IFE Diário 6.158
Mercado Livre de Energia Elétrica
MME autoriza importação de energia do Paraguai para o mercado livre
O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou, em 2 de abril, a importação de energia do Paraguai para oito comercializadoras que operam no mercado livre de energia. A eletricidade será transmitida através da subestação Margem Direita, na Usina Hidrelétrica Itaipu, com um nível de tensão de 500 kV. A importação terá um limite de 120 megawatts médios mensais e será regida por contratos no ambiente de contratação livre, sem comprometer a segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN). A comercialização seguirá as diretrizes da CCEE e será supervisionada pela Aneel. As comercializadoras autorizadas incluem empresas como Santander, Eneva, Cemig e Copel. (Agência Eixos – 02.04.2025)
CCEE: Trilha de aprendizado da comercialização varejista tem novos conteúdos
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) está promovendo uma nova atualização da trilha de aprendizado com enfoque nas operações que envolvem a comercialização varejista. A ação mira capacitar tanto os agentes quanto os representados para a melhor compreensão dos processos essenciais para uma gestão eficaz de migrações, contratos e habilitações. E os novos conteúdos foram inseridos para assegurar que varejistas e consumidores saibam conduzir situações que podem surgir quando há, por exemplo, o encerramento do contrato entre o varejista e o cliente. Dessa forma, as novas aulas abordam os itens: Encerramento da Representação; Resilição e Resolução Contratual; e Suspensão de Fornecimento. Segundo a CCEE, essas novas aulas fazem parte do módulo de “Gestão da Representação” da ementa tradicional, além de estarem disponíveis no módulo “Ações do Representado na Comercialização Varejista”. Destaca ainda que cada sessão é detalhada com exemplos práticos, incluindo simulações de datas, para facilitar o aprendizado e garantir que o aluno compreenda esses conceitos extremamente importantes para o setor. (CCEE – 02.04.2025)
Museu do Amanhã e Cidade das Artes migram para o mercado livre de energia renovável
O Museu do Amanhã e a Cidade das Artes começaram a ser abastecidos com energia renovável após migrarem para o mercado livre de energia, como parte do projeto "Rio de Energia Verde", da Prefeitura do Rio de Janeiro. Essa iniciativa deve gerar uma economia estimada de R$ 5 milhões em 60 meses. A comercializadora Matrix, vencedora da licitação, fornecerá energia para os dois equipamentos culturais. O projeto, iniciado em 2022, já incluiu outros órgãos públicos, como o Centro Administrativo São Sebastião e unidades de saúde, e agora será expandido para a Câmara Municipal e 74 escolas municipais. Ao todo, já foram contratados mais de 500 mil MWh de energia renovável. (Valor Econômico - 03.04.2025)
Regulação
Curso GESEL: “Sistema de Armazenamento de Usinas Hidrelétricas Reversíveis: Conceitos & Fundamentos Centrais”
Em maio, o GESEL irá realizar o curso “Sistema de Armazenamento de Usinas Hidrelétricas Reversíveis: Conceitos & Fundamentos Centrais”. A primeira aula está prevista para o dia 6 de maio. O Ministério de Minas e Energia ao promover o Seminário sobre Sistemas de Armazenamento Hidráulico (em 20/03/25) lançou as bases para a incorporação das UHR no Sistema Interligado Nacional. Trata-se de uma decisão estratégica de política setorial em função da necessidade crescente de capacidade de armazenamento e da possibilidade concreta de reativar investimentos na cadeia econômica das hidroelétricas. O curso tem 16 horas de carga horária total. Serão 8 aulas de 2 horas cada, duas vezes por semana, sempre das 18h às 20h, versão on-line síncrono. As aulas serão ministradas pelos mais qualificados professores – Gesel-UFRJ, Unicamp – e especialista do Brasil. Bibliografia própria derivada de três projetos de PD&I/Aneel já concluídos com livros, estudos publicados e artigos. Caso tenha interesse em participar, favor preencher o formulário, pois as vagas são limitadas. Saiba mais e inscreva-se aqui: https://forms.gle/AEMXTBTthkVv4ZWd7 (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2025)
GESEL publica TDSE 133 “As experiências internacionais dos aprimoramentos regulatórios das concessões de distribuição de energia elétrica”
