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IFE
07/10/2025

IFE Diário 6.282

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

IFE
07/10/2025

IFE nº 6,282

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Sérgio Silva
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Eduarda Oliveira, Gabriel Eleotério, Gustavo Rodrigues Esteves e Paulo Giovane

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IFE Diário 6.282

Mercado Livre de Energia Elétrica

Abraceel: Mercado livre cresceu 55% em 12 meses

O mercado livre de energia cresceu 55% nos últimos 12 meses, somando 28.183 novos consumidores e alcançando 79.572 unidades ativas, segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Em julho, o consumo no ambiente livre (ACL) atingiu recorde de 31 mil MW médios, equivalente a 46% da eletricidade consumida no país. O setor industrial lidera o movimento, com 94% de representatividade intrassetorial, seguido por comércio, saneamento e serviços. Entre os estados, Minas Gerais, Pará e Paraná estão entre os maiores consumidores no ACL. A liquidez também cresceu: cada MW médio foi negociado 5,68 vezes antes da entrega, totalizando 178.777 MWm transacionados. Além disso, o atrativo econômico permanece alto: a tarifa média no mercado regulado foi de R$ 390/MWh, enquanto no mercado livre o preço médio ficou em R$ 203/MWh, garantindo economia de cerca de 48%. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)

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MME adia consultas sobre mercado livre e medidores inteligentes

O Ministério de Minas e Energia (MME) prorrogou os prazos finais das consultas públicas relacionadas à abertura do mercado livre de energia para consumidores de baixa tensão e à implantação de medidores inteligentes no Brasil. A consulta sobre o mercado livre, iniciada em 2 de setembro, agora vai até 17 de novembro e inclui propostas sobre as regras para o Supridor de Última Instância (SUI), com o objetivo de aumentar a concorrência no setor elétrico e oferecer mais poder de negociação ao consumidor. Já a consulta sobre os medidores inteligentes, cujo prazo se estende até 21 de outubro, prevê a instalação inicial desses dispositivos em 4% das unidades consumidoras, como parte da estratégia de digitalização das redes e redução de perdas e custos operacionais. (Agência Eixos – 06.10.2025)

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Cemig: Nova campanha de captação de parceiros para o mercado livre no Norte e Nordeste

A Cemig anunciou um novo período promocional para o comissionamento de parceiros comerciais no mercado livre de energia, válido até 31 de dezembro de 2025, com foco na expansão nas regiões Norte e Nordeste. A iniciativa, parte da evolução do Programa Sinergia, oferece condições diferenciadas, como remuneração triplicada, pagamento imediato na assinatura do contrato e receitas recorrentes durante toda a vigência do fornecimento. Segundo a companhia, a ação reforça sua estratégia de ampliar a base de clientes no Ambiente de Contratação Livre (ACL). O crescimento também é impulsionado pela plataforma Energia Livre Cemig, que permite simulações e contratação 100% online. A empresa já ultrapassou 10 mil unidades consumidoras no mercado livre, sendo mais de sete mil no segmento atacadista e quase três mil no varejista. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)


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Regulação

Senado vota projeto para proibir repasse de custo do "gato" de energia para o consumidor

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) vota hoje, dia 7, um projeto que cobra do governo e das empresas de energia o custo pelas chamadas perdas não técnicas. É o caso do furto de eletricidade, conhecido como “gato”. O projeto de lei (PL) 708/2024 foi proposto pelo senador Cleitinho(Republicanos-MG) e recebeu relatório favorável do senador Mecias de Jesus( Republicanos-RR). Em síntese, a União e as concessionárias devem arcar com despesas relativas a furtos, erros na medição, falta de medidores e problemas no faturamento. Assim, o projeto incorpora esses custos às firmas, tirando e proibindo o repasse desse gargalo ao consumidor. (Agência Senado – 03.10.2025)

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GESEL-UFRJ estabelece parceria estratégica para aprimorar estudos energéticos

O Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL-UFRJ) firmou uma parceria estratégica com a Energy Exemplar, desenvolvedora do PLEXOS®, software líder mundial em modelagem, simulação e otimização de sistemas energéticos. O GESEL-UFRJ utiliza o PLEXOS® há cerca de cinco anos em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no âmbito da ANEEL, aplicando-o em estudos sobre planejamento, operação e integração de fontes de energia no Setor Elétrico Brasileiro (SEB). Entre as principais aplicações do software estão o planejamento de longo prazo, a operação de curto prazo, a integração de fontes renováveis, o apoio à precificação e a análise da transição energética. O GESEL-UFRJ reconhece a relevância, competência e fundamentação do uso do PLEXOS® no âmbito do SEB, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de análises avançadas tanto pelo marco institucional quanto pelos stakeholders do setor. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2025)

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GESEL-UFRJ inaugura Portal sobre Novos Desenhos de Mercado

O GESEL-UFRJ lançou o “Portal Novos Desenhos de Mercado” desenvolvido no âmbito do PD&I “Análise de Desenhos de Mercado Internacionais para Subsidiar Inovações Regulatórias Frente à Abertura do Mercado Elétrico Brasileiro”, em parceria com a EDP. A plataforma disponibiliza informações, conhecimentos e dados sobre tema tão estratégico processo pelo PD&I. Destacam-se artigos, textos de discussão, webinares e seminários que procuram subsidiar a agenda de modernização do Setor Elétrico Brasileiro e o processo de liberalização do mercado à luz das experiências e melhores práticas internacionais. Merece destaque a base de dados , disponível em versão de infográficos bem dinâmico e interativo com indicadores macro-setoriais, de qualidade regulatória, investimento, concorrência, entre outros. Acesse já: https://projetondm.gesel.ie.ufrj.br/ (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2025)

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Senado analisa projeto para criar linha de crédito de energia renovável para agricultura familiar

