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IFE
04/11/2025

IECC 348

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

IFE
04/11/2025

IFE nº 348

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

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IECC 348

Marco Institucional

Seminario “PLEXOS®: ferramenta para construção de Cenários do SEB”

Inaugurando a parceria do GESEL com a Energy Exemplar — desenvolvedora do PLEXOS®, software líder mundial em modelagem, simulação e otimização de sistemas energéticos — será realizado, no dia 11 de novembro (das 9h30 às 12h30), um evento presencial no Campus da Praia Vermelha da UFRJ, com exposições de diretores técnicos da Energy e do GESEL-UFRJ. O objetivo é apresentar as funcionalidades e a capacidade explicativa dessa potente ferramenta de planejamento estratégico e operacional. Inscreva-se aqui: https://forms.gle/o6WJX8jq4sRqZf5Q6 (GESEL-IE-UFRJ – 31.10.2025)

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GESEL/UFRJ contribui para a tomada de subsídios do REDATA

Sempre atento às novas tecnologias que abrem possibilidades de investimento e desenvolvimento do Sistema Elétrico Brasileiro (SEB), o GESEL/UFRJ cadastrou contribuição à tomada de subsídios relacionada ao Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (REDATA), organizada conjuntamente por múltiplos ministérios, por meio da plataforma “Brasil Participativo”. Destaca-se também que o GESEL/UFRJ contribuiu à tomada de subsídios da “Política Nacional de Data Centers – Eixo CI (Conectividade e Infraestrutura)”, de responsabilidade do Ministério das Comunicações. As contribuições realizadas só foram possíveis em função do desenvolvimento de uma pesquisa sobre os impactos de novos data centers no Setor Elétrico Brasileiro (SEB), ainda em curso. Acesse a versão integral da contribuição ao REDATA aqui. Acesse a contribuição à Conectividade e Infraestrutura aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.10.2025)

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Curso GESEL “Reforma Tributária e o Setor Elétrico”

A Reforma Tributária irá impactar todos os contratos do Sistema Elétrico Brasileiro (SEB). Para oferecer uma visão geral sobre este processo complexo, o GESEL irá realizar curso de 8 aulas totalmente online, iniciando na 4ª semana de novembro. O curso está estruturado em 4 seções: Visão geral do Sistema Tributário; Nova estrutura tributária pós 2026; Situação Tributária atual no SEB; e Futuro Tributário do SEB. Serão 8 aulas de 2 horas cada, sempre às segundas e quartas-feiras, das 18h30 às 20h30. Carga horária total de 16 horas. O início do curso está previsto para o dia 24 de novembro. Mais informações em breve. SAVE THE DATE! (GESEL-IE-UFRJ – 28.10.2025)

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Curso GESEL “Transição Energética: Inovação nas Fontes de Eletricidade”

O curso “Transição Energética: Inovação nas Fontes de Eletricidade” apresenta os principais desafios e oportunidades do setor elétrico brasileiro no processo de modernização. Com foco em inovações em fontes de eletricidade, destaca a energia solar, a energia eólica, a biomassa, a hidrelétrica e as tecnologias de armazenamento. Aborda ainda conceitos essenciais da transição energética, perspectivas futuras, políticas públicas e soluções regulatórias, sempre com base em análises do cenário nacional e internacional. O programa está estruturado em seis módulos, que incluem desde a introdução aos vetores da transição até o estudo de novas tecnologias, impactos ambientais e regulação do setor. Serão 12 horas de carga horária, com aulas online às segundas e quartas-feiras, das 18h às 20h. O início do curso está previsto para o dia 3 de novembro. Inscreva-se já: https://forms.gle/DXjB3vg5pKd1Z3Ru8 (GESEL-IE-UFRJ – 28.10.2025)

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Congresso aprova novas regras para o setor elétrico

O Congresso Nacional aprovou a medida provisória que redefine critérios de compensação por cortes de geração de energia renovável, estabelecendo que as usinas terão direito a indenização sempre que o corte for causado por fatores externos às suas instalações, exceto nos casos de sobreoferta de energia. Os custos dessas indenizações serão repassados aos consumidores por meio dos Encargos de Serviço do Sistema, incorporados às tarifas de energia. O relator da proposta, senador Eduardo Braga (MDB-AM), aceitou acordo para retirar do texto a obrigatoriedade de contratação de usinas térmicas a gás natural, uma das medidas mais controversas da MP. O texto segue agora para sanção presidencial. (Valor Econômico - 31.10.2025)

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Comissão aprova MP 1304 com retirada de térmicas a gás e manutenção de PCHs e carvão

O projeto de conversão da Medida Provisória 1304 foi aprovado ontem, dia 30/10 na comissão mista responsável pela matéria. A votação aconteceu após acordo com o governo para a retirada de dispositivos que determinavam a contratação obrigatória de térmicas a gás. O texto deve ser votado ainda hoje nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. A proposta de supressão das térmicas foi apresentada pelo líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL). O PLV manteve a contratação de térmicas a carvão, que deve beneficiar a UTE Candiota III e pequenas centrais hidrelétricas, sendo 3GW em leilão previsto para o primeiro trimestre de 2026. Além disso, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da matéria, incluiu outras mudanças propostas por Bulhões. Entre elas, a definição de índices de correção para contratos de PCH e a manutenção das usinas. Por fim, dos ajustes no voto, Braga apresentou em seu texto final a incorporação de 142 das 435 emendas à MP, tratando de diversos temas relevantes para o setor. (Agência CanalEnergia - 30.10.2025)

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Relatório da MP 1.304 cria teto para subsídios de energia

