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IFE
06/06/2023

IFE Transição Energética 21

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
06/06/2023

IFE nº 21

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Luiza Masseno
Pesquisadores: Carolina Tostes e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 21

Dinâmica Internacional

GESEL publica TDSE 114 “Decarbonization and Electricity Market Design: The Future of Mibel as Thermal Generation is Phased out”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 114, intitulado “Decarbonization and Electricity Market Design: The Future of Mibel as Thermal Generation is Phased out”, de autoria de Nivalde de Castro, Roberto Brandão, Ana Carolina Chaves, André Alves, Marcelo Maestrini e Thereza Cristina Aquino. O trabalho, que obteve menção honrosa da 2ª edição (junho 2023) do Prémio MIBEL – Conselho de Reguladores do MIBEL (CR MIBEL), tem como objetivo discutir os impactos do crescimento esperado da participação de energias renováveis no mercado ibérico de energia elétrica. Dado que Portugal e Espanha estão comprometidos com metas agressivas para aumentar a participação das energias renováveis em suas matrizes energéticas, eventualmente construindo um sistema elétrico cem por cento renovável, os desenhos de mercado, em algum momento, terão que evoluir para funcionarem adequadamente nesse ambiente. Alguns desses desafios são abordados no texto. (GESEL-IE-UFRJ – 01.06.2023) 
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IEA: Investimento em energias renováveis supera os combustíveis fósseis

De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), o investimento em tecnologias de energia limpa está superando significativamente os gastos com combustíveis fósseis. Estima-se que mais de US$ 1,7 trilhão sejam destinados a tecnologias limpas, como renováveis, veículos elétricos, energia nuclear, armazenamento de energia e melhorias de eficiência, em comparação com pouco mais de US$ 1 trilhão para carvão, gás e petróleo. Espera-se um aumento de 24% no investimento anual em energia limpa entre 2021 e 2023, impulsionado por energias renováveis e veículos elétricos. No entanto, mais de 90% desse aumento vem de economias avançadas e da China, o que apresenta um risco de divisão na transição global de energia limpa se outros países não acompanharem. No entanto, ainda há deficiências nos investimentos de energias renováveis em economias emergentes e em desenvolvimento, devido a fatores como taxas de juros altas, estruturas políticas e de mercado pouco claras e infraestrutura de rede fraca. Neste sentido, a agência frisa que mais esforços são necessários para impulsionar o investimento nessas regiões. (IEA - 25.05.2023) 
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IEA: Perspectivas globais otimistas para renováveis, com cautela em energia eólica

Espera-se que as adições globais de capacidade de energia renovável aumentem em um terço em 2023, a partir de impulso político crescente, preços mais altos dos combustíveis fósseis e preocupações com a segurança energética. É provável que o crescimento continue em 2024, com a capacidade total de eletricidade renovável do mundo subindo para 4.500 GW, que a IEA disse ser igual à produção total de energia da China e dos Estados Unidos juntos. Prevê-se que as adições de energia eólica se recuperem em 2023, crescendo quase 70% ano a ano, após alguns anos difíceis durante os quais o crescimento foi lento. O crescimento mais rápido se deve principalmente à conclusão de projetos que foram adiados pelas restrições do Covid-19 na China e por problemas na cadeia de suprimentos na Europa e nos Estados Unidos. (Renewable Energy World – 01.06.2023) 
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IEA: Governos continuam a impulsionar o investimento em energia limpa em meio à crise energética global

Os governos de todo o mundo alocaram um total de US$ 1,34 trilhão para investimentos em energia limpa desde 2020, de acordo com dados do Rastreador de Gastos Governamentais com Energia da Agência Internacional de Energia (IEA). Embora os gastos tenham desacelerado nos últimos seis meses, novos pacotes de políticas estão sendo considerados em vários países, o que deve impulsionar o investimento nos próximos anos. Os governos também aumentaram os gastos para gerenciar os choques de preços de energia para os consumidores, destinando US$ 900 bilhões para medidas de acessibilidade de consumo de curto prazo. Essas medidas ajudaram a mitigar o impacto dos aumentos de preços, mas ainda assim afetaram os orçamentos das famílias. No entanto, os preços mais altos estão tornando as tecnologias de energia limpa mais competitivas, e espera-se que a adoção dessas tecnologias acelere ainda mais, impulsionando a transição para uma nova economia de energia. (IEA – 02.06.2023)
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IRENA: Conselho avalia o progresso da transição energética antes da COP28

A Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA, na sigla em inglês) realizou sua vigésima quinta reunião do Conselho em Abu Dhabi, convocando os membros para discutir medidas acionáveis que acelerem uma transição energética justa e inclusiva. A reunião ocorreu seis meses antes da 28ª Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP28), que será sediada nos Emirados Árabes Unidos. A reunião de dois dias contou com a presença de membros trabalhando para aumentar a capacidade global de energia renovável, diante das crises energéticas e geopolíticas em curso. O diretor-geral da IRENA, Francesco La Camera, ressaltou a importância da colaboração internacional e enfatizou a necessidade de agilidade e responsividade às necessidades dos membros. O presidente do Conselho da IRENA, Tumasie Blair, destacou os desafios enfrentados pelas nações, especialmente pequenos estados insulares em desenvolvimento, e enfatizou a importância de avaliar e realinhar as ações para enfrentar o desafio climático. A reunião do Conselho discutiu temas como implantação de capacidade de energia renovável, financiamento da transição energética e esforços de mitigação e adaptação. Também foram abordados o status global da energia geotérmica, materiais críticos e as descobertas preliminares da Preview of the World Energy Transitions Outlook 2023 da IRENA, que destacam a necessidade de acelerar as mudanças em todos os setores para cumprir as metas climáticas. (IRENA - 23.05.2023) 
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IAEA: Diretor-geral destaca China como parceira indispensável

Conforme a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) apoia os esforços para acelerar a contribuição da energia atômica para a paz, saúde e prosperidade em todo o mundo, a China se destaca como um parceiro indispensável, disse Rafael Grossi, Diretor-geral da IAEA, no início de uma visita de uma semana à China. Grossi está se reunindo com vários funcionários de alto escalão e visitando instalações e instituições nucleares em Pequim, Xangai e Shandong, durante sua primeira visita oficial ao país. A China tem mais de 50 unidades de energia nuclear em operação e 24 estão em construção. Até 2035, a geração de energia nuclear da China será responsável por 10% da geração de eletricidade do país, de acordo com o mais recente Relatório de Desenvolvimento de Energia Nuclear do Livro Azul da China. (IAEA - 22.05.2023) 
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BNEF/NEO: Relatórios sobre o futuro da economia energética no mundo até 2050

