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IFE Transição Energética 69
Dinâmica Internacional
IEA: Necessidade de ações para integração de energias renováveis
A Agência Internacional de Energia (IEA) destaca que a integração em larga escala de energias renováveis, como solar e eólica, exige ações governamentais, melhorias na infraestrutura e reformas regulatórias. Um novo relatório da IEA avalia a situação de 50 sistemas de energia que representam quase 90% da geração global dessas fontes, revelando que sistemas em estágios iniciais de integração enfrentam desafios menores, enquanto os mais avançados lidam com complexidades relacionadas à estabilidade e flexibilidade. O relatório enfatiza que o crescimento da capacidade de energia solar e eólica, que dobrou entre 2018 e 2023, não trará todos os benefícios sem esforços adicionais para apoiar essa integração. Embora as economias emergentes como Brasil e Índia estejam progredindo na geração renovável, sistemas com mais de 75% de energia renovável, como na Dinamarca e Espanha, precisam de soluções tecnológicas já existentes, mas dependem mais de ações políticas e regulatórias eficazes. O documento também alerta que desafios emergentes, como a variabilidade sazonal e a lucratividade em um mercado volátil, requerem inovação e colaboração contínuas para garantir uma transição energética segura e eficaz.(Smart Energy – 18.09.2024)
Link ExternoIEA: Recorde em incentivos para energia limpa concentrados na China, UE e EUA
Um novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) revela que o apoio e os incentivos governamentais para tecnologias de energia limpa atingiram níveis recordes, em resposta a crises energéticas recentes. A primeira edição do "Estado da Política Energética 2024" apresenta uma visão abrangente das políticas energéticas globais, destacando que quase US$ 2 trilhões foram alocados para investimentos diretos em energia limpa desde 2020, com 80% desse montante concentrado na China, na União Europeia e nos Estados Unidos. Os incentivos à fabricação doméstica para energia limpa estão crescendo, representando quase 10% dos gastos governamentais, com destaque para veículos de baixas emissões, hidrogênio e baterias. O custo do apoio governamental no auge da crise energética global foi de US$ 940 bilhões. A Diretora de Sustentabilidade da IEA, Laura Cozzi, destacou que esse apoio é fundamental para reduzir emissões e garantir a segurança energética. O relatório também mostra um aumento nas políticas comerciais relacionadas à energia limpa, com quase 200 novas medidas desde 2020. Embora alguns países tenham revertido regulamentações sobre combustíveis fósseis, a maioria das nações continua a adotar políticas rigorosas para melhorar o desempenho energético.(IEA – 26.09.2024)
Link ExternoIEA: Viabilidade de triplicar capacidade de energia renovável até 2030 requer continuidade de economia favorável e políticas robustas
Um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), publicado em 24 de setembro, afirma que a meta da COP28 de triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030 é viável, dada a economia favorável e as políticas robustas. Entretanto, a IEA alerta que aumentar a capacidade não garante automaticamente a redução de custos para os consumidores ou a diminuição do uso de combustíveis fósseis. Atingir essas metas poderia cortar as emissões globais em até 10 bilhões de toneladas até 2030, exigindo um aumento da capacidade de energia renovável para pelo menos 11 terawatts (TW) e a modernização de 25 milhões de quilômetros de redes elétricas. O relatório também destaca a necessidade de 1.500 gigawatts (GW) de capacidade de armazenamento de energia, sendo 1.200 GW provenientes de baterias, um crescimento de 15 vezes em relação ao atual. Para dobrar a eficiência energética, que poderia reduzir custos globais de energia em quase 10% e as emissões em 6,5 bilhões de toneladas, os governos devem priorizar políticas específicas, considerando as realidades econômicas de cada país. Em economias ricas, a eletrificação é essencial, enquanto países emergentes precisam de padrões mais rigorosos para equipamentos de resfriamento.(Agência Eixos – 24.09.2024)
Link ExternoIRENA: Relatório destaca competitividade das energias renováveis
O relatório "Custos de Geração de Energia Renovável em 2023", divulgado pela IRENA durante a Assembleia Geral da ONU, revela que as energias renováveis permanecem competitivas, mesmo com o aumento dos preços dos combustíveis fósseis. Em 2023, 81% dos 473 GW de novos projetos de energia renovável tiveram custos inferiores aos das alternativas fósseis. Os custos da energia solar fotovoltaica, em particular, caíram para cerca de quatro centavos de dólar por quilowatt-hora, sendo 56% mais baixos que as opções convencionais. Desde 2000, a energia renovável economizou até 409 bilhões de dólares em custos de combustível. Para alcançar a meta de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030, que deve chegar a 11,2 TW, é essencial melhorar o armazenamento, cujos custos diminuíram 89% entre 2010 e 2023. A análise destaca que a energia solar e eólica serão fundamentais nessa transição, proporcionando oportunidades econômicas significativas e ajudando a reduzir a dependência de combustíveis fósseis. O relatório conclui que a geração renovável se tornou a opção padrão para nova eletricidade de baixo custo, necessitando de um alinhamento urgente de políticas e regulamentações para apoiar esse crescimento.(IRENA – 24.09.2024)
Link ExternoIRENA: Relatório destaca desigualdades e desafios no financiamento da transição energética no Sul Global
O cenário de investimentos globais, marcado por desigualdades entre economias avançadas e emergentes, bem como entre os próprios mercados em desenvolvimento, exige uma abordagem estratégica para fomentar uma transição energética justa no Sul Global, conforme relatórios da IRENA. Para enfrentar os desafios de investimento, é crucial o uso de instrumentos de mitigação de riscos e a maximização dos recursos públicos, com planejamento energético nacional eficaz, que pode atrair capital privado. O relatório destaca que energias renováveis acessíveis oferecem oportunidades de emprego e crescimento econômico, suprindo déficits de eletricidade. Apesar de os investimentos em transição energética terem superado 2 trilhões de dólares em 2023, 90% desse total foi direcionado a economias avançadas e grandes EMDEs, deixando o restante do mundo com apenas 10%. Lacunas de investimento resultam de riscos como instabilidade política e barreiras regulatórias. Um planejamento robusto pode aumentar a confiança dos investidores, facilitando colaborações com instituições financeiras. A IRENA apoia a proposta do Brasil de estabelecer uma Coalizão Global para o Planejamento Energético, ressaltando a necessidade de apoio público para alavancar investimentos privados.(IRENA – 02.10.2024)
Link ExternoIRENA: Setor de Energias Renováveis Gera 16,2 Milhões de Empregos em 2023
Em 2023, o setor de energias renováveis registrou o maior aumento de empregos da história, passando de 13,7 milhões em 2022 para 16,2 milhões, conforme o relatório Renewable Energy and Jobs – Annual Review 2024 da IRENA e da OIT. Embora o número global tenha crescido 18%, a distribuição geográfica é desigual, com a China liderando com 7,4 milhões de empregos, ou 46% do total. A energia solar continua a ser o principal motor de emprego, gerando 7,2 milhões de postos, enquanto biocombustíveis e energia eólica também contribuíram significativamente. A energia hidrelétrica, em contraste, viu uma queda no emprego, totalizando 2,3 milhões. A África, com apenas 324 mil empregos, necessita urgentemente de soluções de energia renovável descentralizada para melhorar o acesso à energia. O relatório enfatiza a importância de políticas inclusivas que promovam diversidade e equidade de gênero na força de trabalho, além de destacar a necessidade de um apoio internacional mais robusto para regiões marginalizadas. A transição energética deve ser justa e sustentável, equipando trabalhadores para novos papéis e garantindo empregos decentes em um futuro de energias limpas.(IRENA – 01.10.2024)
Link ExternoWood Mackenzie: Crescimento de 23% na entrada de pedidos de turbinas eólicas no primeiro semestre
Uma análise da Wood Mackenzie revela que a entrada global de pedidos de turbinas eólicas alcançou 91,2 GW no primeiro semestre fiscal, marcando um crescimento de 23% em relação ao ano anterior, com investimentos totalizando US$ 42 bilhões, um aumento de 3%. A Envision liderou as solicitações, seguida pela Windey e Goldwind, todas superando 12 GW. O aumento significativo se deve principalmente ao segundo trimestre, que registrou mais de 66 GW, impulsionado pela forte demanda no norte da China, onde foram feitos 70 GW de pedidos, além de 5 GW no exterior. A região Ásia-Pacífico respondeu por 85% das novas entradas, enquanto as cadeias industriais ocidentais enfrentaram desafios, contribuindo com apenas 13% do total, e registrando uma queda de 16% fora da China. As Américas e a Europa sofreram uma redução de 42%, com menos de 10 GW combinados. Luke Lewandowski, da Wood Mackenzie, destaca que os fabricantes chineses continuam a dominar o mercado, enquanto os ocidentais lutam para competir, especialmente no segmento offshore, onde cerca de 30 GW de pedidos estão condicionais, predominantemente na Europa e nos EUA.(Agência CanalEnergia – 16.09.2024)
Link ExternoEmber: Energia solar ultrapassa eólica pela primeira vez
A geração de energia solar global ultrapassou a energia eólica, marcando um período sustentado pela primeira vez, com uma diferença de 1,65 TWh em maio e 9,57 TWh em junho de 2024, segundo o think tank Ember. Embora a produção solar deva diminuir a partir de setembro devido ao ângulo dos raios solares, a energia eólica deve retomar a liderança no inverno, quando a velocidade dos ventos aumenta e novos projetos offshore são concluídos. Nos últimos cinco anos, a capacidade de geração solar cresceu 188%, em contraste com 80% da energia eólica, impulsionada pela queda nos custos dos módulos solares e pela rapidez na construção de projetos solares. Apesar disso, até o final de 2024, a geração eólica deve ser pelo menos 30% maior que a solar, com potencial de dobrar a produção solar durante os meses de inverno. Globalmente, países como China, EUA, Alemanha e Índia estão entre os líderes na geração de ambas as energias, mas a tecnologia solar continua a ganhar espaço, especialmente em capacidade instalada. No curto prazo, a solar dominará os períodos ensolarados, mas a eólica deverá se manter como a principal fonte de energia renovável a longo prazo devido à sua capacidade de operação contínua.(Energy Monitor – 02.10.2024)
Link ExternoFGV: Gás natural como segunda maior fonte de energia global até 2050
O gás natural pode emergir como a segunda maior fonte de energia na matriz global até 2050, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O gás é considerado crucial para integrar fontes renováveis intermitentes, como eólica e solar, e para promover tecnologias como o hidrogênio de baixo carbono e o biometano. Atualmente, é amplamente demandado pelo setor industrial, e a projeção é de que seu uso elétrico aumente 58% até 2050, substituindo o carvão nas termelétricas. A oferta é concentrada no Oriente Médio, Eurásia e América do Norte, e deverá crescer para atender à demanda global e a necessidade de descarbonização. O Brasil tem potencial para avançar no Programa Gás para Empregar e no biometano, com a meta de abastecer 10% da frota de veículos até 2030. A FGV e outras entidades pedem que a coordenação brasileira do G20 considere as especificidades de cada país na transição energética, ressaltando os benefícios do gás, como a descarbonização, segurança elétrica, e contribuição para a erradicação da pobreza energética.(Agência CanalEnergia - 12.09.2024)
Link ExternoCOP29: Compromissos para energias renováveis focam em armazenamento e transmissão
Na COP28, realizada em Dubai, mais de 120 países se comprometeram a triplicar a capacidade de energia renovável até 2030. Agora, a presidência da COP29, liderada pelo Azerbaijão, propõe um aumento de seis vezes na capacidade global de armazenamento de energia até 2030, somando 1,5 terawatt (TW) a partir dos níveis de 2022. Além disso, os países devem adicionar ou reformar mais de 80 milhões de quilômetros de linhas de transmissão até 2040. Essas iniciativas foram apresentadas pelo ministro da Ecologia do Azerbaijão, Mukhtar Babayev, como parte de um esforço para aumentar o financiamento climático na próxima conferência. Babayev também anunciou a Declaração de Hidrogênio da COP29, que visa harmonizar padrões internacionais para desenvolver um mercado global de hidrogênio limpo. Ele propôs a criação de zonas e corredores de energia verde, que maximizariam a geração sustentável e permitiriam transmissões econômicas entre países. O Azerbaijão, além de ser um importante exportador de petróleo, planeja estabelecer o Fundo de Ação Financeira Climática (CFAF) para arrecadar US$ 1 bilhão, apoiando projetos em países em desenvolvimento.(Agência Eixos– 17.09.2024)
Link ExternoCOP29: Iniciativas da Presidência do Azerbaijão para financiamento da transição energética
A presidência da COP29, sob a liderança do Azerbaijão, anunciou 15 iniciativas visando aumentar a ambição no financiamento da transição energética, destacando a criação de um fundo voluntário para captar contribuições de países e empresas produtoras de combustíveis fósseis. Em resposta à crescente pressão por ação diante de eventos climáticos extremos e a necessidade de inclusão de nações emergentes na economia de baixo carbono, o Azerbaijão propõe também um corredor de energia verde para estimular investimentos e expandir infraestrutura regional. O ministro de Ecologia, Mukhtar Babayev, enfatizou a importância de formar coalizões para avançar nas negociações, especialmente em relação a uma nova meta de financiamento anual que atenda às expectativas de países ricos e em desenvolvimento. Enquanto grupos árabes e africanos exigem bilhões para apoiar a transição, países como o Canadá e EUA defendem a inclusão de novos doadores. Além disso, as iniciativas incluem compromissos para aumentar a capacidade de armazenamento de energia, desenvolver um mercado global de hidrogênio limpo e fomentar zonas de energia verde, além de ações em setores como turismo e água para enfrentar desafios climáticos.(Agência Eixos – 17.09.2024)
Link ExternoCOP29: IRENA anuncia fórum de investimento para transição energética da Ásia Central
A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), em parceria com a Presidência da COP29 e o Ministério da Energia do Azerbaijão, anunciou o primeiro Fórum de Investimento para a Transição Energética da Ásia Central, que ocorrerá em Baku nos dias 15 e 16 de novembro de 2024. O evento visa atrair investimentos em energia renovável, destacando a importância do financiamento climático, como mencionado pelo Presidente Designado da COP29, Mukhtar Babayev. O Diretor-Geral da IRENA, Francesco La Camera, enfatizou o potencial da região para o desenvolvimento de energias renováveis, embora enfrente desafios significativos na atração de capital. O fórum proporcionará um espaço para o diálogo entre governos, instituições financeiras e investidores, discutindo oportunidades e obstáculos na expansão da energia renovável. O Ministro da Energia do Azerbaijão, Parviz Shahbazov, destacou a importância de interconexões energéticas regionais e a necessidade de criar um ambiente atrativo para parcerias de energia verde. Os desenvolvedores da Ásia Central são incentivados a apresentar projetos que podem ser discutidos com investidores durante o evento.(IRENA – 19.09.2024)
Link ExternoG20: Declaração sobre transições energéticas limpas e inclusivas enfatiza padrões globais, neutralidade tecnológica e pluralidade
O Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 (ETWG), sob a presidência do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou uma declaração conjunta que enfatiza a necessidade de padrões globais para medição de emissões, a neutralidade tecnológica e o reconhecimento das circunstâncias locais na descarbonização. Após negociações desafiadoras em Foz do Iguaçu, a declaração, a primeira desde 2021, destaca o compromisso de acelerar transições energéticas limpas e inclusivas, priorizando o não abandono das populações vulneráveis. O texto também propõe aumentar investimentos em transições energéticas, especialmente em países em desenvolvimento, e menciona a importância da padronização na contabilidade das emissões, favorecendo a inclusão dos biocombustíveis na matriz energética. Além disso, a declaração estabelece compromissos para expandir a infraestrutura de energia renovável e promover cadeias de fornecimento sustentáveis, mas não menciona os combustíveis fósseis, evidenciando uma estratégia que busca evitar choques econômicos. Por fim, o ETWG definiu princípios para uma transição energética justa e inclusiva, reforçando o acesso universal a tecnologias limpas.(Agência Eixos – 04.10.2024)
Link ExternoG20: Países se comprometem a triplicar energias renováveis e dobrar eficiência até 2030
Vinte e oito países, além da União Europeia, assinaram um Chamado à Ação para Soluções de Sistemas de Energia, durante a CEM15/MI9, em 3 de outubro, comprometendo-se a triplicar as energias renováveis e dobrar a eficiência energética até 2030. A declaração, que inclui nações como Austrália, China e Índia, visa acelerar transições energéticas limpas, sustentáveis e justas. O Brasil, anfitrião do evento e presidindo o G20 este ano, lançou um Plano de Ação para Combustíveis do Futuro, buscando promover combustíveis sustentáveis e colaboração nas iniciativas do CEM e MI, além de priorizar essa pauta na COP30, que o Brasil presidirá em 2025. Embora o documento não mencione combustíveis fósseis, destaca a Campanha Gt até 2030, que foca em soluções de captura de carbono. O comunicado sublinha a importância de financiamento, capacitação e transferência de tecnologia, tópicos que o Brasil tem enfatizado em suas demandas, especialmente junto a países ricos, para garantir investimentos que ajudem na industrialização e na implementação de metas climáticas até 2030.(Agência Eixos – 04.10.2024)
