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IFE
06/02/2025

IFE Transição Energética 73

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gustavo Esteves e Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
06/02/2025

IFE nº 73

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gustavo Esteves e Paulo Giovane
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 73

Dinâmica Internacional

BNEF: Investimento global na transição ultrapassou US$ 2 tri em 2024, mas ainda é insuficiente

O investimento global na transição energética de baixo carbono ultrapassou, pela primeira vez, a marca de US$ 2 trilhões em 2024, segundo relatório da BloombergNEF. Impulsionados por energia renovável, redes elétricas, transporte eletrificado e investimentos em armazenamento de energia, os aportes cresceram 11% no último ano. Entretanto, apesar do recorde nominal, o ritmo de crescimento foi mais lento do que nos três anos anteriores, quando o investimento cresceu de 24% a 29% ao ano. A líder no volume de investimentos foi a China, que respondeu por US$ 818 bilhões do total, uma alta de 20% em relação a 2023. Embora, a aplicação de recursos em fontes de energia e infraestrutura mais limpas, em alinhamento com as metas climáticas do Acordo de Paris, seja bastante significativa, muitos especialistas argumentam que o patamar e o ritmo ainda são insuficientes. Segundo a apuração apresentada no documento da BNEF, o investimento global em transição energética precisa ter uma média de US$ 5,6 trilhões por ano de 2025 a 2030 para atingir uma meta de emissões líquidas zero até meados do século. Os níveis atuais, assim, respondem por apenas 37% do que é necessário para a trajetória vista como a mais adequada. (Reuters – 30.01.2025)
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Alemanha: Retração na geração eólica impacta suprimento e preços de energia na Europa

A geração de energia eólica na Alemanha - maior produtor de energia eólica da Europa -, está a caminho de registrar seu maior período de produção abaixo da média desde o início de 2021, devido a um período de baixas velocidades do vento desde outubro de 2024. A geração eólica alemã caiu 3% em 2024 em relação aos níveis de 2023, para cerca de 131 TWh, de acordo com dados da Ember. Ainda, os níveis deficitários de produção, sobretudo no quarto trimestre do último ano, se estenderam até 2025, com a geração de energia eólica nos primeiros 28 dias de janeiro totalizando cerca de 590.000 MWh, segundo a LSEG, 16% a menos do que em igual período no ano anterior. Essas circunstâncias forçaram as empresas de energia da Alemanha a manter altos níveis de produção de usinas de combustíveis fósseis e aumentar as importações de energia de países vizinhos para equilibrar as demandas do sistema. E essas ações, por sua vez, impeliram um aumento nos preços regionais de energia em toda a Europa, que começaram 2025 no seu nível mais alto em quase dois anos e cerca de 70% acima da média de 2020 a 2021, também de acordo com a LSEG. (Reuters – 29.01.2025)
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IRB(Re): Enquanto o mundo espera por uma solução limpa disruptiva, o petróleo terá papel crucial na transição energética

O petróleo, na avaliação da IRB(Re) – a maior resseguradora do Brasil e uma das principais da América Latina -, ainda terá um papel fundamental na indústria energética mundial, apesar do crescente movimento de transição energética de baixo carbono. Para o gerente de óleo e gás da campanhia, Théo Salim Najm, são as empresas desse setor que têm a melhor capacidade financeira para subsidiar esse processo. Além disso, o executivo argumenta que, embora contribuam para a redução das emissões de carbono, as alternativas de geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, como usinas hidrelétricas, eólicas e solares, ainda enfrentam desafios técnicos, econômicos e ambientais. Destarte, essas fontes solucionariam apenas parcialmente o problema, não sendo viáveis para o suprimento integral da demanda do sistema, mesmo em um país avantajado de recursos renováveis como o Brasil. Najm acredita, no entanto, que uma solução tecnológica disruptiva e verdadeiramente limpa está por vir, e que este será o vetor que rapidamente substituirá o modelo atual. “A melhor opção no momento é estimular e promover uma discussão ampla e realista [...] dispondo de opções existentes no momento que realmente diminuem os impactos no meio ambiente e, por fim, o mais importante: investir massivamente em pesquisa e desenvolvimento para uma alternativa realmente disruptiva”, concluiu. (Petronotícias – 28.01.2025)
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Nacional

