Após atrair R$ 175 bilhões em investimentos para a descarbonização em 2023, o Brasil se prepara para um novo ciclo de aportes bilionários até 2026, com o setor de energia demandando cerca de R$ 225 bilhões. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que quase R$ 192 bilhões devem ser captados até o fim de 2026, com 34% destinados a fontes renováveis e 66% a tecnologias como térmicas a gás natural. A infraestrutura de transmissão de energia elétrica é fundamental para a geração renovável. A EPE sinalizou um conjunto de obras que resultarão em R$ 32 bilhões de investimentos até 2026, com o Nordeste recebendo quase metade dos investimentos previstos. Empresas como a Casa dos Ventos e a Petrobras estão investindo pesadamente em energia renovável, enquanto o capital chinês, principalmente de estatais, também está sendo investido no Brasil. O BNDES, como principal financiador global de energias renováveis, desempenha um papel crucial, oferecendo financiamento e atraindo investimento privado. (Valor Econômico - 11.03.2024)

O Ministério de Minas e Energia (MME) concedeu nesta sexta-feira, 08, benefício fiscal a 14 projetos de reforços e melhorias em instalações de transmissão de energia elétrica, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União. Iniciativas da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), de Furnas e da Eletronorte, todas da Eletrobras, da ISA Cteep, da Matrincha Transmissora de Energia, controlada de State Grid e da Copel, e da EDP Transmissão Goiás foram enquadradas no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). O enquadramento permite que as compras de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, prestação de serviços e materiais de construção para utilização ou incorporação nas obras dos empreendimentos aprovados sejam feitas sem a incidência de PIS/Cofins. (Broadcast Energia – 08.03.2024)

O Tribunal de Contas da União (TCU) recentemente emitiu um acórdão identificando problemas em relação à estruturação da autarquia da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) e propôs uma deliberação aos órgãos responsáveis com a finalidade resolver a situação. (Tribunal de Contas da União - 21.02.2024)

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) contou, mais uma vez, com uma equipe 100% feminina atuando na programação diária da operação de 08 de março, o Dia Internacional da Mulher. A estava composta por 25 profissionais que tiverem, entre suas principais atribuições, o dever de elaborar a programação do SIN, garantindo o suprimento de energia elétrica para todo o Brasil com qualidade e equilíbrio entre segurança e custo global da operação. (Agência CanalEnergia - 07.03.2024)

Após a falha na aprovação de um pacote de transição energética em 2023, o Congresso Nacional retomou o tema em 2024 com cinco projetos principais: mercado de crédito de carbono, hidrogênio verde, biocombustíveis, energia eólica offshore e o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten). Desacordos sobre a redação impediram a aprovação completa, e agora projetos como o que regulamenta usinas eólicas offshore e o crédito de carbono estão sendo reavaliados pelo Senado, enquanto o projeto Paten aguarda votação. Divergências incluem o uso de precatórios como garantia e restrições ao etanol de segunda geração. Atualmente, há mais de mil projetos sobre a transição verde no Congresso, com investimento global na transição energética alcançando US$ 1,8 trilhão em 2023. (Valor Econômico - 09.03.2024)

Thiago Prado, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) desde setembro de 2023, concedeu entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia acerca do futuro da trajetória brasileira rumo à transição energética. Na conversa, são abordadas questões como as dificuldades impostas pelo corte orçamentário em 2024 e o desejo de mudar a natureza da empresa de modo a torná-la mais resiliente a esses cortes financeiros, por meio do acesso a recursos de fundos setoriais. Além disso, foram tratados temas como o diálogo com o Ministério de Minas e Energia (MME) acerca da criação de uma diretoria dedica à transição energética, planejamento energético brasileiro, avanço das energias renováveis, pobreza e justiça energética, hidrogênio, e a publicação de um Plano Decenal de Energia 2034. (Agência CanalEnergia - 08.03.2024)

