O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 123, intitulado “Proposição de alternativas regulatórias para a viabilização comercial das Usinas Hidrelétricas Reversíveis”. Com base no Texto de Discussão Nº 122, o presente estudo visa propor um modelo de exploração das UHRs no Brasil para o médio e o longo prazo, a ser discutido com a sociedade. Inicia-se, na Seção 1, com a avaliação dos serviços que poderiam ser prestados por UHRs ao Sistema Interligado Nacional (SIN), para, na Seção 2, se analisar um modelo comercial que viabiliza a implementação dessa tecnologia no país. Por fim, são apresentadas as conclusões. Acesse o estudo aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.01.2024)  

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 124, intitulado “Remuneração de projetos de armazenamento de grande porte”. O texto tem como objetivo apresentar uma análise do possível papel que as UHRs possam vir a ter no sistema elétrico brasileiro considerando seu impacto na operação do sistema no mercado elétrico. Serão discutidos também os desafios e oportunidades para a utilização de UHRs no Brasil, considerando o contexto regulatório e de mercado atual. Acesse o estudo aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 11.01.2024)  

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) respondeu a 99,1% das solicitações realizadas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) em 2023, de acordo com um levantamento divulgado pela própria autarquia. No ano passado, a Aneel foi o sétimo órgão mais demandado pela sociedade com base na LAI. A Lei 12.527, de 2011, possibilita que qualquer cidadão solicite informações detalhadas a órgãos públicos que não estejam disponíveis para consulta pública, visando garantir o acesso à informação conforme previsto na Constituição Federal. Um painel da lei, desenvolvido pela Controladoria-Geral da União (CGU), fornece dados sobre a quantidade de pedidos e recursos registrados, cumprimento de prazos, perfil dos solicitantes, transparência ativa, entre outros aspectos. (CanalEnergia - 09.01.2024)

O primeiro dia do Brazil China Meeting em Shenzhen reuniu cerca de 160 líderes de governos, setor privado e academia de Brasil e China para discutir oportunidades de cooperação. Marcelo Schneider, da BYD, destacou o Brasil como um mercado-chave, enquanto Jolin Zhang apresentou a ascensão da empresa. Cláudio Cotrim, da Paper Excellence Brasil, enfatizou a cooperação ambiental entre os países. Empresas como CRCC International e CREC discutiram a necessidade de intercâmbio de informações para estreitar relações e a Future destacou a experiência chinesa em logística. Por fim, Sun Tao da State Grid Brazil e Likui Fang da CGN Brasil Energia discutiram sobre investimentos chineses em energia limpa no Brasil. (Valor Econômico - 10.01.2024)

Cláudio Cotrim, presidente da Paper Excellence Brasil, destacou os esforços ambientais da China e do Brasil em um evento recente. Ele elogiou a China por sua transição para fontes de energia mais limpas, a implementação de políticas rigorosas de emissões e a expansão da rede de transporte público. Cotrim também reconheceu os avanços do Brasil na redução do desmatamento da Amazônia e na implementação de leis e políticas ambientais. Ele enfatizou a cooperação entre os dois países em projetos de energias renováveis e programas de intercâmbio científico e tecnológico. Cotrim concluiu falando sobre um projeto de "papel elástico" desenvolvido por uma das empresas do grupo, que já despertou o interesse de empresas como Amazon e Apple. (Valor Econômico - 10.01.2024)

O Fundo Clima, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deverá ser usado como garantia para os novos seguros cambiais que serão oferecidos aos investidores interessados na "agenda verde" - como ficou conhecido o Plano de Transformação Ecológica lançado pelo governo. Além dele, os recursos também virão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que fechou uma parceria com o Ministério da Fazenda em dezembro, durante a COP28. As duas reservas serão usadas para dar garantias aos bancos privados que, no desenho do governo, serão os responsáveis por oferecer esses produtos aos investidores. (Broadcast Energia - 09.01.2024)