Link ExternoArtigo de Clarissa Lins: "A transição energética nos emergentes"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Clarissa Lins (sócia fundadora da Catavento Consultoria) trata do crescente desafio da mudança climática, destacando que a forma como produzimos e consumimos energia é responsável por mais de 70% das emissões de gases de efeito estufa. Ela enfatiza a necessidade urgente de uma transição energética para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a importância de aumentar significativamente os investimentos em energia limpa, especialmente em países emergentes. Lins discute que, apesar do investimento global de US$ 1,8 trilhão em energia limpa em 2023, apenas uma pequena parte foi destinada a economias emergentes, e ressalta que é crucial reduzir o custo de capital, melhorar a clareza regulatória e criar um ambiente de negócios estável para atrair mais investimentos privados. Além disso, ela sugere que o aumento da colaboração entre governos, setor privado e financiadores pode acelerar essa transição essencial. (GESEL-IE-UFRJ – 09.09.2024)
Link ExternoChina: Investimentos no Brasil alcançam US$ 1,73 bi em 2023, com foco em energias verdes
Em 2023, os investimentos chineses no Brasil, em 2023, chegaram a US$ 1,73 bilhão, um aumento de 33% em relação ao ano anterior, com 72% desse total voltado para energias verdes e setores relacionados, o maior percentual desde 2007. Embora o valor total seja o segundo mais baixo desde 2009, os investimentos em novas infraestruturas, como energias renováveis e mobilidade elétrica, estão em ascensão. As empresas chinesas, como BYD e Huawei, estão ampliando sua presença no Brasil em áreas sustentáveis, aproveitando o potencial do país para energias renováveis e recursos minerais críticos. Desde 2007, a China investiu US$ 73,3 bilhões no Brasil, com a maior parte direcionada ao setor de eletricidade. A estratégia chinesa de investimento se alinha com seus objetivos de neutralidade de carbono até 2060 e reflete a crescente colaboração entre Brasil e China em setores verdes. (Valor Econômico - 03.09.2024)
Link ExternoEUA: UNEZA anuncia meta ambiciosa para 2030
Na Semana do Clima de Nova York, a Aliança Utilities for Net Zero (UNEZA) anunciou um compromisso conjunto de mais de US$ 116 bilhões por ano em investimentos para geração de energia limpa e modernização das redes elétricas. Composta por 39 parceiros, incluindo grandes empresas de serviços públicos, a UNEZA visa expandir suas carteiras de energia renovável em 2,6 vezes até 2030, destinando 48% desse investimento à infraestrutura de transmissão e distribuição. Durante o evento, foi divulgada uma declaração com recomendações para formuladores de políticas, visando aliviar as restrições da cadeia de suprimentos. As solicitações incluem a harmonização de padrões de equipamentos, promoção do fluxo livre de suprimentos e um planejamento integrado de longo prazo. A IRENA enfatizou a necessidade de investir US$ 720 bilhões anualmente em infraestrutura de redes até 2030, sendo crucial que a indústria pública colabore com políticas que assegurem a capacidade necessária para atender à demanda crescente. Os líderes do setor ressaltaram a importância de parcerias e planejamento estratégico para garantir uma transição energética eficaz e sustentável.(IRENA – 24.09.2024)
Link ExternoAlemanha: EnBW vence leilão e conquista sete parques solares com capacidade total de 184 MW
A Energie Baden-Württemberg (EnBW) conquistou os lances vencedores para sete parques solares em um leilão da Agência Federal de Redes da Alemanha, somando uma capacidade total de 184 MW. Cinco dos projetos serão em Baden-Württemberg, e os outros dois em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e Brandenburg. Com esta vitória, a EnBW reforça sua posição na expansão da energia solar, acrescentando aos seus atuais 41 parques solares e 760 MW de capacidade instalada. Entre os projetos em desenvolvimento, destaca-se o maior parque solar de Baden-Württemberg, com 80 MW, previsto para 2025. A EnBW, que planeja investir €40 bilhões até 2030, com a maioria destinada à Alemanha, também está construindo um parque híbrido solar/eólico de 72 MW em Gundelsheim. O governo alemão tem como meta instalar 215 GW de capacidade solar até 2030, e o mercado solar da Alemanha deve crescer mais de 13% ao ano até 2035, segundo a GlobalData.(Energy Monitor– 05.09.2024)
Link ExternoBélgica: Engie e Google assinam novo contrato de 118 MW para energia renovável
A ENGIE, parceira de longa data do Google no fornecimento de energia renovável, assinou um novo contrato na Bélgica que adiciona 118 MW ao portfólio de infraestrutura digital do Google no país. Este contrato abrange a produção de quatro novos parques eólicos onshore desenvolvidos pela ENGIE, totalizando 26 MW, além da extensão de um Contrato Corporativo de Compra de Energia (cPPA) existente de 92 MW de um parque eólico já em operação. Com esse acordo, o Google garantirá cerca de 3,7 TWh de energia livre de carbono, avançando em direção à sua meta de emissões líquidas zero e energia 24/7 livre de carbono até 2030. Este movimento fortalece a posição da ENGIE como líder no mercado de energia corporativa na Bélgica, onde já vendeu 2,4 GW de eletricidade limpa em 2023. A ENGIE, que pretende desenvolver até 2,5 GW de energia renovável até 2030, e o Google, comprometido com a sustentabilidade, destacam a importância da parceria e a crescente demanda por energia renovável entre grandes empresas de tecnologia.(Além da Energia – 04.09.2024)
Link ExternoItália: Enfinity Global assegura US$210 milhões para projetos solares de 157 MW
A Enfinity Global, empresa espanhola de energia renovável, assegurou €190 milhões (US$210 milhões) em financiamento para a construção de projetos solares de 157 MW na Itália, localizados nas regiões de Lazio e Emilia-Romanha, com início das operações previsto para 2025. O financiamento, organizado por BayernLB, ING e Rabobank, inclui €127,4 milhões em dívida senior sem recurso, €17,1 milhões para financiamento de IVA e €45,1 milhões em facilidades de carta de crédito. A energia gerada será vendida por meio de contratos de compra de energia de longo prazo com A2A, Nova Aeg e um cliente industrial italiano não nomeado. Carlos Domenech, CEO da Enfinity Global, destacou a importância da parceria para estabelecer novos padrões de financiamento e apoiar a transição energética na Itália. Em agosto de 2024, a Enfinity também garantiu um financiamento de €500 milhões (US$558 milhões) para um portfólio solar de 1,5 GW na Itália, com possibilidade de expansão para €800 milhões.(Energy Monitor – 04.09.2024)
Link ExternoReino Unido: Leilão de energia renovável estabelece recorde com mais de 130 projetos
O mais recente leilão de energia renovável do Reino Unido estabeleceu um recorde com mais de 130 projetos de energia limpa, incluindo eólica, solar e das marés, destinados a fornecer energia para cerca de 11 milhões de residências. Este resultado foi possibilitado por um aumento no financiamento governamental, que subiu para mais de £1,5 bilhões (US$656 milhões), após um acréscimo de £500 milhões anunciado em julho. O leilão viu a inclusão de nove projetos de energia eólica offshore, uma mudança significativa em relação ao leilão do ano passado, que não teve ofertas para essa tecnologia. O Secretário de Energia, Ed Miliband, descreveu os resultados como um avanço crucial em direção às metas de energia limpa até 2030. Especialistas climáticos, como Bob Ward e Esin Serin, destacaram o sucesso do leilão e a variedade dos projetos, elogiando o governo por aumentar a confiança dos desenvolvedores de renováveis. No entanto, enfatizaram a necessidade de uma implementação rápida para cumprir as metas ambiciosas de expansão da energia eólica e solar.(Energy Monitor – 03.09.2024)
Link ExternoPolônia: Meta atualizada de renováveis prevê participação de 56% na matriz elétrica até 2030
A Polônia atualizou sua meta nacional de energias renováveis na matriz elétrica, que, agora, corresponde a uma fatia 56% até 2030. A meta, apresentada no rascunho do plano nacional de energia e clima, está abaixo da promessa pré-eleitoral de que o país até teria até 70% de participação de energia verde no mesmo horizonte temporal, mas acima dos 50% declaradas em fevereiro deste ano. Nessa investida, são previstos investimentos de US$ 205 bilhões. "Não estamos mais discutindo no governo sobre os parâmetros básicos do plano, a falta de transformação é mais cara do que sua implementação", argumenta a ministra do clima, Paulina Hennig-Kloska. O governo busca acelerar a implantação de energias renováveis para reduzir a dependência do carvão enquanto lida com o legado do governo anterior, que bloqueou o desenvolvimento da energia eólica terrestre e prometeu aos sindicatos manter a mineração de carvão até 2049. (Reuters – 05.09.2024)
Link ExternoSuíça: País planeja permitir a construção de novas usinas nucleares
O governo da Suíça anunciou que planeja revogar a proibição de construção de novas usinas nucleares no país, que está em vigor desde 2018. A decisão de autorizar novamente a construção dessas usinas foi tomada devido ao aumento da demanda de energia somado à necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Entretanto, ela gerou preocupações entre os ambientalistas e grupos de defesa do meio ambiente, que argumentam que a energia nuclear apresenta potenciais perigos à saúde humana e ao meio ambiente. O governo suíço, por sua vez, destaca que as usinas nucleares são uma fonte de energia confiável e que a tecnologia evoluiu significativamente desde a construção das usinas existentes. A proposição das mudanças legislativas no tema deve acontecer até o final do ano, com a previsão de discussão das mudanças pelo parlamento em 2025 e sua condução para um referendo popular posteriormente. (Broadcast Energia – 29.08.2024)
Link ExternoIndonésia: Governo pede que países desenvolvidos invistam na economia verde para realização do potencial do país
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, postulou que as nações desenvolvidas invistam na transição energética e em soluções climáticas no país ante seu enorme potencial para projetos de energia renovável e mitigação de carbono. Ele aponta que o país tem mais de 3,6 mil GW de potencial de energia renovável que poderia ser desenvolvido, bem como 3,3 milhões de hectares de manguezais que poderiam absorver até 12 vezes a quantidade de CO2 absorvida pelas florestas tropicais. "Nada disso causará impacto significativo enquanto as nações desenvolvidas não ousarem investir, enquanto a pesquisa e o desenvolvimento não forem amplamente compartilhados e enquanto esquemas de financiamento acessíveis não forem concedidos aos países emergentes", argumenta. A Indonésia garantiu uma promessa de financiamento de US$ 20 bilhões no âmbito do programa de Parceria para a Transição Energética Justa, liderado pelos países do G7, mas a concretização do financiamento, até o momento, tem sido mínima. Widodo protesta que os problemas climáticos não podem ser resolvidos enquanto os investidores estiverem focados em cálculos econômicos. (Reuters – 05.09.2024)
Link ExternoCingapura: Importação de mais energia limpa da Indonésia
Cingapura emitirá aprovação condicional para a importação de 1,4 GW de eletricidade de dois projetos de energia solar na Indonésia, à medida que o país aumento o fornecimento de energia de baixo carbono. O novo acordo soma-se aos 2 GW previamente acordados entre as partes e garantirá o fornecimento de eletricidade limpa gerada a partir da fonte solar, bem como sistema de armazenamento de energia por bateria (BESS, na sigla em inglês) para Cingapura, ao mesmo tempo em que ajudará a Indonésia a redirecionar suas exportações de energia, explica o ministro indonésio Luhut Pandjaitan. Os projetos como um todo têm valor estimado em cerca de US$ 20 bilhões. "Sendo um exportador de carvão e gás natural há muito tempo, esta colaboração é o primeiro passo em nossa transição de exportador de combustíveis fósseis para exportador de energia renovável", disse o ministro. (Reuters – 05.07.2024)
Link ExternoFilipinas: Actis e Meralco unem forças para projeto solar de 3,5 GWp
A Actis firmou uma parceria estratégica com a Manila Electric Company (Meralco) e sua subsidiária, Solar Philippines New Energy Corporation, para investir no Projeto Terra Solar nas Filipinas, um dos maiores do mundo em termos de capacidade. O projeto combina 3,5 GWp de energia solar fotovoltaica com um sistema de armazenamento em baterias (BESS) de 4,5 GWh. Embora a Solar Philippines New Energy Corporation possua atualmente 100% do projeto, a Actis se unirá à iniciativa com um investimento não revelado. O governo filipino acelerou o desenvolvimento ao conceder um "certificado de faixa verde", e a primeira fase está prevista para iniciar até fevereiro de 2026, embora o tamanho dessa fase ainda não tenha sido divulgado. O maior BESS em operação atualmente é de 3.287 MWh, mas há planos para sistemas maiores, como o da Grenergy no Chile, com 4,1 GWh. A Actis, conhecida por seu envolvimento em infraestrutura de energias renováveis, está expandindo suas atividades para o armazenamento em larga escala, após sucesso em projetos solares e recentes investimentos no setor BESS no Japão. (Energy Storage– 10.09.2024)
Link ExternoAustrália: Projeto solar de 600 MW recebe aprovação federal e cria empregos
O projeto solar-plus-storage Birriwa, de 600 MW, da Acen Australia, recebeu aprovação federal da ministra do Meio Ambiente e Água, Tanya Plibersek. Localizado em New South Wales, o projeto incluirá um sistema centralizado de armazenamento em baterias (BESS) com capacidade de até 600 MW/1.200 MWh e duração de 2 horas, para armazenar eletricidade excedente do componente solar e liberá-la em períodos de alta demanda. O governo destacou que o projeto é crucial para aumentar a capacidade de energias renováveis e reduzir preços, além de criar cerca de 500 empregos diretos na construção e 20 permanentes. Após a aprovação da Comissão Independente de Planejamento de New South Wales, a Acen Australia começará a preparação para a construção, incluindo a criação de acomodações temporárias e a contratação de trabalhadores locais. Tanya Plibersek usou o avanço do projeto para criticar a ideia de investir em energia nuclear na Austrália, defendendo a transição para energias renováveis como uma opção mais viável e econômica. (Energy Storage – 11.09.2024)
Link ExternoAustrália: Iberdrola lança projeto solar e de armazenamento de 376 MW em Clarke Creek
A Iberdrola Australia deu início à construção do Broadsound Solar and Battery, seu primeiro projeto no estado de Queensland, que integrará 376 MW de energia solar fotovoltaica (PV) com um sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS) de 180 MW/260 MWh. Localizado em Clarke Creek, aproximadamente 860 km a noroeste de Brisbane, o projeto está previsto para começar a construção em meados de 2026. O BESS será responsável por capturar a energia gerada pela usina solar e exportá-la para a rede elétrica. A Iberdrola Australia está colaborando estreitamente com o povo Barada Kabalbara Yetimarala (BKY) na construção do projeto. Ross Rolfe, CEO da Iberdrola Australia, afirmou que o Broadsound adicionará 1,7 GW aos ativos nacionais da empresa e permitirá que a Iberdrola comece a gerar energia localmente, após muitos anos fornecendo eletricidade para clientes comerciais e industriais em Queensland.(Energy Storage – 10.09.2024)
Link ExternoAustrália e EUA: Aquisição de US$ 1,73 bilhão reforça investimentos em energia renovável pela Macquarie
O Macquarie Asset Management (MAM), banco de investimento australiano, anunciou a aquisição de uma participação significativa na D.E. Shaw Renewable Investments (DESRI), uma produtora independente de energia dos EUA, em um negócio que pode chegar a US$ 1,73 bilhão. A DESRI, que opera um portfólio de mais de 25 GW em desenvolvimento e 6 GW em operação ou construção, foca em energia solar fotovoltaica, eólica e armazenamento em bateria, e possui contratos de compra de energia (PPAs) com uma variedade de compradores em 24 estados americanos. Essa aquisição complementa os 12 GW de capacidade operacional e mais de 90 GW em ativos de energia verde em desenvolvimento no portfólio do MAM. A DESRI está expandindo seus projetos, incluindo um novo sistema solar com armazenamento no Novo México. O CEO da DESRI, David Zwillinger, expressou entusiasmo em relação à parceria, que promete acelerar o crescimento no setor de energia renovável. Além disso, o MAM também investe em armazenamento de energia por meio da Eku Energy, desenvolvendo projetos em diversos países, como Austrália e Reino Unido.(Energy Storage – 25.09.2024)
Link ExternoNamíbia: Projeto solar de 100 MW reduz dependência de eletricidade de países vizinhos
A NamPower, a empresa estatal de energia da Namíbia, iniciou a construção da maior usina solar do país em colaboração com as empresas chinesas China Jiangxi International Economic and Technical Cooperation e Chint New Energy Development. Avaliado em N$1,4 bilhões (US$78,3 milhões), o projeto aumentará a capacidade de geração de energia da Namíbia em 100 MW, passando de uma capacidade total atual de 500 MW. Esta usina solar ajudará a reduzir a dependência do país de importações de eletricidade de vizinhos como Zâmbia e África do Sul. O financiamento será coberto em 80% por um empréstimo do banco de desenvolvimento alemão KfW e os 20% restantes virão do balanço patrimonial da NamPower. A construção está prevista para durar 18 meses, com a usina entrando em operação no segundo trimestre de 2026. Paralelamente, a Namíbia está diversificando sua matriz energética com uma iniciativa para produzir hidrogênio verde a partir da energia das ondas, em parceria com a AW-Energy da Finlândia e a Kaoko Green Energy Solutions. Este projeto será desenvolvido em três fases e inclui a instalação de uma usina de ondas na costa de Swakopmund para apoiar reassentamentos e desenvolvimentos no interior do país.(Energy Monitor – 10.09.2024)
Link ExternoNacional
Brasil: Energia solar ultrapassa eólica como segunda maior fonte de eletricidade
No início de 2023, a energia solar fotovoltaica ultrapassou a eólica como a segunda maior fonte de eletricidade no Brasil, atrás apenas das hidrelétricas, alcançando uma potência instalada de 46 GW, que representa 19,4% da matriz elétrica nacional. Com a regulamentação desde 2012, o setor atraiu R$ 215 bilhões em investimentos e criou 1,4 milhão de empregos. A redução de custos dos equipamentos, avanços tecnológicos e a alta insolação do país tornaram a energia solar um excelente investimento, beneficiando tanto grandes empresas quanto residências. Apesar das vantagens, desafios como a alta carga tributária sobre baterias e a necessidade de um planejamento para evitar desequilíbrios no setor elétrico são destacados. A demanda por produtos solares pode ser estimulada mediante incentivos, mas o governo deve equilibrar subsídios e avaliar medidas para uma transição energética sustentável. (Valor Econômico - 30.08.2024)
