatores como políticas governamentais, condições econômicas e avanços tecnológicos. Os dados foram antecipados pela ABGD ao CanalEnergia e estão na especial Autoprodução e GD: Desafios e oportunidades na transição energética. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024) 
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Empresas líderes investem em tecnologias para transição energética e descarbonização

Empresas como Petrobras, Shell, Equinor, Eletrobras e thyssenkrupp estão investindo significativamente em tecnologias para a transição energética e descarbonização. A Petrobras, com um plano de US$ 16,3 bilhões, destaca-se com projetos como o CCUS e parcerias para desenvolver novas tecnologias. A Equinor foca em energias renováveis e redução de emissões, enquanto a Eletrobras investe em hidrogênio verde e parques eólicos. A thyssenkrupp trabalha em soluções de eletrólise para H2V, e a Shell realiza investimentos em biocombustíveis e hidrogênio renovável. Embora esses esforços busquem acelerar a inovação tecnológica, especialistas alertam sobre a necessidade de superar barreiras regulatórias e financeiras para atingir as metas de descarbonização até 2050. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Globo e Brasol inauguram estacionamento sustentável em São Paulo 

A Globo inaugurou o primeiro estacionamento sustentável dos Estúdios Globo em São Paulo. Coberto com 747 placas solares fotovoltaicas, a instalação tem potência de 520 kWp, uma energia equivalente ao abastecimento de 344 casas, que será utilizada nas operações da sede da Globo na capital paulista. O estacionamento tem capacidade de 180 vagas para carros e disponibiliza cinco estações de carregamento para veículos elétricos. O projeto, desenvolvido em parceria com a Brasol, empresa brasileira de transição energética, tem carregadores fornecidos pela Siemens, empresa investidora da Brasol. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024) 
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H2 e amônia deverão acelerar ritmo em 2025, aponta Wood Mackenzie 

Os mercados de hidrogênio e amônia de baixo carbono em 2024 apresentaram um progresso considerado modesto. Contudo, sinalizações indicam que o ritmo parece pronto para acelerar em 2025. Essa é a conclusão de um relatório publicado pela consultoria Wood Mackenzie. O estudo Hydrogen: 5 things to look for in 2025 traz os principais temas a serem observados nesse mercado. Entre eles incluem a ascensão do hidrogênio azul nos EUA, um projeto verde em escala giga atingindo a Decisão Final de Investimento (FID, na sigla em inglês) o aumento da implantação de eletrolisadores chineses, a persistente incompatibilidade entre os FIDs do projeto e os contratos de compra e um aumento nos investimentos em amônia de baixo carbono. De acordo com a consultoria, o hidrogênio azul será responsável por uma parcela dominante das decisões de investimento nos EUA. Esse caminho é impulsionado por desenvolvimentos políticos sob uma segunda administração Trump. Mais de 1,5 Mtpa de capacidade deverá atingir o FID em 2025. Esse patamar é de pelo menos dez vezes mais do que o verde, que agora tem uma perspectiva enfraquecida nessa região. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024) 
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Artigo de José Andrés Lopes da Costa e Daniela Stump: "Reforma tributária e o mercado de carbono"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, José Andrés Lopes da Costa e Daniela Stump (sócios do DCLC Advogados) tratam da oportunidade histórica que o Brasil tem ao alinhar sua reforma tributária, em fase de regulamentação, e a recém-aprovada Lei nº 15.042/2024, que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), aos compromissos climáticos e ao desenvolvimento sustentável. A reforma tributária, com a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), oferece uma base para financiar ações climáticas e promover eficiência econômica. O SBCE, por sua vez, regula as emissões de gases de efeito estufa e permite a negociação de permissões, complementando a reforma tributária ao estimular comportamentos econômicos alinhados às metas climáticas. A interação entre essas duas normativas pode criar um modelo fiscal e ambiental integrado, promovendo uma transição para uma economia de baixo carbono e colocando o Brasil como líder na agenda climática global. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Artigo de Mariana Palandi Medeiros Pacheco e João Pedro Viegas de Moraes Leme: "Quem pagará a conta da transição climática no Brasil?"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Mariana Palandi Medeiros Pacheco (consultora da Tendências Consultoria) e João Pedro Viegas de Moraes Leme (consultor da Tendências Consultoria) tratam da COP29, realizada em Baku, que, apesar de abordar temas relevantes sobre mudanças climáticas, não conseguiu avançar em consensos sobre o financiamento da transição climática e a justiça climática. Embora tenha sido introduzido um objetivo financeiro coletivo e avançado em alguns pontos da operacionalização do Fundo de Perdas e Danos, as questões de governança e o fornecimento de recursos continuaram indefinidos, com acusações de que os fundos foram concedidos a juros de mercado. No Brasil, o governo busca consolidar sua liderança ambiental, mas enfrenta desafios financeiros internos, como a restrição do orçamento público, dificultando o cumprimento das metas climáticas. O país aposta em alternativas como parcerias com o setor privado e incentivos financeiros, mas ainda enfrenta a necessidade de maiores recursos externos para atingir os compromissos globais. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Artigo de André Clark e Pedro Wongtschowski: "Papel do fundo de ciência na transformação verde e inovadora"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, André Clark e Pedro Wongtschowski (lideranças da Mobilização Empresarial pela Inovação [MEI]) tratam da importância da inovação para consolidar a liderança do Brasil no combate às mudanças climáticas, especialmente com a aproximação da COP30, que será realizada em Belém. Destacam o papel do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) na promoção de tecnologias essenciais para a descarbonização e outras áreas estratégicas, como transição energética, saúde e agroindústria. Após anos de cortes, o FNDCT teve seu orçamento recomposto, alcançando R$ 12,7 bilhões em 2024, o que permite avanços em projetos inovadores com grande potencial de impacto social e econômico. O artigo enfatiza que, com o aumento progressivo dos recursos, o Brasil pode fortalecer sua economia verde e se posicionar globalmente, aproveitando seu potencial para gerar soluções sustentáveis e tecnológicas. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Artigo Gláucia Fernandes: "Avanços e lacunas do ESG no Brasil: um balanço de 2024"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Gláucia Fernandes (professora Adjunta de Finanças do COPPEAD/UFRJ) trata dos avanços e desafios da agenda ESG no Brasil em 2024, destacando o compromisso crescente do país com a sustentabilidade. A autora explora eventos importantes, como o ‘ESG Land’ e o ‘Summit ESG’, que impulsionaram a discussão e ação em práticas sustentáveis, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. O governo brasileiro destinou recursos significativos a projetos sustentáveis, e empresas lideraram iniciativas, como pactos climáticos e fiscalizações no setor de mineração. Apesar dos avanços, desafios como o desmatamento e desigualdade social persistem, e o Brasil precisa intensificar seus esforços para consolidar uma agenda ESG sólida e alinhada aos padrões internacionais, especialmente com o mercado de carbono promissor. A projeção é que o Brasil se torne um líder global em soluções climáticas, mas para isso, é necessário continuar avançando em transparência, inclusão social e práticas sustentáveis. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Artigo de José Eli da Veiga: "A sinuca da COP30"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, José Eli da Veiga (professor sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP) trata da ineficácia das convenções climáticas desde a Rio-92 e critica a abordagem atual das COPs, que falham em reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Ele destaca que 80% das emissões de CO2 vêm de apenas 57 empresas, principalmente do setor de combustíveis fósseis e cimento, e propõe um sistema de "cap and trade" como solução para forçar essas empresas a cortar suas emissões, semelhante ao sucesso da Convenção para a Proteção da Camada de Ozônio. A crítica central é que as convenções climáticas substituíram a redução real de emissões pela compensação e que as discussões internacionais se desvirtuaram em disputas geopolíticas, sem resultados concretos. Ele defende uma revisão profunda do regime climático e sugere um foco mais rigoroso nas empresas responsáveis pelas maiores emissões, em vez de ampliar a participação de centenas de países nas negociações. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Empresas

