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IFE
02/09/2025

Transição Energética 85

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Gustavo Esteves e Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
02/09/2025

IFE nº 85

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Gustavo Esteves e Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Transição Energética 85

Dinâmica Internacional

Ember: Importações de painéis solares na África crescem 60% em um ano

As importações de painéis solares na África cresceram 60% até junho de 2025, totalizando 15.032 MW no período de 12 meses, frente aos 9.379 MW do ano anterior, segundo análise do think tank Ember. A África do Sul liderou como maior importador, seguida pela Nigéria, que ultrapassou o Egito com 1.721 MW, e pela Argélia, cujas importações aumentaram 33 vezes. Países como Zâmbia também registraram crescimento exponencial. Apesar do avanço, ainda não se sabe quantos painéis foram efetivamente instalados, embora seu potencial de impacto seja significativo — em Serra Leoa, por exemplo, as importações poderiam representar 61% da geração elétrica de 2023, caso totalmente utilizadas. O relatório destaca também os benefícios econômicos, como a possibilidade de a economia em diesel cobrir o custo dos painéis em seis meses na Nigéria. Ainda que o continente não esteja em um boom solar comparável ao do Paquistão, os sinais de transformação são claros, e há urgência em ampliar os dados e pesquisas para aproveitar todo o potencial da energia solar na África. (Energy Monitor – 28.08.2025)

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EUA: Geração de eletricidade fóssil e emissões de carbono atingiram pico em julho de 2025

A geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis nos Estados Unidos atingiu seu pico anual em julho de 2025, impulsionada por altas temperaturas e demanda recorde por ar-condicionado. Esse pico — o maior em nove anos — resultou em 191 milhões de toneladas de CO₂, o maior volume mensal de emissões do setor elétrico desde 2021, segundo dados da Ember. Apesar disso, há avanços: a participação dos combustíveis fósseis na matriz elétrica caiu para 56% no acumulado de janeiro a julho, frente a 67% no mesmo período em 2015. Em contrapartida, fontes limpas atingiram 44% da geração no mesmo intervalo, contra 33% há uma década. A transição energética americana, porém, enfrenta incertezas com o fim de incentivos federais sob o governo Trump. Mesmo assim, a expansão de projetos renováveis em andamento deve garantir novos recordes de participação das fontes limpas em 2025, ainda que o carvão e o gás mantenham papel relevante nos momentos de maior demanda. (Reuters – 27.08.2025)

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Japão: Reformas estruturais podem triplicar energia renovável até 2030

Um relatório do Instituto de Economia da Energia e Análise Financeira (IEEFA) aponta que o Japão pode cumprir sua meta de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030 por meio de reformas estruturais no setor energético. Entre as principais recomendações estão a modernização da governança da rede, a reforma das obrigações das grandes concessionárias — que hoje priorizam fontes fósseis e nucleares — e o fortalecimento do envolvimento regional e comunitário. O país enfrenta desafios como congestionamento na rede, mercados inflexíveis e falta de infraestrutura para transportar energia das áreas rurais, onde há maior produção renovável, para os centros urbanos, onde está a demanda. Apesar disso, prefeituras como Fukushima, Akita, Saga e Hokkaido têm mostrado que o progresso é possível com liderança local, zoneamento adequado e financiamento regional. O relatório também defende o aumento dos leilões de energia, o uso de contratos de compra de energia (PPAs) e a criação de políticas claras para atrair investimentos e acelerar a transição energética no país. (Energy Monitor – 29.08.2025)

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Japão: Consumo de eletricidade fóssil por utilities atingiu piso recorde no 1º semestre de 2025

No primeiro semestre de 2025, o Japão atingiu um marco importante em sua transição energética: pela primeira vez, menos de 60% da eletricidade gerada para o consumo de utilities veio de combustíveis fósseis, segundo dados da Ember. O restante foi suprido por fontes limpas, com destaque para usinas solares e nucleares. A geração limpa no período somou 188 TWh — 47% acima do registrado em 2019 —, embora ainda abaixo do pico dos anos 2000 devido à lenta recuperação da energia nuclear após o desastre de Fukushima. Desde 2010, a geração solar aumentou 25 vezes, e a de vento e bioenergia mais que dobrou. Com isso, a participação de fontes limpas na matriz subiu de 12% em 2012 para 31% em 2024 e alcançou 41% na média de 2025. Caso essa tendência continue, a eletricidade limpa deve superar os combustíveis fósseis na matriz japonesa até 2033, o que preocupa países exportadores de carvão, gás e petróleo que dependem do mercado japonês. (Reuters – 26.08.2025)

