IFE Diário 6.175
Regulação
Ministro Silveira reúne-se com Lula para apresentar projeto de reforma do setor elétrico
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou, na última sexta-feira, 2 de maio, na rede social X (ex-Twitter), que apresentou ao presidente Lula o projeto de reforma do setor elétrico, que foi enviado à Casa Civil e cujas alterações ele próprio havia apresentado em coletiva de imprensa em 23 de abril. Em sua publicação, ele destacou que o projeto tem foco na redução de preços da energia e dos combustíveis para o consumidor. A expectativa é de que o projeto seja apresentado ao Congresso Nacional via medida provisória, conforme comentou o próprio ministro, quando da coletiva aos jornalistas. Ele afirmou, naquela oportunidade, que via clima para que fosse essa a forma de submeter o texto ao crivo do Congresso Nacional. Com isso, as regras propostas pelo Executivo passam a valer assim que publicadas no Diário Oficial da União, e há um prazo para a análise por senadores e deputados. (Agência CanalEnergia - 05.05.2025)
Governo elabora nova política para data centers com foco em desoneração e energia limpa
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo federal está elaborando uma nova política para data centers que antecipará os benefícios da reforma tributária, desonerando investimentos e exportações do setor. Durante viagem aos EUA para divulgar o Plano de Transformação Ecológica e atrair investimentos, Haddad destacou que a proposta também prevê o uso de energia limpa e segurança cibernética, alinhando o Brasil a uma economia digital e verde. Na COP30, o governo pretende apresentar mecanismos financeiros para preservar florestas tropicais, em parceria com instituições como o FMI e o BID, além de desenvolver um mercado internacional de crédito de carbono. Em reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, Haddad iniciou negociações sobre tarifas de importação e promoveu o potencial brasileiro em energia verde e minerais críticos. (Valor Econômico - 06.05.2025)
CDE vai aportar R$ 3,914 bi no programa Luz para Todos
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aprovou a proposta de orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) do Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica – Luz para Todos, para o ano de 2025. A CDE vai desembolsar R$ 3,914 bilhões para o programa que tem orçamento previsto de R$ 4,316 bilhões. De acordo com a Portaria Nº 834, publicada no dia 30 de abril, no Diário Oficial da União, havendo disponibilidade orçamentária, as liberações financeiras previstas para o ano de 2025 poderão ser antecipadas com vistas a dar celeridade à execução do Programa Luz para Todos. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Aneel abre CP para aprimorar regras de comercialização
A Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou em reunião pública de diretoria na última terça-feira, 29 de abril, abertura de Consulta Pública para aprimorar versão do Módulo 16 das Regras de Comercialização a fim de atender a Resolução Normativa 1.093/2024. A resolução estabeleceu critérios e procedimentos para aprovação de Custo Variável Unitário de termelétricas que não possuem mecanismo de reajuste do custo variável fixado em contratos regulados. As sugestões serão recebidas até 13 de junho através do e-mail cp021_2025@aneel.gov.br. As alterações são relativas à atualização mensal do CVU relativo à parcela do “preço de referência” e ao acompanhamento da evolução da recuperação dos custos fixos de cada térmica. A proposta de aperfeiçoamento das regras foi elaborada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
MPF propõe acordo à Eletronorte para reparar impacto da UHE Curuá-Una
O Ministério Público Federal apresentou uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta à empresa Eletronorte para a regularização da licença ambiental da UHE Curuá-Una, em Santarém (PA). A proposta busca corrigir irregularidades identificadas na operação da usina, que vêm causando impactos socioambientais à Terra Indígena Munduruku e Apiaká do Planalto e às comunidades ribeirinhas e extrativistas da região.Uma escuta pública realizada pelo MPF em outubro de 2024 demonstrou graves impactos ambientais, como a poluição das águas dos rios Curuá-Una e Moju, efeitos danosos à saúde humana, com surtos de doenças gastrointestinais e malária, além de interferências na organização social das comunidades tradicionais. A minuta do TAC propõe a regularização da licença ambiental concedida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará para o funcionamento da UHE, sem gerar suspensão da operação. A medida principal prevista é a realização de um diagnóstico socioambiental completo das comunidades e aldeias afetadas pela hidrelétrica. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Transição Energética
Governo quer apresentar arranjos financeiros para serviços ambientais na COP30
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo pretende apresentar na COP30, em Belém, arranjos financeiros avançados para viabilizar o pagamento de serviços ambientais a países pobres que preservam florestas tropicais, além de estar desenvolvendo um modelo de mercado internacional de crédito de carbono. (Valor Econômico - 05.05.2025)
Porto Itapoá economiza 1,8 milhão de litros de diesel com frota sustentável e inovação
