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IFE Transição Energética 59
Dinâmica Internacional
FII Priority Summit: América Latina tem potencial para impulsionar a transição energética global
Os mercados emergentes, especialmente a América Latina, têm potencial para impulsionar a transição energética global e atrair investimentos, conforme discutido no FII Priority Summit. A região, que lidera em descarbonização da matriz energética e possui a maior parte das reservas de "metais críticos" para eletrificação e descarbonização, é vista como fundamental para alcançar as metas de carbono zero até 2030-2040. Além da China, países como Índia, Brasil, México e Vietnã são destacados nos mercados emergentes. Setores como infraestrutura, digitalização, automação, manufatura e energias verdes são considerados atrativos nesses países. A confiança é vista como chave para atrair investidores, enquanto se observa um crescimento mais rápido das economias emergentes. (Valor Econômico - 13.06.2024)
Link ExternoChina vai atingir meta de solar e eólica cinco anos antes do previsto
O relatório da GlobalData sobre o mercado chinês revela que, em 2023, a capacidade solar fotovoltaica atingiu 609,5 GW, enquanto a capacidade eólica onshore e offshore alcançou 408,1 GW e 37,7 GW, respectivamente. A China está prevista para superar sua meta de 2030 de 1.200 GW em capacidade renovável, atingindo 1.720 GW até 2025. A energia solar fotovoltaica deve se tornar a fonte dominante até 2035. No entanto, o país enfrenta desafios significativos devido à sua forte dependência de energia térmica, principalmente carvão, o que pode comprometer a segurança energética se as importações diminuírem. Sudeshna Sarmah, da GlobalData, destaca a necessidade de priorizar infraestruturas de rede e sistemas de armazenamento para reduzir essa dependência. (Agência CanalEnergia - 12.06.2024)
Link ExternoWoodMac: Fabricantes chineses com amplo domínio na cadeia fotovoltaica
Um novo ranking global de fabricantes de módulos solares fotovoltaicos, elaborado pela Wood Mackenzie, revela que nove dos 12 principais fabricantes são chineses, avaliados com base em critérios como experiência de fabricação, integração vertical e desempenho financeiro. Entre os 30 fabricantes analisados, Tongwei e Risen destacam-se por sua integração vertical completa, do polissilício ao módulo. O relatório prevê que sete dos 12 fabricantes superarão 100 GW de capacidade de produção de módulos até 2027. Em termos de crescimento, 10 dos 12 fabricantes registraram um aumento superior a 100% nos últimos quatro anos. Apesar do excesso de oferta, os dez principais fabricantes continuam a expandir suas capacidades, mantendo o foco na integração vertical e exibindo pontos fortes comuns como longa experiência, alta utilização de capacidade e crescimento robusto. (Agência CanalEnergia - 12.06.2024)
Link ExternoJapão planeja legislação para reciclagem de painéis solares
O Japão está considerando uma legislação para a reciclagem de painéis solares no fim da vida útil, com uma proposta esperada no parlamento no próximo ano. A necessidade surge do crescimento das fazendas solares desde 2012 e a expectativa de um grande volume de descarte a partir de meados da década de 2030. Atualmente, a maioria dos painéis acaba em aterros sanitários, apesar da reciclagem de alguns materiais. A nova legislação provavelmente exigirá taxas de reciclagem dos proprietários, semelhante ao que já ocorre com automóveis e eletrodomésticos. O país enfrenta desafios, incluindo a capacidade insuficiente para lidar com o volume de painéis a serem reciclados e o aumento dos custos de descarte. A participação de fabricantes internacionais será crucial, assim como o desenvolvimento de mais aplicações para material de painel solar reciclado. (Valor Econômico - 12.06.2024)
Link ExternoColômbia: Aumento dos custos de energia devido à escassez de gás natural