O ano de 2023 é o mais quente da história do planeta segundo dados da Organização Meteorológica Mundial. No Brasil, a média das temperaturas do ano ficou em 24,92ºC, sendo 0,69°C acima da média histórica de 1991 até 2020, que é de 24,23°C. Em 2022, a média anual foi de 24,07ºC, 0,16ºC abaixo da média histórica. De acordo com a versão provisória do Estado Global do Clima 2023, publicada pela OMM em 30 de novembro de 2023, a temperatura média da superfície global ficou 1,4°C acima da média histórica de 1850/1900, até outubro do ano passado. Com este valor, 2023 já é considerado o mais quente em 174 anos de medições meteorológicas, superando os anos de 2016, com 1,29°C acima da média, e 2020, com 1,27°C acima da média. (CanalEnergia - 10.01.2024)

O setor Energia & Serviços de Utilidade Pública é um dos segmentos que mais se destacam em relação à expectativa de criação de emprego no Brasil no primeiro trimestre deste ano. Está ao lado de Saúde & Ciências da Vida, Tecnologia da Informação (TI) e Finanças & Imobiliário. A informação vem de uma pesquisa do ManpowerGroup, que ouviu 40.077 empregadores, públicos e privados, em 41 países e territórios, sendo 1.050 brasileiros. O resultado geral é calculado subtraindo-se os contratantes que planejam fazer reduções na equipe daqueles que planejam admissões, resultando em 32%, crescimento de 5 pontos percentuais na comparação com o índice do primeiro trimestre de 2023, que chegou a 27%. A porcentagem para novas oportunidades teve acréscimo de 6%, sendo 48% em 2024 e 42% em 2023. Já aqueles que esperam reduzir os níveis de contratações subiu de 15% para 16%. (CanalEnergia - 09.01.2024)

Todo início de ano, fazemos na Eurasia Group uma reflexão sobre os principais riscos geopolíticos nos próximos 12 meses. Deixamos de lado eventos com baixas chances de ocorrer. Focamos apenas naqueles que fazem parte do nosso cenário base, e para os quais precisamos nos preparar com o máximo de atenção. Mais uma vez, o Brasil não está entre os dez maiores riscos geopolíticos do mundo. O maior risco de todos vem das eleições americanas, em novembro. A democracia norte-americana é a mais disfuncional, de longe, entre os países desenvolvidos, e isso tem repercussões sérias para todo o mundo. Outros riscos destacados no relatório incluem as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, o mau uso da inteligência artificial, e as disputas comerciais em torno dos minerais críticos para a produção de baterias e semicondutores. (O Estadão 09.01.2024)

A Vibra Energia assinou um memorando de entendimentos com a Inpasa Agroindustrial para explorar uma possível parceria na produção e comercialização de metanol verde, um combustível de baixa emissão de carbono. O produto, derivado de subprodutos do etanol, será destinado principalmente ao uso marítimo e industrial. A iniciativa reforça o compromisso da Vibra Energia com a inovação sustentável e o desenvolvimento de soluções ecologicamente responsáveis, alinhadas à transição para uma matriz energética mais limpa e eficiente. (Valor Econômico - 10.01.2024)

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Jorge Arbache (vice-presidente de setor privado do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe) trata das perspectivas econômicas para a região, destacando tanto os desafios quanto as oportunidades. Apesar de problemas como baixa produtividade e investimento em ciência e tecnologia, ele ressalta o potencial demográfico e de produtividade da região. Arbache também elogia a gestão econômica durante a pandemia e destaca o potencial da região para liderar a descarbonização e resolver a escassez de alimentos. Ele menciona o potencial para a produção de hidrogênio verde, a riqueza em minerais críticos para a nova economia e a capacidade de produzir bens industriais com menos emissões. Ele conclui que, com esses atributos, a região pode se tornar um grande motor de soluções para os desafios globais. (GESEL-IE-UFRJ – 11.01.2024)

