O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 122, intitulado "Alternativas jurídico-regulatórias para permitir a exploração de Usinas Hidrelétricas Reversíveis no Brasil”. O objetivo é apresentar proposições de alterações da legislação brasileira, de forma a permitir a exploração de Usinas Hidrelétricas Reversíveis (UHRs) no país. Para tanto, a primeira seção do presente texto realiza um mapeamento da legislação referente à exploração do aproveitamento energético dos cursos de água e de potenciais hidráulicos. Com base no mapeamento da legislação, a segunda seção discorre sobre um diagnóstico do nível normativo hierárquico necessário para a exploração das UHRs. Em seguida, a segunda seção realiza recomendações em relação ao conteúdo da legislação necessária para que essa tecnologia possa ser explorada no Brasil com segurança jurídica e, ao mesmo tempo, da maneira mais célere possível, tendo em vista o potencial dos referidos empreendimentos no país e a necessidade de aumento da capacidade instalada nacional. Acesse o estudo aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.01.2024)

O conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) está programado para se reunir em São Paulo, discutindo temas como adesão e desligamento de agentes, entre outros assuntos, a partir das 9h. A CCEE afirma que o encontro não é impactado pelas alterações do Decreto 11.835/2023, que modificou a estrutura de governança da instituição, aguardando adequação da Convenção de Comercialização pela Aneel e deliberação da Assembleia Geral da própria CCEE. A decisão do governo federal de aumentar sua influência na CCEE foi mal recebida pelo setor elétrico, conforme reportagem do Broadcast Energia. (Broadcast Energia - 09.01.2024)

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata da evolução da energia elétrica no Brasil, desde a exploração inicial de pequenas hidrelétricas até a era das grandes hidrelétricas eficientes, marcada pela criação da Chesf e Furnas e pela coordenação centralizada da Eletrobras. Ele destaca o aumento significativo no acesso à eletricidade e a segurança do sistema energético brasileiro. O texto também discute a crise de endividamento dos anos 1980, a subsequente privatização, a expansão das fontes renováveis e o aumento contínuo das tarifas, especialmente para os mais pobres, devido à falta de coordenação e aos subsídios políticos. Santana aborda ainda a proposta de incorporação de Furnas pela Eletrobras, argumentando que a mudança pode melhorar a eficiência na gestão dos ativos fixos, apesar da resistência política regional. (GESEL-IE-UFRJ – 10.01.2024)

O Brazil China Meeting, que começou em 10 de janeiro em Shenzhen, China, é um evento de quatro dias que reúne empresas e autoridades do Brasil e da China para celebrar 50 anos de relações diplomáticas e explorar oportunidades de intercâmbio comercial. Os participantes terão a oportunidade de visitar grandes empresas de tecnologia como BYD, TCL e Tencent, além do distrito de Huaqiangbei, um importante centro tecnológico. O evento focará na expansão dos investimentos chineses no Brasil, com discussões sobre a indústria automobilística chinesa e a eficiência na mobilidade moderna. Também haverá uma palestra sobre ESG e cooperação entre Brasil e China. (Valor Econômico - 10.01.2024)

A concessionária Enel, que atende a região metropolitana de São Paulo, tem enfrentado um aumento no tempo médio de resposta a problemas de energia, que agora é de 12,5 horas, mais que o dobro em relação a 2018. Apesar disso, o tempo que as residências ficam sem luz diminuiu cerca de 11% no mesmo período, graças a equipamentos que religam a energia automaticamente. No entanto, o tempo de preparação das equipes para atender a emergências aumentou significativamente, levando em média dez horas. Isso ocorre apesar de uma redução de 35% no quadro de funcionários da concessionária, que a empresa afirma ter se concentrado principalmente em setores administrativos. (Valor Econômico - 09.01.2024)