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Camila Goldberg (sócia da área de Mercados Financeiro e de Capitais do BMA Advogados) e Maria Luiza Belmiro(advogada da área de Mercados Financeiro e de Capitais do BMA Advogados) tratam da crescente importância da agenda ESG (Environmental, Social and Governance) no mundo empresarial e financeiro. As bolsas de valores, em particular, estão se tornando agentes impulsionadores dessa agenda, integrando fatores e princípios ESG em suas regulamentações. No Brasil, a B3 tem trazido a pauta ESG para o centro de sua agenda, adotando um novo Regulamento de Emissores em julho de 2023 que exige das companhias listadas a adoção de medidas voltadas à promoção de políticas socioambientais e de diversidade. Essas medidas estão alinhadas com iniciativas semelhantes adotadas pela Nasdaq em 2021. Além disso, a B3 mantém um conjunto de índices de sustentabilidade que destacam as companhias comprometidas com essas pautas. (GESEL-IE-UFRJ – 11.03.2024)

A Petrobras divulgou suas demonstrações financeiras referentes a 2023. A petroleira fechou o ano com lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, valor 33,8% menor do que o aferido em 2022. Ainda assim, esse é o segundo maior resultado na história da companhia, bem como o Ebitda e fluxo de caixa operacional, que somaram, respectivamente, R$ 262,2 bilhões e R$ 215,7 bilhões. Esse desempenho foi atribuído aos recordes e eficiências operacionais e à estratégia comercial para o diesel e a gasolina. Além disso, os investimentos no ano chegaram a US$ 12,7 bilhões, uma alta de 29% em relação a 2022, e a dívida líquida ficou em US$ 44,7 bilhões, tendo aumentado 7,7%. O presidente da companhia, Jean Paul Prates, por fim, afirmou que 2023 foi o primeiro ano de uma jornada que levará a Petrobras a liderar a transição energética justa no Brasil de forma gradual e consciente. “Vamos gerar valor diversificando nossas operações em negócios rentáveis de baixo carbono e sempre priorizando parcerias”, enfatizou. (Agência CanalEnergia - 08.03.2024)

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) divulgou suas demonstrações financeiras referentes a 2023. A companhia registrou uma receita líquida de R$ 603,3 milhões em 2023, 13,3% maior do que em 2022, da qual R$ 33,4 milhões vêm do reajuste tarifário somado à revisão de julho de 2023. Foi contribuinte também para o resultado o incremento de 103,4% na energia gerada, que totalizou 1.532.095 MWh no ano. Quanto a outras métricas, o ebtida aumentou R$ 108,1 milhões e voltou a ser positivo, ficando em R$ 84,4 milhões. Já o lucro líquido registrado foi de R$ 159,3 milhões, crescendo 103,8%; contudo, após extraídas as despesas tributárias da ordem de R$ 8,9 milhões, o montante apurado ficou em R$ 150,5 milhões, tendo aumentado 121,2% na comparação com 2022. (Agência CanalEnergia - 08.03.2024)

O juiz Luiz Alberto Carvalho Alves convocou uma assembleia geral de credores da Light para o dia 25 de abril, às 14h, que será realizada digitalmente. A instalação da assembleia requer a presença de mais da metade dos credores de cada classe envolvida no processo de recuperação judicial. Se o quórum não for atingido, uma segunda convocação está marcada para 3 de maio. Caso o plano de recuperação judicial da Light seja rejeitado, os credores terão 30 dias para apresentar um plano alternativo. (Valor Econômico - 07.03.2024)

A Serena Energia anunciou que os Fundos Tarpon pretendem avaliar a possibilidade de realização de uma oferta pública de distribuição secundária de ações ordinárias de emissão da companhia. O montante previsto é de 86 milhões de ações ordinárias, que representam cerca de 13,87% do capital social. Segundo a companhia, todavia, a oferta está sujeita às condições do mercado de capitais brasileiro e internacional, à obtenção das aprovações necessárias e à favorabilidade das condições política e macroeconômica. Ainda, indicou que não tem interesse de realizar emissão de novas ações no âmbito da potencial oferta. Por fim, destacou que, caso seja concluída, a operação não resultará em alteração de controle acionário. (Agência CanalEnergia - 08.03.2024)