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WEF: Lançamento de relatório sobre o financiamento da transição energética no Sul da África

O Fórum Econômico Munidla (WEF, na sigla em inglês) publicou o relatório Securing Minerals for the Energy Transition: Finance for Southern Africa. Elaborado em parceria com o Banco de Desenvolvimento da África Austral e a McKinsey & Company, o trablho destaca o papel estratégico da África Austral na transição energética global. A região detém cerca de 30% das reservas mundiais de minerais críticos, como cobalto, cobre, grafite, lítio, manganês e metais do grupo da platina — fundamentais para veículos elétricos, energias renováveis e tecnologias de armazenamento. No entanto, atrai menos de 10% do financiamento global para exploração. O estudo aponta barreiras de financiamento e propõe soluções práticas para escalar as cadeias de valor desses minerais, como modelos replicáveis para reduzir riscos, desenvolver infraestrutura, promover agregação de valor local e impulsionar o crescimento inclusivo. O objetivo é contribuir para o posicionamento da África Austral como um ator-chave na economia global de energia limpa, fortalecendo a resiliência da cadeia de suprimentos crítica para o futuro energético. (World Economic Forum – 29.08.2025)

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IRENA: Combinação de solar e baterias se consolida como pilar da transição energética

Nos últimos cinco anos, a combinação de energia solar fotovoltaica (PV) com sistemas de armazenamento por baterias (BESS) deixou de ser experimental e se tornou essencial para a transição energética global. A queda drástica nos custos das baterias (93% desde 2010) e dos módulos solares, impulsionada pelo excesso de oferta chinesa e avanços em química e digitalização, tornou o modelo PV-BESS competitivo, confiável e financeiramente viável, inclusive em redes fracas. A demanda cresce não só por resiliência, mas também pela necessidade de equilibrar a geração solar diurna com picos de consumo noturno. Projetos em mercados emergentes, como os de Ruanda e Egito, demonstram a adoção em larga escala, com impacto positivo na substituição do diesel e expansão de redes locais. Estações de troca de baterias solares para motocicletas na África também mostram o potencial transformador dessa tecnologia. No entanto, desafios persistem, como a falta de regulamentação clara, necessidade de financiamento acessível, gestão do ciclo de vida das baterias e dependência de importações. Mesmo assim, o PV-BESS se consolida como pilar da infraestrutura energética resiliente e sustentável do futuro. (IRENA – 28.08.2025)

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Nacional

Artigo de João Carlos Mello: "Transição energética com tecnologia e segurança: lições da China para o Brasil"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, João Carlos Mello (CEO da Thymos Energia e presidente do CIGRE Brasil) analisa as lições que o Brasil pode extrair da transição energética chinesa, destacando três pilares: planejamento de longo prazo, investimento em tecnologia e governança integrada. O autor ressalta que a China, mesmo dependendo de carvão (50% da matriz), reduziu em 60% a intensidade de carbono do PIB desde 2000 e construiu a maior rede HVDC do mundo, integrando fontes renováveis distantes. Mello enfatiza o investimento chinês em armazenamento: 55 GW em hidrelétricas reversíveis (com mais 365 GW em obras/planejamento) e baterias com tecnologia grid forming para estabilidade da rede. Para o Brasil, propõe priorizar redes inteligentes, mercado unificado e reversíveis - subutilizadas aqui, mas estratégicas para flexibilidade. A lição central: transição exige coordenação estatal, não apenas mercado. (GESEL-IE-UFRJ – 29.08.2025)

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Brasil: Blended finance avança como solução para financiar transição verde

O modelo de blended finance, que combina capital público, filantrópico e privado para viabilizar investimentos sustentáveis, tem ganhado força como ferramenta-chave para suprir a lacuna de financiamento climático. Em 2024, esses arranjos movimentaram US$ 65 bilhões globalmente, mas o volume ainda está longe dos US$ 9 trilhões anuais necessários até 2030 para conter o aquecimento global. No Brasil, o modelo começa a se consolidar com políticas públicas como o Eco Invest e iniciativas privadas como a Belterra Agroflorestas, que atraiu investimentos para projetos de agroflorestas e restauro. A estratégia também é adotada por organizações como a aceleradora Amaz, que apoia negócios sustentáveis na Amazônia. A proposta é reduzir riscos, atrair o setor privado e escalar soluções como energia limpa, agricultura regenerativa e restauração de ecossistemas, exigindo arranjos financeiros customizados conforme o estágio e o perfil dos projetos. (Valor Econômico - 28.08.2025)

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Brasil: BYD doa painéis solares para hospital após enchentes no RS