O relator da MP 1.304/2025, senador Eduardo Braga (MDB-AM), manteve a criação de um teto para os subsídios financiados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fixando o limite com base no orçamento de 2025, de cerca de R$ 50 bilhões, atualizado pela inflação. A medida visa conter o aumento das tarifas e garantir previsibilidade ao fundo que custeia programas sociais, descontos e políticas energéticas. O texto também determina que 100% das receitas de outorgas de concessões sejam destinadas à modicidade tarifária em até sete anos e que benefícios fiscais da Sudam e Sudene sejam revertidos em tarifas menores nas regiões Norte e Nordeste, com impacto estimado de redução de 2,1% até 2026. O relatório amplia o uso do Fundo Social para financiar projetos de gás natural e retoma a contratação de 4,25 GW em térmicas e 4,9 GW em hidrelétricas. Braga ainda propõe abertura gradual do mercado livre de energia, em 24 meses para o setor industrial e em 36 para os consumidores residenciais, e reforça o papel da Aneel e do CNPE na regulação e planejamento do setor. (Valor Econômico – 28.10.2025)

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Nova versão da MP da energia resgata “jabutis” e reduz economia esperada pelo governo

A nova redação da MP 1.304/2025, relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), reintroduz dispositivos retirados pelo governo e diminui a economia esperada com os subsídios do setor elétrico. O texto retoma a obrigatoriedade de contratar 4.250 MW em usinas térmicas a gás, com operação inflexível e contratos de 20 anos, beneficiando empresas ligadas a Carlos Suarez e aos irmãos Joesley e Wesley Batista. Também prorroga a operação de usinas a carvão até 2040 e permite o uso do Fundo Social do pré-sal para financiar infraestrutura de gás. Embora mantenha o teto de gastos da CDE e incentive o armazenamento de energia com isenção de tributos, a proposta adia a abertura total do mercado livre e o início do Programa de Hidrogênio de Baixo Carbono. Entidades do setor criticam a medida por encarecer tarifas, favorecer grupos privados e criar insegurança jurídica, apesar de avanços pontuais em regulação e geração distribuída. (Folha de São Paulo - 28.10.2025)

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Eduardo Braga retira trecho sobre remuneração do capital das distribuidoras em MP do setor elétrico

O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da Medida Provisória do setor elétrico, apresentou complementação de voto que exclui o dispositivo sobre o cálculo da remuneração do capital regulatório das distribuidoras de energia. A mudança ocorreu após críticas de que o texto poderia afetar benefícios fiscais das regiões Norte e Nordeste, apesar de reduzir tarifas em até 2,5%. Braga afirmou que apresentará um projeto autônomo para tratar do tema nas áreas da Sudam e Sudene. O novo relatório também traz ajustes em regras de autoprodução, exclui menções à Polícia Nacional de Recursos Hídricos e inclui o consumo, além da geração, nos incentivos para horários de pico. Além disso, isenta a microgeração com autoconsumo local da nova taxa sobre geração distribuída e amplia a desoneração de sistemas de armazenamento por baterias, incluindo-os no Reidi. (Valor Econômico - 29.10.2025)

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MP propõe isenção de R$ 1 bi para baterias e estímulo à geração de pico

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou o relatório da MP 1304/2025, que propõe incentivos fiscais inéditos para sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS), antecipando parte da política de armazenamento que o governo planeja implementar via leilões ainda em 2025. O texto prevê isenção total de IPI, PIS/Cofins e Imposto de Importação para baterias e componentes usados no setor elétrico, com limite de renúncia fiscal de R$ 1 bilhão. A medida busca reduzir a carga tributária de cerca de 70% sobre o segmento e corrigir distorções que o tratam como “equipamento de informática”. A proposta também cria um mecanismo competitivo para incentivar geração em horários de pico, fortalecendo a segurança energética. O projeto chega em meio à preparação do governo para o primeiro leilão de baterias do país e foi bem recebido pelo setor, que vê avanço na competitividade, embora avalie possíveis impactos sobre o certame. (Agência Eixos – 28.10.2025)

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Fazenda propõe limitar e antecipar fim de subsídios da GD

A Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda recomendou dar base legal para limitar a geração de MMGD e de fontes renováveis não despacháveis em momentos de sobreoferta, além de partilhar os efeitos econômicos dos cortes entre todos os agentes, e não apenas geradores centralizados. A nota, que subsidia o debate da MP 1.304, argumenta que a expansão da GD e das renováveis alterou a operação do SIN, deslocando cortes para usinas centralizadas enquanto a MMGD também contribui para picos de excedente. A Fazenda propõe ajustes à Lei 14.300/2022 para que cortes energéticos se reflitam nos créditos de energia da GD e defende antecipar o fim dos descontos: equiparar MMGD1 e MMGD2 à MMGD3 a partir de 2026 (pagando 60% dos custos de rede em 2026; 75% em 2027; 90% em 2028; e 100% em 2029). O documento também sugere marco legal para o agente armazenador (baterias e UHRs), chamando armazenamento de peça-chave para reduzir cortes e deslocar energia solar diurna. A ABGD reagiu, dizendo que a proposta parte de premissa equivocada e fere a segurança jurídica da GD. A Fazenda ainda menciona, como discussão possível, repactuação de desligamentos passados inspirada no GSF, mas restrita a restrições técnicas. Em paralelo, reforça pilares das MPs 1.300 e 1.304 (abertura de mercado, teto para a CDE, revisão de subsídios). (Megawhat – 28.10.2025)

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ONS lança portal sobre curtailment com dados e análises de restrição de geração renovável

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) lançou em seu site uma nova seção dedicada ao tema Curtailment, que é a restrição de geração de energia elétrica em usinas eólicas e solares, uma medida adotada para garantir a segurança e a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN). No novo espaço, é possível encontrar: Relatórios e dados detalhados sobre as limitações realizadas; Gráficos e análises da evolução do curtailment; Um painel interativo com informações atualizadas. A iniciativa reforça o compromisso do ONS com a transparência, a comunicação técnica acessível e o fortalecimento do diálogo com todo o setor elétrico. Acesse a nova seção aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.10.2025)

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Comissão de Fiscalização Financeira discute preços cobrados pela energia de Itaipu