Eletrobras conclui aquisição total da Eletronet para explorar sinergias no setor de energia

A Eletrobras concluiu a aquisição de 100% da Eletronet, após assinar um acordo com a LT Bandeirante, que detinha 51% da empresa, enquanto a Eletropar possuía os 49% restantes. Com a transação, a Eletrobras busca explorar sinergias comerciais entre seus serviços de energia e o transporte de dados da Eletronet. A Eletronet, que opera uma rede de fibra óptica nacional de mais de 17 mil quilômetros, oferece serviços de telecomunicação e conectividade, como transporte de dados e trânsito IP de alta velocidade, integrando sua rede diretamente às linhas de transmissão de energia elétrica da Eletrobras por meio de cabos ópticos OPGW. (Valor Econômico - 20.12.2024) 
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CPFL irá investir R$ 29,8 bi até 2029

O Conselho de Administração da CPFL Energia aprovou um plano de investimentos de R$ 29,8 bilhões para o período de 2025 a 2029. A maior parte, R$ 24,7 bilhões, será destinada à distribuição de energia, seguida pela transmissão, que receberá R$ 3,67 bilhões, e pela geração de energia, com R$ 1,02 bilhão. A comercialização terá investimentos de R$ 382 milhões. A previsão é que os gastos anuais fiquem em torno de R$ 6 bilhões, com um pico de R$ 6,49 bilhões em 2025, seguido de uma redução gradual para cerca de R$ 5 bilhões nos anos seguintes, com estimativas de R$ 5,43 bilhões em 2028 e R$ 5,5 bilhões em 2029. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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CPFL Paulista prevê R$ 10,2 bi em investimento nos próximos 5 anos 

A CPFL Paulista, empresa de distribuição de energia elétrica, anunciou que pretende investir R$ 10,2 bilhões em sua área de concessão nos próximos cinco anos. A empresa atende cinco milhões de clientes em 234 municípios do interior do Estado de São Paulo, incluindo cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Bauru e São José do Rio Preto. O anúncio foi feito pelo Grupo CPFL Energia, que informou que o valor faz parte de suas projeções plurianuais para o período de 2025 a 2029. A intenção da empresa é ampliar a capacidade da rede elétrica e investir em tecnologias que tornem a distribuição de energia mais eficiente e sustentável. Além disso, a CPFL pretende modernizar e digitalizar seus processos, melhorando o atendimento ao cliente e a qualidade do serviço prestado. Com esses investimentos, a empresa espera garantir o fornecimento de energia elétrica de qualidade e contribuir para o desenvolvimento econômico e social das regiões atendidas. (Broadcast Energia – 08.01.2025) 
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CPFL e Engie: Solução de transcrição de ligações reduziu tempo de análise de ocorrências

A CPFL Energia e a Engie Brasil afirmam terem reduzido em até seis vezes o tempo de análise de ocorrências do sistema elétrico gerenciadas pelos seus centros de operação. Segundo as empresas, a melhoria veio a partir do desenvolvimento e implementação de uma ferramenta de avaliação inteligente da comunicação operacional mantida diariamente. A solução “speech-to-text”, desenvolvida em parceria com a Radix, integra diferentes tecnologias, como reconhecimento de fala, Natural Language Processing (NLP), inteligência artificial e correlação inteligente. Ela funciona como um assistente virtual que transcreve as ligações recebidas, categorizando e monitorando seus conteúdos, visando aumentar a eficiência e os resultados das operações. Segundo a CPFL, a busca classificação, indexação e interpretação do grande volume de informações contidas nos canais de comunicação eram um grande entrave à agilidade da ação ante as ocorrências. Além da otimização do tempo, as partes salientam que a solução melhora a produtividade e a assertividade das avaliações, elevando a confiabilidade das análises e melhorando os indicadores de desempenho. (Agência CanalEnergia - 08.01.2025)
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Cemig: Entrega da 1ª etapa da ampliaçao da SE Arcos

A Cemig concluiu a primeira etapa da ampliação e modernização da Subestação (SE) Arcos 1. A obra é estratégica para a expansão do sistema elétrico e beneficia diretamente os municípios de Arcos, Córrego Fundo, Doresópolis e Iguatama. Com investimento total de cerca de R$ 23 milhões, o plano contempla a atualização de equipamentos e digitalização da SE, com implantação de novas tecnologias por meio de um sistema integrado de supervisão, comando, controle e proteção, além da construção de duas novas seções de alimentadores, oferecendo mais confiabilidade e segurança no fornecimento de energia para cerca de 56 mil pessoas. Segundo a empresa, a etapa recém-terminada envolveu a substituição de dois transformadores e os aportes já aplicados na investida somam R$ 11 milhões. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
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Cemig: Programa de inovação aberta vai apoiar 13 startups com R$ 21 mi

