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IFE Transição Energética 44
Dinâmica Internacional
Artigo de Sha Hua e Phred Dvorak: "Gastos da China com energia verde estão causando saturação global"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Sha Hua e Phred Dvorak (jornalistas do Dow Jones Newswire) tratam da explosão de gastos com energia verde na China, que está impulsionando o rápido desenvolvimento das energias renováveis no país e criando um excesso de oferta de componentes solares. Há necessidade de uma leitura mais criteriosa desta importante matéria. Os autores não percebem que o aumento da capacidade de produção de energia solar - com tantos exemplos de grupos econômicos investindo, é um dado ultra positivo frente à matriz energética chinesa onde ainda predominam as fontes não renováveis. Em suma, onde eles veem problema de super oferta, está a solução para suprir demanda de energia com fonte renovável, acelerando o processo de transição energética. (GESEL-IE-UFRJ – 23.11.2023)
Link ExternoBNEF: Estudo destaca que líderes globais terão que triplicar capacidade de renováveis até 2030
Um estudo da BloombergNEF destaca que líderes globais estão criando condições propícias para intensificar compromissos visando triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030, atingindo cerca de 11 TW. O relatório ressalta a necessidade de triplicar a capacidade para avançar em direção à meta de emissões líquidas zero até 2050, requerendo um aumento significativo nos investimentos anuais para uma média de US$ 1,1 trilhão entre 2023 e 2030. O Brasil é citado como exemplo, ultrapassando 8 GW em empreendimentos de geração de energia em 2023, com fontes eólica e solar representando a maior parte. O estudo sugere que o crescimento necessário na energia solar está no caminho certo, enquanto o setor eólico precisa de ações coordenadas. No entanto, a pesquisa aponta uma notável incoerência, indicando que governos e empresas estatais do G-20 destinaram US$ 1,3 trilhão em subsídios aos combustíveis fósseis em 2023, apesar da crise energética global. (Valor Econômico – 27.11.2023)
Link ExternoCOP 28: Aliança industrial promete adicionar mais de 100 GW de capacidade renovável até 2030
Um grupo de mais de 60 CEOs membros da Aliança para a Descarbonização da Indústria (Afid) anunciou compromissos durante a COP28 em Dubai, visando reduzir 51% das emissões de gases de efeito estufa e aumentar a capacidade de energia renovável de 84 GW para 187 GW até 2030. Com mais de 30% das emissões globais e quase 40% do consumo de energia provenientes do setor industrial, a Afid busca descarbonizar cadeias de valor e acelerar metas de zero líquido conforme o Acordo de Paris. Os membros comprometeram-se a investir mais de US$ 50 bilhões em projetos de transição energética até o final da década e a aumentar a requalificação da força de trabalho de 15% para 91%. A Aliança apela aos governos para criar políticas e regulamentações que apoiem cortes de emissões e facilitem a transição para uma economia de baixo carbono. (EPBR – 06.12.2023)
Link ExternoIEA: Relatório destaca baixa participação das empresas de combustíveis fósseis na transição energética
Um novo relatório publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) mostra que o setor de óleo e gás tem tido uma participação fraca na transição para a nova economia energética baseada em geração limpa. Segundo o texto, as empresas desse setor representam apenas 1% do investimento em energia limpa no mundo e 60% do mundo vem de apenas quatro players. Além disso, o diretor geral da IEA, Faith Birol, enfatiza que a continuidade dos negócios dessa indústria como são hoje não é social nem ambientalmente responsável. A projeção da IEA indica que a procura global por óleo e gás deve atingir seu pico em 2030, mas deve cair 45% do nível atual até 2050. A esse respeito, o relatório sugere uma rota viável para que os players desse setor assumam uma participação real no caminho para o Net Zero e estejam mais alinhados às metas climáticas. No entanto, a previsão para esse cenário aponta que petróleo e o gás deverão tornar-se um negócio menos lucrativo e mais arriscado ao longo do tempo. (CanalEnergia - 23.11.2023)
Link ExternoIEA: Relatório destaca novos projetos de CCUS
O mais recente relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) destaca mais de 400 novos projetos de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS) anunciados globalmente nos últimos três anos em mais de 45 países. Com foco em políticas e modelos de negócios CCUS, o relatório destaca a transformação das ambições dos desenvolvedores em realidade, impulsionada por novos participantes no mercado que estão remodelando o quadro para futuros projetos CCUS. Embora novos modelos de negócios estejam surgindo e abrindo portas para oportunidades de investimento, o relatório destaca desafios significativos, como a necessidade de inovação em projetos CCUS, a urgência de reduzir custos e o uso de energia, e a coordenação global para enfrentar a complexidade da cadeia de valor. O relatório visa orientar os governos na criação de condições para atrair investimento privado de longo prazo em CCUS e superar desafios econômicos, de tempo, inovação e complexidade na implantação. (IEA – 27.11.2023)
