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IFE
11/04/2025

Transição Energética 80

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gustavo Esteves e Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
11/04/2025

IFE nº 80

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gustavo Esteves e Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Transição Energética 80

Dinâmica Internacional

IEA: Relatório destaca avanços e riscos na inovação energética

Um novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) destaca o progresso e os riscos no cenário global de inovação energética, evidenciando um amplo desenvolvimento de novas tecnologias, mas também uma desaceleração no financiamento e mudanças nas prioridades. O estudo, que analisa mais de 150 inovações e inclui a pesquisa de 300 profissionais de 34 países, revela que, apesar de grandes avanços em setores como energias renováveis e automóveis, as inovações em setores como cimento e aço estão aquém das necessárias para a transição energética. A pesquisa aponta que, embora o financiamento privado em capital de risco tenha aumentado significativamente nos últimos anos, ele diminuiu em 2023, com exceção do setor de inteligência artificial. A China lidera as patentes de energias de baixa emissão, enquanto a Europa foca em projetos de grande escala e os EUA mantêm uma abordagem diversificada. O relatório alerta para a necessidade de aumentar o investimento público em P&D e fomentar a cooperação internacional para superar desafios, especialmente em setores como a indústria pesada e transporte de longa distância, essenciais para atingir as metas climáticas.(IEA – 02.04.2025)


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IRENA: Projetos de energia renovável enfrentam desafios financeiros e buscam soluções inovadoras

Os projetos de energia renovável exigem investimentos significativos nas fases iniciais, como estudos de viabilidade e avaliações ambientais, para superar os desafios financeiros e garantir que os projetos sejam atrativos para investidores. No entanto, a falta de financiamento acessível para esses estágios, especialmente em países em desenvolvimento, tem atrasado a implementação. Para resolver essa lacuna, mecanismos como instalações de preparação de projetos, títulos de impacto no desenvolvimento (DIBs), e os Resultados de Mitigação Transferidos Internacionalmente (ITMOs) oferecem soluções inovadoras para mobilizar capital em estágios iniciais. Além disso, o apoio financeiro de governos e organizações multilaterais, como o Banco Africano de Desenvolvimento e a IRENA, é essencial para garantir a viabilidade dos projetos. A colaboração público-privada também é crucial para reduzir os riscos financeiros e acelerar o desenvolvimento de infraestrutura de energia renovável, como exemplificado pelos projetos em Ruanda e Costa Rica. A capacitação dos desenvolvedores locais também é fundamental para reduzir a dependência de especialistas estrangeiros e reduzir os custos.(IRENA – 03.04.2025)


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BNEF: Empreendimentos globais de energia solar devem alcançar 698 GWp em 2025

A capacidade global de energia solar deve crescer 17% em 2025, com a adição de 698 GWp, superando os 599 GWp instalados em 2024, segundo projeção da BloombergNEF (BNEF) divulgada em evento da CPIA (Associação da Indústria Fotovoltaica da China). A previsão revisada supera a estimativa inicial de 670 GWp para o ano. A fonte solar deve manter um crescimento médio anual de 3,6% até 2035, com projeções de 753 GWp para 2026 e 780 GWp para 2027. Em 2028, a capacidade instalada deve ultrapassar 800 GWp, atingindo 993 GWp em 2035. A China continuará liderando o mercado, com previsão de 368 GWp instalados em 2025, incluindo grandes usinas e sistemas comerciais e residenciais. Nos Estados Unidos, o crescimento seguirá forte, com a instalação de 54 GWp em 2025, acima do recorde de 50 GWp em 2024, impulsionado por investimentos de grandes empresas, especialmente do setor de tecnologia. A queda nos preços dos equipamentos é apontada como um dos principais fatores de estímulo ao crescimento global da energia solar. Entre janeiro de 2022 e janeiro de 2025, os preços dos módulos fotovoltaicos caíram 60%, enquanto as células solares recuaram 44%, os wafers 79% e o polissilício 84%. Essa redução de custos abre oportunidades para a expansão da energia solar em novos mercados, como Turquia e Arábia Saudita. (Canal Solar - 27.03.2025)


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GEM: Expansão da geração a carvão em 2024 é a menor em duas décadas, mas ainda supera a desativação de usinas

A capacidade global de energia a carvão, de acordo com o Global Energy Monitor (GEM), aumentou em 18,8 gigawatts (GW) em 2024, o menor crescimento em duas décadas, embora ainda supere as desativações de usinas. Foram comissionados 44 GW de novas usinas a carvão em 12 países no último, enquanto 25,2 GW foram aposentados. A capacidade total agora é de 2.143 GW, 13% maior do que quando o Acordo de Paris foi assinado. ​A China permanece como líder nas adições, respondendo por 30,5 GW das novas capacidades em 2024, apesar da promessa de limitar novos desenvolvimentos a carvão. A Índia adicionou 5,6 GW, enquanto países como Indonésia, Bangladesh e Coreia do Sul também expandiram sua capacidade. Alternativamente, as energias renováveis cresceram 15% no ano passo, chegando a 585 GW. Entretanto, a fim de atender às metas climáticas globais, o crescimento deveria ser de 16,6% ao ano até 2030. Especialistas alertam que, apesar do avanço das energias renováveis, essas fontes estão apenas acompanhando a crescente demanda por energia, o que impele a necessidade da aceleração de esforços no escopo da transição energética. (Reuters – 02.04.2025)


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EUA: Energias renováveis e armazenamento de baterias serão chave para atender à demanda crescente

Com o renascimento da manufatura nos EUA impulsionado pela estratégia tarifária do presidente Trump, a demanda por eletricidade está começando a crescer após 15 anos de estagnação, devido ao aumento de data centers para IA e à construção de fábricas de semicondutores e baterias. Este episódio especial da Gangue da Energia, gravado ao vivo em Washington DC, discute como o setor elétrico pode expandir sua capacidade para atender a essa demanda crescente. Participantes como Chris Shelton, Travis Kavulla e MJ Shiao analisam se esse crescimento de demanda é real, quais tecnologias podem fornecer o novo abastecimento de energia e quem pagará por essa expansão. Embora o governo Trump tenha focado em usinas de gás natural para energia de "carga de base", o grupo destaca o papel crucial das energias renováveis e do armazenamento de baterias. Além disso, a conversa aborda o futuro dos créditos fiscais para energia de baixo carbono sob a Lei de Redução da Inflação e as possíveis mudanças nas políticas energéticas para facilitar o licenciamento e a construção de infraestrutura nos EUA.(Woodmac – 04.04.2025)