O programa de inovação aberta da Cemig encerrou seu primeiro ciclo com 13 startups contratadas. Cada uma receberá um apoio financeiro de até R$ 1,6 milhão para o desenvolvimento de soluções criativas e sustentáveis aos desafios propostos pela companhia. Nesta edição, os temas estratégicos propostos vão desde a digitalização do setor elétrico até o uso de hidrogênio como fonte de energia limpa e renovável. O processo, realizado em cinco etapas, contemplou as empresas ESG Now, Gedanken, GoEpik, H3aven, 4VANTS, NoLeak, E-Fluxus, Loomi, Energia Soluções Digitais, PowerOfData, Trivo, Thingable e Pix Force. O segundo ciclo já está em andamento e conta com 15 desafios voltados para áreas de comercialização, geração distribuída, compliance, distribuição, transmissão, gestão de fornecedores, recuperação de receitas e agro. A companhia também já trabalha no terceiro ciclo, que também contará com 15 novos desafios. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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Cemig: Distribuição de R$ 560,1 mi de JCP

A Cemig comunicou, em 17 de dezembro, que a Diretoria Executiva deliberou pela declaração de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor bruto de R$560.143.000,00, sendo R$0,19580751126 o valor bruto por ação a ser compensado com o dividendo mínimo obrigatório de 2024. De acordo com a companhia, terão direito os acionistas detentores de ações ordinárias e preferenciais no dia 23 de dezembro de 2024. Já o pagamento será feito em duas parcelas: a primeira até 30 de junho de 2025 e a segunda até 30 de dezembro de 2025. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
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WEG: Declaração de JCP de 334,6 mi

O Conselho da fabricante de equipamentos WEG deliberou, em 17 de dezembro, a declaração de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 334.653.651,34, o equivalente a R$ 0,079764706 por ação, aos titulares de ações escriturais em 20 de dezembro de 2024. O pagamento ocorrerá em 12 de março de 2025 e será feito pelo valor líquido de R$ 0,067800000 por ação, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%, exceto para os que comprovaram isenção até 20 de dezembro. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
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Neoenergia: Inauguração de novo centro de operações integradas em SP

A Neoenergia Elektro inaugurou um novo Centro de Operações Integradas (COI) em Limeira (SP). O novo espaço será responsável por atuar em situações de contingência para os 228 municípios atendidos pela concessionária nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A iniciativa contou com investimentos de R$ 8,6 milhões em infraestrutura, equipamentos e tecnologia para monitoramento da rede elétrica em tempo real. A nova central, que poderá funcionar ininterruptamente, conta com 15 posições para controladores, analistas e engenheiros de operação. Entre as inovações de infraestrutura, a empresa aponta a exibição de uma ferramenta de previsão meteorológica que ajuda as equipes a mapearem os pontos críticos de chuva, antecipando a tomada de decisão e permitindo uma atuação mais ágil nas situações emergenciais. O sistema possibilita monitorar a quantidade de equipes necessárias para atender ocorrências, ampliando a capacidade de gestão da empresa e trazendo benefícios para a população. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
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Thymos: PL 414/2021 estimulou aumento na autoprodução com arrendamento de ativos

A Thymos Energia afirma ter assessorado 40% dos contratos firmados de autoprodução no Brasil em 2024, representando 2 GW. O trabalho inclui assessoria técnica, regulatória e comercial. A consultoria observou um aumento da procura pela modalidade nos últimos anos, principalmente por conta do Projeto de Lei 414/2021, que propõe alterar a isenção dos encargos setoriais para novas unidades de autoprodução. “Observamos aumento da procura por autoprodução, e embora o modelo por equiparação seja o mais comum, nota-se ainda uma evolução em contratos de arrendamento de ativos”, declarou o diretor de Novos Negócios, Jovanio Santos. Apesar de vantajoso, tornar-se autoprodutor de energia é uma jornada complexa que envolve aspectos multidisciplinares, com análise de ativos e riscos, de perfis de consumo e da regulação vigente. Além disso, são contratos de longa duração. A Thymos apoia a estruturação da autoprodução com uma metodologia que compreende as etapas: diagnóstico e viabilidade financeira; consulta ao mercado; avaliação e negociação das propostas; diligência; e acompanhamento técnico das discussões que envolvem a elaboração do Memorando de Entendimentos (MoU) e dos contratos definitivos. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
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Copel: Obra de amplação de LT na região metropolitana é concluída

A Copel concluiu as obras para ampliar a capacidade de transmissão de energia na linha que conecta as subestações Umbará, em Curitiba, e Gralha Azul, em Araucária. A ação reforça a segurança no atendimento à Região Metropolitana e beneficia diretamente 50 mil consumidores. A recapacitação do circuito com 4,2 km de extensão foi iniciada em setembro de 2024 e entregue já no fim de dezembro, dez meses antes do prazo definido pelo órgão regulador. A obra, orçada em R$ 12 milhões, teve como destaque a substituição dos cabos de energia convencionais por cabos de alumínio com alma de fibra de carbono (ACFR) – mais leves e resistentes a altas temperaturas -, a troca das cadeias de isoladores e do sistema de amortecimento, e adequações nas SEs. Segundo a companhia, a intervenção garante maior segurança ao Sistema Interligado Nacional (SIN), especialmente quando o intercâmbio de energia entre as Regiões Sudeste e Sul está alto. (Agência CanalEnergia - 08.01.2025)
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Copel GeT: Nova diretoria geral

A Copel informou que Fernando Mano da Silva tomou posse como Diretor Geral da Copel Geração e Transmissão no último 06 de janeiro. Segundo comunicado, o executivo possui experiência em estratégia, inovação e planejamento energético, tendo atuado em diversos segmentos do grupo CPFL Energia, inclusive CEO da CPFL Geração de Energia e da CPFL Renováveis. Desde 2020 atuava como CEO da Elera Renováveis, de onde saiu no final de 2024. Mano é formado em Engenharia Mecânica Aeronáutica pelo ITA e tem especialização em Finanças Avançadas pela FGV. (Agência CanalEnergia - 07.01.2025)
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EDP: CP destinará mais de R$ 12 mi a 26 projetos sociais na área de concessão

A EDP destinará R$ 12,6 milhões a 26 projetos sociais selecionados por meio da Chamada de Projetos Incentivados – Sim para Cuidar do Futuro. As iniciativas serão realizadas ao longo de 2025 em oito estados onde a EDP atua: Amapá, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins. O objetivo, segundo a companhia, é que os projetos contribuam para melhorar as condições de vida e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades nessas regiões, por meio de atividades como capacitação e formação para a geração de emprego e renda, empoderamento cultural, economia circular, entre outros. As propostas foram avaliadas considerando a estratégia de investimento social da EDP, além de fatores como o impacto social, itinerância e contribuição para a transição energética justa. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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Camerge: Aquisição da Premium Solution para fortalecimento da posição de mercado