O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 133, intitulado “As experiências internacionais dos aprimoramentos regulatórios das concessões de distribuição de energia elétrica”. O documento analisa três questões estratégicas para a modernização do Setor Elétrico Brasileiro: renovação das concessões de distribuição, separação entre distribuição e comercialização, e abertura total do mercado. Estruturado em cinco capítulos, o estudo examina o conceito de concessão, as mudanças nos modelos de governança europeus, os efeitos das reformas para a transição energética (incluindo digitalização e resiliência climática), faz um balanço de 30 anos de liberalização, e apresenta conclusões sobre tendências futuras. O objetivo é trazer a experiência da União Europeia e OCDE como contribuição para as decisões estratégicas que serão tomadas no Brasil. Acesse o estudo aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2025)
GESEL publica TDSE 134 “Análise jurídica e regulatória acerca das cláusulas de matriz de riscos e de renúncia a ações de qualquer natureza: contribuições à prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica”
O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 134, intitulado “Análise jurídica e regulatória acerca das cláusulas de matriz de riscos e de renúncia a ações de qualquer natureza: contribuições à prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica”. O documento apresenta uma contribuição do Gesel/UFRJ à Consulta Pública nº 027/2024 da ANEEL sobre a minuta do Termo Aditivo para prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica com vencimento entre 2025 e 2031. A análise foca em dois aspectos principais: A Cláusula Décima Quinta, sobre alocação de riscos entre Poder Concedente e concessionário – o texto propõe aprimoramentos para maior clareza, em conformidade com o Decreto nº 12.068/2024. A Cláusula Décima Oitava, relativa à renúncia de ações judiciais e direitos preexistentes – o documento critica esta cláusula por não ter base no Decreto e por violar o princípio constitucional da inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV, CF/1988). O presente estudo argumenta que a ANEEL extrapolou seu poder regulamentar ao incluir dispositivos sobre renúncia judicial não previstos no Decreto, recomendando a supressão das subcláusulas questionadas. Acesse o estudo aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2025)
Curso GESEL: “Gás Natural e seu futuro na atual transição energética”
Em abril, o GESEL irá realizar o curso “Gás Natural e seu futuro na atual transição energética”. A primeira aula está prevista para o dia 24 de abril. Ao longo do curso, os participantes terão a oportunidade de adquirir conhecimentos gerais sobre a indústria de gás natural, sua importância para a matriz energética brasileira e os desafios e oportunidades do setor na transição energética. O curso terá 12 horas de carga horária total. Serão 6 aulas de 2 horas cada, às terças-feiras e quintas-feiras, sempre das 19h às 21h, versão on-line síncrono. As aulas serão ministradas pelo professor Marcello Matz. O curso tem com público-alvo agentes do Setor Elétrico interessados no tema. Ao final da capacitação será emitido um certificado aos participantes que cumprirem os requisitos de participação e de aproveitamento previstos. Saiba mais e inscreva-se aqui: https://forms.gle/ozMAMjEzwvpjwwD89 (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2025)
Transição Energética
Projeto de lei que securitiza ativos ambientais avança no Senado
O senador Fernando Dueire (MDB-PE) registrou, em 1 de abril, a aprovação do Projeto de Lei 3.433/2024 de sua autoria, que permite que créditos ambientais sejam transformados em títulos negociáveis no mercado financeiro. A medida, assim, mira ampliar as possibilidades de financiamento sustentável no Brasil. Segundo Dueire, essa inovação pode atrair investidores e impulsionar a preservação do meio ambiente, ao mesmo tempo em que gera emprego e renda. Além disso, destacou que a medida está em sintonia com o marco regulatório do mercado de carbono - Lei nº 15.042/24 - e com os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil na área ambiental. A proposta que regulamenta a securitização de ativos ambientais foi aprovada na Comissão de Infraestrutura (CI) e segue agora para análise da Comissão de Meio Ambiente (CMA). Em seguida, será examinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em caráter terminativo. (Agência Senado – 01.04.2025)