O território atendido pela Enel na Grande São Paulo, dividido em 143 áreas, teve duração de interrupções de energia que ultrapassaram o limite regulatório em 50 áreas, afetando 2 milhões de domicílios. A situação mais crítica ocorreu em Caucaia, onde as interrupções excederam em quase 170% o limite estabelecido pela Aneel. Segundo a economista Joisa Dutra, a demora pode ser atribuída a mudanças na empresa e em seus procedimentos, além de eventos climáticos extremos. A engenheira Iara Sobrosa ressalta a importância do tempo médio de atendimento das equipes em face desses desafios. (Valor Econômico - 09.01.2024)

A Enel SP destacou que os indicadores oficiais de qualidade do fornecimento de energia são a duração média das interrupções e a quantidade média de vezes em que o cliente fica sem energia (FEC), e que houve uma melhoria nesses indicadores nos últimos anos, com uma redução de 47% na duração das interrupções e uma queda de 46% na frequência das mesmas entre 2017 e 2022. A empresa atribuiu a piora na duração das quedas de energia de junho a setembro aos efeitos do El Niño. Afirmou ainda que 87% de todas as interrupções são solucionadas em até seis horas e que investiu, em média, R$ 1,35 bilhão por ano em digitalização e automação da rede elétrica, expansão da capacidade do sistema de distribuição e execução de obras estruturais. (Valor Econômico - 09.01.2024)

Após a chuva intensa da última segunda-feira, 8 de janeiro, à tarde, acompanhada por rajadas de ventos de até 76km/h, a Enel Distribuição São Paulo informou que restabeleceu a energia para aproximadamente 81% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado pela tempestade. Em nota, a companhia, afirmou que os fortes ventos causaram queda de árvores e galhos, danificando trechos da rede elétrica. Os municípios mais atingidos foram Santo André e a capital paulista, principalmente nos bairros Moema, Vila Nova Conceição, Jardim Paulista, Planalto Paulista, Jabaquara, Vila Mariana, Pedreira, Pirituba, Centro e Itaquera. De imediato, a empresa informa que reforçou seu plano de ação com aumento das equipes em campo e manobras remotas via sistema de telecomando para minimizar os impactos. (CanalEnergia - 09.01.2024) 

A Radix, empresa de tecnologia e engenharia sediada no Rio de Janeiro, tem expandido sua atuação internacional como estratégia para diversificar receitas e ampliar a carteira de clientes. Com um faturamento de mais de R$ 400 milhões em 2023 e uma previsão de R$ 500 milhões para 2024, a empresa tem projetos em mais de 30 países e uma forte presença nos Estados Unidos. A Radix tem se concentrado em setores como energia, mineração, agroindústria, papel e celulose, além de ter um foco especial na transição energética e descarbonização. A empresa enfrenta desafios como barreiras linguísticas e culturais em sua expansão internacional, mas tem investido em treinamento e desenvolvimento de equipes para superar esses obstáculos. (Valor Econômico - 10.01.2024)

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) recebeu a Licença Ambiental Unificada (LAU) para a subestação Encruzo Novo, parte das instalações da concessão Tangará, localizada nos estados do Maranhão e Pará. A LAU permite o início das obras no trecho correspondente. Além disso, duas licenças prévias foram concedidas para linhas de transmissão, uma pelo Ibama e outra pela Sema do Maranhão. A Taesa enfatiza a importância dessas licenças para atestar a viabilidade socioambiental do empreendimento e planeja solicitar a Licença de Instalação em seguida. (Valor Econômico - 09.01.2024)

