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IFE
02/12/2025

IECC 352

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

IFE
02/12/2025

IFE nº 352

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

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IECC 352

Marco Institucional

GESEL: Nivalde de Castro critica prorrogação de térmicas a carvão e vê decisão movida por pressões políticas

A sanção da MP 1304, acompanhada de cerca de 20 vetos a trechos considerados estranhos ao texto original, reacendeu o conflito entre Executivo e Congresso sobre os rumos do setor elétrico. O governo suprimiu dispositivos que ampliavam o ressarcimento a eólicas e solares por cortes de geração, medida que poderia elevar tarifas em até R$ 6 bilhões, mantendo compensação apenas quando houver falta de infraestrutura. Também vetou limites a novos modelos de autoprodução, sob argumento de evitar barreiras artificiais, enquanto empresas do setor afirmam que o problema atual é o excesso de oferta de energia A prorrogação das térmicas a carvão até 2040 foi preservada, o que gerou críticas de especialistas como Nivalde de Castro, coordenador do GESEL, para quem a decisão “foi muito mais uma ordem política, pelos interesses de economia regional, de pressão de parlamentares, deputados e senadores, e que tem se mostrado uma prática muito comum e de certa maneira danosa para o setor elétrico”. Acesse a matéria na íntegra aqui. (Valor Econômico - 26.11.2025)

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Governo do RJ firma parceria com o GESEL para impulsionar transição energética no estado

O governo do estado do Rio de Janeiro firmou um memorando de entendimento (MOU) com o GESEL (Grupo de Estudos do Setor Elétrico) para estruturar projetos-piloto e ações de qualificação ligados à transição energética. A iniciativa, segundo o coordenador do GESEL e membro do CNPE, Professor Nivalde de Castro, busca reforçar vantagens competitivas já presentes no estado. Segundo Castro, “o estado do Rio de Janeiro possui a matriz energética mais diversificada do país”. Sua sinergia com a cadeia de petróleo e gás facilita a atração de investimento em eólica marítima, enquanto a presença de montadoras no estado tende a acelerar a eletrificação da frota. Com isso, a parceria mira o setor de data centers, área bastante visualizada pelo governo. Entre os projetos já colocados em análise, estão duas rotas de mobilidade elétrica: uma voltada ao turismo e outra conectando polos industriais no Vale do Paraíba. No caso dos data centers, o GESEL pretende auxiliar na construção de uma regulação estadual específica, apoiando tecnicamente na atração de investidores. Por fim, o acordo inclui ainda ações de formação, estudos técnicos e eventos. Acesse a matéria na íntegra aqui. (Agência CanalEnergia – 27.11.2025)

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Workshop: BNDES, MME e GESEL-UFRJ debatem diretrizes para hidrelétricas reversíveis

Em função da importância crescente e da necessidade estratégica de usinas hidrelétricas reversíveis, o BNDES promoverá, em parceria com o MME e o GESEL-UFRJ, um workshop que contará com a participação dos principais stakeholders e policy makers institucionais do segmento de geração do SEB. O encontro, em formato híbrido, será realizado no dia 9 de dezembro, das 14h às 18h, e contará com transmissão on-line simultânea. Para receber o link da transmissão do evento, é necessário inscrever-se aqui: https://forms.gle/G8H7PT3nwqc5ZoHQ9 (GESEL-IE-UFRJ – 26.11.2025)

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Governo barra mudanças em royalties e custos que elevariam conta de luz em R$ 7 bi

O vice-presidente Geraldo Alckmin, no exercício da Presidência, vetou trechos da MP do setor elétrico que alteravam o cálculo dos royalties do petróleo e previam ressarcimento bilionário a usinas por cortes de geração, medida que poderia aumentar em R$ 7 bilhões a conta de luz. Os vetos, antecipados pelo MME, preservam o atual modelo de referência do preço do petróleo para evitar impactos no fluxo de caixa e nos investimentos da Petrobras. Também foi barrada a emenda que repassaria aos consumidores os prejuízos de eólicas e solares causados pelo curtailment. Outros pontos vetados envolvem regras de concorrência, divisão de custos entre geradores, taxas para comercializadoras, inclusão de novos encargos da micro e minigeração na CDE e exigências sobre leilões, punições e responsabilidades específicas no setor. Foi mantida, porém, a prorrogação da compra de energia de usinas a carvão até 2040. O governo afirma que os vetos equilibram o setor e contêm aumentos tarifários. (Folha de São Paulo - 24.11.2025)

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Governo veta trechos da reforma elétrica para evitar custos e distorções regulatórias

O governo sancionou, com diversos vetos, a MP que reforma o setor elétrico, voltada à modicidade tarifária, segurança energética e estímulo ao armazenamento em baterias, além de facilitar a comercialização do gás natural da União. Foram barrados dispositivos considerados capazes de gerar ineficiências, elevar custos e ampliar encargos setoriais, como a limitação a novos arranjos de autoprodução, novas atribuições à Aneel em procedimentos concorrenciais, obrigações de investimento mínimo pelas comercializadoras, inclusão de benefícios da micro e minigeração na CDE e uso do programa Luz para Todos para distribuição de equipamentos de TV aberta. Também caíram artigos que priorizavam licitações específicas, ampliavam ressarcimentos por cortes de geração, impunham mecanismos de compartilhamento de riscos, definiam periodicidade e localização de reservas de capacidade e permitiam reclassificar usinas existentes como microgeração. O governo vetou ainda mudanças no cálculo dos royalties do petróleo, uso do superávit do Fundo Social para crédito privado e alterações na Lei de Improbidade, defendendo evitar insegurança jurídica, distorções regulatórias e impacto tarifário. (Valor Econômico - 25.11.2025)

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Vetos à MP 1304 expõem disputa entre governo e Congresso no setor elétrico