Link ExternoAbsolar: Geração renovável alcança 90,4% da demanda elétrica, destacando o papel da energia fotovoltaica
A Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar) divulgou um mapeamento que indica que a energia solar foi responsável por 9,6% do suprimento elétrico do Brasil entre agosto e setembro de 2024, com uma média superior a 7,5 mil MWmédios. Deste total, mais da metade (4,6 mil MWmédios) provém de sistemas solares instalados em telhados e pequenos terrenos. Quando somadas as demais fontes renováveis — hídrica (49 mil MWmédios), eólica (11 mil MWmédios) e biomassa (1,4 mil MWmédios) —, a geração renovável alcançou cerca de 90,4% da demanda elétrica no período. A partir de outubro, os consumidores enfrentarão um aumento de quase 8% nas tarifas, devido à bandeira vermelha patamar 2, resultante do acionamento de termelétricas fósseis emergenciais. Apesar deste cenário desafiador, a Absolar enfatiza que a energia fotovoltaica, com mais de 47 GW de capacidade instalada, evitou a emissão de 57 milhões de toneladas de CO2 desde 2012, mitigando os impactos da crise climática no Brasil, que incluem alagamentos, secas e custos crescentes com saúde pública.(Agência CanalEnergia - 01.10.2024)
Link ExternoAbsolar: Usinas solares alcançam 15 GW e enfrentam desafios no setor de energia
As grandes usinas solares no Brasil já somam mais de 15 gigawatts (GW) de potência, conforme o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A maior parte dessas usinas está localizada no Nordeste (58,6%) e no Sudeste (40,3%). Desde 2012, o setor atraiu mais de R$ 64,3 bilhões em investimentos e gerou mais de 452,5 mil empregos verdes, além de contribuir com cerca de R$ 21,3 bilhões para os cofres públicos. No entanto, o setor enfrenta desafios devido a cortes recorrentes determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), resultando em um desperdício estimado de R$ 1 bilhão em energia nos últimos dois anos. A Absolar ressalta a necessidade de melhorar o planejamento e a infraestrutura elétrica, incluindo linhas de transmissão e armazenamento de energia. A expansão da matriz elétrica brasileira em 2024 já adicionou 7,1 gigawatts (GW) com a operação de 203 usinas, incluindo 93 solares e 90 eólicas, distribuídas por 15 estados. (Agência Eixos – 06.09.2024)
Link ExternoBNEF: Investimentos de US$ 1,3 trilhão são essenciais para emissões líquidas zero no país até 2050
Para manter a trajetória rumo a emissões líquidas zero até 2050, o Brasil precisará investir mais de US$ 1,3 trilhão em energia de baixa emissão a partir de 2024, segundo a BloombergNEF (BNEF). O país se destaca como um dos principais destinos para investimento em transição energética, tendo atraído quase US$ 35 bilhões em 2023, ocupando o sexto lugar global e o primeiro entre mercados emergentes, exceto a China. Com um desempenho notável, o Brasil é o terceiro maior mercado mundial em energia eólica e solar, registrando 5 GW de projetos eólicos e 16 GW de capacidade solar em operação em 2023. Para os próximos 25 anos, o país precisará captar cerca de US$ 0,5 trilhão em energias renováveis, o que representa uma grande oportunidade para o setor privado. A eletrificação de setores intensivos em energia, como transporte e construção, desempenhará um papel crucial na descarbonização, evitando 53% das emissões até 2050. Adicionalmente, a expansão das redes para suportar a geração renovável requererá aproximadamente US$ 0,5 trilhão, enquanto o hidrogênio de baixo carbono poderá movimentar cerca de US$ 0,1 trilhão no mesmo período.(Agência Eixos – 23.09.2024)
Link ExternoEPE: Estudo revela custos de usinas eólicas offshore e comparação com outras fontes de energia
As usinas eólicas offshore têm um custo significativamente menor, até 45% mais barato, comparadas às usinas de incineração de resíduos sólidos, mas são até três vezes mais caras que as eólicas terrestres, segundo um estudo do Ministério de Minas e Energia e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O custo de instalação de projetos eólicos marítimos no Brasil varia de R$ 10,5 mil a R$ 25 mil por kW, enquanto os terrestres estão entre R$ 4 mil e R$ 7 mil. Usinas de incineração custam entre R$ 20 mil e R$ 36,5 mil por kW e têm custos de manutenção elevados. As usinas solares são as mais baratas, com custos de R$ 3 mil a R$ 6 mil por kW e baixo custo de manutenção. A energia nuclear requer o maior investimento, variando de R$ 20 mil a R$ 40 mil por kW. O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2034) considerará esses custos e também a necessidade de investimentos em transmissão para conectar regiões do Brasil, com custos estimados de R$ 3.040 por kW para linhas de transmissão e R$ 32,93 mensais por kW.(Agência Eixos – 11.09.2024)
Link ExternoMME e EPE: Início de estudo sobre efeitos climáticos na matriz elétrica
O Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) iniciaram um estudo, com previsão de conclusão em junho de 2025, para avaliar como as mudanças climáticas devem ser integradas ao planejamento da matriz elétrica brasileira. O projeto, intitulado "Impactos das Mudanças Climáticas no Planejamento da Geração de Energia Elétrica", conta com apoio da PSR e Tempo OK, e faz parte da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável. A pesquisa visa simular os impactos de variáveis climáticas, como precipitação e temperatura, sobre o sistema elétrico, utilizando modelos do IPCC e projeções do INPE e ANA. O objetivo é garantir um planejamento energético mais resiliente e adaptado a futuros cenários climáticos, além de abordar questões sociais como a pobreza energética e a transição justa. O estudo também utilizará machine learning para refinar as projeções climáticas. (Agência CanalEnergia - 09.09.2024)
Link ExternoCNPE: Publicação de diretrizes para descarbonização do petróleo e gás
O Conselho Nacional de Política Energética (CPNE) estabeleceu diretrizes para a descarbonização das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural, determinando que a ANP e a Pré-Sal Petróleo (PPSA) analisem opções para reduzir a intensidade de carbono e mitigar emissões. As orientações incluem o desenvolvimento tecnológico, a minimização da queima de gás e o incentivo ao compartilhamento de infraestrutura. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com apoio da ANP e PPSA, deve apresentar um estudo sobre medidas de descarbonização em 180 dias. Além disso, um Grupo de Trabalho foi criado para elaborar propostas sobre combustíveis aquaviários, de aviação e gás liquefeito de petróleo, com prazo de 180 dias para concluir suas atividades. O GT será coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e incluirá representantes de diversos órgãos governamentais e entidades relacionadas. (Agência CanalEnergia - 03.09.2024)
Link ExternoAmcham Brasil: Empresas brasileiras projetam aumento na busca por financiamento sustentável
Um estudo realizado pela Amcham Brasil aponta que 86% das empresas brasileiras esperam um aumento na busca por financiamento sustentável nos próximos dois anos e prevê um aumento de 190% nos investimentos em projetos sustentáveis, alcançando a cifra de R$ 20,4 bilhões. Os dados levantados também mostram que 57,9% das empresas ainda não utilizam linhas de financiamento voltadas à sustentabilidade; e as que utilizam são em sua maioria de grande porte e relacionadas ao setor industrial. Segundo o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, a transição para uma economia sustentável exige que as empresas e as instituições financeiras estejam preparadas para mobilizar recursos com agilidade e baixo custo, de forma a impulsionar projetos com impacto ambiental positivo. Todavia, apesar das perspectivas positivas, o trabalho identificou alguns obstáculos à expansão do financiamento sustentável, como: processos burocráticos, dificuldade em oferecer garantias e desconhecimento das linhas disponíveis. (Agência CanalEnergia - 06.09.2024)
Link ExternoThe Bakery: Brasil na liderança da transição energética
O relatório "Brasil na liderança da transição energética", da consultoria The Bakery, destaca o papel do Brasil como líder na inovação do setor energético, evidenciando iniciativas como o Desenvolvimento de Sistemas de Armazenamento, Integração de Solar Flutuante em Usinas Hidrelétricas (UHEs) e o Mercado de Certificados de Energia Renovável. O documento visa orientar empresas na formulação de estratégias para uma transição energética sustentável, abordando descarbonização, descentralização e digitalização, além de apresentar mapas de oportunidades em energias renováveis e tecnologias emergentes. O CEO da The Bakery, Marcone Siqueira, salienta que a análise revela oportunidades atrativas para empresas que buscam se destacar, com forte potencial de lucratividade. O relatório também enfatiza o potencial do hidrogênio renovável no Brasil, com regiões como Ceará e Porto de Açu (RJ) se destacando na produção, além da criação de um hub de amônia verde no Porto do Açu em parceria com a Fuella. Investimentos em inteligência artificial e big data também são mencionados, refletindo o crescimento do mercado de data centers na América Latina.(Agência CanalEnergia – 16.09.2024)
Link ExternoINESC: Regresso na transição energética no PLOA 2025
Apesar da urgência global por uma transição energética, o Brasil está regredindo ao não priorizar as energias renováveis no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025, conforme análise do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc). O PLOA prevê um corte de quase 18% nos recursos para a transição, reduzindo o orçamento de R$ 4,4 bilhões em 2024 para R$ 3,6 bilhões em 2025. Embora haja avanços como a criação de um programa específico e aumento dos recursos para geração distribuída, esses valores ainda são considerados insuficientes em comparação aos destinados aos combustíveis fósseis. O Inesc destaca que metade do orçamento do Programa de Transição Energética, gerido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), será destinado à manutenção da indústria de petróleo e gás. Além disso, o orçamento para planos orçamentários que apoiam a agricultura familiar nas energias renováveis e o auxílio gás para famílias empobrecidas também sofreram cortes significativos. Enquanto o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação apresenta um aumento no orçamento para a transição energética industrial, a alocação de recursos continua a favorecer a dependência de combustíveis fósseis, refletindo uma contradição nas metas do Plano Plurianual (PPA). (Agência CanalEnergia - 30.09.2024)
Link ExternoArtigo de Yuri Schmitke: Potencial para liderar a produção sustentável de biogás e biometano
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Yuri Schmitke (Presidente Executivo da ABREN) trata do imenso potencial do Brasil para liderar a produção sustentável de biogás e biometano, dado seu vasto patrimônio natural. O país atualmente gera cerca de 2,9 bcm de biogás, em contraste com os 21 bcm da União Europeia, refletindo uma gestão de resíduos ineficiente e baixas taxas de reciclagem. Para aproveitar essa oportunidade, é fundamental implementar políticas públicas eficazes, como tarifas de energia de longo prazo e incentivos fiscais, que atraiam investimentos e ampliem a produção. A infraestrutura de distribuição de biometano é crucial; enquanto a Europa possui uma rede avançada, no Brasil, a maioria das estações de GNV está em São Paulo, limitando o acesso. Schmitke destaca a importância da cooperação internacional e da educação para formar uma força de trabalho qualificada. O Projeto de Lei do Combustível do Futuro levanta preocupações sobre a competitividade do biometano, mas uma abordagem estratégica pode não só aumentar a produção, mas também transformar a matriz energética brasileira, promovendo um futuro mais sustentável.(Agência CanalEnergia - 04.10.2024)
Link ExternoArtigo de Vinicius Neder e Leticia Lopes: "Contexto global favorece produção brasileira"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Vinicius Neder e Leticia Lopes (jornalistas do Valor Econômico) tratam das oportunidades que a transição para uma economia de baixo carbono e as tensões geopolíticas podem criar para a indústria nacional brasileira. Participantes do debate sobre política industrial destacam a necessidade de reformas econômicas, financiamento e políticas específicas para aumentar a competitividade das indústrias no Brasil. Eles ressaltam a importância da revolução tecnológica, da transição verde e da posição diplomática do Brasil entre o Ocidente e a Ásia. O Plano Mais Produção e a Nova Indústria Brasil (NIB) foram discutidos como iniciativas promissoras, mas também foram apontados desafios como a necessidade de mais recursos e a importância de evitar a repetição de erros do passado, como políticas de substituição de importações. Além disso, foram destacados os investimentos em educação enquanto fundamentais para o desenvolvimento da competitividade industrial. (GESEL-IE-UFRJ – 30.08.2024)
Link ExternoCoalizão Energia Limpa: Investimentos em inovação e P&D para uma economia de baixo carbono
As mudanças climáticas têm impactado profundamente o meio ambiente e a sociedade, levando o setor elétrico a adaptar suas operações em busca de uma transição energética sustentável. O investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) tornou-se crucial para que as empresas do setor possam liderar essa transição para uma economia de baixo carbono. Concessionárias tradicionais, como a Energisa, têm se concentrado em planos de resiliência, enquanto a Eletrobras investiu mais de R$ 500 milhões em inovação, integrando IA e machine learning em seus processos. O setor também busca eletrificar áreas que antes dependiam de combustíveis fósseis, contribuindo para a descarbonização global. Apesar desses avanços, a pesquisa da Coalizão Energia Limpa indica que o Brasil carece de uma política concreta para enfrentar os impactos das mudanças climáticas no sistema elétrico. Portanto, a inovação, a resiliência e a diversificação das fontes de energia são essenciais não apenas para os negócios, mas também para mitigar os efeitos do aquecimento global na sociedade. Assim, a luta contra a crise climática exige uma abordagem integrada que envolve políticas públicas e conscientização social.(Agência CanalEnergia – 16.09.2024)
Link ExternoAbsolar: Energia solar evita 57 milhões de toneladas de CO₂
A Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar) informou que a energia solar, com 47 gigawatts (GW) de potência instalada, evitou a emissão de 57 milhões de toneladas de CO2 desde 2012, além de atrair mais de R$ 217,8 bilhões em investimentos e gerar 1,4 milhão de empregos verdes no Brasil. A entidade ressaltou que a crise climática, com seus efeitos como alagamentos e secas, impactou significativamente o setor elétrico, resultando em tarifas elevadas e a adoção de bandeira vermelha devido à escassez de chuvas e ao uso de usinas emergenciais. O CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, alertou que, sem as fontes renováveis não-hídricas — como solar, eólica e biogás — a situação teria sido ainda mais crítica, com tarifas mais altas e maior poluição. Ele enfatizou a necessidade de diversificar a matriz elétrica para mitigar os riscos associados a eventos climáticos extremos, que estão se tornando cada vez mais frequentes. Essa diversificação é crucial para garantir um fornecimento de energia mais sustentável e resiliente.(Agência CanalEnergia – 19.09.2024)
Link ExternoRegulação e Reestruturação do Setor
Brasil: Aumento de 272% nas adesões ao mercado livre de energia em julho
Em julho, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou um aumento de 272% no número de novos consumidores no mercado livre de energia, totalizando 2.456 novas adesões, incluindo indústrias e empresas como padarias, supermercados e farmácias. Cerca de 61% dessas migrações foram intermediadas por comercializadores varejistas, que ajudam na gestão e na mitigação de riscos. Atualmente, o mercado livre representa cerca de 37% do consumo total de energia elétrica no Brasil, com previsão de crescimento. A Aneel relatou que aproximadamente 27,8 mil consumidores planejam migrar em 2024. A CCEE propõe, em uma proposta para a reguladora, a modernização das regras e a introdução de APIs para maior automatização dos serviços. Estados como São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul lideram as migrações, com crescimento também em regiões do Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Entre os setores econômicos, Saneamento, Serviços e Comércio foram os mais ativos em julho.(Agência CanalEnergia - 03.09.2024)
Link ExternoGoverno revisará modelo regulatório do setor elétrico para reduzir custos e melhorar eficiência
O governo federal, nos próximos meses, enfrentará a tarefa de revisar o modelo regulatório do setor elétrico, incluindo a possível abertura total do mercado livre e o reforço da governança setorial. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o novo modelo buscará reduzir os custos para consumidores de baixa renda, corrigir encargos e subsídios, e enfrentar desafios como contratos legados de longo prazo e a necessidade de ajustar a estrutura tarifária. Com a diversificação da matriz elétrica e o crescimento do mercado livre, que hoje cobre 40% da carga, e da geração distribuída solar, a revisão é crucial para melhorar a eficiência e a gestão da demanda. Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enfrenta problemas de autonomia e recursos, o que afeta sua capacidade regulatória. A reforma deve abordar a compensação de receitas para distribuidoras afetadas pela geração distribuída solar e garantir que a transição regulatória não sobrecarregue os consumidores. (Valor Econômico - 30.08.2024)
Link ExternoBrasil: Indústria atinge 92% de eletricidade no mercado livre