Link ExternoIEA: Relatório avalia a iniciativa indiana LiFE
A iniciativa Lifestyle for Environment (LiFE), lançada pela Índia para promover escolhas e comportamentos de consumo ambientalmente responsáveis, teve seus princípios de alto nível adotados pelo G20. Um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) examina o impacto do LiFE nas questões de consumo de energia, custos e emissões. O documento apresenta ferramentas políticas concretas para avançar na implementação do LiFE em níveis nacional, subnacional e individual, além de fóruns internacionais como o G20. Cerca de 60% das 1,7 bilhão de toneladas de economia de CO2 nos países do G20, por meio de medidas alinhadas com o LiFE, podem ser influenciadas por políticas. O relatório destaca que o movimento LiFE está ganhando força, com cerca de 120 políticas alinhadas já implementadas nos países do G20, e destaca os múltiplos benefícios das medidas LiFE em equidade, poluição atmosférica, emprego, saúde, água, alimentação e uso do solo. (IEA – Dezembro de 2023)
Link ExternoIRENA: Plataforma ETAF captou US$ 4,05 bi para expandir energias renováveis
A plataforma ETAF da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), com o objetivo de promover a transição energética global, superou sua meta financeira para a COP 28, alcançando US$ 4,05 bilhões com a adição de quatro novos parceiros. A ETAF busca expandir projetos de energia renovável que contribuam para as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) em países em desenvolvimento, trazendo benefícios comunitários e crescimento econômico. Acordos recentes com instituições financeiras como o BERD, HSBC, IFC e MIGA reforçam o compromisso com a expansão das energias renováveis e a assistência técnica a projetos elegíveis. O Brasil está em processo de adesão à IRENA, e a ETAF conta com apoio de importantes parceiros financeiros globais, destacando-se na jornada de transição energética e ações climáticas concretas. (Valor Econômico - 05.12.2023)
Link ExternoNoruega: País abre a primeira plataforma petrolífera offshore movida a energia eólica do mundo
A primeira plataforma petrolífera offshore do mundo movida a energia eólica foi oficialmente inaugurada na costa oeste da Noruega. Operada pela Equinor, a plataforma é alimentada pelo maior parque eólico offshore flutuante, o Hywind Tampern, com 88 MW de capacidade. Este marco representa um avanço significativo em direção à produção de petróleo mais limpa, enquanto a Noruega busca equilibrar sua indústria de sucesso com metas climáticas. Utilizando eletricidade gerada por 11 turbinas eólicas gigantes, a Equinor espera reduzir as emissões associadas à nova plataforma. Embora a Noruega continue a apoiar a exploração de petróleo e gás, o plano de fornecer energia de forma sustentável enfrenta críticas internas devido às emissões associadas à produção de petróleo. (Energy Monitor – 22.11.2023)
Link ExternoNacional
GESEL: Petrobras deve substituir hidrogênio cinza pelo verde em suas refinarias, defende Nivalde de Castro
Em entrevista ao Brasil Energia, o professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico), Nivalde de Castro, afirma que a estratégia futura da Petrobras passa necessariamente pela substituição do hidrogênio cinza pelo verde para consumo próprio em suas refinarias, o que pode levar a empresa a originar produtos com selo verde e vender o excedente da molécula para clientes domésticos interessados em utilizá-la como insumo para processos industriais. Ele também diverge de Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), pois rejeita a ideia de abastecer o processo de eletrólise com energia limpa produzida offshore, vendo a geração renovável em terra como o caminho natural e a geração eólica não como um novo negócio para a Petrobras, mas como uma oportunidade de desenvolvimento tecnológico. “Talvez daqui a 10 anos faça sentido investir, agora não. Nem para a Petrobras tampouco para qualquer outro grupo brasileiro”, conclui Castro. (GESEL-IE-UFRJ – 01.12.2023)
Abrir linkArtigo de Ricardo Guimarães: "Agenda climática: a hora e a vez do Brasil"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Ricardo Guimarães (CEO do BNP Paribas Brasil) trata da urgência de ações climáticas transformadoras para combater o aquecimento global. Ele destaca a necessidade de reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa nos próximos seis anos e a importância da cooperação entre governos, sociedade civil e iniciativa privada. Guimarães aponta para a tendência de empresas criarem cargos focados na avaliação de riscos ambientais e acredita que o Brasil, com seu potencial para o desenvolvimento de tecnologias limpas e soluções baseadas na natureza, pode se tornar um hub global de novas tecnologias verdes. Ele também menciona o Plano de Transformação Ecológica, que visa atrair o engajamento e capital do setor privado para materializar essas oportunidades.(GESEL-IE-UFRJ – 30.11.2023)
