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IFE Transição Energética 34
Dinâmica Internacional
Artigo GESEL: "A importância dos mecanismos de financiamento para transição energética nas economias emergentes"
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, João Pedro Gomes (Pesquisador do GESEL), Leonardo Gonçalves (Pesquisador do GESEL), Marcelo Maestrini (Pesquisador Sênior do GESEL) e Paulo Maurício Senra (Pesquisador Sênior do GESEL) discutem a importância dos mecanismos de financiamento na transição energética de países emergentes em direção a uma economia de baixo carbono. O texto ressalta que, embora o investimento público seja relevante, ele não é suficiente para impulsionar a adoção de tecnologias de baixo carbono de maneira plena, especialmente em economias emergentes que enfrentam restrições fiscais e orçamentárias. A conclusão destaca a importância da sinergia entre o setor público e privado na transição energética. Governos devem estabelecer políticas favoráveis, oferecer incentivos financeiros e promover parcerias com empresas privadas para impulsionar os investimentos em tecnologias limpas. Os investimentos privados são essenciais para fornecer o capital e a inovação necessários para enfrentar os desafios ambientais e alcançar metas de energia sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 05.09.2023)
Link ExternoG20: Líderes estabelecem metas e objetivos para 2030
Os líderes do G20 estão planejando comprometer-se a triplicar a capacidade de energia renovável até 2030, mas também vão apoiar tecnologias para sustentar o uso de combustíveis fósseis, em uma concessão à Rússia e à Arábia Saudita que haviam bloqueado um acordo anterior sobre o tema. Além do impulso às energias limpas, o bloco também buscará avanços em tecnologias como a captura de carbono para reduzir emissões provenientes de combustíveis fósseis, sinalizando um equilíbrio delicado entre a transição energética e a necessidade de segurança, abastecimento e custos estáveis. Apesar do crescimento recorde da energia solar e eólica, a dependência global do carvão e gás na geração de eletricidade ainda é profunda, com o consumo de carvão atingindo recordes em 2022, e previsto para manter-se no mesmo patamar este ano. (Valor – 06.09.2023)
Link ExternoG20: Lançamento de nova aliança global de biocombustíveis
Dezenove países, incluindo Índia, EUA e Brasil, lançarão uma aliança global de biocombustíveis em Nova Déli, visando promover uma "commodity sustentável" e impulsionar a descarbonização do mercado de combustíveis. O objetivo não é controlar preços, mas criar uma alternativa verde. O Brasil busca um mercado global para a produção de cana-de-açúcar e proteger os motores flexíveis diante da ascensão dos veículos elétricos. A Índia busca uma alternativa ao açúcar em meio a preços internacionais em queda, além de impulsionar a produção de etanol para gerar emprego no campo. Os EUA, produtores de etanol de milho, têm interesse na inclusão de biocombustíveis de aviação no mercado. A aliança envolve principalmente países tropicais e subtropicais, abrangendo diferentes fontes de biocombustíveis. (Valor – 08.09.2023)
Link ExternoSetor de navegação adota medidas para reduzir emissões de poluentes
No caminho da descarbonização, o setor de navegação tem adotado uma série de medidas e inovações para reduzir as emissões. As iniciativas vão além da atualização tecnológica de motores e de novos combustíveis. Incluem estratégias alternativas, como auxílio de inteligência artificial, gestão de cargas e terminais mais modernos e eficientes. O Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), que reúne 19 armadores de atuação global, destaca que há um esforço conjunto que aponta para o compromisso dos armadores com o meio ambiente. Para o Centronave, as iniciativas deverão ajudar a atender à meta estipulada pela Organização Marítima Internacional (IMO) de reduzir emissões de CO2 em 30% até 2030. (O Estadão – 02.09.2023)
Link ExternoIEA/BAD: Relatório destaca gargalos para o financiamento de projetos em energia limpa na África
O novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) e do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) destaca a urgência de agir rapidamente para melhorar o acesso ao capital e reduzir os custos de financiamento, a fim de impulsionar investimentos em energia limpa na África. Apesar de representar quase 20% da população global e possuir amplos recursos, o continente recebe apenas cerca de 2% dos investimentos globais em energia limpa. O relatório enfatiza a necessidade de mais do que dobrar os investimentos até 2030, com a maioria voltada para energias limpas, para atender às ambições de desenvolvimento e aos objetivos climáticos. A alta percepção de riscos e os custos de financiamento elevados têm limitado o acesso ao capital para projetos de energia na África. O relatório sugere a expansão de instrumentos financeiros, incluindo mais financiamento inicial e o uso de ferramentas para mitigar riscos percebidos, visando atrair investimentos privados. A cooperação entre setores público e privado, além do apoio de instituições internacionais e nacionais, será crucial para superar esse desafio. O relatório também destaca a importância do financiamento e do fortalecimento das instituições financeiras locais para impulsionar o desenvolvimento sustentável de longo prazo na África. (IEA – 06.09.2023)
Link ExternoCOP28: Emirados Árabes afirmam que combustíveis fósseis são necessários para transição energética
Os combustíveis fósseis continuarão a ser um recurso necessário à medida que o mundo acelera sua transição para as energias limpas, segundo o embaixador dos Emirados Árabes Unidos, três meses antes de o país sediar a cúpula do clima COP28. “Não podemos acabar com os combustíveis fósseis porque a demanda não vai simplesmente desaparecer”, disse Alfaheem. “No final das contas, é preciso manter o aparelho de ar-condicionado funcionando. Temos que ser realistas". Mais de 100 membros do Congresso dos Estados Unidos e do Parlamento Europeu protestaram em maio contra a nomeação do sultão Al Jaber, presidente-executivo da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc, na sigla em inglês) como presidente da COP28. Um grupo de países liderado por Alemanha e Canadá publicou em julho carta no “Financial Times” pedindo a Al Jaber que use a conferência para se concentrar no fim progressivo dos combustíveis fósseis. Pouco depois, Al Jaber disse que “a redução gradual da demanda e oferta de todos os combustíveis fósseis é inevitável e essencial”. (Valor Econômico - 05.09.2023)
Link ExternoNacional
EPE/MME: Novo relatório indica que matriz elétrica brasileira é uma das mais renováveis do mundo
O Caderno de Tecnologias de Geração 2023, elaborado pela EPE em colaboração com o MME, firma que as matrizes energéticas brasileiras apresentaram grande evolução nos últimos tempos, com destaque para as hidrelétricas do país, mas também considerando o avanço de usinas eólicas, fotovoltaicas e termelétricas. Atualmente, segundo o relatório, a matriz elétrica brasileira é uma das mais renováveis do mundo. Conforme aponta o Relatório Síntese do BEN 2023, também da EPE, a matriz energética brasileira manteve seu percentual renovável em 47,4% a partir do investimento nas fontes eólica e solar, além de expansão da fonte hidráulica. O estudo garante que o patamar atingido pelo Brasil é superior ao observado no restante do mundo. (Valor Econômico - 01.09.2023)
Link ExternoPrioridade da agenda Governo Federal é destravar o “Plano de Transformação Ecológica”
A articulação política do governo já traçou planos para aprovar uma agenda prioritária no Congresso Nacional neste segundo semestre. A estratégia é concentrar forças na chamada agenda de transição ecológica e em temas considerados estratégicos para a atração de investimentos, como o projeto de licenciamento ambiental. A partir disso, o governo espera abrir espaço na pauta para, em seguida, focar nas indicações para o Judiciário e agências reguladoras. Uma das prioridades é destravar o “Plano de Transformação Ecológica”, apresentado no mês passado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Um dos principais pontos desse plano é a regulação do mercado de carbono e a emissão de títulos sustentáveis. Inicialmente, o governo planejava apresentar um texto próprio para discutir o mercado de carbono, mas, nos últimos dias, optou por apoiar uma proposta já em tramitação, relatada pela senadora Leila Barros na Comissão de Meio Ambiente do Senado. A parlamentar aceitou incorporar no texto sugestões da gestão petista. Como o projeto tem caráter terminativo, a expectativa é que seja aprovado até o fim do mês e encaminhado diretamente à Câmara. (Valor Econômico - 04.09.2023)
