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IFE 5.668
Regulação
Artigo GESEL: "Desafios para a introdução de ônibus elétricos no Brasil"
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, intitulado: “Desafios para a introdução de ônibus elétricos no Brasil”, os autores Gabriel Pabst (pesquisador associado do Gesel e doutorando do PPE-COPPE-UFRJ), Vinícius José Braz da Costa (pesquisador júnior do Gesel), Marcelo Maestrini (pesquisador pleno do Gesel e doutorando do PPGE-UFF) e Paulo Maurício Senra (pesquisador pleno do Gesel), analisam as dificuldades associadas eletrificação dos transportes públicos no caso brasileiro. Inicialmente, os autores afirmam que: “apesar da agenda da eletrificação dos transportes públicos ter avançado em diversos países com diferentes realidades sociais e econômicas, esta transição continua a representar um desafio no caso brasileiro.” Os autores também apontam que: “em síntese, as principais barreiras encontradas na literatura ou em relatórios oficiais dos órgãos gestores responsáveis pela eletromobilidade no transporte coletivo por ônibus apontam um alto volume de recursos necessário para a implantação da política, dificuldades de obtenção de financiamento para seu custeio e empecilhos nos modelos vigentes de contratação pública que não favorecem a aquisição dos ônibus urbanos eletrificados.” Por fim, eles concluem: “a partir dos resultados identificados, avalia-se que diversos fatores complicadores para a utilização em larga escala dos ônibus elétricos no Brasil podem ser atenuados por políticas públicas de médio e longo prazo.” (GESEL-IE-UFRJ – 27.02.2023)
Ver PDFGESEL: Privatização da Eletrobras se deu no contexto de gerar caixa para o Tesouro, afirma Nivalde de Castro
A reversão da privatização da Eletrobras, que antes parecia apenas uma bravata do PT, sem qualquer possibilidade de concretização, começa a ganhar contornos de intenção real do governo. Em um primeiro momento, o governo busca retomar o “poder de mando” que corresponda ao menos a seu nível de participação acionária. Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, o professor Nivalde de Castro acredita que todo o processo que levou à privatização da Eletrobras foi feito sob o contexto de elevar o valor das ações da companhia para gerar caixa para o Tesouro. “Para isso, se superestimou o valor da energia a ser contratada e se subestimou o poder da União sobre a empresa. Para Castro, a AGU, acionada pelo presidente Lula neste caso, pode chegar a uma proposta que não signifique quebra de contrato, mas que aumente o poder da União na empresa. (Broadcast Energia - 17.02.2023)
Link ExternoAneel: Bandeira tarifária verde é mantida para março
A Aneel manteve a bandeira verde para o próximo mês para todos os consumidores conectados ao SIN. A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Segundo a Aneel, na ocasião a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia, com os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios. Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado em junho de 2022 pela Aneel. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoRegulamentação da GD traz trecho para garantir abertura do mercado para alta tensão
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) incluiu na Resolução 1.059/2023, que trata da regulamentação do marco legal da mini e microgeração distribuída (MMGD), um trecho que reforça a possibilidade de migração de consumidores atendidos em alta e média tensão, o Grupo A, conforme portaria publicada no ano passado pelo Ministério de Minas e Energia. A norma alterou, entre outras, a Resolução 1.000/2021, que - na visão das comercializadoras - tinha referências ultrapassadas dos critérios mínimos para acessar o mercado livre. Com a revisão, o novo texto afirma que "o consumidor do grupo A atendido em qualquer tensão pode optar pela compra de energia elétrica no ACL [Ambiente de Contratação Livre]". O diretor executivo da Ludfor Energia, Douglas Ludwig, afirmou que a medida foi tomada por conta da leitura, por parte dos agentes, de que as distribuidoras poderiam alegar que, mesmo com a portaria, não existiriam definições regulatórias. (BroadCast Energia – 17.02.2023)
Link ExternoMDIC: Alckmin defende aumento na mistura de biodiesel ao diesel
O vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, defendeu o aumento do percentual de mistura do biodiesel ao diesel fóssil. "Nós precisamos aumentar o percentual do biodiesel no diesel. Está em 10%, já foi 13%, foi reduzido no governo passado para 10%", disse Alckmin após encontro com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Pelo cronograma original, o teor da mistura do biocombustível ao diesel fóssil deveria estar em 14%, e iria para 15% a partir de março deste ano. No governo de Jair Bolsonaro, o percentual sofreu sucessivos cortes sob o pretexto de baixar o preço do combustível na bomba aos consumidores. Foram cinco alterações apenas ao longo de 2021. No fim do ano passado, uma decisão do CNPE estendeu a mistura de 10% até o fim de março de 2023. O órgão deverá definir um novo cronograma para a adição do biocombustível em breve. (Valor Econômico 24.02.2023)
Link ExternoAcende Brasil: Críticas a proposta de esvaziamento das agências reguladoras
O Instituto Acende Brasil, think tank do setor elétrico, afirmou recentemente que a proposta de criação de comissões fiscalizadoras que atuariam como instâncias superiores às agências reguladoras é inadequada porque a iniciativa propõe uma reestruturação radical dessas instituições sem uma análise mais profunda sobre o impacto da adoção dos comitês. Segundo o presidente da instituição, Claudio Sales, a Emenda 54, como ficou conhecida a proposta, não define aspectos como orçamento e custos de implantação, a estrutura necessária e as atribuições dos integrantes das comissões, que seriam vinculados aos ministérios aos quais as agências são ligadas. Para Sales, o texto da emenda mostra “uma incompreensão absoluta da arquitetura institucional existente”. Isso porque, explica, a agência reguladora exige uma visão de Estado que tem que se fazer presente, considerando interesses de longo prazo de investidores, traduzidos nos contratos de concessão que duram décadas. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoAcende Brasil: Autonomia das agências reguladoras é fundamental para eficiência da administração pública
O presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, afirmou recentemente que a Emenda 54, que esvazia o poder das agências reguladoras, cria riscos regulatórios. Sales citou a Aneel como exemplo de atuação autônoma e independente: "Não tem uma decisão que não passe pelo crivo de audiências e consultas públicas". Como exemplo, de acordo com o executivo, está a recente decisão da Aneel que alterou a metodologia de cálculo das tarifas Tust e Tusd. “A Aneel chegou à decisão após 400 dias de debate [entre consultas e audiências públicas”, disse Sales. Outra questão que preocupa Sales é a falta de recursos financeiros para a atuação das agências reguladoras, um problema antigo que essas instituições enfrentam. Novamente citando a Aneel como exemplo, ele destaca que há vários anos a reguladora do setor de energia elétrica não realiza concurso público para novos especialistas. Considerando a complexidade do setor e a grande quantidade de processos analisados, a prática permanente de contingenciamento de recursos para fins fiscais, na visão dele, é grave e mostra uma distorção da figura do Estado, que deveria se mostrar mais eficiente. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoJustiça revoga cobrança de IPTU sobre parques eólicos no RN