O New Energy Outlook (NEO) é uma análise de longo prazo da BloombergNEF sobre o futuro da economia energética, abrangendo diversos setores até 2050. Neste ano, a análise se aprofunda em relatórios especiais sobre os caminhos para alcançar emissões líquidas zero até 2050 em diferentes países e regiões. Os relatórios NEO destacam a aceleração dos investimentos em transição energética na China, a necessidade de redução de emissões e mobilização de investimentos na Europa e a transição em curso da Austrália para um sistema de energia de baixo carbono. Além disso, o papel das organizações da sociedade civil e dos governos na transição energética é discutido, assim como a importância do investimento em ESG (Environmental, Social and Governance) e as questões relacionadas ao greenwashing. (Bloomberg – Maio 2023)
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EUA: Indústria de armazenamento de baterias de larga escala bate recorde em potência instalada

A capacidade instalada de sistemas de armazenamento de energia de bateria em larga escala (BESS, na sigla em inglês) nos Estados Unidos aumentou 80% em 2022, atingindo 4 GW/12 GWh. Isso contribuiu para que a capacidade total de energia eólica, solar e de armazenamento dos EUA chegasse a quase 228 GW até o final do ano passado. Os dados foram divulgados pela American Clean Power Association (ACP), um grupo comercial do setor. Embora o setor de armazenamento de energia tenha tido um ano recorde, houve um declínio no volume de implantação em relação aos dois anos anteriores. Os principais fatores para esse declínio foram questões relacionadas à cadeia de suprimentos, desafios na aquisição de módulos solares fotovoltaicos, atrasos na obtenção de interconexão à rede e incertezas em relação às disposições da Lei de Redução da Inflação (IRA), especialmente o crédito fiscal de produção (PTC). (Energy Storage - 25.05.2023) 
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UE: Países formam aliança por mais apoio a energia nuclear

A energia nuclear pode fornecer até 150 GWe de capacidade de geração até 2050 na União Europeia, de acordo com um comunicado emitido por 16 países europeus após uma reunião em Paris com a comissária europeia de energia Kadri Simson. A chamada Aliança Nuclear exortou a Comissão Europeia a reconhecer a energia nuclear na estratégia energética da UE e nas políticas relevantes. A Ministra da Transição Energética da França, Agnès Pannier-Runacher, reuniu seus colelas dos países membros da Aliança Nuclear no Ministério da Transição Energética e um total de 16 países foram representados. As discussões na reunião de Paris foram estruturadas em torno de duas mesas redondas: a primeira sobre como construir uma cadeia de abastecimento nuclear europeia independente; o segundo sobre as necessidades decorrentes do renascimento da indústria nuclear europeia, nomeadamente em termos de competências e inovação. (Petronotícias - 18.05.2023) 
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UE: Abertura para parques eólicos e solares em grande escala

As autoridades da União Europeia chegaram a um acordo provisório para reformar os procedimentos de licenciamento de energia renovável, visando acelerar o crescimento da energia eólica e solar. Essas reformas buscam atingir uma nova meta de 42,5% do consumo bruto de energia proveniente de fontes renováveis até 2030. Atualmente, os processos de licenciamento de projetos eólicos e solares levam vários anos devido à complexidade administrativa e à falta de recursos nas autoridades responsáveis pela aprovação. As revisões da diretiva estabelecem prazos máximos de dois anos para novos projetos e um ano para projetos de repotenciação, e requerem a digitalização do processo de licenciamento. Além disso, os projetos de energia renovável serão classificados como de interesse público primordial, facilitando sua aprovação. Essas medidas têm como objetivo impulsionar a implantação da energia renovável na União Europeia, mas ainda aguardam aprovação do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu. (Reuters – 01.06.2023)
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Itália: Após décadas de políticas antinucleares, Parlamento aprova plano para inclusão de energia nuclear na matriz energética

O parlamento italiano apoiou na terça-feira o plano do governo de incluir a energia nuclear na matriz energética do país como parte de seus esforços de descarbonização depois de abandonar seu programa nuclear há quase quatro décadas. “Vamos agora discutir com os nossos parceiros europeus e avaliar, com a maior atenção, como incluir a energia nuclear no leque energético nacional das próximas décadas com vista a atingir, também com a ajuda da energia nuclear, os objetivos de descarbonização traçados pelo União Europeia”, disse o ministério da energia em comunicado após a aprovação do parlamento. Desde que assumiu o cargo no final do ano passado, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni apoiou abertamente a reativação das usinas nucleares do país há muito fechadas. Todos os reatores foram fechados em 1990 após um referendo em 1987. (Montel News - 09.05.2023)
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Itália: Abandono do carvão até 2024

O Ministro do Meio Ambiente da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, afirmou que o país poderá fechar suas usinas de carvão até 2024, um ano antes do previsto, se os preços do gás natural continuarem baixos. A Itália aumentou sua produção de energia a partir do carvão para 7,5% do total no ano passado, em resposta à interrupção do suprimento de gás da Rússia devido à crise na Ucrânia. O plano atual do governo é abandonar completamente o carvão até 2025, e a estratégia atualizada para energia e clima buscará aumentar a participação de energias renováveis para dois terços do total até 2030. O ministro também mencionou a possibilidade de reintrodução da energia nuclear, que foi abandonada pela Itália em um referendo nos anos 1980. (Reuters – 05.06.2023)
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Nacional

Artigo GESEL: "Cenários de aprimoramento do modelo do Setor Elétrico Brasileiro"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (Professor no Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Alessandra Gedu Dutra Amaral (Economista, diretora da Energisa (2004-2019) e da Light (2019-2023)) e Bianca de Castro (Advogada e pesquisadora associada do GESEL) analisam o modelo regulatório do Setor Elétrico Brasileiro (SEB) estabelecido em 2004 e destaca quatro objetivos centrais desse modelo: expandir a capacidade instalada de geração e transmissão, recompor o planejamento, universalizar o acesso à energia elétrica e garantir tarifas moderadas. Após quase 20 anos, o modelo demonstrou sucesso na expansão da oferta de geração e transmissão, proporcionando segurança aos investimentos e reduzindo o risco de racionamentos. No entanto, o artigo ressalta que a transição energética e a transformação digital estão impactando o setor elétrico, exigindo novos desenhos de mercado. Os consumidores estão se tornando mais ativos, buscando independência e exigindo qualidade de fornecimento, atenção a questões socioambientais e tarifas moderadas. O crescimento do mercado livre é impulsionado por consumidores que se tornam produtores de energia, especialmente por meio da geração distribuída fotovoltaica. Por fim, concluiu-se que é necessário repensar o modelo regulatório implementado em 2004, levando em consideração o consumidor empoderado e digital, bem como o papel de cada elo do SEB. Espera-se que o novo modelo garanta uma energia de qualidade, acessível a todos os brasileiros, com preços competitivos e respeito ao meio ambiente. A configuração atual da matriz elétrica brasileira é vista como uma vantagem competitiva estratégica no contexto da transição energética global. (GESEL-IE-UFRJ – 30.05.2023)
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Transição energética atrai investimentos bilionários ao país