A BYD doou mais de 2.200 módulos fotovoltaicos ao Hospital Regional de São Jerônimo, localizado na cidade de mesmo nome, no Rio Grande do Sul. A instituição de saúde foi atingida pelas enchentes que devastaram dezenas de localidades no estado, em maio de 2024. O sistema de energia, implantado em parceria com o integrador Sonne, assegura o funcionamento contínuo de setores essenciais do hospital, como UTIs, centro cirúrgico e pronto-atendimento. Além disso, consta com uma capacidade para gerar 120.000 kWh mensais, que permitem redução de despesas, autonomia elétrica e direcionamento eficiente no sistema interno. Por fim, a ação integra um conjunto de iniciativas sociais da BYD que unem inovação e solidariedade para enfrentar desastres climáticos. (Agência CanalEnergia - 29.08.2025)

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Shizen Energy: Demora regulatória ameaça competitividade da energia eólica offshore no Brasil

A demora na definição do cronograma para a viabilização da energia eólica offshore no Brasil pode fazer o país perder espaço para concorrentes como Colômbia e Chile, que já disputam protagonismo no setor na América Latina. Durante o 2º Seminário de Licenciamento Ambiental para o setor de Energia, a representante da Shizen Energy, Edisiane Correia, alertou sobre os riscos da lentidão regulatória e destacou a expectativa de avanços até a COP 30, visando a realização de leilões de áreas em 2026. A empresa japonesa possui seis projetos em licenciamento no Ibama, quatro no Rio Grande do Sul e dois no Ceará, iniciados em 2022, aguardando Declarações de Interferência Prévia (DIP). No entanto, muitos projetos podem não avançar por falta de viabilidade técnica e conflitos espaciais com cabos e gasodutos. A Shizen defende um modelo de autoprodução, voltado a grandes consumidores e produção de hidrogênio, reforçando o potencial estratégico da fonte. Apesar de atrasos, há expectativa de que o leilão ainda seja definido em 2025, com o Portal Único para Gestão do Uso de Áreas Offshore já finalizado. (Agência CanalEnergia – 28.08.2025)

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Editorial Valor Econômico: "Capital privado é essencial ao financiamento climático"

O editorial publicado pelo Valor Econômico trata do fracasso da COP29 em garantir financiamento climático suficiente para enfrentar os desafios ambientais globais, destacando que os US$ 300 bilhões anuais prometidos pelos países ricos até 2035 estão muito abaixo do necessário e ainda não foram efetivamente liberados. O texto enfatiza o cenário geopolítico desfavorável, com países como Estados Unidos, China e União Europeia apresentando limitações ou divergências em suas contribuições financeiras, enquanto o investimento global em armamentos supera em muito os recursos destinados ao clima. O editorial também aborda iniciativas para atrair o setor privado, como programas do BID e o Eco Invest no Brasil, que buscam estruturar investimentos maiores e mais seguros em projetos sustentáveis, ressaltando a necessidade de um arcabouço regulatório estável para garantir a participação do mercado financeiro e acelerar a transição energética. (GESEL-IE-UFRJ – 26.08.2025)

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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Brasil: Bombeiros anunciam regras para recarga elétrica em garagens e edifícios

O Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares (LIGABOM) publicou uma diretriz nacional inédita que estabelece requisitos mínimos de instalação elétrica e segurança contra incêndio para recarga de veículos elétricos em garagens e estacionamentos. A medida, que entra em vigor em 180 dias, foi motivada pelo crescimento da frota de veículos elétricos e híbridos e pelos riscos associados às baterias de íon-lítio e a materiais inflamáveis utilizados nos automóveis modernos. Entre as principais regras, está a proibição do uso de tomadas comuns (modo 2), permitindo apenas carregadores em modo 3 (wallbox) e modo 4 (rápidos), além da exigência de disjuntor identificado, desligamento manual de energia próximo à vaga, sinalização adequada e conformidade com normas da ABNT. As mudanças terão maior impacto em condomínios e edifícios comerciais. Novos prédios deverão contar com sprinklers, sistemas de detecção e exaustão de fumaça, além de estrutura resistente ao fogo por 120 minutos. Já os edifícios existentes terão prazos de adaptação definidos por cada estado, sendo obrigatória a instalação de sistemas de detecção e o gerenciamento de riscos. Para garagens externas, as exigências serão mais flexíveis, priorizando a proteção contra intempéries e a avaliação técnica de riscos. A diretriz também se aplica a residências unifamiliares, sem obrigatoriedade de sprinklers ou sistemas de detecção. (Inside EVs - 26.08.2025)

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ONS e EZVolt: Parceria visando integração de dados de recarga elétrica