A sanção da MP 1304 evidenciou o embate entre Executivo e Congresso ao barrar cerca de 20 dispositivos considerados alheios ao tema central. O governo vetou pontos sensíveis, como o ressarcimento amplo a usinas eólicas e solares por cortes de geração, alegando risco tarifário de até R$ 6 bilhões, e restringiu compensações apenas a casos de falta de infraestrutura. Também derrubou a limitação a novos modelos de autoprodução, vista como barreira a investimentos, e vetou a mudança no preço de referência do petróleo, apesar de críticas sobre prejuízos à arrecadação. A prorrogação das térmicas a carvão até 2040 foi mantida, gerando controvérsia por contrariar metas ambientais. Enquanto consumidores apoiaram vetos que evitariam distorções, representantes das renováveis alertaram para impactos em empregos e na segurança regulatória. (Valor Econômico - 26.11.2025)

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MP do Setor Elétrico reduz incentivos

A medida provisória 1.304/25, ainda em análise no Congresso após vetos do vice-presidente Geraldo Alckmin, pode reduzir a economia das empresas que migrarem para o mercado livre de energia a partir de 2026, já que elimina o “desconto no fio” para novos contratos de fontes renováveis. Mesmo assim, especialistas afirmam que o modelo segue vantajoso, com economia estimada entre 10% e 15% antes, de 15% a 25%. A abertura do mercado em 2024 ampliou o acesso para empresas com demanda inferior a 500 kW, impulsionando o crescimento do segmento, que hoje soma mais de 77 mil unidades consumidoras. A migração permite negociar preço, volume e fonte de energia diretamente com fornecedores, aumentando controle de custos e previsibilidade. Escolha de fornecedor, adequações técnicas e metas de sustentabilidade também pesam na decisão. A MP pode ainda ampliar a competição ao permitir a entrada de consumidores residenciais e de baixa tensão. (Valor Econômico - 25.11.2025)

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Projeto limita preço da energia de Itaipu para garantir redução na conta de luz

A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou o projeto que limita em US$ 12 por quilowatt o preço da energia de Itaipu repassada ao Brasil. De acordo com o PL 1830/2025, a proposta estabelece um teto para a tarifa paga pelas distribuidoras brasileiras. E busca garantir que a quitação da dívida da binacional resulte em redução no custo da energia ao consumidor. O autor, senador Esperidião Amin (PP-SC), afirma que a medida corrige distorções provocadas por gastos não operacionais da usina. Além disso, também ponderou que a iniciativa não altera o Tratado de Itaipu. Por fim, em sua justificativa do projeto, o senador lembra que o tratado previa a revisão das condições financeiras após a quitação da dívida. Mas sustenta que essa releitura não ocorreu de forma a beneficiar as famílias brasileiras. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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Lei de curtailment proíbe indenizações por excesso de oferta, mas mantém outras compensações

Análise da agência de classificação de risco Fitch Ratings avalia que as regras de compensação por curtailment impostas pela Lei 15.269/2025 não eliminam o impacto negativo dos cortes nos fluxos de caixa das geradoras. O texto da lei proíbe indenizações por excesso de oferta, que é cerca de metade dos cortes. Contudo, passa a prever compensação retroativa por cortes relacionados à confiabilidade da rede. O ressarcimento por indisponibilidade da rede foi mantido. De acordo com a Fitch, a problemática continuará causando impactos financeiros significativos. Mas não estão previstas ações negativas nos ratings de emissores corporativos. Além disso, a nova lei traz a possibilidade de renovar concessões de hidrelétricas, podendo beneficiar especialmente empresas como Auren, Engie BR e Cemig. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)

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Fazenda deve fazer consulta pública sobre aplicação de lei para seguradoras investirem em verde

Em meio à judicialização no Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Fazenda prepara-se para realizar uma consulta pública sobre a aplicação do artigo 56 da Lei nº 15.076/2024, que impõe uma obrigação para o setor de seguros e previdência complementar investir em ativos ambientais. A referida lei estabelece que seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, sociedades de capitalização e resseguradores locais devem aplicar, anualmente, pelo menos 0,5% de suas reservas técnicas e provisões em ativos ambientais ou em cotas de fundos que os contenham, seguindo as diretrizes definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Cristina Reis, representante da Secretaria Extraordinária do Mercado de Carbono, ressaltou que, apesar da controvérsia judicial em curso no STF, o Executivo tem o dever de cumprir a legislação vigente. Ela destacou, no entanto, que a implementação do artigo enfrenta desafios práticos significativos, sobretudo devido ao descompasso entre a demanda imposta pela lei e a oferta atual de ativos ambientais disponíveis no mercado financeiro. Além disso, a secretária enfatizou a necessidade de construir uma regulamentação clara para a aplicação da lei, com prazos e períodos de referência para os investimentos, assim consolidando a segurança jurídica e operacional. (BroadcastEnergia - 27.11.2025)

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Avança projeto que realoca trabalhadores de estatais do setor elétrico privatizadas

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o PL 1.791/2019, que garante aos trabalhadores de estatais federais do setor elétrico privatizadas o direito de serem realocados em outras empresas públicas ou de economia mista, caso não permaneçam na companhia privatizada. O texto altera a Lei 12.783/2013 e determina que esses empregados concursados sejam aproveitados em funções com atribuições e salários compatíveis, inclusive aqueles de empresas já desestatizadas. O relator Sérgio Petecão destacou que privatizações podem gerar demissões e forte impacto social, lembrando os 3.614 desligamentos ocorridos no grupo Eletrobras entre 2021 e 2023, muitos deles de profissionais acima de 50 anos. Para ele e outros senadores, como Mecias de Jesus e Marcos Rogério, a medida corrige injustiças, valoriza trabalhadores qualificados e reforça o patrimônio humano do Estado. O projeto segue agora ao Plenário com pedido de urgência. (Agência Senado – 26.11.2025)

