ESCONDER ÍNDICE
IFE
14/10/2025

IECC 345

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

IFE
14/10/2025

IFE nº 345

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Astrid Yanet Aguilera Cazalbón e Rubens Rosental
Assistente de pesquisa: Paulo Giovane e Sérgio Silva

Ver índice

IECC 345

Marco Institucional

GESEL-UFRJ estabelece parceria estratégica para aprimorar estudos energéticos

O Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL-UFRJ) firmou uma parceria estratégica com a Energy Exemplar, desenvolvedora do PLEXOS®, software líder mundial em modelagem, simulação e otimização de sistemas energéticos. O GESEL-UFRJ utiliza o PLEXOS® há cerca de cinco anos em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no âmbito da ANEEL, aplicando-o em estudos sobre planejamento, operação e integração de fontes de energia no Setor Elétrico Brasileiro (SEB). Entre as principais aplicações do software estão o planejamento de longo prazo, a operação de curto prazo, a integração de fontes renováveis, o apoio à precificação e a análise da transição energética. O GESEL-UFRJ reconhece a relevância, competência e fundamentação do uso do PLEXOS® no âmbito do SEB, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de análises avançadas tanto pelo marco institucional quanto pelos stakeholders do setor. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2025)

Link Externo

GESEL-UFRJ inaugura Portal sobre Novos Desenhos de Mercado

O GESEL-UFRJ lançou o “Portal Novos Desenhos de Mercado” desenvolvido no âmbito do PD&I “Análise de Desenhos de Mercado Internacionais para Subsidiar Inovações Regulatórias Frente à Abertura do Mercado Elétrico Brasileiro”, em parceria com a EDP. A plataforma disponibiliza informações, conhecimentos e dados sobre tema tão estratégico processo pelo PD&I. Destacam-se artigos, textos de discussão, webinares e seminários que procuram subsidiar a agenda de modernização do Setor Elétrico Brasileiro e o processo de liberalização do mercado à luz das experiências e melhores práticas internacionais. Merece destaque a base de dados , disponível em versão de infográficos bem dinâmico e interativo com indicadores macro-setoriais, de qualidade regulatória, investimento, concorrência, entre outros. Acesse já: https://projetondm.gesel.ie.ufrj.br/ (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2025)

Link Externo

Lula sanciona lei que amplia tarifa social de energia para famílias de baixa renda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, em 7 de outubro de 2025, a lei que amplia a tarifa social de energia elétrica para famílias de baixa renda, beneficiando especialmente aquelas inscritas no Cadastro Único e com consumo mensal de até 80 kWh. A medida, aprovada pelo Congresso e já em vigor desde julho por meio de medida provisória, garante isenção total ou desconto na conta de luz, beneficiando cerca de 115 milhões de brasileiros. A partir de janeiro de 2026, famílias com renda per capita entre meio e um salário mínimo terão desconto adicional sobre a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que representa cerca de 12% da conta. Anteriormente, apenas indígenas e quilombolas tinham gratuidade, enquanto demais famílias de baixa renda recebiam desconto. Têm direito à tarifa social famílias do CadÚnico com renda mensal de até meio salário mínimo, pessoas com deficiência ou idosos no BPC, indígenas e quilombolas do CadÚnico, e famílias atendidas por módulos offgrid. (G1 – 08.10.2025)

Link Externo

Silveira: Buscamos frear quantidade enorme de subsídios que encarecem conta de energia

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo teve sucesso em frear a expansão de novos subsídios que encarecem a conta de luz. Ele destacou que o projeto de reforma do setor elétrico visa reduzir os subsídios desnecessários que impactam no valor da energia. Até o momento, nenhum novo subsídio foi aprovado. Silveira participou da cerimônia de sanção da Tarifa Social de Energia Elétrica para 17,1 milhões de famílias, que isenta o pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético para consumo mensal de até 120 kWh, beneficiando famílias de renda per capita entre meio e um salário mínimo. Com essas medidas, estima-se que 115 milhões de brasileiros serão beneficiados. A iniciativa busca tornar a energia mais acessível para a população de baixa renda e promover um equilíbrio financeiro no setor elétrico. (BroadcastEnergia - 09.10.2025)

Link Externo

MME autoriza secretários a firmar acordos para encerrar litígios em portaria publicada

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou no dia 3 de outubro, a portaria 870/2025. Seu conteúdo permite que os titulares de secretarias do MME celebrem acordos ou transações para prevenir ou terminar litígios judiciais ou extrajudiciais. A portaria abrange os secretários nacionais de Energia Elétrica; de Geologia, Mineração e Transformação Mineral; de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e de Transição Energética e Planejamento. Em síntese, a delegação envolve obrigações de fazer ou deixar de fazer da União, elegibilidade de créditos ou débitos da União e de empresa pública federal dependente superior a R$ 10 milhões. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

Link Externo

Governo autoriza nomeação de 20 servidores para a Aneel por meio de decreto

O governo autorizou a nomeação de 20 Especialistas em Regulação para a Aneel, que não estavam previstos inicialmente no concurso público no ano passado. A autorização para a convocação dos novos servidores foi dada pelo Decreto nº 12.647, publicado no Diário Oficial da União do dia 2 de outubro. O ato permite a nomeação de 1.434 candidatos aprovados e não classificados dentro das vagas previstas em concurso público para agências reguladoras e outros órgãos federais. Ademais, o decreto contempla muitas outras agências e inclui ainda ministérios e órgãos como Banco Central, entre outros. Por fim, a convocação dos concursados ficará condicionada à existência de vagas na data da nomeação e a adequação da nova despesa ao orçamento. (Agência CanalEnergia - 02.10.2025)

Link Externo

Governo aguardará TCU em casos sensíveis de renovação das distribuidoras, como Enel SP

O governo federal está se preparando para as próximas renovações contratuais de distribuidoras de energia sem necessariamente aguardar o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), exceto nos casos considerados sensíveis, como a decisão sobre a Enel São Paulo. Até o momento, apenas duas distribuidoras tiveram seus contratos renovados, enquanto outras aguardam avaliações técnicas e processos burocráticos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicou que a Enel SP está alinhada com os requisitos para renovação, mas a questão enfrenta riscos de judicialização, com o Ministério Público Federal pedindo a suspensão do processo. O TCU já criticou a condução de processos de renovação anteriores, levando o governo a adotar uma abordagem mais criteriosa, exigindo eficiência operacional e financeira das distribuidoras. O ministro de Minas e Energia destaca a necessidade de cumprimento rigoroso dos critérios estabelecidos para a renovação, que envolve investimentos significativos no setor de energia. Com 19 concessões em jogo, totalizando R$ 120 bilhões em investimentos até 2027, a questão das renovações contratuais das distribuidoras de energia permanece em destaque e sujeita a diferentes interpretações e desafios, especialmente em um contexto próximo às eleições de 2026. (BroadcastEnergia - 07.10.2025)

Link Externo

Senado vota projeto para proibir repasse de custo do "gato" de energia para o consumidor