O estímulo ao uso de energias limpas no meio rural é tema de proposta a ser analisada pela Comissão de Infraestrutura (CI) de hoje, dia (7). O PL 2.647/2022 inclui entre as diretrizes da política agrícola a concessão de incentivos para aquisição de equipamentos voltados à geração de energia renovável, como solar, eólica, biomassa e biogás, com atenção especial à agricultura familiar. A ideia do projeto foi formulada pelo deputado Pedro Uczai (PT-SC), é tem o objetivo de criar linhas de crédito diferenciadas para facilitar o acesso de pequenos produtores a tecnologias de geração descentralizadas de energia. O texto tem relatório favorável do senador Wilder Moraes (PL-GO) e, se aprovado, seguirá para a Comissão de Agricultura (CRA). Por fim, de acordo com o relator, a inserção do biogás fortalece a matriz energética rural e favorece a economia circular. (Agência Senado – 03.10.2025)

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Comissão de Minas e Energia debate projeto sobre protesto de contas de energia

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados promove audiência pública, nesta terça-feira (7), para debater o Projeto de Lei 4756/23, que proíbe a cobrança da fatura de energia elétrica por meio de protesto em cartório antes de 90 dias de atraso no pagamento. O debate será realizado às 16 horas, no plenário 14. O debate atende a pedido do deputado Ricardo Guidi (PL-SC). Segundo o parlamentar, o objetivo é discutir medidas para mitigar o impacto econômico sobre os consumidores, especialmente os mais vulneráveis, diante da prática de protesto em prazos considerados muito curtos. Ele acrescenta que a proposta também busca conciliar a proteção do consumidor com a sustentabilidade das concessionárias de energia elétrica, equilibrando aspectos jurídicos, regulatórios e econômicos do setor. (Agência Câmara de Notícias – 06.10.2025)

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Transmissoras querem ampliar prazo de concessões para 40 anos

Transmissoras de energia do Brasil defendem que o prazo das novas concessões de transmissão seja ampliado de 30 para 40 anos, com inclusão da proposta no texto final da Medida Provisória 1304. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transmissão de Energia (Abrate), Mário Miranda, o objetivo é adequar o período contratual à vida útil regulatória das linhas, já que atualmente o prazo médio de implantação é de cinco anos, restando tempo insuficiente para amortização e depreciação dos investimentos. A mudança, segundo ele, traria benefícios ao consumidor e demais usuários da rede, reduzindo em até 4% a receita teto dos leilões. A emenda à Lei 9.074 foi apresentada pela Abrate e discutida com parlamentares, incluindo o relator da MP 1300, Fernando Coelho Filho, e o senador Eduardo Braga, relator da MP 1304. Miranda destaca ainda que contratos mais longos garantiriam maior equilíbrio econômico e financeiro aos projetos, em linha com o manual contábil da Agência Nacional de Energia Elétrica. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

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Crise no Dia dos Pais expõe impacto da GD e falta de regulação no sistema elétrico

No Dia dos Pais, em 10 de agosto, o Brasil enfrentou uma crise energética devido ao desequilíbrio entre a geração e o consumo de energia. Com a alta produção e baixa demanda, o Operador Nacional do Sistema Elétrico precisou cortar cerca de 90% da geração e desligar várias usinas para evitar um colapso. A causa desse descompasso foi a crescente geração distribuída, especialmente solar, que injeta energia na rede sem controle, obrigando o ONS a reduzir a produção das grandes usinas. Isso gerou cortes significativos, prejudicando financeiramente o setor. A falta de planejamento e regulação adequados para lidar com esse cenário levou a prejuízos bilionários, insegurança jurídica e paralisação de investimentos. A expansão desordenada da energia solar sem a devida preparação das redes elétricas agravou os desafios operacionais. O setor busca soluções de longo prazo, como atrair grandes consumidores e ampliar o armazenamento de energia. O governo criou um grupo de trabalho para enfrentar o problema, propondo medidas regulatórias e investimentos em transmissão para garantir a segurança do sistema elétrico. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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Transição Energética

Energia compartilhada reduz custos e acelera transição no Brasil

Com a conta de luz representando até 30% dos custos operacionais de muitas empresas brasileiras, a energia compartilhada emerge como solução para reduzir despesas e cumprir metas de sustentabilidade. O modelo, que permite que múltiplos consumidores se beneficiem da mesma usina renovável, já atende 3,85 milhões de unidades no país. Contudo, a modalidade funciona como um condomínio energético, onde empresas de diferentes portes dividem os custos e benefícios de usinas solares, eólicas ou pequenas centrais hidrelétricas. Sem precisar investir na construção de infraestrutura própria, os participantes conseguem reduzir entre 10% e 20% na conta de energia elétrica. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)

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Weg/Kuba: Transição energética está no cerne da estratégia empresarial

O presidente da Weg, Alberto Kuba, no Weg Day, ressaltou a importância da transição energética na estratégia da empresa. Destacou a atuação em soluções para demandas de mercado nesse contexto, como mobilidade elétrica e micro redes. Além disso, a empresa oferece soluções para retrofit de usinas, incluindo EPC completo. Embora não tenham abordado data centers especificamente, as iniciativas também visam atender a esses empreendimentos. Kuba enfatizou que cada negócio gera oportunidades de crescimento de receita e reiterou a manutenção da estratégia de longo prazo da Weg, mesmo diante de questões tarifárias. A empresa permanece focada em inovação e adaptação às mudanças do mercado, buscando se posicionar como referência no setor energético em meio à transição para fontes mais limpas e sustentáveis. (Broadcast Energia – 05.10.2025)


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Rebocadores da Camorim em Itaguaí passam a usar energia em terra e reduzem emissões de CO₂