Seminário sobre a COP30 Amazônia reúne especialistas e autoridades em Belém
Em Belém (PA), iniciou-se o projeto "COP30 Amazônia", com o primeiro evento do seminário sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorrerá em novembro na capital paraense. O seminário, promovido pelos jornais Valor, "O Globo" e a rede de rádio CBN, visa debater temas cruciais sobre a crise climática, com discussões sobre as expectativas para a COP30, o papel do Brasil e a inovação na Amazônia. Entre os participantes estão autoridades como Ana Toni, do Ministério do Meio Ambiente, e especialistas de diversas áreas, que debaterão tópicos como transição energética, a importância da Amazônia e a contribuição da iniciativa privada para a região. O projeto incluirá reportagens, entrevistas e eventos paralelos ao longo do ano, com o objetivo de apresentar as mudanças climáticas sob diferentes perspectivas e destacar a relevância do Brasil na agenda global de sustentabilidade. O evento também será transmitido ao vivo pelas redes sociais. (Valor Econômico - 03.04.2025)
Indústria de petróleo e gás no Brasil quer participar das discussões da COP30
A indústria de petróleo e gás no Brasil quer participar ativamente das discussões da COP30, em Belém, em novembro, destacando seu papel na transição energética. O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) apresentou um estudo que propõe critérios para a transição energética brasileira, apontando que, apesar de o Brasil ter uma capacidade moderada de transição, pode avançar assertivamente na mudança da matriz energética. Executivos como Sylvia dos Anjos, da Petrobras, e Viviana Coelho, da mesma empresa, enfatizaram as dificuldades de um produtor de petróleo em substituir essa fonte por energias renováveis devido à perda de receitas governamentais. Embora reconheçam o impacto dos combustíveis fósseis no aquecimento global, representantes da indústria afirmam que o setor deve ser parte da solução, defendendo investimentos em biocombustíveis e outras energias renováveis. A discussão também envolve desafios como o aumento da demanda por petróleo, que exige ajustes na oferta de energia. (Valor Econômico - 03.04.2025)
Acordo entre Gás Verde e Henkel avança em direção à redução do efeito estufa no Brasil
A Gás Verde fechou contrato com a Henkel para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em sua fábrica no Brasil. O acordo prevê o fornecimento de 1,8 milhão de m³ de biometano por ano, reforçando o compromisso com a sustentabilidade no setor químico. A operação terá início em maio de 2025. A utilização deste combustível é projetada para evitar a emissão de aproximadamente 3.096 toneladas de gases poluentes. Esse movimento contribui para as metas da Henkel de redução das emissões até 2045. Por fim, a Gás Verde conta com duas plantas em operação no país, sendo uma no Rio de Janeiro e em São Paulo. (Agência CanalEnergia - 01.04.2025)
REN21: Ramón Méndez Galain é eleito o novo presidente da organização
O comitê diretivo da REN21 elegeu Ramón Méndez Galain como novo presidente da organização. A eleição do executivo, conforme comunicado, traz perspectivas promissoras para implementar a nova visão e estratégia da REN21, que visa construir sociedades equitativas e prósperas. A visão e a estratégia posicionam as energias renováveis como a espinha dorsal do desenvolvimento econômico, da industrialização e da segurança energética em uma nova era renovável. Ex-secretário de Energia do Uruguai, Galain foi responsável pela transformação do setor energético do país, alcançando 98% de renováveis no mix. Sua gestão também garantiu acesso à eletricidade para quase 100% dos lares uruguaios e gerou 50 mil empregos, representando 3% da força de trabalho do país. (Agência CanalEnergia - 02.04.2025)