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Regulação

Aneel abre CP sobre garantias em contratos de venda de energia a distribuidoras

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lançou uma Consulta Pública (CP) para colher contribuições sobre a proposta de alterações nas Regras e Procedimentos de Comercialização, apresentada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O objetivo principal dessas mudanças é a operacionalização do aporte de garantias financeiras exigido dos agentes vendedores de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEARs), firmados com distribuidoras a partir do 35º Leilão de Energia Existente (LEE) de 2025. O 35º LEE, realizado em 14 de novembro, instituiu uma nova exigência para os agentes vendedores: o aporte de garantias financeiras equivalentes a três meses de receita prevista na venda do CCEAR. Essa medida visa aumentar a segurança jurídica e financeira dos contratos firmados no âmbito do leilão. A necessidade dessa garantia decorre do fato de que os volumes de energia comercializados nesses leilões nem sempre são respaldados diretamente por usinas geradoras, o que pode expor os compradores a riscos no Mercado de Curto Prazo (MCP), caso haja descumprimento contratual. Com isso, a adoção dessa exigência foi motivada por episódios recentes de inadimplência em contratos bilaterais regulados, envolvendo comercializadoras que não cumpriram suas obrigações, gerando instabilidade e prejuízos aos compradores. Por fim, a Consulta Pública está aberta para recebimento de contribuições até o dia 18 de dezembro de 2025. Os interessados poderão enviar suas sugestões e críticas sobre a proposta de alteração, que detalha os procedimentos para a implementação das garantias financeiras no processo de comercialização. (BroadcastEnergia - 23.11.2025)

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Aneel e distribuidoras reúnem-se para acompanhar evolução do Projeto Radar

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, promoveu uma reunião on line com dirigentes de distribuidoras para um encontro de acompanhamento do Projeto Radar, uma plataforma de controle de interrupções de energia elétrica no país. O projeto, a ser lançado no primeiro trimestre de 2026, deverá monitorar as interrupções em tempo real. Durante a reunião, os dirigentes confirmaram que entregarão os dados das distribuidoras até o final do próximo mês de dezembro. O prazo foi concedido para que as empresas possam promover adaptações em seus sistemas à transmissão automática, que será segura e auditável das informações. A plataforma, que integra as comemorações dos 30 anos de criação da Aneel em 2026, irá propiciar ao consumidor uma visão geral da continuidade dos serviços de distribuição no país. (Aneel – 19.11.2025)

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ANEEL: Ajustes na regulação de sandboxes tarifários

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou ajustes na Resolução Normativa 966/2021 para incluir critérios mínimos para autorização de Sandboxes Tarifários, projetos inovadores de modernização de tarifas. A medida, que atende recomendação da Controladoria Geral da União (CGU), objetiva inserir no texto normativo a prática que já é utilizada na governança dos Sandboxes Tarifários. Os critérios agregados ao regulamento são metodologia de definição do amostral; metodologia de definição das tarifas; aplicabilidade técnica e operacional; e relevância regulatória. A diretoria ainda decidiu estender de 1º de janeiro de 2027 para 1º de junho de 2027 o prazo máximo para envio do relatório final dos projetos de Sandboxes Tarifários da 1ª Chamada Pública para avaliação pelo Projeto de Governança. A prorrogação atende a dificuldades surgidas no desenvolvimento de sistemas de faturamento e de medição. Também foi estendido por dois meses o prazo de finalização de projeto desenvolvido pela Copel constante na 2ª Chamada Pública. (Aneel – 18.11.2025)

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Aneel define quotas da CDE e Proinfa para transmissoras

A superintendência de Gestão Tarifária da Aneel fixou os valores das quotas referentes aoencargo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de setembro de 2025, relativos às concessionárias de transmissão que atendam consumidor livre e/ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da Rede Básica do SIN. O valor total é de R$ 141.245.291,45 e o prazo para recolhimento à CCEE será até o dia 10 de dezembro de 2025. Outra decisão do regulador foi fixar os valores das quotas de custeio referentes ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), para o mês de janeiro de 2026, relativos às concessionárias do serviço público de transmissão de energia elétrica que atendam consumidor livre e/ou autoprodutor com unidade de consumo conectada às instalações da Rede Básica do SIN e as quotas definidas no Anexo do Despacho deverão ser recolhidas à Enbpar até 10 de dezembro de 2025, para crédito da Conta Proinfa, no valor total de R$ 31.886.218,32. (Agência CanalEnergia - 21.11.2025)

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Aneel: Autorização dos pagamentos sobre a prestação de serviços ancilares a geradoras

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o pagamento dos valores referentes aos serviços ancilares prestados por geradoras em 2024, conforme a Resolução 1.030/2020. Os pagamentos serã efetuados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), por meio de Encargos de Serviços do Sistemas (ESS), em parcela única. Os ESS cobrirão três serviços: Autorrestabelecimento, que permite à usina reiniciar a operação sem fonte externa; Controle Secundário de Frequência, ligado ao restabelecimento da frequência e do intercâmbio de potência; e o Sistema Especial de Proteção (SEP), composto por esquemas automáticos de segurança e emergência que preservam o Sistema Interligado Nacional (SIN) em situações de risco. Nesse desenha, cabe ao Operador Nacional do Sistema (ONS) avaliar a aptidão e o desempenho das usinas para cada serviço e enviar relatórios à Aneel, que utilizará essas informações para autorizar os pagamentos. (Aneel – 26.11.2025)

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Empresas

Petrobras reduz plano de investimentos para 2026-2030 com foco em disciplina financeira

