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IFE Transição Energética 72
Dinâmica Internacional
IEA: Financiamento de novos projetos é desafio para fonte nuclear
O relatório The Path to a New Era for Nuclear Energy, da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), aponta um novo impulso para a energia nuclear, com políticas, investimentos e avanços tecnológicos, como pequenos reatores modulares (SMRs). O documento destaca desafios como financiamento, cadeias de suprimentos confiáveis e cumprimento de prazos e orçamentos para novos projetos. Globalmente, mais de 70 GW de capacidade nuclear estão em construção, principalmente na China e na Rússia, que lideram o desenvolvimento com tecnologias próprias. No Brasil, projetos como Angra 3 enfrentam entraves financeiros, já que a Eletronuclear não pode atuar sozinha em novas plantas, exigindo mudanças regulatórias para atrair sócios. A energia nuclear, atualmente responsável por 10% da eletricidade global, deve crescer devido à crescente demanda elétrica, com os SMRs podendo alcançar 80 GW até 2040, desde que seus custos sejam reduzidos a níveis competitivos com hidrelétricas e eólicas offshore. (Agência CanalEnergia - 16.01.2025)
Link ExternoIEA: Diversificação das fontes de energia é essencial para a segurança futura
Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), Fatih Birol, afirmou que a diversificação das fontes de energia é essencial para garantir a segurança energética futura. Ele lembrou a crise enfrentada pela Europa, há dois anos, devido à alta dependência do gás russo, ressaltando que essas dependências podem se transformar em vulnerabilidades. Birol destacou que a transição energética, além de reduzir as emissões de carbono, é crucial para fortalecer a segurança energética global, com as energias renováveis desempenhando papel central. Embora reconheça as incertezas políticas e econômicas, ele reforçou a necessidade de focar nas certezas, como a realidade das mudanças climáticas e a urgência de uma transição energética global. O diretor também enfatizou que, sem mudanças nas políticas, as mudanças climáticas irão piorar, alertando que a exploração de petróleo e gás natural e a segurança energética são desafios prioritários para o futuro.(Agência Eixos – 21.01.2025)
Link ExternoWEF: Novos centros para a transição energética em Omã, África do Sul e Arábia Saudita
O Fórum Econômico Mundial (WEF) anunciou novos centros para a transição energética dentro da sua iniciativa 'Centro para a Quarta Revolução Industrial' (C4IR), com locais em Muscat (Omã), Pretória (África do Sul) e Riade (Arábia Saudita). O centro de Omã se concentrará em inteligência artificial (IA), governança e transição energética, alinhado com a 'Visão 2040' do país, com foco no desenvolvimento tecnológico, digital e sustentável. Omã buscará capacitar jovens com ferramentas e educação para se destacarem na era digital, promovendo crescimento econômico por meio de inovação. Em Pretória, a África do Sul, em colaboração com a Universidade de Pretória, focará na digitalização inclusiva e descarbonização, preparando o país para os desafios das cadeias de valor globais e a transição energética, visando alcançar um futuro com emissões líquidas zero. O centro sul-africano buscará parcerias entre o governo, setor privado e outras iniciativas do Fórum, com o objetivo de acelerar a inovação e a transformação industrial sustentável.(Smart Energy – 24.01.2025)
Link ExternoWoodMac: Desafios para o crescimento da energia solar em 2025
O relatório “Solar global: quatro coisas a serem observadas em 2025”, produzido pela Wood Mackenzie, destaca que, embora o mercado fotovoltaico tenha alcançado um crescimento significativo em 2024, atingindo 495 GWdc de capacidade instalada (um aumento de 14% em relação a 2023), a tendência de expansão deve desacelerar em 2025 devido a desafios como incerteza política, medidas protecionistas e gargalos de interconexão e transmissão. A análise aponta que a incerteza pós-eleitoral, incentivos decrescentes e uma mudança para agendas climáticas menos ambiciosas poderão causar uma estagnação nas instalações solares, com a capacidade global prevista para ficar em torno de 493 GWdc. Além disso, a energia solar deve capitalizar o crescimento dos data centers, com a demanda crescente por energia de baixo carbono, o que remodelará o desenvolvimento de projetos solares. O relatório também observa um aumento nos preços dos módulos solares devido à escassez de capacidade global e prevê que a China continuará dominando a fabricação solar, enquanto a inovação tecnológica, como inversores de maior tensão e rastreadores inteligentes, aumentará a eficiência e reduzirá os custos.(Agência CanalEnergia – 22.01.2025)
Link ExternoUE: Energia solar ultrapassa carvão na matriz elétrica, mostra Ember
Um levantamento realizado pela Ember apurou que a energia solar ultrapassou a geração a carvão na matriz elétrica da União Europeia em 2024. Como parte dos esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), a UE está buscando ampliar a sua capacidade de geração de energia renovável, além de reduzir sua dependência de importações de combustíveis fósseis enquanto pilar para a segurança energética. No último ano, a energia solar passou a responder por 11% dos recursos energéticos disponíveis para utilização nos processos produtivos. O carvão, por sua vez, pela primeira vez na série histórica – que teve início em 2011 -, ficou abaixo de 10%, segundo os dados da Ember. Além disso, a energia nuclear respondeu por 23,7% da matriz, mantendo sua posição como principal fonte de eletricidade do bloco, enquanto a energia eólica representa uma fatia de 17,4%, com metas para elevar essa participação para 34% até 2030. (Reuters – 23.01.2025)