A Camerge anunciou a aquisição estratégica da Premium Solution. A transação incrementa 280 novas unidades ao portfólio de gestão da Camerge, com 120 MW med de energia gerenciada, das quais 90% localizam-se na região Sudeste. Na carteira, destacam-se importantes clientes nos segmentos de Real Estate e Data Centers. Com a operação, a Camerge passa a gerenciar um portfólio expandido de 562 MW med em energia, atendendo aproximadamente 2.488 unidades entre geradores e consumidores em diversos segmentos da economia. Segundo a empresa, a fusão marca um passo estratégico para a consolidação no mercado de energia, trazendo importantes ganhos operacionais com a sinergia entre as partes. A integração entre as empresas também reflete o compromisso com a sustentabilidade, com destaque para a viabilidade da utilização de certificados I-REC. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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Órigo Energia: CA recebe reforço com a chegada de Britaldo Pedrosa Soares

A Órigo Energia anunciou Britaldo Pedrosa Soares como novo membro independente do seu Conselho de Administração. O executivo é formado em Engenharia Metalúrgica pela UFMG, com pós-graduação em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral e curso de Gestão e Liderança Executiva na Darden School of Business, Universidade da Virgínia. Atualmente, Soares é presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), vice-presidente do Conselho de Administração da Enel Distribuição São Paulo, e membro dos Conselhos de Administração e Consultivos de várias empresas. Além disso, ele tem coordenado comitês em áreas como finanças, auditoria, riscos, integridade, pessoas e sustentabilidade. (Agência CanalEnergia - 08.01.2025)
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Galp: VP do Conselho de Administração renuncia ao cargo

A Galp comunicou que Filipe Silva renunciou ao cargo de Administrador-Delegado e Vice-Presidente do Conselho de Administração, por motivos familiares. A demissão terá efeitos imediatos e a Galp anunciará a nova liderança executiva nos próximos dias. (Agência CanalEnergia - 08.01.2025)
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Prysmian: Novo CEO América Latina

A Prysmian anunciou Giacomo Sofia como novo CEO América Latina da companhia com efeitos a partir de janeiro de 2025. Com mais de 25 anos de trabalho dedicados ao Grupo, Giacomo traz consigo não apenas a experiência de liderar as operações globais da companhia desde 2021, mas também a de chefiar as operações na América do Norte entre 2018 e 2021. Como parte das mudanças organizacionais da companhia no âmbito global, Raul Gil Boronat, antigo líder para a região, retorna à Europa para dirigir a divisão de negócios da Prysmian focada em Transmissão. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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National Grid investirá US$ 44,49 bi para aprimorar infraestrutura elétrica entre 2026 e 2031

A National Grid anunciou planos de investir até 35 bilhões de libras (US$ 44,49 bilhões) no aprimoramento de sua infraestrutura de transmissão de eletricidade entre 2026 e 2031, em resposta à crescente demanda por energia limpa impulsionada pela eletrificação, descarbonização e inteligência artificial. A maior parte do investimento será direcionada para atualizar redes existentes e aumentar a capacidade de transmissão. A decisão segue uma tendência de empresas europeias, como a Enel e Siemens Energy, que também aumentaram seus investimentos em redes elétricas devido ao aumento da demanda global por eletricidade. O plano de investimento da National Grid visa aumentar em quase o dobro a capacidade de transporte de energia no Reino Unido e se alinha à meta de investir 60 bilhões de libras em seus negócios no Reino Unido e nos EUA até 2029. (Valor Econômico - 18.12.2024) 
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Leilões

Brasil realiza primeiro leilão para sistemas de armazenamento de energia em 2025

Em 2025, o Brasil realizará seu primeiro leilão para contratação de sistemas de armazenamento de energia elétrica, uma tecnologia em crescimento globalmente, especialmente em regiões como a Califórnia, onde baterias já substituem parcialmente combustíveis fósseis. Com o aumento da geração de energia renovável, como solar e eólica, o país enfrenta desafios para equilibrar o fornecimento durante os picos de consumo, como no final da tarde. As baterias podem ajudar a armazenar energia gerada em momentos de baixa demanda e utilizá-la durante os picos. No entanto, investidores aguardam definições sobre remuneração e regulamentação da tecnologia, e o Operador Nacional do Sistema (ONS) sugere antecipar a implementação das baterias para 2026 devido à sua flexibilidade em atender à demanda de ponta. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

CCEE: PLD permanece no piso regulatório, de R$ 58,60 por MWh, em todos os submercados

O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) segue em R$ 58,60 por megawatt-hora (MWh) em todos os submercados e faixas horárias nesta quarta-feira, 08. Os dados foram divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O valor, que está neste patamar pelo oitavo dia consecutivo, é o piso regulatório estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para este ano, e anteriormente estava em R$ 61,07 por MWh, a mínima para 2024. A estabilidade do PLD se deve à perspectiva de Energias Naturais Afluentes (ENAs) próximas à média, o que permite a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. Com isso, não há previsão de oscilação máxima e mínima para o dia. O PLD é um indicador utilizado no mercado de energia elétrica para estabelecer o preço da energia gerada e consumida pelos agentes do setor. Ele é calculado semanalmente e varia de acordo com a oferta e demanda de energia em cada submercado, além das condições climáticas e hidrológicas. A manutenção do PLD em um patamar baixo é positiva para o consumidor, uma vez que o preço da energia elétrica é diretamente influenciado por ele. Além disso, a recuperação dos reservatórios das hidrelétricas é essencial para garantir o fornecimento de energia elétrica no país, que depende em grande parte da geração hidrelétrica. Porém, vale ressaltar que a situação hidrológica do país ainda é preocupante, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, que enfrentam uma seca histórica. Por isso, é importante que sejam adotadas medidas para incentivar a diversificação da matriz energética, com a ampliação da geração de energia por fontes renováveis e aprimoramento da eficiência energética. (Broadcast Energia – 08.01.2025) 
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"Curtailment" no setor elétrico brasileiro gera perdas e preocupa mercado com ações judiciais