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Índia: Governo adiciona 25 GW de capacidade renovável em 2024-2025, com foco em solar e hidrogênio verde

O Ministério de Energia Nova e Renovável da Índia (MNRE) anunciou que adicionou 25 GW de capacidade de energia renovável para o ano fiscal de 2024-2025, representando um aumento de 35% em relação ao ano anterior. O setor solar teve um papel fundamental nesse crescimento, com a capacidade instalada ultrapassando 100 GW, além de um aumento significativo na fabricação de módulos e células solares. A Índia também deu passos importantes no hidrogênio verde, com incentivos de 22,2 bilhões de rúpias para eletrolisadores e 22,3 bilhões para a produção de hidrogênio verde, além de projetos-piloto na indústria siderúrgica e no transporte. O governo implementou esquemas como o PM-KUSUM, que solarizou mais de um milhão de bombas e alocou 26,8 bilhões de rúpias. Além disso, a Agência Indiana de Desenvolvimento de Energia Renovável (IREDA) teve um aumento significativo nas aprovações e desembolsos de empréstimos. O ministro Prahlad Joshi destacou que a Índia pode se tornar o terceiro maior detentor de capacidade de energia renovável no mundo, refletindo a visão do primeiro-ministro Modi para um futuro energético sustentável e autossuficiente.(Energy Monitor – 02.04.2025)


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Artigo Pietro Erber: "A transição energética e seus objetivos"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Pietro Erber (membro do Instituto Nacional de Eficiência Energética [INEE]) trata da importância da transição energética para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas, destacando a necessidade urgente de substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis. Embora haja avanços no uso de energia solar e eólica, a transição ainda é incipiente, devido à persistente demanda por combustíveis fósseis. Erber argumenta que o foco principal deve ser a redução da demanda por esses combustíveis, além da promoção de energias renováveis, especialmente em países como o Brasil. Ele também aborda os desafios econômicos e éticos da transição, ressaltando a necessidade de uma adaptação justa e inclusiva, que considere os impactos sociais e promova a solidariedade global. A transição energética, segundo o autor, é um imperativo ético, crucial para a sobrevivência da humanidade e para evitar as externalidades do uso de combustíveis fósseis. (GESEL-IE-UFRJ – 01.04.2025)


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Artigo de Al Gore: Trump não poderá impedir 'revolução da sustentabilidade' climática

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, criticou as medidas do governo Trump contra a ciência, destacando a hostilidade do governo em relação à luta contra a crise climática. Ele também manifestou preocupação acerca da repressão a cientistas, universidades e ativistas, a exemplo da condenação da ONG Greenpeace. Gore, no entanto, pondera que a capacidade de Trump de atrasar a "revolução da sustentabilidade" é limitada, pois o avanço das energias renováveis é inequívoco e inevitável. Não obstante, alertou sobre os riscos de "otimismo tóxico" diante dos desafios atuais, mas enfatizou que, apesar da influência da indústria de combustíveis fósseis, a transição para fontes limpas de energia continuará marchando. (Folha de São Paulo – 29.03.2025)


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Nacional

IRENA: Brasil é 6º colocado no ranking global de energia solar de 2024

O Brasil encerrou 2024 na 6ª posição do ranking global de geração de energia solar fotovoltaica, com 53 GW de capacidade instalada, mantendo a mesma colocação de 2023, segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). Em março de 2025, o país alcançou 55 GW, sendo 37,4 GW provenientes de geração distribuída e 17,6 GW de geração centralizada. O ranking permaneceu com os mesmos dez países do ano anterior, com algumas mudanças de posição. A Índia avançou para o 3º lugar, superando Alemanha e Japão, enquanto a Espanha ultrapassou a Itália, ocupando a 8ª colocação. Globalmente, foram adicionados 451,9 GW de capacidade fotovoltaica em 2024, elevando o total acumulado para 1.858 GW. A China liderou a expansão com 278 GW, seguida por Estados Unidos (38,3 GW), Índia (24,5 GW) e Brasil (15,2 GW). Ao final de 2024, a capacidade global de energia renovável atingiu 4.448 GW, com um acréscimo anual de 585 GW, representando mais de 90% da expansão total de geração de energia e um crescimento de 15,1%. Apesar do avanço, o ritmo atual não é suficiente para alcançar a meta de triplicar a capacidade instalada até 2030, que exigiria um crescimento médio anual de 16,6%. (Portal Solar - 27.03.2025)


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BNEF: Eletrificação deverá impulsionar novos projetos de energia eólica no Brasil a partir de 2028

A demanda por novos projetos no setor eólico no Brasil deve voltar a crescer a partir de 2028, conforme apontado em um estudo da BloombergNEF. O aumento da eletrificação no país está impulsionando o consumo de eletricidade, o que beneficia a expansão da energia eólica. No entanto, o setor enfrenta desafios como a expansão da energia solar, incertezas sobre a limitação da geração, gargalos de transmissão e a queda de novos contratos de compra e venda de energia. Em 2024, os investimentos no setor eólico tiveram uma queda significativa em comparação com o ano anterior, fechando o ano com US$ 1,8 bilhão. A liderança em investimentos em fontes renováveis ficou com a energia solar, seguida pelos biocombustíveis, que têm potencial para desempenhar um papel relevante globalmente, especialmente na produção de combustível sustentável de aviação. No entanto, a produção real de biocombustíveis pode ficar abaixo do anunciado devido às dificuldades na conclusão de projetos de SAF. O Brasil também se destaca na produção de aço verde, com preços competitivos em comparação com outros países. Além disso, o país está investindo em incentivos para a cadeia de hidrogênio de baixo carbono, reservas de minerais estratégicos e na agricultura generativa. Como anfitrião da COP30, o Brasil tem a oportunidade de influenciar a agenda climática global e destacar seus avanços na transição para uma economia mais sustentável. (Broadcast Energia – 31.03.2025)


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Câmara dos Deputados: Projeto de Lei 4836/24 propõe critérios para construção de usinas nucleares