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) vota hoje, dia 7, um projeto que cobra do governo e das empresas de energia o custo pelas chamadas perdas não técnicas. É o caso do furto de eletricidade, conhecido como “gato”. O projeto de lei (PL) 708/2024 foi proposto pelo senador Cleitinho(Republicanos-MG) e recebeu relatório favorável do senador Mecias de Jesus( Republicanos-RR). Em síntese, a União e as concessionárias devem arcar com despesas relativas a furtos, erros na medição, falta de medidores e problemas no faturamento. Assim, o projeto incorpora esses custos às firmas, tirando e proibindo o repasse desse gargalo ao consumidor. (Agência Senado – 03.10.2025) Link Externo

Link Externo

Senado analisa projeto para criar linha de crédito de energia renovável para agricultura familiar

O estímulo ao uso de energias limpas no meio rural é tema de proposta a ser analisada pela Comissão de Infraestrutura (CI) de hoje, dia (7). O PL 2.647/2022 inclui entre as diretrizes da política agrícola a concessão de incentivos para aquisição de equipamentos voltados à geração de energia renovável, como solar, eólica, biomassa e biogás, com atenção especial à agricultura familiar. A ideia do projeto foi formulada pelo deputado Pedro Uczai (PT-SC), é tem o objetivo de criar linhas de crédito diferenciadas para facilitar o acesso de pequenos produtores a tecnologias de geração descentralizadas de energia. O texto tem relatório favorável do senador Wilder Moraes (PL-GO) e, se aprovado, seguirá para a Comissão de Agricultura (CRA). Por fim, de acordo com o relator, a inserção do biogás fortalece a matriz energética rural e favorece a economia circular. (Agência Senado – 03.10.2025)

Link Externo

Comissão de Minas e Energia debate projeto sobre protesto de contas de energia

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados promove audiência pública, nesta terça-feira (7), para debater o Projeto de Lei 4756/23, que proíbe a cobrança da fatura de energia elétrica por meio de protesto em cartório antes de 90 dias de atraso no pagamento. O debate será realizado às 16 horas, no plenário 14. O debate atende a pedido do deputado Ricardo Guidi (PL-SC). Segundo o parlamentar, o objetivo é discutir medidas para mitigar o impacto econômico sobre os consumidores, especialmente os mais vulneráveis, diante da prática de protesto em prazos considerados muito curtos. Ele acrescenta que a proposta também busca conciliar a proteção do consumidor com a sustentabilidade das concessionárias de energia elétrica, equilibrando aspectos jurídicos, regulatórios e econômicos do setor. (Agência Câmara de Notícias – 06.10.2025)

Link Externo

Transmissoras querem ampliar prazo de concessões para 40 anos

Transmissoras de energia do Brasil defendem que o prazo das novas concessões de transmissão seja ampliado de 30 para 40 anos, com inclusão da proposta no texto final da Medida Provisória 1304. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Transmissão de Energia (Abrate), Mário Miranda, o objetivo é adequar o período contratual à vida útil regulatória das linhas, já que atualmente o prazo médio de implantação é de cinco anos, restando tempo insuficiente para amortização e depreciação dos investimentos. A mudança, segundo ele, traria benefícios ao consumidor e demais usuários da rede, reduzindo em até 4% a receita teto dos leilões. A emenda à Lei 9.074 foi apresentada pela Abrate e discutida com parlamentares, incluindo o relator da MP 1300, Fernando Coelho Filho, e o senador Eduardo Braga, relator da MP 1304. Miranda destaca ainda que contratos mais longos garantiriam maior equilíbrio econômico e financeiro aos projetos, em linha com o manual contábil da Agência Nacional de Energia Elétrica. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

Link Externo

Crise no Dia dos Pais expõe impacto da GD e falta de regulação no sistema elétrico

No Dia dos Pais, em 10 de agosto, o Brasil enfrentou uma crise energética devido ao desequilíbrio entre a geração e o consumo de energia. Com a alta produção e baixa demanda, o Operador Nacional do Sistema Elétrico precisou cortar cerca de 90% da geração e desligar várias usinas para evitar um colapso. A causa desse descompasso foi a crescente geração distribuída, especialmente solar, que injeta energia na rede sem controle, obrigando o ONS a reduzir a produção das grandes usinas. Isso gerou cortes significativos, prejudicando financeiramente o setor. A falta de planejamento e regulação adequados para lidar com esse cenário levou a prejuízos bilionários, insegurança jurídica e paralisação de investimentos. A expansão desordenada da energia solar sem a devida preparação das redes elétricas agravou os desafios operacionais. O setor busca soluções de longo prazo, como atrair grandes consumidores e ampliar o armazenamento de energia. O governo criou um grupo de trabalho para enfrentar o problema, propondo medidas regulatórias e investimentos em transmissão para garantir a segurança do sistema elétrico. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

Link Externo

MP 1304: Braga defende duas semanas para votação em plenário

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) afirmou nesta quarta-feira, 8 de outubro, que pretende dar até duas semanas de prazo para que aMedida Provisória 1304 possa ser discutida e votada nos plenários da Câmara e do Senado. A ideia é estabelecer um “cronograma de trás para frente”, para que os trabalhos da comissão mista possam avançar, sem comprometer o debate nas duas casas. AMP 1304 tem 30 dias restantes de vigência, contados a partir de hoje. “A nossa intenção é que a gente dê à Câmara e ao Senado em torno de 10 a 14 dias de prazo para que os plenários se manifestem. Portanto, nós vamos fazer um cronograma de trás para frente. E aí, a data que for fechada, será.”, disse, acrescentando que, para isso, a comissão “vai ter que trabalhar redobrado”. O senador participou hoje, no Palácio do Planalto, da cerimônia de sanção da Lei 15.235, resultante da MP 1300. (Agência CanalEnergia - 08.10.2025)

Link Externo

Conta de luz pode aumentar até 12% em 2026, projeta Anace

A associação de consumidores Anace projeta alta de até 12% na conta de luz em 2026. O cálculo considera subsídios, custos de térmicas e impactos de cortes e hidrologia adversa. Também entram na conta encargos setoriais e investimentos em expansão e confiabilidade. A simulação olha a trajetória tarifária e o peso das bandeiras. O ambiente de preços baixos no curto prazo não impede pressões estruturais. Consumidores pedem transparência e previsibilidade regulatória. A projeção reabre discussão sobre sinais de preço e alocação de custos entre classes. Há preocupação com competitividade industrial e impacto sobre inflação. O debate deve ganhar força no ciclo de reajustes de 2026. (Megawhat – 09.10.2025)

Link Externo

Fim do bônus de Itaipu e bandeira vermelha elevam energia elétrica e pressionam inflação

O preço da energia elétrica subiu 10,31% em setembro, sendo o principal fator de alta do IPCA no mês, segundo o IBGE. A energia respondeu por 0,41 ponto percentual dos 0,48% de inflação registrados, ou seja, 85,4% do índice. O aumento se deve principalmente ao fim do bônus de Itaipu — um crédito aplicado nas faturas de agosto que havia gerado queda de 4,93% nos preços naquele mês — e à entrada em vigor da bandeira vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, houve reajuste tarifário de 4,25% em Belém, que chegou a impactar a conta de luz em até 11,38%. Ao longo de 2025, o bônus de Itaipu tem gerado oscilações nos preços da energia elétrica, influenciando diretamente a inflação. (Valor Econômico - 09.10.2025)

