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IFE Transição Energética 74
Dinâmica Internacional
ONU: Ímpeto de ações climáticas continua forte apesar do afastamento dos EUA
O secretário executivo da Convenção sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, Simon Stiell, apontou que, mesmo com a saída dos Estados Unidos do acordo de Paris, muitos países continuam comprometidos com seus planos climáticos nacionais e buscam liderar a transição para uma economia de baixo carbono. "Um país pode recuar, mas outros já estão assumindo seus lugares para aproveitar a oportunidade e colher as enormes recompensas: crescimento econômico mais forte, mais empregos, menos poluição e custos de saúde muito mais baixos, energia mais segura e acessível", pontuou o executivo. Ele citou o Brasil, a China e a Índia enquanto países que têm empenhado esforços significativos na esteira da sustentabilidade. Além disso, reconheceu que o marco do compromisso climático formou opiniões e posturas políticas conflitantes, mas celebra o fato de ter impulsionado recursos e investidas para apoiar países mais pobres a reduzir as emissões de carbono e se adaptarem aos impactos climáticos. Por fim, acenou que, apesar de fornecer mecanismos para a descarbonização, o acordo de Paris pode carecer de aplicabilidade, mas pondera que cabe a cada país a competência de administrar seus compromissos dentro de suas condições. “O que estamos vendo aí é essa lacuna entre o que precisa ser feito e o que está sendo feito", concluiu Stiell. (Reuters – 07.02.2025)
Link ExternoIEA: aumento rápido no consumo de eletricidade devido à indústria de energia renovável
O consumo global de eletricidade deve crescer a uma taxa média de cerca de 4% ao ano até 2027, impulsionado pelo aumento da demanda industrial, do uso de ar condicionado, da eletrificação, especialmente no setor de transporte, e pela expansão dos data centers. A maior parte do crescimento virá de economias emergentes, com destaque para a China, onde o consumo de eletricidade está crescendo rapidamente, especialmente devido à indústria, como a fabricação de painéis solares, baterias e veículos elétricos. O relatório da AIE prevê que as fontes de baixa emissão, como as renováveis e a energia nuclear, supram a maior parte dessa demanda, com a geração solar fotovoltaica respondendo por cerca de metade do aumento da demanda global. Espera-se também que a geração nuclear atinja novos recordes. Em economias avançadas, como os EUA, a demanda também aumentará significativamente, enquanto na União Europeia, o crescimento será mais modesto, retornando aos níveis de 2021. O relatório destaca a crescente necessidade de garantir a resiliência dos sistemas de eletricidade devido a eventos climáticos extremos e à volatilidade nos preços da eletricidade.(IEA – 14.02.2025)
Link ExternoBNEF: Custos de tecnologias de energia limpa devem continuar caindo em 2025 apesar de medidas protecionistas
Um relatório da BloombergNEF apontou que o custo de tecnologias de energia limpa, como solar e eólica, bem como de armazenamento em baterias, deve cair ainda mais em 2025, apesar do crescente protecionismo na forma de tarifas sobre importações relacionadas à energia verde. Esse fator é um sinal importante para ações na esteira da transição energética, pois torna as energias renováveis ainda mais competitivas, permitindo o afastamento e a redução do uso de combustíveis fósseis para a geração de eletricidade. As referidas barreiras tarifárias foram impostas em 2024, em países como os Estados Unidos e nações europeias, mirando proteger a produção nacional ante a queda de preços impulsionada pelo excesso da capacidade de fabricação de tecnologias limpas da China. Em 2025, segundo o relatório, espera-se uma nova redução de custos de 2% a 11%. E embora as barreiras comerciais possam estancar os declínios temporariamente, a BNEF projeta que o custo nivelado da eletricidade para tecnologias limpas caia entre 22% e 49% até 2035. (Reuters – 06.02.2025)
Link ExternoGlobal Energy Monitor: Capacidade global de energia solar e eólica cresce 20% em 2024
Segundo relatório Global Energy Monitor (CEM) a capacidade global de energia solar e eólica cresceu 20% em 2024, alcançando 4,4 TW em projetos de grande porte, com 2,5 TW provenientes de usinas eólicas e 2 TW de usinas solares. A China lidera a capacidade potencial, com mais de 1,3 TW, seguida por Brasil, Austrália, EUA e Espanha. A Índia também se destaca com uma meta de adicionar quase 130 GW de capacidade nos próximos anos, com 35 GW conectados até março de 2025. No entanto, os países do G7, apesar de representarem 45% do PIB global, estão construindo apenas 59 GW de capacidade solar e eólica, muito abaixo da China, que responde por mais de 70% da construção mundial. Fora da China, a construção de projetos renováveis é limitada, com apenas 7% da capacidade prospectiva em andamento. Esse ritmo lento pode prejudicar a meta de triplicar a capacidade renovável até 2030 da COP28. Apesar disso, os países do G7 têm uma taxa de execução mais alta, com 76% dos projetos concluídos dentro do prazo, comparado a 55% na China e 52% em outros países.(Agência CanalEnergia - 11.02.2025)
Link ExternoEUA: Novos impostos e restrições podem afetar indústria eólica
Um relatório da Wood Mackenzie alerta que os novos impostos sobre importações e as restrições no setor de energia eólica terrestre nos Estados Unidos podem elevar os custos dos projetos, colocando a viabilidade de vários em risco e potencialmente desacelerando o crescimento da indústria. As propostas incluem uma tarifa de 25% sobre importações do México e Canadá e 10% adicionais sobre as importações da China, o que poderia aumentar os custos das turbinas eólicas em 7% e os custos gerais dos projetos em 5%. A indústria eólica dos EUA depende fortemente de importações de componentes, como lâminas e sistemas de transmissão, e, em 2023, 41% das importações vieram de México, Canadá e China. Embora as tarifas não sejam inéditas, o impacto das novas propostas pode ser mais significativo, aumentando o custo nivelado da energia (LCOE) em até 7% no curto prazo. Fabricantes de turbinas podem tentar mitigar o impacto reestruturando suas cadeias de suprimentos e aumentando os preços. O setor aguarda mais clareza sobre as políticas tarifárias para adaptar suas estratégias.(Woodmac – 11.02.2025)
Link ExternoEUA: DESRI e Ranger Power iniciam construção de projeto solar de 250 MWac em Missouri
A DE Shaw Renewable Investments (DESRI), em parceria com a Ranger Power, iniciou a construção do projeto solar Show Me State, localizado no condado de Callaway, Missouri, com capacidade de 250 MWac. O projeto representa um avanço significativo na expansão da energia renovável na região e faz parte do compromisso da Meta de alcançar 100% de energia renovável. A Meta adquiriu a energia gerada para apoiar seus objetivos de sustentabilidade. Com um financiamento de quase US$ 500 milhões, o projeto, que deve criar mais de 300 empregos temporários, está previsto para iniciar operações até 2026. O consórcio de financiadores inclui o Canadian Imperial Bank of Commerce, Nord/LB, Royal Bank of Canada e Bank of America. Além disso, o projeto contribuirá para a infraestrutura de centros de dados da Meta em Kansas City. Este é o terceiro projeto da DESRI no Missouri, consolidando o portfólio da empresa na região. Recentemente, a DESRI também iniciou a construção do projeto solar e de armazenamento Carne, de 130 MWac, em Deming, Novo México.(Energy Monitor – 11.02.2025)
Link ExternoAlemanha: Especialistas alertam que o país deve perder a marca de suas metas climáticas para 2030
O Conselho independente de Especialistas em Mudanças Climáticas da Alemanha anunciou que, a menos que mudanças políticas significativas sejam implementadas, o país provavelmente não conseguirá atingir suas metas climáticas afirmadas para 2030. Segundo o grupo, os setores de transporte e construção são os líderes da contramão que vem obstruindo o cumprimento da meta alemã de cortar 65% das emissões de gases de efeito estufa, em relação aos níveis de 1990, no prazo. Avanços, todavia, foram observados no setor de energia e, até certo ponto, na indústria, que foi recentemente atingida pela crise energética e pela crise econômica na Alemanha. Não obstante a diminuição recente das emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para o cumprimento geral das metas anuais, o ritmo teria que aumentar em 50% a partir deste ano para atingir a meta de 2030, de acordo com o conselho. Objetivando acelerar as mudanças políticas necessárias no próximo governo, os especialistas formularam requisitos para um programa de ação climática que deve ser apresentado em até um ano após a eleição consoante a Lei de Proteção Climática. (Reuters – 05.02.2025)