A Petrobras reduziu para US$ 109 bilhões o plano de investimentos 2026-2030, queda de 1,8% ante o ciclo anterior, refletindo a baixa do petróleo e uma estratégia mais conservadora. Do total, US$ 91 bilhões irão para projetos já em implantação e US$ 18 bilhões para iniciativas em avaliação. Exploração e produção receberão US$ 78 bilhões; refino, transporte e comercialização, US$ 20 bilhões; gás e energias de baixo carbono, US$ 9 bilhões; e projetos corporativos, US$ 2 bilhões. A estatal projeta Brent a US$ 63 em 2026 e US$ 70 entre 2027 e 2030, e prevê economia de US$ 12 bilhões em custos operacionais até 2030. A produção deve atingir pico de 2,7 milhões de barris/dia em 2028. Mantêm-se o limite de dívida em US$ 75 bilhões, a política de dividendos e o foco em óleo e gás, embora US$ 13 bilhões sejam destinados à transição energética. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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Axia Energia: Fitch coloca ratings em perspectiva positiva

A Axia Energia comunicou que a agência de classificação de risco Fitch reafirmou os ratings de longo prazo da companhia em moeda local e estrangeira em BB-, alterando a perspectiva de estável para positiva. O rating de longo prazo em escala nacional permanece em AA (bra). Segundo a agência, a a melhora reflete a expectativa de geração de caixa mais forte e avanço das métricas de crédito, impulsionados pelas vendas de ativos anunciadas e por premissas mais favoráveis para preços de energia. A Fitch também ressaltou que a ampla e diversificada base de ativos da Axia reduz riscos operacionais e regulatórios, enquanto a liquidez robusta e a flexibilidade financeira permitem à companhia cumprir suas obrigações e manter seu plano ampliado de investimentos. (Agência CanalEnergia - 18.11.2025)

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Axia retoma processo para aderir ao Novo Mercado da B3

A Axia informou ter retomado os estudos para migrar ao Novo Mercado da B3, segmento com padrões mais elevados de governança. A empresa convocou assembleia para 19 de dezembro, na qual os acionistas decidirão sobre a capitalização de R$ 39,9 bilhões da reserva de lucro por meio da criação de uma nova classe de ações preferenciais (PNC). Essas ações terão direito a voto e caráter transitório, com resgate ou conversão em ações ordinárias até 2031, alinhando-se às exigências do Novo Mercado, que privilegia estruturas societárias com ações ordinárias. A mudança ocorre após a rebranding de 10 de novembro, quando a companhia adotou os novos códigos AXIA3, AXIA5 e AXIA6. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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Governo negocia retomada da marca Eletrobras

O governo Lula negocia com a Axia Energia para reaver o nome Eletrobras, após a empresa privatizada adotar sua nova marca em 2024. As conversas ocorrem no Ministério de Minas e Energia e incluem a possibilidade de usar a marca para renomear a estatal ENBPar, que administra ativos não privatizados, como Itaipu Binacional e Eletronuclear. Fontes negam qualquer pagamento à Axia e afirmam que não há discussão sobre aquisição de outros ativos, apenas da marca. O MME não confirma nem descarta a negociação, e a Axia não comenta. Privatizada em 2022, a antiga Eletrobras tornou-se Axia, nome apresentado como símbolo de transformação e fortalecimento da governança. A companhia possui 44,4 GW de capacidade instalada, com 82 usinas em 20 estados e no Distrito Federal, incluindo hidrelétricas como Belo Monte, Jirau e o Complexo de Paulo Afonso, além de parques eólicos e uma planta solar. (Valor Econômico - 24.11.2025)

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BNDES, Axia e Heineken lançam editais para restauração de rios

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou na COP30 dois editais do programa Floresta Viva, somando R$ 30 milhões para projetos de restauração ecológica e revitalização hídrica em 96 municípios de Goiás, Minas Gerais e Pernambuco. O edital Águas do Paranaíba, em parceria com a Axia Energia e com orçamento de R$ 20 milhões, apoiará ações de recuperação da Bacia do Rio Paranaíba, fortalecendo também a cadeia produtiva ligada à restauração, como coleta de sementes, produção de mudas, plantio e monitoramento, com prioridade para o engajamento de comunidades locais. Já o edital Águas de Beberibe, com o Grupo Heineken e R$ 10 milhões, financiará projetos de reflorestamento e redução de sedimentos no Rio Beberibe, que sofre com poluição e degradação em 35 municípios de Pernambuco. As chamadas públicas são voltadas a entidades sem fins lucrativos e cooperativas com ao menos dois anos de constituição. Segundo a Axia, a iniciativa dobra o impacto de ações regionais de revitalização hídrica, enquanto o Funbio destaca que a restauração ajudará a melhorar a qualidade da água, a biodiversidade e as condições de vida das populações ribeirinhas. (Agência CanalEnergia - 21.11.2025)

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CCEE: Conquista do Selo de Igualdade Racial da Prefeitura de SP

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) recebeu o Selo de Igualdade Racial da Prefeitura de São Paulo, reconhecimento concedido a organizações que adotam políticas afirmativas e mantêm ao menos 20% de pessoas negras em diferentes níveis hierárquicos. A entrega ocorreu no Centro Cultural Vergueiro, com participação de representantes da CCEE que destacaram o compromisso institucional e o fortalecimento do grupo de afinidade de raça. A entidade inscreveu dados de seu Censo interno, que mostram 27% dos colaboradores autodeclarados pretos ou pardos. O selo reforça a evolução das práticas de diversidade e inclusão, evidenciando a atuação contínua para ampliar oportunidades e consolidar um ambiente plural, equitativo e alinhado aos valores da instituição no setor elétrico e na sociedade. (CCEE – 27.11.2025)

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Cemig: Captação de R$ 4 bi em emissão de debêntures