Com mais de R$ 250 bilhões em investimentos previstos nos próximos cinco anos em geração, distribuição e transmissão, o setor elétrico tem o potencial de liderar o Brasil em um mundo que vive a transição energética. Com mais de 90% da matriz elétrica composta por energia renovável e a potencial abertura do mercado livre, oportunidades bilionárias atraem diversos players. Hidrogênio verde, geração distribuída solar e transmissão hoje são os três segmentos que mais têm movimentado negócios. Em paralelo, há uma agenda regulatória que terá de desatar nós para que esse potencial se concretize. Investimentos em renováveis alcançam novo patamar. O diretor geral da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, anunciou que neste ano deverão ser investidos US$ 1,7 trilhão em fontes limpas no mundo, comparados a US$ 1 trilhão em fósseis. “Há cinco anos, havia uma divisão entre as duas”, disse. É nesse contexto que o Brasil poderá ganhar destaque. (Valor Econômico - 31.05.2023)
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SIN: Renováveis atingem 91,4% nos quatro primeiros meses do ano

A demanda de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) nos quatro primeiros meses do ano foram atendidas em uma média de 91,4% pela geração hidráulica, eólica e solar, segundo dados do ONS. Em abril, as três fontes somadas registraram 89,4% de representatividade, ante 91% em janeiro, 92,6% em fevereiro e 92,4% em março. O percentual médio por fonte indica que, entre os meses de janeiro a abril, 77,2% vieram da geração hidráulica, 11,5% de eólica e 2,7% dos painéis fotovoltaicos. A participação nesse ano foi superior à mediana do mesmo período de 2022, quando computou 87,8%. (Agência CanalEnergia – 29.05.2023)
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Absolar: Solar atinge 30 GW e ultrapassa R$ 150 bi em investimentos

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil ultrapassou a marca de 30 gigawatts (GW) de potência instalada em energia solar fotovoltaica, representando 13,7% da matriz elétrica do país. Em maio, houve um aumento de 2 GW, totalizando 30 GW. Desde julho de 2022, a energia solar fotovoltaica tem crescido em média 1 GW por mês. A fonte solar trouxe ao Brasil cerca de R$ 150,7 bilhões em investimentos desde 2012, além de gerar mais de 911,4 mil empregos e evitar a emissão de 38,5 milhões de toneladas de CO2. A energia solar é amplamente utilizada na geração distribuída, com 21,1 GW de potência instalada, enquanto as usinas solares de grande porte possuem 9,3 GW. O uso dessa fonte de energia limpa e barata estimula a reindustrialização do país, diversifica o suprimento de eletricidade e reduz a pressão sobre os recursos hídricos, evitando aumentos na conta de luz da população. (CanalEnergia - 31.05.2023)
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Região Nordeste concentra 83% da energia solar e eólica do Brasil

O Nordeste é o grande responsável pela geração eólica e solar fotovoltaica do país. A capacidade instalada, de 28,3 GW, é 82,6% da nacional com as duas fontes de energia. Os nove Estados nordestinos também somam 10 GW em projetos em fase de construção e 79,7% das novas instalações programadas para entrar em operação no país, segundo a Aneel, garantindo à região a hegemonia eólica e solar para a próxima década. O potencial nordestino é muito maior. A capacidade de geração eólica e solar já outorgada pela Aneel, ou seja, projetos já autorizados, mas que ainda não possuem suas instalações confirmadas pelas empresas de energia, somam outros 76,2 GW na região. A expectativa no MME é que a instalação de 30 GW de geração renovável e R$ 120 bilhões em investimentos sejam viabilizados após os três leilões de transmissão de energia da agência previstos para ocorrer em 2023 e 2024. Para investidores, os certames servirão para atender a demanda já contratada. “Há um descompasso entre o planejamento da expansão da transmissão e o crescimento da oferta de geração renovável. Os leilões de 2023 e 2024 vão apenas acomodar a expansão existente até 2030. Vamos precisar de mais infraestrutura para possibilitar novos projetos”, diz Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos. (Valor Econômico - 31.05.2023)
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Transição energética tem desafios econômicos a serem superados

Falar de transição energética é saber da necessidade de se adequar às diversas fontes de energia disponíveis. No entanto, é preciso falar também de investimentos. As fontes renováveis intermitentes precisam contar com outras fontes que sirvam de complemento para suprir sua falta de produção momentânea. Algumas opções que vem ganhando destaque nessa discussão é o gás natural, que no Brasil vem crescendo gradativamente, e o hidrogênio verde, que chega como uma promessa para transição. Nesse processo da transição energética, novas tecnologias são fundamentais. Algumas empresas já iniciaram seus investimentos através das políticas ESG para diminuir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Durante o evento ECOA PUC-Rio: Transição Energética, que aconteceu nesta terça-feira, 30 de maio, e vai até o dia 01 de junho, no Rio de Janeiro, Rodrigo Lauria, diretor da Vale, ressaltou que transição é uma questão de processo e não somente de fonte. É preciso monetizar o processo de conversão de uma fonte fóssil para não fóssil e que o setor privado precisa se organizar para participar desse investimento. (CanalEnergia - 30.05.2023)
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Indústria química encolhe à espera de gás mais barato