A interrupção forçada de geração de energia renovável, conhecida como "curtailment", já causou perdas significativas no setor e pode gerar um aumento nas ações judiciais, o que pode paralisar o mercado elétrico brasileiro, como ocorreu com o GSF. A solução imediata para o problema não existe, mas alternativas como o armazenamento de energia em baterias e a construção de novas linhas de transmissão estão sendo discutidas, embora ambas demandem tempo e investimentos. O armazenamento é visto como uma solução, mas é caro, e a expansão da transmissão ainda não acompanha o crescimento da geração. A combinação de ações, como controle da geração e incentivo ao armazenamento, é considerada essencial para mitigar o impacto. Apesar dos esforços da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outras entidades, ainda não houve avanços significativos para resolver a questão. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Mobilidade Elétrica

Descarbonização do transporte no Brasil exige infraestrutura e políticas públicas

A descarbonização do setor de transporte no Brasil, especialmente com a transição para caminhões elétricos, é vista como essencial, mas exige mais do que apenas a substituição de veículos. Para Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, é necessário um ecossistema completo com investimentos em infraestrutura de carregamento, novas tecnologias de baterias e políticas públicas de incentivo. Apesar dos desafios, a Volkswagen aposta no futuro elétrico, tendo lançado o e-Delivery, primeiro caminhão elétrico 100% desenvolvido no Brasil. Outras montadoras, como Iveco, Volvo e Marcopolo, também estão investindo em soluções elétricas e alternativas, como biocombustíveis e híbridos, além de tecnologias de propulsão elétrica, buscando um futuro de transporte mais sustentável. No entanto, a falta de infraestrutura e incentivos fiscais ainda representa um obstáculo para a implementação plena desses veículos no mercado brasileiro. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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BYD e Nio utilizam robôs humanoides para melhorar eficiência nas fábricas

Fabricantes de veículos elétricos chineses, como a BYD e a Nio, estão adotando robôs humanoides para aliviar a escassez de trabalhadores nas fábricas. A BYD implementou o robô Walker S1, desenvolvido pela startup UBTech Robotics, que pode realizar tarefas como carregar objetos e inspecionar a qualidade. A Nio também utiliza robôs para inspecionar veículos e realizar tarefas de montagem. Esses robôs, com sensores avançados e câmeras, oferecem flexibilidade em suas funções, podendo ser adaptados sem a necessidade de reconfigurar o layout das fábricas. O mercado de robôs humanoides deve crescer significativamente na China, com vendas estimadas em 2 milhões de unidades até 2035, embora melhorias na inteligência artificial ainda sejam necessárias para que eles possam realizar tarefas mais complexas. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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CNH avança na eletrificação de tratores e escavadeiras para uma agricultura sustentável

A CNH, fabricante de tratores como Case IH e New Holland, está avançando na eletrificação de veículos pequenos, com o lançamento de produtos como a miniescavadeira elétrica E15X e os tratores elétricos Farmall 75C Elétrico e T4 Electric Power, que buscam acelerar a transição para uma agricultura com zero emissões. Para veículos mais pesados, a empresa aposta no biometano, que reduz as emissões em até 80% e oferece economia de combustível. A AGCO também está desenvolvendo tratores movidos a biometano e etanol, visando reduzir custos e a dependência de combustíveis fósseis. A Tupy, por sua vez, investe na criação de bioplantas para produzir biometano a partir de resíduos orgânicos, substituindo o diesel em máquinas agrícolas e caminhões. O foco de todas essas iniciativas é a sustentabilidade e a redução da pegada de carbono no setor agrícola. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Renault 5 elétrico resgata legado do R5 Turbo com mais de 500 cv e desempenho esportivo

O Renault 5 elétrico, que será lançado no mercado europeu, resgata o legado do R5 Turbo, um modelo esportivo icônico dos anos 1970 e 1980. O novo R5 Turbo 3E, inspirado no conceito apresentado no Salão de Paris de 2022, traz um design com entradas de ar e spoilers, além de motores elétricos nas rodas traseiras, oferecendo mais de 500 cv de potência e acelerando de 0 a 100 km/h em menos de 3,5 segundos. Com autonomia de cerca de 400 km e bateria de 80 a 100 kWh, o modelo pesa cerca de 1.500 kg. A produção será limitada a 980 unidades, refletindo o preço elevado de mais de 100 mil euros. Com tração traseira, interior esportivo e foco em altas performances, o carro remete ao histórico do R5 Turbo no automobilismo, incluindo sua vitória no Rally de Portugal de 1983, antes da extinção da classe de carros do Grupo B devido a acidentes fatais. (Valor Econômico - 20.12.2024) 
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Waymo testa táxi autônomo em Tóquio em parceria com a GO e Nihon Kotsu

A Waymo, subsidiária da Alphabet, planeja testar seu serviço de táxi autônomo em Tóquio em 2025, em parceria com a plataforma de táxi GO e a operadora Nihon Kotsu, com o objetivo de combater a escassez de taxistas no Japão. O teste envolverá 25 veículos elétricos Jaguar Land Rover equipados com tecnologia de direção autônoma de Nível 4, em sete bairros centrais de Tóquio. A iniciativa visa coletar dados para um serviço de robotáxi comercial, com um foco na autonomia e na eficiência em um ambiente urbano denso. O Japão, com sua escassez de motoristas e transformações no setor de táxis, oferece um cenário ideal para esses testes. Apesar dos desafios, como a confiança do consumidor e a segurança, a Waymo é vista como uma líder global na tecnologia de direção autônoma. Este será o primeiro teste internacional da empresa fora dos Estados Unidos, após sucessos em cidades como Phoenix e San Francisco. (Valor Econômico - 18.12.2024) 
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Artigo de José Arnaldo Laguna, Everton Lopes e Gilles-Laurent Grimberg: "Motores do futuro e os caminhos para um transporte sustentável"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, José Arnaldo Laguna (presidente do Conselho Nacional de Retífica de Motores [CONAREM]), Everton Lopes (diretor da MAHLE América do Sul) e Gilles-Laurent Grimberg (CEO da Actioil América Latina) tratam da crescente pressão sobre a indústria automotiva global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e adaptar-se às novas demandas de mobilidade sustentável. O setor enfrenta desafios em relação à eficiência dos motores a combustão interna, sendo a transição para motores elétricos, híbridos e o uso de biocombustíveis as soluções emergentes mais promissoras. A falta de infraestrutura de recarga e os impactos ambientais na produção de baterias são desafios a serem superados. No Brasil, o uso de biocombustíveis como etanol, biodiesel e biometano se destaca, com o país se beneficiando de tecnologias híbridas e modificações em motores a combustão para reduzir emissões no setor de transporte de carga. Além disso, o hidrogênio verde e a neutralidade tecnológica são apontados como peças chave para a descarbonização, com políticas públicas e investimentos privados impulsionando essa transição, consolidando o Brasil como líder na adoção de soluções sustentáveis para o setor. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Inovação e Tecnologia