Link ExternoChina: Novos recordes de implantação de energias renováveis
A China, em 2024, quebrou seus próprios recordes de implantação de novas instalações de energia eólica e solar, acelerando o progresso rumo a uma de suas principais metas climáticas, que é a de ter o pico anual histórico de emissões de carbono antes de 2030. A capacidade instalada das fontes renováveis aumentou 18% e 45,2%, respectivamente, somando 520 GW e 609,49 GW, segundo a Administração Nacional de Energia do país. Se mantido esse ritmo, até 2030, a capacidade de energia solar deverá superar significativamente aquela de carvão, que ainda domina a matriz elétrica chinesa. Em agosto do ano passado, o planejador estatal da China anunciou um plano de três anos que mira a atualização do sistema de energia e a ampliação da participação das fontes renováveis a fim de amparar a pressão da crescente demanda por energia. Nessa esteira, para 2025, analistas do Greenpeace deram sinal positivo a estratégia, indicando que a energia renovável poderia suprir todo o crescimento do consumo de eletricidade do país. (Reuters - 21.01.2025)
Link ExternoEUA: Trump anuncia saída do Acordo de Paris e emergência energética
Em seu discurso de posse, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país do Acordo de Paris e a declaração de "emergência energética nacional", com o objetivo de expandir a exploração de petróleo e gás. Os EUA já haviam deixado o acordo durante o primeiro mandato de Trump, o que é visto como um impacto significativo para as metas globais, considerando que o país é o maior produtor de petróleo e o segundo maior emissor de gases de efeito estufa. Trump também prometeu eliminar um mandato que limitava a poluição dos escapamentos de carros, criticando políticas como o “Green New Deal”. Defendendo o uso das vastas reservas de petróleo e gás, ele declarou que os EUA se tornariam uma nação mais rica, com foco em ampliar a produção para reduzir preços e completar as reservas estratégicas. No mercado, o preço do petróleo caiu no dia da posse, com contratos futuros de petróleo WTI e Brent registrando quedas. Além disso, a Comissão Federal de Comércio bloqueou movimentações da ExxonMobil e Chevron em fusões devido a questões antitruste.(Agência Eixos – 21.01.2025)
Link ExternoEUA: Trump suspende licenciamento de projetos eólicos federais
Em 20 de janeiro de 2020, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto presidencial suspendendo temporariamente a emissão de novas licenças para projetos de energia eólica onshore e offshore em terras e águas federais. A medida, que visa promover uma economia energética mais confiável, justifica-se pela necessidade de garantir energia barata e sem intermitência para os americanos, reafirmando o compromisso com a indústria de petróleo e gás. O decreto também inclui a revisão dos critérios de arrendamento e licenciamento de novos projetos eólicos, avaliando o impacto ambiental das turbinas, especialmente na fauna, e os custos da geração intermitente. Trump criticou as turbinas eólicas, chamando-as de fontes de energia caras e prejudiciais ao ambiente. A decisão não afeta projetos em desenvolvimento, como os parques offshore da Orsted e Copenhagen Infrastructure Partners. A American Clean Power Association (ACP) se manifestou contra a suspensão, destacando os impactos negativos na indústria e nos consumidores, além de alertar para os riscos de aumentar os custos de energia e prejudicar mais de 300 mil empregos na área.(Agência Eixos – 21.01.2025)
Link ExternoSuécia: SNS defende substituição estratégica da energia nuclear pela eólica ante demandas climáticas e de consumo
O think tank sueco SNS apurou que a alternativa de melhor viabilidade financeira para que a Suécia atenda ao aumento esperado da demanda por energia ao mesmo tempo em que avança nas suas metas de descarbonização é investir em parques eólicos onshore ao invés de em usinas nucleares. O atual plano do governo sueco inclui a construção de 10 novas usinas nucleares até 2025, à medida que a fronteira da eletrificação avança, com os setores de transporte e industrial se afastando dos combustíveis fósseis. O SNS, por sua vez, constata que a energia nuclear pode ser comercialmente viável no futuro, mas somente quando a Europa concordar com padrões comuns que levariam a menores custos de construção para novos reatores. O caminho mais viável para a Suécia nesse horizonte, destarte, segundo o think tank, seria apostar na energia eólica que, combinada a energia solar, hidrelétrica e aos reatores nucleares existentes, daria conta de atender a aceleração da demanda com impacto mínimo no preço da eletricidade no país. (Reuters – 23.01.2025)
Link ExternoNacional