A partir deste mês, os rebocadores marítimos da Camorim que operam em Itaguaí (RJ) vão receber energia de uma fonte fixa em terra durante o tempo em que permanecerem no Porto. Com a nova forma de abastecimento, já utilizada pela companhia no Porto do Rio de Janeiro desde abril, a previsão é chegar a uma redução anual de cerca de 1.330 toneladas de CO₂. Para sequestrar todo o carbono que deixará de ser emitido, seriam necessárias 75.500 árvores, o equivalente a mais de 40 mil metros quadrados de floresta. (Petronotícias – 03.10.2025)

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Nuclear volta ao centro do debate global: Rússia avança e Brasil ainda hesita

A energia nuclear, antes vista como perigosa e ultrapassada, volta ao centro dos debates energéticos globais diante da crescente demanda de eletricidade por data centers, inteligência artificial e metas climáticas. A Rússia, por meio da estatal Rosatom, lidera essa retomada, promovendo a energia atômica como ferramenta de soberania nacional e oferecendo parcerias com transferência de tecnologia e contratos de longo prazo. O presidente Vladimir Putin rejeita o que chama de "colonialismo tecnológico" e defende indústrias nucleares autônomas. Enquanto isso, o Brasil vive um impasse estratégico: sem decisão sobre Angra 3, busca autossuficiência em urânio e avalia reatores modulares, mas esbarra em entraves constitucionais e na ausência de gestão técnica especializada. Para especialistas, o país está ficando para trás numa corrida que envolve mais que energia — trata-se de influência geopolítica e poder. (Valor Econômico – 06.10.2025)

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Crise Climática

Deputados pedem mais influência dos parlamentos nas decisões sobre o clima

Às vésperas da COP30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro em Belém (PA), deputados e senadores defendem maior protagonismo do Congresso nas decisões sobre o clima. O evento reunirá líderes globais, cientistas, ONGs e sociedade civil para discutir medidas de enfrentamento às mudanças climáticas, com expectativa de mais de 40 mil participantes. O deputado Nilto Tatto (PT-SP) propôs que os parlamentares sejam reconhecidos como observadores oficiais, ressaltando o papel do Legislativo na implementação e fiscalização dos compromissos climáticos. “Apoiamos uma mobilização que integre diferentes vozes, territórios e experiências de enfrentamento da crise climática”, afirma o parlamentar. O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, sinalizou abertura à ideia. Ademais, algumas comissões da Câmara, como as de Meio Ambiente, da Amazônia e dos Povos Originários, estudam transferir suas atividades para Belém durante o evento. (Agência Câmara de Notícias – 06.10.2025)

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Brasil foca em multilateralismo e fortalecimento do Estado para a COP30

Na preparação para a COP30, que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém, o governo brasileiro destaca o fortalecimento do multilateralismo e da capacidade estatal como pilares centrais para enfrentar a crise climática. Durante o evento “States of the Future”, a ministra Esther Dweck ressaltou a importância de um Estado moderno, tecnológico e eficiente para transformar compromissos ambientais em ações concretas. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, enfatizou a necessidade de preservar a democracia internacional, traduzir o Acordo de Paris em medidas econômicas reais e ampliar a participação de instituições financeiras globais na implementação de políticas climáticas. A conferência deve priorizar tanto a mitigação quanto a adaptação às mudanças do clima, considerando os impactos crescentes de eventos extremos como as enchentes no Rio Grande do Sul. Para o governo, o Brasil está bem posicionado na nova economia verde e quer liderar com propostas práticas e inclusivas. (Valor Econômico – 07.10.2025)

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Lideranças sindicais entregam sugestões para debater transição justa na COP30

Associações sindicais dos setores de petróleo, metalurgia e elétrico apresentarão hoje (7/10), em Brasília, durante o seminário 'Laboratórios de Futuros', 20 propostas conjuntas para debater a transição energética justa antes da COP30 em Belém. Representantes da Fup, SindMetal ABC, Frune e CNU participarão do evento, que contará com figuras como Alice Amorim Voga da COP30, Vinícius Pinheiro da OIT e Anabella Rosemberg da Climate Action Network International. A iniciativa faz parte da 'Caravana do Futuro', em curso desde maio, buscando discutir o modelo energético nacional e defender uma transição justa. As propostas surgiram dos Laboratórios de Futuros da Aurora Lab, com apoio de lideranças sindicais. Deyvid Bacelar, da Fup, ressaltou a necessidade de uma transição energética inclusiva e participativa, enfatizando a importância da população e do Estado no processo. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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Empresas

Eletrobras: Aporte de R$ 48,8 mi na reforma da SE Gravataí (RS)

A Eletrobras investiu R$ 48,8 milhões na reforma da subestação Gravataí, no Rio Grande do Sul, instalando um novo banco de reatores de 525 kV, módulos de conexão e substituindo o reator de reserva. Com a modernização, espera-se um aumento de R$ 8,8 milhões na Receita Anual Permitida (RAP) da CGT Eletrosul, subsidiária responsável pela operação. A energização dos novos equipamentos ocorreu em 30 de setembro. Em julho de 2025, o projeto recebeu aprovação no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), o que dispensou a empresa dos tributos PIS/Pasep e Cofins sobre receita de vendas e importação de máquinas e materiais. Essa desoneração gerou uma economia de mais de R$ 1 milhão nos custos da obra. A Eletrobras afirma que as melhorias foram entregues antes do prazo estipulado pelo órgão regulador. (Megawhat – 03.10.2025)

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Sabesp: Aquisição do controle da Emae por R$ 1,13 bi