Artigo de Thelma Krug, Paulo Artaxo, Jean Ometto, Bráulio Borges, Roberto Kishinami e Eduardo Assad: "O ‘mutirão’ para o sucesso da COP30"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Thelma Krug (vice-presidente do IPCC 2015-2023), Paulo Artaxo (coordenador do CEAS USP), Jean Ometto (pesquisador sênior no INPE), Bráulio Borges (economista da LCA), Roberto Kishinami (especialista sênior no iCS) e Eduardo Assad (pesquisador da FGV/GV Agro) tratam dos desafios da COP30, que ocorrerá em Belém do Pará, e da necessidade urgente de uma “virada” nas ações globais contra o aquecimento climático. A COP30 busca avançar nos mecanismos do Acordo de Paris, especialmente na precificação do carbono e nas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Os autores ressaltam que a colaboração entre governos, setor privado e sociedades é fundamental para garantir um futuro sustentável, destacando o papel crucial dos países do G20, que concentram a maior parte das emissões. Além disso, enfatizam a importância de aumentar o financiamento climático e as ambições de corte de emissões, propondo que os maiores emissores de GEE se comprometam com metas mais ambiciosas, como a neutralidade de carbono até 2050. A implementação eficaz dessas ações é essencial para evitar o colapso climático e alcançar os objetivos do Acordo de Paris. (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2025)
Crise Climática
Exploraçao petrolífera na região amazônica coloca compromissos climáticos em cheque
A expansão da exploração petrolífera na Amazônia representa uma ameaça significativa às metas climáticas globais, aumentando a extração de combustíveis fósseis em um momento crítico para a redução das emissões de carbono. A região concentra quase um quinto das descobertas mundiais de petróleo entre 2022 e 2024, segundo o Monitor de Energia Global, o que impulsiona sua transformação em uma nova fronteira da indústria fóssil. Para o InfoAmazonia, apesar do potencial econômico, essa expansão é incompatível com os compromissos internacionais de descarbonização e coloca em risco ecossistemas essenciais para a regulação climática global. A exploração na Foz do Amazonas, por exemplo, foi barrada pelo Ibama devido a riscos ambientais, incluindo a destruição de manguezais e recifes marinhos. Além disso, a extração de petróleo na Amazônia tem histórico de impactos severos, como vazamentos recorrentes no Equador e sobreposição de blocos exploratórios a terras indígenas e áreas protegidas em toda a região. O avanço dessa atividade, destarte, reforça um modelo extrativista que não apenas impulsiona o desmatamento e a degradação ambiental, mas também compromete os esforços globais para conter o aquecimento climático. (Folha de São Paulo – 01.04.2025)
Empresas
Neoenergia PE: Captação de R$ 700 mi com debêntures
A Neoenergia Pernambuco anunciou o encerramento da oferta pública de sua 15ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações. A operação movimentou R$ 700 milhões e teve como objetivo captar recursos para investimento em infraestrutura de distribuição de energia elétrica na área de concessão da empresa. Um dos principais recipientes dos aportes será o projeto que está em andamento desde janeiro de 2023 e tem conclusão prevista para dezembro de 2025, com investimentos estimados em R$ 2,8 bilhões. (Agência CanalEnergia - 01.04.2025)
Renova Energia: Controladores transferem ações para novo fundo de investimento
A Renova Energia recebeu o termo de dação de seus acionistas controladores Renato do Amaral Figueiredo e Caetité Participações, informando que as duas partes transferiram as ações ordinárias e preferenciais de emissão da companhia para o novo veículo de investimento: o Fundo de Investimento em Participações Macaúbas (FIP Macaúbas). Desta forma, o FIP passa a deter 17.005.440 ações ordinárias e 4.933.936 preferenciais da empresa. Segundo as correspondências, o movimento não objetiva a alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa. (Agência CanalEnergia - 02.04.2025)
Copel: Avanço no desinvestimento em ativos de geração de pequeno porte
A Copel anunciou, em 31 de março, a conclusão parcial do desinvestimento em ativos de geração de pequeno porte, totalizando R$ 219,5 milhões, o equivalente a 49% da transação, após o cumprimento das condições precedentes. Segundo a companhia, o valor do desinvestimento dos demais ativos será recebido conforme atendimento às condições precedentes usuais estabelecidas no contrato de compra e venda de ações (CCVA). (Agência CanalEnergia - 01.04.2025)