A projeção média do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para 2024 é de R$ 61,07/MWh em todos os submercados, marcando uma queda em relação à média de R$ 72,16/MWh do ano anterior, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esta estimativa, baseada em redes neurais, indica o PLD no valor mínimo estrutural. Uma projeção mais conservadora (Sensibilidade 2), que utiliza a Energia Natural Afluente via SMAP estendido, também aponta para um PLD de R$ 61,07/MWh. Um cenário mais ousado (Sensibilidade 3), que projeta ENA via SMAP com base nas chuvas de janeiro de 2022 a fevereiro de 2023, resulta em um preço médio levemente superior, atingindo R$ 62,13/MWh. Em relação ao armazenamento, a previsão indica que o volume no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ser de 62% em 2024, aumentando para 73% em fevereiro de 2025. As estimativas de encargos para dezembro de 2023 incluem Unit Commitments com a maior fatia de R$ 257,4 milhões, seguido pela Restrição Operativa com R$ 169,4 milhões, e o custo de descolamento é de R$ 3 milhões. (CanalEnergia - 08.01.2024)

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste não apresentaram variação e trabalhavam com 61% do volume útil no último domingo, 7 de janeiro, segundo o último boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia armazenada mostra 124.908 MW mês e a energia natural afluente aparece com 36.456 MW med, o mesmo que 51% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. Furnas admite 71,51% e a usina de Nova Ponte marca 64,42%. O Nordeste também manteve os níveis estáveis e segue com 49%.No Norte houve crescimento de 0,2 p.p e os reservatórios admitem 45,6%. Já o Sul registrou queda de 0,8 ponto percentual e o submercado operava com 85,2% da capacidade. (CanalEnergia - 08.01.2024) 

O grupo Volkswagen viu um aumento nas vendas em 2023, vendendo cerca de 9,2 milhões de veículos globalmente, um aumento de 12% em relação a 2022. As vendas de veículos elétricos a bateria aumentaram 35% para 770 mil, representando 8,3% de todas as vendas. Apesar de um aumento modesto de 1,6% nas vendas na China, a Volkswagen perdeu participação de mercado para os fabricantes de carros elétricos BYD e Tesla. No entanto, as vendas da marca de luxo Audi na China aumentaram 13,5%. As vendas também aumentaram em todas as outras regiões, com aumentos notáveis de 18% na América do Norte, 21% na Europa Ocidental e 29% no Oriente Médio e África. (Valor Econômico - 09.01.2024)

A Feira de Produtos Eletrônicos de Consumo (CES) de 2024, organizada pela Associação de Tecnologia do Consumidor (CTA), começou em Las Vegas, destacando avanços em vários setores, incluindo a aplicação crescente de inteligência artificial (IA). A Hyundai revelou seus planos futuros para a energia do hidrogênio, incluindo a transformação de resíduos orgânicos e plásticos em hidrogênio limpo. A empresa também planeja desenvolver ainda mais os veículos com base em softwares e novas tecnologias de IA, permitindo que os consumidores paguem por recursos sob demanda no futuro, como assistência avançada ao motorista ou direção autônoma. A Hyundai pretende integrar seu próprio modelo de linguagem grande (LLMs) em seu sistema de navegação. (Valor Econômico - 09.01.2024)

O colapso nos preços de metais como lítio, níquel e cobalto, cruciais para a transição energética, está causando impactos significativos na indústria de mineração global e na indústria automobilística, levando à paralisação de projetos e dificultando a captação de recursos para novos empreendimentos. A queda de mais de 80% no preço do lítio desde o final de 2022, devido ao excesso de oferta, levou muitos fabricantes de automóveis a abandonar as discussões sobre acordos de fornecimento. Empresas como a Chemaf Resources Ltd. e a Horizonte Minerals Plc foram particularmente afetadas. No entanto, a indústria de mineração vê uma oportunidade de crescimento e reinvenção com a crescente demanda por metais para baterias. A queda nas avaliações das ações tem estimulado o interesse em negociações em certos setores da indústria mineira, especialmente entre os pequenos e médios produtores de lítio da Austrália Ocidental. A Arábia Saudita emergiu como um novo interveniente fundamental, buscando diversificar-se dos combustíveis fósseis e investindo no negócio de níquel e cobre da Vale SA. (Valor Econômico - 09.01.2024)