Link ExternoAlemanha: Vattenfall e BASF avançam com projetos eólicos offshore Nordlicht
A Vattenfall e a BASF deram um passo importante no desenvolvimento dos projetos eólicos offshore Nordlicht ao conceder contratos a quatro fornecedores essenciais: EEW Special Pipe Constructions (SPC), CS WIND Offshore, DEME e Jan De Nul. Esses contratos envolvem a produção de 112 componentes-chave, incluindo monoestacas e peças de transição, que serão fabricados pela EEW SPC e CS WIND Offshore. A DEME será responsável pela instalação dos componentes, enquanto Jan De Nul cuidará da instalação dos cabos entre as turbinas. Espera-se que, após sua conclusão, os parques eólicos forneçam energia limpa para cerca de 1,7 milhão de residências. A decisão final de investimento (FID) está prevista para o final de 2025, com a construção começando em 2026 e o comissionamento completo até 2028. Os projetos Nordlicht desempenham um papel crucial na transição energética e nas metas de sustentabilidade, com o apoio da experiência dos fornecedores. No ano anterior, a Vattenfall e a BASF contrataram a Vestas para fornecer turbinas eólicas para os parques Nordlicht 1 e 2.(Energy Monitor – 03.02.2025)
Link ExternoJapão: Meta de aquisição doméstica para parques eólicos offshore é ampliada
O Japão pretende aumentar sua meta de aquisição doméstica para parques eólicos offshore de 60% para 70% até 2040, como parte de uma estratégia para fortalecer a cadeia de suprimentos local e atrair investimentos estrangeiros. A nova meta, que será finalizada neste verão, visa aumentar a participação de componentes fabricados no Japão, mas para isso será necessário que fornecedores ocidentais construam fábricas no país e que empresas japonesas forneçam peças essenciais. O Japão, que atualmente depende de importações para componentes como pás de turbinas e nacelas, já tem planos de alcançar 10 gigawatts de capacidade de energia eólica offshore até 2030 e 30 a 45 gigawatts até 2040. Para reduzir custos e aumentar a produção, também se espera que a energia eólica offshore se torne uma fonte importante de energia no país até 2040, com a energia eólica flutuante contribuindo para a capacidade. (Valor Econômico - 04.02.2025)
Link ExternoJapão: Desafios e mudanças no planejamento energético com foco em renováveis
O planejamento energético do Japão enfrenta complexidade devido à dependência de importações de combustíveis fósseis e desafios pós-Fukushima e com a guerra na Ucrânia. Em 2024, o país anunciou o 7º Plano Estratégico de Energia (SEP), que reconhece os desafios da transição energética, incluindo a lenta adoção de tecnologias emergentes como captura de carbono e hidrogênio. O plano adiou a meta de 38% de energias renováveis até 2030 para 40% a 50% até 2040, enquanto a energia nuclear, após a quase paralisação pós-Fukushima, volta a ser considerada, com a meta de 20% de energia nuclear no mix. Além disso, a demanda por GNL, impulsionada por data centers e eletrificação, pode aumentar, contrariando as expectativas de queda, o que leva o Japão a buscar flexibilidade contratual em seus acordos de GNL. O aumento da demanda por GNL também impulsionou a atividade de fusões e aquisições no setor de gás e LNG, com empresas japonesas como Mitsubishi e Mitsui se tornando grandes compradoras de ativos.(Woodmac – 06.02.2025)
Link ExternoÍndia: País atinge 100 GW em capacidade solar e avança no setor de energia renovável
A Índia superou 100 GW de capacidade instalada de energia solar, consolidando sua posição no setor de energia renovável global. Este marco faz parte do compromisso do país de atingir 500 GW de capacidade de energia não fóssil até 2030, conforme anunciado pelo Primeiro-Ministro Narendra Modi. Desde 2014, a capacidade solar aumentou 3450%, de 2,82 GW para 100,33 GW em janeiro de 2025. A implementação de iniciativas como parques solares, painéis solares e projetos em telhados tem impulsionado esse crescimento, com destaque para o PM Surya Ghar: Muft Bijli Yojana, lançado em 2024, que incentivou quase 900.000 instalações em telhados. Em 2024, o país instalou um recorde de 24,5 GW de capacidade solar, sendo que 18,5 GW foram de grandes projetos. A energia solar agora representa 47% da capacidade total de energia renovável da Índia. Os estados de Rajasthan, Gujarat, Tamil Nadu, Maharashtra e Madhya Pradesh são os principais responsáveis por essa expansão, enquanto o setor de telhados cresceu 53% em relação ao ano anterior, alcançando 4,59 GW de nova capacidade.(Energy Monitor – 10.02.2025)
Link ExternoÍndia: ONGC investe US$ 11,5 bilhões em energia renovável até 2030
A Companhia Indiana de Petróleo e Gás Natural (ONGC) planeja aumentar substancialmente seus investimentos em energia renovável, com um objetivo de 11,5 bilhões de dólares até 2030, visando expandir seu portfólio global para 10 GW. Esse plano inclui a diversificação da capacidade renovável da empresa, atualmente de 193 MW em energia solar e eólica, para incluir plantas de biogás comprimido, projetos hidrelétricos e produção de amônia verde, além de hidrogênio verde. A ONGC está buscando acelerar seu crescimento no setor por meio de aquisições e já iniciou uma licitação para construir 1 GW em instalações solares e eólicas. Além disso, firmou uma joint venture com a National Thermal Power Corporation (NTPC) para unir suas subsidiárias de energia verde, ONGC Green Energy e NTPC Green Energy, além de adquirir a Ayana Renewable Power, uma empresa que opera plantas solares e eólicas avaliadas em 2,3 bilhões de dólares. Esse movimento reflete a estratégia da ONGC de reduzir sua pegada de carbono e investir em fontes de energia mais limpas para apoiar a crescente demanda de energia na Índia.(Energy Monitor – 13.02.2025)
Link ExternoÍndia: Juniper Green Energy obtém US$ 1 bilhão para expandir projetos híbridos de energia renovável
A Juniper Green Energy, empresa indiana especializada em energia renovável, obteve US$ 1 bilhão em financiamento de dívida, que será usado para expandir seus projetos híbridos de energia solar e eólica, além de iniciativas de Energia Renovável Firme e Despachável (FDRE). O financiamento foi garantido por instituições como Power Finance Corporation, DBS Bank, HSBC Bank e a Agência de Desenvolvimento de Energia Renovável da Índia. Com apoio da AT Capital e Vitol, a empresa já opera um portfólio de 1 GW de energia renovável, com 3 GW em construção e quase 6 GW em desenvolvimento. Entre seus avanços, destaca-se o pedido de turbinas eólicas e sistemas de armazenamento de energia, além de uma parceria com a First Solar para fornecer módulos fotovoltaicos de 1.000 MWp. O CEO, Naresh Mansukhani, enfatizou que o financiamento reforça a força do modelo de negócios da empresa, que se prepara para um IPO de Rs 30 bilhões, com recursos levantados por meio de uma oferta primária de ações.(Energy Monitor – 10.02.2025)
Link ExternoNacional
Setor elétrico investirá R$ 30 bi por ano até 2027 para enfrentar extremos climáticos
O setor elétrico brasileiro está enfrentando os impactos dos extremos climáticos, com as concessionárias anunciando investimentos de R$ 30 bilhões por ano até 2027 para melhorar a resiliência das redes e reduzir interrupções no fornecimento de energia, como os apagões causados por tempestades. O aumento de investimentos é impulsionado pela previsão de tempestades mais severas, ondas de calor e secas mais intensas, além da renovação de contratos de 21 concessionárias entre 2025 e 2031. A mudança climática também afeta a geração de energia, com secas reduzindo a capacidade das hidrelétricas e ondas de calor pressionando o consumo elétrico. Além disso, um relatório da Agência Internacional de Energia Renováveis alerta que a infraestrutura energética precisa ser mais resiliente para enfrentar os desafios climáticos. No entanto, o desafio da resiliência pode ser ofuscado pela agenda de combustíveis fósseis, com países como os EUA e o Brasil defendendo o uso contínuo de petróleo, gás e carvão. (Agência Eixos – 03.02.2025)