A exploração do pré-sal e a perspectiva de maior disponibilidade de gás natural criaram uma expectativa de redução de custo de energia para as indústrias nos últimos anos. Um dos segmentos que mais apostou neste movimento foi a indústria química. No entanto, como a promessa do gás barato não se concretizou, o setor já começa a sentir os efeitos do aumento dos preços. Segundo dados da Abiquim, de janeiro a março, a produção de químicos de uso industrial encolheu 11,45%, as vendas internas caíram 6,6% e o consumo aparente nacional, resultado da soma da produção e da importação menos a exportação, teve leve recuo, de 0,8%, suportado pelo avanço das importações. Com isso, o nível de utilização da capacidade instalada no setor recuou sete pontos percentuais na média dos primeiros três meses de 2023, para 69%. Isso equivale, alerta a Abiquim, a ociosidade maior que 30%, um sinal “preocupante”, que pode levar ao fechamento de mais capacidades, se não houver melhora já no curto prazo. (Valor Econômico - 30.05.2023)
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Vulnerabilidade do setor elétrico brasileiro frente à crise climática

Especialistas da área de clima e energia estão somando esforços para mobilizar os órgãos públicos a rever o planejamento da geração elétrica no Brasil considerando as projeções de estresses climáticos. Os cenários apontam secas mais prolongadas, com muito sol e ventos, no Norte e no Nordeste, e chuva farta no Sul. Seria como viver o fenômeno El Niño por momentos mais prolongados. As projeções indicam que o aumento da temperatura no Brasil será superior à média global. O aumento tende a ser de pelo menos 4°C em média, o que vai comprometer um pilar da geração energética no país, as hidrelétricas. Os cenários constam no relatório "Vulnerabilidade do setor elétrico brasileiro frente à crise climática global e propostas de adaptação". O documento foi lançado nesta sexta-feira (26) pelo ClimaInfo, em nome da Coalizão Energia Limpa. (Folha de São Paulo – 26.05.2023) 
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Petrobras: Plano estratégico prevê investimentos em tecnologias de baixo carbono

A Petrobras anunciou que seu conselho de administração aprovou uma revisão para seu próximo plano estratégico, válido para os anos entre 2024 e 2028, prevendo que 6% a 15% dos investimentos totais, contra 6% no plano atual, serão direcionados a projetos de baixo carbono. A companhia afirma que os investimentos consideram projetos em energias renováveis e em descarbonização das operações, que deverão ser estabelecidos dentro da governança da companhia, levando em conta seu compromisso com a geração de valor e sustentabilidade financeira de longo prazo. “Os elementos estratégicos do PE 2024-28 visam preparar a Petrobras para um futuro mais sustentável, na busca por uma transição energética justa e segura no País, conciliando o foco atual em óleo e gás com a busca pela diversificação de nosso portfólio em negócios de baixo carbono”, diz a Petrobras. (Valor Econômico - 01.06.2023)
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Brasil/Alemanha: Parceria estratégica para transição energética

De acordo com a Agência Brasil, a parceria estratégica entre Brasil e Alemanha foi renovada. Para os ministros envolvidos no processo, o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e o da Economia e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, a iniciativa fortalecerá ainda mais a transição energética e tem como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O brasileiro Alexandre Silveira sugeriu ao ministro alemão a contratação de hidrogênio de baixo carbono produzido no Brasil. O que, além de colaborar para a instalação de novas plantas industriais, fortalece ainda mais a prioridade do governo, o Programa Nacional do Hidrogênio. O Ministério de Minas e Energia declarou oficialmente, em nota, que a ideia “é fazer um leilão no Brasil, com garantia de contratação pelo governo alemão, para o desenvolvimento do programa de hidrogênio de baixo carbono tanto para o governo brasileiro, quanto para o alemão”. De acordo com Silveira, a parceria entre Brasil e Alemanha deve impulsionar ainda mais a matriz energética renovável do país. Para ele, o grande desafio do Ministério é “conciliar a política de governo com o desenvolvimento econômico para geração de oportunidades para os brasileiros, combatendo também as desigualdades, ainda muito latentes na sociedade”. (Além da Energia – 31.05.2023)
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MME aponta prioridades da transição energética brasileira

Acesso a financiamento de baixo custo, atualizar o ambiente regulatório, estimular pesquisa e inovação e melhorar a estrutura tributária, pensando também no mercado de carbono. Esses são os pontos específicos que o Ministério de Minas e Energia vem buscando trabalhar em prol do avanço da transição energética do país, afirmou nessa quarta-feira, 31 de maio, a diretora do Departamento de Transição Energética da pasta, Mariana Espécie, durante evento na PUC-Rio. Mariana destacou a concepção do governo da transição energética como um modelo de desenvolvimento do país, desafiador e necessário, que envolve tornar a energia como elemento propulsor do desenvolvimento sustentável e um posicionamento estratégico perante as relações internacionais, transformando a indústria e os setores de transportes, elétrico e mineral. (CanalEnergia - 31.05.2023)
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CNDI lista temas centrais para uma nova política industrial aliada à descarbonização

O comitê executivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), colegiado vinculado à Presidência da República, reuniu-se nesta semana para debater e elaborar uma nova política industrial para o Brasil. Durante o encontro, o comitê definiu um conjunto de sete macro desafios a serem enfrentados pela política industrial a ser elaborada, e que têm como objetivo final melhorar a vida dos cidadãos. Um dos temas diz respeito à descarbonização da Indústria, viabilização da transição energética e bioeconomia. Isso inclui avançar no domínio e produção de tecnologias críticas a de energia solar, eólica e em pequenas centrais nucleares. Outro tema de interesse será o avanço na pesquisa e desenvolvimento da fusão nuclear. (Petronotícias - 23.05.2023) 
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Leilões de transmissão podem movimentar R$ 80 bi

Uma mudança de paradigma é esperada para os leilões de transmissão a partir deste ano. É uma prova de que a interligação de linhas no sistema nacional se tornou ainda mais importante para o avanço das fontes renováveis de forma descentralizada. Entre 2023 e 2025, devem ser realizados pelo governo federal seis leilões que poderão movimentar cerca de R$ 80 bilhões em investimentos, caso seja confirmado o segundo bipolo de transmissão, que conectaria o Rio Grande do Norte às regiões Sudeste e Sul. Os estudos de viabilidade desse empreendimento devem ser concluídos até o fim do ano, o que poderia fazer com que fosse licitado em 2025. Em 30 de junho, será realizado o primeiro leilão, que deverá licitar nove lotes para a construção e a manutenção de cerca de seis mil quilômetros de linhas de transmissão. A expectativa de investimento é de R$ 15,3 bilhões, sendo que R$ 12,27 bilhões se concentrarão em Minas Gerais para escoamento da energia gerada por fontes renováveis. Em outubro, um novo leilão, com cerca de R$ 20 bilhões, deverá ser realizado. O setor está se movimentando, seja com transmissoras que buscam reforçar sua posição, como Alupar, Eletrobras, Cemig, Engie, seja com empresas que estão querendo ingressar no segmento, como a Auren (ex-Cesp). (Valor Econômico - 31.05.2023)
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Brasil: Usinas hidrelétricas ganham eficiência com novo ciclo de modernizações