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) firmou uma parceria inédita com a EZVolt, empresa especializada em recarga de veículos elétricos, para acessar dados anonimizados de eletropostos em todo o Brasil. O objetivo é entender com mais precisão o impacto da mobilidade elétrica na demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) e apoiar o planejamento estratégico do setor elétrico. A EZVolt fornecerá informações agregadas sobre hábitos de recarga, como horários de maior uso, frequência, tempo médio das sessões e tipos de veículos conectados. Esses dados serão incorporados às ferramentas de projeção do ONS, permitindo prever picos de consumo e otimizar a operação e expansão da rede. A iniciativa também visa apoiar políticas públicas de eletromobilidade, promover inovações em recarga inteligente e servir de modelo para futuras colaborações entre o setor elétrico e a cadeia de mobilidade elétrica. Em um país com matriz majoritariamente limpa, a eletrificação da frota urbana oferece oportunidades sustentáveis, mas exige planejamento para manter o equilíbrio entre oferta e demanda de energia. (Inside EVs – 29.08.2025)

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EUA: Estudo da Georgia Tech revela que recarga ultrarrápida pode prolongar vida útil de baterias de zinco

Pesquisadores da Georgia Tech desafiaram a visão tradicional de que a recarga ultrarrápida reduz a vida útil das baterias. Em estudo liderado pelo professor Hailong Chen e publicado na Nature Communications, foi demonstrado que, no caso das baterias de íons de zinco, cargas em alta potência não degradam a célula, mas fortalecem sua estrutura interna. O principal problema dessas baterias sempre foi a formação de dendritos no ânodo, que comprometem a durabilidade e podem causar curtos-circuitos. Porém, ao contrário das de íons de lítio, as de zinco apresentam menor formação dessas projeções metálicas quando submetidas a recargas rápidas, o que aumenta sua longevidade. A equipe agora trabalha em novas ligas para reforçar também o catodo, considerado o ponto mais frágil. Se comprovada em larga escala, a tecnologia pode revolucionar a mobilidade elétrica e os eletrônicos de consumo, oferecendo recargas muito mais rápidas sem comprometer a vida útil, reduzindo paradas em veículos elétricos e ampliando a eficiência de dispositivos como smartphones e laptops. (Inside EVs – 23.08.2025)

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EUA: Estudo aponta que motoristas usam apenas fração da autonomia dos VEs

Um estudo da empresa norte-americana Recurrent, que analisou dados de mais de 40 mil carros elétricos, revela que a obsessão por autonomias de 400 a 600 km não reflete o uso real: nos EUA, motoristas percorrem em média apenas 66 km por dia. Isso significa que modelos com 560 a 600 km exploram só 11,3% da bateria diariamente, enquanto veículos mais compactos, com 120 a 160 km de alcance, utilizam cerca de 22,8% da capacidade. Os resultados coincidem com dados federais norte-americanos (64 km/dia) e encontram paralelo no Brasil, onde deslocamentos urbanos geralmente ficam abaixo de 30 km, segundo o IBGE. Assim, a Recurrent defende que cerca de 320 km de autonomia já atenderiam 99% das necessidades cotidianas, evitando peso e custos extras. O desafio, porém, é superar a “ansiedade de autonomia” dos consumidores, o que tende a ocorrer com mais experiência prática e preços mais acessíveis. No Brasil, carros elétricos menores e baratos poderiam acelerar a adoção da tecnologia e reduzir barreiras de entrada no mercado. (Inside EVs – 23.08.2025)

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HaloDrive: Motores elétricos a fluxo axial chegam ao transporte pesado com promessa de maior eficiência

Os motores elétricos a fluxo axial, antes restritos a supercarros, começam a ganhar espaço no transporte pesado com o HaloDrive, desenvolvido para caminhões elétricos. O grande desafio desse setor é conciliar autonomia e tempo de recarga, e o novo motor, com eficiência de 97%, contribui para ampliar a autonomia sem aumentar as baterias. Outro destaque é sua densidade de torque de 100 Nm/kg, equivalente a um V8 a diesel, mas em formato compacto que pode ser instalado até nas rodas. Além da performance, o HaloDrive pode ser produzido 35% mais barato que os motores de fluxo radial tradicionais, reduzindo também em até 90% os custos de gestão frente ao diesel, segundo análises preliminares. Testes já realizados com fabricantes mostraram bons resultados em diferentes configurações, tanto em veículos elétricos quanto híbridos. Combinando eficiência, potência, menor custo e versatilidade, a tecnologia promete acelerar a transição energética no transporte pesado, tornando os caminhões elétricos mais competitivos e sustentáveis. (Inside EVs – 24.08.2025)