Primeiro trem de planta de liquefação da Eneva entra em operação comercial

A Eneva iniciou a operação comercial do primeiro trem de liquefação de gás natural em sua planta próxima ao Complexo Parnaíba, no Maranhão, após aprovação da ANP e conclusão dos comissionamentos. A unidade, alimentada pelo gás da Bacia do Parnaíba, terá sua capacidade ampliada para 600.000 m³/dia com a entrada em operação do segundo trem, prevista para as próximas semanas. A companhia já firmou três contratos de venda de GNL com prazos de 3 a 10 anos, atendendo clientes industriais e uma distribuidora, e busca expandir o modelo de negócios de venda de gás natural liquefeito em pequena escala, fortalecendo sua estratégia de monetização do gás com volumes firmes e novos contratos. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
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Energias Renováveis

Brasil investe em energia renovável com usinas solares flutuantes e eólicas offshore

O Brasil avança na geração de energia renovável com projetos de usinas solares flutuantes e eólicas offshore. As usinas solares sobre lagos, como a da Emae em São Paulo, oferecem vantagens como menor uso de terra e maior eficiência devido ao resfriamento pela água, com a planta Araucária sendo a maior do país na modalidade. Já as eólicas offshore, embora enfrentem desafios como custos elevados e necessidade de infraestrutura, possuem potencial significativo, com ventos mais fortes e constantes no mar. O país pode gerar até 1.200 GW com essas turbinas, atraindo investimentos e interesse de empresas como Petrobras e Ocean Winds, que buscam desenvolver projetos na costa brasileira. A regulamentação das eólicas offshore está avançando, com o PL 576/21, aprovado no Senado, aguardando sanção presidencial, prometendo impulsionar o mercado e gerar novos empregos. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Cresce o mercado de certificação de energia renovável no Brasil

Embora a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira seja de cerca de 85%, menos de 10% dessa energia é certificada como proveniente de fontes limpas. O mercado de certificação de energia renovável, especialmente com os certificados I-REC, tem mostrado crescimento, com um aumento de 75% em 2023, totalizando 37,8 milhões de certificados. O Brasil se destaca na certificação de usinas renováveis na América Latina, com 618 usinas atestadas. Empresas brasileiras, motivadas pela descarbonização e por compromissos sustentáveis, têm adotado essas certificações para comprovar o uso de energia limpa, como no caso da Porto do Açu Operações, que comprovou o uso de 100% de energia renovável. A criação da Plataforma Brasileira para a Certificação de Energia Renovável pela CCEE é vista como um avanço para garantir a origem limpa da energia e fortalecer o papel do Brasil na transição energética global. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Itaipu inaugura usina fotovoltaica em Cascavel

A Itaipu Binacional inaugurou em Cascavel (PR) uma usina fotovoltaica em parceria com a Prefeitura Municipal, com um investimento total de R$ 12 milhões, sendo R$ 3 milhões aportados pela Itaipu e R$ 9 milhões pela Prefeitura e pelo BRDE. Com capacidade de 2,5 MW, a usina foi instalada em uma área que antes funcionava como aterro sanitário, promovendo sustentabilidade alinhada ao ODS 7 – energia limpa e acessível. A energia gerada abastecerá ônibus coletivos, escolas e unidades de saúde, além de ser compensada nas contas de energia de prédios públicos. O convênio que sustenta o projeto tem duração de três anos e seis meses. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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IFC: Aporte de US$ 20 mi na Sol Agora mirando acessibilidade da MMGD solar

A IFC investiu US$ 20 milhões para apoiar o crescimento da Sol Agora, fintech que oferece financiamento de longo prazo para ativos de micro e minigeração distribuída (MMGD) solar no Brasil. A instituição global de desenvolvimento adquiriu cotas seniores do IS Sol Agora Green II ESG FDIC, o segundo fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) da Sol Agora, que alcançou aproximadamente R$ 900 milhões em capital comprometido e foi totalmente desembolsado. O investimento no FIDC da Sol Agora está alinhado com o objetivo da IFC de ajudar a expandir o acesso ao financiamento climático para sistemas solares, tornando-o acessível a uma gama mais ampla de clientes, incluindo a melhoria das condições de financiamento para que as instalações sejam mais acessíveis para residências e pequenas e médias empresas. Segundo Antonio Nuno Verças, CEO da Descarbonize Soluções, o crédito é um pilar fundamental para fomentar o mercado de GD globalmente e o Brasil não é exceção. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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Aneel autoriza operação da primeira usina do conjunto Assú Sol, da Engie Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou, a partir de 8 de janeiro de 2025, a operação comercial da primeira usina do conjunto fotovoltaico Assú Sol, da Engie Brasil, com 40,5 megawatts, representando 5,4% da capacidade total do projeto. Localizada em Assú, no Rio Grande do Norte, a Assú Sol terá 16 parques fotovoltaicos e uma capacidade total de 752,7 megawatts, com um investimento de cerca de R$ 3,3 bilhões. A operação foi concluída dentro do cronograma de implantação, em 18 meses, destacando o compromisso da Engie Brasil com a excelência. (Valor Econômico - 08.01.2025) 
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SPIC Brasil investirá R$ 755 mi em dois novos parques eólicos no RN

A SPIC Brasil anunciou a construção de dois parques eólicos no município de Touros, no Rio Grande do Norte, com um investimento de R$ 755 milhões. Os complexos Paraíso Farol e Pedra de Amolar terão uma capacidade instalada conjunta de 105,4 MW, suficiente para abastecer 280 mil residências anualmente. Os 17 aerogeradores, fornecidos pela Goldwind, terão potência de 6,2 MW cada e um diâmetro de rotor de 182m. A Goldwind também será responsável pela instalação e manutenção integral das turbinas por 30 anos, marcando a estreia da fábrica da empresa em Camaçari (BA) na produção de componentes como naceles e hubs. O parque Paraíso Farol contará com sete aerogeradores (43,4 MW), enquanto Pedra de Amolar terá dez (62 MW). As obras começam em janeiro de 2025, com previsão de operação em 2026, e a energia será destinada ao mercado livre. O financiamento será dividido entre equity do acionista e dívida de longo prazo. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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Aneel autoriza 25,81 MW para renováveis