O Porto Itapoá, em Santa Catarina, reduziu em 1,18 milhão de litros o consumo de combustível em 2024, evitando a emissão de 4 mil toneladas de gases de efeito estufa. Os resultados vieram de investimentos de R$160 milhões em equipamentos sustentáveis, como 10 RTGs híbridos (que economizaram 890 mil litros de diesel) e 20 Terminal Tractors elétricos (poupando 290 mil litros). Além disso, práticas de manutenção otimizada prolongaram a vida útil de lubrificantes, economizando 15 mil litros de óleo e reduzindo resíduos. Reconhecido como o porto privado mais sustentável do Brasil, o terminal possui certificações como o Selo Ouro do GHG Protocol e I-REC, atestando uso de energia 100% renovável. (Petronotícias – 04.05.2025)
NT2E debate integração de usinas nucleares em sistemas elétricos interligados
A NT2E, maior feira nuclear da América Latina, promoverá em 21 de maio, no Rio de Janeiro, o painel “Operação de Sistemas Elétricos Integrados com Usinas Nucleares”. O evento discutirá os desafios e oportunidades da energia nuclear na transição energética, destacando sua importância para a estabilidade e segurança do suprimento elétrico. Especialistas como Sinval Gama (Eletronuclear), Holger Ludwig (Framatome) e Marcelo Prais (ONS) abordarão aspectos técnicos, regulatórios e operacionais da integração de usinas nucleares em redes complexas, como o sistema brasileiro. Temas como confiabilidade, flexibilidade das redes e experiências internacionais serão debatidos, visando soluções para uma matriz energética mais limpa e eficiente. Inscrições estão abertas no site do evento. (Petronotícias – 04.05.2025)
BRICS realizam primeira reunião sobre energia nuclear para impulsionar cooperação tecnológica
A primeira sessão da Plataforma de Energia Nuclear do BRICS ocorreu na China, reunindo especialistas para discutir melhores práticas e cooperação no setor. Criada em 2024, a plataforma visa compartilhar conhecimentos e promover a energia nuclear como fonte limpa, além de auxiliar na superação de obstáculos em projetos do setor. O evento, organizado com apoio da russa Rosatom, contou com representantes de Brasil, China, Rússia, África do Sul, Irã e outros, além de entidades como a Associação Nuclear Mundial. Os debates abordaram distribuição eficiente de recursos, tendências da indústria e segurança energética. A próxima reunião será no Brasil, em maio de 2025, durante a conferência Nuclear Trade & Technology Exchange. O BRICS, visto como contraponto ao G7, possui cerca de 390 GWe em capacidade nuclear operacional e 66 MWe em construção. (Petronotícias – 03.05.2025)
China vê oportunidade de assumir lugar dos EUA na transição energética global após cortes de Trump
As Filipinas, entre os países do Sudeste Asiático, tem o relacionamento mais incerto com a China: o país está envolvido em uma disputa territorial prolongada e de alto risco com Pequim no Mar do Sul da China, e acusou grupos patrocinados pelo Estado chinês de tentar interferir nas eleições de meio de mandato deste mês. Mas essas tensões, e as preocupações associadas com a segurança nacional, não impediram as Filipinas de recorrer aos chineses para a infraestrutura de energia renovável necessária para seu desenvolvimento —principalmente porque a tecnologia verde fabricada na China é muito mais barata do que a americana e a europeia. "A proposta chinesa foi muito menor do que a dos concorrentes europeus, então para nós foi um despertar", disse Gerry P. Magbanua, presidente da Alternergy, empresa de energia renovável sediada em Manila, relembrando as ofertas que recebeu para construir dois parques eólicos nas Filipinas. (Folha de São Paulo – 05.05.2025)
Crise Climática
MMA: Impasse sobre Autoridade Climática persiste 7 meses após anúncio
Sete meses após ter sido anunciada pelo presidente Lula, a criação da Autoridade Climática segue emperrada por disputas internas dentro do governo e não tem previsão de ser implementada antes da COP30, que será sediada pelo Brasil em novembro. A proposta, tratada como prioridade pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), enfrenta impasses centrais quanto ao seu modelo institucional — se será um órgão independente ou vinculado a alguma pasta, como a própria Casa Civil ou a Presidência da República. A ministra Marina Silva defende que a autoridade deve funcionar como um organismo técnico e autônomo, voltado à prevenção de tragédias climáticas, rompendo com a atual lógica de gestão reativa a desastres naturais. A inspiração do modelo, segundo a ministra, vem de estruturas como a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), com foco em dados e cooperação científica. No entanto, lacunas regulatórias, operacionais e jurídicas ainda impedem a concretização do projeto. A Casa Civil, em particular, sinalizou resistência a um formato que retire funções da Defesa Civil e da Secretaria de Mudança do Clima para centralizá-las numa nova autarquia. (O Globo – 05.05.2025)
Empresas
Petrobras: Vendas de energia elétrica registram queda de 36% no 1º tri 2025