O Projeto de Lei 4836/24, em análise na Câmara dos Deputados, estabelece diretrizes para a escolha de locais para construção de usinas nucleares de eletricidade, com foco na segurança, redução de impactos ambientais e participação social. A proposta determina critérios como estabilidade geológica, disponibilidade hídrica, distância de áreas densamente povoadas e preservação da biodiversidade. Além disso, exige a consulta às comunidades afetadas por meio de audiências públicas para garantir maior transparência. A construção será proibida em unidades de conservação, zonas de amortecimento e corredores ecológicos, sendo necessária a elaboração de um plano de emergência com rotas de evacuação e infraestrutura de suporte. A aprovação final dependerá de um órgão do Poder Executivo, que considerará pareceres técnicos e contribuições da consulta pública. O autor do projeto, deputado Julio Lopes (PP/RJ), destaca que a proposta visa priorizar segurança, impacto ambiental e participação social. O projeto será analisado nas comissões de Minas e Energia, Meio Ambiente, e Constituição e Justiça, e precisa ser aprovado pela Câmara e Senado para se tornar lei.(Agência Eixos – 04.04.2025)


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Câmara dos Deputados: PL 497/25 propõe incentivos fiscais para mobilidade elétrica e energia renovável

O Projeto de Lei 497/25, em análise no Brasil, propõe a concessão de incentivos fiscais para investimentos em infraestrutura de mobilidade elétrica e sistemas de energia renovável. A medida permite a dedução do Imposto de Renda (IR) de até 10% da renda tributável para pessoas físicas e 15% do imposto devido para empresas optantes pelo lucro real. Os investimentos elegíveis incluem a instalação de carregadores de veículos elétricos, sistemas de geração de energia solar ou eólica em condomínios, aquisição de baterias para armazenamento de energia renovável e criação de microrredes elétricas alimentadas por fontes renováveis. O objetivo da proposta, defendida pelo deputado Vicentinho Júnior, é promover a descarbonização do setor de transportes e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, incentivando o desenvolvimento sustentável no país. O projeto ainda precisa ser aprovado pelas comissões da Câmara dos Deputados e pelo Senado para se tornar lei, integrando os esforços do Brasil para expandir o uso de energias renováveis e a mobilidade elétrica.(Inside EVs – 03.04.2025)


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Artigo Luiz Afonso dos Santos Senna: "O sério risco de overdose regulatória"

Em artigo publicado pela Agência Infra, Luiz Afonso dos Santos Senna (professor titular da Escola de Engenharia da UFRGS) trata da crescente produção de normas pelas agências reguladoras no Brasil, destacando os avanços no setor de infraestrutura por meio de privatizações, concessões e parcerias público-privadas. Ele discute a importância de um equilíbrio regulatório, ressaltando que a segurança jurídica e a proteção à confiança são essenciais para atrair investidores e garantir a estabilidade dos contratos. Senna também alerta para os riscos de uma "overdose regulatória", onde a produção excessiva de normas pode criar uma rede normativa desconexa, prejudicando a previsibilidade e a sustentabilidade das concessões. Ele defende que as agências devem operar com regras claras, transparentes e estáveis, evitando a discricionariedade e a sobrecarga normativa. (GESEL-IE-UFRJ – 01.04.2025)


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Artigo de Thelma Krug, Paulo Artaxo, Jean Ometto, Bráulio Borges, Roberto Kishinami e Eduardo Assad: "O ‘mutirão’ para o sucesso da COP30"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Thelma Krug (vice-presidente do IPCC 2015-2023), Paulo Artaxo (coordenador do CEAS USP), Jean Ometto (pesquisador sênior no INPE), Bráulio Borges (economista da LCA), Roberto Kishinami (especialista sênior no iCS) e Eduardo Assad (pesquisador da FGV/GV Agro) tratam dos desafios da COP30, que ocorrerá em Belém do Pará, e da necessidade urgente de uma “virada” nas ações globais contra o aquecimento climático. A COP30 busca avançar nos mecanismos do Acordo de Paris, especialmente na precificação do carbono e nas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Os autores ressaltam que a colaboração entre governos, setor privado e sociedades é fundamental para garantir um futuro sustentável, destacando o papel crucial dos países do G20, que concentram a maior parte das emissões. Além disso, enfatizam a importância de aumentar o financiamento climático e as ambições de corte de emissões, propondo que os maiores emissores de GEE se comprometam com metas mais ambiciosas, como a neutralidade de carbono até 2050. A implementação eficaz dessas ações é essencial para evitar o colapso climático e alcançar os objetivos do Acordo de Paris. (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2025)


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Regulação e Reestruturação do Setor

CCEE: Lançamento de painel interativo e conjunto de dados para ampliar informações sobre mercado livre

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) lançou duas novas soluções para ampliar a disponibilidade de informações sobre o mercado livre de energia elétrica. Os serviços “DataSet” e “Painel Mercado Varejista”, assim, têm o intento de auxiliar a tomada de decisões e levar dados estratégicos para os interessados. As novidades vão trazer visibilidade completa para os indicadores mais relevantes do cenário atual, permitindo a consulta do número de unidades consumidoras que fizeram a migração para o ambiente de contratação livre (ACL) e a evolução do consumo destas cargas, com recortes por representantes, submercados, estados e ramos de atividade. O painel interativo, em formato de dashboard, apresenta uma visualização simples e consolidada para dados acerca das principais movimentações no ACL: quais agentes varejistas foram responsáveis pelo maior número de migrações, quais as Unidades Federativas ou ramos de atividades mais engajados etc. Já o DataSet, disponível no Portal Dados Abertos da CCEE, traz os indicadores em planilhas, para serem usados pelos especialistas do setor para construírem suas próprias soluções. Além disso, a plataforma possibilita a utilização de tecnologias de API, que permite coleta automatizada das informações por sistemas próprios. (CCEE – 01.04.2025)


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MME: Autorização para importação de energia do Paraguai para o mercado livre

O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou, em 2 de abril de 2025, a importação de energia do Paraguai para o mercado livre de energia, beneficiando oito comercializadoras: Santander Corretora de Seguros, Eneva, Cemig Geração e Transmissão, Cemig, Genco, Deal, Inpasa e Copel. A energia será transferida pela subestação Margem Direita da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, com uma tensão de 500 kV, e o limite de importação é de 120 megawatts médios (MWm) mensais. Essa importação segue as diretrizes definidas pelo MME em outubro de 2024 e deve ser realizada sem comprometer a segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN). As transações serão regidas por contratos no ambiente de contratação livre (CCEAL) e supervisionadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), conforme as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A portaria de outubro também possibilitou que comercializadoras paraguaias participem do mercado, desde que autorizadas e em conformidade com as obrigações setoriais.(Agência Eixos – 02.04.2025)


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Senado/Marcos Rogério: Reforma no setor elétrico brasileiro via MP é inviável

O presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado, Marcos Rogério, afirmou que não considera viável a reforma do setor elétrico por meio de Medida Provisória (MP). A proposta de encaminhar uma MP sobre o tema foi defendida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mas, segundo o senador, a complexidade da reforma exige um debate mais amplo, envolvendo diferentes interesses. Ele destacou que a tramitação de uma MP requer requisitos constitucionais que podem não ser atendidos nesse caso. O senador também ressaltou que o governo deve assumir a liderança no debate sobre a reforma do setor elétrico, apontando a existência de um vácuo na condução do tema. Além disso, abordou a necessidade de recomposição dos quadros das agências reguladoras. Sem mencionar diretamente a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Marcos Rogério explicou que o Senado só iniciará as sabatinas dos indicados quando o governo federal encaminhar todos os nomes pendentes. Ele criticou a estratégia do governo de manter substitutos interinos em cargos estratégicos sem apresentar novos indicados, afirmando que esse tipo de conduta compromete a relação entre os poderes e deve ser pautado pelo respeito e pela reciprocidade. (Agência Infra - 27.03.2025)


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Artigo de Eduardo Evangelista, Lucas Buonamici e Clara de Toledo: "Open Energy - mais um (possível) passo em direção à abertura do mercado"

Em artigo publicado no Broadcast Energia, Eduardo Evangelista, Lucas Buonamici e Clara Naumann de Toledo (respectivamente, sócio, advogado e estagiária na área de Infraestrutura e Direito Público do Madrona Fialho Advogados) abordam a Consulta Pública nº 07/2025, que mira colher subsídios para aprimorar a regulação aplicável à migração de consumidores do Grupo A para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) e para criar a regulação sobre o Open Energy. Os autores destacam que o Open Energy – inspirado no Open Banking - permitirá o compartilhamento de dados dos consumidores para fomentar a concorrência e melhorar a gestão do mercado livre de energia. A proposta prevê acesso a informações por meio de uma interface padronizada e APIs, com consentimento prévio do usuário, e será implementada em duas fases: primeiro, garantindo o acesso dos consumidores aos próprios dados e, depois, permitindo o compartilhamento estruturado dessas informações. O texto frisa, todavia, que, para a implementação no Brasil, o modelo exigirá conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), bem como esforços de comunicação por parte dos agentes para engajar novos participantes ao ACL. Em conclusão, os autores reforçam que a CP marca um avanço muito relevante no processo de abertura do mercado de energia, e que o Open Energy poderá desempenhar papel essencial nesse contexto. (GESEL-IE-UFRJ – 01.04.2025)


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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

IEA: Vendas de VEs alcançam 17 milhões de unidades em 2024

Em 2024, foram vendidos mais de 17 milhões de veículos elétricos no mundo, representando um crescimento de 25% em relação a 2023, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Esses veículos corresponderam a 20% das vendas globais de automóveis. A China manteve-se como o maior mercado, respondendo por quase dois terços dos emplacamentos e registrando um crescimento de quase 40% no setor. O aumento das vendas foi impulsionado, em parte, pela alta demanda por veículos com maior autonomia e por incentivos governamentais, que incluem subsídios de até US$ 3 mil para a substituição de carros antigos. Os híbridos plug-in (PHEVs) tiveram expansão de 80%, enquanto os modelos totalmente elétricos (BEVs) cresceram 20%. Nos Estados Unidos, as vendas subiram 10%, impulsionadas pelo lançamento de novos modelos e pela oferta de créditos tributários. Na União Europeia, houve uma queda de 6% nos emplacamentos, reflexo da retirada de subsídios na Alemanha no final de 2023. Em mercados emergentes, o avanço foi de 80% ao ano, embora partindo de uma base menor em comparação aos países desenvolvidos. Brasil e Indonésia registraram crescimentos expressivos de 140% e 190%, respectivamente, nas vendas de veículos eletrificados. (Portal Solar - 02.04.2025)


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Brasil: 75% dos consumidores planejam adquirir veículos elétricos até 2029

A pesquisa “Rumo à mobilidade elétrica – Expectativas e prontidão dos consumidores para a era dos veículos elétricos”, realizada pela Strategy& (PwC), revela que o Brasil se destaca na América Latina, com 75% dos consumidores brasileiros planejando adquirir um veículo elétrico (VE) até 2029, superando a média global de 62%. A pesquisa, que ouviu 17 mil pessoas em 27 países, aponta que fatores como economia de combustível, a conveniência da recarga domiciliar e o menor impacto ambiental impulsionam o interesse no Brasil. Além disso, a alta satisfação dos proprietários de VEs, com 100% afirmando que não voltariam a usar carros a combustão, reforça a adoção da tecnologia. Contudo, desafios como o tempo de carregamento, autonomia das baterias e a infraestrutura de carregamento limitada ainda representam obstáculos. O estudo também destaca o crescente mercado de veículos elétricos usados, com uma penetração de 10%, mas com sinais de expansão. O Brasil, juntamente com outros mercados emergentes, mostra um futuro promissor para a mobilidade elétrica, embora a ampliação da infraestrutura e políticas de incentivo sejam cruciais para acelerar a transição.(Inside EVs – 04.04.2025)


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China: Governo deverá incentivar reestruturação de montadoras estatais para transição a VEs

O governo chinês anunciou que incentivará a reestruturação e consolidação entre as principais montadoras estatais, que enfrentam desafios na transição para veículos elétricos. Gou Ping, vice-presidente da Comissão de Administração e Supervisão de Ativos Estatais, destacou que o objetivo é concentrar recursos de desenvolvimento e melhorar a competitividade global das empresas, como China South Industries, Dongfeng Motor e China FAW Group. O governo busca, assim, melhorar a qualidade dos veículos e enfrentar a cautela dos mercados estrangeiros em relação aos veículos elétricos chineses de baixo custo. Changan e Dongfeng já indicaram planos de reestruturação com outra estatal, e especula-se que a FAW possa estar envolvida em uma possível fusão. (Valor Econômico - 02.04.2025)


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BYD: Crescimento de 58,7% nas vendas globais e líder do mercado de VEs

A BYD encerrou o primeiro trimestre de 2025 com 990.711 veículos de passeio vendidos globalmente, um aumento de 58,7% em relação ao mesmo período de 2024, e exportou 206.084 unidades, um crescimento de 110,5%. Em março, a empresa comercializou 377.420 veículos, sendo 371.419 de passeio, o que representa uma alta de 23,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No segmento de veículos elétricos, os BEVs somaram 416.388 unidades vendidas, enquanto os PHEVs cresceram 76%, com 569.710 unidades comercializadas. A empresa também consolidou um recorde de exportações mensais, com 72.723 unidades enviadas para o exterior. A BYD, que deixou de fabricar veículos exclusivamente a combustão em 2022, tem ampliado sua presença global, com projeções de vendas de 5,5 milhões de unidades em 2025. No Brasil, a marca lidera o mercado de elétricos e híbridos e investe em uma nova fábrica em Camaçari (BA), com início previsto para 2025, visando reforçar sua estratégia na América do Sul.(Inside EVs – 01.04.2025)