Link Externo

PSR: Política tarifária volta à agenda regulatória global

O Brasil precisa ficar atento com a questão da política tarifária ao passo que grandes cargas estão sendo alvo de atração ao país. A atração de grandes consumidores como mineração, data centers, clusters industriais estão no centro da discussão. A consultoria PSR alerta que o exemplo dos Estados Unidos trouxe de volta ao centro da agenda o tema da tarifa. O país vê o aumento do consumo em função da digitalização e pela corrida global em torno da inteligência artificial. A consultoria aponta que a expansão de data centers, a eletrificação de transportes e a necessidade de reforços em transmissão provocaram reajustes. Os consumidores têm percebido o aumento na conta. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)

Link Externo

Regulação

Para limitar subsídios, Aneel passará a considerar "complexo de geração" no desconto de transmissão

A Aneel estabeleceu uma nova regra para a concessão de descontos nas Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão (Tust) e de Distribuição (Tusd) para empreendimentos de geração renovável. A resolução aprovada no dia 7 de outubro estabelece condições claras para evitar o fracionamento de projetos eólicos e solares de grande porte, com a finalidade de enquadramento no benefício. Em resumo, a legislação autoriza a aplicação do desconto mínimo de 50% na tarifa fio para empreendimentos com até 300 MW, entretanto, uma auditoria do TCU apontou que a concessão irregular dos subsídios pagos pelo consumidor a usinas de grande porte teria sido fracionada. Pela nova regra, a Aneel passa a utilizar o conceito de complexo de geração na análise dos pedidos de emissão, para efeito de aplicação do desconto. Ou seja, a agência vai verificar a soma da potência injetada, considerando o limite de 300 MW para enquadramento. Por fim, o tribunal deu 180 dias para a agência apresentar um plano de ação para aprimoramento das regras e deverá conter ações corretivas em relação a empreendimentos já autorizados. (Agência CanalEnergia - 07.10.2025)

Link Externo

Aneel atua no Congresso para conter emendas que agravem crise energética

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, relatou no dia 07/10 que a agência pretende atuar no Congresso Nacional para mostrar o risco de emendas à MP 1304 que podem piorar o quadro atual de excesso de energia e de cortes de geração. “Nós vamos interagir com o relator da matéria, na medida em que formos provocados, e também na medida em que precisaremos informar alguns impactos”. Em resumo, a preocupação da agência é de que os problemas do setor elétrico sejam agravados por eventuais propostas de perpetuação de incentivos e de custos excessivos e desproporcionais aos consumidores. Além disso, a Aneel vem atuando em diversas frentes para debater sobre soluções para as problemáticas do curtailment e do excesso de geração renovável injetada na rede. Como a elaborações de relatórios que estudam sobre o empreendimento da modulação da geração distribuída, a modernização das tarifas de distribuição e a atualizações da Resolução 1000. Por fim, a agência espera, com o resultado desses experimentos, incluir modalidades como pré-pagamento, mobilidade elétrica, tarifas multipartes e tarifa dinâmica no regulação do setor. (Agência CanalEnergia - 07.10.2025)

Link Externo

Aneel/Sandoval: vamos implantar muito em breve tarifa inteligente, com sinais de preço

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, anunciou que em breve o Brasil implementará as tarifas inteligentes, permitindo que os consumidores ajustem sua demanda de energia de acordo com os preços e paguem menos na conta de luz. Desde 2022, a Aneel vem trabalhando na modernização tarifária, com nove projetos de experimentação em andamento. Essas tarifas diferenciadas poderão ser baseadas em horários ou áreas com perdas não técnicas, como o furto de energia. Feitosa ressaltou a importância de informar rapidamente os consumidores sobre os custos da energia, permitindo que escolham consumir quando os preços estiverem mais baixos. Ele afirmou que até 2026 a Aneel terá informações consolidadas dos projetos em andamento para avançar na regulamentação. A expectativa é iniciar a implementação das novas tarifas no início de 2026, após a conclusão dos estudos até o final deste ano. O objetivo é modernizar o sistema tarifário e oferecer mais transparência aos consumidores, incentivando o uso eficiente da energia elétrica. (Broadcast Energia – 08.10.2025)

Link Externo

Aneel aprova regras para descontos nos sistemas de transmissão e distribuição

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um aprimoramento na regulamentação dos descontos nas tarifas de uso de rede, visando evitar irregularidades após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). A classificação de 'complexos de geração' será feita pela Aneel, enquanto a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliará a potência injetada. A mudança se aplica a empreendimentos de geração nas fontes solar, eólica e biomassa, com potência entre 30 MW e 300 MW. Além disso, a Aneel aprovou os editais dos leilões para compra de energia elétrica de empreendimentos existentes, com sessão pública marcada para 14 de novembro de 2025. O governo federal não aguardará o parecer do TCU para renovações contratuais de distribuidoras com bom desempenho. A Enel São Paulo está em processo de renovação, com indicações positivas da Aneel. A ENBPar e a Firjan lançam a segunda fase do Lab Procel para acelerar startups com soluções tecnológicas para eficiência energética. As compras brasileiras de diesel russo recuaram em setembro devido à tensão entre Rússia e Ucrânia. Os contratos futuros do petróleo operam em alta devido aos riscos de cortes na oferta. O DoE publicará balanço semanal sobre estoques de petróleo dos EUA. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) realiza reunião no Ministério de Minas e Energia. (BroadcastEnergia - 09.10.2025)

Link Externo

Pauta da 36ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria da Aneel de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou a pauta da 36ª Reunião da Diretoria, realizada em 07 de outubro de 2025, com três processos em destaque. O primeiro item trata da aprovação dos Editais dos Leilões nº 5/2025-ANEEL, nº 6/2025- ANEEL e nº 7/2025 ANEEL (Leilões de Energia Existente A-1, A-2 e A-3, de 2025), destinados à compra de energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração existentes, consolidados após avaliação das contribuições apresentadas na Consulta Pública nº 25/2025. O segundo processo refere-se ao resultado da Consulta Pública nº 13/2024, instituída com vistas a colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da regulamentação referente à redução de no mínimo 50% nas tarifas de uso de rede, prevista no § 1º-A do art. 26 da Lei nº 9.427/1996, em cumprimento à decisão do Tribunal de Contas da União – TCU objeto dos Acórdãos nº 2.353/2023-TCU-Plenário, nº 129/2024-TCU-Plenário e nº 955/2024-TCU Plenário, relacionados à análise de subsídios referentes à Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão – TUST e à Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD para fontes incentivadas. Já o terceiro ponto da pauta envolve o pedido de Reconsideração, com Pedido de Efeito Suspensivo, interposto pela Neoenergia Distribuição Brasília – NDB em face do Despacho nº 1.513/2025, que negou provimento ao Requerimento Administrativo protocolado pela Recorrente com vistas ao aperfeiçoamento de processo de análise da sustentabilidade econômico-financeira da concessionária para o ano de 2023 e deu outras providências. O primeiro e o segundo processor têm como diretora-relatora Agnes da Costa e o terceiro têm como diretor-relator Gentil Nogueira. (GESEL-IE-UFRJ – 06.10.2025)