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Klaus Schwab (presidente executivo do Fórum Econômico Mundial) trata da atual onda de pessimismo global, amplificada pela mídia e tecnologia, que leva as pessoas a abraçar ideologias extremas. Ele enfatiza a necessidade de reconstruir a confiança no futuro, começando por identificar e abordar as causas do nosso mal-estar. Schwab destaca três pontos principais: a necessidade de uma nova abordagem para revigorar economias sobrecarregadas por dívidas e inflação, a ameaça das mudanças climáticas e a era do desenvolvimento tecnológico exponencial. Ele defende uma abordagem holística para lidar com esses problemas, exigindo cooperação global, nacional e local. Schwab conclui que conversas abertas e transparentes podem restaurar a confiança mútua e criar uma narrativa positiva para um futuro melhor. (GESEL-IE-UFRJ – 11.01.2024)

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, criticou a empresa de energia Enel e seu presidente, Max Xavier Lins, chamando-os de "irresponsáveis" e "mentirosos". Ele expressou a necessidade da Enel deixar a cidade após repetidos apagões, incluindo um que durou mais de 20 horas em algumas áreas e outro que resultou no cancelamento de um evento que ele deveria participar. Nunes afirmou que a Enel não tem um plano de contingência adequado e contestou a afirmação da empresa de que tinha 800 equipes fazendo reparos na cidade. Ele planeja levar a Enel à justiça novamente e notificar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o problema recorrente. (Valor Econômico - 10.01.2024)

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão concedeu a Licença Ambiental Unificada (LAU) para a SE Encruzo Novo, associada às instalações da Concessão Tangará Transmissora de Energia Elétrica, de propriedade da Taesa. A transmissora considera a LAU um marco significativo para o projeto, permitindo o início das obras no trecho correspondente. O empreendimento Tangará, relacionado ao lote 3 do leilão de Linhas de Transmissão (LTs) de dezembro de 2022 e integralmente controlado pela Taesa, terá uma Receita Anual Permitida total de R$ 104,7 milhões para o ciclo 2023-2024, com investimentos de R$ 1,11 bilhão (Capex/Aneel). Localizado nos estados do Maranhão e Pará, o projeto abrange cerca de 279 km de linhas de transmissão, incluindo 72 km de circuito duplo, com a energização planejada até março de 2028, conforme estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (CanalEnergia - 09.01.2024)

Böno Group, uma holding que reúne várias empresas da cadeia de valor de setor de energia renovável no Brasil, informa que registrou um crescimento de mais de 250% nos negócios em 2023, comparado com o ano anterior. E não foi só. A empresa afirma que implementou e executou mais de 100 megawatts (MW) em usinas entregues e comercializadas, por meio das empresas do Grupo, ante 40 megawatts em 2022. Além desses aumentos, a empresa registrou crescimentos em quantidade de colaboradores, faturamento, receita recorrente e quantidade de clientes ativos. Entre os fatores de sucesso da companhia, o grupo diz que foi importante a aposta em projetos fotovoltaicos para grandes consumidores empresariais, inovações tecnológicas na plataforma de serviços para o mercado de integradores e ampliação de portfólio na distribuição de equipamentos para os setores de energia renovável e de eletromobilidade. (Petronotícias - 09.01.2024)  

A Eletrobras deu início, em 9 de janeiro, a mais um processo seletivo do Programa Jovem Aprendiz, realizado em parceria com o Senai. São ofertadas 41 vagas, sendo 25 para as subsidiárias Eletronorte e Furnas, em Brasília (DF), e 16 para a CGT e a Eletrosul, em Florianópolis (SC). Os selecionados serão alunos do Senai e passarão por etapas escolares e profissionais, com direito a benefícios e certificação ao final. Os requisitos para os candidatos são ter idade entre 14 e 21 anos, ter estudado em escola pública e, ainda, ter cursado pelo menos o nono ano do ensino fundamental. As inscrições podem ser realizadas até o dia 19 de janeiro. (CanalEnergia - 09.01.2024)