A Petrobras, no primeiro trimestre de 2025, registrou uma queda significativa nas vendas de energia elétrica. O volume comercializado totalizou 606 MW médios, 36% a menos que no trimestre anterior. Esse recuo é explicado por um cenário hidrológico mais favorável, que reduziu a necessidade de acionar usinas térmicas. A venda de disponibilidade térmica também caiu na mesma proporção, devido ao fim de contratos antigos, o que reforça a tendência de menor dependência da geração térmica no país. Já no mercado de gás natural, as vendas recuaram para 40 milhões de m³/dia, impactadas pela menor demanda tanto do setor termelétrico quanto do mercado livre, além do aumento da participação de outros agentes. Apesar disso, a produção nacional de gás se manteve estável, e as importações foram reduzidas. Paralelamente, a petroleira teve um aumento de 5,4% na produção média de óleo, gás natural e líquidos de gás natural (LGN), alcançando 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Não obstante, em linha com seu compromisso com a descarbonização, a companhia reforçou seu foco em práticas sustentáveis, com destaque para o monitoramento de emissões e a chamada pública para a compra de biometano, com contratos previstos para começar em 2026. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Suplente de Mantega assume vaga temporária no Conselho Fiscal da Eletrobras
Durante a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Eletrobras, em 29/4/2025, foi definido que Regis Anderson Dudena, suplente do ex-ministro Guido Mantega, assumirá temporariamente uma vaga no Conselho Fiscal. Mantega havia desistido do cargo na semana anterior, e a União ainda não indicou um substituto definitivo. A nomeação direta da União para uma das cinco vagas no conselho faz parte de um acordo com a Eletrobras para resolver disputas judiciais sobre restrições de voto na empresa. Os acionistas já aprovaram o termo de conciliação, que agora aguarda homologação pelo STF. (Broadcast Energia - 05.05.2025)
Voltalia: Volume de vendas chega a € 113 mi no 1º tri 2025
A Voltalia, no primeiro trimestre de 2025, registrou um crescimento de 2% no volume de negócios, totalizando €113 milhões, mesmo com uma queda de 6% nas vendas de energia. Essa redução foi atribuída a efeitos de preços e à desvalorização do real frente ao euro. No Brasil, a geração de energia aumentou 16%, alcançando 818 GWh, representando a maior parte da produção global de 1,1 TWh. Apesar disso, os cortes de energia (curtailment) chegaram a 10% da produção no país, dentro das previsões da empresa para o ano. O desempenho positivo foi sustentado principalmente pelo crescimento de 19% nos serviços para terceiros, que somaram €42,9 milhões, compensando parcialmente a queda nas vendas de energia. Para 2025, a empresa projeta alcançar 3,6 GW em operação e construção – uma alta de 10% em comparação a 2024 -, sendo 3 GW em operação até o fim do ano, com expectativa de produção total de 5,2 TWh, já considerando os efeitos do curtailment. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Cemig: Distribuição de R$ 3,7 bi em dividendos obrigatórios
A Cemig comunicou, em 30 de abril, que a Assembleia Geral Ordinária (AGO) deliberou a destinação de R$3,7 bilhões em dividendos obrigatórios aos acionistas da companhia. Os valores serão pagos em duas parcelas iguais, sendo a primeira até 30 de junho deste ano e a segunda até 30 de dezembro de 2025. Desse total, a assembleia também ratificou R$1,84 bilhão na forma de juros sobre o capital próprio (JCP), além de declarar outros R$ 1,88 bilhão na forma de dividendos, o que corresponde a cerca de R$0,658 por ação ordinária ou preferencial, para os acionistas registrados em 30 de abril. Já a partir de 2 de maio, de acordo com a Cemig, essas ações passarão a ser negociadas “ex-direitos”. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Cemig: Conclusão de reforços na rede para nova fábrica da Heineken
A Cemig concluiu a entrega da infraestrutura energética para a nova fábrica da Heineken em Passos, no estado de Minas Gerais. O empreendimento viabiliza a operação completa da unidade, que será a primeira do grupo pensada desde o início com foco em sustentabilidade. Além do impacto econômico, a fábrica pretende ser uma referência em práticas ambientais, com foco em eficiência hídrica, uso de tecnologias sustentáveis e ampliação da infraestrutura local de captação de água. A obra foi entregue antes do prazo previsto, com um investimento total de R$ 6,74 milhões, dos quais a Cemig contribuiu com R$ 3,82 milhões. O projeto foi executado em três etapas: construção de uma seção de 138kV e linha de 2 km para energizar a planta principal; reforço do sistema elétrico e 6,25 km de redes de média tensão para alimentar, de forma provisória, as subestações de captação e elevatória de água; e, por fim, a instalação de 7 km de rede protegida. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
CPFL Energia: Assembleia aprova cisão parcial e incorporação da CPFL Geração
A CPFL Energia e da CPFL Geração, na Assembleia Geral Extraordinária (AGO) de 29 de abril, consentiram a a cisão parcial da CPFL Geração, com a incorporação do acervo cindido pela CPFL Energia. Essa operação visa simplificar a estrutura societária e operacional do grupo, reduzindo os níveis de consolidação e custos relacionados. A movimentação aprovada resultará na absorção de 1,8498% da participação acionária da CPFL Geração na CPFL Energias Renováveis pela CPFL Energia, equivalente a 10.983.911 ações ordinárias, e transferirá o controle direto da CPFL Renováveis para a CPFL Energia. Ademais, a cisão não implicará descontinuidade nas atividades da CPFL Geração e será uma substituição contábil sem incremento patrimonial. (Broadcast Energia - 05.05.2025)
CPFL Energia: Aprovação da distribuição de R$ 3,2 bi em dividendos