Link ExternoCusto dos equipamentos de energia solar para residências cai 3% no quarto trimestre de 2024
O custo dos equipamentos de energia solar para residências no Brasil caiu 3% no quarto trimestre de 2024, em comparação ao terceiro trimestre, passando de R$ 2,53 para R$ 2,46 por Watt-pico (Wp), conforme pesquisa da Solfácil. No entanto, a redução foi menor para projetos de até 4 kWp, com uma queda de apenas 2%, enquanto o consumo médio de uma família brasileira é de 6 kWp. A região Centro-Oeste teve o preço mais baixo, com R$ 2,36 por Wp, enquanto a região Norte, apesar de uma redução de 4%, permaneceu com os custos mais altos, R$ 2,60 Wp. A principal razão para a queda nos preços foi a competição crescente no mercado, forçando as empresas a reduzirem os custos para atrair clientes, embora isso tenha impactado a rentabilidade do setor. Além disso, o aumento do imposto de importação sobre as células fotovoltaicas, de 9,6% para 25%, anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pode elevar os preços no futuro, com impacto esperado já em 2025.(Agência Eixos – 06.02.2025)
Link ExternoJohn Hopkins: Estudo aponta Brasil como um dos líderes da transição energética
O Brasil está entre os quatro países com maior capacidade para liderar a transição energética global, de acordo com um estudo do Net Zero Industrial Policy Lab da Universidade Johns Hopkins. O país se destaca em áreas-chave como minerais estratégicos, baterias, veículos elétricos híbridos com biocombustíveis e combustíveis sustentáveis para aviação, devido à sua base industrial já existente. No entanto, os pesquisadores alertam que o plano governamental Nova Indústria Brasil (NIB) precisa de mais foco e clareza para garantir impacto significativo. Eles sugerem uma abordagem de “microtargeting”, priorizando setores estratégicos para maximizar o potencial de liderança do Brasil na economia verde, enfatizando a necessidade de integrar esses setores e investir em infraestrutura e capital humano. A análise também destaca que, apesar de desafios globais, como a postura dos EUA e Rússia contra a transição energética, o Brasil tem uma oportunidade única de se posicionar como líder no futuro da economia verde. (Valor Econômico - 04.02.2025)
Link ExternoArtigo de Clarice Ferraz: "Brasil, liderança climática em tempos de retrocesso"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Clarice Ferraz (diretora do Instituto Ilumina) trata das decisões iniciais do governo de Donald Trump, que refletem uma visão anacrônica e negacionista das questões climáticas, como a saída do Acordo de Paris e a expansão da indústria de óleo e gás. O artigo critica a postura dos EUA frente à crise climática e destaca a importância da transição energética para o futuro do planeta. Para o Brasil, há uma oportunidade única de liderar a transição energética global, aproveitando seus recursos renováveis e biodiversidade, com foco em bioeconomia e sustentabilidade. A preservação de ecossistemas e o fortalecimento de parcerias internacionais, como a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, são essenciais para um futuro sustentável, sendo o Brasil um potencial líder nesse processo. O artigo propõe que o país se posicione como referência global em soluções climáticas e econômicas, com foco em inovação, energia limpa e sustentabilidade. (GESEL-IE-UFRJ – 06.02.2025)
Link Externo"Curtailment" é desafio para a geração de energia renovável no país
O aumento da geração de energia a partir de fontes renováveis, como eólica e solar, enfrenta um desafio global denominado "curtailment", que é a redução ou corte da inserção de energia renovável na rede elétrica. Esse problema pode ser causado por limitações na infraestrutura de transmissão ou questões econômicas, além de fatores como soluções de armazenamento inadequadas e desequilíbrios entre oferta e demanda. O curtailment pode afetar negativamente a estabilidade financeira dos projetos renováveis, pois, embora a geração seja cortada, os compromissos com contratos de longo prazo permanecem. No Brasil, o Operador Nacional do Sistema (ONS) é responsável por aplicar o curtailment, que é regulado pela Aneel e ocorre em três situações: problemas na rede de transmissão, necessidade de garantir a confiabilidade elétrica e impossibilidade de consumo da energia gerada. A solução para esses gargalos pode envolver a adoção de sistemas de armazenamento, essenciais para equilibrar a produção das renováveis e a capacidade de transmissão, como foi observado na Califórnia em 2023, onde 500 GWh de energia solar foram cortados devido à saturação da rede.(Além da Energia– 04.02.2025)
Link ExternoBrasil: Transição energética exige ações para equilibrar novas fontes renováveis e hidrelétricas
O Brasil, ao enfrentar a redução da participação hidrelétrica na matriz elétrica, precisa adotar ações para garantir a flexibilidade, segurança e economia do Sistema Interligado Nacional (SIN), especialmente diante da crescente inserção de fontes eólicas e solares fotovoltaicas. O país é privilegiado por sua capacidade de armazenamento hidrelétrico, com 291.212 MWmês em reservatórios, essencial para lidar com a variabilidade dessas fontes não controláveis. No entanto, problemas como o "curtailment" e a necessidade de unidades geradoras convencionais para equilibrar a carga em tempo real estão se tornando mais frequentes. Para lidar com esses desafios, estão sendo implementados leilões de capacidade de reserva, atualização das regulamentações de curtailment e inclusão de sistemas de armazenamento. Também se busca aumentar a flexibilidade do sistema, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e fortalecer a regularização hidroenergética de curto prazo. A criação de reservatórios futuros e a utilização de usinas reversíveis são vistas como soluções para o equilíbrio entre geração e uso múltiplo da água, com o objetivo de manter a transição energética no Brasil.(Agência CanalEnergia – 04.02.2025)
Link ExternoRegulação e Reestruturação do Setor
Artigo de Caroline Prolo e Ludovino Lopes: "Desbloqueando o potencial dos mercados de carbono"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Caroline Prolo (advogada e sócia na fama re.capital) e Ludovino Lopes (advogado sócio na Ludovino Lopes Advogados) tratam da nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) apresentada pelo Brasil durante a COP 29, que inclui a participação no mercado de carbono do Artigo 6 do Acordo de Paris, por meio da transferência internacional de resultados de mitigação (Itmos). A NDC brasileira apresenta uma meta incondicional de redução de emissões, com um patamar mais ambicioso que pode ser alcançado por esforços internos ou com financiamento climático internacional, incluindo o uso de Itmos. Estes instrumentos permitem que o Brasil comercialize emissões excedentes, gerando recursos para financiar iniciativas climáticas domésticas e acelerando a transição para emissões líquidas zero. Embora a venda de Itmos não seja contabilizada diretamente nas NDCs do país, ela pode estimular inovação, transferir tecnologia e contribuir para o aumento da ambição nas futuras metas climáticas brasileiras, desde que o processo seja estruturado de maneira transparente e rigorosa. (GESEL-IE-UFRJ – 06.02.2025)
Link ExternoBrasil: Migração para o mercado livre de energia atinge recorde de 26.834 consumidores em 2024
A migração ao mercado livre de energia no Brasil alcançou um recorde em 2024, com 26.834 consumidores, representando um aumento de 262% em relação a 2023, quando foram registradas 7.397 migrações. Esse crescimento foi impulsionado pela inclusão de mais empresas de pequeno porte e pessoas físicas no ambiente de contratação livre (ACL), após a abertura do mercado para toda a alta tensão em janeiro de 2023. A média de demanda contratada caiu de 416 kW para 240 kW, com 92% dos migrantes tendo carga inferior a 500 kW. O segmento de serviços liderou as migrações, com 7.117 unidades, seguido pelo comércio, setor alimentício, manufaturados e saneamento. A migração de pessoas físicas foi um destaque, com 342 clientes, contra apenas nove em 2023. São Paulo foi o estado com o maior número de migrações, registrando 8.835, seguido pelo Rio Grande do Sul e Paraná. Além disso, mais de 12 mil clientes manifestaram interesse em migrar para o mercado livre no primeiro semestre de 2025.(Agência Eixos – 06.02.2025)