A diminuição da produção de gás natural na Colômbia está levando a um aumento significativo nos custos de energia, com grandes empresas se preparando para importações caras. A recusa do presidente Gustavo Petro em conceder licenças para novas perfurações e a demora na operacionalização dos poços no Caribe estão forçando a Ecopetrol a considerar a compra de gás natural liquefeito do exterior. Isso pode afetar a já lenta economia colombiana e a lucratividade das empresas, além de representar um obstáculo para as tentativas de transformação do modelo econômico do país. A situação está levando as empresas a buscar soluções para a escassez de energia, enquanto a indústria teme o fechamento de empresas devido aos altos preços. (Valor Econômico - 09.06.2024)
Link ExternoNacional
BNDES firma contratos bilionários para financiamento de projetos sustentáveis
O BNDES celebrou contratos com o China Development Bank (CDB) e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB), totalizando aproximadamente R$ 9,1 bilhões para financiar projetos sustentáveis. O vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com o presidente do AIIB, Jin Liqun, para discutir cooperação e financiamento climático. Eles assinaram uma carta de intenções para aprofundar a cooperação, com potencial de investimentos de US$ 250 milhões em energias renováveis e mobilidade urbana sustentável, entre outros. Com o CDB, o BNDES assinou um contrato de empréstimo de longo prazo de até US$ 800 milhões para financiar projetos de infraestrutura e indústria no Brasil. Além disso, o AIIB expressou a intenção de apoiar os esforços de recuperação do Brasil após as inundações no Rio Grande do Sul. (Valor Econômico - 08.06.2024)
Link ExternoSPIC Brasil investe R$ 2 bi em complexos solares no Nordeste
A SPIC Brasil investiu R$ 2 bilhões em complexos solares no Nordeste, inaugurando o complexo Marangatu em Brasileira, Piauí, e prevendo a operação do complexo Panati em Jaguaretama, Ceará. Esses projetos, realizados em parceria com a Recurrent Energy, totalizam 778 MW, tornando-se o quarto maior complexo solar do Brasil. O complexo Marangatu adiciona 446 MWp à matriz energética e pode abastecer cerca de 550 mil residências, além de gerar 2 mil empregos. A SPIC Brasil, com apoio do Banco do Nordeste, visa liderar em energias renováveis e planeja se tornar um dos três maiores geradores privados de energia no Brasil até 2030. O governador do Piauí destacou o potencial da região para energia solar e convidou empresas a investirem no hidrogênio verde. (Agência CanalEnergia - 07.06.2024)
Link ExternoEntrevista com André Clark: "A base do modelo do setor elétrico está prestes a cair"
Em entrevista publicada pelo O Globo, André Clark (vice-presidente sênior da Siemens Energy para a América Latina) trata da crítica aos subsídios à geração distribuída (GD) no Brasil, que, segundo ele, estão corroendo a base do modelo econômico do setor elétrico. Ele defende uma mudança nas regras do jogo, onde a função das distribuidoras de energia deve ser focada na infraestrutura, separando a comercialização de energia. Clark alerta para o risco do populismo energético e critica o lobby da GD, que considera um perigo econômico. Ele vê a transição energética brasileira como uma oportunidade, apesar das preocupações regulatórias, e defende a exportação como uma solução para a sobra estrutural de energia renovável. Clark também destaca o impacto da inteligência artificial no setor de energia e a necessidade de articulação governamental para investimentos em infraestrutura. (GESEL-IE-UFRJ – 10.06.2024)
Link ExternoPlano Clima: Brasil em discussão intensa sobre a transição para uma economia de baixo carbono
O Brasil, um grande emissor de gases de efeito estufa, está em intensa discussão sobre a transição para uma economia de baixo carbono. Está em desenvolvimento o Plano Clima, que visa neutralizar as emissões de carbono até 2050, por meio da redução do desmatamento, diversificação energética e exploração de novas fronteiras petrolíferas. Apesar das controvérsias, a nova presidente da Petrobras defende a continuação da exploração petrolífera. O país enfrenta o desafio de desenvolver uma política de descarbonização, considerando a indústria verde e incentivos. A transição energética envolve questões complexas, como a mudança da matriz energética do setor de transportes e o papel das cidades na redução das emissões. O Brasil tem potencial para se tornar uma potência em energia renovável, mas a incerteza sobre o futuro das tecnologias verdes e possíveis impactos econômicos globais trazem complicações. (Valor Econômico - 14.06.2024)