Artigo de Alexandre Ditzel Faraco e Erickson Santana de Oliveira: "Avanços e lacunas na captura de carbono no Brasil"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Alexandre Ditzel Faraco e Erickson Santana de Oliveira (sócios de Levy & Salomão Advogados) tratam da Lei nº 14.993, sancionada em outubro de 2024, que estabelece um marco legal para a captura, transporte e estocagem geológica de dióxido de carbono (CO2) no Brasil. A lei, considerada um avanço significativo para o setor, cria um ambiente regulatório para viabilizar esses projetos, que podem gerar créditos de carbono negociáveis no mercado voluntário e regulado. No entanto, os autores destacam a necessidade de incentivos adequados e a criação de demanda consistente para garantir o sucesso da tecnologia, essencial para alcançar as metas de emissões líquidas zero. Eles sugerem que o Brasil poderia ter adotado mecanismos de estímulo mais robustos, como já ocorre em outros países, para impulsionar a atividade de captura de carbono e sua integração com políticas públicas de descarbonização. (GESEL-IE-UFRJ – 20.01.2025)
Link ExternoFórum Econômico Mundial: Ministro do MME destaca oportunidades em combustíveis renováveis no Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou, em sua participação no Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos, que o Brasil tem grandes oportunidades no setor de combustíveis renováveis, dado seu papel como líder em energias limpas, com uma matriz elétrica 90% limpa e investimentos em biocombustíveis e preservação ambiental. Ele também comentou sobre a independência da Petrobras para definir os preços dos combustíveis, sem a necessidade de intervenção do governo. Silveira reforçou que o foco do governo Lula é mostrar os resultados das políticas implementadas, com ênfase nos frutos que começam a ser colhidos após dois anos de gestão. (Valor Econômico - 21.01.2025)
Link ExternoGoverno sanciona lei do Paten, mas veta trechos importantes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, a lei que criou o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), um "fundo verde" destinado a financiar a mudança para fontes de energia mais limpas. O governo vetou trechos que incluíam acumuladores elétricos no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores devido a possíveis impactos orçamentários. Outros vetos foram aplicados a dispositivos que permitiam a realocação de recursos do Programa Nacional de Conservação de Energia para a Conta de Desenvolvimento Energético e à destinação de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima para setores não alinhados com a Política Nacional de Mudança do Clima, ambos considerados contrários ao interesse público e ao avanço da transição energética. (Valor Econômico - 23.01.2025)
Link ExternoThymos: Implantação de novos 10 GW de renováveis em 2025
A Thymos Energia prevê uma expansão de 10 GW na matriz renovável brasileira em 2025, incluindo geração centralizada e distribuída, destacando a versatilidade do mercado. Apesar desse crescimento, desafios como o curtailment, que cortou 12.713 GWh de energia solar e eólica em 2024, devem persistir, especialmente no segundo semestre. A consultoria projeta avanços em fontes hidráulicas e térmicas com leilões de capacidade e crescimento de 4% no consumo geral de energia, com o mercado livre alcançando 41% do consumo do sistema. Espera-se impacto positivo nos reservatórios e bandeira verde predominante, mas também aumento de 14% em encargos como CDE e Proinfa. Em 2024, a matriz superou 244 GW, com expansão recorde de renováveis (19 GW), enquanto o mercado livre cresceu 55% em consumidores. (Agência CanalEnergia - 21.01.2025)
Link ExternoAbragel: Hidrelétricas como pilar da transição energética no país
As usinas hidrelétricas desempenham um papel crucial na estratégia de transição energética do Brasil, segundo Charles Lenzi, presidente-executivo da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel). Elas são essenciais pela capacidade de integração com outras fontes renováveis, pela função estabilizadora no setor elétrico e pela robustez de sua cadeia produtiva. Essa combinação fortalece a posição do Brasil como referência mundial em matriz elétrica limpa, atraindo investimentos globais, com destaque para os US$ 34,8 bilhões recebidos em 2023. Além disso, o país tem ampliado sua exportação de tecnologia, com um aumento de 47,3% nas vendas de máquinas de energia elétrica, principalmente para a China, União Europeia, EUA, Oriente Médio e África. Lenzi destaca a complementaridade das hidrelétricas com a geração solar e eólica, já que sua capacidade de armazenamento ajuda a mitigar a intermitência dessas fontes renováveis. Ele também defende o investimento em usinas de menor porte, com até 50 MW, como forma de impulsionar a descarbonização e a sustentabilidade do setor energético.(Além da Energia– 21.01.2025)
Link ExternoImpacto do aumento de impostos no setor de energia solar