A CPFL Energia aprovou, em Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada em 29 de abril, a distribuição de aproximadamente R$ 3,219 bilhões em dividendos, o que corresponde a cerca de R$ 2,79 por ação ordinária. O pagamento será efetuado até 31 de dezembro de 2025, em data ainda a ser definida, sem atualização monetária ou acréscimo de juros entre a data da declaração e o efetivo repasse. Os acionistas com posição em 29 de abril de 2025 terão direito aos dividendos, e a partir de 30 de abril as ações passaram a ser negociadas como “ex-dividendo” na B3. A companhia ainda esclareceu que os acionistas com ações registradas no Banco do Brasil — responsável pela escrituração — receberão os dividendos por crédito em conta corrente, conforme os dados cadastrais registrados. Já os detentores de ações na custódia da B3 terão os valores creditados diretamente à entidade, e as instituições custodiante se encarregarão do repasse aos investidores. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
CPFL: Aprovada redução média de 3,66% para a empresa
A Aneel homologou o reajuste tarifário anual da CPFL Paulista com redução média de 3,66% para o conjunto dos consumidores da distribuidora e efeito médio de -3,06% na alta tensão e de -3,93% na baixa tensão. A agência decidiu excluir do processo o pedido da empresa de inclusão de R$ 1,3 bilhão na tarifa dos próximos 12 meses, como ressarcimento de parte de um passivo judicial, em ação transitada em julgado. A CPFL Paulista e a CPFL Energia propuseram o parcelamento em cinco vezes de um total de R$ 4,68 bilhões, em uma ação na qual a Aneel foi condenada por reduzir o valor de um contrato de compra de energia da distribuidora com a CPFL Comercializadora. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Neoenergia: Projeção de RAP total de R$ 1,9 bi no encerramento de 2025
A Neoenergia projeta atingir uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 1,9 bilhão no segmento de transmissão até o fim de 2025, impulsionada por um acréscimo de R$ 900 milhões ao longo do ano. Em conferência de resultados, o CEO Eduardo Capelastegui afirmou que esse crescimento marca a conclusão de um ciclo de investimentos iniciado em 2017. Entre os principais projetos estão o lote Guanabara, com 95% de avanço e previsão de entrega total até o terceiro trimestre de 2025; o Vale do Itajaí, com 87% de progresso e acréscimos significativos à RAP já em 2024; Morro do Chapéu, praticamente finalizado; e Alto Parnaíba, maior projeto da companhia, com grande parcela da RAP a ser liberada no segundo semestre. Ainda na transmissão, a Neoenergia também negociou com o fundo GIC em abril 50% de Itabapoana. A operação faz parte do acordo de preferência nos ativos de transmissão. A transação fez entrar R$ 128 milhões no caixa e desconsolidou R$ 577 milhões da dívida. “Uma operação que agrega muito valor para a Neoenergia e para os acionistas”, declarou o executivo. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Neoenergia PE: Aprovado aumento de 0,61% para a empresa
A Aneel aprovou aumento médio de 0,61% nas tarifas da Neoenergia Pernambuco, com efeito médio de -7,10% para os consumidores conectados em alta tensão e de 3% para os clientes atendidos em baixa tensão. O resultado da revisão tarifária da distribuidora foi homologado nesta terça-feira, 29 de abril, e entrou em vigor ontem mesmo. Por maioria, o colegiado aprovou voto divergente da proposta do relator Fernando Mosna, que previa índice médio de 0,65%, sendo 7,06% na alta tensão e 3,04% na baixa tensão. Acompanhado pelo diretor Ricardo Tili, Mosna votou pela concessão de medida cautelar à distribuidora para desconsiderar a Energisa Acre como benchmark na definição da meta de perdas não técnicas da empresa. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
TAESA: Distribuição de R$ 301,5 mi em dividendos é aprovada
A TAESA aprovou, em 29 de abril, a destinação do lucro líquido do exercício de 2024. O valor de R$ 301,5 milhões em dividendos será pago em duas parcelas: R$ 190,6 milhões em 28 de maio de 2025, e R$ 110,9 milhões em 27 de novembro de 2025 - ambas com base na posição acionária do dia 29 de abril. A partir do dia 30 de abril as ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos” na B3. A destinação do lucro ocorrerá da seguinte forma: R$ 783,5 milhões para reserva de lucros a realizar; R$ 598,6 milhões em proventos pagos ao longo de 2024 e início de 2025, sendo R$ 197,8 milhões em dividendos intercalares e R$ 400,9 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP).(Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Citi: ISA Energia apresentou resultados sólidos e boa execução de capex no 1º tri 2025
A transmissora ISA Energia Brasil teve um desempenho sólido no primeiro trimestre de 2025, de acordo com analistas do banco Citi. O crescimento do Ebitda ajustado foi impulsionado principalmente pela maior Receita Anual Permitida (RAP) de projetos de reforço energizados e pelo controle efetivo de custos. Ainda, apesar de enfrentar maiores despesas financeiras devido à sua posição de dívida bruta e dívidas indexadas ao IPCA, o resultado líquido da empresa foi de R$337 milhões, um aumento em relação às projeções iniciais. A ISA Energia tem mais de R$5,5 bilhões em projetos de reformas aprovados para execução até 2029, além de um robusto portfólio greenfield com R$7,5 bilhões em capex remanescente e R$978 milhões em RAP já autorizado pelo órgão regulador. Apesar disso, o Citi mantém a recomendação neutra para a empresa, com preferência pela Alupar, estabelecendo um preço-alvo de R$26,00. (Broadcast Energia - 05.05.2025)
TTS Energia: Qualidade é o cerne da estratégia para conquistar novos consumidores