Link ExternoGoverno garante cashback para consumidores apesar do aumento nos custos de energia
Após um acordo entre Brasil e Paraguai, as despesas de exploração da hidrelétrica de Itaipu Binacional aumentaram quase 44%, de US$ 1,51 bilhão em 2023 para US$ 2,17 bilhões em 2024. O novo valor inclui US$ 103 milhões para modernização da usina e um aumento de 15,4% na tarifa da energia produzida. Apesar de Brasil e Paraguai dividirem igualmente a empresa, mais de 80% do total serão pagos pelos brasileiros. O governo garante que não haverá aumento para os consumidores brasileiros, pois haverá um "cashback" para o triênio entre 2024 e 2026. No entanto, críticos argumentam que as negociações recentes têm inflado desnecessariamente os custos, beneficiando principalmente os brasileiros do Paraná, Mato Grosso do Sul e Belém do Pará, e os paraguaios, enquanto a maioria da conta é paga pelos consumidores de energia elétrica do mercado cativo do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. (Valor Econômico - 10.06.2024)
Link ExternoFirjan: Eólicas offshore e H2 podem trazer investimentos de US$ 70 bi para o RJ
O levantamento da Firjan revela que o Rio de Janeiro possui um potencial de investimento significativo de US$ 70 bilhões em projetos de eólicas offshore e hidrogênio, que poderiam gerar até 24 GW de energia. Esses projetos, detalhados no documento "Transição e Integração Energética no Rio", incluem a produção estimada de 114 mil kton/ano de hidrogênio de baixo carbono, equivalente a 6% da produção nacional de petróleo, ou 42 milhões de litros de gasolina C por dia, e/ou 45 milhões de m3/dia de gás natural. A aprovação do PL 576/2021 é vista como crucial para destravar esses investimentos, enquanto desafios ambientais, regulatórios e de licenciamento devem ser abordados para garantir a viabilidade econômica dessas iniciativas renováveis no estado. (Agência CanalEnergia - 12.06.2024)
Link ExternoRegulação
BBCE: Melhor mês de maio da história dos negócios da plataforma
Os negócios no Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia Elétrica (BBCE) se mantém aquecidos e companhia encerra o melhor maio dos 12 anos em que está em operação. Ao todo, foram negociados cerca de 50 mil GWh, uma alta de 51,5% em comparação com o mesmo período do ano passado, mas uma retração, todavia, de 14,5% em relação ao mês de abril deste ano. Um dos destaques foi o número de operações, com 9,2 mil contratos fechados, o maior montante para um maio e o segundo maior da história da companhia. Segundo a plataforma, os movimentos de alta foram ocasionados pela volatilidade, que segue em alta em virtude de fatores climáticos que impactam nos níveis de armazenamento, o que influencia os preços da energia. Ainda, em 28 de maio, a BBCE encerrou o pregão com recorde de operações fechadas em tela em um único dia, com 697 contratos negociados. (Agência CanalEnergia - 06.06.2024)
Link ExternoConversão de contratos de energia elétrica em contratos de energia de reserva
A Medida Provisória nº 1.232, publicada pelo governo, permite a conversão de contratos de compra e venda de energia elétrica em Contratos de Energia de Reserva (CER). Essa conversão se aplica a contratos de usinas termelétricas com despesas de transporte de gás natural reembolsáveis pela Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Os novos contratos de reserva, que tratam de energia armazenada para eventual necessidade, terão a mesma data de término e manterão as condições de preço, quantidade e reembolso de despesas dos contratos originais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) têm prazos de 45 e 15 dias, respectivamente, para publicar as minutas dos CER e finalizar a assinatura dos contratos. (Valor Econômico - 13.06.2024)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
BNEF: Eletromobilidade está em crescimento