A N5X abrirá, em 19 de março, o cadastro de empresas em sua plataforma. A empresa, que vem se apresentando como a nova bolsa de energia do Brasil, tem o início das operações previsto já para o primeiro semestre de 2024. A N5X deve atuar diretamente na dinâmica atual do mercado de energia, tendo – entre seus principais objetivos – o alcance da ‘clearing house’ no país. Para atingir essa meta, segundo a CEO da empresa, Dri Barbosa, será preciso navegar uma jornada regulatória, que já foi iniciada, mas que deve levar pelo menos mais dois anos. Por hora, a meta parcial da N5X é sua consolidação enquanto plataforma de trading de energia no Brasil. (Agência CanalEnergia - 07.03.2024)

Mauricio Tolmasquim, diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, indicou que a empresa pode participar do leilão de reserva de capacidade, uma modalidade que contrata a potência das usinas, devido ao fato de possuir térmicas descontratadas. No entanto, durante uma coletiva de imprensa sobre os resultados do quarto trimestre de 2023, ele ressaltou que a Petrobras não deve apresentar propostas para a aquisição dos ativos de geração da AES Brasil, que inclui usinas eólicas e solares, pois a empresa americana estaria se retirando do país. (Valor Econômico - 08.03.2024)

A previsão de carga de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN) em março foi revisada para 82.716 megawatts médios (MWmed), montante 0,2% menor do que o estimado no Programa Mensal da Operação (PMO) anterior, mas um crescimento de 4,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. No Sudeste/Centro-Oeste, que responde por mais da metade do consumo de energia do País, a estimativa é que a carga alcance 14.585 MWmed. Por outro lado, no subsistema Sul, a carga deve chegar a 14.585 MWmed, redução de 1,1% em comparação com o estimado no PMO da semana passada, mas estável em relação a março de 2023. No Nordeste a previsão é que ela alcance 13.163 MWmed no final desse mês, alta de 0,3% frente ao estimado anteriormente e crescimento de 6,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já no Norte a estimativa é que a carga termine o mês em 7.436 MWmed. (Broadcast Energia – 08.03.2024) 

A operação comercial da usina solar Boa Sorte I em Paracatu, Minas Gerais, marcou a conquista da marca de 200 gigawatts (GW) de potência centralizada no Brasil. Este marco destaca o compromisso do país com a transição energética global, visando desenvolvimento econômico e social com menores emissões de carbono e maior utilização de fontes limpas e renováveis. Dos 200 GW, 84,25% são provenientes de fontes renováveis, enquanto 15,75% são de fontes não renováveis, incluindo 1% de energia nuclear, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As principais fontes renováveis na matriz energética brasileira são hídrica (55%), eólica (14,8%) e biomassa (8,4%), enquanto as não renováveis incluem gás natural (9%), petróleo (4%) e carvão mineral (1,75%). A Aneel já liberou 2 GW para operação comercial neste ano, reforçando o compromisso do país com a expansão das energias renováveis. (Aneel – 07.03.2024) 

A usina hidrelétrica de Itaipu Binacional tornou-se a maior geradora de energia do mundo, atingindo a produção de 3 bilhões de MWh desde 1984. Este volume de energia seria suficiente para abastecer a Terra por mais de 43 dias ou o Brasil por quase 6 anos. A eficiência operacional e as negociações diplomáticas com Paraguai e Argentina foram fundamentais para este feito. Apesar da capacidade instalada superior da usina de Três Gargantas na China, Itaipu manteve a liderança na geração anual de energia por anos. A produção de Itaipu no início de 2024 foi 4,5% superior em relação ao mesmo período de 2023, apesar da menor afluência à usina. (Valor Econômico - 09.03.2024)

O período úmido dos primeiros meses do ano – que já está próximo de terminar – está em um patamar próximo daquele verificado na crise hídrica de 2021, apontou Claudio Vallejos, analista do London Stock Exchange Group (LSEG). A particularidade do retrato atual é que os reservatórios estão mais cheios, mas o solo está mais seco, reflexo das altas temperaturas, sobretudo no Sudeste e Centro-Oeste. Ademais, a perspectiva de poucas chuvas indica a manutenção dessa situação. Diante disso, os preços de energia atingiram picos por conta da necessidade de atendimento da ponta e de contingências no sistema. E o segundo semestre, de acordo com o executivo, será marcado por incerteza e risco de alta volatilidade do preço de liquidação das diferenças (PLD). (Agência CanalEnergia - 07.03.2024)