Link ExternoGoverno divulga regras para a emissão de títulos sustentáveis
O governo brasileiro lançou o chamado "Arcabouço Brasileiro Para Títulos Soberanos Sustentáveis", documento que guiará a emissão de títulos públicos verdes pelo Tesouro Nacional no mercado externo. Um O arcabouço lançado nesta terça traz os compromissos do Brasil nas agendas ambiental, social, de governança e de finanças. Também contém as regras que o país coloca para si mesmo para emitir os títulos. Ou seja, as obrigações que o Tesouro deve cumprir como emissor de títulos soberanos sustentáveis. De acordo com o documento, o Brasil pode emitir três tipos de papéis: títulos verdes (green bonds), cujos recursos líquidos devem ser usados exclusivamente para financiar, total ou parcialmente, despesas de impacto ambiental positivo; títulos sociais (social bonds), para financiar despesas de impacto social positivo; e títulos sustentáveis (sustainability bonds), para despesas que combinem impactos ambientais e sociais positivos. (Valor Econômico - 05.09.2023)
Link ExternoPetrobras: Planos para destinar US$ 120 mi em créditos de carbono
A Petrobras planeja investir US$ 120 milhões em compra de créditos de carbono nos próximos cinco anos, visando impulsionar seus esforços de descarbonização. A empresa priorizará a aquisição de créditos de soluções baseadas na natureza, com foco na região da Amazônia, que enfrenta desafios com desmatamento e queimadas. Esta iniciativa está alinhada ao plano de negócios atual da companhia. Recentemente, a Petrobras adquiriu 175 mil créditos em um projeto de preservação e recuperação na Floresta Amazônica, contribuindo para benefícios socioambientais na região. A empresa vê a compra de créditos de carbono como um complemento essencial para atingir suas metas de descarbonização, enquanto continua investindo em energias renováveis e tecnologias verdes. (Valor – 06.09.2023)
Link ExternoImportância da regulação para os investimentos em energias renováveis
A transição energética é vital para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e combater o aquecimento global. Para isso, é crucial abordar dois pontos-chave: financiamento e regulação. O Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) do Governo Federal do Brasil, com investimentos de R$540 bilhões em transição e segurança energética, é um passo importante. No entanto, a regulação também é essencial para oferecer segurança jurídica aos investidores. Projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional abordam questões relacionadas à energia verde, e medidas mais claras são necessárias para estimular investimentos em energias renováveis. A transição energética é um processo complexo que exige esforços coordenados de diversos setores da sociedade, além de investimentos e um ambiente regulatório favorável. (Valor – 11.09.2023)
Link ExternoMME/Alexandre Silveira: Itaipu e Petrobras serão protagonistas da transição energética
Na visão do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Itaipu e a Petrobras serão as duas grandes protagonistas da transição energética no país. Em visita a Foz do Iguaçu, antes da abertura do Fórum de Energia nessa quinta-feira, 31 de agosto, iniciativa promovida pela binacional, Silveira destacou a hidrelétrica como demonstração do sucesso da integração da política energética que o governo deseja tornar mais vigorosa na América do Sul. Questionado sobre a redução das tarifas de energia do brasileiro, o líder do MME lembrou da recente contribuição vinda de Itaipu e que atualmente a relação da usina com o Paraguai é justa nesse quesito, mas reforça a necessidade do país discutir a gravidade da modicidade tarifária no Brasil. “É algo que não vamos empurrar pra debaixo do tapete, vamos estruturar um projeto que possa convergir com os investimentos em eólica, solar, junto a essa questão, encontrando um denominador que a energia seja um grande propulsor da economia nacional”, salienta. (Canal Energia – 01.09.2023)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Brasil: Governo deve anunciar volta do imposto de importação para VEs