A Cemig finalizou duas captações simultâneas que somam R$ 4 bilhões por meio das subsidiárias Cemig Geração e Transmissão (GT) e Cemig Distribuição (D). A Cemig GT levantou R$ 1,5 bilhão em sua 11ª emissão de debêntures simples, com garantia fidejussória da controladora, divididas em duas séries indexadas ao IPCA — a primeira de R$ 1 bilhão a IPCA + 6,7878% ao ano, e a segunda de R$ 500 milhões a IPCA + 6,6504%, com prazos longos e amortizações escalonadas. Já a Cemig D captou R$ 2,5 bilhões em sua 14ª emissão, também em duas séries e seguindo condições financeiras idênticas, porém classificadas como debêntures sustentáveis, com selo ESG e destinação exclusiva a projetos prioritários da distribuidora. Os recursos das duas operações serão usados para reembolso de investimentos e dívidas relacionadas a iniciativas estratégicas. Ambas as emissões receberam rating AAA.br da Moody’s, reforçando a robustez financeira e a credibilidade do grupo mineiro no mercado de capitais. (Agência CanalEnergia - 19.11.2025)

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Cemig SIM: Obtenção de aval do Cade para compra da Hera Energia

A Cemig SIM recebeu aval do Conselho Adminstrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição de 100% da Hera Energia, que opera cinco usinas solares de geração distribuída, reforçando sua estratégia de ampliar presença no mercado de fontes renováveis. A compra, sem valores divulgados, consolida a expansão do portfólio fotovoltaico da companhia e aumenta a capacidade de geração e de oferta de créditos no Sistema de Compensação de Energia Elétrica, alinhando-se à Lei 14.300/2022, que regula a GD compartilhada. Para os antigos donos, a venda representa oportunidade de capitalização e redirecionamento de investimentos. Já o Cade concluiu que a operação não traz riscos concorrenciais. O movimento fortalece a atuação da Cemig SIM na geração distribuída e deve ampliar a oferta de energia solar compartilhada, contribuindo para a eficiência e a expansão sustentável do setor elétrico brasileiro. (Broadcast Energia – 26.11.2025)

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Leilões

Governo anuncia LRCAP em 2026 para reduzir risco de blecautes

O governo brasileiro estabeleceu diretrizes para dois Leilões de Reserva na Forma de Potência, programados para março de 2026, conforme as Portarias MME 118 e 119/2025. Esses leilões têm como objetivo garantir que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) disponha de capacidade despachável suficiente para atender a carga em momentos de escassez, minimizando riscos de blecautes causados por desequilíbrios instantâneos entre oferta e demanda. Essa iniciativa surge diante de uma vulnerabilidade identificada no Plano Energético Nacional 2025 que, embora o sistema tenha capacidade para gerar a energia total demandada mensalmente, ele enfrenta limitações para ajustar rapidamente a geração às variações horárias e sazonais da carga líquida. Com isso, o governo já sinalizou a intenção de promover leilões específicos para armazenamento ainda neste ano. A definição das regras para esses leilões enfrentou atrasos e disputas judiciais, refletindo a complexidade de contratar recursos específicos em um ambiente marcado por interesses setoriais divergentes. Para o futuro, sugere-se a adoção de leilões combinatórios que considerem a expansão da geração de forma ampla e tecnologicamente neutra, permitindo maior concorrência e melhor atendimento dos múltiplos atributos requeridos pelo sistema. (BroadcastEnergia - 27.11.2025)

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MME realiza webinar sobre diretrizes do leilão de armazenamento de 2026

Nesta terça-feira (25), o Ministério de Minas e Energia (MME) promove o webinar “LRCAP de 2026 – Armazenamento”, com a participação da EPE e do ONS. O encontro, que será transmitido ao vivo pelo canal do MME no YouTube, vai apresentar e debater as diretrizes da consulta pública sobre o Leilão de Reserva de Capacidade na Forma de Potência com uso de sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS). Será uma oportunidade para contribuir com o processo, esclarecer dúvidas e alinhar conceitos sobre esse novo passo importante para a segurança elétrica e a transição energética do país. Tenha acesso à transmissão aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 24.11.2025)

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Leilão de baterias inaugura marco de armazenamento

A consulta pública do primeiro leilão de baterias do país, prevista para abril de 2026, marca o início da contratação de armazenamento em larga escala pelo LRCap, essencial para reforçar a segurança energética. Embora o avanço tenha sido bem recebido, persistem dúvidas sobre competição com leilões de térmicas e hidrelétricas, escala de demanda, regras de financiamento e impactos da MP 1.304, que criou o marco legal do armazenamento e retirou exigências de conteúdo local. Empresas e fabricantes já se mobilizam para disputar o certame, enquanto especialistas alertam para riscos de custo, indefinições sobre TUST, licenciamento ambiental e o rateio dos encargos ligados à intermitência das renováveis. A indústria vê potencial para desenvolver uma cadeia produtiva nacional, mas associações de térmicas contestam o modelo por considerar que baterias não oferecem disponibilidade contínua. (Valor Econômico - 26.11.2025)

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TCU recomenda que MME evite novas consultas públicas para o 2º leilão de capacidade

O Tribunal de Contas da União recomendou que o Ministério de Minas e Energia evite submeter as regras do 2º Leilão de Capacidade a novas consultas públicas. O TCU aponta o risco de morosidade do processo administrativo, que pode comprometer os objetivos da contratação de potência para atendimento ao Sistema Interligado. O MME abriu consultas públicas em agosto desse ano com as Portarias 859 e 860, que trazem as diretrizes dos LRCAPs previstos para 18 e 20 de março de 2026. Para o relator do processo no TCU, Jorge Oliveira, o leilão de capacidade é um exemplo de situação em que é preciso equilibrar o uso de mecanismos de participação social, caso da consulta pública, com a agilidade para a tomada de decisões. Além disso, em avaliação dos auditores, seria necessário aperfeiçoar os instrumentos de planejamento dos requisitos de potência. Por fim, o tribunal tem acompanhado as tratativas do governo para a concretização do segundo leilão de capacidade. (Agência CanalEnergia - 24.11.2025)