Link ExternoBrasil: Governo do Ceará migra 144 órgãos estaduais para o mercado livre de energia
O Governo do Ceará está migrando 144 órgãos estaduais para o mercado livre de energia, na modalidade varejista, com um contrato firmado com a EDP para o fornecimento de 13,4 MW médios (117.000 MWh/ano) até 2029, com início em novembro de 2024. Entre os órgãos já migrados estão o Centro de Eventos do Ceará, a Arena Castelão, hospitais e unidades de saúde em Fortaleza. O objetivo é reduzir os custos com eletricidade e promover o consumo sustentável, com estimativas de economia superior a 20% nas despesas públicas. O secretário de Infraestrutura, Hélio Winston Leitão, destacou o compromisso com a transição energética e a sustentabilidade, enfatizando que essa iniciativa contribuirá para uma economia significativa e um fornecimento de energia mais consciente, oriundo de fontes renováveis. A transição será feita de forma gradual, priorizando unidades de grande porte e alto consumo energético, com a Academia Estadual de Segurança Pública e o Hemoce sendo algumas das próximas a migrar.(Agência Eixos – 04.02.2025)
Link ExternoBrasil: Vibra e Comerc se unem para crescer no mercado livre de energia e aumentar a geração renovável
Em janeiro de 2025, a Vibra concluiu a compra total da Comerc, adquirindo os 50% restantes da empresa, com o objetivo de expandir sua atuação no mercado livre de energia e ampliar a capilaridade de sua comercialização de energia elétrica nas diversas regiões do Brasil. A Comerc, que já possui 16% de market share no mercado livre e opera um parque de geração solar e eólica de 2,1 GW, espera que a união com a Vibra, com sua forte presença no país por meio de postos de gasolina e revendas, permita alcançar um grande potencial de crescimento. A empresa vê a recente abertura do mercado livre de energia para consumidores de alta tensão como uma oportunidade de atrair novos clientes, prevendo que cerca de 25 mil migrem para o mercado livre em 2025. Para isso, a Comerc tem investido em soluções integradas, como geração distribuída, além de enfrentar desafios regulatórios, como a simplificação da medição de consumo e a criação de regras para garantir competição justa entre os agentes do setor. A sinergia entre Vibra e Comerc visa uma oferta mais completa, combinando combustíveis líquidos e energia renovável para os clientes.(Agência Eixos – 09.02.2025)
Link ExternoBrasil: CCEE liquida R$ 789,9 milhões no mercado de curto prazo em dezembro de 2024
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) concluiu as operações financeiras do mercado de curto prazo (MCP) de dezembro de 2024, com uma liquidação de R$ 789,9 milhões, dos R$ 2,2 bilhões contabilizados. O montante represado devido a liminares sobre o rateio do risco hidrológico (GSF) foi de R$ 1,1 bilhão, enquanto os parcelamentos somaram R$ 203,11 milhões e os valores não pagos chegaram a R$ 130,8 milhões. A adimplência variou conforme as decisões judiciais, com agentes com liminares de não participação no rateio recebendo 83,2%, aqueles com pagamento proporcional obtendo 27,4% e os credores sem liminares recebendo 21%. Ao longo de 2024, a CCEE registrou a liquidação de mais de R$ 15,2 bilhões, com valores contabilizados somando R$ 28,9 bilhões. A variação nos resultados dos valores refletiu as flutuações no preço de liquidação das diferenças (PLD), que variaram conforme os custos de geração ao longo do ano. (Agência CanalEnergia - 10.02.2025)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Research and Markets: Segmento de battery as a service vai alcançar US$ 15 bilhões em 10 anos
Um estudo da Research and Markets projeta que o setor de battery as a service crescerá de US$ 660 milhões em 2024 para US$ 14,4 bilhões em 2035, com um aumento anual de 35%. O principal impulsionador desse crescimento será o segmento de veículos de três rodas em mercados emergentes, como a Índia, devido ao baixo custo do aluguel de baterias e à demanda por soluções acessíveis e sustentáveis de transporte. Na Índia, diversas parcerias entre fornecedores do serviço e fabricantes de veículos estão se consolidando, incluindo um acordo entre Urja Mobility e Neuron Energy para colocar 5 milhões de riquixás elétricos em circulação. Na Europa, o setor também deve expandir significativamente, com empresas como Nio, Renault, Yamaha, VinFast e Switch Mobility desenvolvendo soluções para o mercado. Na região, entre 40% e 60% dos carros elétricos são vendidos para frotas, criando uma oportunidade para os serviços de assinatura de baterias. Esse modelo permite que proprietários de frotas comerciais reduzam o investimento inicial e minimizem preocupações com o desgaste das baterias. (Automotive Business - 10.02.2025)
Link ExternoBrasil: vendas de veículos eletrificados somam 8% do mercado em janeiro de 2025
Em janeiro de 2025, o Brasil registrou a venda de 12.556 veículos eletrificados leves, representando 8% do total de automóveis comercializados, segundo a Fenabrave. Quando considerados os híbridos-leves (MHEV), esse número sobe para 16.502 unidades, ou 10% do mercado. Dentre os eletrificados, os modelos com recarga externa (BEV e PHEV) dominaram, com 83% do total, sendo os híbridos plug-in (PHEV) os mais vendidos, com 6.701 unidades (53,4% do total). No entanto, os carros elétricos (BEV) tiveram uma queda nas vendas, com 3.700 unidades, representando 29,4%. A participação de híbridos convencionais (HEV) foi de 12%, enquanto os híbridos flex (HEV FLEX) caíram significativamente, com 610 unidades, devido à nova classificação da ABVE. Regionalmente, o Sudeste manteve a liderança, com 47% das vendas, seguido pelo Nordeste (18%) e o Sul (17%). Em relação a janeiro de 2024, houve uma leve queda na participação do Sudeste, indicando uma expansão das vendas para outras regiões do país.(Inside EVs – 11.02.2025)
Link ExternoBrasil: Vendas de veículos eletrificados crescem 71,4% em janeiro de 2025
Em janeiro de 2025, o Brasil vendeu 12.556 veículos leves eletrificados, incluindo BEV (100% elétricos), PHEV (híbridos plug-in), HEV e HEV Flex (híbridos não recarregáveis), com destaque para os modelos plug-in, que representaram 83% das vendas. Em comparação com janeiro de 2024, houve um aumento de 71,4%, embora o total tenha recuado 36,3% em relação a dezembro de 2024. Os BEVs, com 29,4% de participação, apresentaram uma queda de 15% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já os híbridos HEV cresceram 23,5% sobre janeiro de 2024. A mudança na metodologia da ABVE Data, que agora classifica modelos híbridos flex com motorização abaixo de 48V como MHEV, também impactou as vendas. O Sudeste continuou a liderar as vendas, com 47%, mas houve avanço nas demais regiões, principalmente devido ao aumento na infraestrutura de recarga, que chegou a 12.137 pontos em novembro de 2024. Em termos de MHEVs, foram vendidos 3.946 veículos em janeiro, um crescimento de 6,7% em relação a dezembro. (Agência CanalEnergia - 10.02.2025)
Link ExternoBrasil: Buscas por VEs crescem com a chegada de montadoras chineses
Em estudo da agência Macfor, as buscas online por veículos elétricos no Brasil cresceram 74% em 2024 em relação a 2023, impulsionadas pela entrada de marcas chinesas como BYD e JAC. A BYD, a exemplo, registrou um aumento de 141% nas pesquisas, ultrapassando 2 milhões de consultas mensais. As montadoras tradicionais ainda dominam 58% das buscas, mas enfrentam crescente concorrência dos modelos mais acessíveis das fabricantes da China. Segundo o Co-CEO da Macfor, Fabrício Macias, a tendência digital das buscas reflete não apenas uma mudança de interesse, mas também uma maior consciência ambiental dos consumidores. A mobilidade elétrica no Brasil segue alinhada aos ODS da ONU, embora desafios como infraestrutura de recarga e os elevados custos iniciais persistam. A tendência é de maior adoção conforme os preços caem e os incentivos aumentam. (Inside EVs – 30.01.2025)