A TTS Energia, ante a crescente demanda por energia limpa, confiável e com alto retorno, anunciou a adoção de uma postura mais estratégica em relação à qualidade, elevando essa política ao nível da diretoria. A empresa identificou que, além de soluções técnicas, os grandes consumidores de energia buscam segurança, suporte e previsibilidade nos projetos. Segundo Rui Esteves, diretor de qualidade e inovação, a política de qualidade passou a ser um pilar central na governança e estratégia da companhia, de maneira a promover eficiência, rentabilidade e sustentabilidade. Tal cultura de “Qualidade Total”, de acordo com o executivo, se reflete na redução de retrabalhos, menor custo operacional e maior satisfação dos clientes. A esse respeito, a TSS afirmou manter um processo rigoroso de avaliação de fornecedores, testes e comissionamentos, seguindo normas técnicas nacionais para garantir que todos os sistemas atendam ao desempenho previsto em projeto. E para o CEO Jacques Hulshof, o foco em qualidade tem fidelizado clientes e permitido ampliar os negócios com os mesmos parceiros, sem aumento de custo. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Renova: Grupamento de ações na proporção 2:1 é aprovado
A Renova Energia comunicou, em 30 de abril, a aprovação do grupamento de suas ações na proporção de duas ações para uma, sem alteração no capital social da companhia. A medida foi aprovada em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária e visa reorganizar a base acionária da empresa, mantendo o capital social em R$ 4,7 bilhões. Após o grupamento, o capital será dividido em 372.183.910 ações nominativas, escriturais e sem valor nominal, sendo 309,8 milhões de ações ordinárias e 62,3 milhões de preferenciais. A reorganização será aplicada de forma igualitária a todos os acionistas e titulares de units da companhia, sem impacto nos direitos políticos ou patrimoniais associados às ações. A empresa também afirmou que a operação não implicará qualquer modificação nos valores ou estrutura de capital da empresa. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Leilões
MME define regras para leilão de energia existente em novembro
O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou as diretrizes para um leilão de energia elétrica de usinas já em operação, marcado para 14 de novembro de 2025. O certame incluirá três modalidades: A-1 (fornecimento de 2026 a 2027), A-2 (2027 a 2028) e A-3 (2028 a 2029), realizados sequencialmente na mesma data. O edital não restringe as fontes de geração, permitindo flexibilidade na contratação. O objetivo é garantir suprimento energético de forma planejada e sustentável nos próximos anos. Mais detalhes estão disponíveis no site do MME. (Broadcast Energia - 05.05.2025)
MPF denuncia grupo que lucrou R$ 145,2 mi ilicitamente a partir de fraudes em leilões
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou dez integrantes de uma organização criminosa que obteve R$ 145,2 milhões ilicitamente a partir de fraudes em leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2015 e 2018. O esquema foi descoberto na Operação Skotos deflagrada em 2021. A denúncia foi recebida pela Justiça Federal e os envolvidos responderão por crimes como fraude à licitação, lavagem de dinheiro e entre outros. Com isso, as fraudes se consolidaram a partir de uma empresa de fachada que participava de leilões e atestava capacidade financeira para a construção de usinas de energia solar. Ao ganhar as licitações, o grupo vendia as outorgas de energia a companhias interessadas. A investigação identificou três leilões em 2015,2017 e 2018. Por fim, a Agência esclareceu, em nota, a penalidade de suspensão de participação em leilões e multas na ordem de R$ 247 milhões aos envolvidos. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Aneel reforça transparência e aplica sanções milionárias
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esclareceu, em nota oficial, que, diante da ação judicial sobre fraudes em leilões entre 2015 e 2018, aplicou em 2024 penalidades à empresa envolvida e seus controladores, incluindo suspensão de novos leilões e multas superiores a R$ 247 milhões. O órgão reforçou que seus leilões seguem processos públicos e transparentes, com editais submetidos a Consulta Pública e melhorias constantes para garantir segurança jurídica, competição justa e participação de agentes qualificados. A iniciativa busca assegurar que apenas empresas com capacidade financeira e operacional conduzam projetos licitados, fortalecendo a integridade do setor elétrico. (Aneel – 30.04.2025)
Weg diz estar observando desdobramentos do LRCAP e disserta sobre destravamento do setor
A Weg está de olhos atentos para os próximos desdobramentos do LRCAP para baterias. A perspectiva é de que o certame possa ocorrer apenas em 2026. O leilão é a forma que a empresa vê para o destravamento dos negócios do setor no Brasil. Para o diretor de Finanças e de Relações com Investidores (RI) da Weg, André Salgueiro, o evento é importante para essa tecnologia, afinal, o Brasil teve iniciativas pontuais aplicadas na modalidade de P&D da Aneel. Entretanto, em sua perspectiva, é necessário esperar a formalização das regras para avaliar seu volume de negócios. Em contrapartida, das bateiras, a empresa vem se posicionando no segmento de transmissão e distribuição com investimentos no mercado doméstico e externo. Por fim, em adição aos resultados trimestrais, a Weg informou que a Assembleia geral Ordinária e Extraordinária aprovou o aumento de capital social da empresa para R$ 12,5 bilhões. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