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Japão: Toyota reutiliza baterias de VEs para abastecer fábricas

A Toyota está inovando ao reaproveitar baterias usadas de carros elétricos e híbridos para abastecer fábricas no Japão por meio do Sweep Energy Storage System, instalado na planta da Mazda em Hiroshima. Esse sistema modular utiliza pacotes de baterias de alta tensão, mesmo com diferentes capacidades, químicas e níveis de saúde, funcionando como um buffer entre a rede elétrica e a linha de produção. A grande inovação está na integração dos inversores originais dos veículos, dispensando unidades extras para gerenciamento, além do controle preciso do fluxo elétrico entre células, permitindo que algumas baterias sejam contornadas conforme a demanda. O projeto, iniciado em 2022 em parceria com a Jera, exemplifica a tendência global de sustentabilidade, prolongando a vida útil das baterias e evitando seu descarte precoce, transformando resíduos em recursos estratégicos para a indústria automotiva, enquanto contribui para a eficiência e redução do impacto ambiental na produção. (Inside EVs – 24.08.2025)

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Wood Mackenzie: Frota de VEs deve superar a de veículos a combustão apenas em 2045

O crescimento dos veículos elétricos (VEs) é promissor, mas ainda insuficiente para atingir rapidamente as metas climáticas, com projeções da Wood Mackenzie indicando que apenas em 2045 os VEs superarão os veículos a combustão nas estradas globais. Para acelerar a adoção, além de reduzir ansiedade de alcance e preços, é fundamental repensar os EVs não só como meios de transporte, mas como ativos energéticos capazes de carregar residências e estabilizar a rede elétrica por meio do carregamento bidirecional, que permite a troca de energia entre veículo e casa ou rede. Sylvia Leyva Martinez conversa com Aseem Kapur, da GM Energy, que destaca a importância dos sistemas veículo-para-casa e veículo-para-rede, padrões de interoperabilidade e incentivos para conquistar a confiança dos consumidores. No entanto, permanecem desafios, como o impacto do uso bidirecional na saúde das baterias, a viabilidade em larga escala e a necessidade de incentivos robustos para que consumidores e concessionárias vejam os EVs além de simples carros. (Woodmac – 26.08.2025)

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ABVE: Associação critica diretriz nacional sobre garagens com pontos de recarga

A ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) divulgou nota crítica à nova Diretriz Nacional sobre Garagens com Sistemas de Alimentação de Veículos Elétricos (SAVE), publicada pelo Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros (Ligabom). Embora reconheça avanços técnicos, como a padronização das instalações segundo normas da ABNT, a associação considera a diretriz discriminatória, tecnicamente equivocada e de difícil aplicação. O principal ponto de crítica é a exigência de sprinklers e detecção de incêndio em toda a garagem de prédios existentes apenas quando houver pontos de recarga, penalizando a eletromobilidade e ignorando os altos índices de incêndios em veículos a combustão. A ABVE também aponta erros conceituais, como a confusão entre modos de recarga e tipos de conectores, além de prazos inviáveis para adaptação. A entidade defende uma regulação neutra, baseada em evidências científicas e segurança universal, alertando que a norma pode gerar judicialização e travar a modernização das garagens no Brasil. A ABRAVEI compartilha da crítica, considerando a exigência desproporcional e sem respaldo internacional. (Inside EVs – 28.08.2025)

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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Indonésia: Pleito para remoção de tarifas sobre as importações de biodiesel para a UE

A Indonésia instou a União Europeia a remover imediatamente as tarifas compensatórias sobre as importações de biodiesel, após decisão favorável da Organização Mundial do Comércio (OMC). O país asiático, maior exportador mundial de óleo de palma, contestou em 2023 a legalidade dessas tarifas, aplicadas pela UE desde 2019 com base em alegações de subsídios e acesso a matérias-primas abaixo do preço de mercado. A OMC considerou que as taxas de exportação da Indonésia sobre o óleo de palma não configuram subsídios, fortalecendo a posição de Jacarta. A medida ocorre enquanto as partes se aproximam da assinatura de um acordo de livre comércio, previsto após entendimento político em julho. A Associação Indonésia de Óleo de Palma (GAPKI) celebrou a decisão e alertou para que futuras regulações da UE, como a lei de desmatamento, não discriminem o óleo de palma indonésio. No entanto, o setor se mantém cético quanto à resposta da UE, citando experiências anteriores de não cumprimento. As exportações de biodiesel de palma da Indonésia caíram drasticamente de 1,32 milhão de kl em 2019 para 27 mil kl em 2024. (Reuters – 25.08.2025)