O governo federal do Brasil planeja encerrar a isenção de imposto de importação para carros elétricos e híbridos, de acordo com a Anfavea, a associação que representa os fabricantes do país. A decisão é motivada pela entrada significativa de veículos eletrificados chineses no mercado brasileiro, o que tem causado preocupações para as montadoras locais. O retorno gradual do imposto está previsto para os próximos três anos, e será acompanhado pela publicação das normas da segunda fase do Rota 2030, que estabelece regras mais rígidas para emissões e eficiência de veículos novos. As vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil atingiram um novo recorde em agosto de 2023, com 9.351 emplacamentos, marcando um aumento de 25% em relação ao recorde anterior em julho e um crescimento de 120% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Este aumento representa um desafio para as montadoras estabelecidas, à medida que novos players chineses ganham destaque no mercado de veículos eletrificados no país. (Inside EVs – 08.09.2023)
Link ExternoChina: Crescimento na participação das exportações de VEs
A presença da China no mercado internacional de veículos eléctricos está crescendo à medida que a sua quota nas exportações globais de veículos elétricos aumentou oito vezes nos últimos cinco anos. A BYD, que se expande rapidamente na produção de VEs acessíveis, é uma força motriz por trás desta tendência. E à medida que o consumo diminui na China, os fabricantes buscam aumentar as exportações para o Sudeste Asiático, invadindo um reduto tradicional dos fabricantes de automóveis japoneses. A China foi responsável por 35% das exportações globais de VEs em 2022, em comparação com apenas 4,2% em 2018, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Os fabricantes chineses estão de olho na Europa como destino de exportação. De acordo com a Associação de Informação do Mercado de Automóveis de Passageiros da China, as exportações de veículos de baixo carbono para a Europa, de janeiro a junho totalizaram cerca de 350 mil unidades, cerca de 25% do total de VEs e híbridos plug-in vendidos na Europa durante esse período. (Valor Econômico - 04.09.2023)
Link ExternoCRU Group: Produção de baterias na China ultrapassa a demanda interna
A China está construindo unidades de produção de baterias em níveis muito maiores que o necessário para atender à demanda interna por VEs e pelo armazenamento de energia elétrica pela rede básica. Isso chama a atenção para os amplos subsídios estatais e para a atividade descontrolada de empréstimos bancários, que devem sustentar a expansão internacional das fábricas chinesas. A capacidade de produção das fábricas de baterias da China deverá alcançar 1,5 mil GWh neste ano — o suficiente para abastecer 22 milhões de veículos elétricos. Esse número é mais que o dobro dos apontados pelos níveis de demanda, previstos em 636 GWh, segundo dados da empresa de pesquisa CRU Group. As fábricas de baterias estão seguindo um modelo adotado por outros setores, como o de aço, alumínio e painéis solares, alertaram executivos do setor, pelo qual as empresas chinesas se beneficiam de subsídios para assumir uma enorme parcela do mercado global e forçar a retirada da concorrência internacional. (Valor Econômico - 04.09.2023)
Link ExternoArval: Pesquisa indica que companhias miram frotas de veículos mais sustentáveis
Uma pesquisa realizada pela Arval, empresa do grupo BNP Paribas, que gerencia frotas corporativas, revelou que 70% das empresas globais consideram implementar tecnologias de combustíveis alternativos, como carros elétricos híbridos, veículos híbridos plugáveis e carros elétricos a bateria, em suas frotas de carros de passageiros nos próximos três anos. No Brasil, 43% das empresas estão avaliando a adoção dessas tecnologias. Além disso, a pesquisa destaca a crescente diversificação de modais de transporte e a implementação de soluções de mobilidade alternativas, como carros corporativos compartilhados e aluguel de bicicletas. Cerca de 88% das empresas planejam investir em soluções de mobilidade desse tipo nos próximos três anos. (Valor – 08.09.2023)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Artigo GESEL/AHK: Financiamento nacional para o desenvolvimento da cadeia de produção do hidrogênio renovável