ONS: Carga avança 3,2% em março
A carga de energia verificada em março apresentou avanço de 3,2% em relação ao valor apurado em março do ano passado, e diminuiu 3,3% na comparação com o mês anterior. Segundodados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o acumulado dos últimos 12 meses registra uma variação positiva de 5%, tendo a taxa de crescimento recuado em 0,2 p.p. com relação a variação com 12 meses findos em fevereiro. No quadro abaixo os resultados de cada submercado. Ainda de acordo com o boletim, a variação positiva de 4% da carga ajustada demonstra que os fatores fortuitos tiveram impacto de -0,8 p.p. sobre desempenho no sistema, sendo o resultado influenciado pela ocorrência do carnaval atipicamente em março no ano de 2025, fazendo com que março passe a ter menos dias úteis do que o usual. E especificamente nas regiões Norte e Nordeste, houve observação de anomalia positiva de precipitação no litoral do Maranhão, no Pará, leste do Amazonas, Roraima, além do litoral potiguar e cearense. (Agência CanalEnergia - 05.05.2025)
EPE: Consumo cresce 2,6% em março
De acordo com dados da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo nacional de energia cresceu 2,6% na média em março. O consumo de 49.190 GWh foi o maior mensal de toda a série histórica desde 2004. A classe residencial puxou o resultado, com alta de 3,7%, sendo seguido pelo industrial, com variação de 2,7%. Por região, o Sul teve o maior crescimento, com 3,4%. Norte, com 2,5%; Sudeste, com 2,1%; Nordeste, com 0,9% e Centro-Oeste, com 0,7%, vieram logo atrás. O consumo residencial somou 16.195 GWh, o maior volume já registrado para a classe. O desempenho foi impulsionado pelo tempo quente e seco no Centro-Sul do país, devido ao veranico até meados do mês, o que aumentou o uso de refrigeração e climatização. Por outro lado, nas regiões Norte e Nordeste, as temperaturas estiveram mais amenas em comparação a março de 2024. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Reservatórios iniciam maio em elevação em 3 subsistemas
Os reservatórios de três dos quatro subsistemas apresentaram alta na última quinta-feira, 01 de maio, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. A região Norte apresentou a maior elevação de 0,8 ponto percentual chegando a 97,8% da capacidade de armazenamento. A energia armazenada está em 14.963 MW mês. A energia afluente está em 18.562 MW médios, o correspondente a 73% da média de longo termo. A hidrelétrica Tucuruí está com 99,92% da capacidade. Em seguida vem o Nordeste com elevação de 0,4 p.p para 76,8% de armazenamento. A energia armazenada alcançou 39.696 MW mês. A ENA ficou em 3.886 MWmed, com 57% da MLT. A UHE Sobradinho trabalha com 71,28% da capacidade. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste teve elevação e 0,1 p.p para 70,3% da capacidade. A energia armazenada acumulou 143.790 MWmês e a ENA, 45.658 MWmed, ou 98% da MLT armazenável. A hidrelétrica Furnas tem 69,64% da capacidade e Emborcação, 58,15%. No Sul do país, houve estabilidade no armazenamento, que ficou em 40,1% da capacidade. a energia armazenada ficou em 8.197 MWmês e a ENA em 2.440 MWmed ou 25% da média histórica. A usina G.B.Munhoz ficou em 47,85% da capacidade e Salto Santiago, com 53,06%. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Região Nordeste conta com 76,7% da capacidade
Os reservatórios do Nordeste apresentaram níveis estáveis e estão operando com 76,7% de sua capacidade de armazenamento, na última terça-feira, 29 de abril, se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada marca 39.658 MW mês e ENA de 3.562 MW med, equivalente a 31% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 71,51% A região Norte diminuiu 0,3 ponto percentual e os reservatórios trabalham com 96,8% da capacidade. A energia retida é de 14.809 MW mês e ENA de 19.083 MW med, valor que corresponde a 58% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 98,62%. O submercado do Sudeste/Centro-Oeste cresceu 0,1 p.p e está em 70,1%. A energia armazenada mostra 143.393 MW mês e a ENA é de 47.683 MW med, valor que corresponde a 69% da MLT. Furnas admite 69,49% e a usina de Itumbiara marca 85,95%. Os reservatórios da Região Sul recuou 0,3 p.p e operam com 40,5%. A energia armazenada é de 8.277 MW mês e a energia natural afluente marca 2.878 MW med, correspondendo a 62% da MLT. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 48,02% e 45,84% respectivamente.(Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Região Norte diminuiu 0,2 p.p e opera com 97,3% da capacidade
A Região Norte apresentou queda de 0,2 ponto percentual, no último domingo, 27 de abril, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O subsistema está operando com 97,3% da capacidade. A energia armazenada mostra 14.895 MW mês e a ENA aparece com 17.816 MW med, o mesmo que 60% da MLT. A UHE Tucuruí segue com 98,77%. O subsistema do Nordeste teve níveis estáveis e opera com 76,5% da sua capacidade. A energia armazenada indica 39.522 MW mês e a energia natural afluente computa 4.209 M MW med, correspondendo a 59% da MLT. A hidrelétrica de Sobradinho marca 70,58%. A região Sudeste e Centro-Oeste subiu 0,1 p.p e está com 70,5%. A energia armazenada mostra 144.201 MW mês e a ENA aparece com 42.504 MW med, o mesmo que 91% da MLT. Furnas admite 69,71% e a usina de Itumbiara marca 86,92%. A Região Sul teve níveis estáveis e está operando com 39,8% da capacidade. A energia armazenada marca 8.137 MW mês e ENA é de 2.288 MW med, equivalente a 24% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 48,02% e 45,69% respectivamente.(Agência CanalEnergia - 05.05.2025)