Usinas hidrelétricas obsoletas são páginas viradas nos planos estratégicos das operadoras brasileiras. Programas de modernização das unidades geradoras de energia são cada vez mais intensos, envolvem fábulas de recursos financeiros e de pessoal especializado, e visam, basicamente, tornar as hidrelétricas mais eficientes, mais produtivas e até mesmo aumentar a produção energética no país. A hidrelétrica de Itaipu, construída em Foz do Iguaçu (PR) em associação com o Paraguai há quase 50 anos, por exemplo, executa desde 2022 um vasto plano de atualização tecnológica, que vai consumir R$ 666 milhões ao longo dos próximos 14 anos. Inclui a substituição de todos os cabos de força e controle, a construção de centros de sistemas de controle das unidades geradoras e modernização da subestação da margem direita, que conecta Itaipu ao sistema elétrico paraguaio e transmite parte da energia para o Brasil. Nas usinas Jupiá e Ilha Solteira - ambas na divisa São Paulo-Mato Grosso do Sul -, sob concessão do grupo chinês CTG, o projeto de modernização teve início em 2017. Contempla instalação, substituição e reforma de 34 unidades geradoras, construção de um novo centro de operação da geração de energia, e deve consumir investimentos em torno de R$ 3 bilhões, informa Cesar Teodoro, diretor de engenharia da subsidiária brasileira. (Valor Econômico - 31.05.2023)
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Brasil: Carros elétricos são estratégicos para a descarbonização

Enquanto as mudanças climáticas afetam cada vez mais o planeta, muitos países tentam estabelecer ações de mitigação do aquecimento global, por meio da restrição de emissões nocivas, entre elas uma data limite para as vendas de carros com motores a combustão e os incentivos para veículos limpos, incluindo os carros elétricos. Nesse cenário, o Brasil assume posição de destaque pela baixa emissão de gás carbônico (CO2) no setor de transporte, em comparação com as grandes economias globais. Outro diferencial do país é o uso do etanol como alternativa à gasolina, onde o combustível vegetal representa aproximadamente 30% da escolha do consumidor no abastecimento de veículos flex no país. Na visão da GM e especialistas, o etanol é um diferencial do Brasil, mas nem por isso o país pode deixar de lado alternativas mais eficientes e totalmente limpas durante o uso, como o carro elétrico a bateria. Além disso, a emissão de um veículo elétrico num país no qual a matriz energética está baseada na queima de carvão mineral ou de outros combustíveis fosseis vai ser bem diferente da emissão de um VE utilizado no Brasil, que tem hoje 86% de energia elétrica vinda de fonte renovável, hidroelétricas, parques solares e eólicos. Encomendada pelo Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), a metodologia de cálculo do poço à roda no Brasil foi desenvolvida por técnicos da indústria, governo, fornecedores e acadêmicos. Ela considera a intensidade de carbono da matriz energética nacional e os cálculos de eficiência energética dos veículos do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBVE) do Inmetro. Assim, há níveis de sustentabilidade entre modelos de mesma categoria, sendo um carro elétrico 50% mais sustentável que um híbrido flex abastecido somente com etanol, e quase 10 vezes mais sustentável que um carro tradicional movido apenas a gasolina. O etanol ainda pode ser aproveitado lá na frente de forma estratégica para a produção de hidrogênio verde, por exemplo. Uma possibilidade que as montadoras começam a olhar com mais atenção para usos específicos. É consenso que não existe apenas uma solução à questão da descarbonização. Por isso, a GM vai continuar investindo em tecnologias para reduzir a emissão dos seus veículos a combustão e ampliando sua linha de veículos elétricos no país. (Inside EVs -- 31.05.2023) 
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Deloitte: Jovens compram carros elétricos para impulsionar a transição energética

As recentes enchentes na região de Emilia-Romagna, na Itália, causaram destruição e sofrimento, destacando os efeitos das mudanças climáticas. De acordo com a pesquisa da Deloitte, a Geração Z e os millennials estão cada vez mais preocupados com o impacto das mudanças climáticas, considerando-as uma fonte de estresse. Alguns jovens estão tomando medidas para reduzir seu impacto no meio ambiente e estão dispostos a comprar produtos mais sustentáveis, incluindo carros elétricos. No entanto, muitos encontram dificuldades em transformar suas boas intenções em práticas reais, principalmente devido à situação econômica. A pressão também recai sobre as empresas, com os jovens acreditando que elas devem fazer mais para contribuir com a transição ecológica. Além disso, há um sentimento de que o mundo dos negócios negligenciou a luta contra a mudança climática devido à pandemia. Os jovens sugerem que as empresas forneçam subsídios aos funcionários, eduquem-nos sobre sustentabilidade, reduzam o uso de plásticos descartáveis, renovem os locais de trabalho e tornem as comunidades mais ecológicas. (Inside Evs – 03.06.2023)
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UE/Coreia do Sul: Parceria visando projetos de eficiência energética e mobilidade sustentável

A União Europeia (UE) e a Coreia do Sul estabeleceram uma parceria para cooperar na transição para uma economia verde. A parceria abrange áreas como energias renováveis, eficiência energética, mobilidade sustentável e redução de emissões de gases de efeito estufa. Ambas as partes reafirmaram seu compromisso com a neutralidade climática 2050 e suas metas individuais de redução de emissões até 2030. A parceria visa também colaborar com países terceiros na transição ecológica e fortalecer os esforços no combate às mudanças climáticas. Além disso, serão exploradas áreas como cooperação empresarial, finanças administrativas e pesquisa e inovação. (Smart Energy - 25.05.2023) 
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Ford: Chineses são o principal concorrente no mercado de veículo elétricos