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EUA: Tarifas sobre veículos e componentes importados preocupam a indústria automotiva

As tarifas sobre veículos e componentes importados, impostas por Donald Trump, geram preocupação na indústria automotiva dos EUA, pois podem aumentar os preços dos carros em até US$ 10.000, prejudicando a competitividade dos carros elétricos fabricados no país. Além disso, Trump pretende eliminar o crédito fiscal de US$ 7.500 para veículos elétricos (EVs), o que poderia impactar suas vendas. Embora a transição para veículos elétricos tenha crescido com o apoio do governo Biden, Trump critica essa mudança e busca reverter as políticas adotadas. Muitos veículos elétricos nos EUA dependem de materiais importados da China, o que aumenta os custos com as novas tarifas. Empresas como Tesla e Hyundai, que produzem a maior parte de seus veículos nos EUA, podem sofrer menos com as tarifas, mas ainda enfrentam desafios. A eliminação do crédito fiscal pode tornar inviáveis as fábricas de EVs e baterias em construção, afetando empregos e investimentos, e gerando um debate político sobre a continuidade dos incentivos. As decisões futuras serão cruciais para o setor.(Inside EVs – 03.04.2025)


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EUA: Hyundai expande Metafábrica na Geórgia para produzir 500.000 veículos elétricos por ano

A nova Metafábrica do Grupo Hyundai em Savannah, Geórgia, considerada o maior projeto de desenvolvimento econômico do estado, está em processo de expansão. Inicialmente planejada para produzir 300.000 carros totalmente elétricos por ano, a fábrica agora busca atingir 500.000 unidades anuais, com muitos modelos híbridos devido à demanda irregular no mercado de veículos elétricos. A Metafábrica já produz SUVs elétricos Ioniq 5 e Ioniq 9, adaptados para o padrão de recarga norte-americano, e 40% da produção será da marca Kia. Com mais de 14.000 empregos previstos, a fábrica é uma das mais avançadas do mundo, com alta automação. A Hyundai, que teve um desempenho significativo no mercado de EVs nos EUA, segue apostando no crescimento com a adição do Ioniq 9. No entanto, a fábrica é inaugurada em um cenário de incerteza devido às políticas do governo dos EUA, que podem afetar os créditos fiscais e as tarifas sobre veículos fabricados no exterior. Apesar disso, a Hyundai vê a fabricação local como uma forma de evitar tarifas e continuar expandindo suas operações no país.(Inside EVs – 29.04.2025)


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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Brasil: Precisa agir rápido para garantir posição no mercado global de hidrogênio

Na última semana, o presidente Lula visitou o Japão para fortalecer as relações comerciais entre os dois países, com ênfase no setor de energia. O destaque foi o avanço nas negociações para aumentar a participação do etanol brasileiro no mercado japonês, especialmente na mistura com gasolina e na produção de combustível sustentável para aviação (SAF). Apesar das conversas promissoras, o hidrogênio foi relegado a um segundo plano, com nenhuma empresa do setor incluída na comitiva brasileira. Embora os dois países tenham firmado acordos para fortalecer a cooperação em transição energética, o Brasil perdeu a oportunidade de destacar seus projetos de hidrogênio verde. O Brasil possui grande potencial na produção de hidrogênio competitivo, mas até agora seus projetos estão focados na Europa. Para diversificar mercados, o país deve explorar novas oportunidades no Japão, que está investindo pesadamente em hidrogênio, e na China, que se tornará o maior importador mundial. A concorrência global será acirrada, e o Brasil precisa agir rapidamente para garantir sua posição no mercado internacional de hidrogênio e seus derivados.(Agência Eixos – 30.04.2025)


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Brasil: Hidrogênio verde tem potencial de R$ 70 bilhões até 2030

O hidrogênio verde (H2V) apresenta grande potencial para o Brasil, com investimentos no setor podendo atingir R$ 70 bilhões até 2030, consolidando o país como um importante player global devido à abundância de energia renovável e incentivos fiscais. No entanto, desafios como a infraestrutura limitada para transporte e armazenamento, o alto custo de produção e a falta de um mercado de carbono regulado ainda dificultam o avanço do mercado interno, que tende a se expandir com a evolução da regulação e novos investimentos. Projetos como hubs em estados com facilidades portuárias e iniciativas de empresas como a White Martins e a Neoenergia estão impulsionando a produção e comercialização do H2V, principalmente para exportação e descarbonização de setores eletrointensivos. Apesar disso, o setor ainda enfrenta incertezas jurídicas, como a falta de clareza na regulação de infraestruturas e contratos de compra e venda. (Valor Econômico - 31.03.2025)


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Brasil: Governador de Minas Gerais defende o etanol como alternativa para a descarbonização

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, defendeu o etanol como uma alternativa mais acessível e competitiva para a descarbonização da frota de veículos, destacando que o Brasil já possui uma infraestrutura de abastecimento pronta, ao contrário dos carros elétricos, que ainda enfrentam desafios de infraestrutura e dependem de importação de baterias. Zema argumenta que os carros a etanol são produzidos no Brasil, gerando empregos e com emissões comparáveis aos veículos elétricos, além de serem mais acessíveis para uma gama mais ampla de consumidores. Simultaneamente, o estado investe na exploração de lítio no Vale do Jequitinhonha, com empresas como Sigma Lithium e Atlas Lithium, e busca atrair fábricas de baterias para fortalecer a indústria de veículos elétricos. Zema também vê o agronegócio, especialmente o setor sucroenergético, como uma chave para a expansão econômica do estado, destacando a recuperação de pastagens degradadas como uma forma de aumentar a produção. A tributação reduzida do etanol em Minas é outro incentivo para promover o uso desse combustível renovável.(Agência Eixos – 02.04.2025)


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Brasil: Plano de quadruplicar a produção de biometano até 2028