CMO médio no Norte e Nordeste volta a ficar no zero
O custo marginal de operação médio voltou a descolar entre o Sudeste/ Centro-Oeste e Sul do Norte e Nordeste. Depois de uma semana de valores acima de R$ 110 por MWh nos quatro submercados, os dois primeiros apresentaram CMO médio de R$ 244,95 por MWh enquanto os dois últimos voltaram a ficar zerados. A projeção de carga para o mês cresceu na primeira revisão semanal do PMO de maio. Agora a previsão é de alta de 1,9% ante o mesmo período do ano passado, nível 0,2 ponto porcentual a mais do que estava esperado pelo ONS na semana passada. O maior índice de crescimento está no Norte com 5,3%, seguindo do Sul com previsão de alta de 4,1% enquanto no Nordeste é esperada elevação de 3,6% e no SE/CO o maior centro de carga do país, é esperada leve alta de 0,3%. Já as vazões continuam em nível abaixo da média de longo termo, mas em um patamar mais elevado do que na semana passada. No SE/CO, a previsão de ENA aumentou para 86% da MLT, o mais alto do país. No Norte é esperada energia natural afluente equivalente a 70% da média, no Sul é de 49% e no NE está em 39% ao fechamento e maio. (Agência CanalEnergia - 30.04.2025)
Energia injetada nas distribuidoras Equatorial sobe 1,6% no 1º tri 2025
A energia injetada na rede das distribuidoras da Equatorial Energia teve um aumento de 1,6% no primeiro trimestre do ano, chegando a 17.701 GWh. Já a energia distribuída teve um aumento de 2,4%, com 14.699 GWh. De acordo com a companhia, a energia injetada continua com viés de alta, apesar de partir de uma base de comparação maior, enquanto a energia distribuída reflete a efetividade do trabalho de combate a perdas do grupo. Na geração, a energia gerada líquida registrou uma subida de 42,8%, indo a 1.169,0 GWh, sendo 921,3 GWh das EOLs e 247,7 GWh das UFVs. O constrained-off do trimestre foi de 169,6 GWh ou 12,7% do potencial da geração. Na região Norte, a distribuidora do Pará, viu uma subida de 0,1% na energia injetada, enquanto no Amapá registrou uma redução de 7,8%, por conta do aumento das chuvas no estado. Na energia injetada, o Pará apresentou recuo de 1,5%, enquanto o Amapá apresentou uma baixa de 0,1%. No período, a energia injetada pela mini e microgeração alcançou 8% no Pará e 5,3% no Amapá em relação ao total. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Inovação e Tecnologia
Empresas japonesas desenvolvem IA para monitoramento de infraestrutura energética
Fabricantes japoneses de eletrônicos, como Mitsubishi Electric, Hitachi, SMK e Oki Electric Industry, estão desenvolvendo tecnologias de monitoramento remoto e inteligência artificial para inspecionar e manter infraestruturas de energia de forma mais eficiente, diante do envelhecimento da força de trabalho e da crescente demanda por manutenção, especialmente no setor de energias renováveis. Esses sistemas permitem detectar falhas automaticamente, integrar dados operacionais e reduzir a necessidade de inspeções manuais, aumentando a precisão e diminuindo custos. As inovações incluem sensores para identificar vazamentos ou afrouxamento de parafusos, análise de imagens por IA, e cabos submarinos inteligentes, contribuindo para a segurança, estabilidade e sustentabilidade da infraestrutura energética no Japão. (Valor Econômico - 06.05.2025)
Energias Renováveis
Engie lança CP para financiar inovação com foco em usinas solares
A Engie Brasil lançou o desafio InovaSolar, uma chamada pública para financiamento de projetos de inovação com foco em soluções para usinas solares. Podem participar Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), universidades, startups, empresas de base tecnológica e consultorias sediadas no Brasil. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.engie.com.br/edital-inovasolar até o dia 9 de junho. As propostas selecionadas farão parte de um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), gerenciado pela Engie e executado no âmbito do Programa de PD&I da Aneel, com o tema “Eficiência operacional e na geração de energia dos parques solares no Brasil”. O edital não definirá limites de valores máximos para as propostas apresentadas, porém a razoabilidade dos custos frente ao escopo de pesquisa será um dos critérios para seleção dos projetos. Serão priorizados projetos e empresas com CNPJ das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Crescimento global das renováveis em 2024 ainda é insuficiente para meta da COP28
Em 2024, o mundo adicionou 585 GW de capacidade renovável, um crescimento anual de 15,1%, o maior desde 2000, mas ainda insuficiente para atingir a meta da COP28 de triplicar essa capacidade até 2030 e limitar o aquecimento global a 1,5°C. A Irena alerta que, no ritmo atual, o planeta chegará a 10,4 TW, abaixo dos 11,2 TW necessários, exigindo uma taxa de crescimento de 16,6% ao ano. O avanço permanece concentrado em países do G20, especialmente na Ásia, liderada pela China, enquanto regiões como África e Oriente Médio ficam para trás. A energia solar, com 452 GW adicionados, liderou a expansão (32,2%), seguida pela eólica, e juntas responderam por 96% do crescimento. A desigualdade geográfica e o financiamento insuficiente, especialmente para países em desenvolvimento, seguem como grandes desafios a serem enfrentados na COP30. (Agência Eixos – 05.05.2025)