Em decisão provisória de urgência, a juíza Cristiany Maria de Vasconcelos Batista, da 1ª Vara da Comarca de Macau (RN) afastou a cobrança de IPTU pela prefeitura de Guamaré sobre as empresas de energia que abrigam parques eólicos no município. Na decisão, a magistrada entendeu que as propriedades não estão situadas em área considerada urbana pelo Código Tributário Municipal. A alíquota do IPTU varia de município para município, mas pode chegar a 15% e incide sobre o valor venal do imóvel. (Valor Econômico – 22.02.2023)
Link ExternoTransição Energética
Brasil: Assessor especial para o Clima dos EUA discute mudanças climáticas com autoridades brasileiras
O assessor especial da Presidência dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry, chegou a Brasília para participar de uma série de encontros com autoridades brasileiras com o objetivo de tratar das mudanças climáticas. Em nota, a embaixada destacou que a visita “vai dar continuidade ao Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas Brasil-EUA que os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, relançaram durante a reunião de 10 de fevereiro”, em Washington (EUA). Na manhã desta segunda-feira (27), John Kerry tem reunião no Palácio do Itamaraty, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em Brasília, com a ministra do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Na pauta do encontro sobre a colaboração entre os países na mitigação das mudanças climáticas, estão previstas discussões sobre combate e reversão do desmatamento, aceleração na transição para a energia limpa e fortalecimento da bioeconomia e sustentabilidade. (Valor Econômico - 26.02.2023)
Link ExternoComissário de clima da UE: guerra de Putin acelerou a transição verde da União Europeia
O Presidente russo, Vladimir Putin, acelerou involuntariamente a transição verde da União Europeia (UE) com a guerra na Ucrânia, com o bloco dos 27 países reduzindo a sua dependência dos combustíveis fósseis russos e aumentando a utilização de energia renovável no último ano, disse Frans Timmermans, o comissário encarregado do Acordo Verde Europeu, nesta terça-feira, 21. Timmermans disse que Putin subestimou completamente a resiliência da UE quando Moscou cortou a maioria dos fluxos de gás natural para a Europa em meio à guerra, uma estratégia que os líderes europeus chamaram de chantagem energética. "Ele tem dito publicamente que neste inverno os europeus congelariam e morreriam de fome", disse Timmermans. "Bem, não congelamos nem passamos fome porque nossa produção de alimentos estava em altos níveis. Não houve escassez. E a nossa energia, conseguimos garantir que ele não usasse esta arma de forma eficaz." A guerra, no entanto, alimentou uma crise de preços da energia na UE que enviou as contas das famílias e empresas até o teto. (BroadCast Energia – 21.02.2023)
Link ExternoResultados da COP15: objetivos gerais e novas metas são estabelecidos
O resultado da Conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade, a COP-15, realizada em dezembro de 2022, em Montreal, no Canadá, não fugiu do esperado, segundo artigo publicado no site Consultor Jurídico. De acordo a publicação, os países membros da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), assinada em 5 de junho de 1992, na Conferência do Rio de Janeiro (ECO-92), aprovaram a Agenda Global de Biodiversidade Kunming-Montreal com quatro objetivos e 23 metas. Visando desenhar a nova agenda global para a biodiversidade, o tema central da COP-15 foi “Civilização ecológica: construindo um futuro compartilhado para toda a vida na Terra”. Resta saber, dizem os autores do artigo, se o resultado da conferência é satisfatório para o desafio de “ecologizar” a nossa civilização. Apresentamos abaixo os principais objetivos e metas traçados após a conferência. A nova agenda global de biodiversidade se guiará mediante quatro objetivos gerais (Objetivos A, B, C e D), dentro de um horizonte para o ano de 2050. (Além da Energia – 22.02.2023)
Link ExternoFórum Econômico Mundial: inflação e geopolítica no combate às mudanças climáticas
Inflação, aumento do custo de vida, guerras comerciais e dificuldades geopolíticas são alguns dos desafios ao bem-estar da população mundial a serem enfrentados nesta década, conforme aponta o Relatório de Riscos Globais 2023, do Fórum Econômico Mundial, baseado nos resultados da última Pesquisa Global de Percepção de Riscos (GRPS). Juntos, esses fatores estão convergindo para formar “uma década incerta e turbulenta”, conforme destaca o relatório, divulgado por ocasião do Fórum que ocorreu em janeiro de 2023, em Davos, na Suíça. Segundo o relatório, o início de 2023 revela um mundo diante de uma série de riscos que pareciam menores nas últimas décadas. “Os primeiros anos desta década já anunciaram um período perturbador da história humana, com a pandemia de covid-19”, pontua o documento. A caminho de um “novo normal”, com a restruturação pós-pandemia acontecendo aos poucos, o período foi rapidamente interrompido pela guerra na Ucrânia, inaugurando uma nova série de crises de alimentos e energia e desencadeando problemas que décadas de progresso procuraram resolver. (Além da Energia – 24.02.2023)
Link ExternoInvestimentos em energias renováveis atingiram recorde, mas precisam de aumento maciço e distribuição mais equitativa
O relatório Global Landscape of Renewable Energy Finance 2023 revela que o investimento global em tecnologias de transição energética no ano passado – incluindo eficiência energética – atingiu US$ 1,3 trilhão. Ele estabeleceu um novo recorde, 19% acima dos níveis de investimento de 2021 e 50% antes da pandemia em 2019. O relatório conjunto da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e Iniciativa de Política Climática (CPI) - lançado paralelamente à Conferência Internacional Espanhola de Energia Renovável em Madri - também conclui que, embora o investimento global em energia renovável tenha atingido um recorde alta de US$ 0,5 trilhão em 2022, isso ainda representa menos de 40% do investimento médio necessário a cada ano entre 2021 e 2030, de acordo com o Cenário 1,5 ° C da IRENA. Os investimentos também não estão no caminho certo para atingir as metas estabelecidas pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. (IRENA – 22.02.2023)
Link ExternoEnergy Storage Summit: Papel do armazenamento para a segurança energética cada vez mais reconhecido
O papel do armazenamento de energia em ajudar a segurança energética da Europa está sendo cada vez mais reconhecido, disseram os palestrantes principais no The Energy Storage Summit EU, organizado pela editora Solar Media. Gerard Reid, sócio da Alexa Capital e co-anfitrião do podcast “Redefinindo Energia”, abriu o evento de dois dias em Londres com uma ampla visão geral de onde o mercado de armazenamento de energia está hoje e um lembrete de quão crucial é. Ele foi seguido por palestrantes da Wärtsilä, ENGIE, EDF, Sungrow Europe e Eirgrid discutindo a questão do armazenamento e segurança energética. Reid disse que a tecnologia é “crucial para a humanidade” e que os humanos armazenam energia de forma não elétrica há centenas e até milhares de anos. Ao pensar em como seria o armazenamento de energia elétrica no futuro, ele apontou para o nível de inovação visto no setor de telefonia móvel, com o tamanho e o gerenciamento da bateria ajudando a impulsionar a miniaturização e o desempenho. Houve um consenso generalizado entre os painelistas na discussão seguinte 'Um destaque na resiliência energética da Europa' de que, em comparação com alguns anos atrás, o papel do armazenamento de energia em ajudar a segurança energética do continente é agora cada vez mais reconhecido. (Energy Storage – 22.02.2023)