O aumento do imposto de importação para as células fotovoltaicas, de 9,6% para 25%, tem impactado fortemente as empresas do setor solar no Brasil. A medida, que entraria em vigor em 30 de junho, já tem efeitos práticos, pois as cotas de importação com alíquota antiga se esgotaram, e muitos agentes não conseguem mais trazer os painéis solares pagando a tarifa reduzida. A justificativa do governo é fortalecer a indústria nacional, mas as geradoras de energia alegam que a produção local é insuficiente para atender à demanda e que os módulos brasileiros não atendem às certificações necessárias. O impacto nos custos dos projetos é estimado em 8%. Além disso, o setor enfrenta desafios adicionais, como judicializações relacionadas ao "curtailment" e a alta dos juros, com a recente decisão judicial que afastou a obrigação de indenização dos geradores. As perspectivas de investimentos para 2025 são menores, com estimativa de R$ 39,4 bilhões, comparados aos R$ 54,9 bilhões de 2024, mas o crescimento da potência instalada será de 13,2 GW, devido aos projetos em andamento. Em 2024, o Brasil alcançou 52,2 GW de potência solar, consolidando-se como a segunda maior fonte de energia da matriz elétrica, atrás das hidrelétricas.(Agência Eixos – 24.01.2025)
Link ExternoSetor solar alcança 76% de crescimento nas transações em 2024
Em 2024, o mercado de energia solar no Brasil alcançou um marco com um aumento de 76% nas fusões e aquisições em relação ao ano anterior, destacando o 4T24 como o período com o maior número de transações já registradas, com 17 aquisições. O crescimento foi impulsionado pela expansão da geração distribuída (GD), que dobrou o volume de transações, e pela geração centralizada (GC), que quadruplicou suas operações. No total, foram 102 transações nos últimos três anos, com 50% delas realizadas em 2024. A autoprodução por equiparação se destacou, representando 12 das 21 transações de GC e movimentando 37 usinas. Minas Gerais e Bahia lideraram as negociações, com 52% de aumento no número de usinas transacionadas, alcançando 336 ativos solares. O segundo semestre de 2024 concentrou 64% das transações, indicando uma aceleração no setor. A diversidade dos investidores, com predominância de empresas brasileiras, refletiu a expansão das oportunidades no mercado solar, consolidando o setor como um dos mais dinâmicos da energia no país.(Agência CanalEnergia – 23.01.2025)
Link ExternoRegulação e Reestruturação do Setor
Brasil: Mercado de carbono voluntário pode crescer com apoio de multinacionais
A re.green, empresa especializada em créditos de carbono, anunciou a ampliação de seu acordo com a Microsoft, que agora inclui a restauração de 33 mil hectares de floresta na Amazônia e na Mata Atlântica ao longo de 25 anos. O CEO Thiago Picolo destacou que a empresa, que já opera em várias regiões do Brasil, incluindo a Bahia e o Pará, busca promover o desenvolvimento sustentável, mas depende principalmente de investimentos de multinacionais. Ele observa que o mercado de carbono voluntário, embora pequeno, tem potencial de crescimento, especialmente em países europeus e nos EUA, onde a cultura ambiental é mais forte. Picolo acredita que o Brasil pode se tornar um exportador de ativos ambientais, embora o progresso nessa direção seja lento e gradual. A primeira emissão de créditos está prevista para o próximo ano. (Valor Econômico - 22.01.2025)
Link ExternoLula sanciona Lei 15.103 que institui o Paten, com vetos importantes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.103, que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), com três vetos. Um dos vetos removeu a destinação permanente de recursos não comprometidos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do setor elétrico para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), justificando-se que essa medida reduziria investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico essenciais para a transição energética, sem impacto significativo na redução das tarifas de energia. Também foi vetado o artigo que incluía acumuladores elétricos entre os itens beneficiados pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), por não ter estimativa de impacto orçamentário. Além disso, vetou-se a destinação de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima para projetos de mobilidade movidos a biometano e gás natural, pois contrariaria a Política Nacional sobre Mudança do Clima. A lei estabelece como objetivos do Paten o incentivo à pesquisa, inovação tecnológica, e a promoção de energia de baixo carbono, criando o Fundo Verde para garantir financiamentos sustentáveis.(Agência CanalEnergia – 23.01.2025)
Link ExternoBrasil: Mercado livre de energia cresce com recorde de migrações em 2024
A migração de consumidores para o mercado livre de energia, que se intensificou em 2024 com a abertura do mercado para todos os consumidores de alta tensão, está desafiando as fornecedoras a adotar abordagens mais criativas para atrair novos clientes. A transição do mercado regulado para o livre, possibilitada pela mudança legislativa, já resultou em mais de 100 mil consumidores aptos a aderir ao modelo, com um número recorde de migrações registradas em novembro de 2024. Comercializadoras como Cemig, Matrix e EDP Smart lideraram as adesões. A competição aumentou, e as empresas de geração e comercialização precisam se reinventar para se destacar, com destaque para o modelo de autoprodução, que permite aos consumidores obter descontos ao se tornarem sócios de projetos de geração de energia. Especialistas apontam que a educação do cliente e o esclarecimento sobre o funcionamento do mercado de energia são diferenciais importantes, além de oferecer uma variedade de serviços de atendimento e suporte para criar um vínculo mais forte com os consumidores.(Agência Eixos – 19.01.2025)