Foi publicado novo artigo GESEL no Portal de Hidrogênio Verde da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK). O texto, assinado por Nivalde José de Castro (Coordenador do GESEL), Luiza Masseno Leal (Pesquisadora Plena do GESEL) e Vinícius José da Costa (Pesquisador Jr. do GESEL) é intitulado “Financiamento nacional para o desenvolvimento da cadeia de produção do hidrogênio renovável”. Segundo os autores, “a priorização do financiamento, como evidenciado no PNH2, e a participação ativa de instituições públicas financeiras, com destaque para o BNDES, serão cruciais para impulsionar a promissora indústria do hidrogênio, abrangendo todas as fases da sua cadeia produtiva”. (GESEL-IE-UFRJ – 04.09.2023)
Link ExternoBrasil: Associações apresentam propostas de políticas públicas para o mercado nacional de hidrogênio renovável
Integrantes do Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável entregaram ao representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) uma lista com 17 propostas de políticas públicas para o desenvolvimento e aprimoramento do mercado nacional de hidrogênio renovável (H2R). Assinam o documento a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Associação Brasileira do Biogás (Abiogás) e Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio). Entre as medidas estruturantes para o fomento da produção e uso do vetor energético propostas pelo grupo durante a Intersolar South America, realizada na última semana em São Paulo, destacam-se a inserção do H2R na Política Energética Nacional, condições mais favoráveis de financiamento e redução da carga tributária (PIS/COFINS, ICMS, IPI, II, IR e CSLL) e créditos fiscais para a cadeia produtiva da produção do hidrogênio de fonte renovável, entre outras. (Canal Energia – 04.09.2023)
Link ExternoInstituto Fraunhofer: Estudo identifica centros de importação de H2V e derivados para a Alemanha
A Argélia, Tunísia e Espanha foram identificadas como possíveis centros de importação de hidrogênio verde para a Alemanha, segundo uma análise do Instituto Fraunhofer de Sistemas de Energia Solar ISE. No entanto, o Brasil, Colômbia e Austrália foram destacados como locais propícios para a importação de outros combustíveis sintéticos, como amoníaco, metanol e querosene, devido às suas redes de transporte marítimo bem estabelecidas. A Alemanha está buscando suplementar sua produção interna de hidrogênio verde para atender à demanda projetada até 2030, principalmente nas indústrias pesadas e aviação, e está considerando a importação desses combustíveis neutros para o clima como uma solução viável e necessária. (Clean Energy Wire – 05.09.2023)
Link ExternoPaíses se destacam como potenciais protagonistas para o mercado de hidrogênio na UE
O hidrogênio limpo está ganhando impulso na Europa, e a iminência de uma onda de decisões de investimento financeiro é evidente. Embora tenham sido anunciados muitos projetos, existe ainda uma grande diferença entre a capacidade total anunciada e a ambição da Comissão Europeia para 2030. Espanha, Dinamarca e Países Baixos emergem como pontos críticos na União Europeia devido a razões específicas. Estes países se destacam por diferentes motivações, mas todos têm o potencial de se tornarem centrais vitais para a economia do hidrogênio renovável na Europa. Espanha se destaca pela disponibilidade de eletricidade renovável de baixo custo, enquanto a Dinamarca tem um potencial eólico offshore considerável e proximidade com a Alemanha. Os Países Baixos têm ambições robustas e estratégias bem definidas para a produção e armazenamento de hidrogênio renovável. No entanto, ainda existe uma lacuna substancial entre a ambição da CE e os projetos anunciados, e é improvável que essa diferença de 77 GW seja preenchida até 2030. (Rabobank – 31.08.2023)
Link ExternoComissão Europeia: Estudo reforça potencial de Marrocos na produção de hidrogênio