Link ExternoTecnologia ajuda empresas a monitorar riscos ligados a ESG
Gerenciar riscos de terceiros sempre foi essencial no ambiente de negócios. Essa governança torna-se ainda mais importante para as organizações que visam à promoção de um ambiente de negócios mais ético, além de maior segurança jurídica na aplicação das normas. Reportagem publicada pelo Estadão mostra que observar e gerenciar esses riscos não diz respeito apenas ao due diligence, à análise de contratos e à revisão de governança corporativa. Envolve também a pauta ESG – que trata de temas ambientais, sociais e de governança –, assunto cuja importância vem sendo ampliada nas organizações. A Deloitte lançou recentemente a sétima edição de sua Pesquisa Global de Gestão de Riscos de Terceiros, que levantou, com mais de 1.300 líderes de negócios de todo o mundo (sendo 233 do Brasil), suas percepções a respeito do tema e os maiores desafios a serem enfrentados. (Além da Energia – 24.02.2023)
Link ExternoArtigo de Joaquim Levy: "Mais verde e mais produtivo"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e Diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercado do Banco Safra, aborda as perspectivas econômicas para a transição energética brasileira. Para o autor, é possível o Brasil chegar à neutralidade em carbono na frente da maioria dos países, sem grandes subsídios e gerando empregos: "Quanto antes se definirem políticas claras, mais as fontes de energia renováveis, incluindo biocombustíveis, poderão crescer sem onerar a sociedade. Uma agenda verde coerente e voltada para a eficiência atrairá investimentos, inclusive externos, até como parte da reorganização das cadeias globais de produção". (GESEL-IE-UFRJ – 27.02.2023)
Ver PDFArtigo de André Nassif: "O BNDES no século XXI"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, André Nassif, professor do Departamento de Economia da UFF e economista aposentado do BNDES, aborda o papel que o BNDES tem a desempenhar frente aos desafios atuais do processo de desenvolvimento brasileiro. Para o autor, o papel do banco de desenvolvimento "continua sendo não apenas compensar a escassez relativa de crédito de longo prazo, mas também compartilhar riscos associados a investimentos de longa maturação e/ou em projetos de inovação, notadamente os que envolvem tecnologias de caráter disruptivo, que exigem capital 'paciente'". Neste sentido, Nassif acredita que o BNDES tem o potencial de atrar recursos para o mercado de financiamento privado brasileiro. (Valor Econômico - 27.02.2023)
Ver PDFArtigo de Daniel Afonso da Silva: "A intermitência de uma ilusão"
Em artigo publicado pelo Jornal da USP, Daniel Afonso da Silva, doutor em História Social pela USP, trata das mudanças políticas e econômicas causadas pela Guerra na Ucrânia. Para o autor, o novo cenário geopolítico é resultado da transformação das economias ocidentais e dos países emergentes, que cada vez mais ocupam um lugar de destaque na comunidade internacional. A Rússia, um dos países envolvidos no conflito, vem mostrando grande resiliência às sanções ocidentais. No ano de 2022, por exemplo, o país eurasiático comercializou por volta de US$ 24 bilhões em petróleo (volume similar ao observado nos "tempos de paz"), enquanto boa parte dos países europeus sofriam com uma grave crise energética. (GESEL-IE-UFRJ – 27.02.2023)
Ver PDFEmpresas
Itaipu Binacional: Fim da dívida de construção da usina
No dia 28 de fevereiro, a hidrelétrica de Itaipu Binacional vai pagar US$ 115 milhões e amortizar totalmente a dívida histórica da construção. Conforme estabelecido no Tratado da Itaipu, os recursos custearam estudos, construção e operação da usina, além de obras e instalações auxiliares. Foram financiados, em sua quase totalidade, com empréstimos contratados com a Eletrobras e outras fontes, brasileiras e internacionais na década de 1970. O pagamento do empreendimento de 14 mil MW representou, até 2021, quase dois terços do custo anual da usina, ou US$ 2,1 bilhões de um orçamento de US$ 3,3 bilhões. E agora abre espaço para a redução da tarifa paga pelo consumidor brasileiro que passou de US$ 22,60 por kW para o valor provisório de US$ 12,67. A tarifa final, no entanto, precisa ser definida com o Paraguai. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoNuclep tem a melhor carteira de negócios de sua história
Até agora o novo Ministro de Minas e Energia do governo Lula, Alexandre Silveira, tem demonstrado bom senso na escolha de seus administradores do segundo escalão do governo, sobretudo de pastas estratégicas e que requerem imenso conhecimento, cuidado e experiência. Suas escolhas tem atendido as necessidades do atual governo, mas também às necessidades do país nos segmentos mais estratégicos, como o Nuclear. Desse setor podem ser destacadas duas empresas em especial: a INB, que produz o nosso combustível nuclear, e a Nuclep, única empresa nacional capacitada para a fabricação e manutenção dos equipamentos nucleares para o Brasil, principalmente às Usinas de Angra. E é à Nuclep, que, desde a década de 90, a Marinha do Brasil confia na construção dos submarinos do país, inclusive do nosso futuro e primeiro submarino de propulsão nuclear. Nomeado para o cargo na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, o dirigente da Nuclep, Carlos Seixas, há cerca de um ano, vem tendo seu nome constantemente atacado. Seixas é rotulado por um grupo de colaboradores mais radicais ligados ao sindicato dos metalúrgicos do Rio, como responsável por permitir a regressão salarial de alguns funcionários. Para dar termos reais, de lá para cá, reergueu uma empresa praticamente falida e em paralelo ao trabalho intenso comercial e de recuperação financeira e defendeu a companhia no processo de privatização. A Nuclep tem hoje, em sua carteira de negócios, um faturamento previsto para 2023, no valor de 95 Milhões, em 2024, um faturamento de 105 Milhões, considerando somente os contratos já assinados. Em seu piso fabril, há obras em andamento que atendem a todos os segmentos que atua: Nuclear, Defesa, Energia, e Óleo e Gás. O presidente da estatal lembra da importância da qualificação da mão de obra da empresa para a manutenção dos equipamentos estratégicos por ela fabricados às nossas Usinas nucleares de Angra dos Reis. E ratifica a importância do entendimento de que o submarino de propulsão nuclear brasileiro é um desenvolvimento totalmente nacional, envolvendo muitos segredos e informações classificadas. (Petronotícias - 23.02.2023)
Link ExternoEmpresas de energia mobilizam esforços para auxiliar regiões afetadas por chuvas