A distribuidora também está com inscrições abertas para a Chamada Pública do Programa de Eficiência Energética no Espírito Santo. O investimento previsto para o programa é de R$ 7 milhões em projetos com aplicação em 2024. A inciativa tem o objetivo de incentivar propostas que contribuam com a conservação e o uso racional da energia elétrica em unidades consumidoras públicas e privadas. São elegíveis projetos de pessoa jurídica e o período de inscrição segue até o dia 16 de fevereiro de 2024. (CanalEnergia - 10.01.2024)

A EDP Espírito Santo vai modernizar a iluminação do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, em Vitória. A iniciativa tem investimento de R$ 223 mil e contempla a substituição de luminárias ineficientes por tecnologia LED e a implementação de placas solares com capacidade total de 49 kWp no telhado da unidade. O objetivo das melhorias é promover maior eficiência e sustentabilidade à instituição a partir da modernização do sistema elétrico. Além disso, o projeto pode proporcionar uma economia de energia de até 70,69 MWh/ano. (CanalEnergia - 10.01.2024)

Os investimentos em novas linhas de transmissão no Brasil podem chegar a R$ 56,2 bilhões nos próximos anos, com R$ 24,7 bilhões sendo investidos em ativos que serão negociados nos leilões de 2023. O objetivo é aumentar a capacidade de escoamento de energia renovável, melhorar o atendimento regional e a confiabilidade do fornecimento de energia. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia (MME) estão trabalhando para garantir o financiamento dos projetos. A região Norte deve receber mais investimentos no próximo ciclo de planejamento, e uma nova linha de alta tensão ligará o Nordeste ao Sul. Além disso, há planos para integrar grandes plantas de hidrogênio. (Valor Econômico - 11.01.2024)

Os reservatórios sulistas apresentaram queda de 1,2 ponto percentual e trabalhavam com 61% do volume útil na última segunda-feira, 8 de janeiro, segundo o último boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada marca 17.430 MW mês e energia natural afluente é de 5.891 MW med, equivalente a 77% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. O Nordeste registrou aumento de 0,7 p.p e os níveis subiram para 49,7%. A energia retida é de 25.058 MW mês e ENA aponta 4.123 MW med, valor que corresponde a apenas 17% da MLT. Já o Sudeste/Centro-Oeste Sul não computou variações pelo segundo dia seguido e o submercado operava com 61% da capacidade. A energia armazenada mostra 124.908 MW mês e a ENA consta em 36.456 MW med, o mesmo que 51% da MLT. A região Norte também não contou com alterações, os reservatórios admitem 45,6%. A energia armazenada indica 6.977 MW mês e a ENA computa 3.793 MW med, correspondendo a 19% da MLT. (CanalEnergia - 09.01.2024) 

O desligamento das linhas de transmissão em 138 kV Blumenau2/Guaramirim, Blumenau 2/Jaraguá do Sul, Blumenau 2/Blumenau C1 e C2 na tarde da última terça-feira, 9 de janeiro, provocou a interrupção de 155 MW de cargas na região catarinense. Segundo o ONS, a ocorrência foi identificada às 16h 20 minutos, com 111 MW retornando ao sistema 5 minutos depois, mas permanecendo 44 MW indisponíveis até o fechamento do boletim informativo. (CanalEnergia - 10.01.2024) 

A empresa de infraestrutura para recarga de veículos elétricos NeoCharge registrou um faturamento 65% superior no segundo semestre de 2023 em comparação ao período anterior. Foi contribuinte para o resultado o recorde nas vendas dos eletrificados no Brasil, que teve mais de 80 mil unidades emplacadas ao final do ano. Segundo o diretor-geral da subsidiária da NeoSolar, Ayrton Barros, o ano de 2024 apresenta perspectivas de mercado ainda mais ambiciosas em virtude de parcerias com montadoras e do interesse crescente no segmento por construtoras e grupos residenciais. A empresa projeta um crescimento de 200% no ano e prevê os lançamentos de linhas de Smart Wallbox e de carregadores portáteis, que serão a grande novidade do mercado brasileiro. (CanalEnergia - 10.01.2024)