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Disputa em leilão de sistemas isolados envolve acusação de proposta artificialmente barateada

A Aneel habilitou dois vencedores do leilão de Sistemas Isolados (Sisol) de 2025. São eles: Energias do ACRE SPE Ltda e o Consórcio IFX-YOU.ON, entre a Infravix Engenharia e a YOU.ON Energia. Conforme despacho publicado no Diário Oficial da União, as soluções de suprimento incluem uma usina híbrida de fonte térmica, solar e baterias, com potência de 20,1 MW. E outro empreendimento, sob alcunha de Cigal e perfazendo 30,1 MW. Com isso, a Agência negou os recursos protocolados pela Clean Energy Solutions e o Consórcio AMZ Energia. Ambos contra o resultado referente ao Lote 3. Em síntese, as requisições questionam o critério de seleção das propostas envolvendo o fator “i” da PVar utilizada pelo Consórcio IFX-You.ON. Na nota técnica, a CES levanta a hipótese de que o consórcio apresentou fator de conversão artificialmente reduzido e consequentemente um PVar muito inferior ao dos concorrentes. Em contrarresposta, o EPE argumentou que o Consórcio IFX apresentou um projeto com adoção de estratégia que suporta o risco de variação, e que o principal método de avaliação seria a estratégia, assim não se tratando de manipulação. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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Axia Energia mira expansão com foco em megaleilões e novos projetos de transmissão

A Axia Energia, novo nome da antiga Eletrobras, entra em fase de expansão após reduzir custos, concluir obras pendentes e diminuir riscos, abrindo espaço para dividendos recorde e novos investimentos, segundo o CEO Ivan Monteiro. A empresa pretende disputar ativamente os megaleilões de transmissão previstos para 2026, podendo formar parcerias para projetos de alto Capex, como o bipolo de 2,5 mil km entre Nordeste e Sul, avaliado em R$ 26,5 bilhões. A Axia deve investir cerca de R$ 10 bilhões em 2025, mantendo crescimento em modernização e reforço de seus 74 mil km de linhas e mais de 40 GW de geração. O governo planeja ainda licitar R$ 40 bilhões em transmissão em 2027. A companhia também estuda baterias, expansão de hidrelétricas e potenciais aquisições em renováveis, especialmente solar. Além disso, avança em soluções para data centers, hidrogênio verde e eletrificação industrial, reforçando sua atuação no mercado livre e seu “funding intelectual” para adaptação às transformações do setor. (Valor Econômico - 19.11.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

Aneel proporciona apoio institucional ao Plano Emergencial do ONS para corte de geração tipo III

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, durante Reunião Pública Ordinária, o plano emergencial de corte de geração na distribuição. Conforme apontado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), em dias de forte irradiação solar e temperaturas amenas, quando a carga é reduzida e a contribuição da micro e minigeração distribuída – MMGD alcança patamares elevados, o sistema elétrico pode ser submetido a situações de carga líquida muito baixa. Essa carga muito baixa coincide com a elevada quantidade de geração não controlável e com baixa capacidade de inércia, de controle de frequência e de controle de tensão. Desse modo, essas situações podem afetar a capacidade de o ONS manter a operação segura. O Sistema Elétrico Brasileiro (SEB) operou bem próximo desses patamares, conforme apontado pelo ONS, nos dias 4 de maio de 2025 (domingo subsequente ao feriado do Dia do Trabalhador) e 10 de agosto de 2025 (Dia dos Pais). (Aneel – 18.11.2025)

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Distribuidoras terão 20 dias para plano de corte de geração

Distribuidoras de diferentes regiões do país terão que apresentar, em até 20 dias, um plano para o corte de geração de usinas conectadas à rede de distribuição. A determinação foi aprovada pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 18 de novembro. Ele é direcionada a 12 concessionárias selecionadas no plano emergencial do Operador Nacional do Sistema Elétrico para o final do ano. A medida vai atingir empreendimentos localizados nas áreas de concessão da CPFL Paulista, Cemig, Energisa Mato Grosso, Copel, Elektro, Celesc, Equatorial Goiás, Energisa Mato Grosso do Sul, Neoenergia Coelba, RGE, EDP Espírito Santo e Neoenergia Pernambuco. Essas empresas representam 10% de todas as distribuidoras, mas concentram cerca de 80% da potência total instalada de usinas Tipo III. Esses empreendimento são o alvo da proposta que pretende mitigar os riscos do descasamentos entre carga e geração, para resguardar a segurança do Sistema Interligado. (Agência CanalEnergia - 18.11.2025)

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Projeções indicam bandeira amarela na conta de luz em dezembro

Consultorias do setor elétrico projetam que a Aneel deve acionar a bandeira amarela em dezembro, reduzindo a cobrança extra nas contas de luz para R$ 1,885 a cada 100 kWh, após dois meses de bandeira vermelha 1. A mudança seria a primeira cobrança de bandeira em dezembro desde 2021. O cenário menos favorável de chuvas elevou o preço da energia, mas há sinais de melhora com a recuperação parcial das afluências nas principais bacias e temperaturas abaixo da média. A expectativa é de que a geração hidráulica aumente com o período úmido no Sudeste, permitindo a redução do patamar. Para o início de 2025, as projeções apontam bandeira verde, sem tarifa adicional, devido à melhora consistente na produção hidrelétrica. (Valor Econômico - 28.11.2025)

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BBCE: Condições de oferta e demanda para início de 2026 impulsionam preços da energia