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou, a partir de 17 de dezembro, o início da operação comercial das UG102 a UG161 da UFV Arinos 2, com capacidade instalada de 17,11 MW. Além disso, foram liberadas para operação em teste a UG20 da EOL Coxilha Negra 4 (4,2 MW) e a UG16 da EOL Ventos de Santa Luzia 14 (4,5 MW). No total, foram liberados 25,81 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia - 17.12.2024)
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Aneel libera 383,7 MW entre operação comercial e em teste

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou, a partir de 18 de dezembro, o início da operação comercial das UG1 a UG161 da UFV Arinos 4, com uma capacidade instalada de 46,69 MW. Além disso, a Aneel liberou para operação em teste a UG1 da UFV Zaccaria, com 0,5 MW, e a UG3 da EOL Ventos de Santo Antônio 07, com 4,5 MW, totalizando 51,69 MW de capacidade instalada. A partir de 19 de dezembro, também foi autorizada a operação em teste das UG1 a UG153 das UFVs Solar Irapuru I a VII, localizadas em Janaúba (MG), somando 332,01 MW. (Agência CanalEnergia - 19.12.2024)
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CBA abre concorrência para contratação de energia renovável

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) abriu uma concorrência para contratar cerca de 100 MW de energia renovável, como eólica e solar, com o objetivo de reduzir custos operacionais e garantir maior segurança no suprimento energético por meio do modelo de autoprodução, no qual adquire participação acionária em usinas de energia. Embora a CBA já possua um grande parque de geração de energia, essa contratação faz parte de sua estratégia de diversificação para mitigar riscos climáticos e atingir sua meta de Net Zero até 2050. Empresas como Casa dos Ventos, Atlas Renewable Energy e Elera Renováveis participam da concorrência, e o interesse por contratos de autoprodução tem aumentado entre setores diversos da economia, apesar das possíveis restrições regulatórias do Ministério de Minas e Energia (MME), que buscam limitar o subsídio desse modelo, que impacta as tarifas de outros consumidores. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Hidroenergia inicia montagem de novo estator na UHE Rasgão

Na UHE Rasgão, operada pela EMAE, a Hidroenergia está em fase avançada do projeto de retrofit das duas unidades geradoras, cada uma com capacidade de 12,2 MVA. Após a chegada do primeiro novo estator, com 6 metros de diâmetro e 30 toneladas, a equipe concluiu a montagem mecânica e agora trabalha na bobinagem e nas ligações elétricas, com conclusão prevista para janeiro de 2025. O estator será submetido a ensaios elétricos antes de ser instalado no poço do gerador, onde receberá o rotor, ainda em produção. O projeto inclui a fabricação de novos geradores síncronos, recuperação das turbinas existentes e um sistema digital de supervisão e controle, com o Regulador Integrado de Velocidade e Tensão (RIVT) como destaque. Iniciado em 2023, o retrofit tem prazo de 36 meses e será realizado em etapas, com a primeira unidade operando no primeiro trimestre de 2025 antes da reforma da segunda. (Agência CanalEnergia - 17.12.2024)
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Urca Energia obtém benefício fiscal para planta de biometano na Bahia 

O Ministério de Minas e Energia concedeu benefício fiscal ao projeto de uma planta de biometano da Urca Energia em Feira de Santana, Bahia. A iniciativa foi enquadrada no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), possibilitando a compra de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, prestação de serviços e materiais de construção para utilização ou incorporação nas obras sem a incidência de PIS/Cofins. O projeto prevê a troca da planta de geração de energia do local por uma de purificação com capacidade de produzir 21.400 metros cúbicos normais (Nm³/d) de biometano, em uma área localizada dentro do aterro da Sustentare. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 08. (Broadcast Energia – 08.01.2025) 
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Artigo Claudio Sales, Richard Hochstetler e Eduardo Müller: "A crise do corte de energia de usinas eólicas e solares"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Claudio Sales (presidente do Instituto Acende Brasil), Richard Hochstetler (diretor regulatório do Instituto Acende Brasil) e Eduardo Müller Monteiro (diretor executivo do Instituto Acende Brasil) tratam da crise no setor elétrico brasileiro, especificamente do fenômeno do "curtailment", que ocorre quando usinas geradoras de energia, especialmente eólicas e solares no Nordeste, são forçadas a reduzir sua produção devido a questões sistêmicas, como indisponibilidade de transmissão e políticas operativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com perdas acumuladas superiores a R$ 1 bilhão e cortes que chegam a 55% da produção, o texto aponta falhas na regulamentação atual, principalmente quanto ao ressarcimento das perdas, e questiona a classificação dos cortes como "riscos ordinários". Os autores defendem uma revisão das normas para reconhecer o curtailment como risco extraordinário e garantir o ressarcimento adequado aos geradores, além de incluir a microgeração distribuída na responsabilidade sobre os custos, como forma de enfrentar essa crise e permitir a viabilidade dos investimentos na transição energética. (GESEL-IE-UFRJ – 09.01.2025)
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Gás e Termelétricas

Silveira defende gestão eficiente da Eletronuclear para avançar em Angra 3

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a necessidade de uma gestão eficiente da Eletronuclear para garantir a segurança na decisão de avançar com a conclusão da usina Angra 3. A retomada da obra foi adiada para o fim de janeiro, aguardando a apresentação de propostas para melhorar a governança da Eletronuclear e estudar fontes alternativas de financiamento. As obras da usina, que já consumiram R$ 20 bilhões, precisam de mais R$ 20 bilhões para serem concluídas, com uma tarifa estimada de R$ 640/MWh. Silveira também sugeriu mudanças no modelo de gestão da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), propondo que empresas privadas assumam a mineração de urânio, mantendo o monopólio estatal sobre a gestão do recurso. (Agência CanalEnergia - 17.12.2024)
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Mercado Livre de Energia Elétrica