A crescente demanda por armazenamento de informação, impulsionada pela expansão da internet, celulares e tecnologias disruptivas, como IoT e ChatGPT, prevê um aumento de 300% entre 2019 e 2025. Com a proliferação de dados, os data centers tornam-se cruciais, destacando-se em três frentes: endpoints (dispositivos como smartphones), edge (servidores locais) e core (nuvem). A eficiência energética torna-se fundamental, com grandes data centers, como os hyperscales, buscando fontes sustentáveis. Desafios incluem o aumento da densidade de energia, impactos do avanço tecnológico e a necessidade de políticas públicas para impulsionar o setor, visando atender a crescente demanda na América Latina. (CanalEnergia - 08.01.2024)

A partir de 1º de janeiro, o Brasil começou a cobrar uma alíquota de 10,8% do Imposto de Importação sobre painéis solares importados, principalmente da China, para incentivar a indústria nacional e financiar uma renúncia fiscal de R$ 3,4 bilhões. Além disso, a isenção de impostos para outros 324 produtos do mesmo setor será revogada em 60 dias. A Absolar alerta que essa medida pode ameaçar R$ 69 bilhões em investimentos e 540 mil novos empregos, pois afeta mais de 85% dos projetos do setor, e é vista como contraproducente aos esforços brasileiros de acelerar a transição energética. (Valor Econômico - 09.01.2024)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) efetuou o registro de requerimento de outorga (DRO) para cinco novas usinas fotovoltaicas propostas pela Guardiões Projetos e Desenvolvimento SPE. As usinas, denominadas Guardiões I a V, terão potência variando de 19,59 a 29,39 megawatts (MW) e estão planejadas para serem construídas em Dianópolis, Tocantins. O registro, publicado no Diário Oficial da União (DOU), não confere direitos de preferência, exclusividade ou garantia de obtenção da outorga de autorização para a exploração dos empreendimentos, e sua validade é de quatro anos. (Broadcast Energia - 09.01.2024)

A EDP concluiu a instalação de uma usina solar fotovoltaica de 49 kWp no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, em Vitória, Espírito Santo. Com um investimento total de R$ 233 mil, o projeto, parte do Programa de Eficiência Energética da EDP, visa também substituir luminárias ineficientes por tecnologia LED. Regulado pela Aneel, estima-se que a iniciativa resultará em uma economia anual de 70,69 MWh, equivalente ao consumo médio de 29 residências. (Broadcast Energia - 08.01.2024)

A AES, Casa dos Ventos, Engie e Essentia Energia receberam autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para operar comercialmente novas turbinas em usinas eólicas na Bahia e no Rio Grande do Norte. A AES foi autorizada para as unidades geradoras 3 e 4 da usina Cajuína B12 no Rio Grande do Norte, a Casa dos Ventos obteve permissão para as unidades 1 a 8 da usina Ventos de Santo Antonio 01, e a Essentia Energia poderá operar unidades em duas usinas em Xique-Xique, Bahia. A Engie recebeu autorização para operar turbinas na usina Santo Agostinho 4, no Rio Grande do Norte. (Broadcast Energia - 09.01.2024) 

O governo do presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta segunda-feira, 8, que o governo vai reduzir os subsídios nas tarifas de gás nos próximos três meses, o que deve levar a uma alta de preços em todo país. Segundo ,o secretário de Energia, Eduardo Rodríguez Chirillo, hoje os usuários de gás pagam 17,5% do custo de produção do combustível. O plano é que até o fim de abril o subsídio chegue ao fim, e os usuários paguem pelo total da produção. De acordo com o jornal argentino La Nación, os usuários de gás na Argentina pagam o equivalente a US$ 0,7 por milhão de BTU (unidade de medida de gás natural), quando o custo médio é de US$ 4. “O restante, 82,5%, é pago por todos os cidadãos, independentemente de terem ou não um abastecimento através do orçamento nacional”, disse Chirillo em uma apresentação online transmitida pelo YouTube. (O Estadão - 08.01.2024)