Os preços futuros da energia elétrica registraram alta na última semana na plataforma Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), abrangendo contratos de curto e longo prazos, que também apresentaram maior liquidez. Essa movimentação reflete a atenção do mercado às condições de oferta e demanda previstas para o início de 2026, em meio a revisões importantes nas estimativas de afluência hídrica feitas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Na última semana, o ONS revisou para baixo a projeção de entrada de água nos reservatórios das hidrelétricas das regiões Nordeste e Sul. No Nordeste, a afluência esperada para o encerramento de novembro foi reduzida a apenas 29% da média histórica, indicando um cenário bastante seco para a região. No Sul, inicialmente aguardava um volume de chuvas acima da média para o período, porém a previsão foi ajustada para uma Energia Natural Afluente (ENA) de 93%, o que representa uma redução em relação às expectativas anteriores. Além disso, o volume armazenado nos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) diminuiu ao longo do mês de novembro, o que contribui para a pressão sobre os preços. Os preços para esses anos subiram 5,28%, para R$ 221,80 por MWh em 2027, e 6,37%, para R$ 207,07 por MWh em 2028, demonstrando que o ajuste de preços não está restrito ao curto prazo, mas também afeta projeções de médio e longo prazo. Em síntese, o mercado de energia brasileiro tem reagido às revisões das condições hidrológicas para o início de 2026, refletidas na redução das afluências esperadas e no menor volume armazenado nos reservatórios. Essa conjuntura tem impulsionado a valorização dos contratos futuros de energia elétrica em diversos horizontes temporais. (BroadcastEnergia - 26.11.2025)

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Consumidores

MME: Abertura de mercado é um passo relevante para integração com a AL

O diretor do Ministério de Minas e Energia (MME), Cristiano Augusto Trein, afirmou, no Encontro Anual do Mercado Livre de Energia, que a criação de um mercado aberto de energia na América Latina é estratégica para ampliar competitividade, atrair investimentos e fortalecer a segurança energética regional. Ele ressaltou que a integração não é simples: exige superar barreiras físicas, como interconexões de transmissão, e desafios técnicos, como a harmonização de frequências. Segundo Trein, a harmonização regulatória é condição indispensável para ir além das trocas emergenciais, demandando acordos internacionais claros e vinculantes sobre tarifas, governança e regras comerciais. O diretor destacou o potencial energético da região, com recursos complementares como solar no Atacama, eólica no Brasil e grandes reservatórios hidrelétricos, o que permitiria leilões futuros de excedentes e novos corredores de transmissão. Para funcionar, o mercado precisa de confiança entre países, contratos firmes, modelos de precificação transparentes e soluções para riscos cambiais e tarifas. Trein concluiu que, apesar dos desafios, a integração pode levar a América Latina a um novo patamar de sustentabilidade e competitividade. (Agência CanalEnergia - 27.11.2025)

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CCEE: Reforço do compromisso com a abertura do mercado

Durante o Encontro Anual do Mercado Livre de Energia, o presidente da CCEE, Alexandre Ramos, afirmou que a abertura integral do mercado elétrico é um marco histórico para o Brasil. Ele enfatizou que esse processo é capaz de ampliar a competitividade, atrair investimentos e acelerar a transição energética. Ainda, destacou a migração de mais de 84 mil unidades de alta tensão para o ambiente de livre contratação (ACL), a publicação da Lei 15.269 e a perspectiva de antecipar para dois ou três anos o acesso ao mercado livre para 92 milhões de unidades de baixa tensão. Ramos defendeu que o processo seja previsível, seguro e equilibrado entre os mercados cativo e livre, preservando a saúde financeira das distribuidoras. Também ressaltou a necessidade de simplificar a migração, reforçar a transparência e ampliar campanhas de conscientização para reduzir assimetrias de informação. A CCEE, segundo ele, tem investido em tecnologia, incluindo plataformas com inteligência artificial, para agilizar processos. Ramos concluiu que a liberalização representa um dos maiores avanços institucionais das últimas décadas e que dá protagonismo aos consumidores ao permitir liberdade de escolha. (Agência CanalEnergia - 26.11.2025)

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Encontro Anual do Mercado Livre 2025 reunirá líderes do setor

O Encontro Anual do Mercado Livre (EAML) 2025 será realizado em 26 e 27 de novembro, em Campinas (SP), e reunirá cerca de 400 executivos, CEOs e especialistas do setor elétrico para discutir tendências, desafios e oportunidades do mercado livre de energia. A edição celebra os 25 anos da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) e terá forte conteúdo internacional, com cases e soluções aplicadas em outros mercados. Pela primeira vez, o evento será aberto a congressistas, ampliando o diálogo entre governo e indústria, e os participantes poderão escolher livremente sua hospedagem. A programação incluirá painéis e palestras pela manhã e, à tarde, workshops e experiências promovidas pelos patrocinadores, voltadas a aprofundar debates técnicos, estimular networking e inspirar inovação no setor. (Agência CanalEnergia - 21.11.2025)

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Biblioteca Virtual

Artigo GESEL: “A integração das startups no setor elétrico brasileiro”

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Marcelo Maestrini (professor de Economia e pesquisador associado do GESEL-UFRJ) tratam da crescente importância estratégica do setor elétrico na economia e na transição energética, ao mesmo tempo em que destacam o paradoxo vivido pelo segmento: precisa inovar para atender às exigências de eletrificação e sustentabilidade, mas opera sob um marco regulatório rígido, avesso ao risco e orientado à estabilidade. Os autores mostram que, embora startups de energia limpa e digital tenham ganhado relevância, elas enfrentam barreiras culturais, procedimentais e regulatórias dentro das distribuidoras, que privilegiam soluções maduras e fornecedores tradicionais. Apontam ainda que mudanças recentes no Programa de P&D da Aneel, ao exigir resultados mensuráveis, podem ampliar a aversão à inovação. Para superar esses entraves, defendem maior articulação entre distribuidoras, associações setoriais e instituições de apoio ao empreendedorismo, criando mecanismos que aproximem o ritmo cauteloso das concessionárias da agilidade das startups e permitam transformar o potencial inovador em ganhos concretos para o setor. Acesse o texto aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 26.11.2025)