Aneel libera 39,35 MW para operação comercial
A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou para início da operação comercial, a partir de 30 de abril, a UG3, da UTE Cooper-Rubi, com 30 MW de capacidade instalada; a UG1, da UFV Docile, com 0,35 MW; as UG7 e UG9, da EOL Serra do Assuruá 9, com 9 MW. No total, para operação comercial, foram liberados 39,35 MW de capacidade instalada. Para operação em teste foram liberadas as UG1, UG2 e UG3, da UFV Itatex, com 1,08 MW. (Agência CanalEnergia - 05.05.2025)
Mercado Livre de Energia Elétrica
Volt Robotics: Novo modelo proposto para o setor elétrico beneficia pequenos consumidores
A análise da consultoria Volt Robotics sobre o novo modelo do setor elétrico brasileiro proposto pelo governo destaca que os pequenos consumidores serão os mais beneficiados, com uma possível redução nos custos de energia entre 8% e 16%. A principal mudança que impulsiona essa redução é a abertura total do mercado livre, prevista para ocorrer entre 2027 e 2028, permitindo que esses consumidores deixem de comprar energia das distribuidoras, tipicamente mais cara. Além disso, o novo modelo propõe o rateio dos encargos entre todos os consumidores, incluindo os do mercado livre, o que atenuaria a oneração dos pequenos consumidores. Ainda segundo a análise, a proposta de reforma beneficiaria também as distribuidoras, que seriam "blindadas" dos impactos negativos em caso de migração de clientes para o mercado livre. E a introdução de novas modalidades tarifárias seria outro fator que ofereceria vantagens para consumidores e comercializadores, ampliando as oportunidades de negócios no setor. Por outro lado, a reforma teria impactos negativos para os grandes consumidores, que enfrentariam um aumento nos custos de energia entre 7% e 12%, além da perda de descontos atualmente oferecidos pelos geradores incentivados. (Agência CanalEnergia - 02.05.2025)
Koppert Brasil: Consumo 100% renovável e migração para o ACL
A Koppert Brasil reduziu em 30% seus custos com energia elétrica após migrar para o mercado livre e adotar o consumo de energia 100% renovável. A mudança para fontes renováveis como energia eólica, solar, biomassa e hidrelétrica permitiu que suas unidades de produção, distribuição e formulação operassem de maneira carbono zero no consumo de eletricidade, alinhando a companhia com metas globais de governança ambiental, social e corporativa (ESG). A iniciativa, segundo a gerente de produção da companhia, Juliana Longatto, fortaleceu o fluxo de caixa da empresa e reforçou seu compromisso com a sustentabilidade. Ainda, de acordo com a executiva, a empresa planeja repassar esses ganhos com a redução nos custos de energia ao consumidor ou investir em novos projetos sustentáveis. Longatto também pontuou que, além dos benefícios econômicos, a transição energética fortaleceu a imagem da Koppert Brasil no mercado, especialmente no setor agrícola, ao posicionar a empresa como uma aliada da agricultura sustentável. (Agência CanalEnergia - 05.05.2025)
Artigo de Leandro Pedrosa: “Os desafios do mercado livre de energia: educar, converter e fidelizar não é tão simples quanto parece”
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Leandro Pedrosa (sócio da Flow Executive Finders) aborda entraves à liberalização do mercado brasileiro de energia elétrica, sobretudo na temática da interface e comunicação com os agentes. O autor pontua que, apesar de representar uma alternativa econômica, sustentável e estratégica para empresas que buscam maior previsibilidade nos custos, a abertura do mercado de energia enfrenta obstáculos relevantes, como a volatilidade regulatória, alto custo de aquisição de clientes e a falta de compreensão do público sobre seus benefícios. E para vencer esses desafios, segundo Pedrosa, as comercializadoras precisam de líderes com experiência sólida, visão estratégica e capacidade de operar agendas complexas. Ele argumenta que o segmento exige executivos que entendam que estão lidando com um público em fase de educação e construção de confiança. O histórico de outros setores — como telecom — mostra que a adoção acelerada depende menos do preço e mais da reputação, clareza e estrutura do serviço prestado. Por fim, o autor pondera que as empresas que derem o primeiro passo, desde que com base em um plano bem estruturado e liderança qualificada, sairão na frente em um mercado com enorme potencial, mas que exige maturidade e responsabilidade para crescer de forma sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 06.05.2025)
Gás e Termelétricas
Petrobras eleva capacidade de processamento de gás, aumenta oferta e diminui dependência
Entrou em operação comercial o segundo módulo da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo de Energias Boaventura, localizado em Itaboraí (RJ). Segundo a Petrobras, a capacidade total de processamento da unidade agora atinge 21 milhões de m³ por dia. A Unidade integra o Projeto Rota 3, trata-se de um artifício que gera gás natural, gás liquefeito de petróleo e C5+. Com isso, desde novembro de 2024, a empresa opera o complexo, contribuindo para o aumento da oferta ao mercado doméstico e reduzindo a dependência internacional. Além disso, a companhia está trabalhando em projetos como duas termelétricas para participação nos leilões do setor. (Agência CanalEnergia - 05.05.2025)
Biblioteca Virtual
PEDROSA, Leandro. “Os desafios do mercado livre de energia: educar, converter e fidelizar não é tão simples quanto parece”.
Acesse o texto clicando no link.