Link Externo

Aneel: Processo sobre falhas da Enel SP deve avançar antes da renovação da concessão

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou que o processo que apura as falhas da Enel São Paulo na recomposição do serviço após os eventos climáticos de 2023 pode avançar antes da análise do pedido de renovação da concessão da distribuidora. Ambos os processos tramitam sob relatoria da diretora Agnes da Costa e são interdependentes, podendo a apuração resultar, no limite, na caducidade do contrato. A Procuradoria Federal da Aneel avaliou que não há impedimento legal para o prosseguimento do pedido de renovação, a menos que a agência delibere formalmente pela caducidade. Feitosa explicou que, caso a renovação fosse aprovada e posteriormente a caducidade fosse recomendada, o processo precisaria retornar do Ministério de Minas e Energia (MME) ao órgão regulador. Ele destacou que a agência tem priorizado as análises de prorrogação das distribuidoras, embora reconheça limitações de capacidade operacional e a necessidade de equilibrar essa tarefa com outras demandas regulatórias. Entre os casos ainda pendentes, estão os da Light, Enel Ceará e Energisa Sergipe. (Agência CanalEnergia - 07.10.2025)

Link Externo

Empresas

Eletrobras: Avanço na estratégia de eficiência do HVDC de Itaipu

A Eletrobras informou que está avançando com ações de manutenção preditiva e preventiva no sistema de corrente contínua (HVDC) da hidrelétrica de Itaipu, que já receberam cerca de R$ 400 mil em investimentos desde 2023. As iniciativas realizadas nas subestações Foz do Iguaçu (PR) e Ibiúna (SP) têm como foco garantir a segurança e confiabilidade das estações conversoras do Bipolo 2, especialmente enquanto o Bipolo 1 passa por modernização completa, incluindo substituição de válvulas conversoras, sistemas de controle e equipamentos auxiliares. Em operação há quase 40 anos, o HVDC de Itaipu é o primeiro da América Latina, e a modernização deve ser concluída em 2026, com operação assistida até 2029. Entre as inovações, destaca-se o uso de Internet das Coisas (IoT) para monitorar em tempo real a temperatura e umidade nas salas de válvulas, prevenindo falhas e indisponibilidades. O sistema, de baixo custo e desenvolvido internamente, utiliza a rede wi-fi das subestações e sensores conectados a uma plataforma web, que emite alertas automáticos em caso de variações abruptas. As caixas dos dispositivos são produzidas por impressão 3D, e o software é de código aberto e customizável. A empresa estuda replicar a tecnologia em outras usinas e linhas de transmissão, como Tucuruí e o sistema do rio Madeira, alinhando-se à estratégia de digitalização das subestações. Outra inovação implantada é a aplicação de fita isolante líquida nas fibras ópticas que se conectam a conversores da SE Foz do Iguaçu, de modo a preservar a isolação elétrica. (Agência CanalEnergia - 08.10.2025)

Link Externo

Leilões

Recursos do 3º leilão do Ecoinvest serão voltados a bioeconomia, H2V e biogás

O governo federal anunciou o terceiro leilão do programa Eco Invest Brasil, visando atrair investimentos externos em participação societária com foco em inovação e sustentabilidade. Os recursos serão destinados às instituições financeiras para estruturar mecanismos de mitigação de risco cambial e de risco de performance dos projetos. Os bancos devem comprometer-se a alavancar capital privado, definindo o investimento em equity para os fundos e projetos apoiados. O leilão visa apoiar empresas de base tecnológica, fomentar startups e negócios em expansão nas áreas de bioeconomia, transição energética e economia circular. Uma novidade desta edição é o mecanismo de hedge cambial, oferecendo proteção contra variações do real. O evento contará com a participação de autoridades como a ministra do Meio Ambiente, embaixadora do Reino Unido no Brasil e representantes de instituições envolvidas. O presidente do BID participará por videoconferência, enquanto o ministro da Fazenda cancelou sua presença. As propostas das instituições financeiras devem ser apresentadas até 19 de novembro. O programa Eco Invest Brasil mobilizou mais de R$ 75 bilhões nas edições anteriores, com investidores estrangeiros contribuindo significativamente. A segunda edição focou na recuperação de terras degradadas, resultando na restauração de 1,4 milhão de hectares. (BroadcastEnergia - 09.10.2025)

Link Externo

Aneel aprova editais dos leilões de energia A-1, A-2 e A-3 de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou os editais dos leilões de compra de energia elétrica de empreendimentos de geração existentes. Os leilões, classificados como A-1, A-2 e A-3 de 2025, indicam o início do suprimento em 2026, 2027 e 2028, respectivamente. A sessão pública dos leilões está marcada para 14 de novembro de 2025. O Ministério de Minas e Energia (MME) definiu os preços teto para cada certame: R$ 280,00 por MWh para o Leilão A-1, R$ 240,00 por MWh para o A-2 e R$ 215,00 por MWh para o A-3. O período de suprimento é de dois anos, com a participação permitida de usinas em operação e comercializadores. Os vendedores devem fornecer garantia financeira correspondente a três meses de receita dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR), mantendo-a ao longo do período de suprimento. Esta medida visa promover a segurança e estabilidade no setor elétrico, incentivando a participação de diversos agentes na oferta de energia. (BroadcastEnergia - 07.10.2025)

Link Externo

Leilão de sistemas isolados é contestado na Aneel sob suspeita de fraude técnica

A Aneel recebeu dois pedidos de impugnação contra o resultado do Lote 3 do leilão dos sistemas isolados. Os recursos apresentados pelas empresas Clean Energy Solutions e AMZ Energia alegam que a proposta do Consórcio IFX You.On, vencedor da disputa, é inexequível do ponto de vista técnico e econômico. A CES e a AMZ apontam manipulação por parte do vencedor e pedem a anulação do resultado do certame. A AMZ, do Grupo Oliveira, argumenta que a proposta apresentada é impossível de ser cumprida, por ser economicamente inviável, além de apontar inconsistência na aplicação do Fator I. A empresa relata que a PVar ficou três a quatro vezes menor que os valores reais de qualquer outro fabricante. Em aliança, a CES alega ter sido diretamente prejudicada, levantando a suspeita de uma apresentação de um fator de conversão artificialmente reduzido, resultando em parâmetros subestimados e, consequentemente, um PVar inferior ao dos concorrentes. Por fim, a Clean também dissertou sobre outros casos de risco indevidos que tornaram os contratos inviáveis. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)

Link Externo

Leilão/Celgpar: EDP Transmissão Goiás vence disputa pelo lote A, ao ofertar ágio de 34,46%

No dia 03/10/2025, a EDP Transmissão Goiás saiu vitoriosa no Leilão de Alienação de participações societárias da Celgpar ao arrematar o lote A por R$ 83,623 milhões, representando um ágio de 34,46% em relação ao valor mínimo estabelecido de R$ 62,190 milhões. A disputa acirrada envolveu a Órion Transmissão, com a EDP saindo na frente durante a etapa de lances ao vivo. O lote A compreende a totalidade das ações da Firminópolis Transmissão S.A. e da Lago Azul Transmissão S.A. No início, três proponentes manifestaram interesse no lote, com a Alupar também apresentando uma oferta de R$ 65,226 milhões. A vitória da EDP Transmissão Goiás nesse leilão demonstra a competitividade do setor e o interesse das empresas em ampliar suas participações no mercado de transmissão de energia. Este movimento pode impactar positivamente o setor energético em Goiás, trazendo investimentos e melhorias na infraestrutura de transmissão de energia na região. (BroadcastEnergia - 05.10.2025)