A Arval e Enel X celebraram um acordo com o objetivo de facilitar a implementação de soluções de estações de carregamento residenciais e públicas para clientes da Arval na América Latina (AL). A Enel X realiza a implantação de estações de carregamento rápido em toda a América Latina e os incorpora a uma plataforma inteligente que simplifica e acelera o serviço. Segundo o gerente regional da Arval para a AL, Lux Soriau, a parceria permitirá “pisar no acelerador” da eletromobilidade. “Este acordo representa um valor agregado de soluções novas e inovadoras para os nossos clients atuais e futuros”, completou. O gerente de mobilidade elétrica para a AL da Enel X, Jean Paul Zalaquett, por sua vez, destacou que o principal objetivo da companhia é o aproveitamento das plataformas digitais integradas para a aproximação da eletromobilidade. (Petrnotícias - 09.01.2024)

Na feira CES, a Hyundai e a Bosch destacaram a energia do hidrogênio como uma alternativa promissora aos veículos elétricos. A Hyundai anunciou planos para expandir além da fabricação de veículos movidos a células de combustível de hidrogênio, visando a produção, armazenamento e transporte de energia de hidrogênio. Paralelamente, a Bosch Mobility planeja lançar seu primeiro motor de combustão a hidrogênio este ano. Ambas as empresas foram incentivadas por investimentos significativos em infraestrutura de hidrogênio, como os US$ 7 bilhões investidos pelo governo dos EUA. (Valor Econômico - 11.01.2024)

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Eduardo Belo (editor de Brasil do Valor) trata da contramão do Brasil na corrida pela descarbonização do transporte. Ele critica a manutenção de incentivos fiscais para a indústria automotiva tradicional, que custam R$ 5 bilhões por ano e geram pouco emprego, enquanto a nova indústria de veículos elétricos é taxada. Belo argumenta que a descarbonização global vai além dos veículos elétricos, que representam apenas 21% das emissões globais, e aponta para a necessidade de investimentos em outras áreas, como a indústria, a agropecuária e a geração de energia. Ele também destaca o potencial do hidrogênio como uma solução mais eficiente para longas distâncias e a possibilidade de reaproveitar a infraestrutura existente de combustíveis líquidos. No caso brasileiro, ele considera que a importação de mais carros elétricos terá pouco impacto, já que representam menos de 1% das vendas de veículos no país.(GESEL-IE-UFRJ – 11.01.2024)

A usina de Tâmega em Portugal, construída pela Iberdrola, é uma central hidrelétrica reversível que utiliza um sistema de "bateria de água" para armazenar energia. Ela usa o excesso de eletricidade para bombear água de um reservatório inferior para um superior, liberando-a para gerar eletricidade quando necessário. Com capacidade de 880 megawatts, pode armazenar energia suficiente para carregar 400 mil baterias de veículos elétricos ou alimentar 2,4 milhões de residências por um dia. Essas usinas, que representam mais de 90% do armazenamento mundial de eletricidade, são essenciais para complementar a energia renovável e arbitrar o mercado de energia. Apesar dos altos custos de construção e desafios regulatórios, são vistas como lucrativas e necessárias para o futuro da energia. (Valor Econômico - 10.01.2024).