De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), a indústria brasileira já adquire 92% da eletricidade que consome no mercado livre, onde pode escolher fornecedores e negociar melhores condições. Por outro lado, o setor de comércio compra apenas 39% de sua energia nesse ambiente, refletindo um estágio mais inicial de liberalização, já que a migração desse segmento foi permitida apenas em janeiro de 2024. A Abraceel aponta que tanto a indústria quanto o comércio têm grande potencial de ampliação nas compras de energia no mercado livre, podendo reduzir custos e garantir previsibilidade nos reajustes, além de integrar a compra de energia renovável em suas estratégias de sustentabilidade. No Grupo A, que inclui consumidores de média e alta tensão, mais de 51 mil dos 202 mil consumidores já migraram para o mercado livre. No Grupo B, que compreende 6,4 milhões de consumidores industriais e comerciais ainda restritos ao mercado regulado, uma eventual liberalização poderia resultar em uma economia anual de R$ 17,8 bilhões e a criação de mais de 381,8 mil empregos, impulsionando a produtividade.(Agência CanalEnergia – 19.09.2024)
Link ExternoBrasil: Migrações para o mercado livre de energia dobram em 2024
Entre janeiro e agosto de 2024, mais de 16 mil consumidores migraram para o mercado livre de energia no Brasil, o que representa o dobro do total registrado em 2023, conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Somente em agosto, foram 2.533 migrações, um aumento de três vezes em relação ao mesmo mês do ano anterior. A maioria das empresas que aderiram ao ambiente livre são pequenos e médios negócios, incluindo padarias, supermercados e farmácias, que optaram por contratos varejistas que permitem negociar preços e escolher a fonte de geração. São Paulo lidera as migrações, com 5.281 contratos, seguido pelo Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, com 1.655 e 1.418, respectivamente. O setor de comércio e serviços é o maior responsável pelas migrações, com destaque para supermercados e postos de combustíveis. Em setembro, a CCEE iniciará testes para um novo modelo de troca de informações entre distribuidoras e comercializadoras, visando facilitar a abertura integral do mercado livre, conforme as novas regulamentações.(Agência Eixos – 23.09.2024)
Link ExternoABCE: Estudo revela expansão do mercado livre de energia na Ibero-América
Um levantamento da Associação Brasileira de Comercializadores de Energia sobre o mercado de energia elétrica em nove países ibero-americanos revela discussões sobre a ampliação do acesso ao mercado livre no Brasil, Colômbia, Chile e Uruguai. O estudo, apresentado em 3 de outubro, destaca que o Chile, pioneiro na abertura do mercado, possui 60,5% de participação do Ambiente de Contratação Livre (ACL) em seu consumo total, ficando atrás apenas de Espanha e Portugal. No Brasil, essa porcentagem é de 41%, seguida pela Colômbia com 30% e México com 25%. O levantamento indica que o mercado livre brasileiro apresenta uma redução significativa de 49% nos preços para os consumidores em relação ao mercado regulado, enquanto o Chile registra 27% de redução. O diagnóstico foi feito em colaboração com a recém-criada Associação Ibero-Americana de Comercialização de Energia, que visa promover a liberalização e a integração entre os países membros. O estudo também revela que Colômbia, Portugal e Espanha permitem que todos os consumidores escolham fornecedores, enquanto o Uruguai e o Equador têm restrições de potência mínima para acesso ao mercado. Todos os países estudados têm preços horários e modelos de formação de preços variados.(Agência CanalEnergia - 03.10.2024)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Brasil: Senado aprova PL 528/2020 sobre Combustível do Futuro
No dia 4 de setembro, o Plenário do Senado aprovou o texto base do PL 528/2020, denominado Combustível do Futuro, com uma votação simbólica e um único voto contrário do senador Eduardo Girão. O projeto cria programas nacionais para diesel verde, biometano e combustível sustentável para aviação, além de aumentar as porcentagens de mistura de etanol à gasolina (para 27%, variando entre 22% e 35%) e de biodiesel ao diesel. A proposta, agora modificada pelo Senado e retornando para nova análise na Câmara dos Deputados, inclui também o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano, e define metas anuais para redução das emissões de gases do efeito estufa. A ANP será responsável pela regulação da estocagem geológica de CO2, e a Petrobras poderá atuar na movimentação e estocagem de CO2 e em atividades relacionadas à economia de baixo carbono. O Ministério de Minas e Energia e a Associação Brasileira do Biogás destacaram a importância do projeto para a sustentabilidade e inovação na matriz energética brasileira.(Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
Link ExternoEmenda ao PL 528/2020 aumenta subsídios e custa R$ 40,3 bilhões aos consumidores
Dez entidades do setor elétrico brasileiro publicaram uma carta criticando a emenda aprovada no Senado que modifica o projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020). A emenda estende de 12 para 30 meses o prazo de transição do marco legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022) e amplia os subsídios para projetos de Minigeração Distribuída até 2045. As entidades destacam que isso aumentará em cerca de 15% os benefícios para a modalidade, o que representa um custo adicional de R$ 40,3 bilhões em 2023, onerando 13,5% da tarifa dos consumidores residenciais que não têm GD. A carta, assinada por várias associações, critica a medida por transferir custos para consumidores de baixa e média renda e potencialmente reduzir a competitividade da indústria brasileira. A Lei 14.300/22 já permitiu um crescimento significativo da Geração Distribuída, beneficiando principalmente grandes consumidores e gerando uma das contas de energia mais caras do mundo devido aos subsídios. As instituições se opõem ao que consideram um "jabuti" no projeto, enfatizando os impactos negativos para a economia e para os consumidores. (Agência CanalEnergia - 09.09.2024)
Link ExternoBrasil: Veículos leves eletrificados representarão 18% dos licenciamentos até 2034
Em 2034, o Brasil terá aproximadamente 50 mil ônibus e 30 mil caminhões eletrificados, além de mais de 1 milhão de veículos leves elétricos (HEV e BEV), conforme projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Os veículos leves eletrificados representarão 18% dos licenciamentos, com uma frota total de 3,7 milhões de veículos. Apesar do crescimento global acelerado da eletrificação, o país enfrenta desafios, como o custo elevado dos veículos e a infraestrutura de carregamento limitada. Veículos elétricos tendem a permanecer no segmento premium devido ao poder aquisitivo e aos preços, enquanto ônibus híbridos devem dominar em cidades menores e para aplicações não urbanas. A eletrificação avança especialmente em veículos de entrega e transporte urbano, impulsionada por políticas públicas e incentivos. No entanto, há preocupações com a insuficiência de minerais estratégicos como lítio, essenciais para baterias, e a necessidade de investimentos em infraestrutura de carregamento. O desenvolvimento de reservas minerais brasileiras e a redução de custos de baterias podem facilitar a expansão, mas o ritmo de eletrificação precisa enfrentar desafios logísticos e regulatórios.(Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
Link ExternoBrasil: BYD amplia investimento na Bahia para R$ 6,5 bilhões e expande planta em Camaçari
A BYD está ampliando seu investimento na Bahia para R$ 6,5 bilhões, um aumento de cerca de R$ 1 bilhão em relação ao valor original, conforme anunciado pelo senador Jaques Wagner. O crescimento nas importações de veículos da BYD para o Brasil, que indicam uma demanda maior do que a inicialmente prevista, levou a montadora a revisar seus planos e expandir sua planta em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O projeto inicial, que previa a construção de um complexo industrial de 330 mil metros quadrados com a geração de cerca de 10 mil empregos, agora inclui a ampliação da capacidade de produção, resultando em mais postos de trabalho e investimentos em novas tecnologias. A parceria com o governo da Bahia visa transformar a região em um polo tecnológico, já chamado de "Vale do Silício baiano". O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, confirmou que os veículos produzidos na planta devem estar no mercado em 2025, marcando um novo capítulo para a indústria automotiva no estado e oferecendo oportunidades econômicas significativas para a Bahia.(Inside EVs – 04.09.2024
Link ExternoBrasil: Vendas de veículos elétricos e híbridos crescem 122% até agosto de 2024
As vendas de veículos elétricos e híbridos no Brasil continuam a crescer, acumulando um aumento de 122,70% até agosto de 2024, com 109.291 unidades comercializadas, representando 7,16% das vendas totais do setor automotivo. Em agosto, foram vendidas 14.667 unidades, uma queda de 4,20% em relação a julho devido a problemas de distribuição e logística. No entanto, o segmento permanece em expansão, com os carros elétricos a bateria (BEVs) registrando um aumento de 8,76% em relação ao mês anterior, totalizando 40.993 unidades no ano, um impressionante crescimento de 595% em comparação com 2023. Os híbridos plug-in (PHEVs) venderam 34.726 unidades em agosto, com um crescimento acumulado de 105,39% no ano, apesar de uma queda de 12,23% em relação a julho. Os híbridos convencionais (HEVs) e micro-híbridos (MHEVs) também mostraram crescimento, com 32,69% e 16,86% de aumento, respectivamente, no acumulado do ano. Esses dados indicam uma rápida transição para tecnologias mais sustentáveis no mercado automotivo brasileiro.(Inside EVs– 04.09.2024
Link ExternoEPE: Previsão de crescimento de 300% das compras de VEs em dez anos
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Rafael Bitencourt (jornalista do Valor Econômico) trata da previsão de que, em uma década, veículos leves eletrificados (híbridos e elétricos) devem representar quase 18% do crescimento dessa categoria no Brasil, totalizando 694 mil novas unidades em circulação e alcançando 3,7 milhões de unidades licenciadas até 2034. O Plano Decenal de Expansão de Energia 2034, preparado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) com o Ministério de Minas e Energia, projeta que a eletrificação de veículos pesados avançará lentamente, com maior destaque para ônibus urbanos e veículos comerciais leves, enquanto caminhões pesados continuarão predominantemente movidos a diesel. O estudo destaca desafios como os altos preços dos veículos eletrificados e a necessidade de infraestrutura de recarga, mas também prevê avanços com investimentos de montadoras e iniciativas governamentais como o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). A análise também aponta a falta de políticas para exploração de minerais estratégicos para baterias como uma lacuna na estratégia brasileira de eletromobilidade. (GESEL-IE-UFRJ – 05.09.2024)
Link ExternoABVE: Mercado de eletromobilidade em expansão no Brasil
Dados da Associação Brasileira de Veículo Elétrico (ABVE) mostram que o mercado brasileiro de eletromobilidade continua em expansão. No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o mercado emplacou 109.283 eletrificados leves, com aumento de 123%, sobre o mesmo período de 2023. Ao longo do ano, o market share dos eletrificados sobre o total de veículos leves foi de cerca de 7%. Um dos grandes destaques são os veículos plug-in, que lideram as vendas do segmento há 12 meses seguidos. No total, o Brasil já contabiliza 329.714 eletrificados leves de todas as tecnologias em circulação. O crescimento das vendas tem aquecido toda a cadeia produtiva, principalmente a de infraestrutura de recarga. Segundo a Tupi Mobilidade – empresa associada à ABVE – já estão disponíveis 10.622 pontos de recarga públicos e semipúblicos. Além disso, a maior oferta de modelos de eletrificados leves contribui para a evolução do mercado. Em 2024, o mercado brasileiro disponibilizou 320 modelos de diferentes tecnologias (BEV, PHEV, HEV, HEV flex e MHEV), produzidos por 46 montadoras, com destaque para BYD, GWM, Toyota e Volvo. Ainda, os números indicam também que a eletromobilidade segue avançando nas diferentes regiões do país e se dirigindo para as cidades do interior. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
Link ExternoBrasil: Expansão de pontos de recarga para veículos elétricos e híbridos
O ecossistema de mobilidade no Brasil, em parceria com a startup Ezvolt, expandiu suas opções de recarga para veículos elétricos e híbridos, agora com mais de 3 mil pontos cadastrados no SuperApp, incluindo 110 novos locais. Os motoristas podem localizar pontos de recarga por geolocalização e efetuar pagamentos digitais, com um desconto de 10% até 30 de novembro para pagamentos via Sem Parar. Essa iniciativa surge em resposta ao crescimento de 146% nas vendas de veículos elétricos e híbridos no primeiro semestre de 2024, que deve totalizar 150.000 unidades, conforme a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Daniela Guillen, diretora de Produtos e UX do Sem Parar, destaca que a ampliação da rede de recarga e as opções de pagamento visam facilitar a experiência dos motoristas. Além da Ezvolt, o Sem Parar pode ser usado em aplicativos de empresas como Tupi, BYD, Shell Recharge e Audi, permitindo o gerenciamento consolidado das despesas em uma fatura única. Para obter o desconto, os usuários devem escolher o Sem Parar como forma de pagamento nos aplicativos parceiros ao recarregar.(Inside EVs – 27.09.2024)
Link ExternoBrasil: Bravo Motor Company investe R$ 1,2 bilhão em megafábrica de baterias na Bahia
A Bravo Motor Company, em colaboração com gigantes como Rockwell Automation, SMC e ABB, anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão para construir uma megafábrica de baterias de lítio em São Sebastião do Passé, Bahia. Esta iniciativa visa atender à crescente demanda global por soluções de armazenamento de energia e tem o potencial de revolucionar o setor energético no Brasil, gerando milhares de empregos e impulsionando a economia local. O CEO Eduardo Javier Muñoz enfatiza a importância de estabelecer parcerias com o setor financeiro e grandes empresas globais para garantir a sustentabilidade do projeto. A Bravo Motor busca priorizar o capital privado e utilizar bancos de fomento, como BNDES e BNB, apenas como complemento após fechar acordos com investidores. A localização da fábrica na Bahia oferece fácil acesso a rotas de distribuição e promete reduzir a pegada de carbono. A mudança da localização, anteriormente planejada para Minas Gerais, foi motivada por divergências políticas com o governo local. Apesar da concorrência de players como a BYD, a Bravo se mostra otimista quanto à sua competitividade e ao potencial de demanda em vários setores, além do automotivo.(Inside EVs – 24.09.2024)
Link ExternoBrasil: Desafios e oportunidades na reciclagem de baterias de veículos elétricos
A crescente demanda por veículos elétricos e a preocupação ambiental têm impulsionado a busca por soluções sustentáveis para o descarte de baterias, especialmente no Brasil. Enquanto a reciclagem de baterias de chumbo-ácido é uma prática consolidada, com um impressionante índice de 99%, as baterias de lítio ainda enfrentam desafios, como a falta de legislação específica e práticas clandestinas na coleta. No entanto, a reciclagem de baterias de lítio apresenta uma grande oportunidade, já que, segundo especialistas, elas podem ser reutilizadas para estabilizar a rede elétrica e alimentar novos veículos, contribuindo para a eficiência do sistema. Em 2023, a Moura reciclou cerca de 120 mil toneladas de baterias de chumbo, reduzindo a necessidade de novas matérias-primas. Montadoras e empresas de reciclagem, como a Energy Source, estão investindo em inovações para recuperar materiais valiosos e buscar novas aplicações para baterias usadas. A reciclagem não só minimiza as emissões de gases de efeito estufa, mas também se mostra economicamente vantajosa em comparação à mineração, enfatizando a necessidade de um mercado formal e regulamentado para o aproveitamento eficiente desses recursos.(Inside EVs – 05.10.2024)
Link ExternoBrasil: Crescimento de 560% nas importações de VE impulsiona transformação do mercado automotivo
O mercado automotivo brasileiro está passando por uma transformação significativa, com um aumento impressionante de mais de 560% nas importações de veículos elétricos no primeiro semestre de 2024, totalizando US$ 1,2 bilhão. Esse crescimento é impulsionado por fatores como os altos preços dos combustíveis fósseis, inovações tecnológicas em baterias e incentivos estaduais para a adoção de veículos sustentáveis. A China se consolidou como o principal parceiro comercial do Brasil, fornecendo 52% dos carros elétricos importados, graças à sua indústria automotiva diversificada e competitiva. Modelos de SUVs e hatchbacks elétricos são os mais populares, com São Paulo liderando as importações. O Programa Mover, que oferece incentivos fiscais e linhas de crédito, deverá acelerar ainda mais a adoção de veículos eletrificados. Apesar dos desafios, como a necessidade de produção local de carros e componentes, o futuro do mercado de veículos elétricos no Brasil é promissor, impulsionado pela crescente conscientização ambiental e pela diversificação da oferta de modelos. Um esforço coordenado entre indústria, fornecedores e governo é essencial para colocar o Brasil no mapa global da mobilidade sustentável.(Inside EVs – 01.10.2024)
Link ExternoIRENA: Necessidade de aumentar produção de baterias para veículos elétricos até 2030
Um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), intitulado “Materiais Críticos: Baterias para Veículos Elétricos”, destaca que, para atender à crescente demanda por baterias de veículos elétricos (EVs) até 2030, a produção deve aumentar cinco vezes, acompanhada por um crescimento proporcional na oferta de matérias-primas. O relatório, que enfatiza a necessidade de cadeias de suprimento sustentáveis e inovação tecnológica, prevê que as vendas globais de EVs deverão saltar de 14 milhões em 2023 para cerca de 60 milhões até 2030. Francesco La Camera, Diretor-Geral da IRENA, aponta que, embora inovações estejam reduzindo a demanda por certos materiais, como cobalto e níquel, o desafio imediato é escalar a produção e o processamento de matérias-primas com altos padrões ambientais e sociais. A análise também ressalta a importância da cooperação internacional e da reciclagem de materiais. As principais previsões indicam que a demanda por lítio continuará alta, enquanto o cobalto pode ver uma diminuição de sua criticidade. A produção de grafite natural deve ser insuficiente até 2030, e a estabilização da demanda por níquel é esperada com a adoção de novas tecnologias de bateria.(IRENA – 26.09.2024)