Link Externo

Leilão/CelgPar: Órion Transmissão vence disputa pelo lote B, com proposta com ágio de 35,19%

A empresa Órion Transmissão foi a única proponente no Leilão de Alienação de participações societárias da Celgpar, ofertando R$ 43,131 milhões, um ágio de 35,19% em relação ao preço mínimo estabelecido. O lote B em questão representa 49% das ações da Pantanal Transmissão S.A. Esse lance destaca a estratégia da Órion Transmissão de expandir sua participação no setor de transmissão de energia, demonstrando confiança no potencial de crescimento e rentabilidade da empresa adquirida. A transação também reflete a competitividade do mercado e a busca por oportunidades de investimento no setor de energia elétrica. A aquisição das ações da Pantanal Transmissão S.A. pode fortalecer a posição da Órion no mercado, permitindo uma maior diversificação de investimentos e ampliação de sua atuação no setor. Este movimento pode impactar positivamente o mercado de transmissão de energia, promovendo a concorrência e estimulando o desenvolvimento do setor. A Órion Transmissão, ao adquirir esse lote de ações, reforça seu compromisso com o crescimento e a inovação, consolidando sua presença no mercado e ampliando suas oportunidades de negócio. (BroadcastEnergia - 05.10.2025)

Link Externo

Leilão/CelgPar: Hy Brasil Energia vence disputa pelo lote C, com lance sem ágio

A Hy Brasil Energia foi a única proponente no Leilão de Alienação de participações societárias da Celgpar, ofertando R$ 8,749 milhões pelo lote C, que corresponde a 20% das ações da Energética Fazenda Velha S.A. O lance foi feito sem ágio, demonstrando a confiança da empresa no potencial da Energética. A participação da Hy Brasil Energia neste leilão destaca sua estratégia de expansão e investimento no setor energético. A aquisição dessas ações pode trazer benefícios tanto para a empresa quanto para o mercado, fortalecendo a presença da Hy Brasil Energia no segmento e contribuindo para o desenvolvimento do setor como um todo. A decisão da empresa em participar ativamente desse processo de alienação de participações societárias evidencia seu interesse em ampliar sua atuação e consolidar sua posição no mercado, demonstrando uma postura proativa e estratégica. A transação também representa uma oportunidade para a Energética Fazenda Velha S.A. de contar com um novo acionista, o que pode trazer novas perspectivas e sinergias para a empresa. Em um cenário de constantes movimentações no mercado de energia, a aquisição dessas ações pela Hy Brasil Energia marca mais um capítulo na evolução e no crescimento do setor no Brasil. (BroadcastEnergia - 05.10.2025)

Link Externo

Leilão/Celgpar: Neoenergia Renováveis vence lote D, com lance sem ágio

A Neoenergia Renováveis foi a única proponente no Leilão de Alienação de participações societárias da Celgpar, ofertando R$ 91,840 milhões pelo lote D, que corresponde a 37,5% das ações da Energética Corumbá III S.A. A proposta foi feita sem ágio, demonstrando o interesse da empresa em expandir sua participação no empreendimento, no qual a Neoenergia já é sócia. A transação representa uma estratégia de crescimento e consolidação da presença da Neoenergia no setor de energias renováveis, reforçando seu compromisso com a geração limpa de energia. A aquisição dessas ações também pode fortalecer a posição da empresa no mercado, permitindo maior controle sobre a operação e possíveis sinergias com suas outras atividades no segmento. A iniciativa evidencia o ambiente favorável para investimentos no setor de energia no Brasil e a confiança das empresas no potencial de crescimento e desenvolvimento sustentável do país. (BroadcastEnergia - 05.10.2025)

Link Externo

Após leilão, CelgPar redefine portfólio com foco em hidrelétricas e usinas solares próprias

A CelgPar vendeu participações em quatro empresas onde atuava como investidora ou proprietária. Foram negociados todos os ativos colocados à venda pela companhia goiana, que tem capital quase totalmente estatal. Agora a empresa fica com duas pequenas centrais hidrelétricas e quatro usinas fotovoltaicas, sendo três de sua propriedade e uma em regime de Parceria Público Privada (PPP). O lote A foi consolidado com 100% das ações de emissão da Firminólopis Transmissão e da Lago Azul Transmissão. O Lote B foi composto por 49% das ações da Pantanal Transmissão. Em relação ao Lote C, em seu certame, foram ofertados 20% das ações de emissão da Energética Fazenda Velha. E o último lote ofertou 37,5% da Energética Corumbá III. Em sua conclusão, seus vencedores foram respectivamente a EDP Transmissão Goiás, a Órion Transmissão, a HY Brazil e a Neoenergia Renováveis. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

Link Externo

CelgPar: Leilão de ativos de transmissão arrecadou R$ 227 mi

A CelgPar, estatal de Goiás, realizou no dia 3 de outubro leilão em que quatro ativos de transmissão e geração foram vendidos pela B3, em São Paulo. A arrecadação total ficou próxima a R$ 227,35 milhões, acima do mínimo esperado de R$ 190 milhões. A EDP Transmissão Goiás venceu a disputa pelo Lote A com lance de R$ 83,623 milhões, superando propostas da Órion Transmissão e da Alupar. Os outros três lotes (B, C e D) foram vendidos sem disputa, com apenas uma proposta válida em cada. A Órion Transmissão arrematou 49 % da Pantanal Transmissão (lote B); a Hy Brazil Energia adquiriu 20 % da PCH Fazenda Velha (lote C); e a Neoenergia Renováveis obteve 37,5 % da termelétrica Corumbá III (lote D). O governo de Goiás celebrou o resultado, destacando o ágio acima de 30 % em alguns lotes e reforçando o compromisso com a atração de investimentos privados no estado. (Megawhat – 03.10.2025)

Link Externo

Neoenergia: Compra de fatia da CelgPar na Corumbá III eleva participação na usina a 85%

A Neoenergia Renováveis adquiriu 37,5% do capital da Energética Corumbá III em um leilão da CelgPar, aumentando sua participação na usina hidrelétrica para 85%. A ECIII detém 40% do Consórcio Empreendedor Corumbá III. Atualmente, a Neoenergia possui 25% do capital da ECIII e 60% da Corumbá III. A empresa pagou R$ 91,84 milhões, sem ágio, pela fatia da CelgPar, sujeito à atualização pelo IPCA. O fechamento da transação depende de condições precedentes, incluindo a não preferência da CEB, que detém a participação restante na ECIII, sendo controlada pela Neoenergia. A empresa destacou que a aquisição reforça sua estratégia de otimização de portfólio, geração de valor e simplificação da estrutura. (Broadcast Energia – 05.10.2025)

Link Externo

Light vai a leilão de capacidade com projeto hídrico de 160 MW no complexo de Lajes