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União Europeia: Atraso na transposição de metas ameaça avanço do hidrogênio renovável

Em julho, a Comissão Europeia abriu processos por infração contra quase todos os Estados-Membros pela demora na transposição das quotas de RFNBO (hidrogênio renovável) para a legislação nacional, sendo a Dinamarca a única exceção. As abordagens variam: a França foca inicialmente no hidrogênio de baixo carbono, a Alemanha adota metas progressivas até 2040, enquanto a Holanda mantém ambição baixa. Os atrasos prejudicam investimentos e confiança do mercado, já que sem regras claras não há segurança para financiamentos ou projetos transfronteiriços. Penalidades no transporte vêm pressionando o cumprimento das metas, mas a indústria segue sem mecanismos robustos de enforcement. Estima-se um déficit de 0,6 Mtpa em relação à meta de 2,9 Mtpa de hidrogênio RFNBO até 2030, exigindo investimentos de cerca de US$ 73 bilhões e o recurso a importações e alternativas como amônia. Embora o transporte conte com rotas de conformidade mais definidas, a indústria dependerá fortemente de importações, com apenas alguns países produzindo excedentes. Os próximos 24 meses são críticos, já que o ritmo lento da infraestrutura e a falta de clareza regulatória ameaçam a atração de capital e a aceleração da descarbonização. (Woodmac – 29.08.2025)

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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Artigo GESEL: "O Open Energy e a abertura do mercado elétrico no Brasil"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL-UFRJ) e Leonardo Gonçalves (pesquisador associado do GESEL-UFRJ) destacam a modernização do Setor Elétrico Brasileiro (SEB) por meio do Open Energy, uma nova fronteira de valor que, pelo uso intensivo de dados, visa o empoderamento do consumidor-cliente. No mercado varejista, o Open Energy, ambiente digital de dados padronizados, viabiliza novos produtos/serviços e permite ao consumidor acesso a informações detalhadas para decisões mais embasadas, economizando energia e custos. A ANEEL, seguindo diretrizes do MME, instituiu a Consulta Pública n° 07/2025 (CP 07/2025) para coletar subsídios sobre sua operacionalização, incluindo acesso e responsabilidades. Análise do GESEL-UFRJ das 231 contribuições revelou três subtemas de maior divergência: responsabilidade pelo compartilhamento (com verticalizados resistindo à custódia e comercializadores defendendo a liberdade do consumidor); governança e papel da CCEE (com defensores da centralização na CCEE versus a descentralização com múltiplos operadores); e ritmo de implementação (com alguns buscando coordenação com outras reformas e outros, um cronograma rápido ou gradual). MME e ANEEL indicaram a LGPD como base para responsabilidades; a ANEEL propõe custódia com as entidades geradoras originais, não exclusivamente na CCEE. A CCEE, contudo, coordenaria aspectos tecnológicos e orientaria agentes, em um modelo análogo ao Open Finance com múltiplos operadores. Por fim, a implementação do Open Energy é um passo fundamental para a abertura do mercado de energia de baixa tensão, aprimorando o ambiente institucional e empoderando cerca de 90 milhões de consumidores-clientes. Acesse o texto aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.08.2025)

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Artigo de Paul Hines: “A usina mais barata está na sua casa”

Em artigo do Utility Dive, Paul Hines (vice-presidenc de sistemas de energia do EnergyHub) destaca como a crescente pressão sobre a rede elétrica dos EUA — causada por ondas de calor extremas, aumento do consumo e infraestrutura envelhecida — exige soluções rápidas e inteligentes. Para o autor, em vez de depender apenas de mais geração e novas linhas de transmissão, uma alternativa promissora está na utilização mais eficiente dos recursos já existentes, especialmente dentro das próprias casas. Ele destaca o potencial das usinas virtuais de energia (VPPs), que são redes de dispositivos residenciais conectados, como termostatos inteligentes, baterias domésticas e carregadores de veículos elétricos, que podem ajustar automaticamente seu consumo para ajudar a equilibrar a demanda da rede. Além da flexibilidade, a implementação de VPPs é mais barata do que a construção de novas usinas ou LTs. Um estudo da Brattle Group estima que 60 GW em VPPs podem gerar uma economia de até US$ 35 bilhões nos próximos 10 anos, se comparados a investimentos tradicionais. Para escalar esse modelo, todavia, é essencial garantir participação contínua, confiança e uma boa experiência ao usuário. O autor pondera, por fim, que o futuro da rede elétrica está na coordenação de milhões de dispositivos conectados já presentes nos lares — reduzindo custos, evitando apagões e construindo um sistema mais resiliente e acessível para todos. (Utility Dive – 25.08.2025)