Link ExternoArtigo de Patricia Espinosa e Lourdes Melgar: "Acelerar a revolução da energia limpa na América Latina"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Patricia Espinosa (presidente do Conselho Consultivo para a América Latina e Caraíbas da Aliança Financeira de Glasgow para as Zero Emissões Líquidas) e Lourdes Melgar (pesquisadora afiliada do Centro de Inteligência Coletiva do MIT) tratam a urgência da transição para energia limpa na América Latina e Caraíbas (ALC), região altamente vulnerável às mudanças climáticas, evidenciada por eventos extremos recentes. A ALC, já com 60% de eletricidade renovável, possui potencial para liderar a transição global, incluindo a produção de hidrogênio verde. A transição requer ação imediata, investimento dobrado em renováveis até 2030, e infraestrutura adaptada. A Costa Rica é destacada como exemplo, visando neutralidade de carbono até 2050. O artigo enfatiza a necessidade de inclusão e justiça nas iniciativas climáticas para evitar desigualdades sociais.(GESEL-IE-UFRJ – 04.12.2023)
Link ExternoArtigo de Naiara Bertão: "Plano de descarbonização do país busca reduzir emissões de gases de efeito estufa na indústria e pequenas empresas"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Naiara Bertão (jornalista do Valor Econômico) trata das novas propostas dos ministérios de Minas e Energia (MME) e da Indústria e Comércio (Mdic) para descarbonizar a indústria brasileira e aumentar a eficiência energética das pequenas e médias empresas (PMEs). Os estudos, desenvolvidos em parceria com a GIZ (Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), entidade do governo alemão, e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicam que a implementação de um plano nacional para eficiência energética do setor industrial poderia levar a uma economia de custos da ordem de R$ 10 bilhões até 2050. Isso representaria a redução de aproximadamente 4,5 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2e), além de oportunidades para desenvolvimento de inovação e criação de empregos. As propostas incluem aperfeiçoamentos no Programa de Eficiência Energética (PEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e mudanças no uso de energia térmica, responsável por 80% do consumo energético industrial. (GESEL-IE-UFRJ – 23.11.2023)
Link ExternoCOP 28: País não se opõe a compromisso para eliminar combustíveis fósseis
O Brasil não se opõe à inclusão do compromisso de eliminar os combustíveis fósseis no documento final da COP 28 em Dubai, desde que os países desenvolvidos, responsáveis pelo problema e mais capacitados para lidar com a crise climática, sejam os primeiros a implementar a decisão. A declaração conjunta do grupo Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China) expressa preocupação com o aumento significativo da produção e consumo de combustíveis fósseis pelos países desenvolvidos nos últimos anos. O grupo incentiva os países ricos a liderarem a eliminação gradual de sua própria produção e consumo de combustíveis fósseis. O Brasil, na presidência rotativa do Basic na COP de Dubai, baseia sua posição no princípio da Convenção das Responsabilidades Comuns, porém Diferenciadas, defendendo que os países desenvolvidos devem liderar a implementação da decisão. A proposta brasileira na COP 28 inclui a Missão 1,5°C, visando limitar o aumento da temperatura global, e a sugestão de envolver o IPCC na preparação de metodologias para novos compromissos climáticos com base em padrões científicos até 2035. (Valor Econômico – 07.12.2023)
Link ExternoGoverno lança editais para transição energética que somam quase R$ 21 bi
O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou, durante a COP28, a publicação de cinco editais do programa Mais Inovação Brasil para financiar projetos nas áreas da transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade. O lançamento aconteceu no estande da CNI e contou com as presenças da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e do secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral. Os recursos totalizam R$ 20,85 bilhões, sendo: R$ 10 bilhões em crédito pela Finep, R$ 10 bilhões em crédito pelo BNDES e R$ 850 milhões em subvenção econômica. Na área da Transição Energética e Bioeconomia, os editais contemplam duas linhas. A primeira, chamada Mais Inovação Energias Renováveis, abrange tecnologias para geração de energia a partir de fontes sustentáveis; tecnologias para a produção, armazenamento, transporte e uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono; tecnologias para transmissão de energia e para segurança e resiliência do SIN; tecnologias para a captura, transporte, armazenamento, e/ou uso de CO2. A segunda, Mais Inovação Bioeconomia, engloba iniciativas para Biotecnologia aplicada biocombustíveis, Biocombustíveis, combustíveis sustentáveis para aviação e transporte marítimo, Bioprodutos e química verde. (Petronotícias - 01.12.2023)
Link ExternoCongresso Nacional: MP da energia renovável deve ganhar novos temas