O presidente da Light, Alexandre Nogueira, revelou que a empresa deve participar do leilão de reserva da capacidade com um projeto hídrico. O leilão, que deveria ser realizado este ano, vem sendo sucessivamente adiado por conta de problemas no edital. A estimativa é que após a consulta pública instaurada esse ano, o LRCAP seja realizado em 2026. A disputa será com um projeto de 160 MW no complexo de Lajes no Rio de Janeiro. Por fim, o executivo se mostrou confiante sobre o complexo, localizado na cidade de Piraí, com um total de três hidrelétricas e um somatório de 629 MW. (Agência CanalEnergia - 08.10.2025)

Link Externo

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

ONS: Projeção de carga do SIN para outubro diminui de 2,5% para 0,7%

A primeira revisão do Programa Mensal de Operação (PMO) de outubro de 2025 do Operador Nacional do Sistema (ONS) reduziu a projeção de aumento da carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) de 2,5% para 0,7%. O principal motivo foi o recuo de 1,2% no submercado Nordeste, enquanto o Norte manteve alta de 6,5% e Sudeste/Centro-Oeste e Sul registraram leves crescimentos de 0,3% e 0,6%, respectivamente. O custo marginal de operação médio subiu para R$ 302,19/MWh, com o patamar de carga pesada em R$ 312,48/MWh. A geração térmica deve permanecer acima de 11.400 MW médios, sendo 6.486 MW por inflexibilidade e 4.938 MW por ordem de mérito, resultando em custo semanal de R$ 452,5 milhões. Além disso, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste devem encerrar outubro com 46,4% de armazenamento — o menor índice entre os subsistemas — enquanto Sul, Nordeste e Norte devem atingir 87,4%, 49,2% e 68,4%, respectivamente. Já as vazões previstas indicam o menor volume no Nordeste, com 37% da média de longo termo (MLT), e o maior no Sul, com 121%. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

Link Externo

CCEE aponta queda de 1,4% no consumo de energia em agosto na comparação com 2024

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), organização que acompanha em tempo real as movimentações do setor, o consumo de energia elétrica em agosto totalizou 66.632 megawatts médios (MW médios). O volume representa uma retração de 1,4% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Já em relação a julho, houve aumento de 1%, interrompendo a sequência de cinco meses em queda. A CCEE analisa separadamente dois mercados. A demanda chegou a somou 37.333 MW médios no ambiente regulado, tradicional pelo fornecimento de energia via distribuidoras locais, no qual estão a maior parte dos consumidores residenciais. No segmento, a queda foi de 1,2%. No mercado livre, em que é possível escolher o fornecedor com base em critérios como preço e fontes de geração, foram utilizados 29.299 MW médios, uma redução de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. (CCEE – 03.10.2025)

Link Externo

Curtailment em setembro avança e bate recorde

Os cortes de geração renovável, chamados também de curtailment, dispararam em setembro. Segundo dados atualizados da Volt Robotics, o montante alcançou 6.640 MW médios. Esse volume representa o recorde histórico medido pela consultoria,superando agosto de 2025 em 14% com 5.800 MW médios, até então, no topo dessa tabela negativa para geradores renováveis no país. De acordo com os dados da Volt, houve redução de 22% nos cortes de razão elétrica, e aumento de 8,3% em confiabilidade e 9,2% nos cortes energéticos. Por fonte, os cortes da geração solar centralizada ficaram em 34,8% da produção e a eólica em 22,9% do total. Donato Filho, CEO da Volt Robotics, explicou os cortes foram intensos nos últimos 4 dias do mês passado. Isso se deve, inclusive, com a ocorrência do final de semana antes do final de setembro, que terminou na terça-feira. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

Link Externo

Curtailment já causou perdas de R$ 5 bi no setor elétrico brasileiro

Segundo o presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Darlan Santos, os cortes de geração de energia devido à falta de escoamento na rede de transmissão, conhecidos como curtailment, já resultaram em perdas de mais de R$ 5 bilhões. Essa situação é mais acentuada no Nordeste do Brasil, que responde por mais de 70% das perdas registradas no país. A Bahia lidera o ranking dos estados mais afetados, com 35,14% dos cortes, seguida por Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Outros estados nordestinos também estão sofrendo com o problema, como Piauí, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Maranhão. Essas perdas estão impactando não apenas a geração de energia, mas toda a cadeia produtiva, desde os fabricantes até os investidores. A falta de infraestrutura adequada no Nordeste está limitando a geração de energia eólica e solar, o que prejudica a expansão das fontes renováveis e resulta em perda de empregos. Empresas do setor, como fabricantes de aerogeradores, estão sendo afetadas, com demissões em massa sendo necessárias devido à redução da demanda. Para o chairman do Cerne, Jean Paul Prates, a limitação de escoamento de energia pode desencorajar investidores e comprometer a reputação do Brasil como potência renovável. Ele destaca a importância do leilão de transmissão da Aneel, previsto para este mês, como uma possível solução para o problema. Prates ressalta que a expansão da rede de transmissão é essencial para aproveitar todo o potencial da energia renovável já instalada no país. Ele enfatiza a necessidade de planejamento integrado no setor elétrico, que inclua inovação tecnológica, regulação moderna e atração de investimentos. Apenas assim, o Brasil poderá consolidar sua posição como líder mundial em energia limpa. (BroadcastEnergia - 08.10.2025)

Link Externo

Casa dos Ventos propõe exportar energia desperdiçada para reduzir curtailment no Brasil

O diretor de comercialização da Casa dos Ventos, Itamar Lessa, sugeriu durante o evento Zero Summit 2025 em São Paulo que uma solução para os cortes de geração renovável, conhecidos como curtailment, poderia ser a exportação da eletricidade que está sendo desperdiçada. Ele mencionou a Exportação de Vertimento Turbinável (EVT) como uma forma de exportar o curtailment das hidrelétricas. Lessa destacou que em um único dia foram cortados 18 mil megawatts (MW) de potência, equivalente ao consumo da Argentina. Além disso, ele propôs atrair demanda para o Brasil, citando o exemplo do Paraguai que atraiu 1 gigawatt (GW) de carga em um ano, principalmente de agentes de mineração de criptomoedas. Lessa enfatizou a necessidade das empresas de energia trabalharem em conjunto com parceiros para atrair demanda de forma inteligente e gerar riqueza, ressaltando que o desafio brasileiro não está na geração de energia, visto que o MWh eólico e solar no país são os mais competitivos do mundo. (BroadcastEnergia - 06.10.2025)

Link Externo

Reservatório de Furnas passa a operar na Faixa de Atenção

A usina hidrelétrica de Furnas (MG) registrou um volume útil de 41,46% na última terça-feira, 30 de setembro. Por estar abaixo de 50% no início de outubro, o reservatório desse aproveitamento hidrelétrico passa a operar a partir do dia 1º de outubro, na Faixa de Atenção. Com isso, Furnas Centrais Elétricas, que opera essa UHE, poderá liberar uma vazão máxima média de 846 metros cúbicos por segundo (m³/s) durante o período seco, que vai de maio a novembro segundo a Resolução nº 193/2024, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Em setembro, a vazão defluente (liberada) média mensal da hidrelétrica foi da ordem de 939m³/s. Em outubro, a vazão máxima média mensal será limitada a 846 m³/s, em virtude da redução do armazenamento do reservatório da UHE Furnas abaixo de 50% do seu volume útil, decorrente das chuvas abaixo da média e do atendimento de demandas do setor elétrico. (Agência CanalEnergia - 02.10.2025)