Empresas do setor de energia que atuam na região do litoral paulista mobilizaram esforços para auxiliar as comunidades atingidas pelas fortes chuvas nos últimos dias. A cidade de São Sebastião (SP), a mais afetada pelas enchentes, é também um importante local para as operações da Petrobras, pois é onde está o maior terminal da subsidiária Transpetro. A Transpetro também disponibilizou 15 mil litros de querosene de aviação para abastecimento das aeronaves que estão realizando o resgate das vítimas. Além disso, a Petrobras doou mais de 1.300 litros de água mineral e 600 litros de leite, assim como itens de limpeza e de higiene pessoal ao fundo social de solidariedade da Prefeitura de São Sebastião. A EDP, responsável pelo fornecimento de energia elétrica em São Sebastião e Caraguatatuba, reforçou na tarde de terça-feira doações de água potável, papel higiênico, água sanitária e produtos de higiene para a população afetada pela tragédia, em parceria com o Instituto EDP. Já a Neoenergia Elektro, distribuidora de energia que atende Ilhabela, Ubatuba e Bertioga, vai doar geladeiras e lâmpadas para famílias nesses municípios. (Valor Econômico - 23.02.2023)
Link ExternoEngie: Empresa analisa oportunidades no segmento da transmissão
O diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini declarou recentemente que, apesar da empresa não considerar aquisição de ativos de transmissão uma prioridade, a companhia analisa eventuais ativos que estejam à venda. Segundo ele, que participou de teleconferência com analistas para apresentação de resultados trimestrais, a decisão de compra de um ativo é muito mais relacionada ao custo de capital. Logo, a preferência, na transmissão, é pela construção de novas linhas, cujas outorgas são disputadas nos leilões de transmissão, pois a sinergia com outros projetos do grupo pode ser determinante para a construção de um negócio mais competitivo e com taxas de retorno consideradas atrativas. Segundo Sattamini, o leilão de linhas previsto para o fim de junho, com previsão de investimentos da ordem de R$ 16 bilhões, deve apresentar grandes oportunidades, ao mesmo tempo que a agressividade vista em certames passados vem se reduzindo nos últimos leilões. (Valor Econômico - 17.02.2023)
Link ExternoEneva: Expansão da capacidade instalada
A Eneva adicionou 2 GW de capacidade instalada em operação no quarto trimestre de 2022. O resultado reflete a conclusão da compra da UTE Porto de Sergipe I e o início da operação comercial da UTE Parnaíba V. A Eneva informou que, em 2022, o cenário hidrológico permaneceu favorável, contribuindo para o armazenamento dos reservatórios elevados. Com isso, o PLD permaneceu baixo no quarto trimestre e não houve despacho termelétrico. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoOmega Energia: Expectativa de fusões e aquisições para as empresas de energias renováveis
A Omega Energia espera que as fusões e aquisições na indústria de energias renováveis brasileira ganhem ritmo em 2023, após o rápido desenvolvimento da infraestrutura nos últimos anos. Antonio Bastos, CEO da maior empresa de energia eólica e solar brasileira, disse que há pelo menos oito acordos de energia renovável em oferta. Um dos potenciais vendedores é a Brookfield Asset Management, que já considera se desfazer de alguns de seus ativos de energia no país. Nos últimos 12 meses, o mercado brasileiro registrou 24 fusões e aquisições em energia alternativa no valor de US$ 1,3 bilhão, uma queda de 89% na comparação anual, segundo dados compilados pela Bloomberg. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoBrasol quer investir R$ 600 mi este ano e comprar usinas de GD com parecer de acesso
A Brasol quer avançar no mercado de geração distribuída (GD) este ano, e destinará R$ 450 milhões, dos R$ 600 milhões em investimentos previstos para 2023, para crescer neste segmento e dobrar sua capacidade de geração instalando aproximadamente 100 megawatts-pico (MWp). O restante será aportado em projetos de eficiência energética e carregadores para veículos elétricos, uma das principais apostas da companhia para os próximos anos. A Brasol espera fazer aquisições de projetos com parecer de acesso obtido antes do fim dos subsídios da GD, que terminou em janeiro. Deste modo, aproximadamente 40% da nova capacidade que a empresa quer adicionar este ano seria por meio de aquisições. No segmento de GD a empresa também pretende continuar avançando com projetos para atender clientes corporativos, como é o caso da Aegea, que já tem usinas em parceria com a Brasol nos Estados do Amazonas e Mato Grosso. Os empreendimentos ajudam a suprir a demanda energética da empresa de saneamento em locais próximos ao ponto de geração. "Entregamos três projetos para eles e temos outros em construção e em negociação". (BroadCast Energia – 17.02.2023)
Link ExternoSigma Lithium lidera ranking de Bolsa canadense
A Bolsa de Valores de Toronto destacou, em seu ranking Venture 50 de 2023 – que exalta as empresas de melhor desempenho do Canadá e do mundo – a Sigma Lithium. É uma mineradora com gestão brasileira, que ficou na primeira colocação do ranking, tendo um crescimento de 250% na capitalização de mercado e um aumento de 193% no preço das suas ações. A Sigma Lithium produz lítio, insumo usado na produção de baterias para veículos elétricos. A empresa, depois de entrar na Bolsa de Toronto, passou a ter ações negociadas também na Nasdaq (Estados Unidos) em setembro de 2021, buscando o mesmo mercado onde já estavam listadas rivais que também buscam a liderança internacional no segmento. Em agosto de 2022, o Ministério de Minas e Energia calculou que a produção de lítio e de seus derivados, que deverá ser mais demandada numa economia de baixo carbono, receberia investimentos de cerca de R$ 15 bilhões até 2030 apenas no Vale do Jequitinhonha, região do norte de Minas que concentra a maior parte das reservas minerais conhecidas para produção de lítio no País. (O Estado de São Paulo – 22.02.2023)
Link ExternoEntrevista com Ênio Verri: Novo diretor-geral vai renegociar Acordo de Itaipu
Em entrevista concedida ao Valor Econômico, o deputado federal Ênio Verri, indicado para o cargo de diretor-geral da Itaipu Binacional, defendeu a renegociação do acordo que estabelece a comercialização da eletricidade produzida pela usina - o chamado Anexo C. De acordo com Verri: "[O] resultado das negociações do Anexo C entre os países [...] será fruto de um debate sobre o que nós queremos em Itaipu, o papel da energia elétrica para o Brasil, para o Paraguai e de uma visão de futuro que queremos para esta integração regional. Além disso, o novo diretor-geral pretende restabelecer antigos projetos de cunho social capitaneados pela empresa, como o atendimento ao pequeno agricultor e às populações ribeirinhas. (Valor Econômico - 20.02.2023)
Link ExternoArtigo de Giorgio Romano Schutte: "Hora do sinal verde para a Petrobras"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Giorgio Romano Schutte, professor associado em Relações Internacionais e Economia da Universidade Federal do ABC, aborda a estratégia de transição energética da Petrobras. Para o autor, a estatal precisa rever o Plano de Negócio 2023-2027 e dar às energias renováveis o papel de destaque que merecem: "Há um potencial enorme de mobilizar a maior empresa brasileira, com grande capacidade de promover P&D, para ocupar novamente o papel de indutora do desenvolvimento, agora sustentável, do país, com a ambição de torná-la líder mundial na transição energética".