Link ExternoVetos à Lei de energia offshore evitam aumento nas contas de luz, dizem entidades
A Associação Brasileira de Comercializadoras de Energia (Abraceel) e o Conselho Nacional dos Consumidores de Energia (Conacen) apoiaram os vetos presidenciais na sanção da Lei 15.097/2025, que trata da geração de energia offshore, considerando que as emendas rejeitadas eram prejudiciais ao consumidor e ao funcionamento do mercado. A Abraceel destacou que os dispositivos vetados poderiam resultar em custos adicionais de até R$ 545 bilhões até 2050, o que representaria um aumento de 9% na conta de luz. Além disso, a associação defendeu a eliminação de subsídios e contratações ineficientes, buscando uma maior abertura do mercado e a modernização do setor elétrico. O Conacen, por sua vez, apoiou os vetos que impediram o aumento de custos com prorrogação de benefícios para usinas a carvão e a ampliação de prazos para mini e microgeração solar. No entanto, a entidade alertou para o risco de impacto financeiro caso os vetos sejam derrubados no Congresso, com um possível aumento de até 7,5% nas contas de energia.(Agência CanalEnergia – 17.01.2025)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
UE: Veículos 100% elétricos perderam participação de mercado em 2024
Os veículos elétricos (VEs), em 2024, perderam, pela primeira vez desde 2020, espaço de mercado na Europa. Um total de 10,6 milhões de novos veículos foram comercializados na União Europeia (EU) no ano passado, um aumento de 0,8% em relação a 2023. Desse total, os modelos 100% elétricos responderam por 13,6% das novas matrículas. A performance de mercado foi impactada pela eliminação dos subsídios na Alemanha, o maior mercado europeu. No entanto, as vendas progrediram na Bélgica, Dinamarca e Holanda, e podem ser recuperadas em 2025 com a chegada de modelos mais baratos na UE. Os elétricos ficaram atrás dos modelos híbridos - equipados com uma pequena bateria e um motor elétrico que não está plugado -, que conquistaram 30,9% do mercado e se aproximaram da participação dos modelos a gasolina, que foi de 33,3%. (Folha de São Paulo – 21.01.2025)
Link ExternoBrasil: Investimentos em carros híbridos e elétricos impulsionam o apoio do BNDES ao setor automotivo
Nos últimos dois anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou R$ 5,4 bilhões ao setor automotivo, superando os R$ 4,9 bilhões do governo anterior. Esse montante foi dividido entre R$ 2,2 bilhões para autopeças e R$ 3,1 bilhões para montadoras, com um foco crescente na produção de carros híbridos e elétricos, alinhado com a transição energética e a descarbonização. Em 2024, o apoio do BNDES alcançou R$ 3,6 bilhões, o maior desde 2016, refletindo um aumento de 141% em comparação ao ano anterior. Esse crescimento é atribuído a políticas públicas como a Nova Indústria Brasil e o Mover, programa de mobilidade verde e inovação, que visa promover a sustentabilidade e uma matriz de transporte mais limpa. Em resposta, o setor automotivo anunciou investimentos de R$ 130 bilhões e, em 2024, registrou um aumento de 15% nas vendas de veículos novos, 11% na produção e gerou 100 mil novos postos de trabalho, conforme destacou o vice-presidente Geraldo Alckmin.(Agência Eixos – 23.01.2025)
Link ExternoBrasil: Mercado de veículos eletrificados cresce 20,89% em janeiro de 2025
Na primeira quinzena de janeiro de 2025, o mercado de veículos eletrificados no Brasil registrou 7.785 unidades vendidas, um aumento de 20,89% em relação ao mesmo período de 2024, consolidando-se como um segmento crescente, impulsionado por estratégias comerciais agressivas e estoques remanescentes de 50 mil unidades importadas. Os híbridos plug-in (PHEV) lideraram as vendas com 3.563 unidades, seguidos pelos híbridos leves (MHEV), que cresceram 254,42%, com 1.843 unidades. Já os carros elétricos (BEV) tiveram uma queda de 20,15%, totalizando 1.629 unidades, enquanto os híbridos puros (HEV) somaram apenas 750 unidades, uma queda de 52,62%. A BYD foi a líder do mercado, com 2.989 unidades vendidas, seguida pela Fiat, impulsionada pelos híbridos leves. Marcas como GWM, Toyota e Volvo também se destacaram. Os cinco carros elétricos mais vendidos foram os modelos BYD Dolphin e GWM Ora, enquanto no setor híbrido, o BYD Song e GWM Haval H6 se destacaram. O segmento deve continuar crescendo em 2025, com novos lançamentos e a fabricação nacional de marcas chinesas.(Inside EVs – 20.01.2025)
Link ExternoBrasil: Mobilidade elétrica cresce 89% em 2024 e impulsiona investimentos no setor
A mobilidade elétrica no Brasil tem mostrado grande crescimento, com 177.358 veículos eletrificados registrados em 2024, um aumento de 89% em relação a 2023. A expectativa para 2025 é que as vendas cresçam 40%, com investimentos estimados em R$ 6 bilhões. Esse crescimento é impulsionado por fatores como a produção nacional, com empresas como BYD e GWM ajudando a reduzir custos e aumentar a competitividade, e a ampliação da infraestrutura de recarga, que deve alcançar 14.500 pontos até 2025. A adesão corporativa também cresce, com grandes empresas eletrificando suas frotas para reduzir custos e emissões. O setor recebeu mais de R$ 5 bilhões em investimentos em 2024, e espera-se um aumento de 20% em 2025, com foco em tecnologias como carregadores ultrarrápidos e integração com energia solar. Contudo, desafios regulatórios e legislativos permanecem, como a necessidade de um marco regulatório nacional e a harmonização tributária entre estados e federação, além da integração com energias renováveis para uma matriz energética mais limpa.(Inside EVs – 20.01.2025)