A minuta da medida provisória (MP) sobre fontes renováveis pode incorporar novos temas, visto que o envio ao Congresso foi adiado. O texto-base concede mais 36 meses para projetos de geração de energia renovável, especialmente parques eólicos, acessarem descontos no custo de uso das redes de transmissão e distribuição. Lideranças políticas do Amapá buscam acrescentar medidas para evitar o aumento de 44,4% na tarifa proposta pela distribuidora local. A proposta em análise pode incluir a possibilidade de destinar parte do aporte anual da Eletrobras para projetos no Amapá e a inclusão de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) na contratação compulsória de 8 GW em potência, prevista na lei de privatização da Eletrobras. Isso poderia modificar um ponto polêmico da lei, suavizando o impacto das térmicas e flexibilizando critérios para a prorrogação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). (Valor Econômico – 24.11.2023)
Link ExternoPL das eólicas offshore: Novo relatório do incorpora incentivo para térmicas à carvão
O relatório do Projeto de Lei 11.247/18, originalmente destinado às eólicas offshore, causou polêmica ao incluir benefícios de última hora para termelétricas a carvão mineral. A medida, estimada em gerar um custo adicional entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões anuais, surpreendeu o setor elétrico, visto como contraditória à busca por uma imagem sustentável durante a COP28 em Dubai. A inclusão de vantagens para fontes poluentes como gás natural e carvão foi criticada, especialmente pela concessão de flexibilidades contratuais e prolongamento de contratos. A inserção de elementos estranhos, chamados de Jabutis, no texto original foi condenada por diversos setores, incluindo a União pela Energia e a Frente Nacional dos Consumidores de Energia, que expressaram indignação diante da imposição de custos extras em meio à crise climática. A Abrace Energia, representando grandes consumidores industriais, manifestou surpresa e repúdio à concessão de mais subsídios ao carvão, contrariando a vocação do país por energia limpa e renovável. Antes dos benefícios ao carvão, a entidade havia alertado sobre um custo adicional de R$ 28 bilhões, a ser dividido entre os consumidores brasileiros. (Broadcast Energia - 29.11.2023)
Link ExternoVale/Petrobras/BNDES: Instituições se unem para impulsionar transição energética no país
A transição energética tem sido o foco das relações entre a Vale, a Petrobras e o BNDES. A parceria entre as empresas, mediada pelo BNDES, visa impulsionar o Brasil na corrida global pela transição energética, com foco em áreas como hidrogênio verde e eólica offshore. Apesar dos desafios regulatórios, os presidentes da Vale e da Petrobras veem a parceria como fundamental para tornar o Brasil mais competitivo nesse campo. As empresas assinaram um memorando de entendimento para trabalhar em projetos de baixo carbono, incluindo o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis e tecnologias de captura e armazenamento de carbono. O BNDES também está trabalhando em uma nova parceria com a Vale para um programa especial de minerais críticos. Especialistas e executivos concordam que é necessário acelerar a regulação dos produtos de baixa emissão de gases de efeito estufa. (Valor Econômico - 23.11.2023)
Link ExternoPetrobras: Estatal destaca avanços em projetos de energia limpa com a Arábia Saudita
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, anunciou avanços em parcerias com a Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo, durante a comitiva do presidente Lula no Oriente Médio. Prates destacou o potencial do Brasil na transição energética, dada sua matriz energética renovável, e mencionou projetos futuros para energia limpa e novos investimentos entre os países. A viagem ocorre após a Petrobras anunciar um plano estratégico com aportes de US$ 102 bilhões, incluindo US$ 11,5 bilhões para a transição energética, e visa aproximar a empresa da Opep, com Prates reforçando a produção de petróleo para financiar energias limpas. Prates também participou de eventos internacionais da Opep, reforçando a importância da cooperação para o desenvolvimento energético. (Valor Econômico - 30.11.2023)
Link ExternoPetrobras: Plano estratégico prevê maiores investimentos em projetos de baixo carbono
O plano estratégico da Petrobras para 2024-2028 prevê um aumento significativo nos investimentos em exploração de óleo e gás, alcançando US$7,5 bilhões, representando um aumento de 25% em comparação com o plano anterior. Entretanto, projetos de baixo carbono receberão uma alocação maior, totalizando US$11,5 bilhões no mesmo período. A ênfase no crescimento está na prospecção de petróleo no exterior, com um foco maior na atuação internacional, destinando US$1,3 bilhão à exploração em outros países, um aumento de 261% em relação ao ano anterior. A empresa planeja perfurar 50 poços em blocos existentes nos próximos cinco anos. O segmento de exploração e produção (E&P) receberá 72% do orçamento total de investimentos, que chega a US$73 bilhões nos próximos cinco anos. A Petrobras também adiou a instalação de 14 plataformas, mantendo um foco estratégico em ativos rentáveis e investimentos alinhados com a transição energética. (EPBR – 23.11.2023)
Link ExternoPetrobras: Estatal investirá US$ 5,2 bilhões em eólica e solar até 2028
A Petrobras aprovou um plano estratégico para o período de 2024-2028, com investimentos previstos de US$102 bilhões, um aumento de 31% em relação ao plano anterior. O setor de Exploração e Produção (E&P) receberá a maior parte dos investimentos, com US$73 bilhões, enquanto os projetos de baixo carbono, liderados pelo diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, receberão US$11,5 bilhões. A estatal também planeja investir US$5,2 bilhões em geração de energia eólica e solar. O plano inclui o retorno ao segmento de fertilizantes, com a retomada da operação da Araucária Nitrogenados e a conclusão das obras da UFN 3. (EPBR – 24.11.2023)