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NREL: Gerenciamento inteligente da recarga de VEs pode proporcionar economia anual de US$ 30 bilhões até 2035

A crescente adoção de veículos elétricos (VEs) nos Estados Unidos já começa a impactar a rede elétrica, criando tanto desafios quanto oportunidades para as distribuidoras de energia. Segundo relatório do National Renewable Energy Laboratory (NREL), sem uma abordagem proativa, o aumento da demanda pode provocar falhas prematuras em transformadores, exigência de atualizações emergenciais e aumento nas contas dos consumidores. O gerenciamento inteligente da recarga, porém, pode descentralizar, otimizar e baratear o sistema elétrico. Estima-se que os VEs serão a principal fonte de crescimento da demanda por eletricidade nos anos 2030, podendo exigir investimentos em geração, transmissão e distribuição. No entanto, se bem integrados, os VEs podem fortalecer a rede, aumentar a resiliência e reduzir custos. Para os EUA, a previsão é de quase 79 milhões de VEs nas estradas até 2035. Mesmo em cenários mais conservadores, o valor econômico por veículo justifica a urgência em adotar a recarga gerenciada. Além disso, os VEs devem se tornar componentes-chave em usinas virtuais de energia (VPPs), capazes de entregar eletricidade de forma confiável a custos até 60% inferiores aos geradores tradicionais. Cada VE com recarga gerenciada pode economizar de US$ 145 a US$ 575 por ano para as distribuidoras, e com recarga bidirecional, esse valor pode ultrapassar US$ 1.300 por veículo. No entanto, a tecnologia de recarga bidirecional ainda enfrenta barreiras técnicas e de aceitação por parte das montadoras e concessionárias de energia. (Utility Dive – 27.08.2025)

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Impactos Socioeconômicos

Artigo de Bruna De Bellis e Fernanda Carreira: "A transição verde da indústria passa pela formação da nova geração"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Bruna Prado De Bellis (gestora de programas internacionais de educação no Grupo Techint) e Fernanda Cassab Carreira (coordenadora-geral do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas) tratam das transformações no mercado de trabalho impulsionadas pela transição verde e pela revolução digital, destacando o papel central da indústria nesse processo. As autoras argumentam que essas mudanças exigem novas competências dos trabalhadores — especialmente técnicos — que vão desde habilidades funcionais em sustentabilidade até competências sociais, cognitivas e metacompetências, como pensamento crítico, colaboração e inteligência emocional. A formação técnica, portanto, deve ser ampla e alinhada aos desafios ambientais e tecnológicos contemporâneos. O artigo também aponta a crescente demanda por “empregos verdes” no Brasil e no mundo, ressaltando a urgência de políticas públicas e estratégias educacionais que preparem os jovens para protagonizar uma transição justa, inclusiva e sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 27.08.2025)

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China: Preços de minérios de terras raras aumentam após suspensão da MP Materials

Os preços dos elementos terras-raras neodímio e praseodímio (NdPr), essenciais para ímãs usados em veículos elétricos, turbinas eólicas e equipamentos de defesa, atingiram o maior nível em dois anos após a MP Materials, principal mineradora dos EUA, suspender exportações para a China. O preço do óxido de NdPr na China subiu 40% desde julho, refletindo uma escassez provocada pelo fim do fornecimento da MP, que representava até 9% da produção chinesa. A decisão dos EUA de refinar domesticamente e oferecer apoio de preços à MP faz parte de um esforço para reduzir a dependência da China, que detém 90% da capacidade global de refino. A alta também é impulsionada pela retomada da demanda chinesa durante a temporada de pico industrial e pela incerteza nas cotas de produção chinesas. O movimento favorece projetos fora da China, mas a continuidade da valorização dependerá da capacidade dos fabricantes de ímãs de absorver os preços mais altos. (Reuters – 26.08.2025)

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China: Queda nos preços de módulos soláres fez aumentar as perdas de fabricantes no 1º semestre de 2025

As principais fabricantes de painéis solares da China ampliaram suas perdas no primeiro semestre de 2025. O resultado foi impactado pela queda nos preços dos módulos devido ao excesso de oferta e guerras de preços. A Longi Green Energy foi exceção, reduzindo seu prejuízo de 5,2 para 2,6 bilhões de yuans, graças à melhor gestão interna e aumento das vendas locais. Já Jinko Solar teve prejuízo de 2,6 bilhões, Trina Solar registrou perdas de 2,9 bilhões, JA Solar de 2,58 bilhões e a Tongwei liderou com 5 bilhões de yuans em perdas. Apesar do cenário negativo, analistas apontam que medidas do governo chinês contra a concorrência desleal e uma reestruturação do setor podem favorecer a recuperação da rentabilidade, especialmente no segmento de polissilício. (Reuters – 26.08.2025)