A Gás Verde, responsável por cerca de 40% da produção de biometano no Brasil, planeja quadruplicar sua produção até 2028, expandindo para 640 mil m³ diários com a conversão de térmicas a biogás em várias regiões do país. O biometano, um combustível 100% renovável, tem grande potencial para a transição energética, substituindo o gás natural e combustíveis fósseis, com a capacidade de reduzir emissões de carbono em até 99%. A produção de biometano no Brasil está em crescimento, com perspectivas de aumento significativo até 2033, e grandes investimentos estão sendo feitos, como os da Nestlé, que substituirá o GLP por biometano em suas fábricas, e da Louis Dreyfus Company, que está construindo uma fábrica de biogás. A indústria de biometano no país ainda está nos primeiros passos, mas há um grande potencial para descarbonização e substituição de combustíveis fósseis. (Valor Econômico - 31.03.2025)


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Reino Unido: Ofgem anuncia novas regras para melhorar instalação e funcionamento de medidores inteligentes

A Ofgem, reguladora de energia da Grã-Bretanha, anunciou novas regras para melhorar os padrões de instalação e funcionamento de medidores inteligentes, visando acelerar o processo e garantir compensações justas para os consumidores. As propostas incluem tempos de espera mais curtos para instalação de medidores, compensação por falhas de instalação, correções rápidas para problemas relatados e compensação se os medidores não operarem no modo inteligente após 90 dias. A medida surge em resposta ao fato de que muitos medidores ainda estão no "modo burro", não enviando dados automaticamente. A Ofgem também revisará seus Padrões Garantidos de Desempenho, estabelecendo regras mais rígidas para fornecedores de energia, que deverão tomar ações rápidas para resolver problemas e compensar os clientes. Além disso, a Ofgem está consultando formas de proteger melhor os consumidores empresariais. A iniciativa busca melhorar a experiência do usuário e garantir que os medidores inteligentes desempenhem um papel crucial na medição precisa e flexível do consumo de energia.(Smart Energy – 01.04.2025)


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Alemanha: Industrialistas pedem a criação de uma aliança de hidrogênio ao nível da UE

Treze associações alemãs dos setores de energia, gás, hidrogênio e aço enviaram uma carta ao político Friedrich Merz, instando o futuro governo a iniciar uma aliança estratégica de hidrogênio no nível europeu. As associações enfatizam que as mudanças geopolíticas e a concorrência internacional representam desafios significativos para a Europa e a Alemanha, exigindo uma abordagem estratégica para garantir a soberania energética e tecnológica, além de fortalecer a competitividade industrial. O hidrogênio é destacado como um elemento crucial nesse contexto. A proposta sugere que a aliança seja aberta a todas as formas de hidrogênio renovável e de baixo carbono, promovendo uma política ambiciosa e orientada para a implementação no Conselho da UE, perante a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu. Além disso, a aliança poderia servir para estreitar laços com parceiros estratégicos fora da UE, como o Reino Unido e a Noruega. (GMK Center - 27.03. 2025)


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Westwood Energy: Obstáculos econômicos e regulatórios frearam projetos de hidrogênio na Europa

O hidrogênio foi posicionado como um elemento crucial na estratégia de descarbonização da Europa. Para impulsionar esse avanço, foram anunciados investimentos substanciais, totalizando €32,9 bilhões apenas no quarto trimestre de 2024. No entanto, o progresso tem sido lento devido a obstáculos regulatórios, altos custos, desafios econômicos e uma demanda fraca pelo hidrogênio. Como resultado, cerca de 20% dos projetos europeus foram cancelados ou paralisados. De acordo com o levantamento da Westwood Global Energy Group, apenas 17% da capacidade planejada no bloco deve se concretizar. O estudo também destaca que a infraestrutura do hidrogênio está sob forte pressão, com custos elevados e atrasos regulatórios. Entretanto, o estudo aponta também um cenário otimista de concretização de até 70% dos projetos previstos na UE. (Petronotícias – 02.04.2025)


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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

ABI Research: REDs levam operadores de rede a elevarem investimento em infraestrutura

O Relatório da empresa global de inteligência tecnológica ABI Research ‘Energy Flexibility Trading for Utilities, Industries, and Enterprises‘ aponta que os operadores de rede estão investindo pesadamente na expansão da infraestrutura para se adaptar à proliferação de Recursos Energéticos Distribuídos e para atenuar a intermitência de ativos renováveis. Segundo o documento, a expectativa é que até 2030, mais de 200 GW de capacidade sejam trocados por mercados de flexibilidade e até 2040, a capacidade recém-acessível atingirá 1.100 GW, equivalente a 2.100 TWh — valendo mais de US$ 300 bilhões hoje — por ano. Segundo Daniel Burge, analista da ABI Research, embora a adoção de armazenamento dedicado em escala permaneça limitada, os mercados de flexibilidade oferecerão adaptabilidade significativa para redes de energia rígidas a partir de 2027. (Agência CanalEnergia - 27.03.2025)


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Brasil: Data centers investem em autoprodução de energia renovável

A autoprodução de energia tem se tornado uma solução estratégica para data centers no Brasil, permitindo a redução de custos com tarifas de energia elétrica, especialmente no mercado livre de energia. Este modelo é vantajoso quando a geração é renovável, pois isenta o consumidor de encargos como o EER e o ESS, podendo gerar economias de 10 a 30%. O Brasil, que já atrai investimentos significativos no setor, deverá receber R$ 12 bilhões até 2026. A demanda por energia nos data centers deve crescer exponencialmente, passando de 600 MW médios para até 9 GW até 2035. Em 2024, 30 dos 31 contratos de autoprodução foram destinados ao setor, com 2,3 GW de capacidade, e a maior parte da energia gerada foi de fontes renováveis como solar e eólica. Especialistas apontam que a matriz energética brasileira, com mais de 85% de fontes renováveis, torna o país atraente para empresas de tecnologia, que buscam reduzir sua pegada de carbono. Além disso, o Brasil se destaca pelo custo competitivo da energia, o que aumenta sua atratividade no cenário global.(Agência Eixos – 30.04.2025)


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Brasil: Autoprodução de energia cresce entre consumidores de menor porte

A autoprodução de energia elétrica está ganhando adesão de consumidores com cargas menores e mais pulverizadas, após um crescimento inicial entre grandes clientes eletrointensivos. Estima-se que o mercado de autoprodução movimente cerca de 1 gigawatt-médio (GWm) em 2025, com uma crescente demanda também de consumidores de menor porte. Nesse modelo, os clientes tornam-se sócios do gerador de energia, o que permite a isenção de encargos quando a geração é renovável, além de contribuir para a redução de custos e o cumprimento de compromissos ambientais. A abertura do mercado livre de energia a todos os consumidores de média e alta tensão desde janeiro de 2024 impulsionou o interesse, especialmente por clientes com cargas na faixa de 10 MWm. No entanto, a complexidade do modelo de contratação ainda é um desafio, pois muitos desses consumidores não têm a energia como um custo principal e se distanciam das questões do mercado. A consultoria Thymos tem contribuído significativamente para estruturar projetos de autoprodução no Brasil, com mais de 2 GW de capacidade instalada nos últimos três anos.(Agência Eixos – 30.04.2025)