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados realizará, na próxima terça-feira (28), audiência pública para discutir como é formada a tarifa da energia gerada por Itaipu Binacional. O objetivo é explicar como a inclusão de custos socioambientais afeta o valor da tarifa de energia da usina. O debate será realizado às 9h30, no plenário 9. A reunião foi solicitada pelas deputadas Adriana Ventura (Novo-SP), Bia Kicis (PL-DF), Chris Tonietto (PL-RJ) e pelos deputados Bacelar (PV-BA) e Alfredo Gaspar (União-AL). (Agência Câmara de Notícias – 24.10.2025)

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Comissão de Infraestrutura debate limite para preço da energia de Itaipu

A Comissão de Infraestrutura (CI) promove audiência pública na terça-feira (28), às 9h, sobre o valor máximo que as distribuidoras de energia elétrica podem pagar na compra de energia gerada pela Usina de Itaipu. O debate embasará as discussões dos senadores sobre o Projeto de Lei (PL) 1.830/2025, que limita o preço a US$ 12 por quilowatt (kW). O preço da energia de Itaipu “possui impacto direto nas tarifas pagas pelos consumidores brasileiros”, segundo o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que propôs a audiência pública (REQ 80/2025 - CI). (Agência Senado – 24.10.2025)

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TCU/Vital do Rêgo anuncia para fevereiro painel de referência sobre autonomia das reguladoras

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, divulgou nesta segunda-feira (27) a realização de um painel de referência programado para fevereiro de 2026, que abordará o funcionamento das agências regulatórias do Brasil. O foco principal será a autonomia financeira e a governança desses órgãos, temas de extrema importância para o bom funcionamento e transparência das atividades regulatórias. Os painéis de referência são eventos que reúnem diversos atores envolvidos em determinada área para debater e trocar ideias sobre questões específicas. Nesse contexto, o TCU busca fortalecer o processo de prestação de contas no âmbito das agências reguladoras, visando garantir sua eficiência e transparência. A iniciativa de discutir a autonomia financeira e a governança das agências regulatórias reflete a preocupação com a qualidade da regulação no país, demonstrando um esforço em aprimorar a governança e a prestação de contas desses órgãos. A realização desse painel sinaliza um interesse em aprofundar o debate sobre a regulação no Brasil, visando promover um ambiente regulatório mais eficaz e transparente para o benefício da sociedade como um todo. (BroadcastEnergia - 27.10.2025)

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BNDES prepara financiamento para impulsionar energia eólica offshore no Brasil

O BNDES está desenvolvendo uma estratégia de financiamento específica para impulsionar o setor de energia eólica offshore no Brasil, tendo em vista seu potencial de transformar a matriz energética nacional. O anúncio foi feito por Luiz Antonio Pazos, responsável pelo Programa de Economia Marinha (PEM), durante o Brazil Windpower. Segundo ele, o banco se prepara para oferecer financiamentos de longo prazo, equilibrando a preservação dos recursos marinhos com o atendimento às comunidades costeiras. A iniciativa integra o programa BNDES Azul, que posiciona a energia eólica offshore como eixo central da economia azul brasileira, articulando sustentabilidade, inovação e desenvolvimento socioeconômico. O modelo proposto vai além do crédito tradicional, ao incorporar o planejamento espacial marinho e fomentar projetos que aliem tecnologia e preservação, como o uso da energia eólica offshore para alimentar data centers. A abordagem marca um avanço estratégico na consolidação do Brasil como protagonista na transição energética sustentável. (Agência CanalEnergia - 28.10.2025)

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Setor elétrico enfrenta crise de curtailment e incertezas regulatórias

Relatório da Agência Internacional de Energia aponta que o Brasil deve registrar em 2025 o primeiro declínio em cinco anos na capacidade instalada de fontes renováveis, resultado da combinação entre sobreoferta e cortes de geração (curtailment). O problema, agravado desde o apagão de agosto de 2023, já provoca prejuízos estimados em mais de R$ 3 bilhões e ameaça novos investimentos em energia eólica e solar. Empresas alertam que os cortes reduzem receitas e inviabilizam projetos, enquanto investidores aguardam definição do governo sobre compensações. Apesar do cenário desafiador, o setor se prepara para oportunidades como os leilões de transmissão, potência e armazenamento previstos para 2025 e 2026, este último, voltado a baterias, com expectativa de 2 GW contratados. Especialistas destacam que o sistema elétrico vive uma nova realidade: sobra de energia, mas escassez de potência e flexibilidade. Paralelamente, cresce a demanda de grandes consumidores, como data centers, cuja expansão deve multiplicar por cinco o consumo até 2035, exigindo regulação moderna e infraestrutura robusta para sustentar a transição energética. (Valor Econômico - 31.10.2025)

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Regulação

Aneel aprova consulta para regulamentar lei da nova tarifa social de energia elétrica

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou hoje a abertura de uma consulta pública para embasar a regulamentação da ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica para 17,1 milhões de famílias. A nova medida também inclui a isenção do pagamento das quotas anuais da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para famílias de baixa renda. O período de contribuições para a consulta será de 22 de outubro a 5 de novembro de 2025. Embora a gratuidade na conta de luz para os elegíveis já esteja em vigor, a isenção da CDE entrará em vigor em janeiro de 2026. Para garantir a aplicação do benefício nas faturas de janeiro, as distribuidoras terão até o final de dezembro de 2025 para identificar e classificar as famílias que se enquadram nos critérios de renda especificados. Além disso, a Aneel deverá publicar uma tarifa específica para o desconto social. A consulta pública também abordará descontos especiais nas tarifas de energia elétrica para atividades de irrigação e aquicultura. Essas medidas representam um avanço significativo no apoio às famílias de baixa renda e na promoção de políticas sociais no setor de energia elétrica. (BroadcastEnergia - 26.10.2025)

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Aneel: Distribuidoras terão 180 dias para ajustar sistemas a eventuais compensações a consumidores

A diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agnes da Costa, anunciou que as distribuidoras terão um prazo máximo de 180 dias para ajustar seus sistemas e implementar o indicador DISE, que permitirá a compensação por interrupções no serviço de energia após eventos climáticos extremos. A proposta inicial de dois meses foi estendida devido às preocupações da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) em relação à viabilidade de implementação.Além disso, houve aprimoramentos regulatórios para fortalecer a resiliência do sistema elétrico, como a definição de regras sobre o impacto físico de árvores próximas da rede elétrica. As distribuidoras devem estabelecer planos de manejo vegetal em coordenação com os órgãos municipais, mantendo registros detalhados das solicitações relacionadas ao manejo da vegetação. A Aneel poderá avaliar a diligência das concessionárias com base nesses registros. As distribuidoras também são responsáveis pela rápida remoção de árvores e galhos caídos sobre a rede em casos de eventos climáticos severos. Os agentes terão 90 dias para revisar e publicar planos de contingência, manejo vegetal e comunicação, além de 180 dias para implementar o registro das interações com o Poder Público Municipal e outros mecanismos de comunicação ao consumidor. Essas medidas visam fortalecer a resiliência do sistema elétrico diante de eventos climáticos extremos e garantir a rápida restabelecimento do serviço de distribuição de energia elétrica. (BroadcastEnergia 26.10.2025)

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Aneel lança projeto para levar energia a comunidades isoladas da Amazônia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) convida a imprensa para lançamento do Projeto Sandbox Regulatório Energias da Floresta e assinatura do Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), que serão realizados no dia 30 de outubro, às 9h30, no Auditório 1, da sede da Aneel, em Brasília. O Projeto Energias da Floresta é uma iniciativa da Aneel em parceria com o IEMA que busca ampliar o acesso à energia elétrica e melhorar a qualidade da prestação do serviço em regiões isoladas e remotas da Amazônia Legal, habitadas por povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhos). Atualmente, cerca de 1,2 milhão de pessoas ainda vivem sem energia nos estados do Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e o oeste do Maranhão, devido a desafios logísticos, ambientais e sociais. (Aneel – 24.10.2025)

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3º Circuito Deliberativo Público Ordinário da Diretoria da Aneel de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou a pauta do 3º Circuito Deliberativo Público Ordinário da Diretoria, agendado para 28 de outubro de 2025, com sete processos em destaque. O primeiro trata da proposta de abertura de Audiência Pública para submeter à discussão a minuta da Agenda Regulatória do biênio 2026–2027, após análise das contribuições da Tomada de Subsídios nº 11/2025. Entre os demais itens, estão o recurso da Amazonas Energia S.A. contra multa aplicada pela SFF por celebração de contratos entre partes relacionadas sem anuência da Aneel, e o recurso da Energisa Paraíba, referente a reclamação da empresa Plásticos CVS sobre procedimentos de faturamento. Também será analisado o pedido da Norte Brasil Transmissora de Energia (NBTE) para afastamento de penalidade de Parcela Variável por Indisponibilidade (PVI) decorrente da queda de torre do Bipolo 2 do Complexo do Rio Madeira. A pauta inclui ainda o pedido de reconsideração da Chesf sobre reforços em instalações de transmissão e parcelas adicionais da Receita Anual Permitida (RAP), o recurso da Petrobras relativo à rescisão de contratos da UTE Termoceará, e a impugnação da Atmo Comercializadora contra deliberação da CCEE. Por fim, serão avaliados o requerimento do MetrôRio para incorporação de rede particular pela Light e a transferência de concessão da Eletronorte para a SPE Nova Era Caladinho S.A., sob relatoria dos diretores Sandoval Feitosa, Fernando Mosna, Willamy Frota, Agnes da Costa e Gentil Nogueira. (GESEL-IE-UFRJ – 27.10.2025)

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Aneel nega afastamento de Fernando Mosna em processo envolvendo Enel RJ e Enel Brasil

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu por unanimidade negar o afastamento do diretor Fernando Mosna da análise de um processo envolvendo a Enel Rio de Janeiro e Enel Brasil. Mosna alegou que as empresas estavam tentando criar um litígio para afastá-lo. O processo em questão trata de empréstimos entre empresas do mesmo grupo, conhecidos como "mútuos". Mosna apontou que a Enel RJ anunciou um mútuo com prazo definido até julho de 2026, mas a Aneel ainda não emitiu uma decisão final. O diretor deferiu a prorrogação do mútuo de forma cautelar e provisória até a resolução do recurso. Ele destacou que a empresa realizou parte das operações sem a autorização da reguladora, o que configura uma violação do Código Civil. A diretoria da Aneel, ao rejeitar o pedido de afastamento, expressou apoio a Mosna, argumentando que o pedido era uma tentativa de constrangimento aos diretores. A decisão também foi respaldada pelos diretores Sandoval Feitosa e Gentil Nogueira, que alertaram sobre o risco de abrir precedentes para futuros pedidos de impedimento por outras empresas. A questão foi judicializada, mas a diretoria da Aneel teve que avaliar o pedido, já que o processo estava em pauta. A negação do afastamento foi um voto unânime em defesa da imparcialidade e integridade do processo regulatório. (BroadcastEnergia - 26.10.2025)

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Aneel aponta que tarifa de Itaipu poderia ser até 40% menor após fim da dívida da usina

O representante da Aneel, Leandro Caixeta, afirmou em audiência na Câmara que a energia de Itaipu Binacional, atualmente a R$ 237 por MWh, poderia custar cerca de R$ 150 por MWh, considerando a quitação da dívida da usina em 2023. Segundo ele, mesmo mantendo os custos socioambientais, a hidrelétrica deveria repassar ao consumidor a economia resultante do fim do endividamento. O atual valor, fixado em US$ 19,28 por kW até 2026 após acordo entre o Brasil e o Paraguai, subiu em relação a 2023 e será parcialmente compensado com reembolso de US$ 301 milhões ao lado brasileiro. Caixeta defende que Itaipu tem margem para reduzir tarifas e aliviar a conta de luz, mas a redução prometida não ocorreu. Já o diretor financeiro da usina, André Pepitone, afirma que a tarifa já caiu 33,5% e está compatível com o mix das distribuidoras. A discussão sobre novos valores depende da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, enquanto o TCU analisa possíveis aumentos nas despesas operacionais. (Valor Econômico – 28.10.2025)