A Sabesp anunciou a compra de 70,1% do capital social da Emae por R$ 1,13 bilhão, em contratos firmados com a Vórtx e a Eletrobras. O acordo prevê a aquisição de 74,9% das ações ordinárias por R$ 59,33 e 66,8% das preferenciais por R$ 32,07, com possibilidade de pagamentos adicionais (earnout). A operação, segundo a Sabesp, é estratégica para fortalecer a segurança hídrica da Região Metropolitana de São Paulo, permitindo a integração dos sistemas Guarapiranga e Billings e otimizando a gestão de recursos hídricos. A empresa também destacou que os ativos energéticos da Emae garantem receita estável, com contratos de longo prazo indexados à inflação. Já a Emae afirmou não ter participado das negociações nem integrado os contratos, dizendo ter tomado conhecimento das informações apenas pelos comunicados da Sabesp e da Eletrobras. A transação ocorre após as privatizações da Sabesp, em julho de 2024, e da própria Emae, em abril do mesmo ano. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)


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Sabesp: Aquisição da Emae deve ser concluída no 1º tri de 2026

A Sabesp afirmou que prevê concluir a compra da Emae no primeiro trimestre de 2026. Segundo o diretor de Relação com Investidores, Daniel Slak, a aquisição, no valor de R$ 1,113 bilhão, já havia sido estudada anteriormente e foi acelerada quando a companhia foi procurada pelos atuais acionistas, Vortx e Eletrobras. O principal objetivo da operação é reforçar a segurança hídrica da Região Metropolitana de São Paulo por meio da integração do reservatório Billings, reduzindo custos de transporte e aumentando a eficiência da rede. A compra será realizada com recursos próprios e ainda depende da aprovação de órgãos reguladores, prevista até o fim de 2025. A Emae, que opera o sistema hidrológico da Bacia do Alto Tietê e possui 961 MW de capacidade instalada, passará a ser uma nova unidade de negócios da Sabesp. A companhia também estuda a possibilidade de instalação de painéis fotovoltaicos nas áreas da geradora. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)


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Sabesp pode ajustar valor de compra da Emae conforme ativos e indenização

Na negociação de compra da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) pela Sabesp, que inclui a aquisição de ações preferenciais da Eletrobras, estão previstas cláusulas de "earn-out", permitindo ajustes no preço final conforme eventos futuros. De acordo com o presidente da Sabesp, Carlos Piani, o valor poderá ser revisto com base no estado dos ativos da Emae no momento do fechamento da operação e no possível recebimento de uma indenização pela empresa, relacionada a ativos não amortizados desde sua entrada no regime de cotas em 2022. (Valor Econômico – 06.10.2025)

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Grupo J&F: Processo de aquisição da Roraima Energia é iniciado

O Grupo J&F, controlador da Âmbar Energia, iniciou o processo de aquisição da Roraima Energia, atualmente pertencente à Oliveira Energia. A operação, que também inclui quatro usinas termelétricas — Distrito, Floresta, Monte Cristo Sucuba e Monte Cristo — foi submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Roraima Energia atende cerca de 213 mil unidades consumidoras, e a compra será feita pela Futura Venture Capital, braço do grupo. Segundo a J&F, a aquisição reforça sua expansão na distribuição e gera sinergia com as operações da Âmbar no Amazonas. A Oliveira Energia, por sua vez, segue sua estratégia de desinvestimento. Em 2024, a J&F já havia negociado a compra da Amazonas Energia, cuja transferência de controle foi aprovada pela Aneel em setembro, embora a troca de comando não tenho sido concluída ainda. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

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BTG Pactual: Redução da participação na Aeris Energy

O BTG Pactual comunicou que reduziu para 24,99% sua participação na Aeris Energy. Ao mesmo tempo, os acionistas controladores da empresa ampliaram suas fatias, passando a deter 51,80% do total de ações ordinárias emitidas pela fabricante de pás eólicas. Segundo nota, o incremento da participação dos controladores não tem como finalidade alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da empresa. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)


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Serena Energia: CVM aprova oferta pública para aquisição de ações pela Ventos Alísios

A Serena Energia informou que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a oferta pública de aquisição (OPA) feita pela Ventos Alísios Participações Societárias para comprar as ações em circulação da companhia. A operação, precificada em R$ 11,74 por ação e ajustada pela variação dos Depósitos Interfinanceiros (DI) até a liquidação, tem como objetivo converter o registro da Serena de companhia aberta categoria “A” para “B”, o que resultará em sua saída do segmento Novo Mercado da B3. O leilão da oferta ocorrerá em 4 de novembro de 2025 na B3, sob intermediação do BTG Pactual. Para que a conversão seja efetivada, é necessária a aprovação de acionistas que representem mais de dois terços das ações em circulação; caso contrário, a proposta será retirada e nenhuma ação será adquirida. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)


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Cemig: Inauguração de subestação em Itanhomi

A Cemig anunciou a inauguração da Subestação Itanhomi 1, no Leste de Minas Gerais, com investimento de R$ 50 milhões, dentro do Programa Mais Energia. O empreendimento, com potência de 15 MVA, beneficiará cerca de 93 mil moradores de oito municípios, garantindo maior qualidade e confiabilidade no fornecimento de energia elétrica e capacidade para conectar até 40 mil novas unidades consumidoras. O projeto incluiu também a construção de 39 km da linha de distribuição Governador Valadares 5 – Itanhomi 1. As obras, iniciadas em outubro de 2024 e concluídas em setembro de 2025, seguiram o modelo de Subestação Compacta Integrada (SECI), que otimiza espaço e eleva a eficiência operacional. A unidade é telecomandada pelo Centro de Operação da Distribuição, permitindo manobras e restabelecimento remoto em caso de interrupções. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)


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Fitch mantém notas da Cemig com perspectiva estável