Ver PDFOferta e Demanda de Energia Elétrica
MME: Localidades sem eletricidade após as fortes chuvas no litoral de SP
O MME informou que está acompanhando a situação do atendimento de energia elétrica aos consumidores do litoral norte do Estado de São Paulo, que sofreram com as fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias. As áreas impactadas envolvem concessões da Elektro e EDP e as empresas já foram acionadas e estão com equipes de emergência mobilizadas e atuando na região, com o acompanhamento do MME e da Aneel. O Ministério explicou que algumas localidades estão sem energia elétrica e as principais causas das interrupções são os deslizamentos de terra e alagamentos que afetaram as redes de distribuição. As empresas não conseguiram atuar em razão de dificuldades de acesso aos locais ou por questões de segurança, em pontos protegidos pela Defesa Civil. Em algumas localidades, o restabelecimento já foi realizado. (Valor Econômico - 20.02.2023)
Link ExternoDcide: Preço de energia convencional de longo prazo tem nova queda e se aproxima dos R$ 100/MWh
O preço de referência para a energia de longo prazo calculado pela consultoria Dcide mantém a trajetória de queda e está cada vez mais próximo do patamar de R$ 100 por MWh para a energia convencional, de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira, 23. O índice convencional de longo prazo - que considera o período de 2024 a 2027 - ficou em R$ 101,87 por MWh, queda de 0,56% em relação aos R$ 102,44 por MWh indicados na semana anterior. Em um mês, a baixa acumulada é de 9,16%. Em um ano, o indicador caiu 43,08%. No indicador de longo prazo para a energia incentivada - proveniente de usinas eólicas, solares, a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas com desconto de 50% no fio - o valor foi a R$ 129,68 por MWh, baixa de 0,74% frente aos R$ 130,62 por MWh da semana passada. A variação mensal corresponde a uma queda de 7,63%, enquanto na comparação anual a baixa foi de 40,31%. (BroadCast Energia – 23.02.2023)
Link ExternoCCEE: PLD médio diário permanece em R$ 69,04 por MWh em todo o País
O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) permanece no patamar regulatório mínimo, estabelecido atualmente em R$ 69,04 por MWh pela Aneel - esse valor era de R$ 55,70 por MWh em 2022. O preço é praticado em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN) não apresenta oscilações ao longo do dia. Com isso, os valores médios, mínimos e máximos são coincidentes em todos os submercados do País. O PLD considera os limites máximos e mínimos para cada período e submercado. O valor reflete os modelos computacionais do setor, que levam em conta fatores como carga, incidência de chuvas e o nível de armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas. (BroadCast Energia – 27.02.2023)
Link ExternoCCEE: Consumo de energia no país permanece estável em janeiro
O consumo de energia no SIN manteve-se estável em janeiro, na comparação com igual mês em 2022, ao apurar, respectivamente, 66.794 MWm, ante 66.762 MWm, de acordo com dados prévios da CCEE. De acordo com a câmara, a estabilidade no consumo de energia se deu após dois meses consecutivos de queda na demanda por eletricidade, na comparação anual. A demanda no mercado livre, em que os consumidores podem escolher o fornecedor de energia, avançou 1,8% no mês passado em relação ao mesmo período do ano passado, para 23.566 MW médios, enquanto no mercado regulado, em que a gestão da energia dos consumidores fica a cargo das distribuidoras, o consumo recuou 0,9%, para 43.229 MW médios. Para a CCEE, o menor consumo no mercado regulado se deu pelo principalmente pelo crescimento da geração distribuída, que diminui a demanda da energia no SIN. (Valor Econõmico - 24.02.2023)
Link ExternoCCEE: Hidrelétricas produziram 54.873 MW médios de energia em janeiro
Em janeiro, as hidrelétricas produziram 54.873 MWmed de energia para atender ao Sistema Interligado Nacional (SIN), alta de 4,5%, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) no Boletim InfoMercado quinzenal. As termelétricas reduziram em quase 45% sua produção no período, devido à melhora no cenário hidrológico do País, e geraram 6.052 Mwmed. A fonte eólica produziu 8.694 MWmed, alta de 38,3%, enquanto a solar fotovoltaica produziu 1.933 MWmed, alta de 70,4%. (BroadCast Energia – 22.02.2023)
Link ExternoSIN: Carga de energia do SIN deve crescer 1% em fevereiro
A demanda por energia elétrica no SIN deve encerrar fevereiro em 75.099 MWm, alta de 1% em relação a igual mês em 2022, segundo a atualização mais recente do boletim de operação mensal do ONS. No início do mês, o ONS projetava que a carga de energia poderia cair até 1,5% em fevereiro, na comparação anual, mas a estimativa foi revista na atualização semanal do boletim. Segundo o operador, as previsões de carga consideram o comportamento do consumo de energia no período de Carnaval, com base em anos anteriores, e a indicação de temperatura estável no Sudeste e Centro-Oeste. Em relação à geração de energia, o ONS diz que os reservatórios das hidrelétricas em todo o país devem encerrar o mês de fevereiro com mais de 70% de capacidade. (Valor Econômico - 17.02.2023)
Link ExternoONS: Temperaturas elevadas impulsionam carga e fevereiro deve registrar alta de 1%
As temperaturas mais elevadas registradas em fevereiro no País impulsionam a carga de energia - correspondente ao consumo mais as perdas. De acordo com o ONS, o mês deve fechar com 75.099 MW médios em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), o que corresponde a um crescimento de 1% ante fevereiro de 2022. O aumento se verifica mesmo considerando que este ano o mês registra um menor número de dias úteis em função do carnaval - em 2022, o feriado ocorreu em março. Entre os subsistemas, o submercado Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, deve registrar carga de 42.822 MW médios, queda de 0,6% ante o verificado em fevereiro do ano passado. Já o subsistema Sul deve anotar crescimento de 1,7%, para 13.988 MW médios, enquanto no Nordeste a alta prevista é de 1,6%, para 12.026 MW médios, e no Norte a expansão é de 9,9%, para 6.463 MW médios, favorecida pelo comportamento de alguns consumidores livres. (BroadCast Energia – 23.02.2023)
Link ExternoONS: Submercado Sudeste/Centro-Oeste deve encerrar fevereiro com ENA em 106% da média
A Energia Natural Afluente (ENA) deve encerrar fevereiro em 106% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste, estável em relação à semana passada, estima o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No Sul a estimativa é que a quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas para produzir energia alcance 94% da média, aumento de 4 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano anterior. Para o Nordeste a perspectiva é que a ENA fique em 94% da média, redução de 3 p.p. em comparação com a estimativa da semana passada. Já no submercado Norte a projeção é que a ENA alcance 106% da média, queda de 8 p.p. em base anual de comparação. (BroadCast Energia – 17.02.2023)
Link ExternoONS: Demanda de energia deve crescer 0,5% no SIN em março
A carga de energia elétrica no SIN deve encerrar março em 75.421 MWm, aumento de 0,5% na comparação com igual mês no ano passado. A projeção é da atualização semanal do boletim de operação mensal do ONS. A estimativa é de que o consumo no Norte fique em 6.501 MWm em março, alta de 13,6% na comparação anual, enquanto no Nordeste deve ser de 11.998 MWm, o que indica crescimento de 3,7%. No Sul, a previsão é de uma demanda de 13.477 MWm, aumento de 2,9%. Já no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, deve haver redução de 2,8% no consumo em relação a março de 2022, caso a projeção de um consumo de 43.445 MWm se confirme. Do lado da geração de energia, a previsão é que os reservatórios de hidrelétricas na maior parte do país cheguem ao fim de março com mais de 80% de capacidade de água. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoONS: carga de energia deve recuar 2,9% em março no País
A carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve alcançar 72.935 MWm em março, queda de 2,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. A estimativa é inferior os 75.097 MWm projetados na reunião anterior e também abaixo do indicado no Planejamento Anual 2023 - 2027. Com a revisão das estimativas, o crescimento anual da carga no SIN passou a ser de 2,4%, ante os anteriores 2,7%, para 71.453 Mwm. O número considera a carga registrada de janeiro até agora, as previsões atualizadas para os próximos dois meses, e as estimativas do planejamento anual para o restante do ano. Técnicos do ONS presentes na reunião explicaram que a queda de 2,9% prevista em março reflete a base de comparação mais elevada, reflexo de temperaturas muito elevadas para o período registradas em 2022, bem como uma produção industrial que se encontrava alta, assim como uma expansão do comércio e do setor de serviços. (BroadCast Energia – 23.02.2023)
Link ExternoONS: Custo Marginal de Operação deve seguir zerado ao longo de março
O Custo Marginal da Operação (CMO) deve permanecer zerado ao longo de março, informou o ONS durante o segundo dia da reunião do Programa Mensal de Operação (PMO) referente ao mês de março. O CMO é o custo para se produzir 1 megawatt-hora MWh para atender ao Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com técnicos do ONS, o valor reflete a falta de necessidade de geração termelétrica fora o despacho inflexível, aquele no qual não há variabilidade do volume gerado de acordo com as necessidades do sistema. (BroadCast Energia – 24.02.2023)
Link ExternoONS: Vazões devem ficar dentro ou acima da média na maior parte do País em março
O ONS prevê que as vazões de março ficarão na média ou acima da média na maior parte do País. Apenas o Nordeste deve apresentar afluência abaixo da média de longo termo (MLT) no mês que vem. O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por 70% do armazenamento do SIN, deve registrar Energia Natural Afluente (ENA) de 100% da MLT em março, segundo projeções. O indicador pode oscilar entre 81% e 119%, mas o cenário base prevê um início de mês em patamar mais elevado, da ordem de 108%, encerrando março em 95%. Para o Sul, a expectativa é de afluência em 110% da MLT, podendo oscilar entre um limite mínimo de 73% e máximo de 149%. A previsão para o Norte é de ENA em 112% da MLT no mês que vem, podendo ficar no piso de 101% ou chegar ao máximo de 121%. Por fim, para o Nordeste espera-se ENA de 64%, podendo oscilar entre 80% e 49%, influenciada pela recessão na Bacia do São Francisco. Nas duas próximas semanas operativas, a previsão é que a vazão fique abaixo dos (BroadCast Energia – 24.02.2023)
Link ExternoONS: Reservatórios do SE/CO estão 20 p.p. acima do verificado em 2022
Os reservatórios das hidrelétricas estão em condições melhores neste ano na comparação com igual etapa de 2022 na maior parte do País. Destaque para o armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste, considerado a caixa d'água do Sistema Interligado Nacional (SIN), que está 20 pontos porcentuais acima do verificado há um ano, chegando a 75,4% no último dia 20, ante 55,3% na mesma data do ano passado. No Sul, o nível dos reservatórios atual é de 86,24%, alta de 55,8 pontos porcentuais ante o mesmo período do ano passado, quando se verificava forte estiagem. No Nordeste, a energia armazenada chegou a 83,03%, 2,8 ponto porcentual acima do verificado em 20 de fevereiro do ano passado. Já no Norte, o patamar atual é de 93,12%, abaixo dos 96,16% verificados há um ano. Os dados foram apresentados há pouco, durante reunião do Programa Mensal de Operação (PMO) referente ao mês de março. (BroadCast Energia – 23.02.2023)
Link ExternoONS: Argentina reduziu interesse por importação de energia vertida turbinável
O volume de exportação de energia proveniente de vertimento turbinável para a Argentina reduziu nos últimos dias, informaram técnicos do ONS, durante reunião do Programa Mensal de Operação (PMO) referente ao mês de março. Conforme os profissionais, a redução se deve por menor interesse de importação por parte da Argentina. A exportação de energia gerada a partir do vertimento turbinável passou a ser feita neste ano, aproveitando o bom momento das hidrelétricas, que registram altos níveis de armazenamento, recebendo muitas vezes o comando para reduzir a água em excesso nos reservatórios. O mecanismo permite com que a energia vertida pelas usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) - ou seja, energia não utilizada para atendimento do Sistema Interligado Nacional (SIN) e que seria desperdiçada - seja direcionada a uma transação comercial com países vizinhos. (BroadCast Energia – 23.02.2023)
Link ExternoRio Grande do Sul passar a ser o terceiro maior estado com capacidade de geração distribuída
O Rio Grande do Sul se tornou o terceiro estado do país a superar a marca de 2 GW de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de Geração Distribuída (GD). A região, agora, se une a Minas Gerais, atualmente com 2,5 GW, e São Paulo, com 2,4 GW. Outro item em que o Rio Grande do Sul se destaca é na quantidade de unidades consumidoras, que podem ser casas, apartamentos, comércios, beneficiadas pela geração própria de energia. O estado, que conta atualmente com 225 mil dessas unidades, acaba de ultrapassar Minas Gerais e ocupa o segundo lugar nesse quesito, atrás somente de São Paulo, com 280 mil Unidades. (Petronotícias - 26.02.2023)
Link ExternoMobilidade Elétrica
Stellantis: Descarbonização do transporte brasileiro não depende exclusivamente de VEs
Em meio ao debate sobre o Imposto de Importação para VEs, o CEO do grupo Stellantis, Carlos Tavares, fez uma declaração após a divulgação dos resultados do primeiro ano da companhia. Para o executivo, o etanol e os veículos flex despontam como a melhor solução para o Brasil acompanhar o processo de descarbonização no transporte. O executivo também acredita que a entrada da Stellantis, especificamente, no mercado brasileiro de VES, terá como objetivo atender um nicho específico dos consumidores. "Nossos concorrentes gostariam de vender o EV como uma declaração moderna, elegante e ecológica para pessoas ricas de áreas urbanas que compram o EV como o segundo ou terceiro carro da família. Isso pode ser um nicho de mercado. Não pretendo deixar esse nicho de mercado para meu concorrente, então estarei lá também". (Valor Econômico - 23.02.2023)
Link ExternoStellantis terá bateria mais barata para VEs de entrada
A corrida de carros elétricos é também sobre preços. E os cortes de preços de Tesla, neste sentido, desencadearam um grande debate. A Stellantis não ficou indiferente e através das palavras de seu CEO Carlos Tavares, durante a conferência para a apresentação de seus resultados financeiros de 2022, fez saber que também tem em mente uma série de ações para baixar os custos de seus modelos de emissão zero. Não menos importante porque, além da Tesla, a Stellantis tem que se defender contra a concorrência cada vez mais feroz da China, um país onde, como sabemos, muitos fabricantes estão ampliando seus horizontes para se tornarem globalmente competitivos. Entre os movimentos que Tavares quer fazer em breve está a adoção de baterias de lítio-ferro-fosfato para, pelo menos, alguns modelos ou versões. As baterias LFP, que já são usadas na China para a maioria dos carros elétricos vendidos internamente, têm uma densidade menor do que as baterias convencionais de íons de lítio, mas também são menos caras. Como as baterias NMC (níquel-manganês-cobalto) que utiliza atualmente. (Inside EVs - 26.02.2023)
Link ExternoTesla deve transferir produção de baterias da Alemanha para os EUA
A Testa promove importante mudança logística em seu plano estratégico de produção de baterias e anuncia que concentrará a fabricação de componentes essencialmente nos Estados Unidos. A informação foi confirmada recentemente por porta-voz da empresa e tem relação direta com a concessão de benefícios fiscais por parte do governo do presidente Joe Biden. Na prática, a marca foi atraída pelos incentivos da Lei de Redução da Inflação, que está oferecendo bônus de até US$ 7.500 (cerca de R$ 39.000 numa conversão direta ao câmbio atual) para interessados em comprar um modelo elétrico. Para ter direito ao crédito, o veículo precisa ter 40% dos minerais utilizados e 50% do processo de montagem feitos nos EUA. Até então, o plano da Tesla era produzir baterias na Alemanha - operação que chegou inclusive a ser iniciada em Gruenheide, estado de Brandemburgo. Mas, com as vantagens oferecidas pelo governo norte-americano, a marca mudou completamente os planos e deverá levar toda estrutura para sua fábrica no Texas. (Inside EVs - 26.02.2023)