Link ExternoWoodmac: Mudanças políticas e novas tecnologias moldam o futuro dos veículos elétricos e das baterias
Em 2024, a demanda global por veículos elétricos (VE) e baterias teve um crescimento acentuado, mas com um cenário regional misto. A China liderou as vendas, com aproximadamente o dobro das vendas do restante do mundo combinado, impulsionada por subsídios governamentais, com previsão de expansão do programa em 2025. Na Europa, o mercado estagnou enquanto os fabricantes se preparavam para metas rigorosas, optando por aumentar as vendas de veículos não elétricos. Nos Estados Unidos, o otimismo gerado pelo Inflation Reduction Act foi abalado por uma possível redução nos subsídios com a eleição de Trump. Em 2025, espera-se maior competição na China e mudanças nas políticas globais para reforçar as cadeias de suprimentos de baterias, com a UE e os EUA buscando reduzir a dependência de materiais e produtos chineses. Além disso, as tarifas sobre minerais críticos e a possível adoção de novas tecnologias de baterias, como íons de sódio, poderão alterar as dinâmicas do mercado. O futuro do setor dependerá de como essas mudanças afetarão a produção e a regulação dos veículos elétricos.(Woodmac – 20.01.2025)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Nature Energy: Estudo sobre H2V mostra grandes lacunas entre ambição e implementação global
Um estudo publicado na Nature Energy revelou que, apesar do aumento significativo no número de projetos anunciados para hidrogênio verde globalmente, menos de 10% da capacidade planejada para 2023 foi concretizada. Pesquisadores do Instituto de Pesquisa de Impacto Climático de Potsdam (PIK) identificaram altos custos, falta de disposição para pagar e incertezas sobre subsídios como barreiras principais. Apenas 7% dos projetos anunciados entre 2020 e 2023 foram realizados, e a realização de todos os projetos até 2030 exigiria subsídios de cerca de US$ 1 trilhão, muito acima do apoio financeiro global disponível. Para resolver essa lacuna, os pesquisadores propõem políticas que priorizem setores difíceis de eletrificar, como aviação, aço e produtos químicos, utilizando instrumentos como cotas vinculativas. Regulamentações, como a exigência da União Europeia de misturar combustíveis sintéticos baseados em hidrogênio na aviação, podem ajudar a canalizar a demanda. No entanto, o estudo alerta contra "bloqueios fósseis", que poderiam comprometer metas climáticas, e defende a transição para mecanismos de mercado, como a precificação de carbono, para reduzir custos públicos e garantir competitividade. (Hydrogen Central – 16.01.2025)
Link ExternoWoodMac: O futuro do hidrogênio limpo e os desafios para a descarbonização
Em artigo publicado pelo VWoodmac, Ed Crooks (Vice-presidente sênior, Executivo de Liderança de Pensamento para as Américas) trata do potencial do hidrogênio como uma solução versátil e poderosa no setor de energia, sendo comparado a um "canivete suíço" devido às suas diversas aplicações, desde aquecimento doméstico até a indústria pesada. No entanto, a adoção global tem sido lenta, e, nos últimos meses, diversos contratempos surgiram nos planos de uso do hidrogênio limpo para a descarbonização. Crooks questiona se esses desafios são causados por infraestrutura inadequada, incertezas políticas ou questões econômicas e físicas. Apesar disso, o hidrogênio continua a ser uma opção promissora para descarbonizar setores específicos, embora caro. A Chevron, por exemplo, investe em combustíveis de hidrogênio e postos de abastecimento para caminhões pesados na Califórnia. A especialista Melissa Lott, da Microsoft, destaca que a infraestrutura ainda não está pronta, mas o debate gira em torno de "quando" o hidrogênio se tornará uma solução viável, e não "se" isso ocorrerá. O artigo explora essas questões e propõe uma reflexão sobre o futuro do hidrogênio na energia de baixo carbono.(Woodmac – 22.01.2025)
Link ExternoBrasil: 2024 foi um marco para o avanço do hidrogênio verde
O ano de 2024 marcou avanços históricos para o hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil, consolidando marcos regulatórios e promovendo um ambiente favorável ao investimento e crescimento do setor, reconhecido como estratégico para a descarbonização e transição energética. Entre as conquistas, destaca-se a aprovação das leis 14.948/24 e 14.990/24, que estabeleceram o marco legal do hidrogênio e criaram o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão (PHBC), oferecendo R$18,3 bilhões em créditos fiscais. A inclusão do setor no decreto 11.964/2024, que facilita investimentos prioritários em infraestrutura, e o regime fiscal favorecido para o hidrogênio, garantido pela reforma tributária, reforçam a competitividade frente aos combustíveis fósseis. A lei 14.993/24 introduziu o marco dos combustíveis sintéticos, enquanto a lei 15.042/24 instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões, permitindo que projetos de hidrogênio gerem créditos de carbono. No âmbito do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), estruturaram-se iniciativas como o Sistema Brasileiro de Laboratórios em Hidrogênio e o Comitê de Especialistas em Economia do Hidrogênio, além de Unidades Embrapii focadas no tema, com metas ambiciosas para 2025, incluindo a disseminação de plantas-piloto em todas as regiões do país. No setor automotivo, o programa Mover (Lei 14.902/24) e o Nova Indústria Brasil priorizam descarbonização, eletrolisadores e células a combustível. (Eixos – 20.01.2025)