Lei que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética é sancionada

A Lei 15.103/25, sancionada em 22 de janeiro, instituiu o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), criado para incentivar projetos sustentáveis com recursos provenientes de créditos de empresas junto à União. O programa permite que precatórios e créditos tributários sejam usados para financiar iniciativas de baixo carbono, viabilizando investimentos sem necessidade de garantias reais. O Fundo Verde, administrado pelo BNDES, será a base desse financiamento. O Paten abrange áreas como combustíveis sustentáveis, valorização energética de resíduos, modernização da infraestrutura elétrica e transição para fontes renováveis. Coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, o programa também impulsionará pesquisa e desenvolvimento em captura de carbono, hidrogênio verde e biogás. (Agência Câmara de Notícias – 23.01.2025)
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Energia solar atinge 53 GW e representa 21,6% da matriz elétrica, com investimentos de R$ 241 bilhões

A energia solar no Brasil atingiu a marca de 53 GW de potência instalada, representando 21,6% da capacidade da matriz elétrica do país, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. Desde 2012, o setor fotovoltaico gerou mais de R$ 241 bilhões em investimentos, criou 1,5 milhão de empregos e contribuiu com R$ 74,7 bilhões em arrecadação. A energia solar evitou a emissão de 64,2 milhões de toneladas de CO2, contribuindo para a transição energética. No entanto, apesar do avanço, o setor enfrentou desafios, como a negativa de distribuidoras para a conexão de novos sistemas de geração distribuída e cortes de geração por parte do Operador Nacional do Sistema Elétrico, que prejudicaram a receita e a viabilidade de novos projetos. Para Ronaldo Koloszuk, presidente da Absolar, o crescimento da solar é resultado do grande potencial do Brasil, mas também da resiliência do setor diante das adversidades enfrentadas nos últimos anos.(Agência CanalEnergia – 28.01.2025)
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Contratos corporativos de energia solar e eólica devem superar 2 GW em 2025

O Brasil deve superar 2 gigawatts (GW) em contratos corporativos de compra de energia solar e eólica, os PPAs, em 2025, segundo estimativas da BloombergNEF. Esse crescimento será impulsionado por fatores como o aumento da demanda de novas indústrias, como data centers e o setor de hidrogênio, além do crescimento econômico e ondas de calor mais frequentes. Após um ano desafiador em 2024, marcado por excesso de oferta de energia hidrelétrica, baixa demanda por novos PPAs e incertezas sobre o curtailment, as perspectivas para 2025 são mais positivas. A demanda de energia deve atingir 82,7 GW, com um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior. A previsão é de que os data centers consumam até 9 GW até 2035, e a aprovação de projetos de hidrogênio verde aumentou 50% em 2024. No entanto, a volatilidade dos preços de energia pode aumentar devido à incerteza nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, agravada pela seca nas regiões Sul e Sudeste e pelo impacto do fenômeno La Niña.(Agência Eixos – 30.01.2025)
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COP30: Governo busca conciliar exploração de petróleo e compromissos climáticos

O Brasil, tentando equilibrar sua produção de energia renovável com a exploração de petróleo, enfrenta um dilema com a exploração na Foz do Amazonas, um projeto controverso da Petrobras. Embora o governo de Luiz Inácio Lula da Silva busque avançar com essa exploração, o processo tem sido marcado por rejeições do Ibama, que questiona os impactos ambientais da atividade na região amazônica, especialmente considerando que o Brasil sediará a COP30 em 2025. A Petrobras, que já investe em outras áreas da Margem Equatorial, continua tentando obter a licença ambiental necessária, destacando medidas de proteção à fauna local. Contudo, especialistas alertam que a exploração de petróleo pode colidir com a transição energética do país e os compromissos climáticos, enquanto o governo busca conciliar os interesses econômicos com a preservação ambiental e a diplomacia climática. (Valor Econômico - 28.01.2025) 
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Enel investe R$ 2,8 bilhões em parque solar em Minas Gerais