Link ExternoBrasil: Matriz energética renovável impulsiona a transição para a mobilidade elétrica
A matriz energética brasileira se destaca por sua alta participação de fontes renováveis, representando 49,1% da energia consumida, contra apenas 14% na matriz energética mundial. Enquanto no Brasil, hidrelétricas, etanol e outras fontes renováveis dominam, no mundo predominam combustíveis fósseis como petróleo, carvão e gás natural, responsáveis por 86% da matriz global. Esse cenário reflete no setor de transportes, onde a eletrificação é uma alternativa importante para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, a geração de eletricidade é majoritariamente renovável, com 82% proveniente de fontes limpas, o que torna os veículos elétricos uma opção realmente sustentável, ao contrário de muitos países onde a eletricidade ainda depende de combustíveis fósseis. No entanto, a adoção de veículos elétricos no Brasil enfrenta desafios como a falta de infraestrutura de recarga, alto custo dos veículos e a necessidade de mais incentivos fiscais. Apesar disso, o país tem grandes oportunidades de se tornar líder na transição para uma mobilidade sustentável, principalmente devido à sua matriz energética favorável e o crescente uso de energias renováveis.(Inside EVs – 01.02.2025)
Link ExternoBrasil: Vendas de VEs avançam, mas infraestrutura e soluções de recarga continuam insuficientes
A indústria automobilística brasileira vem registrando um aumento significativo na venda de carros elétricos nos últimos anos, o que tem impulsionado a instalação de pontos de recarga públicos e semi públicos em todo o país. Especialistas, no entanto, afirmam que o número atual de pontos de recarga ainda é insuficiente para atender à demanda crescente por carros elétricos. De acordo com dados da Tupi Mobilidade e da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o Brasil contava com cerca de 12,1 mil pontos de recarga públicos e semi públicos em dezembro de 2020, quase três vezes mais do que o registrado no mesmo período de 2017. Todavia, apenas 12,5% desses pontos eram carregadores DC (rápidos), capazes de carregar um veículo elétrico em menos de uma hora. Dessa forma, a ampliação dos investimentos nesse tipo de estrutura, especialmente nas grandes cidades e nas rodovias, onde a demanda é maior, é uma ação imperativa para acomodar o crescimento das vendas de VEs. Ademais, outra frente defendida é a garantia da interoperabilidade entre os diferentes tipos de pontos de recarga, para que os usuários possam carregar seus veículos em qualquer lugar, independentemente da marca ou modelo. Apesar desses entraves, a indústria automobilística brasileira tem se mostrado otimista em relação ao futuro dos carros elétricos no país. Segundo projeções da ABVE, a frota de veículos elétricos no Brasil deve chegar a cerca de 2,4 milhões de unidades até 2030, o que representa um crescimento de mais de 400% em relação aos números atuais.. (Broadcast Energia – 11.02.2025)
Link ExternoEuropa e EUA: Redução de preços aproxima carros elétricos dos veículos a combustão
O principal obstáculo para a adoção em massa de carros elétricos (BEVs) é o seu alto custo, uma vez que a produção desses veículos é cara e complexa, especialmente devido à geopolítica dos componentes das baterias. Embora os incentivos governamentais e tarifas comerciais possam complicar os esforços para reduzir preços, houve uma queda significativa nos custos. Na Europa, o preço médio de um carro elétrico caiu 11% entre 2018 e 2024, enquanto nos EUA a redução foi de 26%. Ao mesmo tempo, os carros a combustão interna tiveram um aumento médio de 7%. Como resultado, a diferença de custo entre BEVs e veículos a gasolina ou diesel caiu de 42% para 19% no mesmo período, o que, embora ainda alto, torna os elétricos mais acessíveis. A China, porém, lidera o mercado com preços muito mais baixos, com carros elétricos sendo vendidos por valores tão baixos quanto 3.250 euros, graças à economia de escala e à segurança na produção de baterias. Enquanto isso, os mercados europeu e americano ainda estão atrás da China, mas espera-se que a introdução de modelos mais acessíveis em 2025 reduza ainda mais os preços.(Inside EVs – 12.02.2025)
Link ExternoEUA: desafios para a mobilidade elétrica diante de cortes no financiamento
A mobilidade elétrica global está enfrentando um cenário misto, com desafios nos Estados Unidos e avanços na Europa. Nos EUA, o presidente Trump interrompeu um programa de US$ 5 bilhões destinado ao financiamento de estações de carregamento de veículos elétricos, congelando os fundos do Fundo Nacional de Infraestrutura de Veículos Elétricos (NEVI). A decisão gerou críticas, com especialistas afirmando que prejudica a inovação e o crescimento da energia limpa no país. Em contraste, a União Europeia está avançando com políticas que visam acelerar a eletrificação das frotas corporativas, com planos para gerar 2 milhões de vendas de veículos elétricos até 2030, ajudando os fabricantes a atingir suas metas de CO2. A Comissão Europeia também planeja um plano de ação para a indústria automotiva, que pode fortalecer a competitividade da Europa, criando segurança de investimento na infraestrutura de carregamento e beneficiando tanto os fabricantes quanto os setores relacionados. A tendência de investimento global em transição para uma economia de baixo carbono, liderada pelo transporte eletrificado, atingiu US$ 757 bilhões em 2024, refletindo a crescente importância desse setor.(Smart Energy – 14.02.2025)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
GlobalData: Hidrogênio vive fase crítica de desenvolvimento
O relatório da GlobalData ‘Hydrogen‘ revela que a economia do hidrogênio está atualmente em sua fase crítica de desenvolvimento, já que o aumento na demanda que era esperado em 2020, quando planos ousados de descarbonização da indústria foram anunciados , não está se realizando. À medida que mais indústrias, como aço, transporte e energia, tentam descarbonizar suas operações, a demanda por hidrogênio de baixo carbono deveria crescer. De acordo com o relatório, cerca de 83% da capacidade de hidrogênio de baixo carbono que entrará em operação até 2030 deve vir de usinas de hidrogênio verde, enquanto o restante é de hidrogênio azul. As capacidades de hidrogênio roxo e turquesa devem ser minúsculas. Apenas cerca de 2% da capacidade total esperada até 2030 está atualmente operacional. Para Ravindra Puranik, analista de petróleo e gás da GlobalData, o destino e ímpeto do energético nos próximos anos serão decididos por como as coisas se desenrolarão no futuro próximo. Ele conta que há uma necessidade de expansão da rede de distribuição de hidrogênio em escala, o que inclui a adição de novos gasodutos. Várias empresas de petróleo e gás anunciaram novas usinas de hidrogênio azul e verde, que devem estar operacionais até 2030. (Agência CanalEnergia - 27.01.2025)
Link ExternoBNEF: Data centers e hidrogênio vão estimular contratos de compra de energia solar e eólica no Brasil em 2025
O Brasil deve registrar mais de 2 GW em contratos corporativos de compra de energia solar e eólica (PPAs) em 2025, impulsionado pelo crescimento econômico, aumento da demanda de novas indústrias, como data centers e hidrogênio, e ondas de calor mais frequentes, segundo projeção da BloombergNEF. O cenário representa uma recuperação em relação a 2024, ano que foi desafiador para esse mercado devido ao excesso de oferta de energia hidrelétrica, à expansão de instalações solares de baixo custo e às perdas de R$ 1,7 bilhão associadas ao corte de geração (curtailment) nos 15 meses até novembro de 2024. Para 2025, a expectativa de aumento na demanda por energia fortalece o mercado, com o ONS prevendo um consumo de 82,7 GW no país, um avanço de 3,5% em relação ao ano anterior. O setor de data centers, com 22 projetos contabilizados pelo Ministério de Minas e Energia até agosto, pode demandar até 9 GW até 2035. Além disso, a ANP aprovou 12 novos projetos de hidrogênio verde em 2024, um crescimento de 50% em relação a 2023. No entanto, a volatilidade dos preços da energia deve crescer devido às incertezas climáticas, já que o fenômeno La Niña pode aumentar chuvas no Norte, mas reduzir precipitações no Sul e Sudeste, intensificando períodos de seca e afetando a geração hidrelétrica. (Agência Eixos – 30.01.2025)