O CEO da Ford, Jim Farley, disse que as montadoras chinesas são as maiores rivais da marca do Oval Azul no mercado de veículos elétricos, e não a GM ou a Toyota, de acordo com o Automotive News, que citou Farley após sua fala no Morgan Stanley Sustainable Finance Summit. "Vemos os chineses como o principal concorrente, não a GM ou a Toyota", disse o CEO da Ford, acrescentando que "os chineses serão a potência". Farley citou BYD, Geely, Great Wall Motor (GWM), Changan e SAIC como os "vencedores" entre as montadoras chinesas, dizendo que, para vencê-los, a Ford precisa de uma marca diferenciada ou custos mais baixos: "Mas como você os supera no custo se a escala deles é cinco vezes maior que a sua?", questionou. "Os europeus deixaram (as montadoras chinesas) entrarem, então agora estão vendendo em alto volume na Europa." O executivo acredita que a montadora com sede em Michigan já tem uma marca distinta, então reduzir os custos é o único caminho a seguir. Para que isso aconteça, a Ford quer construir uma fábrica de baterias de veículos elétricos de US$ 3,5 bilhões em Michigan usando a tecnologia da chinesa CATL, mas esse acordo atraiu resistência de políticos como o líder da maioria republicana na Câmara, Steve Scalise, e o senador da Flórida, Marco Rubio, que citaram possíveis laços com o Partido Comunista Chinês. (Inside EVs - 29.05.2023) 
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Artigo GESEL: Cooperação internacional e financiamento para projetos de infraestrutura de hidrogênio

O artigo discute a emergência do hidrogênio (H2) renovável como uma opção energética promissora e estratégica diante do contexto de transição do paradigma energético. Na Europa, o desenvolvimento do mercado e das aplicações do hidrogênio verde (H2V) são alvo de diferentes iniciativas. O Plano REPowerEU estabeleceu a meta de até 2030 atingir a produção doméstica de 10 milhões de toneladas e a importação de mais 10 milhões de toneladas. No entanto, o desenvolvimento da economia do H2V impacta as diversas etapas de sua cadeia de valor: produção, transporte, armazenamento e distribuição, sendo que as etapas de infraestrutura de transporte e de distribuição requerem volumosos investimentos e estabelecimento de parcerias e cooperações internacionais. O texto apresenta as metas de expansão ou reaproveitamento da infraestrutura de dutos para o transporte e a distribuição de H2 em alguns mercados da União Europeia. 
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Artigo GESEL: Mercado de hidrogênio no contexto da economia circular

Em artigo publicado pelo Informativo Eletrônico do Conselho dos Consumidores, Rubens Rosental (pesquisador sênior e coordenador de temas especiais/estratégicos do GESEL-UFRJ) e Helga de Almeida Miranda (advogada e aluna do curso de Pós Graduação em Regulação do Setor Elétrico do GESEL-UFRJ) analisam a descarbonização no cenário de transição para uma economia circular, destacando a importância do hidrogênio na construção de uma economia e sociedade verde. Segundo a autora e o autor, "no cenário atual brasileiro, observa-se a falta de estudos, políticas, regulamentação e conhecimento em relação a Economia Circular em conjunto com o Hidrogênio Verde, e ao mesmo tempo é incontestável a infinidade de oportunidade de negócios que poderiam ser gerados através da transição da economia linear para a economia circular". (GESEL-IE-UFRJ – 31.05.2023)
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Austrália: Governo anuncia fundo de hidrogênio renovável de US$ 2 bilhões

O governo trabalhista federal da Austrália anunciou um novo fundo de hidrogênio de US$ 2 bilhões como parte de um pacote de energia verde. O fundo visa apoiar projetos de hidrogênio renovável, fornecendo créditos de produção para impulsionar projetos iniciais e aumentar a capacidade de eletrolisador do país até 2030. O governo espera que esse investimento promova o desenvolvimento de conhecimento e da expertise do país e posicione a Austrália como um participante importante no mercado global de hidrogênio. O pacote também busca responder a iniciativas semelhantes em outros países, como os EUA e a UE. A expectativa é que a energia do hidrogênio beneficie várias regiões australianas, como Wollongong, Gladstone e Whyalla, impulsionando setores como energia renovável e aço verde. A alocação dos créditos será feita por meio de um processo competitivo, visando aproveitar as oportunidades industriais e econômicas para impulsionar a prosperidade futura do país. (Renew Economy – 09.05.2023) 
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Oxford Energy: Rotas de importação de hidrogênio renovável na UE

A União Europeia (UE) definiu uma meta ambiciosa de importar 10 MT de hidrogênio renovável por ano até 2030, impulsionando o comércio internacional desse recurso. Mais de cinquenta países já anunciaram estratégias relacionadas ao hidrogênio, com capacidade total prevista de 45 MT até 2030. No entanto, apenas 2 MT dessa capacidade estão atualmente em fase de decisão final de investimento ou em estágio mais avançado. A UE identificou quatorze países como promissores para futuras importações de hidrogênio, com seis deles sendo potenciais fornecedores iniciais de hidrogênio na forma de amônia. A discussão sobre importação e exportação de hidrogênio requer foco em infraestrutura, cooperação tecnológica, padronização, investimentos, desenvolvimento de mercado e coordenação entre os países (OIES - 23.05.2023). 
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Oxford Energy: Aço verde usando soluções de captura e armazenamento de carbono (CCS) e hidrogênio (H2)

A indústria siderúrgica é um dos principais contribuintes para as emissões de CO2, representando de 7% a 9% das emissões globais. Para alcançar uma redução significativa dessas emissões, é necessário adotar tecnologias inovadoras de baixo carbono, como a captura e armazenamento de carbono (CCS) e soluções de hidrogênio (H2). No entanto, a viabilidade dessas soluções e seu potencial de redução de emissões dependem de fatores técnicos, econômicos e políticos. Este documento explora esses fatores e analisa o valor do aço verde, bem como as indústrias que provavelmente serão as primeiras a adotar produtos siderúrgicos sustentáveis. Também destaca as diferentes formas de concorrência enfrentadas pelos aços mais sustentáveis no mercado, incluindo implicações no comércio global, e discute como governos e setor privado podem impulsionar investimentos nessas soluções (OIES - 10.05.2023).
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Absolar: Brasil já tem mais de 21 GW em sistemas de geração distribuída

A geração distribuída (GD) de energia solar atingiu a marca de 21 GW de potência instalada no Brasil, segundo a Absolar. Essa modalidade de geração energética está impulsionando a transição para fontes renováveis e contribuindo para a reindustrialização do país. Atualmente, existem 1,9 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, beneficiando 2,5 milhões de unidades consumidoras. Os investimentos no setor desde 2012 chegam a R$ 105,8 bilhões. A tecnologia solar está presente em todos os estados brasileiros e em 5.527 municípios, com São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná liderando em potência instalada. (Broadcast Energia - 29.05.2023)
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Brasil: Linhas de financiamento para GD crescem no país