A Fitch Ratings reafirmou as notas de crédito da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) em “BB” para moedas estrangeira e local, e “AAA(bra)” na escala nacional, todas com perspectiva estável. A decisão reflete a base de ativos diversificada da empresa, seu sólido desempenho operacional e perfil financeiro consistente. Embora o programa de investimentos da Cemig deva resultar em queima de caixa e aumento da alavancagem, a agência acredita que esses indicadores seguirão compatíveis com as atuais classificações, com pico previsto para 2027. A Fitch também destaca o comprovado acesso da companhia a recursos para financiar seus investimentos e refinanciamentos. (Valor Econômico – 07.10.2025)

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Alubar amplia fábrica no RS e passa a produzir carretéis de madeira com pinus reflorestado

O Grupo Alubar deu início nova operação em sua fábrica de Montenegro (RS), que, além da produção de cabos elétricos de alumínio, passará a fabricar os carretéis de madeira usados nas embalagens desses produtos. A nova linha atenderá principalmente o consumo interno das unidades da empresa no Brasil. A escolha do local foi motivada pela proximidade com fornecedores de madeira pinus certificada e proveniente de áreas reflorestadas no Sul do país. Segundo o CEO Maurício Gouvêa dos Santos, a iniciativa reforça a autonomia e a eficiência operacional do grupo, garantindo qualidade e competitividade em seus produtos e fortalecendo sua liderança na fabricação de cabos e vergalhões de alumínio na América Latina. (Petronotícias – 05.10.2025)

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Weg expande atuação em transformadores e energia para consolidar liderança global

O presidente executivo da Weg, Alberto Yoshikazu Kuba, durante o Weg Day, afirmou que a empresa está seguindo a mesma jornada de crescimento bem-sucedido no ramo de motores para expandir seus negócios em transformadores e energia. A Weg se tornou a maior empresa de motores do mundo em 2024 e tem investido fortemente nessa área desde 2020, aproveitando as oportunidades geradas pela pandemia de Covid-19. Com quase R$ 5 bilhões investidos em cinco anos, a empresa viu um retorno positivo, destacando que as aquisições estratégicas permitiram o acesso a novos mercados e portfólios. A companhia tem evoluído suas fábricas na China e Colômbia, além de realizar investimentos no Brasil, em cidades como Betim, Gravataí e Itajubá, com foco em oportunidades relacionadas a data centers, transição energética e energia renovável. O executivo destaca que esse movimento estratégico visa posicionar a Weg como um importante player global no setor de energia e transformadores, consolidando sua presença em mercados emergentes e inovadores. (Broadcast Energia – 05.10.2025)

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Weg: 55,1% da ROL veio de produtos desenvolvidos nos últimos 5 anos

O diretor financeiro da Weg, André Rodrigues, durante o Weg Day, revelou que mais de 50% da Receita Operacional Líquida (ROL) de 2024 veio de produtos lançados nos últimos cinco anos. Ele destacou o sucesso da frente de Geração, Transmissão & Distribuição (GTD), prevendo um contínuo crescimento nesse segmento. Já a frente de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais (EEI) teve um crescimento anual de 24% no mercado externo no primeiro semestre deste ano, apesar do ritmo mais lento da indústria. Rodrigues ressaltou a melhoria da margem Ebitda da Weg ao longo dos anos, embora tenha admitido oscilações nos últimos trimestres, consideradas normais. Ele frisa que a empresa tem encontrado oportunidades para impulsionar seu crescimento e se manter competitiva no mercado. (Broadcast Energia – 05.10.2025)


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Leilões

Enel X avalia participação em leilões e vê baterias como chave para energias renováveis

O diretor-geral da Enel X, Francisco Scroffa, revelou durante o Zero Summit 2025 em São Paulo que o Grupo Enel possui experiência e tecnologia em baterias, destacando seu trabalho no Chile, Itália e Estados Unidos. No entanto, ele mencionou que a participação da empresa em leilões no Brasil dependerá das regras estabelecidas, avaliando se é viável. Scroffa enfatizou que as baterias são essenciais para lidar com a intermitência das energias renováveis, juntamente com a digitalização. Além dos leilões, a Enel tem recebido demandas de clientes por baterias para reduzir custos e lidar com questões de demanda. Ele ressaltou que, atualmente, a viabilidade dessas soluções varia de acordo com as tarifas em diferentes estados do país, citando a Bahia como um exemplo onde a utilização de baterias tem sentido econômico. A empresa está atenta às condições do mercado e das distribuidoras para determinar o melhor aproveitamento das baterias em diferentes contextos. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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CelgPar: Leilão de ativos de transmissão arrecadou R$ 227 mi

A CelgPar, estatal de Goiás, realizou no dia 3 de outubro leilão em que quatro ativos de transmissão e geração foram vendidos pela B3, em São Paulo. A arrecadação total ficou próxima a R$ 227,35 milhões, acima do mínimo esperado de R$ 190 milhões. A EDP Transmissão Goiás venceu a disputa pelo Lote A com lance de R$ 83,623 milhões, superando propostas da Órion Transmissão e da Alupar. Os outros três lotes (B, C e D) foram vendidos sem disputa, com apenas uma proposta válida em cada. A Órion Transmissão arrematou 49 % da Pantanal Transmissão (lote B); a Hy Brazil Energia adquiriu 20 % da PCH Fazenda Velha (lote C); e a Neoenergia Renováveis obteve 37,5 % da termelétrica Corumbá III (lote D). O governo de Goiás celebrou o resultado, destacando o ágio acima de 30 % em alguns lotes e reforçando o compromisso com a atração de investimentos privados no estado. (Megawhat – 03.10.2025)

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Neoenergia: Compra de fatia da CelgPar na Corumbá III eleva participação na usina a 85%