Link ExternoChina: BYD prevê que baterias de estado sólido estarão em veículos de luxo em 5 anos
A BYD, líder chinesa em mobilidade elétrica, projeta que suas inovadoras baterias de estado sólido equiparão veículos de luxo em até cinco anos, trazendo benefícios como maior autonomia, carregamento rápido e menor risco de incêndio. Durante o Congresso Mundial de Novas Energias de 2024, Lian Yubo, cientista-chefe da empresa, destacou o progresso acelerado no desenvolvimento dessas baterias, que inicialmente estarão disponíveis em modelos premium antes de se popularizarem em veículos mais acessíveis. Apesar do otimismo, a produção em larga escala enfrenta desafios, como altos custos e complexidade na fabricação. Com 15,8% do mercado global de baterias para veículos elétricos, a BYD continua investindo em sua tecnologia de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP), que ainda domina o mercado chinês. Outras gigantes, como CATL e NIO, também estão investindo fortemente em baterias de estado sólido, com a CATL prevendo produção em pequena escala até 2027. A coexistência das tecnologias LFP e de estado sólido deve durar de 15 a 20 anos, proporcionando uma nova era na mobilidade elétrica e aumentando a competitividade dos veículos elétricos. A corrida por essa liderança no setor está apenas começando, e a BYD se posiciona como uma protagonista significativa nessa transformação.(Inside EVs – 29.09.2024)
Link ExternoUE: Desafios e estratégias diante do crescimento das vendas de EVs chineses
A União Europeia impôs tarifas adicionais sobre veículos elétricos (EVs) chineses, causando descontentamento na China e evidenciando o desafio enfrentado pelos fabricantes europeus, que lutam contra a crescente dominância chinesa no mercado global de EVs. Desde 4 de julho, as tarifas sobre EVs com bateria foram aplicadas, adicionadas às tarifas gerais de 10% sobre importações de carros novos. O objetivo é limitar a saturação do mercado europeu com modelos chineses de baixo custo, considerados injustamente subsidiados. Apesar do impacto das tarifas, as vendas de EVs chineses na Europa alcançaram um recorde de 11% em junho, refletindo a força crescente da China, que dominou 50% das vendas globais de EVs em 2023. Esse domínio é resultado de investimentos maciços em subsídios e controle de materiais cruciais, como o lítio. A predominância da China no setor de EVs é vista como um avanço crucial para a transição verde global, contribuindo significativamente para a redução das emissões de CO2 no setor de transporte.(Energy Monitor – 04.09.2024)
Link ExternoWebmotors: Desaceleração de EVs na Europa e EUA provoca queda nos preços de revenda e aumento de estoques
A desaceleração ocidental no mercado de carros elétricos, afetando principalmente a Europa e os Estados Unidos, está causando uma significativa queda nos preços de revenda e aumento de estoques também no Brasil. Apesar do crescimento das vendas de elétricos no país, modelos usados enfrentam deságio de até 45% devido à rápida evolução tecnológica, falta de infraestrutura de recarga e a competição com fabricantes chineses. A Webmotors reporta uma desvalorização média de 12% para elétricos em 2024, comparada a 6% para híbridos e 2,25% para veículos convencionais. Locadoras estão reduzindo a aquisição de elétricos devido à alta desvalorização, e as montadoras chinesas BYD e GWM estão adotando estratégias de recompra para combater o deságio e estimular o mercado. Apesar dos desafios no setor de seminovos, as vendas de veículos elétricos novos cresceram 90% de janeiro a julho, e a expansão da produção local por montadoras chinesas pode ajudar a estabilizar os preços no futuro. (O Estado de São Paulo - 09.09.2024)
Link ExternoEuropa: Impactos da queda nas vendas de elétricos na indústria automotiva
Em 2023, Volkswagen e Stellantis enfrentam uma crise severa, com a Volkswagen lidando com problemas de software, tensões trabalhistas e crescente concorrência de montadoras chinesas no mercado de veículos elétricos. A montadora alemã considera até fechar fábricas pela primeira vez em quase 90 anos, enquanto a Stellantis enfrenta a falta de uma cultura corporativa unificada e falhas em modelos populares como Jeep e Ram. Apesar de um relatório otimista da ONG Transport & Environment prever que os elétricos representarão de 20% a 24% das vendas em 2025, a produção está se deslocando para a China, que já detém 11% das vendas de elétricos na Europa. Com a queda nas vendas de elétricos devido ao fim dos subsídios e a recuperação econômica pós-COVID não se concretizando, o CEO do Grupo Volkswagen alertou sobre perdas de vendas e capacidade não lucrativa em várias fábricas. A dependência da Europa em baterias chinesas e a competitividade de modelos como o BYD Yuan Pro colocam a indústria automotiva europeia em uma situação crítica, o que pode impactar milhões de empregos e o padrão de vida, levando à possibilidade de vendas de fábricas para montadoras chinesas.(Inside EVs – 20.09.2024)
Link ExternoEuropa: Desafios e oportunidades na transição para carros elétricos até 2035
A Europa enfrenta momentos críticos para o futuro dos carros elétricos, com intensas discussões políticas e industriais. Thierry Breton, comissário europeu, enfatizou a necessidade de acelerar a transição para a eletrificação, afirmando que não haverá recuo na proibição de veículos a gasolina e diesel até 2035. A preocupação com os atrasos dos fabricantes foi evidente, enquanto se debate a necessidade de investimentos em infraestrutura, baterias e qualificação da força de trabalho. A China, considerada líder na produção de veículos elétricos acessíveis, opõe-se às novas tarifas de importação que a União Europeia pretende implementar em novembro, mas Bruxelas planeja reduzir impostos adicionais. A reunião entre Breton e representantes do setor automotivo busca traçar um plano de ação para garantir a competitividade europeia. Contudo, ministros italianos pressionam para antecipar a revisão das metas de eliminação dos motores térmicos. Em meio a essas questões, a Volkswagen enfrenta desafios de vendas e busca acordos com sindicatos para evitar o fechamento de fábricas, propondo uma semana de trabalho reduzida como solução temporária.(Inside EVs – 15.09.2024)
Link ExternoEuropa: Aceleração da eletrificação para energia limpa
A Aliança de Eletrificação apresentou um plano visando a descarbonização industrial na Europa, destacando a necessidade de uma transição para um sistema energético baseado em energia limpa e a redução das importações de energia da Rússia. Com o comissário de energia, Dan Jørgensen, liderando a iniciativa, a Aliança solicita que a Comissão Europeia publique um plano de eletrificação nos primeiros 100 dias, alinhando-se ao compromisso da presidente Ursula von der Leyen de criar um "acordo industrial limpo". A meta proposta é atingir 35% de eletrificação do consumo final de energia na UE até 2030, com um alvo de 50% até 2040. Atualmente, a eletrificação varia por setor, sendo mais avançada em serviços (46%) e menos em transporte (menos de 2%). A Aliança delineou mais de 30 ações em três prioridades: primeiro, estabelecer metas nacionais para eletrificação; segundo, promover a geração de eletricidade limpa e infraestrutura adequada; e terceiro, facilitar a eletrificação direta e inteligente para usuários finais, abordando também a escassez de mão de obra e habilidades.(Smart Energy – 20.09.2024)
Link ExternoEUA: GM foca em veículos elétricos com joint venture e gigafábrica de baterias
A General Motors (GM) está intensificando seu foco no desenvolvimento de veículos elétricos e na evolução da plataforma Ultium, com uma ênfase particular na redução de custos. Para isso, a empresa busca alianças estratégicas, especialmente com parceiros asiáticos. Um dos acordos mais recentes é uma joint venture com a Samsung SDI, que resultará na construção de uma gigafábrica de baterias em New Carlisle, Indiana, com um investimento de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 16,5 bilhões). Esta fábrica, que irá empregar 1.600 pessoas, se especializará na produção de baterias prismáticas de lítio NCA (níquel-cobalto-alumínio) e terá capacidade inicial de 30 GW, aumentando para 36 GW até 2027. Além disso, rumores indicam uma possível aliança com a CATL, que, por meio da TDK, planeja construir uma fábrica no sul dos EUA para produzir baterias LFP (lítio-ferro-fosfato). No entanto, essa parceria ainda não foi confirmada oficialmente, dada a tensão política entre os EUA e a China, que tem gerado preocupações sobre a dependência do país asiático em meio às eleições presidenciais.(Inside EVs – 17.09.2024)
Link ExternoNoruega: Carros elétricos superam a gasolina em uma mudança histórica
Na Noruega, o número de carros elétricos ultrapassou o de modelos a gasolina, marcando uma "mudança histórica" na frota de veículos do país, de acordo com a Federação Rodoviária Norueguesa (OFV). Com 754.303 veículos elétricos registrados, em comparação a 753.905 a gasolina, essa transição rápida pode levar os carros elétricos a superarem também os a diesel, cuja quantidade atualmente é de cerca de um milhão. Øyvind Solberg Thorsen, diretor da OFV, destacou que a Noruega está na vanguarda, almejando ser o primeiro país com uma frota majoritariamente elétrica. Historicamente, em 2004, havia 1,6 milhão de carros a gasolina e apenas 1.000 elétricos. Essa mudança é impulsionada pela capacidade do país de gerar mais de 95% de sua eletricidade a partir de hidrelétricas, mesmo sendo um dos maiores produtores de petróleo e gás da Europa Ocidental, cuja produção caiu 45% entre 2000 e 2022. Além disso, o governo enfrenta desafios legais após grupos ambientais terem ganho um processo que invalidou licenças para novos campos de petróleo no Mar do Norte.(Energy Monitor – 18.09.2024)
Link ExternoReino Unido: Experimento da EDF com energia excedente de veículos elétricos
A EDF está realizando um experimento inovador para otimizar o uso do carregamento bidirecional, permitindo que clientes com painéis solares aproveitem a energia excedente armazenada em baterias de veículos elétricos para abastecer suas casas. Os participantes integrarão seus sistemas à tarifa de Garantia de Exportação Inteligente (SEG) da EDF e aos carregadores da Indra Renewables, o que possibilitará a venda de energia para a rede em momentos estratégicos. Essa iniciativa pode gerar uma renda média de £650 ($856) por ano, superando as expectativas iniciais de carregamento inteligente. As Universidades de Loughborough e Sheffield realizarão pesquisas para avaliar a viabilidade dessa tarifa de exportação até fevereiro de 2025. O projeto visa coletar dados que apoiem a transição do Reino Unido para a neutralidade de carbono, capacitando os consumidores a gerenciar sua energia de maneira mais eficiente. Patrick Dupeyrat, da EDF, destacou a importância de inovações que aliviem a pressão sobre a rede elétrica e os custos, engajando a população na busca pela sustentabilidade. Esta iniciativa integra um esforço mais amplo do Departamento de Segurança Energética e Neutralidade de Carbono.(Smart Energy – 17.09.2024)
Link ExternoAlemanha: Caminhões elétricos devem se tornar comuns até 2040, prevê estudo da PwC
Um estudo da PwC, apresentado na IAA Transportation em Hannover, prevê que caminhões elétricos se tornem comuns na Alemanha até 2040, substituindo em grande parte os modelos a diesel. A pesquisa indica que mais de 20% dos caminhões e ônibus globalmente funcionarão com baterias elétricas até 2030, podendo chegar a 90% até 2040. As vendas de caminhões elétricos devem alcançar 600.000 unidades em 2030 e 2,7 milhões em 2040. Jörn Neuhausen, da PwC, destaca que essa transformação é impulsionada por novos modelos de veículos elétricos e regulamentações mais rígidas sobre emissões. A autonomia dos caminhões elétricos deve aumentar 50% até 2030, passando de 600 para 900 quilômetros, e os custos dos sistemas de propulsão elétrica devem cair em 10%, tornando-os economicamente viáveis para transporte de longa distância. No entanto, a expansão da infraestrutura de recarga é crucial, com a PwC estimando que seriam necessários 6,1 bilhões de euros em investimentos públicos e 28,6 bilhões de euros das empresas até 2035. A feira IAA 2024 apresentou os últimos modelos de caminhões elétricos e movidos a hidrogênio de diversas fabricantes.(Inside EVs – 23.09.2024)
Link ExternoAustrália: Eletrificação da mineração promete redução de custos e emissões de carbono
A indústria de mineração enfrenta uma transformação significativa, com a eletrificação das operações oferecendo custos operacionais entre 56% e 88% inferiores aos de minas movidas a diesel, conforme aponta um relatório do Electric Mine Consortium (EMC). Com mais de 80% das empresas de capital aberto se comprometendo a alcançar emissões líquidas zero até 2050, 25% já estabeleceram metas de redução de carbono para 2030 ou 2035. Contudo, o setor enfrenta desafios, com 84% dos profissionais acreditando que a meta do governo australiano de 82% de energia renovável até 2030 não será atingida, e cerca de 60% dos mineradores planejando converter suas operações para elétricas. As altas barreiras de custo de capital e a necessidade de infraestrutura associada, como carregadores rápidos e sistemas elétricos, são citadas como principais obstáculos. Apesar disso, melhorias contínuas nos equipamentos elétricos e um sistema energético integrado prometem reduzir custos e aumentar a eficiência. A eletrificação não só representa uma oportunidade econômica, mas também é vista como uma necessidade para a saúde dos trabalhadores, pois diminui os riscos associados à poluição por diesel, essencial para um futuro sustentável no setor. (Energy Monitor – 30.09.2024)
Link ExternoToyota Research Institute: Avanço em baterias de íon-lítio pode melhorar vida útil dos veículos elétricos
Embora o movimento dos veículos elétricos (VEs) enfrente desafios como vendas desiguais e preocupações com autonomia e infraestrutura de carregamento, o desenvolvimento de baterias continua avançando. Um estudo recente financiado pelo Toyota Research Institute e publicado na Joule revela uma técnica inovadora para melhorar a durabilidade das baterias de íon-lítio. A pesquisa do SLAC-Stanford Battery Center descobriu que a aplicação de correntes de carga excepcionalmente altas durante a primeira carga de uma bateria pode aumentar sua vida útil em 50% a 70%. Esse processo inicial, conhecido como "formação", consome uma parte do lítio para formar uma camada protetora essencial, a interfase de eletrólito sólido (SEI), que protege o eletrodo negativo e melhora o desempenho da bateria a longo prazo. Essa abordagem pode acelerar a fabricação de baterias e potencialmente aumentar a longevidade dos veículos elétricos.(Inside EVs– 02.09.2024)
Link ExternoArtigo de Ana Carolina Cordeiro: Eletrificação da frota de veículos como solução para redução de emissões de CO₂
Em artigo publicado pelo Ensaio energético, Ana Carolina Cordeiro (Membro do Grupo de Energia e Regulação (GENER/UFF)) trata da eletrificação da frota de veículos no Brasil como uma solução promissora para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO₂) no setor de transportes, que representa 44% das emissões associadas à matriz energética do país. Com uma matriz elétrica predominantemente renovável, a adoção de veículos elétricos (VEs) surge como uma oportunidade para uma mobilidade mais sustentável. O artigo destaca estratégias do IPCC para redução de emissões, como evitar, mudar e melhorar o uso do transporte. Apesar da queda no licenciamento de veículos convencionais, os VEs mostram crescimento acelerado, embora ainda enfrentem desafios, como a falta de políticas consistentes e a alta carga tributária sobre importações. A eletrificação é vista como necessária para a saúde e sustentabilidade, mas requer uma infraestrutura de recarga adequada e incentivos governamentais, especialmente em um contexto onde o transporte público enfrenta dificuldades financeiras e de renovação de frota. (Ensaio energético – 30.09.2024)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Brasil: Anac e ANP formalizam parceria para regulamentar SAF
As Agências Nacional de Aviação Civil (Anac) e de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) formalizaram uma parceria para desenvolver o arcabouço regulatório para a inclusão dos combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) no Brasil, com um acordo técnico de 60 meses publicado no Diário Oficial da União em 4 de setembro. Esta colaboração surge enquanto o Congresso Nacional discute um marco legal para fomentar a adoção de combustíveis de baixo carbono no setor aéreo, aprovado recentemente na Comissão de Infraestrutura do Senado e previsto para votação no plenário. O acordo entre as agências inclui a criação do fórum informal Conexão SAF, destinado a enfrentar desafios na criação de biorrefinarias e à coleta de dados sobre manutenção de aeronaves e preços de combustíveis. Os SAFs, produtos "drop-in" derivados de biomassa ou CO2, oferecem uma redução significativa nas emissões de carbono em comparação ao querosene fóssil, e sua integração é vista como crucial para a descarbonização do transporte aéreo, que representa 2% das emissões globais de gases de efeito estufa.(Eixos– 04.09.2024)
Link ExternoBrasil: Senado aprova incentivos fiscais para hidrogênio de baixo carbono
O Senado aprovou o Projeto de Lei 3027/2024, que institui um programa de incentivos fiscais de R$ 18,3 bilhões para promover a produção e o consumo de hidrogênio de baixo carbono no Brasil. A proposta, agora aguardando sanção presidencial, distribuirá créditos fiscais de 2028 a 2032, com valores anuais crescentes, começando em R$ 1,7 bilhão em 2028 e alcançando R$ 5 bilhões em 2032. O programa visa tornar o hidrogênio verde mais competitivo, oferecendo créditos fiscais de até 100% da diferença entre o preço do hidrogênio verde e o dos combustíveis fósseis que ele substitui. O hidrogênio de baixo carbono é definido como aquele com intensidade de até 7 kg de CO2 por kg produzido e pode ser derivado de várias fontes, incluindo eletrólise com energias renováveis e gás natural com captura de carbono. Além disso, o programa promoverá maior transparência, com a publicação anual de relatórios sobre a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PNH2), e permitirá que as empresas recebam ressarcimentos mais flexíveis e com menos burocracia.(Eixos – 04.09.2024)