O novo relatório Long-Term Electric Vehicle Outlook (EVO) da BloombergNEF indica que, apesar da queda nos preços das baterias, avanços tecnológicos e melhora da economia relativa à eletromobilidade – o que apontam para o crescimento do segmento no longo prazo -, a janela para alcançar as ambições mundiais Net-Zero no setor de transporte é mais estreita do que nunca. Para explicar essa perspectiva, são apresentados dois cenários atualizados: Cenário de Transição Econômica (ETS, na sigla em inglês), no qual a adoção de veículos elétricos (VEs) é moldada por tendências tecnoeconômicas atuais, sem novas intervenções políticas; e o Cenário Net Zero (NZS, na sigla em inglês), que mostra o alcance de uma frota mundial de zero emissões até 2050. No cenário ETS, a BNEF projeta que as vendas de VEs no Brasil devem quintuplicar até 2027, enquanto registram crescimento desacelerado na nos Estados Unidos e na Europa, em virtude de mudanças regulatórias e políticas, e do adiamento de metas de algumas montadoras. A análise é que a tecnologia de base da eletrificação continua a melhorar, os preços das baterias seguem caindo e a adoção deixa de ser orientada por políticas públicas para a demanda de consumo dos mercados. Assumindo a perspectiva no cenário NZS, todavia, a conclusão é que as tendências tecnoeconômicas atuais, por si só, não são suficientes para fazer com que o setor de transporte acompanhe as metas climáticas mundiais, e que um apoio regulatório contínuo ainda se faz necessário. (Agência CanalEnergia - 12.06.2024)
Link ExternoMover: Critérios de eficiência energética serão detalhados em regulamento
O Programa Mover (Projeto de Lei 914/24) estabelecerá regras detalhadas para eficiência energética, rotulagem veicular, desempenho estrutural e uso de materiais recicláveis em veículos, aplicáveis a todas as empresas que importam ou vendem veículos no Brasil. Estas empresas serão multadas por não cumprirem essas metas, com multas limitadas a 20% da receita de venda ou valor de importação. Pessoas físicas e certas pessoas jurídicas estarão isentas de compromisso, mas importadores devem informar para fins de garantia e recalls. A partir de 2027, multas poderão ser compensadas com investimentos em pesquisa e inovação. Caminhões com motores a gás terão alíquotas diferenciadas. Veículos que atenderem critérios de sustentabilidade poderão receber IPI reduzido. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será autorizado a criar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT) para financiar pesquisa e desenvolvimento, com recursos isentos de IRPJ, CSLL, PIS e Cofins. O projeto também adapta o Acordo Automotivo Brasil-Argentina para incentivar investimentos locais em autopeças não produzidas no Brasil. (Agência Câmara de Notícias – 11.06.2024)
Link ExternoComissão Europeia impõe taxas sobre VEs chineses
A Comissão Europeia anunciou que irá impor uma taxação de até 38% sobre veículos elétricos da China, após uma investigação concluir que os produtores chineses se beneficiam de subsídios injustos. As tarifas, que serão aplicadas sobre um imposto existente de 10%, variam de acordo com a montadora, com a BYD sendo taxada em até 17,4%, a Geely Holding em 20% e a SAIC Motor em 38,1%. A medida, que é provisória e pode ser introduzida a partir de 4 de julho, ocorre após os EUA anunciarem tarifas semelhantes. A China criticou a decisão, afirmando que tomará todas as medidas necessárias para proteger seus direitos e interesses, e a Câmara de Comércio Chinesa para a UE classificou a investigação como "politicamente motivada e impulsionada pelo protecionismo". (Valor Econômico - 12.06.2024)
Link ExternoTarifas sobre veículos chineses para proteger a indústria automobilística turca
A Turquia imporá uma tarifa adicional de 40% sobre as importações de veículos da China, com um mínimo de US$ 7 mil por veículo, a partir de 7 de julho. Esta medida visa interromper uma possível deterioração do saldo de conta corrente do país e proteger as montadoras nacionais. A decisão foi tomada considerando as metas de déficit em conta corrente e os esforços para incentivar o investimento e a produção domésticos. Em 2023, a Turquia já havia imposto tarifas adicionais às importações de veículos elétricos da China e introduzido regulamentações sobre sua manutenção e serviços. (Valor Econômico - 10.06.2024)