A Neoenergia Renováveis adquiriu 37,5% do capital da Energética Corumbá III em um leilão da CelgPar, aumentando sua participação na usina hidrelétrica para 85%. A ECIII detém 40% do Consórcio Empreendedor Corumbá III. Atualmente, a Neoenergia possui 25% do capital da ECIII e 60% da Corumbá III. A empresa pagou R$ 91,84 milhões, sem ágio, pela fatia da CelgPar, sujeito à atualização pelo IPCA. O fechamento da transação depende de condições precedentes, incluindo a não preferência da CEB, que detém a participação restante na ECIII, sendo controlada pela Neoenergia. A empresa destacou que a aquisição reforça sua estratégia de otimização de portfólio, geração de valor e simplificação da estrutura. (Broadcast Energia – 05.10.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Região Norte teve queda de 0,1 p.p e opera com 81,7% da capacidade

A Região Norte apresentou queda de 0,1 ponto percentual, no último domingo, 05 de outubro, segundo oboletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O subsistema está operando com 81,7% da capacidade. A energia armazenada mostra 12.501 MW mês e a ENA aparece com 1.398 MW med, o mesmo que 56% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 73,01%. O subsistema do Nordeste diminuiu 0,1 p.p e opera com 53,4% da sua capacidade. A energia armazenada indica 27.599 MW mês e a energia natural afluente computa 1.232 MW med, correspondendo a 38% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 45,39%. OSudeste e Centro-Oeste baixou 0,2 p.p e está com 49,1%. A energia armazenada mostra 100.455 MW mês e a ENA aparece com 10.421 MW med, o mesmo que 44% da MLT. Furnas admite 40,17% e a usina de Itumbiara marca 49,52%. A Região Sul teve aumento de 0,1 p.p e está operando com 91,8% da capacidade. A energia armazenada marca 18.774 MW mês e ENA é de 12.049 MW med, equivalente a 66% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 98,75% e 93,48% respectivamente. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)

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CCEE: Treinamento para capacitação da equipe da Itaipu Binacional

A CCEE Academy realizou, nos dias 1º e 2 de outubro, um treinamento InCompany para 60 profissionais da Itaipu Binacional, com foco nas regras e práticas do mercado de energia elétrica brasileiro. O curso abordou desde fundamentos como Mercado de Curto Prazo (MCP) e Garantias Físicas Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), entre outros, com simulações e estudos de caso voltados à realidade da empresa. Segundo o presidente do Conselho da CCEE, Alexandre Ramos, a parceria marca um avanço na capacitação do setor, preparando a equipe da Itaipu para um cenário de maior integração com o mercado nacional. O diretor financeiro executivo da hidrelétrica, André Pepitone, destacou que a formação é estratégica diante das mudanças previstas com a revisão do Anexo C e os planos de ampliação da potência e geração solar no reservatório. O treinamento, que uniu teoria e prática, buscou fortalecer a atuação técnica dos colaboradores em um contexto de transformação do setor elétrico. (CCEE – 03.10.2025)


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ONS: Projeção de carga do SIN para outubro diminui de 2,5% para 0,7%

A primeira revisão do Programa Mensal de Operação (PMO) de outubro de 2025 do Operador Nacional do Sistema (ONS) reduziu a projeção de aumento da carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) de 2,5% para 0,7%. O principal motivo foi o recuo de 1,2% no submercado Nordeste, enquanto o Norte manteve alta de 6,5% e Sudeste/Centro-Oeste e Sul registraram leves crescimentos de 0,3% e 0,6%, respectivamente. O custo marginal de operação médio subiu para R$ 302,19/MWh, com o patamar de carga pesada em R$ 312,48/MWh. A geração térmica deve permanecer acima de 11.400 MW médios, sendo 6.486 MW por inflexibilidade e 4.938 MW por ordem de mérito, resultando em custo semanal de R$ 452,5 milhões. Além disso, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste devem encerrar outubro com 46,4% de armazenamento — o menor índice entre os subsistemas — enquanto Sul, Nordeste e Norte devem atingir 87,4%, 49,2% e 68,4%, respectivamente. Já as vazões previstas indicam o menor volume no Nordeste, com 37% da média de longo termo (MLT), e o maior no Sul, com 121%. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

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Casa dos Ventos propõe exportar energia desperdiçada para reduzir curtailment no Brasil

O diretor de comercialização da Casa dos Ventos, Itamar Lessa, sugeriu durante o evento Zero Summit 2025 em São Paulo que uma solução para os cortes de geração renovável, conhecidos como curtailment, poderia ser a exportação da eletricidade que está sendo desperdiçada. Ele mencionou a Exportação de Vertimento Turbinável (EVT) como uma forma de exportar o curtailment das hidrelétricas. Lessa destacou que em um único dia foram cortados 18 mil megawatts (MW) de potência, equivalente ao consumo da Argentina. Além disso, ele propôs atrair demanda para o Brasil, citando o exemplo do Paraguai que atraiu 1 gigawatt (GW) de carga em um ano, principalmente de agentes de mineração de criptomoedas. Lessa enfatizou a necessidade das empresas de energia trabalharem em conjunto com parceiros para atrair demanda de forma inteligente e gerar riqueza, ressaltando que o desafio brasileiro não está na geração de energia, visto que o MWh eólico e solar no país são os mais competitivos do mundo. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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Energias Renováveis

Delta Energia reforça área de biocombustíveis com novo diretor especializado no setor

O Grupo Delta Energia anunciou a chegada de Daniel Goulart como diretor de Biocombustíveis. Segundo a companhia, o executivo traz para a Delta Energia uma experiência robusta, incluindo passagens por grandes tradings e companhias do agronegócio, como ADM, Cofco e Minerva, além de uma trajetória profissional de mais de uma década focada exclusivamente no segmento de biocombustíveis, óleos vegetais e biodiesel. De acordo com o comunicado da empresa, Goulart tem mais de 15 anos de experiência em diversos segmentos e possui diversas qualificações, como a graduação em Agronomia pela UFRP, pós-graduação em Gerenciamento de cadeia de suprimentos e logística pela UFP. Além disso, conta com mestrado em administração de Negócios e doutorado em Administração. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