Link ExternoBrasil: Hidrogênio verde pode ser solução para o curtailment
A recente decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a favor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), isentando a entidade de ressarcir geradores de energia renovável pelo curtailment, reforça a necessidade de otimizar o uso do excedente de energia limpa no Brasil. O problema ocorre quando há excesso de geração ou limitações na transmissão, levando a perdas que somaram R$ 1,7 bilhão em 15 meses. O custo recai sobre o consumidor final, tornando a energia mais cara e incentivando fontes fósseis como gás e carvão. A produção de hidrogênio verde surge como alternativa estratégica, permitindo converter esse excedente energético em combustível limpo. No Reino Unido, estudos indicam que o uso do hidrogênio verde poderia evitar desperdícios e gerar bilhões de libras em economia. Além de seu potencial industrial e para transportes, o hidrogênio verde pode atuar como solução de armazenamento sazonal de longo prazo, diferentemente das baterias, que atendem oscilações de curto prazo. O Leilão de Reserva de Capacidade no Brasil já considera a inclusão de projetos de armazenamento energético, e empresas como a Wärtsilä desenvolvem motores capazes de operar com misturas de hidrogênio e gás natural. No entanto, desafios no armazenamento do hidrogênio persistem, incluindo sua baixa densidade e necessidade de tecnologias como compressão, armazenamento geológico em cavernas de sal e conversão em amônia. É essencial que reguladores e agentes do setor avaliem soluções para integrar o hidrogênio ao sistema elétrico sem onerar ainda mais os consumidores. (Agência Eixos – 26.01.2025)
Link ExternoComissão Europeia: Atribuição de financiamento a projetos de infraestruturas de hidrogênio
A Comissão Europeia apoiará 41 projetos transfronteiriços de infraestrutura energética com até € 1,25 bilhão em subsídios, incluindo mais de € 250 milhões para 21 estudos de desenvolvimento de hidrogênio. Os financiamentos visam reduzir os riscos de investimento nesse mercado emergente e complementar a política de hidrogênio da UE. Projetos como o Backbone Espanhol de Hidrogênio, a Rota Nórdica de Hidrogênio e o Interconector de Hidrogênio BarMar-H2Med receberam apoio significativo, com valores de até € 32,5 milhões, € 28 milhões e € 20 milhões, respectivamente. Esses projetos, classificados como Projetos Importantes de Interesse Comum (IPCEI) e Projetos de Interesse Mútuo (PMI), são fundamentais para a descarbonização e integração dos mercados de energia. O próximo edital de propostas de energia do CEF está previsto para o final de 2025. (H2 View - 30.01.2025)
Link ExternoBrasil: Câmara dos Deputados discute criação do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixo Carbono
A comissão especial sobre transição energética e produção de hidrogênio verde da Câmara dos Deputados está discutindo, em 11 de fevereiro de 2025, a criação do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixo Carbono (PHBC). O Senado já aprovou o PL 5.816/23 no final de 2023, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento da indústria de hidrogênio de baixo carbono, e na Câmara, a proposta foi apensada ao PL 5.751/23, que visa criar um marco legal para o hidrogênio com baixa emissão de carbono. O debate foi solicitado pelo deputado Leônidas Cristino (PDT/CE), que busca tratar da regulamentação e implementação de marcos legais para a transição energética, destacando a importância de uma nova matriz energética para a descarbonização dos setores industriais e de energia, incluindo os meios de transporte. Cristino ressalta que o hidrogênio verde é uma das alternativas mais promissoras para a transição para uma economia de baixo carbono, destacando os avanços do Brasil na regulação do mercado de hidrogênio verde, que é visto como um dos principais vetores energéticos do futuro.(Agência Eixos – 07.02.2025)
Link ExternoBrasil: Governo aprova projeto de hidrogênio verde com investimento de R$ 17,5 bilhões no Ceará
O Governo Federal aprovou um projeto de hidrogênio verde no Brasil, com um investimento de R$ 17,5 bilhões, que será realizado pela empresa australiana Fortescue na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Pecém, no Ceará. Com capacidade inicial de produção de 1,2 GW por ano, podendo chegar a 2,1 GW na segunda fase, o projeto visa impulsionar a transformação ecológica do Brasil, gerando cerca de nove mil empregos diretos e indiretos. A iniciativa está alinhada com os planos do Ceará de se tornar um hub de produção de hidrogênio verde, com foco em bioeconomia, descarbonização e segurança energética. O projeto também inclui investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), com recursos destinados ao Centro de Inovação do Pecém, à instalação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica no Ceará e à capacitação em hidrogênio verde no IFCE-Pecém. Além disso, a produção de hidrogênio verde, a partir de fontes renováveis como solar e eólica, se destaca na meta global de descarbonização até 2050. A operação está prevista para começar em agosto de 2028.(Além da Energia– 06.02.2025)
Link ExternoEspanha: Pedro Sánchez anuncia investimentos de 400 milhões de euros em hidrogênio verde
O presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou investimentos de 400 milhões de euros para impulsionar projetos de hidrogênio verde no país, destacando sua posição como hub para produção e exportação desse energético renovável. Esse movimento ocorre no contexto da nova estratégia da Comissão Europeia, chamada "Bússola da Competitividade", que visa reduzir a dependência energética do bloco, especialmente do gás russo, e descarbonizar setores industriais intensivos em energia. A União Europeia está apostando fortemente no hidrogênio verde, com investimentos em infraestrutura, como gasodutos dedicados, incluindo o H2Med, que conectará Espanha, Portugal, França e Alemanha, e o SoutH2 Corridor, ligando o Norte da África à Europa. Além disso, o governo alemão anunciou planos para construir a maior rede de hidrogênio da Europa, com investimentos de 18,9 bilhões de euros até 2032. A UE também está oferecendo incentivos significativos para produtores de hidrogênio renovável, reafirmando seu compromisso com a transição energética e sua liderança em tecnologias limpas, ao contrário dos EUA, que estão revisando suas metas climáticas e reduzindo incentivos a projetos verdes.(Agência Eixos – 02.02.2025)
Link ExternoUnião Europeia: Debate sobre o hidrogênio verde e as propostas de flexibilização das regras
A União Europeia tem adotado uma regulamentação rigorosa sobre o hidrogênio, com foco no hidrogênio verde, produzido por eletrólise usando eletricidade renovável, e excluindo outras formas, como o hidrogênio de baixo carbono, produzido a partir de gás natural com captura de carbono. Isso gerou debates sobre a flexibilidade das regras, especialmente quanto à inclusão do hidrogênio de baixo carbono em programas de incentivo. Enquanto a UE defende critérios rigorosos para atingir suas metas climáticas, associações e governos pedem uma abordagem mais pragmática e tecnologicamente neutra, com sugestões de ampliação de mercados e incentivos à demanda. O governo alemão, anteriormente favorável ao hidrogênio verde, tem defendido a flexibilização das regras e a adoção do hidrogênio azul como solução transitória. A França também tem se oposto à exclusão do hidrogênio rosa (produzido a partir de energia nuclear), um debate que gerou resistência diplomática, mas que está sendo suavizado com propostas de consenso. A diversificação das rotas de produção pode ajudar a equilibrar as condições entre os países membros da UE, garantindo um suprimento seguro e adequado à descarbonização, mas requer um ajuste cuidadoso dos incentivos.(Agência Eixos – 09.02.2025)
Link ExternoFrança: desafios do mercado de veículos a hidrogênio