A Enel Green Power, do Grupo Enel, anunciou que o Complexo Solar Arino, localizado em Arinos, Minas Gerais, entrou em operação plena no dia 31 de janeiro. Este é o primeiro projeto da empresa na região Sudeste e contou com um investimento de aproximadamente R$ 2,8 bilhões. Com capacidade instalada de 611 MW, o complexo é composto por mais de 1 milhão de módulos fotovoltaicos e tem a capacidade de gerar cerca de 1,4 TWh por ano, o que equivale ao consumo de 680 mil residências. Em operação desde outubro de 2024, o projeto é um marco para a Enel, consolidando sua liderança na geração de energia solar e contribuindo para a transição energética do país. A usina também terá um impacto positivo na redução de emissões de CO2, evitando cerca de 790 mil toneladas anuais de gás carbônico na atmosfera. Com essa operação, a Enel Green Power reforça seu papel no mercado de energias renováveis no Brasil, onde já soma mais de 5,3 GW de capacidade instalada em energia solar e eólica.(Agência Eixos – 31.01.2025)
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Mobilização estratégica para atração de aportes em energia renovável após políticas de Trump

O governo federal brasileiro está criando estratégias para atrair investimentos verdes após a reversão das políticas ambientais do novo governo Donald Trump, nos Estados Unidos. O Ministério da Fazenda, o BNDES e o Ministério de Minas e Energia estão discutindo formas de aproveitar essa oportunidade, incluindo a regulamentação do mercado de carbono e a implementação de uma taxonomia sustentável. A criação de uma secretaria para o mercado de carbono está sendo estudada, com o objetivo de impulsionar a economia e a descarbonização. Além disso, o governo planeja usar esses investimentos para fortalecer o Plano de Transformação Ecológica, que visa reduzir as emissões e estimular o crescimento econômico. Essas iniciativas, alinhadas com as prioridades da pasta da Fazenda, buscam posicionar o Brasil como um destino atrativo para investimentos em energia renovável e sustentabilidade. (Valor Econômico - 27.01.2025)
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Artigo de Diego Guillen: "Futuro sustentável: O cenário das energias renováveis no Brasil"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Diego Guillen (gerente de contas estratégicas na Fluke do Brasil) aborda o potencial do Brasil no uso de energias renováveis, como fotovoltaica e eólica. O autor destaca que a combinação de avanços tecnológicos e a abundância de recursos naturais posiciona o país como um dos mais promissores para o desenvolvimento dessas fontes de energia. Ele conclui que investir em qualificação profissional e em tecnologia de ponta é crucial para garantir a expansão eficiente da geração de energia limpa e um futuro sustentável. (GESEL-IE-UFRJ – 30.01.2025)
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Artigo de Diego Guillen: País se destaca no desenvolvimento de energias renováveis, mas enfrenta desafios na qualificação profissional

O Brasil tem se destacado como um país promissor para o desenvolvimento de energias renováveis, impulsionado por metas globais de emissões líquidas zero de carbono e a crescente relevância das práticas ESG. A ascensão de fontes como solar, eólica, biogás e hidrogênio verde reflete o potencial do país, que, segundo estudos, verá um aumento na irradiação solar até 2040 e possui o maior potencial de geração eólica offshore da América Latina. No entanto, o mercado ainda enfrenta desafios como a falta de qualificação profissional, com a necessidade de formar anualmente milhares de técnicos e engenheiros especializados, especialmente em tecnologias como o hidrogênio verde. A inovação, como o uso de usinas híbridas e o avanço nos módulos fotovoltaicos, tem impulsionado a eficiência na geração de energia. A especialização é crucial para que o Brasil se torne uma referência em energias renováveis, garantindo um futuro sustentável, competitivo e com menor impacto ambiental. O investimento em tecnologia e formação é essencial para o progresso do setor.(Agência CanalEnergia – 29.01.2025)
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Regulação e Reestruturação do Setor

EUA: Previsão de alta nos preços do atacado em 2025

A Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês) prevê, para 2025, preços mais altos de energia no mercado atacadista em todos os mercados regionais do país, exceto Texas e Noroeste. A alta do custo do gás natural – principal combustível para a geração de eletricidade nos EUA – em 24%, em relação a 2024, é um dos fatores que mais impacta esses índices, sendo um componente importante da formação de preços. Destarte, foi apurado que os preços de energia no atacado podem ficar em uma média de US$ 40 por MWh neste ano, uma alta consolidada de 7% em relação ao ano anterior. Na região Sudoeste e na Califórnia, a projeção é que os aumentos fiquem entre 30% e 35%. Assim, à medida que a demanda de energia dos data centers de inteligência artificial (IA), a produção nacional e a eletrificação de indústrias como transporte cresce mais rápido do que o novo fornecimento é adicionado à rede, espera-se que as contas de energia no país aumentem. (Reuters – 27.01.2025)
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Artigo de Joisa Dutra: "Reformar para avançar na transição energética"

Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, Joisa Dutra (diretora do FGV-Ceri) trata da importância da atualização do modelo do setor elétrico brasileiro para acompanhar a transição energética, destacando que a legislação tem avançado, mas é necessário revisar o arcabouço legal e regulatório, que não sofreu mudanças significativas desde 2004. A transição inclui a integração de energias renováveis, como a solar e eólica, mas o modelo atual ainda não reflete adequadamente os custos reais de produção e distribuição de energia, nem atende às necessidades de consumidores de baixa tensão, especialmente nas regiões mais pobres do país. A autora aponta que o desenvolvimento de redes mais resilientes e a adoção de tarifas adaptadas são cruciais para garantir uma energia limpa, segura e acessível a todos, ressaltando que a reforma do setor é urgente para alinhar políticas públicas com a realidade em transformação. (GESEL-IE-UFRJ – 28.01.2025)
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Brasil: Decisão do STJ sobre curtailment destaca a necessidade de otimizar energia renovável e adotar hidrogênio verde

A recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que isenta a Aneel de ressarcir geradores de energia renovável pelos cortes de geração, conhecidos como curtailment, destaca a necessidade de otimizar o uso do excedente de energia limpa no Brasil. O fenômeno do curtailment, que ocorre quando a geração renovável excede a demanda ou quando há falhas na infraestrutura de transmissão, resultou em perdas de R$ 1,7 bilhão nos últimos 15 meses. Essa situação aumenta os custos para o consumidor final e limita o potencial de geração renovável no país. Uma solução proposta é a produção de hidrogênio verde a partir do excesso de energia renovável, o que poderia resolver o desperdício energético, reduzir custos e impulsionar o setor de hidrogênio, como já demonstrado em estudos no Reino Unido. O hidrogênio verde também se destaca como uma alternativa de armazenamento sazonal de longo prazo, sendo mais eficiente que as baterias em termos de armazenamento por meses. No entanto, o armazenamento de hidrogênio ainda enfrenta desafios técnicos, como sua baixa densidade e necessidade de resfriamento extremo. A adoção do hidrogênio no setor elétrico poderia contribuir para garantir um fornecimento contínuo de energia limpa, beneficiando o sistema e evitando o impacto nos consumidores.(Agência Eixos – 26.01.2025)
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Brasil: Migração para o mercado livre de energia pode resultar em economia, com expectativa de aumento de 9% nos custos das distribuidoras

Segundo um estudo da TR Soluções, os consumidores que migrarem para o mercado livre de energia em 2025 devem alcançar uma economia maior nos custos médios de energia em comparação com o ano anterior. A expectativa de aumento de 9% no preço do portfólio de contratos das distribuidoras (Pmix), projetado para R$ 270,00/MWh, está relacionada à ausência de superávit na Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias (CCRBT), ao contrário do ano anterior, quando houve uma queda de 6% no Pmix devido a um superávit recorde. Apesar do aumento projetado para 2025, a TR Soluções acredita que os próximos anos terão crescimento abaixo da inflação, dado o fim do suprimento de contratos caros e a substituição por acordos mais baratos, como os de térmicas a óleo e carvão. Além disso, consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem sentir alívio nos custos de energia a partir de 2027, com a redução da tarifa de Itaipu, o que contribui para um cenário mais favorável para esses consumidores.(Agência CanalEnergia – 30.01.2025)
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Comissão Europeia: Incentivos para enfrentar a concorrência chinesa no mercado de VEs estão sendo examinados