Link ExternoBrasil: Aneel autoriza projetos de hidrogênio de baixa carbono com investimentos de R$ 1,49 bilhão
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, anunciou que a autorização de 13 projetos de hidrogênio de baixa carbono, com investimentos previstos de R$ 1,49 bilhão em áreas industriais como siderurgia e fertilizantes, deverá retornar ao plenário da agência o mais rápido possível, após parecer técnico favorável. Feitosa também comentou sobre a perspectiva de bandeira tarifária verde durante o ano, mas afirmou que uma previsão mais precisa só será possível no fim do período úmido. Em relação à Amazonas Energia, destacou a necessidade de uma solução definitiva para a concessionária, que está sob insegurança jurídica. A Aneel aprovou o plano para a Âmbar Energia assumir o controle da empresa, com um financiamento de aproximadamente R$ 14 bilhões pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) nos próximos 15 anos e um aporte de R$ 6,5 bilhões para reduzir o endividamento da Amazonas Energia.(Agência Eixos – 21.01.2025)
Link ExternoBrasil: Aneel nega pedido de suspensão de análises para projetos de hidrogênio verde
A diretoria da Aneel negou o pedido da Brasil Fortescue Sustainable Industries de suspensão imediata das análises de pareceres de acesso para consumidores ultra-eletrointensivos com projetos de produção de hidrogênio verde e amônia, protocolados a partir de agosto de 2024. A empresa argumentou que as regras atuais não são adequadas para esse novo perfil de consumidores, alegando que a emissão de pareceres de acesso poderia resultar em vantagens indevidas para esses agentes e prejudicar o ambiente de contratação da Rede Básica. A concentração geográfica desses projetos, especialmente no Porto do Pecém, no Ceará, somada à escassez de capacidade da rede de transmissão, geraria um problema de conexão similar à "corrida do ouro" de projetos eólicos e solares. A Aneel está tratando da regulação específica para o acesso à Rede Básica na Consulta Pública nº 23/2024, ainda em andamento. Atualmente, os pedidos seguem as diretrizes do Ministério de Minas e Energia, que condicionam a emissão dos pareceres à disponibilidade da rede de transmissão existente e planejada.(Agência CanalEnergia – 22.01.2025)
Link ExternoBrasil: Avanços no Hidrogênio Verde em 2024
Em artigo publicado pela Agência Eixos, Fernando Delgado (diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde – ABIHV) trata dos avanços significativos do Brasil em 2024 no setor de hidrogênio de baixa emissão de carbono, consolidando o país como líder global na transição energética. Entre as principais conquistas, destacam-se a aprovação de marcos legais como as leis 14.948/24 e 14.990/24, que estabelecem o marco regulatório e o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio, respectivamente, além da criação de um regime fiscal favorecido pelo decreto 11.964/2024 e a reforma tributária com a emenda constitucional 132/2023. O governo brasileiro também instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) e a Lei 15.042/24, incentivando a geração de créditos de carbono. No setor automotivo, o programa Mover impulsionou a descarbonização da frota, enquanto o programa Nova Indústria Brasil apoiou a inovação. Em 2024, os projetos de hidrogênio cresceram 50%, destacando o potencial do Brasil em hidrogênio verde, especialmente no Complexo do Pecém, que está se tornando um polo global. Com o compromisso do país no G20, o ano de 2024 posiciona o Brasil como referência na transição para uma matriz energética sustentável.(Agência Eixos – 20.01.2025)
Link ExternoBrasil: Veículos a hidrogênio enfrentam competição e desafios no mercado brasileiro
A adoção de veículos movidos a hidrogênio enfrenta desafios significativos, especialmente no contexto brasileiro. Apesar de vantagens como autonomia de mais de 600 km e tempo de abastecimento rápido, os veículos a hidrogênio ainda são caros e dependem de infraestrutura de abastecimento limitada, como demonstrado pelo insucesso do Toyota Mirai, que, após 10 anos, vendeu apenas 27 mil unidades globalmente. A tecnologia enfrenta a forte competição dos veículos elétricos (EVs), cujos custos de produção têm caído significativamente, impulsionados pela produção em massa de baterias, e cujas vendas superam em muito os carros a hidrogênio. No Brasil, a falta de modelos disponíveis no mercado e a já consolidada infraestrutura para biocombustíveis como etanol e biometano tornam os EVs e híbridos mais viáveis. Apesar disso, pesquisas e projetos como o da Shell e Toyota, que visam transformar etanol em hidrogênio de forma mais econômica, podem tornar essa tecnologia mais acessível no futuro. Contudo, enquanto o hidrogênio pode ser relevante para transporte pesado, o Brasil, com sua energia renovável abundante e políticas de incentivo a veículos híbridos, tem alternativas mais sustentáveis no curto e médio prazo.(Agência Eixos – 19.01.2025)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Espanha: GD solar ultrapassa 8 GW, apesar de corte dos subsídios