EMAE: Nova Diretoria Financeira e de Relações com Investidores
A EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) informou que Eduardo Silva apresentou sua renúncia ao cargo de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, com efeitos a partir de 31 de março de 2025. O cargo será assumido de forma interina por Gustavo Nasser Moreira, diretor da companhia, acumulando funções com as atualmente desenvolvidas. De acordo com a companhia, Moreira possui mais de 26 anos de experiência em liderança de áreas como FP&A, M&A e Planejamento Estratégico, com passagens por Energisa, Light, Mercedes-Benz e Coca-Cola. (Agência CanalEnergia - 02.04.2025)
IBRAC: Chegada de Fernando Prata como novo CEO
A IBRAC (Indústria Brasileira de Condutores Elétricos) anunciou a nomeação de Fernando Veiga Prata como novo Diretor Presidente (CEO). Economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com Mestrado e Doutorado em Economia pela University of Southern California (USC), Prata conta com experiência em gestão estratégica e finanças internacionais, consolidada ao longo de mais de 20 anos de atuação no mercado global. Segundo a empresa, com a chegada do executivo, será possível reforçar o compromisso de entregar produtos de qualidade com atendimento personalizado nos mercados nacional e internacional. (Agência CanalEnergia - 02.04.2025)
EPE: Conquista do Selo Ouro de Empresa Amiga da Mulher
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) conquistou o Selo Ouro de Empresa Amiga da Mulher. A iniciativa, promovida pelo governo do estado do Rio de Janeiro, visa reconhecer empresas que adotam práticas para o desenvolvimento da igualdade de gênero no ambiente de trabalho. No processo de obtenção do selo, além de apresentar as diversas investidas que são realizadas regularmente no Programa de Qualidade de Vida da EPE, a estatal assinou uma carta comprometendo-se a atuar para a prevenção e erradicação da violência de gênero praticada no ambiente de trabalho, priorizando ações como: sensibilizar e capacitar colaboradores acerca da importância de prevenir e erradicar toda forma de discriminação de gênero; divulgar canais de denúncia e acolhimento à vítima de violência; orientar mulheres em situação de violência doméstica e familiar para que possam escolher as alternativas que melhor lhes garantam proteção e segurança, com amparo legal. Além disso, a EPE enfatizou quatro projetos de conscientização que foram promovidos pela entidade em alinhamento ao tema: Campanha Agosto Lilás - conscientização acerca da violência contra a mulher, Programa de Prevenção do Assédio, Cartilha Interna para Prevenção e o Enfrentamento à Violência contra Mulher, e E-book Ciranda das Mulheres. (EPE – 02.04.2025)
Leilões
Governo considera cancelar leilão de reserva de capacidade devido a guerra de liminares
A guerra de liminares contra as regras do "Leilão de Reserva de Capacidade", destinado a garantir a segurança do sistema elétrico com a contratação de potência, levou o governo a considerar o cancelamento da licitação, marcada para 27 de junho. O leilão visa compensar a intermitência das fontes renováveis, como eólica e solar, e inclui empreendimentos novos e existentes, com a previsão de início de fornecimento entre 2025 e 2027. No entanto, pedidos de liminares, especialmente de térmicas a gás natural e biodiesel, têm gerado distorções no processo, com implicações na precificação e na quantidade de energia a ser contratada. A judicialização pode resultar em custos mais altos para a contratação de energia. Caso o leilão seja cancelado, uma nova licitação com novas diretrizes pode ser realizada em três a quatro meses, com o governo buscando maior concorrência para reduzir custos e atraindo projetos de usinas hidrelétricas e térmicas. (Valor Econômico - 03.04.2025)
Delta cadastra três novos projetos no leilão de reserva (LRCAP)