Marrocos está se tornando um forte concorrente da Espanha na produção de hidrogênio verde, de acordo com um estudo encomendado pela Comissão Europeia. O estudo sugere que Marrocos poderá superar a produção de hidrogênio verde da Espanha em mais de 30% até 2050, atingindo um total de 160 terawatts e fornecendo mais de 5% da demanda continental. Apesar da competição, devido à proximidade geográfica entre os dois países, a Espanha ainda tem a oportunidade de se tornar a segunda maior potência de hidrogênio na Europa, com uma capacidade de eletrólise superior a 120 gigawatts até 2050. No entanto, a infraestrutura de transporte entre a Península Ibérica, o Norte da África e o resto da Europa é crucial para aproveitar o potencial marroquino. Esta competição é vista como uma oportunidade, desde que lições sejam aprendidas para evitar dependência excessiva de fontes externas de energia, semelhante às crises energéticas passadas. (Cincodias – 25.08.2023)
Link ExternoAustrália: AGIG expande investimentos em hidrogênio
A Australian Gas Infrastructure Group (AGIG) está expandindo seus investimentos em hidrogênio, preparando sua rede de distribuição de gás para a transição para gás renovável e hidrogênio na Austrália. A empresa, que já é proprietária e operadora do maior eletrolisador em escala de megawatt da Austrália, está trabalhando em vários projetos de hidrogênio em todo o país. Isso inclui a expansão do projeto Hydrogen Park South Australia para fornecer hidrogênio para 4 mil residências, bem como a aprovação do projeto Hydrogen Park Gladstone, que visa fornecer hidrogênio para uso residencial e industrial. Além disso, a AGIG lançou o HyHome, uma casa que funciona com energia 100% de hidrogênio, demonstrando o uso de aparelhos compatíveis com hidrogênio. Esses investimentos posicionam a AGIG na vanguarda da transição energética na Austrália, visando atender às metas de zero emissões e fornecer energia sustentável para residências e empresas. (AGIG - 25.08.2023)
Link ExternoENA/Hydrogen UK: Relatório destaca queda no progresso da política de hidrogênio no Reino Unido
O Reino Unido está perdendo terreno na corrida global pelos investimentos em hidrogênio, de acordo com um relatório da Energy Networks Association (ENA) e da Hydrogen UK. O país, que estava em segundo lugar no mundo em termos de progresso na política de hidrogênio em 2021, caiu para o oitavo lugar em 2023. O relatório destaca a lentidão na finalização de políticas e mecanismos de apoio, bem como a falta de grandes projetos avançando para a decisão final de investimento (FID). Recomenda que o governo acelere o apoio à produção de hidrogênio, identifique e apoie investimentos em infraestruturas, esclareça o uso mínimo do hidrogênio em todos os casos de uso e estimule as cadeias de abastecimento nacionais. (H2 View – 05.09.2023)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Brasil: Abraceel aponta dificuldades no processo de migração para o mercado livre
Consumidores de energia interessados em aderir ao mercado livre, estimulados pela prevista abertura do Ambiente de Comercialização Livre (ACL) a todo o grupo A (média e alta tensão) a partir de janeiro de 2024, têm enfrentado dificuldades no processo de migração. É o que aponta levantamento da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia (Abraceel). A entidade criou um canal exclusivo para receber relatos das associadas sobre casos concretos de dificuldades enfrentadas pelos consumidores no processo de migração. Em apenas 30 dias, recebeu 148 relatos, de 20 empresas diferentes. Os casos reportados estão distribuídos por todo o Brasil, com concentração em São Paulo, onde há maior presença de empresas consumidoras de energia em alta tensão nesse estado, informou a Abraceel. Com base nos relatos registrados, a associação quer propor soluções que resolvam a maioria dos casos existentes e previnam dificuldades futuras. (Broadcast Energia - 05.09.2023)
Link ExternoACEER/CEER: Relatório destaca avanços da medição inteligente na Europa