A ZEG Biogás inaugurará a primeira fábrica de equipamentos de purificação de biogás do Brasil em Votorantim (SP), com um investimento de R$ 16 milhões. A fábrica, que tem capacidade para produzir 18 unidades por ano, é resultado de um acordo de licenciamento com a canadense GreenLane Renewables. O CEO da ZEG Biogás, Eduardo Acquaviva, destaca a demanda existente no Brasil, apesar do mercado ainda ser pequeno, e a expectativa de redução do prazo de importação de equipamentos de 52 para 32 semanas com a produção local. A empresa também está trabalhando em parcerias, como a recente com a Multilixo para uma planta de purificação de biogás 100% "offgrid". (Valor Econômico - 08.03.2024)

O SENAI do Rio Grande do Norte recebeu o “Selo ODS Educação”, um reconhecimento nacional público pela formação das primeiras mulheres especialistas do Rio Grande do Norte em operação e manutenção de parques eólicos. O projeto, realizado pelo Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) da instituição em parceria com a AES Brasil, teve o objetivo de impulsionar a participação feminina no mercado ante um contexto global de maioria masculina. A expectativa do SENAI – RN é que a comunicação dessa conquista se dê de forma provocativa para que o interesse pelo tema seja crescente e novos projetos possam ser viabilizados e, assim, as oportunidades para grupos minoritários sejam multiplicadas. Por fim, foi destacado que o reconhecimento põe a instituição em um degrau importante e necessário sobre a atuação nos projetos que envolvem a igualdade de gênero. (Agência CanalEnergia - 08.03.2024)

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Talita Appa (gerente regional de Riscos e Contratos e Líder do Comitê de Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento na Vestas para a América Latina) discute o crescimento do setor eólico na região e seu potencial para impulsionar a diversidade de gênero. Ela destaca o aumento da presença feminina nesse mercado, mas ressalta a necessidade de superar desafios para garantir uma verdadeira equidade de oportunidades. Appa enfatiza a importância de iniciativas inclusivas por parte das empresas e da sociedade, além do empoderamento individual das mulheres para alcançarem seus objetivos profissionais. Ela conclui que é essencial que cada mulher seja protagonista de sua própria história, superando vieses e tomando decisões que impulsionem sua carreira. (GESEL-IE-UFRJ – 11.03.2024)

O programa de Mentoria de Lideranças Femininas da Indústria de petróleo e gás (O&G), realizado pela Universidade do Setor de Petróleo e Gás (UnIBP), alcança sua 7ª turma e está com inscrições abertas. A iniciativa proporciona troca de expertise entre gestoras e gestores, além de novos talentos, para formação de lideranças femininas do futuro. O público-alvo do programa são mentoradas com, no mínimo, 3 anos de gestão. Já as mentoras e os mentores precisam ter, no mínimo, 10 anos de experiência em gestão e liderança. O programa contará com a organização de oficinas com conteúdo exclusivo, interações monitoradas e avaliadas, eventos divididos em fases para garantir o engajamento e temas aplicados de maneira transversal, como a agenda ESG. As inscrições podem ser realizadas até 19 de abril. (Agência CanalEnergia - 08.03.2024)

O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) divulgou resultados operacionais referentes a fevereiro de 2024. As operações no mês somaram 63.747 GWh, uma alta de 234% em relação ao mesmo período de 2023, além de ter registrado o recorde diário de energia transacionada, com 7.513 GWh em 06 de fevereiro. Já o montante financeiro foi de R$ 8,7 bilhões, mais de cinco vezes o resultado do ano anterior e 23% maior em comparação a janeiro. Ademais, os prazos dos negócios obedeceram a tendência de redução já observada em 2023. Esses movimentos concentrados no início do ano, segundo o CEO do BBCE, Alexandre Thorpe, têm relação com a perspectiva de alta do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e com o incremento da volatilidade verificada na plataforma EHUB. (CanalEnergia - 07.03.2024)