De olho na necessidade de mais motorização no Sistema Interligado Nacional (SIN), para garantir segurança de atendimento diante do aumento da participação de eólicas e solares na matriz elétrica nacional, a Delta Energia cadastrou três novos projetos termelétricos no leilão de reserva de capacidade (LRCAP) marcado para 27 de junho, somando 430 megawatts (MW). O maior projeto é movido a gás natural, enquanto os outros dois são movidos a biocombustível. Além disso, todas as plantas se localizam no Mato Grosso do Sul. Além disso, a empresa tem seguido a tendência da produção de biocombustível “B100”, produto adicionado ao diesel. Entretanto, a decisão de suspender a elevação da mistura de biodiesel frustrou a empresa. (Broadcast Energia - 02.04.2025)
Mobilidade Elétrica
Tesla entrega 336,7 mil VEs no 1º tri 2025, abaixo da previsão
A Tesla, em relatório ao mercado, reportou a entrega de 336,7 mil veículos elétricos VEs no primeiro trimestre de 2025. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que projetavam 378 mil entregas no período. A montadora afirmou que a troca das linhas de produção do Modelo Y em todas fábricas causou "a perda de várias semanas de produção no primeiro trimestre", embora a produção do novo Modelo Y “continue indo bem”. (Broadcast Energia - 02.04.2025)
BYD supera a Tesla em entregas de veículos elétricos pelo segundo trimestre consecutivo
A montadora chinesa BYD superou a Tesla em entregas de veículos elétricos pelo segundo trimestre consecutivo, entregando 416.388 unidades no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 38,74% em relação ao ano anterior, enquanto a Tesla registrou uma queda de 13%, com 336.681 entregas. Apesar de liderar as vendas totais de veículos elétricos em 2024, a Tesla enfrenta dificuldades, como a crescente controvérsia em torno de seu CEO, Elon Musk, e os impactos de suas ações políticas, o que resultou em uma queda significativa nas vendas na Europa e na China. A Tesla também enfrentará novos desafios devido a tarifas elevadas de importação impostas pelos EUA, enquanto a BYD, que não vende seus veículos nos Estados Unidos, continua a crescer. As duas empresas seguem em uma disputa acirrada pelo domínio global do mercado de carros elétricos. (Valor Econômico - 03.04.2025)
BYD Japão: Redução de preços de VEs para reacender o mercado
A subsidiária japonesa da BYD anunciou, 1 de abril, que reduzirá os preços de seus veículos elétricos (VEs), como o Dolphin, em aproximadamente 300 mil ienes (US$2.000). Esta é a primeira vez que a empresa reduz os preços no Japão. A medida busca, sobretudo, revitalizar as vendas de VEs no país, que encontram-se estagnadas. (Broadcast Energia - 02.04.2025)
Inovação e Tecnologia
Eletrobras investe em GPUs para acelerar projetos de inteligência artificial e previsão meteorológica
A Eletrobras está investindo em unidades gráficas de processamento (GPUs) para acelerar projetos que utilizam inteligência artificial (IA) em áreas como previsões meteorológicas, manutenção preditiva e gerenciamento de operações. A empresa planeja instalar novas GPUs em seus servidores internos no Cepel até o final do ano, como parte de um projeto de R$ 100 milhões. Além disso, a Eletrobras explora novas formas de fornecer energia renovável a data centers, incluindo a criação de um "micro grid" com energia eólica e solar em um centro de dados na Bahia. A empresa também busca adaptar modelos de fornecimento de energia renovável para atender à demanda crescente de data centers, destacando o Brasil como um potencial hub para processamento de dados, especialmente com os investimentos de grandes empresas de tecnologia no país. (Valor Econômico - 03.04.2025)
Relatório aponta avanços nas inovações energéticas em meio a sinais de desaceleração
A gama de novas tecnologias de energia em desenvolvimento no mundo é mais ampla e parece mais promissora do que nunca. Apesar desse cenário positivo, a inovação energética está em um momento crucial em meio a sinais de desaceleração quanto ao financiamento. Essas são algumas conclusões do relatório intitulado“The State of Energy Innovation” divulgado na manhã desta quarta-feira, 2 de abril. Em síntese, este paper fornece uma revisão global das tendências no setor de tecnologia energética, os dados abrangem mais de 150 destaques. Com isso, ele coloca em pauta as variações positivas das inovações tecnológicas no setor, como a desvinculação de dependência energética entre os países e como esse fluxo está tomando patamares internacionais nos setores da esfera privada e pública. (Agência CanalEnergia - 02.04.2025)