Treze dos 27 países da União Europeia já implementaram contadores inteligentes com uma penetração superior a 80%, enquanto onze estão consideravelmente atrasados. Países como Suécia, Dinamarca, Finlândia, Espanha e Itália já alcançaram essa taxa de penetração. No entanto, Bélgica, Croácia, Polônia e outros ainda não iniciaram efetivamente esse processo. A falta de implementação desses contadores representa uma barreira para fornecer dados de medição precisos aos consumidores em tempo real, prejudicando sua capacidade de responder a sinais de preços em tempo real. Além disso, isso pode dificultar a entrada de novos participantes no mercado e limitar a concorrência. O relatório também destaca outras tendências, como o aumento nas vendas de veículos elétricos em alguns países e a crescente adoção de bombas de calor. (Smart Energy – 08.09.2023)
Link ExternoCloudfare: Novo estudo focado em segurança cibernética na Ásia-Pacífico
A Cloudfare, empresa de segurança cibernética, lançou um novo estudo focado em segurança cibernética na Ásia-Pacífico. De acordo com o relatório, 83% das organizações indianas sofreram um incidente de segurança cibernética no ano passado, com 48% revelando que experimentaram 10 ou mais. Os incidentes foram atribuídos principalmente a ataques na web, phishing e ataques à cadeia de suprimentos, com os entrevistados classificando o ganho financeiro como o principal objetivo dos cibercriminosos, seguido pelo plantio de spyware e exfiltração de dados. O relatório intitulado "Securing the Future: Asia Pacific Cybersecurity Readiness Survey" revelou ainda que, apesar da frequência de incidentes de cibersegurança na Índia, apenas 52% dos inquiridos se consideram altamente preparados, e a falta de preparação está a custar milhões. 47% indicaram que o impacto financeiro de tais incidentes excedeu US$ 1 milhão nos últimos 12 meses, enquanto 27% experimentaram contratempos financeiros de nada menos que US$ 2 milhões. (Entrepreneur - 06.09.2023)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Artigo de Elvira Presta: "Transição energética e a nova agenda para os executivos financeiros"
Em artigo publicado no Valor Econômico, Elvira Presta, conselheira do IBEF-SP, vice-presidente financeira e de relações com investidores da Eletrobras e presidente do conselho de administração da Santo Antônio Energia, aborda o papel dos CFOs (diretores financeiros, na sigla em inglês) na transição energética das empresas. A autora aponta que uma pesquisa global conduzida pela Deloitte em 2023 com executivos C-level revelou que o assunto “Mudanças Climáticas” está entre os três focos prioritários da Alta Administração. Neste contexto, a agenda dos executivos financeiros mudou. O papel dos CFOs se expandiu para além dos temas tipicamente de sua responsabilidade. O CFO atual precisa ser um dos líderes das ações de sustentabilidade, dentre as quais inclui-se a transição energética. Questões financeiras podem desempenhar um papel fundamental na aceleração ou desaceleração desse processo. Dessa forma, a autora sublinha que os CFOs podem ser protagonistas nessa agenda corporativa, além de serem porta-vozes das suas organizações na divulgação de suas metas e projetos junto aos stakeholders. Podem liderar a avaliação de alocação de capital em distintos projetos, explorar as opções de financiamento disponíveis, bem como colaborar para desenvolver novas soluções sob medida para as crescentes demandas de investimentos sustentáveis. (Valor - 04.09.2023)
Link ExternoCalor extremo se torna ameaça para fornecimento de combustíveis
As recentes ondas de calor, do Texas a Tóquio, estão alertando para um crescente desafio no sistema de energia, onde o calor extremo afeta não apenas a demanda elétrica, mas também causa paralisações em refinarias de petróleo. Isso tem mantido os preços da gasolina elevados nos EUA e aumentado os custos do diesel acima do petróleo. A elevação nas temperaturas prejudicou o processamento de petróleo em pelo menos 2% globalmente durante o verão, exacerbando um sistema de refino já sobrecarregado. O impacto do clima extremo destaca a necessidade de soluções para a transição energética e a resiliência do sistema. (Valor – 10.09.2023)
Link ExternoUsher Bruce/ Universidade de Columbia: Descarbonização transformará os negócios e o setor financeiro