Link ExternoCNI: Investimentos em energia renovável estão no radar das indústrias brasileiras
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 86% dos grupos industriais brasileiros adotam medidas para otimizar o consumo de energia. Nos próximos dois anos, 42% dos entrevistados planejam investir principalmente em fontes renováveis de energia, seguido por modernização de máquinas (36%) e medidas para otimizar o consumo de energia (32%). Quando questionados sobre ações prioritárias para contribuir com a descarbonização, os empresários destacaram a modernização de máquinas (27%), o uso de fontes de energias renováveis (23%) e investimentos em tecnologias de baixo carbono (19%). A energia solar é a fonte renovável mais atraente, com 75% de interesse, seguida pelo hidrogênio verde (19%) e energia eólica (13%). A pesquisa ouviu 1.004 executivos de empresas industriais em todo o país. (EPBR – 24.11.2023)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Brasil/BNDES: Presidente do banco defende investimentos na eletrificação da frota de ônibus
O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, defendeu o investimento na eletrificação da frota de ônibus no Brasil como uma estratégia para desenvolver a indústria nacional. Mercadante enfatizou a importância de migrar para ônibus elétricos, citando o poder de compra, mercado interno robusto e presença regional do país. O financiamento proposto seria realizado através do Fundo Clima, utilizando parte dos R$ 10 bilhões captados recentemente pela emissão de títulos soberanos. Embora os ônibus elétricos sejam mais caros, o presidente destacou o papel do BNDES em financiar projetos, mencionando os 1.300 ônibus financiados em São Paulo. Ele também enfatizou a necessidade de desenvolver a indústria nacional, incluindo a produção de peças e baterias no Brasil. Além da eletrificação, Mercadante mencionou a importância do financiamento para projetos de combustíveis sintéticos, como combustível sustentável de aviação (SAF), metanol e hidrogênio verde, visando agregar valor à matriz energética brasileira e atrair investimentos estratégicos. (EPBR – 22.11.2023)
Link ExternoIEA: Relatório destaca a importância da eficiência energética em economias emergentes
No contexto da transição do Quênia para energias limpas diante das crises climáticas e energéticas, a eficiência energética desempenha um papel crucial para garantir acesso acessível e confiável à eletricidade, ao mesmo tempo facilitando a integração de tecnologias renováveis. Este relatório, parte do Programa de Eficiência Energética em Economias Emergentes (E4), oferece uma visão do progresso atual e do potencial da eficiência energética em áreas como edifícios, eletrodomésticos, cozinha limpa e perdas no sistema elétrico. O documento fornece sugestões de ações políticas com base em estudos de caso no Quênia e em outros países, contribuindo para a colaboração em andamento entre a IEA e o Quênia em iniciativas de eficiência energética. (IEA – Dezembro de 2023)
Link ExternoEletrificação emerge como megatendência
A eletrificação emerge como uma megatendência abrangendo automóveis, aquecimento doméstico e processos industriais, redefinindo a forma como abastecemos carros, aquecemos casas e fornecemos energia à indústria. Avanços tecnológicos na eletrificação, impulsionados por dados e inteligência artificial, facilitam a transição para energias renováveis. A ascensão dos veículos elétricos (VE) impacta a gestão da rede elétrica, exigindo capacidade dinâmica e inteligência nas subestações. A ADI destaca a importância da legislação favorável à eletrificação, como a Lei de Redução da Inflação e a Lei de Emprego e Investimento em Infraestruturas, para impulsionar a indústria de energia limpa. A empresa enfatiza a necessidade de soluções de medição inteligente para gerenciar a descentralização da rede elétrica. O portfólio da ADI, ADI Recharge™, abrange sistemas de gerenciamento de bateria, inversores e medidores, visando reduções significativas nas emissões de gases de efeito estufa. A empresa insta à colaboração no ecossistema de eletrificação para maximizar o potencial de descarbonização. (Smart Energy – 21.11.2023)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
GESEL publica Observatório de Hidrogênio Nº 12
O GESEL está lançando o relatório Observatório de Hidrogênio número doze. O Observatório de Hidrogênio tem como objetivo central apresentar um estudo analítico e sistemático do setor segundo o Informativo Setorial de Hidrogênio do GESEL. Além disso, este relatório pretende salientar as principais políticas públicas, diretrizes, projetos, inovações tecnológicas e regulatórias de toda cadeia de valor do hidrogênio. (GESEL-IE-UFRJ – 22.11.2023)