Projeto vai usar IA para proteger animais do contato com a rede elétrica
O projeto-piloto Conexão Silvestre, que está sendo desenvolvido pela Light, pretende resolver um problema comum no Rio. Seu principal objetivo é a criação de uma ferramenta tecnológica que forneça dados confiáveis e detalhados das regiões mais propensas às ocorrências de eletrocussão de animais. Com este mapeamento, será possível priorizar estes pontos específicos com ações futuras na rede elétrica para minimizar as ocorrências. O projeto acontece por meio de recursos financeiros do Programa de Desenvolvimento e Inovação (PDI), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com o Instituto Vida Livre e a Concert Lab. O lançamento ocorreu nesta quarta-feira. A ferramenta irá conter técnicas de IA para identificação de padrões de deslocamentos, permitindo um monitoramento mais capacitado. A iniciativa está sendo implementada em áreas como Jardim Botânico e algumas áreas da Zona Sul e da Zona Oeste. (O Globo – 02.04.2025)
Editorial Folha de São Paulo: "A voracidade energética da inteligência artificial"
Em editorial publicado no dia 2 de abril, a Folha de São Paulo trata do crescente investimento em infraestrutura de computação para a inteligência artificial (IA) no Brasil, que, apesar de estar distante dos centros de inovação tecnológica da América do Norte e Ásia, conta com abundância de recursos essenciais, como energia limpa e água. A demanda por energia nos data centers que processam grandes volumes de dados de IA é significativa, com empresas como RT One e Scala Data Center planejando grandes instalações no país. A vantagem do Brasil reside em sua matriz energética renovável, que representa 85% de sua eletricidade, além da disponibilidade de água para resfriamento dos processadores. No entanto, o aumento da demanda por eletricidade e água pode pressionar o sistema e afetar a sustentabilidade da matriz energética, enquanto a explosão de consumo global de energia nos data centers pode impactar a transição energética necessária para combater as mudanças climáticas. (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2025)
Energias Renováveis
Romeu Zema defende o etanol como alternativa acessível para a descarbonização da frota
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, defendeu que o Brasil deve investir no etanol como alternativa mais acessível e competitiva para a descarbonização da frota de veículos, em comparação com os carros elétricos. Ele argumentou que o etanol é uma opção mais viável devido à infraestrutura de abastecimento já existente no país, além de gerar empregos locais e ser mais acessível. Zema também destacou a importância da exploração de lítio no estado e a criação de fábricas de baterias, além de enfatizar o potencial do agronegócio, especialmente o setor sucroenergético, para impulsionar ainda mais a economia do estado. Minas Gerais, com uma significativa produção de etanol, adota uma tributação diferenciada para incentivar o uso do combustível renovável e busca expandir a participação do setor agropecuário em sua economia. (Agência Eixos – 02.04.2025)
RaiaDrogasil dá um passo a favor das Energias Renováveis
A empresa chega a meta de 100% das farmácias abastecidas com energia renovável. A conta também inclui a fonte hídrica, a mais comum no Brasil, mas o percentual de fontes solar e biogás é de 91% na matriz do grupo. Essas fontes compõem o projeto de geração distribuída criado junto ao grupo francês Engie há seis anos. O prazo inicial era chegar a esse percentual dentro desse hiato temporal. Ademais, a operação abrange mais de 3.200 farmácias e 14 centros de distribuição no país. O programa de geração distribuída compreende 65 usinas, que geraram 120,7 mil MWh de energia renovável. (O Globo – 02.04.2025)
Gás e Termelétricas
Governo de Minas propõe atualização da regulação do mercado livre de gás natural