Link Externo

CMSE analisa descompasso em estudos do ONS e pode liberar margem na rede

O CMSE discute um estudo do ONS (com EPE, CCEE e Aneel) para alinhar as bases de dados “elétrica” e “energética” usadas nos estudos do sistema. O operador identificou um descompasso de ~22 GW entre projetos considerados em cada base; a ideia é “limpar” a base elétrica (usada em pedidos de acesso e análises de curtailment) de empreendimentos que assinaram CUST, mas não devem sair do papel, o que poderia liberar margem de escoamento no SIN. (Megawhat – 07.10.2025)

Link Externo

Com chuvas abaixo da média, CMSE faz alerta sobre atendimento da potência

O CMSE discutiu a análise do ONS que, embora a garantia energética esteja assegurada até março de 2026, o atendimento de potência preocupa com demanda mais alta e vento baixo. O operador sinalizou provável geração térmica adicional para atravessar a transição hídrica. Também recomendou maximizar a produção nas hidrelétricas do São Francisco e uso mais intenso do reservatório de Itaipu. Foi apresentado um diagnóstico de 22 GW de diferença entre os estudos elétrico e energético, o que pode levar à harmonização de bases e liberação de margem de escoamento. A limpeza da base “elétrica” tende a excluir projetos com CUST assinados, mas improváveis de sair do papel. A medida conversa com o aumento dos cortes de renováveis e a necessidade de coerência entre mapas de planejamento. O comitê também cobrou planos operativos para PND e Enem. Nas projeções de outubro, a ENA pode ficar em 70% da média (cenário otimista) e 43% (pessimista), reforçando a cautela. O foco é potência na ponta e flexibilidade para navegar a sazonalidade. (Megawhat – 09.10.2025)

Link Externo

Consumidores

MME adia consultas sobre mercado livre e medidores inteligentes

O Ministério de Minas e Energia (MME) prorrogou os prazos finais das consultas públicas relacionadas à abertura do mercado livre de energia para consumidores de baixa tensão e à implantação de medidores inteligentes no Brasil. A consulta sobre o mercado livre, iniciada em 2 de setembro, agora vai até 17 de novembro e inclui propostas sobre as regras para o Supridor de Última Instância (SUI), com o objetivo de aumentar a concorrência no setor elétrico e oferecer mais poder de negociação ao consumidor. Já a consulta sobre os medidores inteligentes, cujo prazo se estende até 21 de outubro, prevê a instalação inicial desses dispositivos em 4% das unidades consumidoras, como parte da estratégia de digitalização das redes e redução de perdas e custos operacionais. (Agência Eixos – 06.10.2025)

Link Externo

MME: Prazo para envio de constribuições às CPs 196 e 198 são prorrogados

O Ministério de Minas e Energia (MME), por meio de Portarias publicadas no Diário Oficial da União de 6 de outubro, prorrogou o prazo de duas Consultas Públicas em curso. Com a Portaria nº 871/2025, o prazo para envio de contribuições à CP nº 196/2025, que trata da abertura do mercado livre de energia elétrica para consumidores de baixa tensão, foi alongado até 17 de novembro de 2025, permitindo maior participação de agentes e da sociedade no debate sobre o tema. A proposta prevê o ingresso gradual de residências e pequenos comércios no Ambiente de Contratação Livre (ACL) a partir de 2026 e a criação do Supridor de Última Instância (SUI), responsável por garantir o fornecimento a consumidores sem contrato. Além disso, por meio da publicação da Portaria nº 872/2025, o MME ajustou o prazo de contribuições à CP nº 198, referente à implantação de medidores inteligentes de energia elétrica, ampliando em 30 dias o período para o envio das sugestões, contados a partir da data de publicação da nova portaria. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)

Link Externo

Abraceel: Mercado livre cresceu 55% em 12 meses

O mercado livre de energia cresceu 55% nos últimos 12 meses, somando 28.183 novos consumidores e alcançando 79.572 unidades ativas, segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Em julho, o consumo no ambiente livre (ACL) atingiu recorde de 31 mil MW médios, equivalente a 46% da eletricidade consumida no país. O setor industrial lidera o movimento, com 94% de representatividade intrassetorial, seguido por comércio, saneamento e serviços. Entre os estados, Minas Gerais, Pará e Paraná estão entre os maiores consumidores no ACL. A liquidez também cresceu: cada MW médio foi negociado 5,68 vezes antes da entrega, totalizando 178.777 MWm transacionados. Além disso, o atrativo econômico permanece alto: a tarifa média no mercado regulado foi de R$ 390/MWh, enquanto no mercado livre o preço médio ficou em R$ 203/MWh, garantindo economia de cerca de 48%. (Agência CanalEnergia - 06.10.2025)

Link Externo

CCEE: Liquidação do MCP de agosto movimenta R$ 2,51 bi

A liquidação do Mercado de Curto Prazo (MCP) movimentou R$ 2,51 bilhões em agosto, praticamente o mesmo valor registrado em julho, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os valores represados por liminares caíram para R$ 315,65 milhões, menos de 30% do total de junho, refletindo os efeitos positivos do mecanismo concorrencial do GSF (Generation Scaling Factor, em inglês), implantado em agosto. Dos R$ 2,86 bilhões contabilizados, R$ 2,51 bilhões foram efetivamente liquidados, com inadimplência de apenas R$ 42,81 milhões. A maior liquidez ampliou os ganhos dos agentes credores: aqueles amparados por liminares receberam 98% dos valores devidos, enquanto os com liminares proporcionais obtiveram 83,1%, e os demais 82,1%. A operação arrecadou R$ 1,34 bilhão, com ágio de R$ 550,63 milhões destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), e liberou R$ 792,59 milhões em valores anteriormente retidos, consolidando uma nova fase de estabilidade e liquidez nas transações do mercado elétrico brasileiro. (Agência CanalEnergia - 08.10.2025)

Link Externo

Mercado livre vive momento de expansão e entrada de PMEs

O mercado livre de energia no Brasil vive uma fase de expansão sem precedentes, consolidando-se como motor da economia de energia e vetor da transição para fontes renováveis. Com 77 mil unidades consumidoras ativas e crescimento de 58% em 12 meses, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) passou a responder por 42% do consumo nacional de eletricidade em abril de 2025, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), mais que o dobro do volume registrado dois anos antes. A Portaria 50/2022, em vigor desde janeiro de 2024, foi decisiva nesse processo ao permitir que empresas com demanda a partir de 30 kW migrassem para o mercado livre, ampliando o acesso de pequenas e médias empresas (PMEs), hotéis, supermercados e condomínios. A adesão é impulsionada pelo potencial de economia: a energia pode representar 20% dos custos operacionais de pequenas e médias empresas e até 60% em setores eletrointensivos, como cimento e alumínio. Além da redução de despesas, o mercado livre garante previsibilidade financeira e flexibilidade na escolha de fornecedores, permitindo que empresas alinhem suas estratégias à sustentabilidade e governança corporativa. Ainda, a possibilidade de contratar energia de origem renovável fortalece compromissos ESG e amplia a competitividade. Com isso, o mercado livre deixa de ser apenas uma ferramenta de economia e se torna um instrumento estratégico de sustentabilidade e gestão corporativa moderna. (Agência CanalEnergia - 09.10.2025)