Abrir linkArtigo de Marcello Lobo, Monique Sirovy e Eduardo Lemos: "Destaque na indústria global do hidrogênio, Brasil precisa equilibrar interesses para oferecer segurança jurídica a investimentos"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Marcello Lobo (sócio de Pinheiro Neto Advogados), Monique Breyer Sirovy (associada de Pinheiro Neto Advogados) e Eduardo Noronha de Faria Lemos (auxiliar jurídico de Pinheiro Neto Advogados) tratam da necessidade de um marco legal para o hidrogênio, devido à sua relevância para o enfrentamento aos desafios energéticos e climáticos globais. Eles discutem a necessidade de regulação para prover segurança jurídica e regulatória para os investimentos necessários, a importância da origem e destinação do hidrogênio para sua aceitabilidade, especialmente em relação à transição para uma economia de baixo carbono, e a definição de quem deve regular o hidrogênio para fins energéticos. (GESEL-IE-UFRJ – 23.11.2023)
Link ExternoCOP 28: Brasil apresenta projetos de US$ 30 bi em hidrogênio de baixa emissão
O secretário de Transição Energética do MME, Thiago Barral, disse que o Brasil vai levar para a Cop 28 uma carteira de projetos que abrange mais de 100 GW de iniciativas de geração renovável potenciais para serem desenvolvidos e mais de US$ 30 bilhões em projetos de hidrogênio de baixa emissão já sendo consolidados. Além disso, Barral afirmou que o Brasil levará à COP a necessidade de que os países ricos se comprometam e assumam sua responsabilidade contribuindo com financiamento para que países em desenvolvimento sigam adiante na transição energética. “O consumidor brasileiro e a indústria brasileira não estão aqui para subsidiar a descarbonização de outros países. Temos potencial para contribuir com a descarbonização do mundo. Mas são necessárias contrapartidas claramente estabelecidas.” (Broadcast Energia - 21.11.2023)
Link ExternoBrasil: Projetos de Lei sobre Hidrogênio de Baixo Carbono
O Brasil enfrenta um momento crucial para o desenvolvimento do hidrogênio de baixo carbono, com três projetos de lei destacando-se no cenário legislativo federal. Propostas pela Câmara dos Deputados, Senado Federal e Ministério de Minas e Energia, essas iniciativas moldarão o futuro regulatório do hidrogênio no país. Questões-chave incluem definições estáticas de hidrogênio de baixo carbono, critérios de adicionalidade e temporalidade, governança, encargos e subsídios cruzados. A indefinição regulatória atual está gerando atrasos em decisões de investimento no setor, devido à insegurança jurídica e falta de clareza sobre a governança institucional do combustível. O desafio reside em equilibrar incentivos necessários com a eficiência do mercado e garantir a conformidade com padrões internacionais. (EPBR – 24.11.2023)
Link ExternoBrasil: Vale e Petrobras podem ancorar demanda por H2V no país
O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, destacou a capacidade da empresa em garantir a demanda por hidrogênio verde no Brasil por meio da produção de aço verde e do consumo de biocombustíveis em sua frota. A Petrobras, representada por Jean Paul Prates, presidente da companhia, reiterou a possibilidade de utilizar hidrogênio verde, produzido internamente, para descarbonizar suas atividades de refino. As empresas assinaram um protocolo de intenções para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono, incluindo hidrogênio, metanol verde, biobunker, amônia verde e diesel renovável, além de tecnologias de captura e armazenamento de CO2. A Vale, maior consumidora de energia no Brasil, iniciou projetos para a produção de aço verde em megahubs no Oriente Médio, mas Bartolomeo acredita que o hidrogênio verde pode tornar o Brasil o país mais competitivo nesse setor. A Petrobras, maior consumidora nacional de hidrogênio cinza, estuda substituí-lo por hidrogênio renovável em suas refinarias, considerando projetos de eólica offshore para viabilizar o hidrogênio verde. (EPBR – 22.11.2023)
Link ExternoEspecialistas destacam desafios para a produção de H2V
O hidrogênio verde é considerado uma alternativa mais sustentável de combustível, pois sua produção não emite dióxido de carbono e utiliza energia renovável. No entanto, especialistas destacam o alto consumo de energia elétrica e água no processo de produção. Para cada quilo de hidrogênio verde, são necessários 58 kWh de eletricidade e 9 litros de água de alta pureza. A dependência da água levanta preocupações ambientais, especialmente em regiões como o Nordeste, onde a disponibilidade desse recurso é uma preocupação devido às mudanças climáticas. A busca por alternativas, como o uso de água de reuso, é discutida, mas desafios relacionados ao custo e viabilidade ainda persistem. O preço atual do hidrogênio verde é significativamente mais alto do que o hidrogênio cinza, derivado de combustíveis fósseis, devido aos custos das fontes renováveis e dos eletrolisadores. A expectativa é que os custos diminuam em 80% na próxima década, tornando o hidrogênio verde mais competitivo e acessível. (Valor Econômico – 07.12.2023)
Link ExternoYara: Plano estratégico destaca produção de amônia verde em 2024