O mercado de veículos a hidrogênio enfrenta grandes desafios, e a Renault admite que o avanço da tecnologia tem sido mais lento que o esperado. Durante uma audiência parlamentar, Luca de Meo, CEO da Renault, destacou que a demanda ainda é limitada e os custos operacionais são elevados. A Renault, por meio da joint venture HYVIA com a Plug, desenvolveu o Master a hidrogênio, com autonomia de até 700 km, mas o mercado para esses veículos ainda não está consolidado. Empresas como Air Liquide, Symbio e Stellantis, líderes no setor, também enfrentam dificuldades para encontrar um modelo econômico viável. Além dos custos elevados, a produção de hidrogênio verde em larga escala é limitada, e seria necessário reduzir os preços, expandir a infraestrutura de distribuição e melhorar a eficiência dos eletrolisadores. Esses investimentos têm alto risco e retorno financeiro incerto no curto e médio prazo. Com o crescimento do mercado de veículos elétricos a bateria, a viabilidade comercial do hidrogênio pode ser ainda mais comprometida. A Renault segue comprometida com a transição energética, mas avalia com cautela seus próximos passos.(Inside EVs – 14.02.2025)
Link ExternoBrasil: potencial para se tornar líder na produção de hidrogênio verde
O avanço tecnológico tem impulsionado a demanda por energia, mas o setor energético continua a ser responsável por grandes danos ambientais devido à sua dependência de combustíveis fósseis, que geram emissões de CO₂, principal responsável pelo aquecimento global. Nesse contexto, o hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis como solar e eólica, surge como uma alternativa sustentável, capaz de acelerar a transição energética sem gerar poluentes. O Brasil, com seu potencial técnico e abundantes recursos renováveis, destaca-se como um grande produtor dessa alternativa, com projeções de produção de até 32 milhões de toneladas anuais até 2050. Países como Austrália, Alemanha, China, Arábia Saudita e Chile já lideram iniciativas globais, mas o Brasil precisa superar desafios como o alto custo de produção e a falta de infraestrutura para se consolidar como referência mundial. Reduzir custos e fortalecer parcerias são essenciais para tornar o hidrogênio verde uma opção viável e competitiva no mercado global, contribuindo para a redução de emissões e para a construção de uma economia mais sustentável. (Agência CanalEnergia - 14.02.2025)
Link ExternoAustrália: Senado aprova incentivo fiscal para minerais críticos e hidrogênio renovável
O Senado Australiano aprovou o Projeto de Lei Future Made in Australia (Crédito Fiscal de Produção e Outras Medidas) de 2024, com o objetivo de incentivar investimentos no setor de minerais críticos, essenciais para tecnologias verdes e de alta tecnologia. A medida inclui dois incentivos fiscais: o Incentivo Fiscal de Produção de Minerais Críticos (CMPTI) e o Incentivo Fiscal de Produção de Hidrogênio. O CMPTI oferece um crédito de 10% sobre os gastos com o processamento de 31 minerais críticos até 2039–40, beneficiando projetos que envolvem tecnologias renováveis, como painéis solares e veículos elétricos, além de aplicações de defesa. O incentivo para hidrogênio oferece A$2 por quilograma de hidrogênio renovável produzido. O projeto visa apoiar 118 projetos de minerais críticos e 69 de hidrogênio. Além disso, estima-se que essa iniciativa poderá gerar mais de 400.000 empregos até 2040, com destaque para indústrias como alumínio verde e fabricação de baterias. O governo australiano espera que esses incentivos estimulem bilhões de dólares em novos investimentos e fortaleçam a posição do país na transição energética global.(Energy Monitor – 11.02.2025)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
GESEL publica TDSE 132 "Operação de Baterias no Sistema Interligado Nacional com o Forte Crescimento da Geração Solar"
O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 132, intitulado "Operação de Baterias no Sistema Interligado Nacional com o Forte Crescimento da Geração Solar". Este estudo tem como objetivo central analisar a evolução da operação do sistema elétrico brasileiro em um contexto de aumento rápido de participação da geração solar na matriz, seja centralizada ou distribuída, e examinar o papel que os sistemas de armazenamento em baterias (BESS, Battery Storage Systems) podem desempenhar tendo como horizonte temporal o ano de 2030. O estudo teve como motivação a Consulta Pública nº 176/2024 do Ministério de Minas e Energia (MME), sobre as diretrizes para o Leilão de Reserva de Capacidade para sistema de armazenamento de 2025 (LRCAP Armazenamento 2025). Busca-se, assim, oferecer subsídios para uma discussão sobre quais as melhores formas para incorporar sistemas de armazenamento no Sistema Interligado Nacional (SIN). (GESEL-IE-UFRJ – 30.01.2025)
Link ExternoArtigo de Daniel Araújo Carneiro: Armazenamento de energia em baterias (BESS): confiabilidade e desempenho na regulação de PCHs
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Daniel Araujo Carneiro (diretor da DAC Energia) trata da crescente relevância dos sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) no Brasil, impulsionados pela integração de fontes renováveis como solar, eólica e hídrica. O texto destaca como os BESS são aplicáveis a Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais de Geração Hídrica (CGHs), proporcionando benefícios como regulação de frequência, arbitragem de energia e suporte à integração de fontes renováveis. Além disso, os sistemas híbridos, como os testados na usina hidrelétrica de Vogelgrun na França, combinam hidrelétricas com BESS, aumentando a flexibilidade operacional e reduzindo o desgaste dos equipamentos. Carneiro sugere que o Brasil adote projetos-piloto com PCHs e CGHs, promovendo um setor elétrico mais eficiente, sustentável e resiliente. (Agência CanalEnergia – 27.01.2025)
Link ExternoBrasil: Desafios e oportunidades para a geração distribuída
A geração distribuída (GD), especialmente com sistemas solares fotovoltaicos, tem experimentado um crescimento rápido no Brasil, impulsionando a descentralização da produção de energia e a transição energética. No entanto, a regulamentação atual ainda não acompanha esse avanço, criando a necessidade de uma atualização do marco regulatório, com diretrizes claras para assegurar responsabilidades entre consumidores e distribuidoras de energia. A modernização das regras do setor elétrico é essencial para integrar fontes renováveis e a mobilidade elétrica, além de apoiar o desenvolvimento de novas fontes, como o hidrogênio verde e a energia eólica offshore. A transição energética global está em curso, e o Brasil, com uma matriz elétrica predominantemente renovável, enfrenta o desafio do curtailment, devido ao crescimento das energias eólica e solar. A falta de mecanismos regulatórios adequados, como os problemas causados pelo GSF, torna urgente a adaptação do sistema regulatório. Para consolidar sua liderança no setor, o país precisa criar marcos legais modernos que favoreçam a expansão dessas fontes e reduzam as emissões de poluentes.(Agência Eixos – 13.02.2025)
Link ExternoEletrobras: Avanço em projetos de melhoria de conectividade para SEs e usinas
A Eletrobras comunicou que está avançando em melhorarias de conectividade e digitalização de todos os seus ativos, em um trabalho conjunto entre as áreas de Operação e Inovação. Em destaque, o vice-presidente de Inovação, Juliano Dantas, mencionou que a companhia aprovou R$ 100 milhões para aperfeiçoamentos dessa natureza, dos quais R$ 20 milhões estão sendo aplicados em um projeto que está conectando todas as galerias da hidrelétrica de Tucuruí. A iniciativa consiste na atualização de toda infraestrutura de redes e cabeamento, instalação de ‘switches’ e ‘access-points’ e outros softwares de monitoramento. Além deste, o executivo afirmou que outras usinas estão recebendo aportes para habilitar o uso de sensores para carregamento de dados e subsequente convergência para o centro do monitoramente integrado com Inteligência Artificial, que a holding deverá inaugurar ainda no primeiro trimestre de 2025. (Agência CanalEnergia - 07.02.2025)
Link ExternoEspanha: Ritmo atual de crescimento da capacidade de autoconsumo pode frustrar meta de 19 GW do Pniec