Em 2019, a geração distribuída (GD) solar de pequeno porte ganhou tração e hoje lidera o mercado, respaldada pelo marco legal que entrou em vigor em 2022. Já existem mais de cem linhas de financiamento públicas e privadas disponíveis para os consumidores. Também tem se intensificado a atuação de empresas que oferecem serviços relacionados. “De 2020 para cá, investimos R$ 4 bilhões em projetos de energia solar, somando 1,5 GW, e pretendemos investir mais R$ 1,5 bilhão até 2024”, diz o líder de investimentos em energia renovável da Brookfield Asset Management, André Rodrigues. A gestora de ativos tem um portfólio de R$ 156 bilhões no Brasil, a maioria de estrangeiros e de longo prazo. Na safra 2022/23, a Raízen investiu R$ 488 milhões na produção de energia limpa, especialmente de fonte solar. A empresa tem 53 plantas e 24 mil clientes conectados. “O mercado tem enfrentado alguns dilemas, como a corrida de geradores para acesso à rede de transmissão e os altos juros de empréstimos para as obras”, diz o diretor de soluções de energias renováveis, Rafael Rebello. (Valor Econômico - 31.05.2023)
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ESIG: Demanda flexível por meio da participação de grandes clientes em mercados atacadistas

Um white paper do Energy Systems Integration Group (ESIG) propõe uma abordagem que permitiria aos grandes clientes industriais ter flexibilidade em sua demanda e licitar nos mercados atacadistas os preços do dia seguinte que estão dispostos a pagar por várias quantidades de eletricidade. Essa flexibilidade de demanda se tornaria mais importante com o aumento das energias renováveis intermitentes, eletrificação e novas cargas de grande porte. Essa abordagem permitiria que os grandes clientes aumentassem o consumo de eletricidade a preços baixos durante horários de alta geração renovável, como energia solar e eólica, quando os preços no atacado são baixos ou até mesmo negativos. Isso poderia incluir o carregamento de veículos elétricos durante a noite e a distribuição de cargas entre diferentes data centers de clientes. Outros grandes clientes, como mineradores de criptomoedas ou produtores de hidrogênio, poderiam estabelecer um limite superior para o preço de compra de eletricidade, reduzindo a carga em momentos de tensão na rede e preços mais altos. (PV Magazine - 25.05.2023) 
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FuelCell Energy: Concessionárias estão visando o uso de hidrogênio em suas microrredes

As concessionárias estão de olho nas microrredes híbridas – que incluem hidrogênio e outras fontes de energia renovável – para atingir suas metas de descarbonização, responder às preocupações de sustentabilidade de clientes comerciais e industriais, integrar energia renovável e fornecer resiliência aos clientes. Para atingir suas metas de descarbonização, as concessionárias estão adicionando mais energia solar e eólica, o que pode representar um desafio porque são recursos intermitentes, dessa forma as concessionárias também estão pensando em introduzir hidrogênio para armazenamento de longo prazo. “Em vez de desligar a energia solar e eólica, eles podem alimentar esses recursos em uma célula de combustível ou eletrolisador e armazenar hidrogênio”, explicou Mark Feasel, vice-presidente executivo e diretor comercial da FuelCell Energy. “Será um armazenamento de longo prazo.” Isso permite que as concessionárias monetizem a energia solar e eólica, em vez de descartar o excesso de recursos renováveis. (MicrogridKnowledge - 26.05.2023) 
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Novo relatório apresenta plano para avaliação de riscos de segurança digital

O último relatório da Global Coalition for Digital Safety é um marco fundamental no avanço da segurança digital. Ele apresenta um plano para entender e avaliar os riscos de segurança digital. A estrutura do relatório “Avaliação de riscos de segurança digital em ação: uma estrutura e banco de estudos de caso“ baseia-se nos princípios de direitos humanos existentes, nas melhores práticas de gerenciamento de riscos corporativos e nos requisitos regulatórios em evolução para identificar os fatores que devem ser usados para mapear os riscos de segurança digital. Ele estabelece uma metodologia abrangente de como as partes interessadas podem avaliar esses fatores de risco no ecossistema digital. O relatório apresenta vários estudos de caso, destacando a natureza diversa das estruturas de avaliação de risco e suas aplicações práticas. (WeForum - 26.05.2023) 
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LF Energy: 76% das concessionárias já estão implementando planos de digitalização

De acordo com a última pesquisa da LF Energy, 76% das concessionárias – selecionadas de entrevistadas nos EUA, Europa e Ásia-Pacífico – já estão implementando planos de digitalização e 64% estão fazendo uso extensivo de software de código aberto (OSS). Isso de acordo com a LF Energy, uma fundação de código aberto lançada pela Linux Foundation, com sede nos EUA, em seu estudo de prontidão para transformação de energia de 2023. O relatório, desenvolvido em parceria com a LF Research, Linux Foundation Training & Certification, G-PST, RWTH Aachen e Zpryme, fornece insights baseados em pesquisas sobre a digitalização do setor de energia por meio de código aberto. De acordo com a pesquisa, 76% das partes interessadas em energia pesquisadas relatam que sua organização tem um plano estratégico claro para digitalização e que já começaram a implementá-lo. Além disso, 64% das partes interessadas em energia usam mais software de código aberto do que de código fechado, no entanto, uma pluralidade (43%) acredita que o consenso da indústria de energia ainda é fundamental para aumentar a adoção de OSS. (Smart Energy – 01.06.2023)
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Impactos Socioeconômicos

IEA: Impacto das medidas de acessibilidade nos preços de energia nas principais economias

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 levou a um aumento significativo nos preços da energia no atacado em todo o mundo. Para mitigar o impacto desses aumentos nos preços da energia para os consumidores, os governos implementaram intervenções substanciais, gastando bilhões de dólares para manter a energia acessível. No entanto, os preços da energia no varejo ainda aumentaram para muitas famílias, especialmente para as mais pobres, que gastam uma proporção maior de sua renda em energia. Os aumentos nos preços da energia também afetaram os setores em geral, com preços recordes de gás natural, carvão e eletricidade impactando os mercados de energia em todo o mundo. Embora medidas de acessibilidade e estabilização de preços tenham sido implementadas, os orçamentos familiares continuaram sendo afetados pelos altos custos de energia, com aumentos nos preços do gás natural e da eletricidade em várias economias importantes. Os primeiros números para 2023 mostram uma redução nos preços da energia no atacado, mas é improvável que os preços de varejo caiam rapidamente, pois muitos fornecedores cobriram a energia a preços mais altos. No geral, as famílias enfrentaram dificuldades financeiras devido aos aumentos dos preços da energia, apesar das intervenções governamentais. (IEA – 02.06.2023)
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Brasil: Geração de energia solar já abastece 69,4 mil consumidores no Pará