A União Europeia (UE) está considerando a implementação de subsídios pan-europeus para apoiar a indústria automobilística europeia e ajudá-la a competir com a China, especialmente no mercado de veículos elétricos. Teresa Ribera, vice-presidente executiva da Comissão Europeia, afirmou que as autoridades estão desenvolvendo opções para um programa de incentivos, uma vez que os subsídios nacionais variam amplamente entre os países membros da UE. Ela alertou contra uma "corrida" entre modelos nacionais e destacou o desafio de criar um esquema que respeite as regras da OMC e não favoreça montadoras chinesas. Ribera também reconheceu a dificuldade de equilibrar a rápida eletrificação com a capacidade das montadoras europeias de oferecer veículos de qualidade e em quantidade suficientes. (Valor Econômico - 23.01.2025)
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China: Mais de 100.000 trocas de baterias diárias em pico de demanda para veículos elétricos

Entre 23 e 27 de janeiro, a China registrou um recorde de mais de 100.000 trocas de baterias diárias para veículos elétricos, com um pico de 119.765 substituições em um único dia. Esse aumento foi impulsionado pela proximidade do feriado do Ano Novo Lunar, quando milhões de pessoas viajam, o que fez a demanda crescer significativamente. No dia 25, a média foi de 4.991 trocas por hora, o que equivale a 83 por minuto. Com mais de 3.100 estações de troca de baterias operando, o país já acumulou mais de 64,3 milhões de trocas. Embora existam cerca de 4.400 estações de carregamento com 25.000 pontos, 80% da energia utilizada nas rodovias vem das estações de troca, destacando sua importância para a mobilidade elétrica. Esse modelo permite viagens mais rápidas, sem longos tempos de espera para recarga. Em 2024, a Nio, fabricante de veículos elétricos, teve um aumento de 38,7% nas vendas em relação a 2023 e planeja dobrar suas vendas em 2025, com 220.000 unidades da marca Onvo.(Inside EVs – 30.01.2025) 
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EUA: Mudanças políticas podem desacelerar adoção de veículos elétricos e infraestrutura de recarga

Recentes decretos executivos nos Estados Unidos podem desacelerar a adoção de veículos elétricos (VEs), segundo um relatório da Wood Mackenzie. Mudanças nas políticas, como a possível remoção dos créditos fiscais de US$ 7.500 e a flexibilização das normas de emissões, podem afetar o mercado de VEs e a infraestrutura de recarga. A eliminação da capacidade da Califórnia de estabelecer suas próprias normas de emissões também pode reduzir a penetração de VEs de 32% para 23% até 2030. Em relação à infraestrutura de recarga, o financiamento para o programa National Electric Vehicle Infrastructure (NEVI) tem sido lento, com apenas 19% do orçamento total já concedido, o que pode afetar o ritmo de implantação das estações de recarga. Além disso, a proposta de tarifas sobre matérias-primas para baterias, especialmente o níquel, pode aumentar os preços dos VEs e desacelerar as vendas, apesar de tornar mais atraente o fornecimento doméstico. A demanda por baterias de VEs e armazenamento de energia também pode ser impactada por essas mudanças, reduzindo as previsões de crescimento.(Woodmac – 29.01.2025)
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UE: Tesla e BMW entram com ações contra tarifas de importação sobre veículos elétricos chineses

A Tesla e a BMW entraram com ações no Tribunal Geral da União Europeia (UE) contra as tarifas de importação aplicadas aos veículos elétricos, acompanhando fabricantes chineses como BYD, Geely e SAIC, que também se opõem às taxas impostas pelo bloco. A UE impôs tarifas de até 45% sobre carros elétricos chineses, com modelos da Tesla fabricados na China recebendo uma taxa adicional de 7,8% e os da BMW um acréscimo de 20,7%. A BMW criticou as tarifas, argumentando que elas prejudicam a competitividade das montadoras europeias e podem desacelerar a descarbonização no setor de transporte, limitando o fornecimento de carros elétricos aos consumidores europeus. Por outro lado, a Comissão Europeia defendeu a imposição das tarifas, afirmando que elas são necessárias para combater a concorrência desleal, embora esteja aberta a encontrar uma solução.(Agência Eixos – 27.01.2025)
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