A Yara anunciou sua expansão nos negócios no Brasil, destacando a produção em escala comercial de amônia verde em Cubatão (SP) a partir do segundo trimestre de 2024. Utilizando biometano fornecido pela Raízen, a empresa busca reduzir em 50% as emissões de carbono, sendo uma amostra de escala global. O plano estratégico da Yara inclui a transição gradual de fontes de energia fósseis para renováveis, com ênfase na amônia verde e fertilizantes líquidos para agricultura regenerativa em Sumaré (SP). Apesar dos desafios, como a necessidade de um marco regulatório favorável, a empresa investirá R$ 90 milhões até 2025 em pesquisas e desenvolvimento na planta de Sumaré. Além disso, foram reveladas projeções para o Complexo Industrial de Rio Grande (RS), que atingirá capacidade plena e espera produzir 2 milhões de toneladas de fertilizantes até 2024. A Yara Brasil estima a entrega de 44,6 milhões de toneladas de fertilizantes até o final do ano e projeta um crescimento de 2% no segmento para o próximo ano, alinhado às projeções da indústria. (Globo Rural – 05.12.2023)
Link ExternoEuropa: Operadoras investem em projetos para rede de gasodutos de H2
Os operadores de redes de transporte de gás (ORT) na Europa estão planejando investimentos significativos em projetos para a rede europeia de base de hidrogênio. Cerca de 40 projetos, representando 31.500 km de gasodutos de hidrogênio, estão em andamento, com comissionamento previsto antes de 2030. Os ORT buscam compromissos contratuais dos futuros usuários da rede para respaldar decisões de investimento. A iniciativa European Hydrogen Backbone, composta por 33 ORT, calcula que sua infraestrutura oferecerá uma solução de transferência de energia mais econômica para atender à demanda de hidrogênio na Europa. Cinco corredores de hidrogênio foram identificados, todos com projetos em andamento. Os custos de implementação, afetados por fatores como a pandemia e eventos geopolíticos, variam de 1,8 a 4,4 milhões de euros por km para gasodutos terrestres e 4 milhões de euros por MWe para compressores. A iniciativa considera o investimento na espinha dorsal do hidrogênio como crucial para a descarbonização eficiente na Europa. (Smart Energy – 25.11.2023)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
UE: Nova colaboração para a cibersegurança dos sistemas de distribuição de eletricidade
A Rede Europeia para a Cibersegurança (ENCS) e a Entidade EU DSO colaborarão no desenvolvimento de regulamentos, práticas e normas de cibersegurança avançados para o sistema de distribuição de eletricidade. Sob um memorando de entendimento, as organizações compartilharão conhecimentos e melhores práticas em segurança cibernética, visando aumentar a resiliência do sistema energético europeu contra ataques cibernéticos. A parceria permitirá que a entidade EU DSO utilize a experiência da ENCS para reforçar o desenvolvimento de boas práticas e soluções de segurança para operadores de sistemas de distribuição em toda a Europa. O acordo também permitirá à ENCS expandir seu conjunto de conhecimentos especializados e ampliar a comunidade para compartilhamento confiável de informações e conhecimentos em segurança cibernética. (Smart Energy – 07.12.2023)
Link ExternoUE/Índia: Cooperação nas cadeias de abastecimento de semicondutores e inovação
A Comissão Europeia e o Governo da Índia assinaram um memorando de entendimento no âmbito do Conselho de Comércio e Tecnologia UE-Índia, visando a colaboração na construção de cadeias de abastecimento robustas de semicondutores e inovação conjunta. O acordo propõe o compartilhamento de experiências e informações sobre ecossistemas de semicondutores, identificação de áreas de colaboração em pesquisa e desenvolvimento, promoção do desenvolvimento de competências e força de trabalho para a indústria de semicondutores, e garantia de condições de concorrência equitativas, incluindo a transparência sobre subsídios públicos. Além disso, a Índia e a UE concordaram em incluir o ecossistema de semicondutores como setor de cooperação no Grupo de Trabalho sobre Tecnologias Estratégicas, Governança Digital e Conectividade Digital, visando fortalecer a colaboração bilateral em diversas áreas relacionadas a semicondutores. (Smart Energy – 27.11.2023)
Link ExternoPiclo: Nova plataforma de flexibilidade para os mercados globais de eletricidade
A Piclo, fornecedora de mercado de flexibilidade, planeja lançar a plataforma Piclo Max em 2024, visando conectar vendedores de eletricidade excedente a operadores de sistemas elétricos e proporcionar visibilidade e acesso a mercados globais de eletricidade. A plataforma buscará maximizar as oportunidades de receitas para os vendedores de flexibilidade, servindo como um "balcão único" para todos os mercados de eletricidade globalmente. Inicialmente implementada no Reino Unido, a Piclo Max pretende simplificar e ampliar o acesso ao mercado de eletricidade para provedores de serviços de flexibilidade, atendendo aos apelos por superação de barreiras à entrada no mercado. O CEO da Piclo, James Johnson, destaca que a flexibilidade é essencial para a descarbonização das redes e que a nova plataforma representa um passo significativo em direção a um sistema elétrico totalmente flexível, proporcionando valor imediato aos clientes e à sociedade. A plataforma beneficiará os vendedores flexíveis, proporcionando eficiência de custos e tempo, além de acesso a novas e existentes fontes de receitas. (Smart Energy – 06.12.2023)
Link ExternoEnlit Europe 2023: Executivos discutem incertezas em torno do futuro do sistema de rede elétrica