Mercado livre de energia no Brasil cresce 58% em 2024

Em 2024, o mercado livre de energia no Brasil alcança um marco histórico, com um aumento de 58% no número de unidades consumidoras migrando para esse modelo, totalizando cerca de 60 mil unidades. A abertura do mercado desde janeiro permitiu a migração de empresas de menor porte, como padarias e restaurantes, que representam quase 40% das migrações mensais. Esse crescimento foi impulsionado por novas tecnologias e fontes renováveis, mas também gerou preocupações sobre a segurança financeira das comercializadoras, especialmente após a crise de gás na Europa. O setor agora discute a criação de mecanismos de assistência para consumidores em caso de falências e a possível regulação do mercado, incluindo a abertura para consumidores residenciais, além de enfrentar o impacto do aumento de subvenções para fontes renováveis e a expansão da geração distribuída sobre os preços e políticas do setor. (Valor Econômico - 19.12.2024)
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Mercado livre de energia se volta para o varejo e expande com novos investimentos

O mercado livre de energia está se transformando em um ambiente de negócios mais voltado para o varejo, com contratos simplificados e serviços negociados diretamente com os consumidores, especialmente pequenos negócios que buscam o apoio de varejistas para gerir seus contratos. Até novembro de 2024, sete de cada dez contratos no setor foram firmados com a intermediação de agentes varejistas, refletindo a crescente migração de consumidores de redes de média e alta tensão. O mercado, que tem grande potencial de expansão, atraiu mais comercializadoras, empresas de diversos setores e investidores, com destaque para a aposta em fontes renováveis. A expectativa é que novos investimentos, principalmente em energia solar e eólica, superem R$ 39 bilhões até 2025. Além disso, o crescimento da autoprodução também tem sido significativo, com várias empresas viabilizando usinas para atender ao mercado livre. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Migração de PMEs para o mercado livre de energia cresce com foco em economia e fontes renováveis

A migração de pequenas e médias empresas (PMEs) para o mercado livre de energia tem crescido significativamente, com destaque para a economia gerada e o uso de fontes renováveis. De janeiro a novembro de 2024, PMEs representaram 77% das 21 mil novas unidades de consumo no mercado livre, com uma projeção de 28 mil até o fim do ano. Empresas como a Tyr Energia e a Bolt Varejista têm se destacado no atendimento a esse segmento, oferecendo economia e serviços personalizados. Além disso, grandes players como Cemig e EDP estão investindo em soluções digitais e parcerias para atrair PMEs, enquanto novas iniciativas, como a compra da Witzler pela Ultragaz, ampliam o acesso à energia limpa e competitiva para o mercado empresarial. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Eletrobras e Tendência Energia firmam parceria para comercializar energia no mercado livre

A Eletrobras firmou um contrato de parceria com a Tendência Energia para a comercialização de energia elétrica voltada especialmente para consumidores de menor porte no mercado livre. Clientes com consumo abaixo de 0,5 MW em alta tensão, ao migrar para o mercado livre, precisam contratar uma comercializadora varejista, e a capilaridade e atuação nacional da Tendência Energia foram fatores que incentivaram a parceria. A Eletrobras visa promover o acesso a tarifas mais competitivas e fortalecer sua presença no mercado livre de energia, que tem ganhado destaque desde sua privatização em 2022, com um aumento de 115% no número de consumidores no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Cemig lidera crescimento de 13,3% nas vendas de energia no mercado livre varejista

Em outubro, a Cemig registrou um aumento de 13,3% nas vendas de energia elétrica no mercado livre varejista, liderando o ranking com 114,8 MW médios contratados, o que lhe garantiu uma participação de 15% no mercado. A expansão ocorre após a abertura, em janeiro, para clientes conectados em alta tensão, com qualquer carga, migrarem para o mercado livre, permitindo a escolha do fornecedor e das condições de suprimento. Para consumidores com consumo abaixo de 0,5 MW em alta tensão, a migração exige a contratação de uma comercializadora varejista para representá-los na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). (Valor Econômico - 19.12.2024) 
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Associados aprovam novo estatuto da CCEE

Na 75ª Assembleia Geral Extraordinária da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), realizada em 18 de dezembro, os associados aprovaram por 97,7% dos votos válidos o novo Estatuto Social, que será enviado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para aprovação final. O novo documento substitui o anterior, que não foi aceito pela agência devido a incompatibilidades com a legislação vigente, como questões de adesão de agentes e a qualificação dos membros dos órgãos da CCEE. O novo estatuto visa modernizar a gestão da organização, criando uma diretoria executiva para os assuntos diários e um conselho de administração com foco estratégico. A aprovação é crucial para o crescimento do mercado e a oferta de serviços mais modernos. A situação gerou um impasse entre a CCEE e a Aneel, que levou o ministro Alexandre Silveira a sugerir intervenção na agência, alegando que ela obstruía as políticas públicas do governo. (Agência CanalEnergia - 18.12.2024)
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Abraceel: Novo consultor jurídico de 2025

A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) conta, em 2025, com o escritório Urias Martiniano Advogados - conduzido pelos sócios. Urias Martiniano G. Neto e Reinaldo Luiz Rossi – como novo consultor jurídico. Urias Martiniano é advogado, pós-graduado em Processo Civil pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em Direito de Energia Elétrica, com forte experiência na área regulatória do setor. Reinaldo Luiz Rossi, por sua vez, também advogado, tem pós-graduação em Direito Societário pela FGV e é especialista em Recuperação de Empresas e Falências e em Direito Tributário. (Agência CanalEnergia - 17.12.2024)
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Biblioteca Virtual

CASTRO, Nivalde de; CASTRO, Bianca Magalhães de. “Regulação Econômica: Pilar para transição energética do Brasil”.

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SANTANA, Edvaldo. "Os “jabutis” e a fadiga elétrica".

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LEITE, Alexandre; SAADI, Mário; MATTIA, Henrique. "O problema dos postes e os ‘posteiros’ como solução".

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COSTA, José Andrés Lopes da; STUMP, Daniela. "Reforma tributária e o mercado de carbono".

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PACHECO, Mariana Palandi Medeiros; LEME, João Pedro Viegas de Moraes. "Quem pagará a conta da transição climática no Brasil?".

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CLARK, André; WONGTSCHOWSKI, Pedro. "Papel do fundo de ciência na transformação verde e inovadora".

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FERNANDES, Gláucia. "Avanços e lacunas do ESG no Brasil: um balanço de 2024".

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VEIGA, José Eli da. "A sinuca da COP30".

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SALES, Claudio; HOCHSTETLER, Richard; MÜLLER, Eduardo. "A crise do corte de energia de usinas eólicas e solares".

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LAGUNA, José Arnaldo; LOPES, Everton; GRIMBERG, Gilles-Laurent. "Motores do futuro e os caminhos para um transporte sustentável".

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