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Na avaliação da presidenta da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben) e coordenadora de Sustentabilidade da Eletronuclear, Ruth Soares Alves, os problemas do sistema elétrico brasileiro “são de longa data, porque são estruturais”. Ruth está participando hoje (12) do seminário Perspectivas da Energia Nuclear, no Rio de Janeiro. Em entrevista à Agência Brasil, ela disse que os problemas ocorrem porque o Brasil não tem fontes confiáveis de energia. Nos últimos 20 anos, as usinas hidrelétricas construídas no país foram a fio d’água, sem reservatório. Nos últimos seis anos, estão sendo usadas fontes térmicas para suprir a falta de água nos reservatórios das hidrelétricas que, segundo Ruth Soares, não são planejadas para uso direto. Por isso, Ruth vê a energia nuclear como uma espécie de salvaguarda ou guarda-chuva, porque é feita para operar na base. Este ano, a energia gerada pela fonte nuclear atingiu 9.538 gigawatts – hora (GWh), com 1,99 GW de capacidade instalada. Salientou ainda que uma usina térmica, em situação de emergência, como a escassez de água nos reservatórios hidráulicos, tem o preço de geração elevado no mercado, porque são usinas que não foram projetadas para ficar gerando direto energia. Já a nuclear tem preço fixo definido pela Aneel. Segundo Ruth, três anos após o desastre de Fukushima, os planos nucleares foram retomados no mundo. Ao todo, há em construção no mundo 70 usinas. Em operação, estão 437 usinas em mais de 30 países. (Agência Brasil – 12.09.2014)
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