Na Enlit Europe 2023, executivos do setor energético discutiram a incerteza em torno do futuro do sistema de rede elétrica, destacando a complexidade e as diversas perspectivas das partes interessadas. Devrim Celal, CEO da Kraken Asset & Optimization, enfatizou a necessidade de uma abordagem unificada e regulamentação abrangente para concordar sobre o futuro da rede. Virgilio Bacigalupo, Chefe de Grid Software Sudeste da Europa da Siemens AGÖ, salientou que, embora não saibamos exatamente como será, temos metas claras, como a duplicação da capacidade em 10 anos. Ele previu a substituição de métodos ultrapassados por novos métodos baseados em inteligência artificial para operação, planejamento e manutenção da rede. Santiago Cascante, Diretor Comercial da Gridspertise, ressaltou a complexidade e a bidirecionalidade crescente da demanda, destacando a necessidade de mais digitalização para lidar com grandes volumes de dados. (Smart Energy – 04.12.2023)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Artigo de Tatiana Falcão: "Contradições da PEC 45 na tributação ambiental"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Tatiana Falcão (consultora em tributação ambiental e tributação internacional) trata das implicações ambientais da PEC 45/19, destacando a introdução do princípio da sustentabilidade na Constituição Federal do Brasil. O novo texto propõe que benefícios regionais concedidos pela União considerem critérios de sustentabilidade e redução de emissões de carbono, alinhando-se ao Acordo de Paris. O Brasil se tornaria a segunda nação a incluir um compromisso constitucional com a mitigação de emissões, seguindo o exemplo do Butão. No entanto, o autor critica a concessão de benefícios fiscais a produtores de veículos a combustíveis fósseis, contradizendo o princípio da mitigação. A técnica legislativa é questionada por introduzir exceções específicas na Constituição. O artigo sugere que um imposto sobre carbono seria mais eficaz para mudar comportamentos e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. A PEC 45/19 também prevê um imposto seletivo ambiental, que inclui a incidência na extração de petróleo, captando o potencial poluidor desde o início. Contudo, há limitações na alíquota do imposto, o que pode restringir sua eficácia. (GESEL-IE-UFRJ – 04.12.2023)
Link ExternoArtigo de Gillian Tett: "O elefante (poluente) na sala da COP"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Gillian Tett (integrante do conselho editorial do "Financial Times") trata da ironia e das contradições presentes na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) realizada em Dubai, destacando a problemática dos subsídios aos combustíveis fósseis. Enquanto ativistas criticam a escolha de um grande produtor de petróleo como anfitrião, o governo dos Emirados Árabes Unidos promove investimentos em energias renováveis. A conferência aborda temas como redução de emissões de metano e financiamento para energias verdes, mas pouco se fala sobre os subsídios governamentais a combustíveis fósseis, que o FMI estima terem alcançado US$ 1,3 trilhão em 2022. Além disso, os custos ambientais não refletidos nos preços dos combustíveis representam subsídios implícitos, elevando o total para cerca de US$ 7 trilhões, ou 7,1% do PIB mundial. O artigo sugere que o custo real dos combustíveis fósseis pode ser ainda maior, tornando debates sobre fundos menores quase irrelevantes diante da magnitude dos incentivos ao consumo de combustíveis fósseis.(GESEL-IE-UFRJ – 04.12.2023)
Link ExternoChina: País deve atingir pico de emissões antes do previsto
A China, um dos países mais poluentes do mundo, está prestes a atingir o pico de suas emissões de CO2 antes de 2030, de acordo com o mais recente estudo do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA), uma organização finlandesa. Embora essa antecipação seja considerada positiva, persistem dúvidas sobre a capacidade do país de limitar o aumento das emissões antes do pico. O aumento das energias renováveis é notado, mas a abertura contínua de novas centrais a carvão para atender à crescente demanda por eletricidade levanta preocupações. Especialistas expressam incertezas sobre a capacidade da China de cumprir seus compromissos para 2030 e 2060, incluindo a redução de 65% em relação aos níveis de 2005 e a busca da neutralidade em carbono. Essas questões são cruciais antes da COP28 em Dubai, destacando a relutância da China em aceitar uma eliminação gradual dos combustíveis fósseis. (InsideEvs – 25.11.2023)
Link ExternoEventos
Curso de Energia Solar
A LGL Solar Treinamentos oferece o curso completo Projetista e Instalador Solar, com duração de dois dias presenciais na Unidade do Rio de Janeiro. O curso, que abrange 10 especialidades relacionadas à energia solar, começa em 20 de dezembro de 2023, com últimas vagas disponíveis. O local do treinamento é o Moura Espaço Multi, situado na Rua Corrêa Dutra, 149, Sala 202, Bairro Flamengo, Rio de Janeiro/RJ. O horário das aulas é das 08:45 às 18:00, e o curso inclui 360 horas online como brinde. O processo de matrícula é online, e o pagamento pode ser feito no dia do curso.
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