GlobalData: Hidrogênio vive fase crítica de desenvolvimento

O relatório da GlobalData ‘Hydrogen‘ revela que a economia do hidrogênio está atualmente em sua fase crítica de desenvolvimento, já que o aumento na demanda que era esperado em 2020, quando planos ousados de descarbonização da indústria foram anunciados , não está se realizando. À medida que mais indústrias, como aço, transporte e energia, tentam descarbonizar suas operações, a demanda por hidrogênio de baixo carbono deveria crescer. De acordo com o relatório, cerca de 83% da capacidade de hidrogênio de baixo carbono que entrará em operação até 2030 deve vir de usinas de hidrogênio verde, enquanto o restante é de hidrogênio azul. As capacidades de hidrogênio roxo e turquesa devem ser minúsculas. Apenas cerca de 2% da capacidade total esperada até 2030 está atualmente operacional. Para Ravindra Puranik, analista de petróleo e gás da GlobalData, o destino e ímpeto do energético nos próximos anos serão decididos por como as coisas se desenrolarão no futuro próximo. Ele conta que há uma necessidade de expansão da rede de distribuição de hidrogênio em escala, o que inclui a adição de novos gasodutos. Várias empresas de petróleo e gás anunciaram novas usinas de hidrogênio azul e verde, que devem estar operacionais até 2030. (Agência CanalEnergia - 27.01.2025) 
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Brasil: GranBio e parceiros lançam projeto Exygen I para produção de biocombustíveis sustentáveis com investimento de R$ 1,5 bi

A GranBio, em parceria com a Usina Caeté, Usina Santo Antônio, Impacto Bioenergia e o Governo de Alagoas, lançou o projeto Exygen I, que visa produzir biocombustíveis sustentáveis, com um investimento de R$ 1,5 bilhões. O complexo, que começará a operar em 2026, produzirá 160 milhões de litros de etanol neutro em carbono por ano e 50 milhões de m³ de biometano, a partir de resíduos do açúcar. A próxima fase do projeto incluirá a produção de biogás, CO₂ biogênico, biofertilizantes e, futuramente, e-metanol, um combustível sintético de última geração. A operação completa gerará 510 empregos diretos e mais de 1.200 postos durante as fases subsequentes. Localizado em Alagoas, o projeto se beneficia de incentivos fiscais e da oferta de gás natural. A Exygen I adota práticas sustentáveis, como reutilização de recursos hídricos e reciclagem de efluentes, alinhando-se à economia circular e à neutralidade de carbono. Além disso, a planta será automatizada, com produção de biometano entregue via gasoduto da TAG, ampliando sua capacidade e contribuindo para a transição energética. O projeto também visa desenvolver a produção de e-metanol a partir de hidrogênio verde, utilizando o potencial das fontes solares e eólicas do Nordeste.(Agência CanalEnergia – 28.01.2025)
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Espanha: Investimentos em hidrogênio verde e expansão de hubs de hidrogênio consolidam o país como líder em energias renovávei

O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou novos investimentos no hidrogênio verde, incluindo 400 milhões de euros para projetos que não foram selecionados no primeiro leilão do Banco Europeu do Hidrogênio. O país já apresentou 46 projetos com capacidade de 2,9 GW de eletrólise. Sánchez destacou que a Espanha está se consolidando como líder global em hidrogênio verde, com um crescimento sustentável superior ao de outras economias, e afirmou que o grid espanhol já conta com 56% de eletricidade renovável. Além disso, está prestes a aprovar o programa Valles do Hidrogênio, que destina 1,3 bilhão de euros para hubs de hidrogênio. O presidente ressaltou que a capacidade instalada de eletrolisadores foi triplicada, alcançando 12 GW em cinco anos, e o país visa atingir 81% de produção elétrica renovável até 2030. A Espanha também concentra 20% dos projetos globais de hidrogênio verde e é chave no projeto do gasoduto H2Med, que conectará a Espanha a outros países da Europa e ao Norte da África, possibilitando a exportação de 2 milhões de toneladas de hidrogênio verde por ano.(Agência Eixos – 30.01.2025)
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Europa: Operadores de rede de hidrogênio criam Pre-ENNOH para preparar a futura Rede Europeia de Hidrogênio