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Aneel abre consulta sobre metodologia para repactuação de dívidas do Uso do Bem Público

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abre nesta quarta-feira (29/10) a Tomada de Subsídios (TS019/2025) com o objetivo de receber contribuições sobre a metodologia de apuração do saldo do Uso do Bem Público (UBP) a ser repactuado, conforme o art. 4º da Lei 15.235, de 9 de outubro de 2025.O artigo estabelece a possibilidade de repactuação de dívidas relativas às parcelas vincendas da UBP. Essa repactuação deverá ser formalizada por meio da assinatura de um termo aditivo ao contrato de concessão, dentro do prazo estipulado pela Lei 15.235, de 2025. (Aneel – 29.10.2025)

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Agenda Regulatória da Aneel para o biênio 2026-2027 será apresentada em audiência pública

Nesta terça-feira (28/10) foi autorizada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a realização da Audiência Pública nº 7/2025, na modalidade virtual em 6 de novembro de 2025, para debater a minuta da Agenda Regulatória 2026-2027 com a sociedade. O instrumento de planejamento da atividade normativa define o conjunto dos temas prioritários a serem regulamentados pela Agência a cada dois anos. (Aneel – 28.10.2025)

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Empresas

Petrobras: Aumento de 17% nas vendas de energia no 3º tri 2025

A Petrobras registrou aumento de 17% na venda de energia elétrica no terceiro trimestre de 2025, alcançando 903 MW médios. O resultado foi impulsionado por um cenário hidrológico menos favorável que ocasionou maior despacho termelétrico a gás natural para preservar os níveis dos reservatórios hídricos. Em relação ao mesmo período de 2024, houve queda de 16,2%. As vendas de gás natural cresceram cerca de 3 milhões de m³/dia frente ao trimestre anterior, com alta demanda dos setores termelétrico e industrial, este último favorecido por novos contratos no mercado livre. A oferta de gás nacional subiu 4 MM m³/dia com o maior processamento na unidade de Itaboraí, enquanto as importações da Bolívia recuaram. Ainda, as termelétricas de Ibirité e Termorio anteciparam o início da disponibilidade de potência em agosto. (Agência CanalEnergia - 27.10.2025)

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Eletronuclear pede socorro de R$ 1,4 bi ao governo para evitar colapso financeiro

A Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas nucleares de Angra, solicitou ao governo federal um aporte emergencial de R$ 1,4 bilhão para manter suas operações até o final de 2025. O pedido, encaminhado pela ENBPar ao Ministério de Minas e Energia, alerta para o risco de “colapso operacional e financeiro” já a partir de novembro, devido à falta de recursos para o programa de extensão da vida útil de Angra 1 e para a manutenção de Angra 3. A empresa esperava resolver a situação com a emissão de R$ 2,4 bilhões em debêntures, operação que ainda não foi concretizada e depende da Âmbar Energia, empresa da J&F, que está comprando a participação de 67,95% detida pela Eletrobras (agora Axia Energia). Sem os recursos, a Eletronuclear corre o risco de inadimplência com bancos como BNDES, Caixa e Santander, além de comprometer o pagamento de pessoal e custeio, o que poderia levá-la a depender do Tesouro Nacional. O pedido ocorre em meio a um cenário de aperto fiscal e de dificuldades em outras estatais, como os Correios, que também buscam socorro financeiro. (Valor Econômico - 26.10.2025)

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Axia Energia: Reposicionamento estratégico inclui oportunidades na abertura de mercado

O presidente da Axia Energia, antiga Eletrobras, Ivan Monteiro, destacou, em coletiva, que a mudança de nome representa um reposicionamento estratégico diante da abertura do mercado de energia. Segundo o executivo, os investimentos anuais devem saltar para R$ 10 bilhões, quatro vezes mais que no período em que a empresa era pública. Monteiro ressaltou que a Axia está se preparando para atuar em todas as faixas de consumo — do atacado à baixa tensão — e aposta na comercialização com base em seus próprios ativos de geração, o que a torna mais competitiva. Ele pontuou que a empresa também vem sendo procurada por clientes interessados em hidrogênio verde e data centers, o que reforça seu papel estratégico no novo desenho do setor elétrico. Além disso, afirmou que os leilões de transmissão, capacidade e baterias estão no radar da companhia. Ainda, de acordo com a diretora de Comunicação Leandra Peres, a Axia adota agora uma marca monolítica, substituindo as submarcas Chesf, Eletronorte e CGT Eletrosul na comunicação, embora mantenha seus nomes jurídicos para fins regulatórios. (Agência CanalEnergia - 23.10.2025)

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Axia Energia compra 50,1% da Tijoá e assume controle total da usina de Três Irmãos

A Axia Energia, nova denominação da antiga Eletrobras, anunciou a aquisição da fatia de 50,1% da Triunfo na Tijoá Energia por R$ 247 milhões, passando a deter 100% do capital da concessionária da usina hidrelétrica de Três Irmãos, em Andradina (SP). Com 808 MW de capacidade instalada e contrato até 2044, a Tijoá registrou em 2024 receita de R$ 320 milhões, Ebitda de R$ 136 milhões e não possui dívidas. O ativo também tem infraestrutura preparada para expandir a geração com três novas unidades. O acordo encerra disputas arbitrais e judiciais entre Axia e Juno Participações, subsidiária da Triunfo, que se arrastavam desde 2021, e permitirá o levantamento de R$ 390 milhões em depósitos judiciais, fortalecendo o caixa da empresa e consolidando o controle integral da hidrelétrica. (Valor Econômico – 29.10.2025)

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Axia Energia conclui descarbonização do portfólio e marca nova fase da antiga Eletrobras