O Brasil planeja investir R$ 56,2 bilhões em novas linhas de transmissão e subestações para aumentar a capacidade de transporte de energias renováveis e a confiabilidade do sistema elétrico, conforme o Programa de Expansão da Transmissão (PET) e o Plano de Expansão de Longo Prazo (PELP) da Empresa de Pesquisa Energética. Do total, R$ 24,7 bilhões serão investidos em ativos negociados nos leilões de transmissão de março e setembro deste ano. Georges Almeida, sócio-diretor da consultoria Roland Berger, destaca que o setor aumentou sua capacidade em cerca de 80% na última década, com leilões caracterizados por constância, competitividade, fortes deságios e grandes players com capacidade de investimento. (Valor Econômico - 11.01.2024)

A Seara, pertencente ao grupo JBS, concluiu o ano passado com 55% das granjas de seus produtores integrados utilizando energia solar, alcançando 60% nas unidades produtoras de aves. Em localidades como Trindade do Sul (RS) e Salvador do Sul (RS), as adoções ultrapassaram 92% e 96%, respectivamente. A empresa tem incentivado a implementação de placas fotovoltaicas, oferecendo bonificações e facilitando financiamentos com juros reduzidos para aquisição e instalação dos equipamentos. Considerando que o gasto com eletricidade é o terceiro maior custo em granjas produtoras de frango de corte, a transição para energia solar pode resultar em uma economia de até 90% na conta de luz. A iniciativa, de acordo com a Seara, tende a se pagar em até três anos, permitindo que os custos antes incorporados se tornem margens para os produtores, tornando a solução não apenas sustentável, mas também economicamente vantajosa. (CanalEnergia - 09.01.2024)

A Casa dos Ventos recebeu aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar a operação comercial de 36 MW, compreendendo oito turbinas eólicas na central Ventos de Santo Antonio 01, localizada em São José do Campestre (RN). Além disso, a Aneel concedeu autorizações similares para a Engie (12,4 MW, dois aerogeradores) e a AES Brasil (11,4 MW, dois aerogeradores) em Lages (RN), referentes aos parques Santo Agostinho 4 e Cajuína B12. Em Xique-Xique (BA), a operação de 12,4 MW, envolvendo duas unidades das EOLs Ventos de São Vitor 2 e 5, de propriedade da Essentia Energia, também foi deliberada pela agência reguladora. (CanalEnergia - 09.01.2024)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a aquisição, pela Infraestrutura Brasil Holding XX (IBH XX), do controle da Contour Brasil, envolvendo os parques eólicos Chapada do Piauí I, II, III e Asa Branca, totalizando aproximadamente 600 MW de capacidade instalada e com participação da Eletrobras. Esses ativos, já operacionais com contratos de venda de energia, serão geridos pela Essentia Energia, a plataforma de energia renovável do Pátria Investimentos. O negócio foi descrito como alinhado ao foco do Pátria em projetos de geração renovável no Brasil, enquanto a Contour Global busca otimizar a alocação de recursos e fortalecer seu balanço. Além disso, o CADE autorizou a aquisição de 20% da State Grid International Singapore Private Limited pelo China-LAC Industrial Cooperation Investment Fund, visando apoiar indústrias chinesas na América Latina e promover a cooperação entre as regiões nos setores de energia e fabricação de equipamentos. O CLAI Fund, controlado pelo governo chinês, investe em setores como energia limpa, infraestrutura e indústria na América Latina, com presença no Brasil, onde suas subsidiárias atuam na geração e comercialização de energia elétrica, enquanto a SGBH, 99,99% detida pela State Grid Corporation of China, foca em transmissão elétrica em 13 estados brasileiros. (CanalEnergia - 10.01.2024)

A Aeris, fornecedora de pás eólicas, começou o ano firmando um significativo acordo ao prorrogar seu contrato com a Vestas até o final de 2028. Sob os termos do aditivo, sujeito a condições, incluindo a demanda efetiva da Vestas, prevê-se um aumento potencial de 8,8 gigawatts em ordens de fornecimento de pás eólicas de vários modelos, com uma repactuação já contratada para 2024. Caso esse volume máximo seja entregue, a Aeris poderá experimentar um aumento líquido de receitas de até R$ 7,6 bilhões até o término do contrato. O diretor financeiro, José Azevedo, destaca a importância estratégica da parceria iniciada em 2015, que já resultou em entregas de mais de 8,5 gigawatts de potência, tanto para o mercado doméstico quanto para exportação. (Petrnotícias - 09.01.2024)