O professor da Columbia University, Usher Bruce, destaca que as mudanças climáticas terão um impacto significativo em todos os negócios. Ele ressalta que aqueles que perceberem isso mais cedo poderão se preparar para mitigar riscos, aproveitar oportunidades e competir de maneira mais eficaz em uma economia verde. Bruce aponta que a descarbonização é uma macrotendência que transformará os negócios e o setor financeiro, e destaca o setor de energia do Brasil, com 70% de sua energia proveniente de fontes renováveis, como uma grande fortaleza. Ele enfatiza a importância de soluções tecnológicas e a necessidade de regulamentações governamentais para impulsionar a transição para uma economia mais sustentável. Bruce também ressalta a relevância do mercado de carbono como uma ferramenta essencial para acelerar a descarbonização. (Valor – 08.09.2023)
Link ExternoEventos
Instituto de Engenharia sediará o evento “A evolução do mercado de Hidrogênio Verde – H2V no Brasil”
No dia 19 de setembro de 2023, o Instituto de Engenharia sediará o evento "A Evolução do Mercado de Hidrogênio Verde - H2V no Brasil". Este evento será híbrido, oferecendo participação tanto presencialmente no endereço Av. Dr. Dante Pazzanese, 120, Vila Mariana, São Paulo, quanto online por meio do canal do Instituto de Engenharia no YouTube. O evento abordará as diversas facetas do Hidrogênio Verde (H2V), com enfoque nas implicações técnicas e econômicas, incluindo considerações sobre políticas ESG, energias alternativas e descarbonização. A programação abrangente incluirá painéis com especialistas que explorarão tópicos relevantes para o mercado brasileiro de H2V.
Link ExternoCITEENEL: Fórum discute resultados e impactos dos programas de fomento à inovação no setor elétrico
Estão abertas as inscrições para o 11º Congresso de Inovação Tecnológica e Eficiência Energética do Setor Elétrico, o CITEENEL 2023, que será realizado de 25 a 27 de outubro de 2023, em São Luís (MA). Em sua 11ª edição, o CITEENEL tem como tema “Inovação sob a perspectiva ESG: ambiental, social e governança” e conta com o apoio da Equatorial Maranhão como organizadora. O evento reunirá especialistas nacionais e internacionais para debater resultados, desafios e oportunidades em pautas como transição energética, digitalização e sustentabilidade. O CITEENEL, realizado bienalmente pela ANEEL em parceria com as distribuidoras, é o principal canal para discussão dos resultados e impactos dos Programas de PD&I e de Eficiência Energética regulados pela Agência e implementados pelas empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia. O evento consiste em uma oportunidade para que empresas de energia elétrica e instituições divulguem as inovações tecnológicas desenvolvidas no âmbito dos programas de P&D e EE regulados pela ANEEL, além de ser um momento para discussão da regulamentação ora vigente. Também é um canal para discutir as tendências de modernização do setor elétrico, as transformações do mercado de energia, inovação e eficiência energética, entre outros temas. (Aneel - 04.09.2023)
Link ExternoConferência AIE-BCE-BEI sobre como garantir uma transição energética ordenada
A conferência de alto nível organizada por Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, Werner Hoyer, presidente do Banco Europeu de Investimento, e Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, em Paris, em 29 de setembro de 2023, abordará a importância de uma transição energética ordenada para a competitividade da Europa e estabilidade financeira. O evento reunirá ministros, líderes empresariais, banqueiros centrais e representantes de instituições financeiras internacionais para discutir questões como a mobilização de capital privado para investimentos em energias limpas, a posição da Europa na produção de tecnologia verde em um cenário global competitivo, e o papel das autoridades financeiras na gestão de riscos durante a transição. Diversos representantes de alto nível de diferentes países europeus e organizações participarão, incluindo comissários da União Europeia, embaixadores, CEOs de grandes empresas e especialistas em economia e energia. O evento destaca a urgência de ações para impulsionar a transição energética na Europa.
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