Em outubro de 2025, a Eletrobras adotou oficialmente o nome Axia Energia, consolidando uma nova fase de sua trajetória e completando o processo de descarbonização de seu portfólio. A meta de operar apenas com fontes limpas e renováveis foi atingida com a venda da Usina Termelétrica de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, para a Âmbar, encerrando uma série de desinvestimentos que envolveu 13 unidades térmicas, somando 2,1 GW. Com isso, a companhia passou a contar com 81 usinas, 47 hidrelétricas, 33 eólicas e uma solar. Segundo a vice-presidente executiva Camila Gualda, os desinvestimentos reforçam o compromisso da Axia com a transição energética e a sustentabilidade. A empresa também firmou parcerias internacionais para desenvolver hidrogênio verde e compensar emissões remanescentes por meio de projetos de restauração ambiental, visando zerar emissões líquidas até 2030, meta em validação pela Science Based Targets Initiative. Com essas ações, a Axia se consolida como agente central da transição energética brasileira e referência em inovação no setor elétrico global. (Valor Econômico – 29.10.2025)

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Mudança de nome da Eletrobras para Axia Energia marca ruptura com legado estatal

O ex-presidente da Eletrobras, José Luiz Alquéres, considera que a mudança do nome da empresa para Axia Energia simboliza a transição definitiva de um instrumento de política nacional para uma corporação orientada pelo mercado. Segundo ele, os novos acionistas buscam se desvincular do passado estatal e reconstruir a imagem da companhia sob a lógica privada, embora se beneficiem do prestígio acumulado durante décadas de gestão pública. Alquéres destaca que a Eletrobras, criada em 1962, foi fundamental para o desenvolvimento e integração energética do país, e lamenta que sua identidade histórica possa ser relegada. Para ele, a nova fase representa um afastamento do ideal de soberania e desenvolvimento nacional, com foco no retorno financeiro aos acionistas. Embora a atual gestão afirme não querer apagar o passado, o ex-presidente critica o aumento da especulação e do amadorismo no setor elétrico após a privatização. (Valor Econômico – 24.10.2025)

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Leilões

Aneel realiza leilão de transmissão com R$ 5,53 bi em investimentos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promove no dia 31 de outubro, na B3, em São Paulo, o leilão que concederá à iniciativa privada sete lotes de projetos de transmissão de energia, totalizando R$ 5,53 bilhões em investimentos. O pacote inclui 1.081 quilômetros de novas linhas e subestações com capacidade de 2.000 MVA, distribuídas por 12 Estados, e tem como meta ampliar a infraestrutura para escoar a geração de energia renovável e fortalecer a segurança do sistema elétrico. Os contratos, com prazo de 30 anos, terão operação comercial prevista entre 2029 e 2031, e a Receita Anual Permitida (RAP) de referência é de cerca de R$ 937 milhões, com expectativa de forte concorrência e deságios. O certame integra o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e dá sequência ao ciclo de expansão do setor elétrico, que já licitou mais de R$ 60 bilhões em projetos nos últimos dois anos e meio. Segundo a Aneel, as obras são estratégicas para integrar fontes solar e eólica ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e garantir confiabilidade no suprimento de energia ao Sudeste e Nordeste. (Valor Econômico - 31.10.2025)

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MME define diretrizes para LRCAP de 2026 com retorno de térmicas a biodiesel

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou no Diário Oficial da União as diretrizes para o Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de março de 2026, que contará com dois certames e o retorno das usinas termelétricas a biodiesel, antes excluídas da consulta pública. O primeiro leilão, em 18 de março, será voltado à ampliação e construção de usinas hidrelétricas, térmicas a gás natural e a carvão, com operação entre 2026 e 2031. O segundo, em 20 de março, incluirá térmicas a óleo combustível, diesel e biodiesel, com início de suprimento previsto entre 2026 e 2030. As térmicas a biogás e biometano, contudo, continuam de fora. As mudanças seguem-se a disputas judiciais que levaram ao cancelamento do leilão de 2025, envolvendo questionamentos sobre o “fator A”, critérios de flexibilidade e o custo variável unitário (CVU). Para 2026, o governo manteve o fator A, separou as usinas conectadas e não conectadas à malha de gás em produtos distintos e incluiu novamente o carvão, o que deve gerar críticas ambientais. Os prazos de suprimento variam de três a quinze anos, e o cadastramento de projetos segue aberto até 14 de novembro. (Agência Eixos – 24.10.2025)

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Cogen critica exclusão das usinas a biomassa do Leilão de Reserva de Capacidade de 2026

A Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) manifestou insatisfação com a decisão do Ministério de Minas e Energia (MME) de excluir as usinas termelétricas a biomassa do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de 2026, cujas regras foram publicadas no Diário Oficial da União. O presidente da entidade, Newton Duarte, defende que o certame deveria incluir fontes como etanol, bagaço de cana, biogás, biometano, licor negro, lenha, resíduos florestais e urbanos, capim-elefante e casca de arroz, ressaltando que o leilão anterior contava com 7 GW em projetos cadastrados. Duarte criticou a decisão de permitir apenas usinas a biodiesel, classificando-a como incoerente e contrária aos atributos desejados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), como confiabilidade e disponibilidade anual. A Cogen também propôs ajustes nas regras de flexibilidade operacional para viabilizar a participação de térmicas a vapor, que demandam tempo para atingir a potência plena. A associação afirmou que continuará pressionando o MME para reverter a exclusão e garantir que as fontes de biomassa, renováveis e distribuídas, possam contribuir para a segurança energética do país. (Agência Eixos – 24.10.2025)

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Novas regras de leilão de energia privilegiam térmicas, e consumidores citam lobby fóssil

A Frente Nacional dos Consumidores de Energia atribuiu o formato dos leilões de capacidade anunciados pelo governo para 2026 à “influência do lobby” de grupos ligados aos combustíveis fósseis. Para a FNCE, há uma “inexplicável oposição” governamental à inclusão de soluções sustentáveis, eficientes e mais baratas no LRCAP, como as baterias. Esse movimento derivou da ação do MME que publicou no dia 24 de outubro, as Portarias Normativas 118 e 119, com as novas diretrizes para a contratação de potência em dois LRCAPs. Para justificar essas novas diretrizes, a entidade argumenta que o objetivo do leilão é garantir a oferta de potência em momentos de maior necessidade do sistema, colocando assim, as energias não renováveis como driver relevante. (Agência CanalEnergia - 24.10.2025)