Link ExternoBrasil: Expansão do H2V no país é impulsionada por incentivos fiscais e promete impacto no PIB
O setor de hidrogênio verde no Brasil está em expansão, impulsionado pela sanção do marco legal que prevê R$ 18 bilhões em incentivos fiscais nos próximos cinco anos para apoiar a produção de hidrogênio renovável e promover a descarbonização. Com o potencial para produzir até 4% da demanda mundial de hidrogênio verde até 2050, a indústria promete impactar significativamente o PIB brasileiro, podendo alcançar R$ 7 trilhões. Empresas como Eletrobras e Casa dos Ventos estão avançando na produção e uso de hidrogênio verde, com parcerias e projetos em andamento. Apesar do crescimento, desafios como a infraestrutura de armazenamento e o alto custo do hidrogênio verde permanecem, exigindo maior clareza sobre a demanda e desenvolvimento de tecnologias mais acessíveis para a indústria se expandir efetivamente. (Valor Econômico - 30.08.2024)
Link ExternoBrasil: Senado aprova incentivos ao hidrogênio verde
O Senado Federal do Brasil aprovou o PL 3.027/2024, que estabelece regras para o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), como parte do marco regulatório da pauta verde. Este projeto visa corrigir questões técnicas deixadas pelo veto do PL 2308/23 e prevê a concessão de créditos fiscais para a comercialização de hidrogênio de baixa emissão produzido no Brasil, totalizando R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032. O novo PL redefine objetivos e metas para o desenvolvimento do mercado interno de hidrogênio, com prioridade para setores industriais e transporte pesado. A medida tem caráter autorizativo, e o governo não é obrigado a conceder os créditos. Os projetos selecionados devem seguir critérios de menor intensidade de emissões e maior potencial de adensamento da cadeia nacional. A aprovação do projeto é vista como um avanço significativo para a indústria de baixo carbono no Brasil. (Agência CanalEnergia - 05.09.2024)
Link ExternoBrasil: Integração do hidrogênio natural com regulação de hidrocarbonetos enfrenta obstáculos
A regulamentação do hidrogênio natural no Brasil, a cargo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), enfrenta desafios complexos após a aprovação da lei 14.948/2024, que confere à ANP a responsabilidade pela regulação, autorização e fiscalização da exploração e produção desse recurso. O principal desafio é integrar a regulação do hidrogênio natural com a existente para hidrocarbonetos, como o gás natural, especialmente considerando que hidrogênio e gás natural podem ocorrer juntos. A ANP propõe que, se o hidrogênio natural for considerado um recurso principal, ajustes significativos serão necessários nos contratos e editais de licitação. Além disso, o mercado de hidrogênio no Brasil ainda está em desenvolvimento, o que requer uma melhor compreensão das dinâmicas da indústria para definir o regime de outorga mais adequado. A presença de metano, um potente gás de efeito estufa, nas acumulações de hidrogênio também levanta preocupações sobre a contabilização das emissões de CO2 equivalente. Outro ponto crítico é a viabilidade da mistura de hidrogênio com gás natural em gasodutos, cuja análise está em andamento no Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). A viabilidade dessa mistura poderá levar a uma revisão das resoluções vigentes ou a uma nova regulamentação específica para o hidrogênio. (Agência Eixos – 08.09.2024)
Link ExternoBrasil: Onze projetos de hidrogênio verde solicitam conexão ao SIN com capacidade de 45 GW
O Brasil possui atualmente onze projetos de hidrogênio verde solicitando conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN), totalizando uma capacidade instalada prevista de 45 GW até 2038. Desses, sete já receberam portarias de viabilidade, enquanto os cinco restantes ainda estão em análise. Estes projetos exigem adaptações na infraestrutura elétrica, especialmente nas subestações do Nordeste, região que concentra a maioria dos empreendimentos. O estudo de expansão da Rede Básica do SIN, a ser realizado em 2024 pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), visa preparar o sistema de transmissão para integrar esses projetos de grande escala. A demanda inicial para conexão desses projetos é estimada em 0,9 GW para 2026, crescendo para 45 GW até 2038. O Ministério de Minas e Energia (MME) enfatiza a necessidade de colaboração com associações e agentes do setor para enfrentar os desafios do planejamento de transmissão. Entre os projetos com portarias emitidas estão o "Amônia Verde de Pecém" e o "H2 – Pecém", ambos no Ceará, e o "Ecohydrogen H2V" na Bahia.(Agência Eixos – 12.09.2024)
Link ExternoBrasil: Crescimento da produção de hidrogênio verde e oportunidades de descarbonização
A produção de hidrogênio verde global alcançou 95 milhões de toneladas em 2022, com principais fontes como gás natural e carvão, e o conselheiro da CCEE, Eduardo Rossi, destacou a importância da certificação para garantir incentivos e alinhar-se a padrões internacionais. Durante o 3º Encontro Migratio, ele afirmou que a CCEE está preparada para apoiar o crescimento do mercado de hidrogênio e amônia no Brasil, cuja transição energética foi acelerada por eventos como a Guerra na Ucrânia. O marco legal do hidrogênio de baixo carbono, instituído pela Lei 14.948/2024, define categorias de hidrogênio e oferece incentivos tributários por cinco anos, a partir de 2025. Apesar dos desafios como licenciamento e segurança, a matriz energética brasileira, predominantemente renovável, posiciona o país como potencial líder na produção de hidrogênio verde. Atualmente, mais de 20 projetos nesse setor estão em andamento no Brasil, com investimentos superando R$ 188 bilhões. A produção de amônia verde, essencial para fertilizantes e outras indústrias, também foi enfatizada como uma oportunidade de descarbonização da agricultura e da agroindústria, com custos de produção que tendem a se tornar competitivos rapidamente.(Agência CanalEnergia - 17.09.2024)
Link ExternoBrasil: Projetos de hidrogênio verde atingem R$ 200 bilhões com PNH2
Os projetos de hidrogênio verde no Brasil somam mais de R$ 200 bilhões, conforme a Agência Brasil, e estão registrados no Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), com potencial de expansão ainda maior. Com a sanção da Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono em agosto de 2024, o setor ganha impulso, criando um sistema de certificação e mecanismos de incentivo que podem liberar até R$ 18 bilhões em cinco anos para descarbonizar o transporte. O Brasil tem a capacidade técnica de produzir até 1,8 gigatonelada de hidrogênio por ano até 2031, com 90% desse potencial proveniente de fontes renováveis. No entanto, o alto custo de produção do hidrogênio verde, que atualmente varia entre US$ 5 e US$ 6 por quilo, o torna menos competitivo em comparação ao hidrogênio cinza, produzido a partir do gás natural. Especialistas acreditam que, com estratégias de otimização e incentivos, esse custo pode ser reduzido a valores entre US$ 2,87 e US$ 1,69 por quilo, tornando o hidrogênio verde mais viável no mercado.(Além da Energia– 19.09.2024)
Link ExternoBrasil: Necessidade de técnicos especializados para a indústria do hidrogênio verde
A indústria do hidrogênio verde no Brasil precisará de quase 3 mil técnicos especializados anualmente para atender à instalação, manutenção e renovação de sistemas dessa tecnologia, conforme uma pesquisa do Senai em parceria com o projeto H2Brasil. O estudo, liderado por Marc Bovenschulte, entrevistou 128 especialistas, principalmente do Nordeste (42%) e Sudeste (39%), e destacou a importância da capacitação técnica para o sucesso do setor, que pode expandir significativamente no país. A demanda inclui 2.863 novos técnicos e trabalhadores qualificados, além de 2.248 semiqualificados e cientistas, especialmente em universidades e centros de pesquisa. A eletrólise, que utiliza energia renovável para produzir hidrogênio a partir da água, é considerada a área de maior potencial, com 56% dos especialistas apoiando essa visão. Com mais de 60 projetos anunciados e investimentos estimados em R$ 188,7 bilhões, o Porto de Pecém, no Ceará, destaca-se com R$ 110,6 bilhões destinados à construção de plantas de produção, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).(Agência Eixos – 19.09.2024)
Link ExternoBrasil: Produção sustentável de combustível de aviação destacada no Brazil Climate Summit
Durante o Brazil Climate Summit em Nova York, representantes da Acelen e da Raízen destacaram a produção sustentável de combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil, utilizando matérias-primas como o óleo de macaúba e etanol. Paula Kovarsky, da Raízen, ressaltou a pioneira qualificação do etanol de cana-de-açúcar para a regulamentação internacional Corsia, enfatizando que sua produção tem menor impacto em termos de uso da terra e não compete com alimentos, além de ser rastreável e eficiente, já que a cana ocupa apenas 1% do território nacional. A Raízen começou a fornecer etanol para uma unidade de SAF na Geórgia, que visa produzir 34 milhões de litros anualmente. Por sua vez, Yuri Orse, da Acelen, falou sobre o uso da macaúba, que permitirá recuperar solos degradados e gerar emissões negativas, com projeções de atingir 1 bilhão de litros de SAF até 2027. Ambos os representantes pediram a criação de mecanismos globais que reconheçam as vantagens competitivas do Brasil, como um sistema de créditos de carbono, essencial para financiar a produção sustentável e impulsionar a descarbonização da aviação.(Agência Eixos– 18.09.2024)
Link ExternoBrasil: Projetos de SAF podem atender 38% da demanda de aviação até 2037
Três projetos no Brasil para a produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) podem atender, em média, 38% da demanda doméstica entre 2027 e 2037, segundo um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O relatório considera o programa ProBioQAV, que visa descarbonizar o setor aéreo, com metas de redução de emissões começando em 1% em 2027 e alcançando 10% em 2037. A produção de SAF deve atingir 1,1 milhão de metros cúbicos em 2030, representando cerca de 12% da demanda de aviação nesse período. Estimativas para 2037 indicam uma produção de até 8 bilhões de litros anuais, mas novos investimentos serão necessários para atender à demanda internacional do acordo Corsia. O Brasil possui vantagens competitivas, como matérias-primas para SAF com menor intensidade de carbono, e pode se tornar um hub regional para a exportação. O aproveitamento de resíduos, como sebo bovino e resíduos de cana, poderia contribuir para a redução de emissões, atendendo até 82% das metas até 2037. Para fortalecer a competitividade no mercado internacional, é essencial estabelecer um padrão de contabilidade de emissões de carbono no ciclo de vida do SAF.(Agência Eixos– 25.09.2024)
Link ExternoBrasil: Produção de etanol pode chegar a 48 bilhões de litros até 2034
Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), divulgado pelo Ministério de Minas e Energia e pela Empresa de Pesquisa Energética, a produção de etanol no Brasil, a partir da cana-de-açúcar e do milho, pode alcançar 48 bilhões de litros até 2034, com um crescimento anual de 3,8% em relação a 2022. A demanda projetada para etanol combustível na próxima década é de 45 bilhões de litros, resultando em um saldo positivo na produção. O relatório também ressalta o potencial de geração de eletricidade a partir do bagaço de cana, que pode chegar a 5,8 GW médios até 2034, com possibilidades de aumento através do uso de palhas e pontas. Além disso, menciona novos biocombustíveis em ascensão, como biometano e combustíveis sustentáveis para aviação (SAF). A produção de biogás de resíduos da cana pode atingir 6,4 bilhões de Nm³, gerando 3,5 bilhões de Nm³ de biometano, o que representa 17% da demanda de gás natural em 2023. Projetos de SAF devem atender 41% das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa entre 2027 e 2034, com uma produção estimada de 1,1 milhão de m³ por ano a partir de 2030, utilizando a rota HEFA.(Agência Eixos – 24.09.2024)
Link ExternoBrasil: Incentivos para hidrogênio podem impulsionar energia eólica offshore
A diretora de políticas do Global Wind Energy Council (GWEC), Roberta Cox, avaliou que os incentivos do recente marco legal do hidrogênio no Brasil podem impulsionar o desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore. Durante sua participação no evento ROG.e, Cox destacou que uma planta de hidrogênio verde, alimentada por energia solar ou eólica offshore, poderia beneficiar todo o complexo energético se os incentivos forem eficazes. Ela enfatizou a necessidade urgente de legislações que incentivem a transição energética, considerando que o Brasil precisará investir mais de US$ 1,3 trilhão em energia de baixa emissão até 2050, com US$ 100 bilhões destinados ao hidrogênio. Recentemente, o Congresso enviou para sanção o PL 3027/2024, criando o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão, que prevê R$ 18,3 bilhões em créditos fiscais. Apesar disso, o marco das eólicas offshore enfrenta obstáculos no Senado, com emendas que favorecem a geração térmica a gás e carvão, atrasando a implementação de cerca de 234 GW de potenciais parques eólicos. Cox ressaltou a movimentação do governo em torno dessas políticas, embora a tramitação do marco das eólicas ainda esteja estagnada, gerando críticas de consumidores e ambientalistas.(Agência Eixos– 23.09.2024)
Link ExternoBrasil: Financiamento de R$ 6 bilhões para hubs de hidrogênio de baixo carbono
O Climate Investment Funds (CIF) anunciou a disponibilização de cerca de R$ 6 bilhões em financiamento a baixo custo para hubs de hidrogênio de baixo carbono em todo o mundo, durante uma reunião paralela do Ministerial de Energia Limpa e Missão Inovação em Foz do Iguaçu. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que essa parceria com o Reino Unido será crucial para desenvolver projetos atualmente em fase de entendimento, com acesso ao financiamento por meio de uma chamada pública. Essa iniciativa é parte do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), visando a criação de polos de hidrogênio de baixa emissão no Brasil até 2035, integrando produção, armazenamento e transporte, e posicionando o país no competitivo mercado global de hidrogênio. A chamada pública busca soluções para descarbonizar setores industriais e permitirá que propostas selecionadas integrem o plano de investimentos do Brasil. Um mapeamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que mais de 20 projetos de hidrogênio de baixo carbono já atraíram R$ 188,7 bilhões em investimentos, destacando a produção descentralizada como a opção mais viável para o desenvolvimento imediato da indústria no país, aproveitando a energia elétrica renovável.(Agência Eixos – 04.10.2024)
Link ExternoBrasil: Descarbonização do setor de transportes até 2050
Descarbonizar o setor de transportes global até 2050 exige que combustíveis alternativos, como diesel verde, SAF (combustível sustentável de aviação), biometano, amônia e metanol, representem um terço do consumo, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). O Brasil, na presidência rotativa do G20, prioriza a padronização da contabilidade de carbono para esses combustíveis, embora enfrente desafios nesse aspecto. O embaixador André Corrêa do Lago destacou a necessidade de harmonizar padrões, especialmente na produção de SAF, que é escassa atualmente, mas essencial para a aviação atingir suas metas de emissões líquidas zero até 2050. A diversificação da produção de SAF em países do Sul Global, como Brasil e Índia, é considerada vital. Mariana Espécie, do Ministério de Minas e Energia, enfatiza que a discussão deve focar em como resolver questões críticas, como financiamento e implementação de novas soluções energéticas, ao invés de polarizações tecnológicas. A diretora da ICAO, Jane Hupe, ressaltou a importância de expandir a produção de SAF para todos os 193 países, promovendo uma mudança na lógica de mercado de combustíveis fósseis e assegurando um compromisso global para mitigar as emissões na aviação.(Agência Eixos – 01.10.2024)
Link ExternoWoodmac: Desafios e avanços no mercado de hidrogênio de baixo carbono
Em artigo publicado pelo Woodmac, Murray Douglas (Vice-presidente de Pesquisa em Hidrogênio e Amônia) trata do desenvolvimento do setor global de hidrogênio de baixo carbono, que atualmente conta com volumes contratados de 8,3 Mtpa, representando 6% da capacidade total anunciada de 135 Mtpa. Apesar de mais de 300 acordos assinados, apenas uma fração avançou para contratos firmes, o que destaca a importância de uma infraestrutura midstream adequada, como oleodutos e terminais, para viabilizar esses acordos. A falta de financiamento para essa infraestrutura é um desafio significativo, impedindo a transição de negociações preliminares para acordos vinculativos e, consequentemente, retardando o crescimento do mercado. O artigo descreve o processo de contratação, desde o termsheet até o Acordo de Compra e Venda (SPA), e aponta que os acordos estão se concentrando em setores tradicionais, como amônia e metanol, com regiões como Europa e Leste da Ásia se destacando nas importações. A necessidade de contratos firmes é enfatizada, pois a ausência deles pode colocar em risco o desenvolvimento de projetos, como demonstrado pelo cancelamento do projeto FlagshipOne.(Woodmac – 04.10.2024)
Link ExternoIEA: Hidrogênio de baixas emissões cresce 100% em investimentos, mas desafios regulatórios e de demanda persistem
O relatório Global Hydrogen Review 2024, da IEA, revela um crescimento significativo em projetos de hidrogênio de baixas emissões, com o número de decisões finais de investimento dobrando no último ano, prevendo uma produção global cinco vezes maior até 2030. A capacidade de eletrólise que alcançou essa decisão agora soma 20 GW, com a China contribuindo com mais de 40% desse total. Apesar do aumento no interesse dos investidores, a capacidade instalada e os volumes de hidrogênio permanecem baixos devido à incerteza regulatória e à falta de incentivos claros. Enquanto as metas de produção dos governos somam 43 milhões de toneladas anuais até 2030, as metas de demanda alcançam apenas 11 milhões. A AIE destaca que, para que os projetos tenham sucesso, é crucial que haja uma demanda consistente e políticas que apoiem a criação dessa demanda. Além disso, o relatório identifica a América Latina como um potencial hub para a produção de hidrogênio, com estratégias focadas em exportação, mas sugere que o desenvolvimento gradual e a implementação de projetos em menor escala possam ajudar a mitigar riscos e maximizar oportunidades futuras.(IEA – 02.10.2024)