O governo de Minas Gerais apresentou uma proposta de atualização da regulação estadual do mercado livre de gás natural, visando aumentar a flexibilidade nas relações entre consumidores e a Gasmig, distribuidora estadual. A proposta inclui a eliminação do período mínimo de um ano para migração de usuários, ajustes nas condições de rescisão contratual, a criação de um prazo de 120 dias para retorno ao mercado cativo, e a permissão para o uso de gás por empresas controladas por autoimportadores e autoprodutores. Além disso, o contrato de distribuição poderá ser livremente negociado entre as partes. O objetivo é aumentar a competitividade e atrair investimentos para a indústria mineira. A proposta também ocorre paralelamente aos debates sobre a privatização da Gasmig, que não está incluída no pacote de desestatizações de 2025 do governo estadual. (Agência Eixos – 02.04.2025)
Shell encontra indícios de gás natural na Bacia de Campos
A Shell notificou a Agência Nacional do Petróleo (ANP) que encontrou indícios de gás natural durante a perfuração do poço 1-SHEL-36-RJS, no bloco C-M-659, na Bacia de Campos. A descoberta aconteceu em lâmina d’água de 2.916 metros. A perfuração está sendo executada pelo navio-sonda DS-15, da Valaris. O bloco C-M-659 foi adquirido pela petroleira em outubro de 2019, durante a 16ª Rodada de Licitações, pelo valor de R$ 714 milhões. A Shell é a operadora da área com 40%, em parceria com Chevron e a QPI. Por fim, a licença ambiental autoriza que a empresa possa construir até 6 poços no bloco. (Petronotícias – 02.04.2025)
Promeal aposta em expansão para setor de óleo e gás
Após consolidar sua presença no setor de Defesa, a empresa brasileira Promeal está expandindo para novos mercados. Há quase 10 anos, a companhia fornece rações operacionais (MRE – Meal Ready to Eat) para as Forças Armadas do Brasil. Agora, a meta é ingressar no setor de óleo e gás, oferecendo kits de alimentação com características especialmente adequadas ao ambiente offshore. Nas palavras do CEO e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Pedro Lacaz Amaral, A Promeal possui qualidade e experiencia para ofertar alimentos termoprocessados mais nutritivos mirando nas especificidades do setor de óleo e gás. (Petronotícias – 03.04.2025)
Argentina exporta gás de Vaca Muerta ao Brasil com infraestrutura boliviana
A Argentina concretizou hoje sua primeira operação de exportação de gás natural de vaca muerta ao Brasil, utilizando a infraestrutura de transporte da Bolívia. Essa operação foi feita pela MTX Comercializadora, subsidiária da Matrix Energia, por meio de uma parceria com a TotalEnergies e a estatal boliviana YPFB. O gás importado da Argentina foi produzido na Bacia de Neuquén e transportado pelas redes TGN e TGS até o Campo de Durán, em Santa. De lá, foi embarcado pelo gasoduto Madrejones, operador pela Refinor, para chegar à Bolívia. Já a rede da estatal boliviana YFPB foi utilizada para completar a entrega ao território brasileiro. (Broadcast Energia - 01.04.2025)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
Aneel divulga resultados de desempenho das distribuidoras de energia em 2024
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou os resultados de desempenho das distribuidoras de energia elétrica em 2024, destacando que os consumidores ficaram, em média, 10,24 horas sem energia no ano, uma redução de 1,7% em relação a 2023, e sofreram 4,89 interrupções, uma queda de 5%. As compensações pagas pelas distribuidoras devido a falhas no fornecimento totalizaram R$ 1,122 bilhão, um aumento em relação aos R$ 1,080 bilhão do ano anterior. A CPFL Santa Cruz liderou o ranking de melhor desempenho, seguida pelas distribuidoras Energisa Paraíba e Energisa Rondônia. As piores posições foram ocupadas por Equatorial GO e CEEE. Entre as distribuidoras menores, a Pacto Energia PR teve o melhor desempenho. A Aneel também destacou as empresas que mais evoluíram, como a Neoenergia Brasília e a CPFL Paulista, enquanto a Enel RJ, Enel CE e RGE perderam posições. Empresas como Amazonas Energia e CEA continuam fora do ranking devido a condições flexibilizadas. (Agência Eixos – 02.04.2025)
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KRUG, Thelma; ARTAXO, Paulo; OMETTO, Jean; BORGES, Bráulio; KISHINAMI, Roberto; ASSAD, Eduardo. "O ‘mutirão’ para o sucesso da COP30".
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Editorial Folha de São Paulo: "A voracidade energética da inteligência artificial".
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