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Aneel habilita 63 dos 65 vencedores do leilão de energia nova A-5

A Comissão Permanente de Leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) habilitou 63 dos 65 empreendedores que participaram do Leilão de Energia Nova A-5, realizado em agosto passado. Duas empresas não foram habilitadas: Guarani Geração de Energia SPE e Rio Turvo Energética, que detêm Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em Santa Catarina e Paraná, respectivamente. O leilão envolveu a negociação de 464,26 MWmed entre 65 empreendimentos de geração e nove distribuidoras de energia. As usinas contratadas incluem PCHs, Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e usinas hidrelétricas menores que 50 MW, exigindo investimentos totais de R$ 5,46 bilhões. O início do fornecimento está previsto para 1º de janeiro de 2030, com um prazo de suprimento de 20 anos. Entre as empresas vencedoras está a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), que conquistou o projeto da PCH Edgard de Souza, a ser implantado em Santana de Parnaíba. O empreendimento utilizará a estrutura existente da barragem Edgard de Souza, com um investimento estimado em R$ 200 milhões. Além da Emae, outras empresas como Celesc Geração, CSN Cimentos e Atiaia Energia também têm projetos contratados no setor. O leilão representa um avanço significativo no mercado de energia, promovendo a diversificação da matriz energética e estimulando investimentos em fontes renováveis. (BroadcastEnergia - 30.10.2025)

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Oferta de Energia Elétrica

Consumo de energia no Brasil recua 3,5% em setembro

O consumo de energia elétrica no Brasil registrou queda de 3,5% em setembro, totalizando 68.953 megawatts médios, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Aredução em relação ao mesmo período de 2024 reflete as temperaturas mais amenas características do fim do inverno. A variação climática é apontada pela CCEE como um dos principais fatores que influenciam o consumo de eletricidade no país. Com temperaturas mais baixas, houve menor utilização de aparelhos de refrigeração, como ar-condicionado e ventiladores, impactando diretamente a demanda energética. O ambiente regulado, que abrange residências, pequenos comércios e empresas de médio porte, foi o mais afetado, registrando consumo de 39.099 MW médios – uma queda de 4,6% na comparação anual. (Agência CanalEnergia - 24.10.2025)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

ONS projeta queda de 2% na carga de outubro

A última revisão semanal do PMO de outubro apresenta uma forte tendência e queda na carga do mês. A estimativa apresentada peloOperador Nacional do Sistema Elétrico sugere queda de 2% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Essa previsão era de retração e 0,7% no documento de sete dias atrás. A aceleração deve-se à queda nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, que passaram a ter previsão queda de 4%. Por outro lado, no Nordeste e no Norte são esperadas altas de 1,6% e de 6,9%, respectivamente.Entretanto, mesmo com a queda na carga, o valor do CMO médio aumentou quando comparado à semana passada. Assim como o indicado na 3ª revisão não há um valor equacionado entre os 4 submercados. O maior valor continua no Norte e menor está no NE. (Agência CanalEnergia - 24.10.2025)

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ONS: Corte de geração de energia renovável está em 20,1% em outubro

Em outubro, os cortes de geração renovável por razões sistêmicas atingiram 20,1% em todo o país, segundo dados divulgados pelo Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS). Entre 1º e 21 deste mês, 4.105 megawatts médios deixaram de ser gerados, sendo a maioria proveniente de usinas eólicas, representando cerca de 70% do total, seguidas pelas usinas solares de grande porte, responsáveis por 30% do corte. Os principais motivos para os cortes foram razões energéticas, totalizando 10,3%, seguidos de questões de confiabilidade, com 6,6%, e indisponibilidade externa, com 3,25%. O ONS lançou uma plataforma dedicada ao tema, contendo um painel com dados atualizados, uma seção de perguntas frequentes e esclarecimentos adicionais. Esses números refletem os desafios enfrentados no setor elétrico brasileiro, destacando a necessidade de soluções para garantir a estabilidade e a segurança do sistema de geração de energia no país. (BroadcastEnergia - 28.10.2025)

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Consumidores

CCEE: Mais de 18,3 mil migrações para o mercado livre de energia em 2025

O mercado livre de energia brasileiro, que completa 30 anos em 2025, segue em expansão consistente, com 18,3 mil novas unidades consumidoras migrando entre janeiro e setembro, ritmo estável frente ao recorde histórico de 2024. Em setembro, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou 1.429 novos consumidores, o segundo melhor resultado para o mês, totalizando mais de 80 mil casas e empresas no ambiente livre. Após a abertura total para consumidores de alta tensão em 2024, o setor vive agora uma fase de estabilização, mas com crescimento sólido e diversificação regional e setorial. O setor de serviços liderou as migrações (+25,6%), seguido por telecomunicações (+19,6%) e transportes (+15,7%), enquanto indústrias como madeira e papel (+13,8%) avançaram e têxteis (-40,3%) e veículos (-32,1%) recuaram após forte expansão anterior. Regionalmente, o crescimento mais expressivo ocorreu no Centro-Oeste e Norte, com destaque para Rondônia (+107%), Mato Grosso (+85%) e Tocantins (+82%), enquanto São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul mantêm mais da metade das novas adesões. Segundo o presidente da CCEE, Alexandre Ramos, o avanço comprova a confiança das empresas no modelo e sua interiorização, impulsionada pela expansão agroindustrial e logística do país. (CCEE – 29.10.2025)