Link ExternoArtigo de Peter Campbell: “Carro elétrico: recarga sem fio é a esperança para uso mais amplo de veículos”
Em artigo publicado pelol Valor Econômico, Peter Campbell (correspondente global da Financial Times para a indústria automobilística) trata da tecnologia do carregamento sem fio para os VEs, e como esta pode acelerar a difusão da mobilidade elétrica. Segundo o autor, “a possibilidade de recarregar as baterias durante a condução — conhecida como carregamento dinâmico — tem grandes implicações para o setor. A principal delas é reduzir o tamanho das baterias dos veículos para evitar a temida “ansiedade da autonomia” — que continua sendo uma das maiores barreiras à ampla adoção dos veículos elétricos.” Em seguida, o autor reforça que, “à medida que os fabricantes de veículos aumentam a produção de modelos movidos a bateria para atender aos regulamentos de emissões mais rígidos, o carregamento dinâmico — se comprovado que funciona em escala e com uma boa relação custo-benefício — oferece uma solução à falta de pontos de recarga estáticos.” Campbell também ressalta os desafios para a difusão da tecnologia, de acordo com o correspondente da Financial Timens, “a tecnologia ainda precisa contornar obstáculos significativos antes de ser comprovada. As peças precisam ser interoperáveis, permitindo que modelos de veículos concorrentes possam ser recarregados no mesmo sistema para evitar a duplicação da tecnologia. Ao mesmo tempo, a instalação de bases de carregamento sob o solo poderá ser cara demais. Depois, há o desafio mais amplo de fazer com que os operadores de rodovias se coordenem com as redes de energia e com a indústria automobilística em geral.” No entanto, por fim, o autor conclui que: “mesmo assim, a tecnologia deverá fazer algumas incursões nesta década.”. Além disso, aponta-se que: “As montadoras já estão mergulhando na tecnologia.” (GESEL-IE-UFRJ – 27.02.2023)
Ver PDFArtigo de Peter Campbell: "Começa ciclo de demissões nas montadoras com avanço dos carros elétricos"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Peter Campbell (correspondente global da Financial Times para a indústria automobilística) alerta sobre o impacto da transição para a mobilidade elétrica e os empregos do setor automobilístico no continente europeu. Inicialmente, o autor aponta que: “o fato dos veículos elétricos exigirem menos pessoas para serem projetados e fabricados é algo bem conhecido. O que continua abstrato é o efeito que isso terá sobre a força de trabalho da região quando as demissões começarem. “ Em seguida, reforça que: “hoje, a indústria automobilística da Europa emprega 3,5 milhões de pessoas diretamente na fabricação. Jim Farley, presidente-executivo da Ford, estima que os veículos elétricos necessitem de 40% menos pessoas para serem produzidos – o equivalente a 1,4 milhão de empregos se aplicado em toda a indústria.” O correspondente da Financial Times, também critica a ausência de visão estratégica do continente para a transição: “se 15 anos atrás as autoridades europeias tivessem adotado uma decisão estratégica e coordenada de aprofundar essa tecnologia, ela teria, se bem sucedida, protegido os empregos que, hoje, se veem diante da extinção.” Por fim, alerta que: “os cortes de empregos que estão por vir são a vítima inevitável de escolhas políticas deliberadas adotadas por reguladores que não estarão no cargo quando as filas do seguro-desemprego da região incharem por causa de suas decisões.” (GESEL-IE-UFRJ – 27.02.2023)
Ver PDFEnergias Renováveis
BID: Investimentos em energias renováveis no Brasil
Em reunião com o ministro Alexandre Silveira (MME), representantes do BID sinalizaram a disposição de investir cerca de US$ 1 milhão em cooperação técnica para estudos nas áreas de energia limpa, mineração sustentável, transição e combate à pobreza energética. O encontro foi acertado para ratar sobre "as estratégias de trabalho conjunto entre o BID e o MME na área de energia renovável e descarbonização", segundo nota do ministério. O ministro Alexandre Silveira recebeu os seguintes integrantes da instituição de fomento: o representante do banco no Brasil, Morgan Doyle, o gerente geral de infraestrutura, Ariel Yepez e o especialista líder em energia, Carlos Echevarria. (Valor Econômico - 16.02.2023)
Link ExternoMódulos fotovoltaicos devem mobilizar R$ 64 bi em investimentos
Um estudo feito pela consultoria Greener mostrou que o volume de módulos fotovoltaicos importados pelo mercado brasileiro em 2022 para atender o segmento de geração de energia solar de consumidores finais, de residências e comércios em instalações em telhados até investidores de grandes usinas solares, bateu os 17,8 GW de potência. Este montante deve movimentar investimentos de R$ 64 bilhões, sendo 80% já realizados ano passado e o restante a ser concluído no ano de 2023. m 2021, o total importado foi de 10,3 GW, indicando investimentos de aproximadamente R$ 45 bilhões. Um dos fatores que ajudam a entender o forte crescimento é que os preços dos sistemas fotovoltaicos tiveram queda média de 12% em 2022 por conta da diminuição dos custos dos módulos e elevado nível de estoque de equipamentos no atacado. Outro motivo que levou ao crescimento do setor foi o marco legal da GD, que garantiu gratuidade, até 2045, para empreendimentos que pediram conexão à rede elétrica até 6 de janeiro de 2023. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoGás e Termelétricas
Planos do governo federal para gasoduto argentino realimentam debate sobre gás natural
A possibilidade aventada pelo presidente Lula em janeiro de que o Brasil venha a financiar parte da construção da segunda etapa do gasoduto Néstor Kirchner, na Argentina, reacendeu debates sobre o mercado doméstico de gás natural. No Brasil, as regulações desse setor passaram por atualizações com o objetivo de atrair empresas privadas, com a redução da participação da Petrobras no mercado. O presidente da ATGás, Rogério Manso, afirma que é importante dar continuidade à abertura para garantir a atração de recursos: “Os investimentos nessa área são de longo prazo, de até 30 anos para amortização. Os investidores têm uma preocupação grande em garantir que o ambiente de negócios seja previsível e estável". A ideia do governo federal é que o BNDES ajude a financiar a construção do duto que liga as reservas de Vaca Muerta, na Patagônia, à região metropolitana de Buenos Aires, ampliando a conexão entre os mercados de gás de Brasil, Argentina e Bolívia. Para o sócio do escritório de advocacia Schmidt Valois e ex-diretor da ANP, Aurélio Amaral, a maior oferta de gás pode incentivar o aumento da demanda. “À medida que a molécula de gás fica mais barata, a demanda se concretiza". (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoNovo projeto prevê uso de GLP em geradores, de olho no atendimento energético em áreas remotas
O setor de gás liquefeito de petróleo (GLP ou gás de cozinha) está bem animado com a possibilidade de ver, enfim, a derrubada das restrições atuais impostas ao combustível. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou recentemente a realização de um projeto piloto da empresa Supergasbras para execução de testes para operar geradores com o uso de GLP, modalidade expressamente vedada pelo regramento atual. O processo de autorização da iniciativa encontra-se em andamento e seu início depende da assinatura do Termo de Compromisso e publicação da Portaria Autorizativa pela ANP. A empresa poderá realizar os experimentos laboratoriais em geradores pelo prazo de 12 meses, contados a partir da publicação da Portaria Autorizativa. Na avaliação de entes do setor de GLP, o início dos testes pode ser um passo decisivo para a derrubada das restrições atuais, abrindo possibilidades de uso do gás de cozinha para geração de energia em áreas remotas do país. (Petronotícias - 24.02.2023)
Link ExternoPreços de gás natural se recuperam, mas analistas veem 'salto técnico'
Os preços de gás natural apresentaram uma leve recuperação, logo após caírem na noite do dia 21 para uma mínima em de 29 meses, de US$ 1,967 por um milhão de Unidades Térmicas Britânicas (mmBtu). No entanto, de acordo com uma pesquisa conduzida pelo The Wall Street Journal, o relatório semanal da Administração de Informação de Energia (EIA), deve apresentar uma retirada baixa de apenas 69 bilhões de pés cúbicos, o que se alinha com a expectativa de alguns especialistas de que o atual aumento pode ser somente um "salto técnico". (BroadCast Energia – 22.02.2023)