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Etanol de milho amplia fronteiras com novas biorrefinarias em construção

O etanol de milho está expandindo sua presença no Brasil, avançando agora para a região do Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Com a construção de usinas na região, a capacidade de processamento de etanol chegará a 7,3 mil metros cúbicos por dia. Essa expansão é impulsionada pela baixa presença do etanol na região e pela oferta de matéria-prima, como o milho. A produção de etanol é considerada uma solução para reduzir as emissões de gases poluentes no curto e longo prazo, de acordo com a Agência Internacional de Energia. O Brasil tem 24 biorrefinarias em operação, 18 em instalação e 19 aguardando autorização da ANP. O aumento da mistura obrigatória de etanol na gasolina, além do potencial de uso do milho na aviação e no setor marítimo, impulsionam o crescimento do setor. O mercado internacional também mostra potencial de crescimento, com países como Japão e Índia ampliando suas misturas obrigatórias. O Brasil se destaca pela baixa pegada de carbono no etanol, devido ao uso de biomassa na geração de energia e ao clima tropical favorável para a produção de biocombustíveis. Esses fatores tornam o etanol brasileiro mais sustentável em comparação com o de outros países, como os Estados Unidos. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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Joinville inaugura usina que transforma resíduos em energia e reduz envio a aterros sanitários

A cidade de Joinville (SC) deu um passo importante rumo à sustentabilidade com a inauguração da Usina de Recuperação Energética (URE) da Ambiental Joinville. O empreendimento tem capacidade para transformar 110 toneladas de resíduos por dia em composto destinado à produção de energia elétrica. Com investimento de R$ 127 milhões, viabilizados por meio da tarifa de limpeza urbana, a usina deve reduzir em 25% o volume de resíduos enviados ao aterro sanitário da cidade, contribuindo para ampliar a vida útil do espaço e para fortalecer a agenda de inovação em gestão de resíduos sólidos. Com a nova estrutura, Joinville se posiciona como referência regional em soluções de reaproveitamento de resíduos para geração de energia, abrindo caminho para novos modelos de inovação no setor. (Petronotícias – 03.10.2025)

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Artigo de Fabio Di Lallo, Laura Guzzo e João Klärner: "Brasil ignora seu maior trunfo energético"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Fabio Di Lallo (sócio de Veirano Advogados), Laura Guzzo e João Klärner (advogados de Veirano Advogados) tratam do paradoxo brasileiro no uso das usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs), destacando que, apesar de o país ter tradição, expertise e vasta capacidade geográfica para essa tecnologia de armazenamento de energia, não conta com nenhuma UHR em operação atualmente. Os autores explicam que, diante da crescente participação de fontes intermitentes como solar e eólica, o armazenamento em larga escala se tornou essencial para a estabilidade do sistema elétrico, e que as UHRs, responsáveis por 94% da capacidade mundial de armazenamento, são a solução mais madura e eficaz. Embora avanços regulatórios estejam em curso, como consultas públicas e a previsão de um sandbox regulatório, o progresso ainda é lento e insuficiente frente à urgência da transição energética. O artigo alerta que, sem decisões concretas e políticas que estimulem esses projetos, o Brasil corre o risco de perder protagonismo e continuar arcando com custos desnecessários e maior uso de térmicas, desperdiçando um trunfo estratégico por falta de ação. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2025)

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Artigo de Sydney Ipiranga: "Geração distribuída é uma realidade sem volta"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Sydney Ipiranga (diretor técnico da Associação Brasileira de Geração Distribuida [ABGD]) trata da crítica à percepção de que a geração distribuída (GD) seria uma “salvação” ilusória para o setor elétrico brasileiro, argumentando que essa visão desconsidera dados concretos, benefícios operacionais e avanços regulatórios relevantes. O autor rebate acusações de que a GD se sustenta em subsídios injustos e estatísticas frágeis, mostrando que o modelo, amparado pela Lei 14.300/22, oferece segurança jurídica, reduz perdas técnicas, desafoga a rede em horários de pico e posterga investimentos estruturais. Ipiranga destaca que a GD não é panaceia, mas parte de uma matriz energética moderna e diversificada, com participação ativa do consumidor e potencial de geração de empregos. Exemplo da Austrália é citado para ilustrar como o incentivo à geração e ao armazenamento residencial pode fortalecer a transição energética. Ao final, o autor critica a resistência das distribuidoras em se adaptar, considerando-as o verdadeiro entrave à modernização do setor elétrico brasileiro. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2025)

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Gás e Termelétricas

Tarifa de uso do gasoduto Bolívia-Brasil pode subir 63% e afetar preços

A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), controlada pela Petrobras, solicitou à ANP um aumento de 63% nas tarifas de acesso aos seus dutos, aguardando decisão da agência. A medida afetará o preço do gás natural, segundo a Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace). A proposta reflete a projeção de queda na demanda, mas é contestada por consumidores industriais e setores como o de vidro, que consideram o reajuste desproporcional. A Petrobras afirmou não influenciar nas decisões da TBG após acordo com o Cade, mas o setor de energia acredita que há alinhamento estratégico. A redução da demanda de gás da Bolívia tem impactado a TBG, que busca aumentar as tarifas para compensar. Outras transportadoras de gasodutos propuseram reajustes menores, enquanto a ANP e o MME demonstram preocupação com o aumento de custos do transporte de gás. A Abrace defende que a ANP reconsidere os aumentos e busque reduzir as tarifas para promover a competitividade e o estímulo à indústria nacional. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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Revisão de tarifas de transporte de gás gera impasse entre ANP e mercado