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Brasil: Tecnologias avançadas de IA, robótica e baterias otimizam produção de energia

Novas tecnologias baseadas em inteligência artificial (IA), robótica e baterias estão otimizando a produção de energia, com destaque para o uso de sensores Lidar, drones e automação. A Petrobras, em parceria com o Senai, utiliza Lidar em boias para monitorar sistemas eólicos offshore, enquanto a Eccon Soluções Ambientais usa drones equipados com Lidar para avaliar terrenos para energia solar. A Atlas Renewable Energy aumentou sua geração e reduziu custos com o uso de drones para detectar falhas e sujidades nos painéis solares. Empresas como a Tecsci e a Wärtsilä também estão aplicando IA e robôs autônomos para otimizar a geração e a manutenção de energia. No Brasil, a WEG desenvolveu turbinas eólicas 100% nacionais e investe em sistemas de baterias para estabilizar a rede, destacando-se no cenário global pela inovação e alta tecnologia no setor de energia. (Valor Econômico - 31.03.2025)


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Editorial Folha de São Paulo: "A voracidade energética da inteligência artificial"

Em editorial, o jornal Folha de São Paulo aborda o crescente investimento em infraestrutura de computação para a inteligência artificial (IA) no Brasil, que, apesar de estar distante dos centros de inovação tecnológica da América do Norte e Ásia, conta com abundância de recursos essenciais, como energia limpa e água. A demanda por energia nos data centers que processam grandes volumes de dados de IA é significativa, com empresas como RT One e Scala Data Center planejando grandes instalações no país. A vantagem do Brasil reside em sua matriz energética renovável, que representa 85% de sua eletricidade, além da disponibilidade de água para resfriamento dos processadores. No entanto, o aumento da demanda por eletricidade e água pode pressionar o sistema e afetar a sustentabilidade da matriz energética, enquanto a explosão de consumo global de energia nos data centers pode impactar a transição energética necessária para combater as mudanças climáticas. (GESEL-IE-UFRJ – 03.04.2025)


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Absolar/ABGD: Desafios à expansão da fonte solar e a sobrecarga nas redes elétricas brasileiras

O crescimento da geração de energia fotovoltaica no Brasil tem sido impactado pela dificuldade de conexão dos sistemas solares à rede elétrica, o que tem gerado prejuízos para consumidores e empresas. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) criticam as distribuidoras, que alegam limitações técnicas, especialmente após a sanção da Lei 14.300, que gerou uma corrida para conectar os sistemas antes do prazo. A falta de capacidade de algumas redes, como em Minas Gerais, tem resultado em negações de conexão ou exigências caras e pouco claras para adaptar os projetos. Além disso, a crescente demanda por geração distribuída tem causado sobrecarga nas subestações e gerado inversão de fluxo de energia. Embora as distribuidoras aleguem estar trabalhando para atender a demanda, muitos projetos, especialmente os rurais e de GD remota, enfrentam dificuldades para se conectar à rede, o que prejudica a economia de energia e o retorno do investimento. (Valor Econômico - 31.03.2025)


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Brasil: Realização de leilões de reserva capacidade e baterias de armazenamento em 2025 para trazer maior flexibilidade ao sistema

O Brasil realizará, em junho, um leilão de reserva de capacidade para contratar potência elétrica de hidrelétricas e termelétricas a gás natural e biocombustíveis, visando flexibilizar a operação do sistema elétrico. Além disso, no segundo semestre, ocorrerá o primeiro leilão de baterias de armazenamento, essencial para armazenar energia das fontes intermitentes, como eólica e solar, para horários de maior demanda. Embora as térmicas fósseis sejam vistas como necessárias para garantir a segurança energética, especialistas alertam sobre seus impactos econômicos e ambientais, dada a meta de neutralidade de carbono até 2050. As térmicas a gás são consideradas uma transição energética, mas há preocupações sobre a dependência dessa fonte e os custos elevados. O leilão de baterias, por sua vez, pode ajudar a desenvolver o mercado de armazenamento no país, ainda atrasado em relação a outros países, e mobilizar investimentos significativos, embora a falta de uma regulamentação clara ainda represente um desafio. (Valor Econômico - 31.03.2025)


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Europa: Comissão Europeia investirá € 1,3 bilhão em IA e segurança cibernética

A Comissão Europeia investirá € 1,3 bilhão no fortalecimento da IA e segurança cibernética por meio do Programa Europa Digital (DIGITAL) para 2025-2027, visando a soberania tecnológica da região. O programa prioriza a ampliação do acesso à IA, incluindo aplicativos generativos e espaços de dados sustentáveis, além do apoio a Centros Europeus de Inovação Digital (EDIHs) para acelerar a adoção tecnológica. Recursos também serão destinados ao fortalecimento da resiliência cibernética, protegendo infraestruturas críticas como hospitais e cabos submarinos. A iniciativa impulsionará capacitação digital e abrirá chamadas de financiamento em abril de 2025, promovendo a transformação digital na Europa. (Teletime - 28.03.2025)


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Big Techs: Crescimento da IA impulsiona investimentos em energia renovável para data centers

Gigantes do setor de tecnologia estão investindo pesadamente para garantir fontes de energia renovável suficientes para atender à crescente demanda por energia dos centros de dados, especialmente devido à expansão da inteligência artificial (IA). De 2022 a 2026, o consumo de eletricidade por data centers pode dobrar, com um aumento projetado para mais de 1.000 TWh em 2026, equivalente ao consumo de eletricidade do Japão. Empresas como Amazon, AES e X-Energy estão apostando em fontes renováveis, como energia hídrica, solar e eólica, além de considerar a energia nuclear. No Brasil, a Amazon já está investindo em parques solares e eólicos, mas enfrenta desafios relacionados a gargalos na rede elétrica e falta de investimentos em infraestrutura. A Nvidia e outras empresas estão colaborando em um fundo de US$ 30 bilhões para financiar a construção de centros de dados e fontes de energia necessárias para suportar a IA, reconhecendo a indústria como uma prioridade energética para o futuro. (Valor Econômico - 31.03.2025)