Link ExternoToshiba investe em semicondutores de energia para VEs
A Toshiba inicia a organização para investir cerca de 100 bilhões de ienes (US$ 640 milhões) no desenvolvimento de seus negócios de semicondutores nos próximos três anos, com foco em semicondutores de energia usados em veículos elétricos e equipamentos de rede elétrica. A empresa abrirá novas linhas de produção no Japão e na Tailândia, e reforçará seu negócio de infraestrutura de energia, impulsionado pela crescente demanda por data centers. A Toshiba também planeja dobrar o lucro operacional de seus negócios de energia e infraestrutura até março de 2027, e investirá em fábricas na Índia e no Japão para aumentar a produção de transformadores e outros equipamentos. A empresa, que fechou seu capital no ano passado após anos de turbulência na gestão, pretende aumentar o lucro operacional para 380 bilhões de ienes até março de 2027. (Valor Econômico - 13.06.2024)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Artigo GESEL: "O primeiro leilão do Banco Europeu do Hidrogênio"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Adely Branquinho, Nelson Siffert, Thereza Aquino (pesquisadores seniores do GESEL) e Kátia Rocha (pesquisadora do Ipea) tratam dos resultados do primeiro Leilão do Banco Europeu do Hidrogênio (EHB), que comprometeu € 720 milhões em subsídios para 7 projetos de produção de hidrogênio renovável na Europa. Os autores destacam a surpresa do mercado com os resultados do leilão, devido à alta concorrência e aos preços mais baixos do que o esperado. Os projetos vencedores, a maioria localizados na Espanha e Portugal, terão que começar a produzir hidrogênio renovável dentro de 5 anos. Apesar do sucesso do leilão, os autores apontam que ainda persistem incertezas no mercado de hidrogênio de baixo carbono e enfatizam a necessidade de políticas públicas para estimular a demanda e oferta. Eles também discutem as oportunidades para o Brasil neste mercado emergente, destacando a importância de um marco legal regulatório e de iniciativas como a Chamada Estratégica de Hidrogênio da Aneel. (GESEL-IE-UFRJ – 14.06.2024)
Link ExternoSenado aprova marco legal para o hidrogênio de baixo carbono
A Comissão Especial do Hidrogênio Verde do Senado aprovou um projeto de lei que estabelece o marco legal para a exploração de hidrogênio de baixo carbono no Brasil. O projeto cria o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono (Rehidro), expandindo os benefícios para todos os tipos de produtores de biocombustíveis e adiando a concessão de créditos fiscais até 2028. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) será responsável pela autorização de produção e armazenagem de hidrogênio. O projeto é visto como um passo importante para atrair investimentos externos, com a expectativa de que o Brasil produza um milhão de toneladas de hidrogênio de baixa emissão em dois anos. (Valor Econômico - 12.06.2024)
Link ExternoAcordo de H2V impulsiona sustentabilidade no Complexo Industrial do Pecém
A Casa dos Ventos e a Utilitas firmaram um acordo para fornecer água de reúso a um projeto de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. O projeto envolve a instalação de uma fábrica para produção de hidrogênio e amônia verde, com capacidade de até 2,4 GW de eletrólise. A água de reúso, gerada a partir de efluentes sanitários da região metropolitana de Fortaleza, será suficiente para alimentar a primeira fase de produção. O objetivo é adotar soluções sustentáveis e ambientalmente aceitas, com a utilização de eletricidade renovável e água de reúso no processo de eletrólise para a produção de hidrogênio verde. (Valor Econômico - 11.06.2024)
Link ExternoCompensação de carbono e combustíveis alternativos na aviação e transporte marítimo