Link ExternoGás natural atinge preço mínimo na Europa desde o início da Guerra na Ucrânia
O preço do gás natural fechou a segunda semana de fevereiro abaixo dos 50 euros/MWh, o menor valor em um ano e meio e desde o início do Conflito na Ucrânia. Neste contexto, os depósitos europeus de gás estão com dois terços de sua capacidade preenchidos, o dobro de um ano atrás e 60% a mais que a média da última década. Nem mesmo em 2020, quando o vírus derrubou o consumo para mínimos recordes, a Europa teve tanto gás armazenado quanto hoje. No entanto, especialistas indicam que este cenário pode se alterar nos próximos meses. A Agência Internacional de Energia, por exemplo, aponta que a retomada econômica da China - juntamente com o Japão, o maior importador mundial de GNL - irá acelerar a demanda por gás natural, provocando uma corrida com os países europeus pelo insumo. Os países em desenvolvimento, por sua vez, terão dificuldades em competir neste mercado com as economias de maior renda. (El País - 20.02.2023)
Link ExternoGNL altera o paradigma energético europeu
Após 1 ano do início da Guerra na Ucrânia, as preocupações com a segurança energética fizeram os países europeus lançarem mão de novas fontes de suprimento de energia. O gás russo, principal objeto das sanções da União Europeia, deu lugar ao GNL de locais mais distantes como EUA, Catar e Nigéria. Em 2022, quase 40% do gás consumido pelos países do bloco europeu foi do tipo GNL - um volume 60% maior do que o registrado em 2021. Os EUA, especificamente, observaram os embarques de GNL com destino à União Europeia mais do que dobrarem, transformando o país no principal fornecedor de gás natural do bloco europeu. Consultorias especializadas, como a Rystad Energy e a S&P, afirmam que esta é uma tendência que permanecerá ao menos no curto prazo. (El País - 20.02.2023)
Link ExternoAnalistas acreditam que a Rússia ocupará um papel menos importante no futuro energético da Europa
Especialistas de diversas consultorias multinacionais acreditam que a Rússia terá dificuldades em recuperar a posição hegemônica no âmbito do suprimento energético para União Europeia. A consultoria Rystad Energy, por exemplo, acredita que nos próximos anos os países europeus vão fazer cada vez mais uso das fontes renováveis e do GNL. Os danos provocados no gasoduto Nord Stream, outrora o principal canal de entrada do combustível russo na União Europeia, também é entendido como um agravante significativo para os planos da Rússia em se manter como a principal provedora de gás natural da Europa. A destruição do Nord Stream e a construção de terminais de regaseificação para compensar a perda de gás russo significam que o GNL agora está totalmente integrado à infraestrutura energética europeia. Pelo menos pelos próximos 20 anos", afirma Henning Gloystein, diretor de energia da consultoria de Eurasia. (El País - 20.02.2023)
Link ExternoEstatal dos Emirados Árabes venderá 4% de negócio de gás natural em IPO
A empresa nacional de energia dos Emirados Árabes Unidos planeja vender uma participação de cerca de 4% de seu negócio de gás natural em uma oferta pública inicial (IPO) e espera arrecadar US$ 2 bilhões. A Abu Dhabi National Oil, ou Adnoc, venderá mais de 3 bilhões de ações da Adnoc Gas, uma das maiores entidades de processamento de gás do mundo, na Bolsa de Valores de Abu Dhabi em 23 de fevereiro. As ações devem começar a ser negociadas em 13 de março. A Adnoc Gas foi formada no início deste ano como parte de um esforço para aumentar a produção e o comércio de gás natural liquefeito. A longo prazo, a Adnoc vê o gás natural como uma parte importante do futuro mix de energia com renováveis e nuclear. Se o IPO arrecadar US$ 2 bilhões, será o maior já registrado em Abu Dhabi, segundo fontes. (BroadCast Energia – 17.02.2023)
Link ExternoAngra 2 é religada ao sistema após parada para manutenção de turbogerador
A usina nuclear Angra 2, no Rio de Janeiro, foi religada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) nesta sexta-feira, depois da operação ter sido suspensa em 18 de fevereiro para manutenção no conjunto turbogerador. O procedimento, que seria realizado no final de março, teve que ser adiantado, informou a Eletronuclear, sem dar detalhes. Segundo fontes, o desligamento foi preventivo por problemas não previstos no turbogerador e não foi a primeira vez que ocorreu na unidade. A Eletronuclear, porém, garante que não houve problemas de segurança. Segundo a estatal, Angra 2 esteve desligada e em segurança durante todo o processo de manutenção. O equipamento que foi reparado faz parte da área não nuclear da usina. A suspensão da operação não afetou o abastecimento de energia elétrica, com as hidrelétricas operando plenamente, devido a reservatórios cheios, e os ventos garantindo a produção de energia eólica. (BroadCast Energia – 24.02.2023)
Link ExternoKarpowership: Empresa turca vai à justiça para receber por contratos revogados pela Aneel
A Karpowership (KPS) acionou a Justiça para receber pelos contratos de fornecimento de energia que foram cancelados pela Aneel. As usinas térmicas da empresa turca foram contratadas no auge da crise hídrica de 2021, por meio do Procedimento de Contratação Simplificado. No dia 16 de fevereiro, a Aneel suspendeu o pagamento à empresa da receita de R$ 259 milhões referente a janeiro de 2023 e deu aval para que a CCEE cobrasse multas pelo atraso no início da operação, estimadas em R$ 843 milhões. A CCEE informou que adotaria as providências necessárias ao cumprimento do despacho Aneel, que revogou as outorgas das usinas Porsud I, Porsud II, Karkey 013 e Karkey 019, mas foi intimada de decisão judicial ajuizada pela KPS, que determinou, entre outros pontos, o depósito judicial de 25% da receita líquida mensal devida à empresa e o pagamento do restante (75%) diretamente à KPS. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoProdução não convencional do petróleo gera controvérsias no Brasil
A utilização do fraturamento hidráulico nos EUA e na Argentina, técnica que utiliza grande volume de água para a retirada do petróleo e gás que estão depositados em rochas, reacendeu o debate sobre a exploração não convencional no Brasil. O Brasil tem potencial para produção não convencional, principalmente no Paraná e no Maranhão, mas decisões judiciais impedem essas atividades. Em 2013, a ANP realizou a 12ª rodada de licitações, mas ações civis públicas anularam as concessões, por causa da possibilidade do uso da técnica de fraturamento. Entre as críticas associadas ao fraturamento hidráulico estão os riscos de contaminação de lençóis freáticos e reservatórios de água subterrâneos, o solo e o ar. Segundo o Instituto Arayara, que integra a Coalizão Não Fracking Brasil, os problemas estão associados aos produtos usados na extração assim como pelos rejeitos gerados, que ficam armazenados em lagoas de contenção ao ar livre. Em dezembro, antes da troca de governo, o MME lançou edital para selecionar projetos para estudar o fraturamento no país. Questionado neste mês, entretanto, o MME respondeu que o tema ainda está em análise pela atual gestão. (Valor Econômico - 24.02.2023)
Link ExternoPor meio do petróleo, EUA recupera influência na geopolítica energética global
A guerra na Ucrânia tem provocado a volta do petróleo como fonte de influência financeira e poder geopolítico dos Estados Unidos. À medida que o Ocidente passou a rejeitar a maior parte da energia russa e começou uma campanha de pressão contra as receitas do petróleo do Kremlin, as exportações recordes do produto dos EUA ajudaram a suprir a demanda europeia para produzir gasolina, diesel e para a aviação. Desde fevereiro de 2022, a média mensal de cargas enviadas para o continente por via marítima saltou 38%, em comparação com o período anterior de 12 meses. “Os EUA estão de volta e na posição mais predominante que já tiveram na energia mundial desde os anos 1950. Hoje a energia dos EUA se tornou um dos alicerces da segurança energética europeia", afirma Daniel Yergin, historiador da área de energia e vice-presidente da S&P Global. (Valor Econômico - 27.02.2023)
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