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Artigo GESEL: "Empilhamento de Serviços e a Viabilidade das Baterias Multifuncionais"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Djalma Falcão, (professor do Programa de Engenharia Elétrica da COPPE/UFRJ e Pesquisador Associado do GESEL-UFRJ), Luiza Masseno (doutoranda em Economia e Pesquisadora Plena do GESEL-UFRJ) e Kalyne Brito (doutoranda em Planejamento Energético e pesquisadora do GESEL-UFRJ) abordam os Sistemas de Armazenamento de Energia por Baterias como ativos estratégicos capazes de prestar múltiplos serviços ao sistema elétrico. Segundo os autores, “as baterias deixam de ser ativos dedicados a uma única função e passam a gerar retorno por múltiplos serviços prestados ao sistema elétrico. Assim, além de armazenar energia, as baterias podem participar de mercados de serviços ancilares, aliviar congestionamentos na transmissão, contribuir para o controle de tensão e até evitar blecautes.” Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 24.11.2025)

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Artigo de Fatih Birol e Nandan Nilekani: "Revolução elétrica esquece um elemento crucial"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Fatih Birol (diretor-executivo da Agência Internacional de Energia) e Nandan Nilekani (presidente fundador da UIDAI [Aadhaar]) tratam da rápida transformação dos sistemas de energia impulsionada pela eletrificação global, pelo avanço de renováveis e pela explosão de dispositivos conectados, o que exige redes mais flexíveis, inteligentes e seguras. Eles destacam que a digitalização, especialmente com uso de IA, pode prever oferta, equilibrar demanda e corrigir falhas, mas seu potencial é limitado pela falta de interoperabilidade entre tecnologias, que hoje operam de forma isolada e com padrões incompatíveis. Defendem, portanto, a criação de uma Rede Energética Digital, baseada em padrões comuns, para permitir integração eficiente de veículos elétricos, eletrodomésticos, geração distribuída e sistemas solares, além de fortalecer a segurança cibernética. Países como a Índia já avançam nesse modelo com o India Energy Stack, e os autores conclamam governos e empresas a cooperar para garantir infraestrutura digital robusta e alinhada às metas energéticas globais. (GESEL-IE-UFRJ – 24.11.2025)

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Artigo de Edvaldo Santana: "A covardia climática"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata da dificuldade humana e política de perceber a gravidade da crise climática, contrastando tragédias imediatas, como overdoses, com mortes causadas por ondas de calor tratadas como fatalidades. Ele explica que o aquecimento global decorre de enorme acúmulo de energia no sistema terrestre, equivalente a múltiplos quatrilhões de MWh, que desestabiliza o clima e intensifica eventos extremos. Santana critica a lógica de financiar a transição com lucros de combustíveis fósseis, comparando-a à dependência de drogas, e afirma que a humanidade ainda não compreendeu a urgência de reduzir seu consumo. Com o viés da disponibilidade tornando o risco climático cada vez mais tangível, ele defende ações imediatas e estruturais, alertando que a miopia política trata o “incêndio da floresta” climática com um regador, apesar de sua escala imensamente maior. (GESEL-IE-UFRJ – 24.11.2025)

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Artigo de Herlander Zola: "Transição energética com equilíbrio e protagonismo brasileiro"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Herlander Zola (Presidente da Stellantis para a América do Sul) trata da transição energética como oportunidade estratégica para o Brasil, defendendo que o país avance com soluções próprias, inclusivas e alinhadas às suas competências industriais, especialmente na cadeia automotiva. Ele destaca que a combinação entre eletrificação e biocombustíveis, com o etanol como diferencial competitivo, permite reduzir emissões sem comprometer a competitividade, enquanto tecnologias como o Bio-Hybrid, desenvolvidas localmente, mostram que é possível inovar preservando empregos e fortalecendo a indústria. Zola defende uma matriz diversificada, que inclua veículos flex, híbridos e elétricos, e uma visão sistêmica que abranja toda a cadeia, da mineração à economia circular, exemplificada pelo Centro de Desmontagem Veicular da Stellantis. Para ele, o Brasil pode liderar a mobilidade sustentável global se governo, empresas e sociedade atuarem de forma coordenada. (GESEL-IE-UFRJ – 24.11.2025)

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Artigo de Fabiana Rodrigues da Fonseca: “Abordagens contratuais e perfis de receita para sistemas BESS”

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, trata da Medida Provisória nº 1.304, que estabeleceu diretrizes para o armazenamento de energia no Brasil. A MP atribui à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a regulação e fiscalização do setor, abrangendo regras sobre remuneração, acesso à rede e incentivos fiscais, e define quatro níveis de armazenamento: parques centralizados, subestações de alta tensão, redes de baixa tensão e sistemas residenciais/comerciais. Segundo a autora, a proposta reconhece o papel estratégico das baterias (BESS) para a operação do sistema elétrico nacional e antecipa a realização, ainda em 2025, do primeiro leilão de capacidade com sistemas de armazenamento, conhecido como "leilão de baterias". Diante disso, o texto destaca modelos contratuais consolidados na Europa para orientar o desenvolvimento do setor no Brasil: o compartilhamento de receitas (merchant model), no qual o proprietário do BESS assume o risco de mercado e compartilha receitas com o otimizador; valor mínimo garantido (floor agrément), que assegura receita mínima ao proprietário com possibilidade de ganhos adicionais, podendo haver limite máximo; e tolling, onde o paga valor fixo para operar o BESS, assumindo o risco comercial, enquanto o proprietário segue responsável por custos técnicos e operacionais. O texto conclui que o conhecimento desses modelos e seus perfis de risco/retorno é fundamental para investidores e desenvolvedores, e que a nova legislação tende a aumentar a segurança jurídica, viabilizando contratos mais sofisticados no setor de armazenamento de energia no Brasil. (GESEL-IE-UFRJ – 27.11.2025)

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