O setor de transportes, um dos principais emissores de gases do efeito estufa, está buscando cumprir metas de descarbonização. Enquanto os veículos automotivos avançam com combustíveis alternativos e carros elétricos, a aviação e o transporte marítimo enfrentam desafios maiores. Programas de compensação de carbono, como o "Meu Voo Compensa" da Gol e um programa similar da Azul, estão ajudando a neutralizar as emissões de CO2. A Iata também está trabalhando para fornecer informações transparentes sobre as emissões de voos. No entanto, a mudança para combustíveis mais limpos, como o combustível de aviação sustentável (SAF), requer investimentos significativos. No setor de cruzeiros marítimos, o gás liquefeito de petróleo é visto como um combustível de transição, com o hidrogênio verde sendo estudado para uso futuro. (Valor Econômico - 14.06.2024)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Artigo GESEL: "Novas tecnologias transformam arranha-céus em baterias"
Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador geral do GESEL) e Julian David Hun (pesquisador do International Institute for Applied Systems Analysis) tratam do processo de transição energética, que impulsionou significativamente as tecnologias de energia eólica e solar. Como resultado, surge uma necessidade crescente de tecnologias de armazenamento de energia, devido à intermitência da geração eólica e solar. Nesse contexto, eles propõem uma nova solução de armazenamento gravitacional, a Lift Energy Storage Technology (LEST), que utiliza elevadores e apartamentos vazios em edifícios altos para armazenar energia. A LEST é uma opção tecnológica interessante, pois utiliza um equipamento já instalado, criando valor adicional à rede elétrica e ao proprietário do edifício. No entanto, ainda há desafios a serem superados para tornar essa solução viável, como o custo da capacidade de armazenamento energético e a necessidade de encontrar espaço para armazenar os pesos dos quais o sistema depende. Ainda assim, a LEST pode ser um recurso valioso para melhorar a qualidade da energia em ambientes urbanos e se tornará cada vez mais valiosa em um futuro onde uma grande parte da eletricidade terá origem nas energias renováveis e descentralizadas. (GESEL-IE-UFRJ – 14.06.2024)
Link ExternoEUA: NREL estuda como tecnologia 5G pode contribuir para microrredes
Pesquisadores do Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA (NREL, na sigla em inglês) desenvolveram uma plataforma de teste 5G em uma microrrede militar replicada e descobriram que a tecnologia 5G pode melhorar os controles distribuídos, a segurança e a resiliência dos sistemas de energia. Financiado pelo Gabinete do Subsecretário de Defesa para Pesquisa e Engenharia, o projeto avaliou cenários como falhas e recuperações de controladores de microrredes, congestionamento de dispositivos e tráfego de rede inseguro. Segundo Brian Miller, líder do projeto, a priorização do tráfego, o fatiamento privado e a computação de ponta mostraram-se eficazes, permitindo operações contínuas mesmo sob condições extremas de tráfego. As descobertas foram publicadas no relatório "5G Securely Energized and Resilient". (Executive GOV - 03.06.2024)
Link ExternoSuriname: Powerchina conclui segunda fase de projeto de microrrede fotovoltaica
A Powerchina anunciou a conclusão da segunda fase do projeto de microrrede fotovoltaica na Vila do Suriname, que combina energia solar fora da rede, armazenamento de energia e geração a diesel para soluções de energia sustentável. O projeto abrange cinco grupos de projetos em 34 aldeias, com uma capacidade anual esperada de 5.314 MWh. A fase atual beneficia cerca de 1.550 moradores de 12 aldeias. Iniciado em 2019, o projeto inclui 650 kW de energia fotovoltaica e 2,6 MWh de armazenamento. A microrrede funciona como um sistema interno de distribuição de energia, podendo vender excedentes à rede, oferecendo uma solução econômica e flexível para o consumo de energia renovável localmente. (Solar Quarter - 05.06.2024)
Link ExternoChina: Huangpu inaugura VPP residencial para redução de carbono