Os futuros operadores da rede de transmissão de hidrogênio da Europa criaram o Pre-ENNOH, um agrupamento temporário formado para preparar o terreno para a criação da Rede Europeia de Operadores de Redes de Hidrogênio (ENNOH), que deverá ser legalmente estabelecida até o final de 2025. Com foco na preparação de um modelo integrado e uma metodologia preliminar para o setor de hidrogênio, o Pre-ENNOH tem como presidente Christoph von dem Bussche, e como diretor Abel Enríquez. O conselho de 16 membros conta com representantes de importantes empresas de gás e hidrogênio de vários países europeus. O objetivo do Pre-ENNOH é garantir que os trabalhos preparatórios sejam adequados para que o ENNOH comece a operar rapidamente e cumpra as expectativas regulatórias da União Europeia. Durante 2024, documentos legais fundamentais foram preparados e analisados pela ACER, que fez algumas recomendações, incluindo a adição de objetivos climáticos ao propósito do ENNOH. A criação do ENNOH visa apoiar a transição para uma rede de hidrogênio sustentável e contribuir para as metas climáticas da UE.(Smart Energy – 29.01.2025)
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Itália e Arábia Saudita: Acordos estratégicos buscam acelerar a descarbonização com hidrogênio verde

Durante a visita oficial da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, à Arábia Saudita, foram assinados acordos estratégicos no valor de US$ 10 bilhões, focados em infraestrutura e energia sustentável. Em reunião com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, Meloni destacou a importância dessa cooperação, especialmente no setor de energia e no desenvolvimento sustentável na África, alinhado ao Plano Mattei. Um dos principais projetos discutidos foi o gasoduto SoutH2 Corridor, que conectará o Norte da África à Itália e depois à Alemanha, com o objetivo de criar uma cadeia de suprimento internacional de hidrogênio verde. O memorando de entendimento assinado entre a ACWA Power, da Arábia Saudita, e a italiana Snam visa acelerar o uso de tecnologias de baixo carbono, incluindo a construção de um terminal de importação de amônia na Itália. Esse projeto está diretamente relacionado ao maior projeto de hidrogênio verde do mundo, o Neom Green Hydrogen, que começará a produzir hidrogênio limpo em 2026. Esses esforços representam um avanço significativo nas iniciativas de descarbonização e colaboração entre Europa e Oriente Médio.(Agência Eixos – 28.01.2025)
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Editorial Energías Renovables: “Autoconsumo: Vacina contra a inflação”

Em editorial, o periódico Energías Renovables argumenta em defesa do autoconsumo de energia enquanto medida de proteção dos consumidores às variações de preço da energia, tomando como referência o panorama energético da Espanha. Segundo o veículo, a conta mensal de energias para as famílias deverá aumentar cerca de 10% em 2025, impulsionada por aumento no imposto sobre valor acrescentado (IVA) e nas tarifas regulamentadas. Ainda, os auxílios para consumidores vulneráveis serão reduzidos, impelindo um caráter regressivo ao impacto dos preços. Ademais, custos operacionais mais elevados para as empresas podem, além de desacelerar investimentos, refletir também preços mais altos aos consumidores. Diante disso, segundo o editorial, o autoconsumo surge como uma alternativa estratégica. Com os preços competitivos de painéis solares e tecnologias de armazenamento, soluções envolvendo recursos energéticos distribuídos (REDs), além de econômicas, oferecem uma opção sustentável e resiliente às flutuações do mercado de energia para amparar a demanda por energia das unidades consumidoras. (Energías Renovables – 31.01.2025)
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Brasil: Crescimento dos data centers esbarra em desafios de infraestrutura elétrica

Com a sobreoferta de energia no Brasil, as empresas do setor elétrico têm visto nos data centers uma oportunidade para absorver o excedente de energia, mas a expansão do setor enfrenta desafios relacionados ao acesso à rede elétrica. Gustavo Estrella, CEO da CPFL, destacou a necessidade de criar um ambiente econômico favorável, pois a demanda de data centers, especialmente os ligados à inteligência artificial (IA), pode ser limitada pela indisponibilidade de rede. Ítalo Freitas, da Eletrobras, ressaltou que, apesar da vantagem competitiva da matriz elétrica brasileira, são necessários grandes investimentos em infraestrutura para atender essa demanda. Ele alertou sobre as restrições de conexão, demandas de água e emissões de gases de efeito estufa. Para Estrella, é essencial uma ação combinada entre setor privado e público para viabilizar o crescimento do setor no Brasil. Dados indicam que contratos de longo prazo para abastecer data centers no mercado livre de energia renovável somaram R$ 7,7 bilhões nos últimos três anos. (Valor Econômico - 29.01.2025) 
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Impactos Socioeconômicos