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Impactos Socioeconômicos

Artigo Pedro de Camargo Neto: "Os custos das mudanças energéticas"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Pedro de Camargo Neto (ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira) trata da necessidade urgente de reduzir a utilização de combustíveis fósseis e investir em fontes de energia limpa, como energia nuclear, eólica, fotovoltaica e biocombustíveis, destacando o papel do Brasil nesse contexto. Ele critica a falta de ações públicas efetivas para combater o desmatamento, principal fonte de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no país, e enfatiza a importância de políticas públicas que limitem o uso de combustíveis fósseis, promovam o sequestro de carbono e incentivem o avanço das energias renováveis. O autor também defende que, no âmbito internacional, deve haver um esforço coletivo mais robusto para revisar e implementar NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) mais ambiciosas, com foco no enfrentamento das causas do aquecimento global, e não apenas em medidas que tratem suas consequências. (GESEL-IE-UFRJ – 01.04.2025)


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Brasil: Decisão de Trump pode beneficiar o país com investimentos em energias renováveis

A decisão de Donald Trump de apoiar o setor de óleo e gás e declarar uma "emergência energética nacional" nos Estados Unidos pode beneficiar o Brasil ao atrair investimentos que antes seriam destinados aos EUA, especialmente em energias renováveis. Com a menor demanda dos EUA por componentes de energia renovável, como painéis solares, o Brasil pode se beneficiar com preços mais baixos desses equipamentos, além de ganhar protagonismo na transição energética, devido às boas relações com a China e à atração de investimentos, especialmente em energia eólica e veículos elétricos. A União Europeia também pode redirecionar recursos para o Brasil, visto as rígidas regras de descarbonização da região. O país tem potencial para se destacar ainda mais como destino de investimentos em energias verdes, especialmente com a realização da COP30 em 2024, tornando-se um hub estratégico no cenário global de transição energética. (Valor Econômico - 31.03.2025)


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Abrage/Marisete: Estratégia de exportação de energia pode ser uma solução para os impactos do curtailment

A presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Marisete Fátima Pereira, argumentou a favor da estruturação de uma espécie de "portfólio" com diferentes fontes de energia destinado à exportação para países vizinhos. Segundo a executiva, a venda do excedente de geração para o exterior seria uma solução de médio prazo para lidar com o problema de corte de geração de energia, ou “curtailment”. A esse respeito, reiterou que os cortes na geração afetam principalmente as usinas hidrelétricas, e que isso – somado aos desafios regulatórios e de mercado das usinas reversíveis, apesar da disponibilidade – deveria impelir a Agência Nacional de Energia Elétrica a diversificar as fontes que são alvo dos cortes. Além disso, ela defendeu o estabelecimento de um teto para os subsídios, sobretudo os subsídios cruzados da CDE, bem como uma avaliação para o encerramento daqueles que não se justificam mais. (Broadcast Energia - 28.03.2025)


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Moody’s: Cumprimento de meta de descarbonização traz alto risco de crédito para alguns setores

A Moody's Ratings divulgou um relatório destacando as implicações de crédito para setores intensivos em carbono devido ao cumprimento das metas de descarbonização pelas empresas. Apesar do aumento dos investimentos em energia limpa, as emissões globais de carbono continuam a crescer, colocando em risco o cumprimento das metas de redução. A economia global enfrenta uma lacuna de investimento climático de US$ 2,7 trilhões anualmente até 2030 para alcançar as metas de "net zero". Setores como petróleo e gás, mineração de carvão, concessionárias de energia a carvão e outros enfrentam alto risco de descarbonização. A Moody's identificou obstáculos como reversões de políticas, geopolítica e demanda crescente por energia. Apesar disso, a expectativa é que os compromissos nacionais com a descarbonização e a economia favorável das energias renováveis continuem a impulsionar o investimento na transição para uma economia de baixo carbono. (Broadcast Energia - 31.03.2025)


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Eventos

COP30 Business Forum: Indústria e transporte são desafios da 2ª onda da transição energética, diz MME

No evento COP30 Business Forum em São Paulo, a assessora especial do Ministério de Minas e Energia, Mariana Espécie, destacou que o Brasil está em um momento crucial para consolidar sua transição energética. Apesar do progresso na descarbonização da matriz elétrica, com a participação de fontes renováveis aumentando de 74% para 89,1% em uma década, os desafios agora se concentram na indústria e no transporte. Espécie ressaltou a necessidade de enfrentar a matriz de difícil abatimento, especialmente nesses setores. O governo está trabalhando em regulações complementares, como o Programa Combustível do Futuro, que inclui biocombustíveis para aviação e transporte marítimo, e a implementação da Lei do Paten. Além disso, a cooperação internacional é vista como fundamental nesse novo ciclo, com destaque para a troca de experiências com os Estados Unidos no desenvolvimento de tecnologias, como a captura e armazenamento de carbono. A assessora enfatizou que muitas regulações estão sendo estabelecidas no contexto global, ainda com incertezas, e a colaboração com outros países será essencial para avançar nessa transição energética no Brasil. (Broadcast Energia - 31.03.2025)


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COP30 Business Forum: Brasil pode ser carbono negativo com engajamento do setor privado, segundo o MMA

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Ribeiro Capobianco, ressaltou a importância do setor privado no alcance das metas climáticas do Brasil e na possibilidade de se tornar o primeiro país carbono negativo do mundo. Durante o COP30 Business Forum em São Paulo, promovido pela Amcham Brasil, Capobianco enfatizou que o engajamento do setor privado é essencial para impulsionar a economia em direção à neutralidade de emissões. Ele destacou o interesse do mercado em investir na transição verde, mas alertou que é necessário mais do que recursos financeiros, sendo crucial o compromisso e interesse genuíno. O secretário apontou a restauração florestal como um dos principais caminhos para essa mudança, ressaltando seu potencial econômico. Além disso, destacou as vantagens competitivas do Brasil em matriz elétrica limpa, biocombustíveis e energias renováveis. Para acelerar a transição, Capobianco defendeu a necessidade de políticas públicas consistentes, estabilidade jurídica e acesso a crédito, salientando a importância da parceria entre setor público e privado, com a sociedade garantindo uma transição justa. Com o compromisso do governo federal e a crescente adesão empresarial, o Brasil está construindo uma base sólida para uma economia de baixo carbono, segundo ele. Capobianco expressou otimismo em relação ao avanço do Brasil nesse sentido. (Broadcast Energia - 31.03.2025)


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