O parque de geração distribuída (GD) de energia solar nas residências da Espanha encerrou 2024 com 8.137 MW, segundo dados da União Fotovoltaica Espanhola (UNEF, na sigla em espanhol). Foram 1.182 MW de energia para o autoconsumo postos em operação no ano passado, em mais de 50 mil residências, o que representa uma redução de 31% em relação à capacidade implantada em 2023. A queda na instalação de novos painéis solares poderia ser explicada pela eliminação de subsídios do governo à modalidade, de acordo com a associação. A entidade, todavia, enfatiza que o autoconsumo continua a ser uma alternativa altamente rentável para os diversos setores da economia, sobretudo diante do aumento dos preços da eletricidade ante o período anterior à crise. (Energías Renovables – 23.01.2025)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
EUA: Subsídios fiscais para energia limpa poderão custar US$ 825 bi em 10 anos
Os subsídios fiscais para empreendimentos de energia limpa nos Estados Unidos– conforme a Lei da Redução da Inflação – deverão aumentar os déficits orçamentários do país em cerca de US$ 825 bilhões nos próximos 10 anos, segundo o Congressional Budget Office (CBO). A projeção supera a estimativa inicial, que era de US 270 bilhões para 10 anos. A previsão reajustada, de acordo com o diretor da entidade, Philip Swagel, se deve, em parte, a uma janela orçamentária diferente daquela apurada em 2022, quando a legislação fora aprovada. Além disso, os custos também aumentaram devido a mudanças políticas que ampliaram a orientação de subsídios a veículos elétricos. (Reuters – 17.01.2025)
Link ExternoUniversity of Portsmouth: Metais que protegem aerogeradores podem impactar ecossistemas marinhos
Um estudo realizado pela Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, apontou que metais tipicamente utilizados para o revestimento e proteger e turbinas eólicas da oxidação – como alumínio, zinco e índio – podem ter impacto em ecossistemas marinhos. A avaliação abrangente dos riscos ainda é dificultada pela carência de informação, mas é constatado que os elementos corrosivos são liberados na água e a tendência é que essa concentração aumente uma vez que a energia eólica é um importante vetor da transição de baixo carbono. O trabalho não condena a construção de novas capacidades da fonte, mas clama por uma supervisão mais adequada, especialmente à medida que parques eólicos se expandem. Assim, o relatório enfatiza a importância do monitoramento dos produtos químicos liberados por esses empreendimentos para que o impacto ambiental possa ser medida, controlado e gerido. (Energías Renovables - 23.01.2025)
Link ExternoEventos
Fórum Econômico Mundial: Painel de especialistas discute soluções transversais para a descarbonização
O painel de especialistas “Estado do Clima e Natureza” realizado no encontro anual do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) de 2025 visou endereçar os impactos severos da concentração de gases de efeito estufa (GEE) já acumulados na atmosfera. Nesse sentido, um grupo de especialistas elencou cinco pontos de atenção – entre eles, ideias, soluções, tendências e oportunidades – a serem associados às próximas investidas de descarbonização dos países. São eles: i) a aplicação de soluções de inteligência artificial (IA) para processamento e mensuração de dados de emissões, bem como o uso de algoritmos “machine learning” para mapear e, consequente, gerenciar os focos de poluição; ii) melhorar a infraestrutura do sistema energética, com destaque para a ampliação das capacidades de energias renováveis; iii) estabelecer prazos curtos e rígidos para as metas climáticas, mirando esforços mais focados e irremediáveis; iv) a revisão da eficácia dos créditos de carbonos; e v) a continuidade da promoção de espaços para a cooperação e intercâmbio de experiências e conhecimentos, mirando manter o ímpeto da transformação energética forte e difuso globalmente. (WEF – 23.01.2025)
Link ExternoCOP30: André Corrêa do Lago será presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
André Corrêa do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, foi nomeado presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém (PA) em novembro de 2025. A conferência terá como foco a implementação do Acordo de Paris, após a conclusão de seu livro de regras na COP29. Corrêa do Lago, com vasta experiência em negociações climáticas, já atuou em diversas funções diplomáticas e foi negociador-chefe do Brasil para questões climáticas e a Rio+20. Ao seu lado, Ana Toni, nomeada diretora executiva da COP30, é reconhecida por sua trajetória em políticas públicas voltadas à justiça social e mudanças climáticas. A nomeação de Corrêa do Lago foi bem recebida por instituições do setor, como o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que destaca sua habilidade de articular diversos interesses, facilitando negociações e posicionando o Brasil como protagonista nas discussões sobre sustentabilidade. Ele é visto como fundamental para o sucesso da conferência e para a ampliação do envolvimento do setor privado na agenda climática.(Agência CanalEnergia – 21.01.2025)
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