O distrito de Huangpu, em Xangai, apresentou a primeira plataforma residencial virtual de usina de energia (VPP, na sigla em inglês) da China na Exposição Internacional de Carbono Neutro 2024. A plataforma, que começou como um projeto de demonstração para edifícios comerciais em 2016, agora abrange mais de 300 residências e 900 aparelhos elétricos, com uma capacidade total de mais de 600 quilowatts. Além de monitorar e gerenciar o consumo de energia doméstica, a plataforma inclui uma seção comunitária de baixo carbono que promove a utilização sustentável de energia e a gestão do carbono. O distrito também destacou outras iniciativas verdes na exposição, visando obter a certificação LEED para edifícios e promover a eficiência energética em estruturas comerciais. Huangpu faz parte da Aliança C9 do Delta do Rio Yangtze, junto com outros distritos, demonstrando um compromisso conjunto com o desenvolvimento sustentável e integrado. (Shine - 05.06.2024)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Santander: Condições diferenciadas de financiamento para VEs e placas solares
O Santander está oferecendo aos clientes que desejam financiar a compra de um carro elétrico ou híbrido, ou ainda instalar placas solares em suas residências, condições diferenciadas para financiamentos. Com a iniciativa, o usuário que planeja adquirir um veículo elétrico (VE) vai contar com uma redução de até 25% na taxa de financiamento. Os descontos serão concedidos pela Santander Financiamentos que, desde o ano passado assumiu o compromisso de ser uma “financeira verde”, adotando práticas cada vez mais voltadas ao incentivo de ações sustentáveis. Os interessados têm até o dia 30 de junho para aderir à oferta. (Agência CanalEnergia - 07.06.2024)
Link ExternoBNDES/B3: Mudança nos critérios de índice para incentivar mercado de baixo carbono
A B3 lançou hoje em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma nova metodologia para o chamado índice Carbono Eficiente (ICO2 B3). Esse indicador reúne companhias que divulgam suas emissões de gases de efeito estufa, mostrando ao mercado quais empresas já deram o primeiro passo em direção a uma economia de baixo carbono. A nova metodologia amplia o número de empresas elegíveis ao tempo que amplia o rigor dos critérios de avaliação para seleção dessas companhias. Agora o índice passa a considerar dados de fontes públicas e o uso da plataforma ESG Workspace no processo de coleta dos dados. Critérios de seleção relacionados à eficiência e à qualidade na gestão de emissões serão avaliados por meio do coeficiente entre emissões e receita bruta, além de uma pontuação relacionada à gestão do tema de mudanças climáticas pelas companhias. Antes, as empresas elegíveis só precisavam informar seus dados de emissões e receita para entrar no índice. Em 2011, BNDES participou da criação do ICO2, e, em 2012, da criação do ETF EC0011, primeiro Exchange Traded Fund (ETF) com o tema ESG no Brasil. (Broadcast Energia – 14.06.2024)
Link ExternoAdoção de ESG como parte integrante das estratégias cresce no setor
O Energy Future lançou um relatório que aborda tendências e desafios relacionados ao ESG (Ambiental, Social e Governança) no setor elétrico brasileiro. O documento examinou as principais barreiras e desafios para que o setor elétrico possa liderar, de maneira sólida e abrangente, a transição energética, aproveitando todas as oportunidades que esse caminho inovador pode proporcionar. Com as alterações climáticas e a necessidade de mudança para uma economia baseada no uso de fontes renováveis, diversos setores precisam investir em ações de descarbonização e neutralidade nas emissões de gases de efeito estufa (GEE). O setor possui uma posição de destaque mundial, já que sua matriz é majoritariamente composta por fontes renováveis. Além disso, o país possui um grande potencial de recursos disponíveis em seu território. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revelam que atualmente mais de 80% da capacidade instalada e da energia elétrica gerada no país provêm de fontes renováveis diversificadas, como usinas hidrelétricas, solares e eólicas. O Brasil é signatário de instrumentos internacionais que estabelecem o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e atingir a neutralidade até 2050. (Agência CanalEnergia - 11.06.2024)
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