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Biblioteca Virtual

Artigo de Sasha Sampaio: "Renováveis em transição"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Sasha Sampaio (VP de Finanças Estruturadas da Lightsource bp no Brasil) trata dos desafios e oportunidades do setor de energia renovável no Brasil, que vive um equilíbrio delicado entre o avanço da descarbonização e a dificuldade de viabilizar novos projetos diante de incertezas regulatórias e financeiras. A autora destaca que a expansão da matriz energética exige maior eficiência operacional, diversificação de ativos e uso de tecnologias como armazenamento e inteligência artificial para mitigar riscos e otimizar a gestão do sistema. Questões como limitações de transmissão, curtailment e imprevisibilidade tarifária elevam a complexidade dos investimentos, exigindo coordenação entre agentes e segurança jurídica. Sampaio observa que o país tem potencial competitivo na economia verde, mas depende de estabilidade regulatória e de instrumentos financeiros sólidos para atrair capital e sustentar a transição energética de forma equilibrada e inovadora. (GESEL-IE-UFRJ – 27.10.2025)

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Artigo de Lucas Genoso: "Financiamento solar é alternativa contra incertezas da energia elétrica"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Lucas Genoso (CFO da 77Sol) trata da viabilidade do financiamento solar em um cenário de juros altos e constantes reajustes na energia elétrica, argumentando que a geração própria se tornou uma estratégia racional de proteção econômica e patrimonial. Mesmo com a Selic em 15% ao ano, ele destaca que o custo crescente e imprevisível da conta de luz torna o investimento em painéis solares vantajoso, pois substitui uma despesa variável e infinita por uma parcela fixa e finita. Genoso ressalta, porém, a importância de uma análise realista, que leve em conta fatores como insolação, tarifas, custos totais e qualidade do instalador, defendendo que, em muitos casos, especialmente em residências e pequenos comércios, a economia gerada já se aproxima do valor do financiamento desde o início. (GESEL-IE-UFRJ – 27.10.2025)

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Artigo de Edvaldo Santana: "O mito da vantagem comparativa elétrica"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata da aplicação equivocada da teoria da vantagem comparativa de David Ricardo no setor elétrico brasileiro, criticando as Medidas Provisórias 1307 e 1318, que buscam atrair data centers sob a justificativa de “vantagens comparativas” em energia renovável barata. Segundo o autor, os custos reais de geração, entre R$ 320/MWh e R$ 350/MWh para solar e eólica, tornam o negócio economicamente inviável, já que data centers só são competitivos com energia entre R$ 120 e R$ 200/MWh. Ele alerta que atender à meta de 20 GW de demanda exigiria investimentos bilionários em novas usinas e transmissão, elevando a conta de luz em até 15% e comprometendo a confiabilidade do sistema. Santana conclui que, longe de uma vantagem comparativa, a proposta representa um “custo Brasil” disfarçado, impulsionado por retórica política e pressões lobistas. (GESEL-IE-UFRJ – 29.10.2025)

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Artigo de Heber Galarce: "Seletivismo energético: energia solar nos telhados sob ataque, enquanto fósseis seguem com R$ 47 bi em incentivos"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Heber Galarce (Presidente do Instituto Nacional de Energia Limpa [Inel]) trata da Medida Provisória 1.304/2025 e critica o que chama de “cegueira energética” do governo e do Congresso, ao impor restrições à energia solar distribuída enquanto mantém altos subsídios aos combustíveis fósseis. Ele cita dados do Inesc que mostram que, em 2024, o Brasil destinou R$ 47,06 bilhões em incentivos ao petróleo, gás e carvão, contra R$ 18,55 bilhões às fontes renováveis, sendo R$ 11,6 bilhões ligados à energia solar em telhados — valor que, segundo o autor, não considera seus benefícios sistêmicos, como redução de perdas, geração de empregos e alívio da rede. Galarce defende que a energia solar representa investimento privado e descarbonização acessível, e que, se o objetivo da MP é racionalizar custos, o foco deveria estar nos combustíveis fósseis, onde o gasto público é muito maior e o retorno ambiental menor. (GESEL-IE-UFRJ – 29.10.2025)

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Artigo de Luis Penteado: "Potencializar mobilidade vai além da venda: passa pelo ciclo de vida do veículo, amplia o acesso e promove a sustentabilidade"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Luis Fabiano Alves Penteado (Diretor de Pessoas, Jurídico e Relações Governamentais da Volkswagen Financial Services Brasil) trata da importância de adotar a perspectiva de ciclo de vida dos veículos como caminho para democratizar a mobilidade e promover sustentabilidade no Brasil. Ele defende que, em um país de grandes dimensões e com transporte público limitado, o automóvel é um instrumento de autonomia e inclusão social. Segundo o autor, prolongar a vida útil dos veículos, com manutenção adequada e uso eficiente, reduz impactos ambientais e econômicos, favorecendo uma mobilidade mais acessível e sustentável. Penteado destaca a necessidade de políticas públicas e soluções financeiras, como financiamentos, consórcios e assinaturas, que ampliem o acesso ao transporte individual, além de incentivar a economia circular e fortalecer a rede de manutenção. Para ele, o futuro da mobilidade passa por enxergar o carro não como produto, mas como parte de um ecossistema de transporte eficiente e de qualidade para todos. (GESEL-IE-UFRJ – 29.10.2025)

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Artigo de José Eli da Veiga: "A COP30 será a melhor?"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, José Eli da Veiga (professor sênior do Instituto de Estudos Avançados da USP) trata da inércia e das limitações do atual regime climático internacional, argumentando que a COP30 só será realmente “fenomenal” se provocar uma profunda revisão da Convenção do Clima de 1992 e de seus desdobramentos, o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris. O autor critica o baixo saldo do multilateralismo ambiental diante do agravamento das emissões e aponta que um novo arranjo institucional exigiria identificar e replicar boas práticas enquanto se corrigem os muitos erros e ilusões das últimas décadas. Diante da falta de condições políticas e do desinteresse dos governos, Veiga considera improvável qualquer ruptura significativa, sugerindo que o máximo sucesso possível seria o estímulo real à transição energética, especialmente em setores de difícil descarbonização ou, mais realisticamente, o avanço de tecnologias como a fusão nuclear controlada, que, associada à inteligência artificial, poderia inaugurar o declínio definitivo das energias fósseis. (GESEL-IE-UFRJ – 31.10.2025)

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