Segundo o Relatório Anual de Autoconsumo Fotovoltaico, desenvolvido pela APPA Renováveis, o setor elétrico espanhol está se afastando do cumprimento de metas importantes enquanto aguarda providências específicas do regulador para impulsionar o autoconsumo. Um dos principais objetivos que, nas circunstâncias correntes, deve ser frustrado é a a instalação de 19 GW de geração distribuída (GD) solar, consoante o Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (Pniec), até 2030. Em 2024, foram instalados 1.431 MW de autoconsumo fotovoltaico na Espanha, uma redução de 26,3% em relação aos 1.943 MW instalados em 2023. No total, a Espanha tem 8.585 MW – 73,4% industriais e 26,6% residenciais -, que produziram 9.243 GWh de eletricidade no último ano, o equivalente a 3,7% da demanda, superando fontes tradicionais como o carvão. Não fossem as barreiras o uso do excedente das unidades industriais, segundo o documento, a parcela teria ultrapassado 4,5%. A associação, diante disso, faz apelo por medidas como: isenções fiscais aos ‘prossumidores’, simplificação administrativa, acesso facilitado às redes e o cumprimento efetivo da reserva de 10% para capacidade de autoconsumo; mirando aproveitar o potencial do autoconsumo e acelerar a entrega de resultados no tema da transição sustentável. (Energías Renovables - 12.02.2025)
Link ExternoMicrogrid Knowledge: Principais tendências a respeito das microrredes em 2025
Em 2025, as microrredes estão impulsionando a evolução do Novo Cenário Energético, com tecnologias avançadas em energia renovável e armazenamento de baterias, ampliando a eficiência e resiliência da rede. Tendências como o avanço no armazenamento de baterias, a integração de microrredes em redes interconectadas, a adoção de soluções de energia limpa no transporte, o uso da inteligência artificial (IA) para otimização das operações, as medidas de segurança cibernética e a demanda energética crescente pautam os principais pilares de desenvolvimento desse vetor. As microrredes também desempenham papel essencial para superar obstáculos no acesso à energia e oferecer soluções flexíveis e escaláveis em locais mal atendidos. Essa tecnologia em evolução, conforme relatório da Gartner, aliada a outros vetores pujantes de digitalização, pode transformar ainda mais as soluções de energia em diversos setores e abrir caminho para um futuro mais limpo e resiliente. (Microgrid Knowledge - 10.02.2025)
Link ExternoEUA: Usinas de energia virtual da Leap ajudam a estabilizar a rede da PJM
A Leap, empresa especializada em plataformas para o lançamento de usinas de energia virtual (VPPs), anunciou sua expansão para a PJM Interconnection, o maior mercado de eletricidade atacadista dos Estados Unidos. A entrada no mercado permite que parceiros tecnológicos da Leap, com recursos energéticos distribuídos (DERs), acessem novas fontes de receita e melhorem a resiliência da rede. A solução da Leap facilita o acesso de fornecedores de armazenamento de baterias, carregadores de veículos elétricos e tecnologias de edifícios inteligentes aos programas da PJM, permitindo que dispositivos ajustem automaticamente o consumo de energia durante emergências. A PJM, que atende 65 milhões de clientes em 13 estados, enfrenta desafios devido à aposentadoria de usinas térmicas e ao aumento da demanda. As VPPs oferecem uma solução rápida e econômica para estabilizar a rede, ajudando os clientes a reduzir suas contas de energia. A Leap destaca sua plataforma, permitindo a rápida expansão dos parceiros em diferentes mercados, como no exemplo do programa SmartSave da Carrier, que otimiza o consumo de energia durante períodos de alta demanda.(Smart Energy – 10.02.2025)
Link ExternoEUA: DeepSeek impacta mercados com IA de baixo custo e altera expectativas do setor de energia
Na semana de 27 de janeiro de 2025, a empresa chinesa de IA DeepSeek causou um grande impacto nos mercados financeiros ao revelar um modelo que promete desempenho superior a um custo significativamente mais baixo, mudando as expectativas do setor de energia. O apresentador Ed Crooks, junto com as especialistas Amy Myers Jaffe e Melissa Lott, discutem as reações do mercado ao lançamento da DeepSeek, as previsões para a demanda de IA e suas implicações para a indústria e o governo. A administração Trump, ao assumir a presidência, destacou a importância dos suprimentos de energia como uma questão de segurança nacional, defendendo mais energia de "base-load" (carga de base). No entanto, surgem debates sobre a relevância desse conceito para um sistema elétrico moderno em 2025, dado que novas soluções para estabilidade da rede podem tornar o conceito obsoleto. Por fim, o grupo discute a retirada da mudança climática da agenda da administração Trump, o que pode afetar as políticas energéticas nos EUA e globalmente.(Woodmac – 04.02.2025)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
EUA: Empresas de energia limpa pressionam Congresso por manutenção de subsídios
Empresas de energia limpa dos Estados Unidos estão se organizando em apelo para que legisladores republicanos não eliminem os créditos fiscais contidos na Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), definida no governo anterior. O setor está em alerta máximo desde a eleição do presidente Donald Trump, cujas ordens executivas anunciadas priorizam a liberação da produção de combustíveis fósseis, a interrupção de projetos federais de energia eólica e a redução do financiamento para energias limpas. A resposta das empresas mira apresentar o papel crucial que o subsídios do IRA tiveram na geração de empregos e de investimentos, na redução dos custos de eletricidade e no atendimento à crescente demanda de energia dos data centers. Além disso, a comunicação esclarece que a revogação dos benefícios causará demissões ou transferência de negócios para o exterior. Os grupos comerciais por trás do esforço de lobby incluem a Solar Energy Industries Association, a Oceantic e o US Green Building Council. "As empresas têm confiado nessas políticas fiscais para planejar investimentos, contratar trabalhadores e mudar suas linhas de produtos", escrevem dezenas de empresas em carta à liderança do Congresso. (Reuters - 05.02.2025)
Link ExternoComissão Europeia: Concentração das emissões de carbono em 20% das empresas impele debate sobre delimitação de imposto fronteiriço
A Comissão Europeia comunicou que está sendo considerada a redução da abrangência do imposto fronteiriço sobre o carbono para apenas 20% das empresas compreendidas pelo mecanismo. Isso porque, segundo o comissário do Clima da Eu, Wopke Hoestra, um trabalho analítico revelou que quase toda a carga de emissões de carbono que estaria cobertura pela tarifa – cerca de 97% - tem origem dessa fração de companhias. Diante disso, o executivo defende que isentar as 80% demais empresas, de pouca representação no mérito, desse trabalho administrativo seria uma boa prática. A partir de 2026, a política conhecida como CBAM (Carbon Border Adjustment Mechanism) vai impor custos nas fronteiras da UE sobre a intensidade de carbono em produtos como o aço, alumínio e cimento. A medida integra as iniciativas para atenuação da carga regulatória sobre as empresas do bloco e mira tornar as indústrias locais mais competitivas, mas sem enfraquecer os compromissos climáticos do grupo. (Reuters – 07.02.2025)
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Energyear Brasil 2025 reúne líderes do setor energético para discutir o futuro das renováveis
Nos dias 5 e 6 de fevereiro de 2025, São Paulo sediou a quinta edição do Energyear Brasil, evento focado em energias renováveis, que reuniu mais de 800 participantes, incluindo executivos, investidores e especialistas da América Latina e Europa, no Sheraton São Paulo WTC Hotel. A conferência, parte do circuito internacional da Energyear, contou com 15 painéis abordando temas como geração, distribuição, regulação, armazenamento, financiamento, inovação e tendências no setor energético. Entre os palestrantes, estiveram representantes da Aneel, BNDES, Banco do Brasil, Eletrobras e Itaipu. O evento ocorre em um momento crucial para o Brasil, com a proximidade da COP 30 em 2025, que reforçará o papel do país no cenário global de sustentabilidade. Atualmente, as fontes renováveis representam cerca de 90% da capacidade instalada de geração de energia elétrica no Brasil, com destaque para a hidrelétrica e a solar, com 53 GW de capacidade instalada.(Agência CanalEnergia – 04.02.2025)
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