EUA: Risco de insegurança de abastecimento para metade dos consumidores na próxima década

Cerca de metade dos consumidores dos Estados Unidos corre alto risco de sofrer com escassez no fornecimento de energia na próxima década, segundo a North American Electric Reliability Corporation (NERC). De acordo com a Avaliação de Confiabilidade de Longo Prazo da entidade, os esforços para ampliar a capacidade de geração de eletricidade vêm ficando aquém ante a expansão da demanda por energia, acelerada, sobretudo, pelo consumo de data centers de Inteligência artificial (IA) e dos processos de eletrificação industrial. Isso vem criando, cada vez mais, um desequilíbrio entre a oferta e a demanda, o que pode levar a interrupções e medidas de conservação de eletricidade. Além disso, a preocupação acerca da segurança do abastecimento é ainda mais agravada ante desativação planejada de usinas movidas a combustíveis fósseis, que podem sair de serviço antes que alguma capacidade para reposição entre em operação. A esse respeito, a NERC apurou que há 78 GW de aposentadorias de geradores confirmadas e outros 37 gigawatts com planos anunciados para desligamento até 2034. (Reuters – 17.01.2025)
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WoodMac: Incertezas e gargalos afetarão crescimento fotovoltaico em 2025

O relatório “Solar Global: Quatro Coisas a Serem Observadas em 2025”, da Wood Mackenzie, destaca que, apesar do crescimento contínuo do mercado fotovoltaico em 2024, atingindo 495 GWdc (+14% em relação a 2023), desafios como incerteza política, medidas protecionistas e gargalos de transmissão devem interromper essa tendência, com uma leve retração para 493 GWdc em 2025. Entre os principais temas analisados, o setor solar precisará se adaptar a um ambiente político mais instável, enquanto o crescimento dos data centers impulsionará a demanda por geração firme e de emissão zero, incentivando novos modelos de negócios e contratos. No segmento de fabricação, a China continuará dominando, mas centros emergentes na Índia, EUA e Oriente Médio devem adicionar 100 GW à capacidade global. Após dois anos de queda, os preços dos módulos solares devem subir para compensar perdas dos fabricantes. (Agência CanalEnergia - 22.01.2025) 
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Solfácil: Alta nos preços dos equipamentos fotovoltaicos não foi repassada ao consumidor em 2024

Dados do Radar, indicador trimestral produzido pela Solfácil, demonstraram que o aumento nos preços de equipamentos fotovoltaicos não elevou os custos para os consumidores finais de energia solar no Brasil. No quarto trimestre de 2024, o custo da energia solar para residências ficou 3% mais barato em relação ao período anterior. A pesquisa indicou que a principal razão para a queda nos preços foi a necessidade dos integradores de manterem-se competitivos em um mercado cada vez mais disputado. Com o aumento dos preços dos equipamentos, muitas empresas se viram forçadas a reduzir seus preços para atrair clientes. Além disso, negociações prolongadas dificultaram o repasse dos custos mais altos para os consumidores. No entanto, o setor deverá enfrentar um novo contexto em 2025. É esperado que mudanças tributárias aumentem significativamente o preço dos equipamentos, o que pode impactar os valores finais ao consumidor. (Agência CanalEnergia - 29.01.2025)
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Eventos

Fórum Econômico Mundial: Crise climática e inteligência artificial são ameaças que exigem mais atenção, afirma Guterres

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, destacou a crise climática e a expansão descontrolada da inteligência artificial (IA) como as novas ameaças que exigem mais atenção e ação globais. Durante discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Guterres nomeou as mudanças climáticas como "caos" e destacou seus impactos na economia e infraestrutura. Ele ainda afirmou que a dependência por combustíveis fósseis é um "monstro que não poupa ninguém" e que a energia fornecida por renováveis é uma oportunidade econômica extraordinária. Porém, o secretário-geral da ONU também alertou para os perigos da IA, que pode perturbar economias e mercados de trabalho, minar a confiança em instituições e aprofundar as desigualdades ao excluir aqueles sem os recursos necessários. Guterres defendeu a necessidade de trabalhar com governos, indústria e sociedade civil para garantir que a IA se torne uma ferramenta de oportunidade, inclusão e progresso para todas as pessoas. (Broadcast Energia – 23.01.2025)  
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