Link ExternoEnergy Science & Enginerring: Estudo aponta que gás natural está bloqueando avanço do H2V
Um estudo da Energy Science & Engineering apontou que a infraestrutura existente de gás natural é amplamente incompatível com o hidrogênio (H2) e não pode ser reutilizada sem reformas extensivas e dispendiosas. Os autores descobriram que os planos globais de misturar H2 aos sistemas de gás natural como uma tentativa de prolongar a vida útil da infraestrutura de gás vão, na verdade, atrasar o desenvolvimento da cadeia do hidrogênio. Segundo o texto, cada parte da infraestrutura de gás existente, desde dutos até aparelhos de uso final, enfrenta desafios técnicos, de segurança, ambientais e econômicos quando reutilizados para o hidrogênio. O estudo é revisado por pares e coassinado por especialistas em hidrogênio do Reino Unido, Austrália, Canadá e EUA. A equipe inclui membros do grupo independente de especialistas Hydrogen Science Coalition e Ilissa Ocko, conselheira sênior do enviado presidencial especial dos EUA para o Clima, John Kerry. (Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
Link ExternoEnergy Science & Engineering: Infraestrutura atual de gás natural não é compatível com hidrogênio
Um estudo da Energy Science & Engineering revelou que a infraestrutura atual de gás natural não é compatível com o hidrogênio e exige reformas extensas e caras para sua adaptação. Os autores do estudo, que incluem especialistas do Reino Unido, Austrália, Canadá e EUA, apontam que os planos globais de misturar hidrogênio com gás natural para prolongar a vida útil dessa infraestrutura podem, na verdade, atrasar o desenvolvimento da cadeia do hidrogênio. Cada componente da infraestrutura existente enfrenta desafios técnicos, de segurança, ambientais e econômicos ao ser adaptado para o hidrogênio. Embora misturar pequenas quantidades de hidrogênio com gás natural possa reduzir as emissões de gases de efeito estufa, não resolve o problema da necessidade de reformas significativas para o uso de hidrogênio puro. Shigueo Watanabe Jr., pesquisador do ClimaInfo, alerta que o Brasil, ainda com uma infraestrutura de gasodutos menor comparada a países como o Reino Unido e Alemanha, deve evitar importar problemas de países com redes mais extensas e focar na construção de fábricas próximas à produção de hidrogênio.(Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
Link ExternoHydrogen Council: Relatório revela crescimento dos projetos de hidrogênio de baixo carbono
O relatório "Hydrogen Insights 2024", elaborado pelo Hydrogen Council e McKinsey & Company, revela um crescimento significativo nos projetos de hidrogênio de baixo carbono, que aumentaram de 228 em 2020 para 1.572 em 2024, com investimentos saltando de US$ 10 bilhões para US$ 75 bilhões. Dentre esses projetos, 434 já receberam decisão final de investimento (FID). Ivana Jemelkova, CEO do Hydrogen Council, ressalta a importância do hidrogênio na transição energética e a necessidade de investimentos substanciais até 2030 para cumprir as metas climáticas. Apesar do aumento de 90% em FIDs, ainda há uma lacuna de US$ 335 bilhões para alinhar os projetos a um cenário de emissões zero até 2050. O setor enfrenta desafios como inflação, taxas de juros elevadas e incertezas regulatórias na União Europeia e EUA, impactando especialmente o hidrogênio renovável. A América do Norte se destaca, respondendo por 90% das FIDs do último ano, enquanto a participação da Europa caiu para 40%. Líderes do setor, como Sanjiv Lamba e Jaehoon Chang, pedem um ambiente regulatório favorável e incentivos para acelerar a implementação e garantir um suprimento acessível de hidrogênio.(Agência Eixos – 20.09.2024)
Link ExternoArtigo de Bruno Simões Corrêa: Amônia verde como solução para a dependência de fertilizantes importados
Com a aprovação da Lei nº 14.948 em 2 de agosto de 2024, que estabelece o Marco Legal do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, o Brasil avança na transição energética, promovendo a produção de hidrogênio e amônia verdes. O país, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, depende significativamente de fertilizantes importados, com cerca de 86% de suas necessidades atendidas por importações em 2023. Essa vulnerabilidade se agrava em crises globais de fornecimento, como observado durante a guerra na Ucrânia. A amônia verde, produzida a partir de hidrogênio obtido por eletrólise da água com energia renovável, surge como uma solução viável, oferecendo segurança para a cadeia de suprimentos, redução da pegada de carbono e um "selo verde" para produtos agrícolas. O Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio (Rehidro) deve ajudar a viabilizar esses projetos, oferecendo incentivos fiscais e financiamentos, e potencializando a pesquisa em tecnologias mais eficientes. A amônia verde pode não apenas atender à demanda interna, mas também posicionar o Brasil como um exportador significativo, alinhando-se às metas globais de sustentabilidade e fortalecendo seu papel no cenário internacional.(Agência Eixos – 16.09.2024)
Link ExternoG20: Proposta do Brasil de padrões internacionais para biocombustíveis enfrenta oposição europeia
A proposta brasileira de criar padrões internacionais de sustentabilidade para biocombustíveis, que será apresentada na cúpula do G20 em novembro, enfrenta oposição da Alemanha e de outros países europeus. O Brasil defende a contabilização das emissões de carbono ao longo do ciclo de vida dos biocombustíveis, favorecendo o etanol, enquanto a Europa prioriza a eletrificação e o uso de combustíveis sintéticos. A Alemanha reconhece o valor do etanol e biodiesel, mas exige o uso de biomassa sustentável, como resíduos, e tem preocupações com a expansão da produção de biocombustíveis, temendo o desmatamento e o aumento das emissões de CO2. Os regulamentos da União Europeia visam proteger a competitividade da indústria local e promover a sustentabilidade. O Brasil argumenta que pode conciliar produção de alimentos, biocombustíveis e preservação ambiental, mas precisa provar isso diante dos desafios ambientais atuais, como o desmatamento na Amazônia e no Pantanal. As negociações no G20 serão fundamentais para definir o futuro da produção e consumo de biocombustíveis globalmente.(Inside EVs – 13.09.2024)
Link ExternoG20: Definição de taxonomia global e padrões para biocombustíveis em novo documento de bioeconomia
Após nove meses de discussões, os países do G20 concordaram com os “Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia” durante uma reunião técnica no Rio de Janeiro em 11 de setembro. Este documento, estabelecido pela Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB), marca a primeira inclusão da bioeconomia em um acordo multilateral. Criada pelo Brasil, que preside o G20 este ano, a GIB busca uma taxonomia global para a bioeconomia e a criação de padrões de sustentabilidade para biocombustíveis. O Brasil pretende destacar a contabilidade de carbono ao longo do ciclo de vida dos combustíveis e aumentar a participação dos biocombustíveis brasileiros na descarbonização global. Os princípios acordados são voluntários e orientam futuros debates, abordando a equidade, a inclusão social, a adaptação às mudanças climáticas, a conservação da biodiversidade e a utilização sustentável de recursos biológicos. Liderada pelo Ministério das Relações Exteriores em colaboração com outros ministérios, a Iniciativa visa integrar a bioeconomia com a preservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável, conforme explicado pela ministra Marina Silva.(Agência Eixos – 12.09.2024)
Link ExternoChina: Artigo da Woodmac revela liderança em eletrólise e hidrogênio
Em artigo publicado pela Woodmac, Tiantian Zhao (consultora de Hidrogênio e Derivados) e Bridget van Dorsten (Analista Principal de Pesquisa em Hidrogênio) tratam da crescente importância da tecnologia de eletrólise na produção de hidrogênio e destacam a China como líder nesse setor. O artigo revela que a China se destaca globalmente devido à sua experiência de 40 anos na eletrólise de cloro-alcalino, permitindo economias de custo significativas e uma cadeia de suprimentos verticalmente integrada. Embora a tecnologia de membrana de troca protônica (PEM) chinesa esteja ainda em desenvolvimento e atrás dos padrões ocidentais, a capacidade de produção da China, que detém cerca de 60% do mercado, a posiciona favoravelmente para o futuro. A vantagem competitiva chinesa se reflete na capacidade de oferecer eletrólises a preços mais baixos, com uma economia potencial de até 45% em projetos na Alemanha até 2030. Os fabricantes chineses estão também expandindo suas exportações, embora enfrentem custos adicionais e requisitos de certificação que podem impactar a vantagem de custo.(Woodmac – 05.09.2024
Link ExternoUE: Empresas europeias pedem inclusão da energia nuclear na produção de hidrogênio de baixo carbono
Em uma carta aberta divulgada em 10 de setembro, empresas e associações europeias ligadas à energia nuclear pedem à União Europeia (UE) que reconheça a energia nuclear como uma fonte válida para a produção de hidrogênio de baixo carbono. Atualmente, a energia nuclear, embora livre de carbono, não é considerada uma fonte "verde" pela UE e, portanto, não tem acesso aos incentivos para hidrogênio renovável. A carta, assinada por entidades como a France Hydrogène e a EDF, argumenta que a inclusão da eletricidade nuclear na definição de hidrogênio eletrolítico ajudaria a fortalecer a indústria de eletrólise da UE. Em julho, o Tribunal de Contas Europeu havia criticado a meta da UE de 20 milhões de toneladas de hidrogênio renovável até 2030, recomendando a inclusão do hidrogênio de baixo carbono. A Comissão Europeia rejeitou essa sugestão, mantendo a meta restrita ao hidrogênio renovável. A proposta divide a Europa: países como França e Bulgária apoiam a inclusão da energia nuclear, enquanto Alemanha e Espanha preferem focar em energias renováveis como eólica e solar. O debate é mais político do que técnico, refletindo diferentes estratégias e prioridades energéticas dos estados membros. (Agência Eixos – 11.09.2024)
Link ExternoCanadá: Brookfield investe US$ 1,1 bilhão em combustíveis sintéticos para aviação
No dia 10 de setembro, a gestora de investimentos Brookfield, que administra cerca de US$ 1 trilhão em ativos, anunciou um investimento de US$ 1,1 bilhão em combustíveis sintéticos (e-fuels) da Infinium, marcando sua primeira aplicação direta em combustíveis sustentáveis para aviação (SAF). O investimento inclui mais de US$ 200 milhões para o projeto Roadrunner da Infinium no oeste do Texas, além de até US$ 850 milhões para outros projetos globais da empresa. O projeto no Texas visa produzir e-SAF, e-nafta e e-diesel. Os recursos vêm do Brookfield Global Transition Fund inaugural (BGTF I), que arrecadou US$ 15 bilhões para projetos de energia renovável e captura de carbono, e do segundo fundo para transição energética, BGTF II, que levantou US$ 10 bilhões. A Infinium, com doze projetos em andamento globalmente, inclui uma parceria com a Engie na Europa e um acordo com a American Airlines para e-SAF a partir de 2026. O combustível produzido pode reduzir até 90% as emissões de gases de efeito estufa em comparação aos convencionais.(Agência Eixos – 10.09.2024)
Link ExternoEspanha: Envision Energy investirá US$ 1 bilhão em parque industrial de hidrogênio verde
A empresa chinesa Envision Energy, especializada em tecnologia verde, irá desenvolver na Espanha um "parque industrial de hidrogênio verde com emissão zero", o primeiro do tipo na Europa, com um investimento inicial de US$ 1 bilhão. A iniciativa, que surgiu de uma parceria com o governo espanhol durante a visita do primeiro-ministro à China, visa estabelecer um centro para design, pesquisa, fabricação e serviços relacionados ao hidrogênio verde. O parque terá um papel crucial na aceleração da adoção de hidrogênio verde na Espanha, especialmente para setores de difícil descarbonização, e ajudará a atingir a meta do país de 11GW de capacidade de eletrólitos até 2030. A construção está prevista para iniciar no primeiro semestre de 2026 e deverá criar cerca de 1.000 empregos verdes. Além disso, a Envision planeja criar um Centro de Excelência em Hidrogênio Verde para fomentar habilidades locais, inovações e parcerias industriais.(Smart Energy – 13.09.2024)
Link ExternoEspanha: Investimento da BP e Iberdrola em hidrogênio verde para 2026
A bp e a Iberdrola anunciaram a decisão final de investimento para a construção de uma planta de hidrogênio verde em Castellón, na Espanha, com operação prevista para o segundo semestre de 2026. A nova unidade, desenvolvida pela joint venture Castellón Green Hydrogen S.L., produzirá cerca de 2,8 mil toneladas de hidrogênio verde anualmente, substituindo parte do hidrogênio fóssil atualmente utilizado pela refinaria da bp em Castellón, que processa 3 milhões de toneladas de óleo cru. A planta converterá 200 GWh/ano de energia renovável dos parques eólicos e solares da Iberdrola em hidrogênio verde. O projeto poderá futuramente beneficiar a indústria cerâmica, química e transporte pesado na região de Valência. Felipe Arbelaez, da bp, destacou a planta como um modelo de transformação e a primeira decisão de investimento industrial da bp no setor de hidrogênio. Além disso, a bp e a Honeywell firmaram um acordo em julho de 2023 para adaptar refinarias globalmente para produzir combustíveis sustentáveis de aviação e diesel verde, promovendo uma transição para combustíveis de baixo carbono.(Agência Eixos – 13.09.2024)
Link ExternoReino Unido e Chile: Parceria garante £ 5 bilhões para projetos sustentáveis e hidrogênio verde
No dia 9 de setembro, o Reino Unido anunciou uma parceria com o Chile para desbloquear £ 5 bilhões (aproximadamente US$ 6,54 bilhões) em financiamento para projetos sustentáveis, incluindo a produção de hidrogênio verde. Os recursos, provenientes da UKEF, a agência de crédito à exportação britânica, visam estimular grandes contratos de comércio internacional, conforme destacado por Tim Reid, CEO da UKEF. A parceria é vista como estratégica pelo Chile, que já alocou US$ 50 milhões para o desenvolvimento de hidrogênio verde e pretende que 70% de sua energia venha de fontes renováveis até 2050. Este acordo segue o recente anúncio britânico do National Wealth Fund, que investirá em portos, hidrogênio e clusters industriais no Reino Unido, incluindo £ 500 milhões para apoiar a fabricação de hidrogênio verde. A colaboração entre os dois países reforça seus compromissos com a sustentabilidade e a inovação energética. (Agência Eixos – 10.09.2024)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Brasil: Geração distribuída alcança 32 GW e supera R$ 100 bilhões em investimentos
A geração distribuída (GD) no Brasil alcançou recentemente 32 gigawatts (GW) de capacidade, destacando-se pelo crescimento exponencial nos últimos quatro anos, especialmente na energia solar fotovoltaica. Em 2023, o setor superou R$ 100 bilhões em investimentos acumulados, com uma projeção de crescimento de 35% para 2024, totalizando mais de R$ 140 bilhões. Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), atribui o avanço à crescente conscientização ambiental, à busca por alternativas mais econômicas e ao desejo de maior controle sobre o consumo de energia. Espera-se que até o final de 2024, a GD adicione cerca de 4 GW, alcançando 36 GW. Com mais de 1 GW em mais de dez estados e atendimento a mais de 4 milhões de unidades consumidoras, São Paulo lidera com 4,5 GW, seguido por Minas Gerais com 4,1 GW. O investimento em GD não só beneficia consumidores e o sistema elétrico, mas também estimula a economia nacional ao gerar empregos e promover a energia renovável.(Agência CanalEnergia - 04.09.2024)
Link ExternoBrasil: Avanços no armazenamento de energia renovável tornam realidade a ideia de estocar vento e sol
Embora a ideia de estocar vento e sol tenha sido ridicularizada quando mencionada em 2015 pela então presidente da república, Dilma Rousseff, a realidade agora confirma essa possibilidade com o armazenamento da energia gerada por essas fontes. A queda acentuada nos preços das baterias de íons de lítio, impulsionada pela produção de veículos elétricos, está tornando viável o armazenamento de energia renovável, o que pode substituir geradores a diesel e melhorar a estabilidade do grid elétrico. Diversas tecnologias de armazenamento estão em desenvolvimento, incluindo baterias, supercapacitores e métodos mecânicos e termodinâmicos. No Brasil, a ISA CTEEP já implementou um grande projeto de baterias para armazenar energia, reduzindo emissões e melhorando a confiabilidade do fornecimento elétrico. A sustentabilidade das baterias e a reutilização de seus componentes são questões importantes que ainda precisam de atenção. (Valor Econômico - 30.08.2024)
Link ExternoBrasil: Desafios na busca por sustentabilidade em meio à alta demanda dos data centers
O mercado de data centers enfrenta uma dicotomia entre a crescente demanda por capacidade computacional e a necessidade de reduzir o consumo de energia devido a riscos climáticos. O consumo de energia pelos data centers cresce anualmente em taxas de 10%, o que destaca a importância de adotar energia renovável para atingir metas de descarbonização. No Brasil, onde a matriz elétrica é majoritariamente renovável, empresas de data centers como a Odata e a Scala Data Centers estão investindo em energia renovável mediante parques eólicos e solares. Companhias como AWS, Ascenty e Vivo também estão comprometidas com a sustentabilidade, utilizando energia limpa e investindo em projetos de geração renovável. O setor busca constantemente alternativas para equilibrar a demanda crescente com práticas sustentáveis, refletindo um compromisso global com a redução das emissões e a inovação verde. (Valor Econômico - 30.08.2024)
Link ExternoBrasil: Projeções para a autoprodução de energia até 2034