A revisão tarifária conduzida pela ANP para o ciclo 2026–2030 no setor de transporte de gás natural gerou forte tensão entre transportadoras, consumidores e governo. Empresas como TAG, NTS e TBG apresentaram propostas que indicam aumentos expressivos nas tarifas, contrariando expectativas de redução e levantando temores sobre impactos na competitividade industrial. Enquanto as transportadoras defendem a inclusão de investimentos e valores residuais de contratos legados na base de cálculo, entidades como o IBP, Abegás e Abrace criticam a falta de clareza no processo e o risco de judicialização. O Ministério de Minas e Energia afirma trabalhar por uma tarifa justa, mas ainda não há definição sobre quem assumirá o risco de uma eventual redução na demanda, especialmente com a incerteza sobre o futuro das térmicas. As audiências públicas seguem em andamento, com expectativa de conclusão do processo até dezembro. (Valor Econômico – 07.10.2025)

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Petrobras realiza primeira importação de gás natural da Argentina

A Petrobras anunciou recentemente a realização de sua primeira importação de gás natural não convencional da Argentina, proveniente de Vaca Muerta, em parceria com a empresa argentina Pluspetrol. Nessa operação, foram importados 100 mil metros cúbicos de gás, de um total de 2 milhões de metros cúbicos diários previstos no contrato. O gás foi transportado via gasodutos da Argentina até o Brasil, passando pela Bolívia. O acordo entre as subsidiárias Petrobras Operaciones (Posa) e Gás Bridge Comercializadora da Pluspetrol tem como objetivo testar a viabilidade comercial e operacional da operação, abrindo novas oportunidades de importação de gás natural para o Brasil. A Petrobras, através de sua subsidiária Posa, detém participação no campo de Rio Neuquén, onde a produção é predominantemente de reservatórios não convencionais. Essa iniciativa representa um marco importante para a Petrobras, que busca aumentar a oferta de gás natural e promover o desenvolvimento sustentável do mercado energético. A diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, destacou a importância da integração das infraestruturas para viabilizar essa conexão entre a produção argentina e o mercado brasileiro. A empresa planeja realizar mais operações de importação conforme identificar novas oportunidades comerciais, consolidando assim essa nova possibilidade logística e comercial para o setor de gás natural no Brasil. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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TCU analisará processos sobre tributação da renda, 'gás do povo'

O Tribunal de Contas da União (TCU) apresentará uma auditoria sobre a tributação de renda no Brasil, com foco na neutralidade e equidade do sistema tributário, sob a relatoria do ministro Augusto Nardes. Além disso, será avaliada uma representação sobre possíveis irregularidades orçamentárias no programa 'Gás do Povo', que visa alcançar 15,5 milhões de famílias até março de 2026. Na sessão de quarta-feira, os ministros também analisarão processos no setor de transportes, incluindo a relicitação do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) e modificações de carga em áreas portuárias. Entre os itens em votação estão solicitações do Congresso Nacional para investigar contratações de agências de comunicação, atuação de órgãos de transporte aquaviário e portuário, orçamentos de obras rodoviárias, contratos de energia elétrica e possíveis irregularidades no Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). O TCU também acompanhará a estruturação da Agência Nacional de Mineração. Esta série de avaliações e auditorias demonstra o compromisso do TCU com a transparência e a eficiência na gestão pública, buscando garantir a legalidade e a correção nas ações dos órgãos fiscalizados. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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J&F negocia compra de termelétrica da EDF

A J&F, holding da família Batista, está em negociações avançadas para adquirir uma usina termelétrica da EDF localizada no Rio de Janeiro. A transação, que pode atingir até R$ 2 bilhões, despertou o interesse de outros potenciais compradores. No entanto, a J&F ainda não formalizou uma proposta definitiva para a compra. O processo de venda está sendo conduzido pelo Bank of America e encontra-se em estágio inicial. A usina termelétrica em questão é considerada um ativo estratégico no setor de energia, o que torna a operação ainda mais atrativa para os investidores. A possível aquisição pela J&F representa mais um movimento importante dentro do mercado de energia no Brasil, demonstrando o interesse contínuo de grandes empresas em expandir suas operações neste segmento. A conclusão bem-sucedida dessa transação pode impactar significativamente o cenário energético no país, trazendo novas dinâmicas e oportunidades para o setor. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

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Refit volta a rebater ANP e diz que vai constestar laudos apresentados pela agência

As desavenças entre a Refit e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) só aumentam. Depois de contestar a legalidade da interdição da Refinaria de Manguinhos, a empresa agora contesta os laudos de amostras analisadas pela agência reguladora. Segundo a Refit, os documentos estariam foram dos parâmetros técnicos determinados pela própria ANP. Por isso, a refinaria disse que contestará tecnicamente tais laudos nos autos do processo administrativo na ANP e em outras instâncias que forem necessárias. (Petronotícias – 03.10.2025)

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Inovação e Tecnologia

Energy TechTalks: Nova edição discutirá o papel da inovação na transformação do setor

O Energy TechTalks realizará uma nova edição em 23 de outubro com o tema “Energia em Transformação: Inovação Redefinindo o Setor”, promovida pelo CanalEnergia em parceria com a IBM. O webinar discutirá como tecnologias emergentes e inteligência artificial estão transformando o setor energético diante de desafios como eventos climáticos extremos, pressões regulatórias e demanda por fontes sustentáveis. O debate abordará ainda os ganhos de eficiência, produtividade e competitividade gerados pela inovação, com exemplos práticos de aplicação de IA. Participarão do debate Fernando Tavares de Campos Filho, da CCEE, e Rubens Del Monte, da IBM Consulting, com mediação de Pedro Aurélio Teixeira, do CanalEnergia. A inscrição é gratuita. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)

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Biblioteca Virtual

DI LALLO, Fabio; GUZZO, Laura; KLÄMER, João. "Brasil ignora seu maior trunfo energético".

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IPIRANGA, Sydney. "Geração distribuída é uma realidade sem volta".

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