A energia solar está em expansão no estado do Pará, abrangendo 99,6% do território e fornecendo energia para mais de 69,4 mil consumidores. Esse avanço é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e os custos de energia. A energia solar também fortalece a sustentabilidade e a competitividade dos setores produtivos. Indivíduos e empresas que adotam a energia solar experimentam reduções significativas nas contas de luz, contribuindo para uma fonte de energia limpa e renovável. (Impacto – 05.06.2023)
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Brasil: Transição energética vai demandar uma política de educação planetária, diz especialista

Desde a posse da nova gestão federal em 2023, o Brasil tem demonstrado um forte investimento em uma agenda ambiental de destaque internacional, ao menos em termos discursivos. No entanto, embora tenham sido tomadas decisões importantes e celebradas, como a negativa para exploração de petróleo na foz do rio Amazonas e a não construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que impactariam as bacias do Pantanal, o país ainda possui projetos com potencial nocivo ao meio ambiente em andamento. Isso inclui a intenção de implantar uma usina nuclear às margens do rio São Francisco, uma região já afetada por barragens anteriores, e projetos de energia eólica offshore que carecem de estudos mais aprofundados. O professor Célio Bermann, especialista em governança energética, destaca a fragilidade da transição energética brasileira, que ele considera uma diversificação energética, e ressalta a importância de investir em educação para reduzir o consumo e em políticas de eficiência energética. Ele também alerta que a energia renovável não é necessariamente sustentável e menciona preocupações sobre projetos futuros de hidrelétricas no Rio Tapajós e a ampliação dos investimentos em petróleo e refinarias. (Oeco – 31.05.2023)
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Mineração, energia e clima: Uma equação global e brasileira

A exploração de minerais críticos, a transição energética, a economia de baixo carbono e as mudanças climáticas estão interligados e representam um desafio crucial para o Brasil nos próximos anos. É necessário resolver essa equação para evitar que comunidades e territórios do sul global paguem o preço mais alto pela segurança climática e pelo desenvolvimento do resto do mundo. A descarbonização da economia requer uma mudança radical na matriz energética e uma transição para sistemas elétricos, o que aumentará a demanda por minerais como cobre, silício, níquel, lítio e terras raras. No entanto, o impacto ambiental e social dessa expansão da exploração mineral deve ser cuidadosamente considerado, para garantir a proteção dos direitos sociais e ambientais das comunidades afetadas. Regulamentações e padrões internacionais serão cada vez mais relevantes, exigindo transparência e a comprovação de práticas sustentáveis. O Brasil precisará lidar com esses desafios se quiser se tornar um protagonista na agenda climática e na geopolítica mineral, enfrentando suas contradições socioeconômicas de forma responsável. (Nexo – 02.06.2023)
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Reino Unido: Mudanças no mercado de trabalho a partir da transição energética

A campanha do Reino Unido para atingir a meta de zero líquido pode criar centenas de milhares de novos empregos, mas será necessário um esforço ativo de requalificação e qualificação da força de trabalho, de acordo com um relatório do Comitê de Mudanças Climáticas (CCC) do Reino Unido. O relatório destaca a necessidade de políticas mais robustas e apoio governamental para aproveitar todo o potencial da meta de zero líquido. Enquanto a maioria dos trabalhadores não será afetada pela transição energética, setores-chave na entrega do zero líquido enfrentarão mudanças significativas. O CCC estima que entre 135.000 e 725.000 novos empregos líquidos podem ser criados em setores de baixo carbono, desde que haja apoio governamental e investimento em requalificação. A intervenção governamental e um sistema educacional e de habilidades responsivo são cruciais para aproveitar as oportunidades e evitar a perda de participação de mercado para concorrentes internacionais. (Energy Monitor – 05.06.2023)
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Eventos

3º Congresso de Hidrogênio para América Latina e Caribe

O 3º Congresso Anual de Hidrogênio para a América Latina e o Caribe (H2LAC 2023) será realizado no Rio de Janeiro, Brasil, de 13 a 15 de junho. O evento é considerado a principal conferência sobre hidrogênio na região e reúne líderes dos setores público e privado de diversos países. Desde a última edição, houve avanços significativos na América Latina e no Caribe, com países implementando políticas inovadoras e projetos relacionados ao hidrogênio. No entanto, também existem desafios a serem enfrentados, como a baixa demanda, a falta de incentivos e os altos custos. O congresso abordará essas questões, buscando identificar oportunidades de investimento, compartilhar histórias de sucesso e impulsionar o desenvolvimento da indústria de hidrogênio na região. (Energy events - 05.06.2023)
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IAEA: Workshop regional sobre direito nuclear na Ásia

A Ásia Central está demonstrando maior interesse na energia nuclear como fonte de energia sustentável e confiável. O Uzbequistão iniciou os preparativos para a construção de sua primeira usina nuclear e o Ministério de Energia do Cazaquistão propôs recentemente a potencial reintrodução da energia nuclear para reduzir a dependência do país de combustíveis fósseis. Um workshop recente da IAEA apoiou os países a cumprir essa tarefa. Para discutir a dimensão legislativa do setor nuclear e trazer à tona os principais marcos do direito nuclear, o Workshop Regional da IAEA sobre Direito Nuclear foi organizado de 28 a 31 de março em Dushanbe, Tadjiquistão. O workshop contou com a presença de 24 representantes de 11 países — Armênia, Bielorrússia, Bulgária, Geórgia, Cazaquistão, Letônia, República da Moldávia, Federação Russa, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão. (IAEA - 25.05.2023) 
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Industry Transition 2023

O evento Industry Transition 2023, organizado pelo Reuters Events, nos dias 12 e 13 de setembro, tem como objetivo reunir líderes de indústrias de difícil descarbonização, como mineração, metais, produtos químicos e transporte, para impulsionar esforços de descarbonização profunda e alcançar emissões líquidas zero em escala industrial. O evento oferece uma plataforma para executivos romperem com o pensamento tradicional, promoverem colaborações entre setores e liderarem a transição da indústria rumo à sustentabilidade. Ao participar deste evento, os participantes terão a oportunidade de acelerar a descarbonização, formar parcerias transformadoras e desenvolver soluções inovadoras para enfrentar os desafios de alcançar emissões líquidas zero até 2050. (Reuters - 05.06.2023)
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