Em 2034, a autoprodução local de energia no Brasil deve alcançar 91,8 TWh, com uma taxa de crescimento anual de 2,4%. Contudo, grandes consumidores industriais, como os setores de celulose e siderurgia, devem experimentar um aumento mais significativo, de 3,8% ao ano, superando a média de 3,5% do consumo nacional. Durante o 3º Encontro Migratio de Energia e Gás, especialistas destacaram que a autoprodução pode ser realizada de forma consorciada entre empresas, facilitando investimentos em plantas de geração. Embora a prática tenha raízes históricas no Brasil, seu crescimento foi impulsionado pela regulamentação do Mercado Livre de Energia a partir de 1995. A autoprodução é considerada essencial para a competitividade da indústria, oferecendo isenção de encargos e impostos, como ICMS, PIS e COFINS. A demanda por eletricidade deve crescer para até 930 TWh em 2034, e a autoprodução não injetada na rede, que representa 12% do consumo total, deve expandir-se a uma taxa média de 3,89% ao ano. Este cenário aponta uma crescente importância da autoprodução no planejamento do sistema elétrico brasileiro.(Agência CanalEnergia – 17.09.2024)
Link ExternoMorgan Stanley: Pesquisa aponta que a expansão de data centers deve aumentar emissões, mas também estimular soluções de descarbonização
Uma pesquisa realizada pelo Morgan Stanley aponta que a expansão dos data centers deve produzir cerca de 2,5 bilhões de toneladas métricas de emissões equivalentes de CO2 globalmente até o final da década. Hyperscalers – como o Google, Microsoft, Amazon e Meta – estão impulsionando a rápida proliferação de data centers, que consomem muita eletricidade para expandir suas tecnologias de inteligência artificial e computação em nuvem. Reconhecido o impacto climático da difusão dessas tecnologias, as empresas, simultaneamente, mantêm promessas de cortar as emissões das suas unidades até 2030. Segundo o estudo, isso possibilita a criação de um grande mercado de soluções de descarbonização. A construção de gigantescos armazéns de computadores aumentará os investimentos em desenvolvimento de energia limpa, equipamentos de eficiência energética e materiais de construção verdes. O relatório também indica que as tecnologias de captura, utilização e sequestro de carbono (CCUS) e os processos de remoção de dióxido de carbono (CDR) devem ser estimuladas. (Reuters – 03.09.2024)
Link ExternoThe Economist: "O próximo negócio de US$ 1 trilhão da energia limpa"
O artigo publicado pelo The Economist trata do avanço do armazenamento de energia em escala de rede como uma solução essencial para a intermitência das fontes renováveis de eletricidade, como painéis solares e turbinas eólicas. Para alcançar as metas de descarbonização, a capacidade global de armazenamento precisa aumentar drasticamente, de menos de 200 gigawatts no ano passado para mais de 1 terawatt até 2030. A tecnologia de baterias, especialmente as de lítio, tem avançado rapidamente, com preços caindo significativamente devido ao aumento da produção e à inovação. A China, como principal produtora, está expandindo rapidamente sua capacidade, embora a sobreoferta possa levar a uma queda adicional nos preços. Novas tecnologias de baterias, como as de íon de sódio, estão emergindo como alternativas promissoras e podem atender à crescente demanda, incluindo a de data centers. Esse progresso acelerado no armazenamento de energia é comparado ao avanço que a energia solar experimentou, sinalizando uma transformação significativa no setor energético. (GESEL-IE-UFRJ – 10.09.2024)
Link ExternoArtigo de Jorge Arbache: Powershoring e a descentralização da produção com energias renováveis
O movimento de descentralização da produção, conhecido como powershoring, está emergindo como uma resposta à centralização anterior, que se baseava na mão de obra barata. Essa nova estratégia envolve a instalação de fábricas em regiões com abundância de energia renovável, como o Brasil, visando atender à crescente demanda por descarbonização. Segundo Jorge Arbache, do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Brasil se apresenta como uma alternativa atrativa para empresas chinesas intensivas em energia, especialmente em um contexto onde a China ainda enfrenta desafios de descarbonização. O powershoring busca conectar consumidores a regiões com energia renovável a preços competitivos, oferecendo segurança no fornecimento, crucial em tempos de incerteza geopolítica. Além de reduzir a pegada de carbono, essa dinâmica pode impulsionar a economia local, aumentando a produtividade e a competitividade. Com 49,1% da matriz energética brasileira proveniente de fontes renováveis, o país se destaca em comparação global e possui condições favoráveis, como preços acessíveis e acesso a minerais, tornando-se um polo promissor para a industrialização sustentável.(Além da Energia – 17.09.2024)
Link ExternoChina: País lidera desenvolvimento de veículos autônomos e desafia Tesla com avanços em IA
A China está liderando o desenvolvimento de veículos com condução autônoma, rivalizando com sua liderança no mercado de veículos elétricos. Empresas chinesas como XPeng e Huawei estão intensificando a competição no setor de software de assistência ao motorista, utilizando inteligência artificial para simular padrões de condução humana e lidar com diversas situações de tráfego. Apesar de a tecnologia ainda exigir supervisão humana, a China busca dominar este setor e desafiar líderes como a Tesla. Com consumidores chineses mais receptivos à condução autônoma e um ecossistema favorável, empresas como XPeng e BYD estão avançando rapidamente, enquanto os EUA monitoram possíveis riscos de segurança nacional associados ao software chinês. Embora a tecnologia chinesa ainda não esteja amplamente disponível nos EUA devido a tarifas e restrições, a indústria automotiva da China continua a crescer, com novos chips e inovações no horizonte. (Valor Econômico - 10.09.2024)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Brasil: Restrições à geração renovável causam prejuízos e desafiam expansão do setor
Desde o apagão de 15 de agosto de 2023, que cortou 30% da carga elétrica do Brasil, o termo "curtailment" (corte de geração de energia renovável) ganhou relevância no setor energético. Este problema surge da necessidade de limitar a geração de fontes renováveis, como eólicas e solares, para manter a estabilidade da rede de transmissão, o que tem causado prejuízos significativos às empresas e pode impactar a expansão futura dessas fontes. O Operador Nacional do Sistema (ONS) tem ajustado suas metas de intercâmbio de energia, e as perdas para o setor eólico podem chegar a R$ 700 milhões até o fim do ano. O dilema envolve a necessidade de um equilíbrio entre expandir a rede para acomodar variabilidades e restringir a geração quando necessário. A discussão inclui a criação de regras uniformes para os cortes e ressarcimento e a possibilidade de introduzir mecanismos comerciais, como leilões, para gerenciar esses cortes de forma mais eficiente e equitativa. (Valor Econômico - 30.08.2024)
Link ExternoBrasil: Consumidores enfrentarão custo de R$ 100 bi em ineficiências e subsídios na conta de luz
Um estudo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Livres de Energia (Abrace) revelou que os consumidores brasileiros enfrentarão um custo de mais de R$ 100 bilhões em ineficiências e subsídios na conta de luz em 2024, representando mais de 27% do custo total do setor elétrico do país, que é de R$ 366 bilhões. Apesar de ter energia abundante e barata, o Brasil possui tarifas de eletricidade extremamente altas, superiores até mesmo às de países de baixa renda. O estudo, parte do "Índice Brasil do Custo da Energia", destacou ineficiências ocultas como altos custos de energia contratada compulsoriamente e encargos como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A Abrace defende que esses encargos sejam cobertos pelo Tesouro Nacional e critica a influência política que tem inflacionado os custos e atrasado a modernização do setor. O governo enfrenta desafios na gestão do setor elétrico, com projetos de lei parados e decisões pendentes que contribuem para a ineficiência e altos custos. (Valor Econômico - 05.09.2024)
Link ExternoBrasil: Câmara enfrenta resistência após Senado aprovar subsídios para energia solar
O setor de energia solar enfrenta resistência na Câmara dos Deputados após o Senado aprovar um "jabuti" que amplia os subsídios ao setor, prevendo um custo de R$ 24 bilhões até 2045, que será repassado a todos os consumidores na conta de luz. A emenda, inserida na lei sobre redução de emissões de combustíveis fósseis, estende os benefícios de isenção de custos de transmissão e distribuição para projetos solares. Esse benefício, originalmente introduzido na legislação de 2022, foi criticado por grandes consumidores de energia e entidades como a Abradee e Abrace, que alegam que a medida onera consumidores de baixa renda. Em resposta, a Aliança Solar defende que o ajuste permitirá a conclusão de projetos sem custos adicionais para o público. A decisão final dependerá da pressão exercida sobre os deputados e da possível ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (O Estado de São Paulo - 09.09.2024)
Link ExternoNextracker: Expansão de plantas solares requer soluções integradas para que dificuldades geotécnicas não sejam um problema
Com níveis históricos de investimento governamental e o crescente impulso para a descarbonização de toda a economia, a indústria solar está preparada para um crescimento de longo prazo. Agora, o foco desse segmento deve ser a implantação em escala. Nesse sentido, as condições do solo e a geotecnologia necessárias são fatores críticos no planejamento e execução dos projetos. O volume de novos projetos fotovoltaicos enfrentando condições geotécnicas difíceis, todavia, vem aumentando, segundo a Nextracker. Diante disso, as empresas de engenharia, gestão de compras e construção (EPC, na sigla em inglês) e seus parceiros precisam de tecnologias e soluções inovadoras para garantir que as fazendas solares sejam construídas com segurança e forneçam a produção de energia esperada. Soluções integradas que abrangem construção de fundações e rastreadores solares podem acelerar e simplificar a conclusão de projetos, bem como tornar possível a instalação bem sucedida de plantas solares em espaços menos vantajosos, reduzindo riscos e economizando custos e tempo. (Utility Dive -09.09.2024)
Link ExternoArtigo de Emanuele Cappellano: "Justiça climática e a descarbonização da mobilidade"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Emanuele Cappellano (CEO da Stellantis) trata da urgência de enfrentar os impactos das mudanças climáticas, destacando que os fenômenos extremos, como as recentes enchentes no Rio Grande do Sul, demonstram a gravidade da situação. Cappellano enfatiza que, sem políticas climáticas eficazes, a temperatura global pode aumentar cerca de 5°C até 2100, afetando 3 bilhões de pessoas e forçando migrações em massa. Ele ressalta a importância das próximas conferências da COP29 e COP30 para discutir a mitigação de carbono e a adaptação aos eventos climáticos extremos. O CEO destaca o potencial do Brasil em liderar a descarbonização e a inovação na mobilidade sustentável, aproveitando sua matriz energética renovável e o programa Mover, que promove o uso de combustíveis renováveis e tecnologias híbridas. Com um investimento de R$ 32 bilhões, a Stellantis pretende lançar novas tecnologias e veículos, alinhando-se com o compromisso global de neutralizar emissões de carbono e impulsionar a economia nacional. (GESEL-IE-UFRJ – 06.09.2024)
Link ExternoArtigo de Edvaldo Santana: "Clima, caos e pobreza elétrica"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana (ex-diretor da Aneel) trata da crise hídrica e energética atual, destacando a dificuldade em prever com precisão o volume de chuvas necessário para a geração de energia, mesmo com tecnologias avançadas. Ele observa que, apesar das previsões meteorológicas e dos cálculos históricos impressionantes, a escassez de água tem piorado desde 2014, afetando severamente a capacidade das hidrelétricas e aumentando o custo da energia. Santana critica a solução de recorrer a usinas termelétricas, que, embora aumentem a confiabilidade, são caras e contribuem para a pobreza elétrica e climática. Ele conclui que a crise atual pode ser resolvida com medidas que, paradoxalmente, agravam os problemas futuros, criando uma espiral de custos e degradação ambiental. (GESEL-IE-UFRJ – 10.09.2024)
Link ExternoArtigo de Amami Abou-Zeid: União Africana busca redirecionamento dos investimentos em energia para combater a pobreza
Com metade da população africana sem acesso à eletricidade, os países do continente buscam um redirecionamento dos investimentos globais em energia para promover desenvolvimento econômico e reduzir a pobreza, afirmou Amani Abou-Zeid, comissária de infraestrutura da União Africana, em Foz do Iguaçu (PR). Durante reunião na Clean Energy Ministerial, Abou-Zeid enfatizou a necessidade de transferência tecnológica e investimentos, rejeitando a ideia de ajuda, e ressaltou que 600 milhões de africanos carecem de eletricidade, impactando seu cotidiano. O ministro brasileiro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sugeriu criar uma coalizão global para planejamento energético, visando compartilhar experiências brasileiras, como o programa Luz para Todos. Abou-Zeid também destacou que apenas 2% dos investimentos em energia limpa vão para a África, um paradoxo que precisa ser resolvido. Além disso, a participação das mulheres nas decisões políticas é crucial para enfrentar a pobreza energética, segundo Maria Helena Guarezi, do Ministério das Mulheres, que defendeu que a inclusão feminina é essencial para construir uma transição energética eficaz e sustentável.(Agência Eixos – 03.10.2024)
Link ExternoUE: Setor automobilístico pode enfrentar multas bilionárias com a desaceleração nas vendas de VEs
Na União Europeia, a partir de 2025, as montadoras enfrentarão metas mais rígidas para as emissões de CO2. O limite de emissões médias imposto para novos veículos será de 94 g/km, e exceder esses limites pode levar a multas que chegam a € 95 por grama de CO2 por quilômetro excessivo, multiplicado pelo número de veículos vendidos. Diante das novas regras e da desaceleração da demanda por veículos elétricos (VEs), o CEO da Renault, Luca de Meo, apontou que a indústria automobilística europeia pode enfrentar multas de € 15 bilhões por emissões de carbono ou abandonar a produção de mais de 2,5 milhões de veículos. "Todo mundo está falando sobre 2035, em 10 anos, mas deveríamos estar falando sobre 2025 porque já estamos enfrentando dificuldades", afirmou o executivo. Ele, por fim, alerta para o risco da definição de prazos e multas rígidos, defendendo que o setor precisa de flexibilidade para a adaptação às novas metas. (Reuters – 07.09.2024)
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APRA: Fórum para Aceleração de Renováveis em África foca em treinamento e investimentos em energia renovável
A Parceria Acelerada para Energias Renováveis na África (APRA) é uma aliança internacional liderada por países africanos, incluindo Quênia, Etiópia, Gana, Namíbia, Ruanda, Serra Leoa e Zimbábue, com parceiros como Dinamarca, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e EUA, e com o suporte da Aliança Global para Energia para o Povo e o Planeta e do Rockefeller Brothers Fund. A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) atua como secretaria da aliança. Entre 12 e 16 de outubro de 2024, o Quênia e a IRENA co-organizaram um fórum em Nairobi, que incluiu treinamento, apresentação de projetos e discussões sobre investimentos e desafios do setor. O evento contou com sessões de matchmaking, uma área para assistência técnica e um espaço dedicado para interações bilaterais entre financiadores e desenvolvedores. Além disso, houve uma área de exibição para promover projetos e facilitar a mobilização de capital para a transição energética na região.(IRENA – 02.09.2024)
Link ExternoBloomberg: Cúpula Global de Energias Renováveis discute triplicação de capacidade até 2030
A primeira Cúpula Global de Energias Renováveis, organizada pela Global Renewables Alliance e Bloomberg Philanthropies, reuniu líderes de governos, organizações intergovernamentais e do setor privado para discutir a meta de triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030, conforme acordado na COP28. O evento contou com a presença de figuras de destaque, como Ursula von der Leyen e Mia Mottley, e proporcionou uma plataforma para mobilizar financiamento necessário à expansão das energias renováveis. Francesco La Camera, diretor-geral da IRENA, destacou que o custo das energias renováveis se tornou competitivo, com 81% das adições em 2023 sendo mais baratas que os combustíveis fósseis, desafiando a ideia de que essas energias são caras. Ele enfatizou a urgência de aumentar a ambição e garantir que compromissos se traduzam em ações concretas. A cúpula também apoiou a carta "Agora Entregue a Mudança", que convoca líderes mundiais a aproveitarem as revisões das NDCs sob o Acordo de Paris para acelerar a implementação de soluções energéticas sustentáveis.(IRENA – 25.09.2024)
Link ExternoBrasil: Encontro Anual do Mercado Livre reuniu líderes do setor de energia em novembro
A 16ª edição do Encontro Anual do Mercado Livre ocorreu entre 20 e 22 de novembro, com foco nas oportunidades e negócios em um mercado em expansão. O evento, realizado no Hotel Sauipe Grand Premium Brisa na Bahia, deve reunir cerca de 300 participantes, incluindo diretores e CEOs de mais de 100 empresas do setor. Entre os palestrantes estiveram figuras proeminentes como Rodrigo Ferreira, Luiz Fernando Vianna e Jovânio Santos. As plenárias abordaram temas relevantes como a revisão da abertura do mercado, benchmarking internacional, e estratégias de captação de clientes, além de discussões sobre a IA na prospecção de novos clientes e digitalização. Este ano, o evento ampliou as oportunidades de networking, com um aumento significativo nos encontros de "meet ups", que passaram de dois para seis, incluindo momentos exclusivos para CEOs. A programação também foi segmentada para diferentes perfis, como front-office e middle-office, promovendo um intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os participantes. (Agência CanalEnergia - 03.10.2024)
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