Link Externo

CCEE: São Paulo lidera migrações para o mercado livre de energia em 2025

O movimento de migração para o mercado livre de energia segue em ritmo acelerado em 2025, com mais de 13,8 mil unidades consumidoras aderindo ao ambiente de contratação livre (ACL) até junho, alta de 26% frente a 2024, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). São Paulo lidera com 4.129 novas migrações, equivalente a 30% do total nacional, impulsionado pela forte concentração de grandes consumidores, como indústrias, shoppings e supermercados, e pelo avanço dos setores de serviços (1.170 adesões) e comércio (700). O Paraná foi o destaque em crescimento percentual, com aumento de 135% sobre o ano anterior, enquanto Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também registraram forte expansão. Para Adriana Sambiase, da CCEE, o diferencial paulista está na infraestrutura robusta, que combina matriz energética diversificada, rede de transmissão moderna e concentração de comercializadoras, o que garante competitividade e segurança. Além disso, empresas do estado lideram a demanda por energia renovável e certificados I-REC, reforçando compromissos de sustentabilidade. A expectativa é que São Paulo mantenha a liderança com a abertura para consumidores de baixa tensão a partir de 2026. (Agência CanalEnergia - 03.10.2025)

Link Externo

Biblioteca Virtual

Artigo de Fabio Di Lallo, Laura Guzzo e João Klärner:

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Fabio Di Lallo (sócio de Veirano Advogados), Laura Guzzo e João Klärner (advogados de Veirano Advogados) tratam do paradoxo brasileiro no uso das usinas hidrelétricas reversíveis (UHRs), destacando que, apesar de o país ter tradição, expertise e vasta capacidade geográfica para essa tecnologia de armazenamento de energia, não conta com nenhuma UHR em operação atualmente. Os autores explicam que, diante da crescente participação de fontes intermitentes como solar e eólica, o armazenamento em larga escala se tornou essencial para a estabilidade do sistema elétrico, e que as UHRs, responsáveis por 94% da capacidade mundial de armazenamento, são a solução mais madura e eficaz. Embora avanços regulatórios estejam em curso, como consultas públicas e a previsão de um sandbox regulatório, o progresso ainda é lento e insuficiente frente à urgência da transição energética. O artigo alerta que, sem decisões concretas e políticas que estimulem esses projetos, o Brasil corre o risco de perder protagonismo e continuar arcando com custos desnecessários e maior uso de térmicas, desperdiçando um trunfo estratégico por falta de ação. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2025)

Link Externo

Artigo de Sydney Ipiranga: "Geração distribuída é uma realidade sem volta"

Em artigo publicado pela Agência Eixos, Sydney Ipiranga (diretor técnico da Associação Brasileira de Geração Distribuida [ABGD]) trata da crítica à percepção de que a geração distribuída (GD) seria uma “salvação” ilusória para o setor elétrico brasileiro, argumentando que essa visão desconsidera dados concretos, benefícios operacionais e avanços regulatórios relevantes. O autor rebate acusações de que a GD se sustenta em subsídios injustos e estatísticas frágeis, mostrando que o modelo, amparado pela Lei 14.300/22, oferece segurança jurídica, reduz perdas técnicas, desafoga a rede em horários de pico e posterga investimentos estruturais. Ipiranga destaca que a GD não é panaceia, mas parte de uma matriz energética moderna e diversificada, com participação ativa do consumidor e potencial de geração de empregos. Exemplo da Austrália é citado para ilustrar como o incentivo à geração e ao armazenamento residencial pode fortalecer a transição energética. Ao final, o autor critica a resistência das distribuidoras em se adaptar, considerando-as o verdadeiro entrave à modernização do setor elétrico brasileiro. (GESEL-IE-UFRJ – 07.10.2025)

Link Externo

Artigo de Gustavo Pessoa: "O Brasil na encruzilhada dos minerais críticos"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Gustavo Pessoa (manager director da Taleb Capital Hedge Fund) trata das recentes denúncias de corrupção no setor mineral brasileiro, ressaltando a fragilidade dos órgãos reguladores em um momento em que minerais estratégicos ganham importância global crescente. Ele destaca os impactos das tragédias de Mariana e Brumadinho, que expuseram falhas de fiscalização, e analisa a crescente disputa internacional por minerais como nióbio, lítio e terras raras, fundamentais para tecnologias e segurança nacional, com o Brasil sendo cortejado como alternativa a monopólios, especialmente da China. Apesar do enorme potencial geológico e da importância desses minerais, o país enfrenta desafios institucionais e regulatórios, como lentidão no licenciamento ambiental, resistência social e escândalos de corrupção, que ameaçam transformar esse potencial em estratégia de desenvolvimento. Para assumir um papel protagonista na cadeia global, o Brasil precisa superar esses entraves e investir em políticas de longo prazo que valorizem o refino e a manufatura local, não apenas a exportação de matéria-prima. (GESEL-IE-UFRJ – 10.10.2025)

Link Externo

Artigo de Ana Toni: "COP30 vai ‘casar’ combate à crise do clima com economia"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Ana Toni trata (diretora-geral da COP30) da COP30 como uma conferência marcada por mais de 20 temas importantes, ainda que nenhum seja “sexy”, destacando especialmente a integração entre economia e combate à crise climática como sua principal contribuição histórica. Ela enfatiza iniciativas como o relatório para mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 para descarbonização, a criação do Fundo Florestas Tropicais e o esforço para alinhar bancos multilaterais e nacionais ao Acordo de Paris. Além disso, aborda debates cruciais sobre transição justa, indicadores de adaptação climática, transparência e agenda de ação, reforçando a importância do multilateralismo e da institucionalidade do Acordo de Paris para acelerar ações climáticas em um mundo turbulento. (GESEL-IE-UFRJ – 10.10.2025)

Link Externo

Editorial Estadão: "O custo da farra da energia limpa"

Em editorial publicado nesta quarta-feira, 8/10, o Estadão trata do paradoxo no setor elétrico brasileiro, onde o excesso de energia limpa e intermitente causa instabilidade e um prejuízo bilionário (R$ 3,85 bilhões até agosto) que recai sobre o consumidor, sendo agravado pela manutenção política de subsídios que deveriam ter sido extintos. O setor elétrico brasileiro enfrenta um paradoxo: o quase apagão de 10 de agosto foi causado pelo excesso de energia, não pela falta. Para estabilizar o sistema, o ONS desligou eólicas e solares, gerando prejuízo de R$ 3,85 bilhões aos geradores. A fartura é pontual e contrasta com a escassez em horários de pico. O Congresso, que assumiu o controle do planejamento, mantém subsídios desnecessários às renováveis e transfere o custo ao consumidor. O editorial defende extinguir incentivos e dividir perdas entre todos os geradores, inclusive os de energia solar. (GESEL-IE-UFRJ – 08.10.2025)

Link Externo