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EUA: Governo cancela financiamento de U$ 679 mi para energia eólica offshore

A administração Trump anunciou o cancelamento de US$ 679 milhões em financiamentos federais destinados a 12 projetos de energia eólica offshore nos EUA, incluindo US$ 427 milhões para um terminal na Califórnia. A decisão representa mais um ataque direto à agenda climática do ex-presidente Joe Biden, que priorizava o desenvolvimento de fontes limpas de energia. O projeto da Baía de Humboldt, na costa do Pacífico, seria o primeiro terminal eólico offshore da região, com foco em montagem e lançamento de turbinas. Governadores e autoridades estaduais criticaram a medida, destacando a perda de empregos e o impacto negativo para a economia local e a transição energética. Só em Massachusetts, estima-se que 800 trabalhadores da construção civil serão afetados pelo cancelamento de um projeto em Salem. Outros cortes incluem hubs eólicos nos estados de Nova York e Maryland. Além disso, o governo Trump também tem encerrado subsídios para projetos ferroviários de alta velocidade e infraestrutura ambiental, enfraquecendo os avanços em energia limpa e sustentabilidade. (Reuters – 29.08.2025)

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Índia: Novas tarifas dos EUA devem agravar excesso de oferta doméstica de painéis solares

Altas tarifas dos Estados Unidos e possíveis medidas antidumping contra painéis solares indianos devem agravar o excesso de oferta no mercado interno da Índia em 2026, à medida que os leilões domésticos desaceleram, segundo analistas e executivos do setor. As exportações para os EUA representam 90% das vendas externas da Índia, e as tarifas de 50% impostas pelo governo Trump comprometem a lucratividade das empresas indianas, que podem enfrentar novas barreiras caso os EUA apliquem medidas antidumping solicitadas por fabricantes norte-americanos. Apesar de incentivos do governo indiano terem ampliado a capacidade de produção para 74 GW em 2024, com projeção de atingir 190 GW até 2027, as fábricas operam, em média, com apenas 25% da capacidade. Os módulos indianos, por usarem células chinesas ou nacionais mais caras, são significativamente menos competitivos que os fabricados na China. Com a imposição de uso obrigatório de células indianas a partir de junho de 2026, a tendência é de aumento das importações e possíveis pressões nas cadeias de suprimento. (Reuters – 28.08.2025)

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Eventos

Energy Solutions Show: Webinar destacará eficiência energética no mercado livre

No dia 10 de setembro, o Energy Solutions Show (ESS) realizará um webinar gratuito com foco na eficiência energética como ferramenta estratégica para redução de custos operacionais e aumento da competitividade empresarial. Intitulado “Economia que gera valor: eficiência energética no mercado livre”, o evento online será transmitido às 10h via Zoom e contará com a participação de especialistas do setor elétrico. Entre os confirmados estão Ângela Oliveira (Abraceel), Silla Motta (Donna Lamparina), Gabriel Duarte (Grupo Amaggi) e Kleiton Streuli (Sabó), que apresentarão estratégias práticas, inovações tecnológicas e cases de sucesso sobre gestão inteligente de energia. Em meio aos desafios econômicos do país, o objetivo é mostrar como empresas podem transformar o consumo energético em vantagem competitiva. As inscrições já estão abertas e a participação promete oferecer insights valiosos sobre o uso eficiente da energia no mercado livre. (Agência CanalEnergia – 29.08.2025)

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COP30: Cúpula tentará destravar US$ 1,3 tri anuais para agenda climática global

A COP30, marcada para novembro em Belém, assume a missão de viabilizar um plano robusto de financiamento climático global, após o impasse na COP29 em Baku. O principal objetivo é construir o “Mapa do Caminho de Baku a Belém”, que indicará como atingir a meta de US$ 1,3 trilhão anuais até 2035, com foco na adaptação climática e apoio ao Sul Global. A proposta inclui medidas como redirecionar subsídios fósseis, criar tributos sobre setores poluentes e reformar bancos de desenvolvimento. Especialistas destacam que não basta haver recursos — é necessário que eles cheguem aonde são mais necessários, com instrumentos que mitiguem riscos e envolvam atores locais. O Brasil tem testado mecanismos como o Ecoinvest, que já atraiu capital privado, e a expectativa é que esse modelo inspire novas soluções internacionais. (Valor Econômico - 28.08.2025)

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