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IFE
02/08/2024

IFE Transição Energética 63

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gustavo Esteves, Paulo Giovane e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
02/08/2024

IFE nº 63

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gustavo Esteves, Paulo Giovane e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 63

Dinâmica Internacional

IRENA: Barreiras estruturais e facilitadores para a transição energética global

O Consenso dos Emirados Árabes Unidos, estabelecido na COP28, visa triplicar a capacidade global de energia renovável e dobrar os ganhos de eficiência energética até 2030. No entanto, alcançar essas metas enfrenta desafios significativos, como políticas isoladas que têm limitado mudanças sistêmicas necessárias no planejamento energético. A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) identifica barreiras estruturais e facilitadores essenciais para acelerar a transição energética, destacando a necessidade urgente de intervenções políticas coordenadas. A pesquisa da IRENA revela que formuladores de políticas devem integrar a transição energética nas estratégias nacionais de desenvolvimento, alinhar políticas setoriais, adaptar medidas ao mercado e implementar instrumentos como a precificação de carbono. Essas ações são cruciais para transformar compromissos em ações concretas e enfrentar desafios como a descarbonização do transporte rodoviário, promovendo a eficiência energética e incentivando o uso de veículos elétricos e infraestruturas de carregamento.(IRENA – 22.07.2024)
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IEA: Alta da demanda por eletricidade faz demanda global por carvão permanecer invariável até 2025

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), em relatório, declarou que a previsão é que a demanda global por carvão permaneça estável em 2024 e 2025. Em 2023, o uso do carvão atingiu um pico histórico, justificado pelo crescimento do consumo na Índia e na China e, principalmente, para compensar a baixa da geração hidrelétrica, visando dar segurança ao sistema. A entidade explica que a manutenção desse patamar para o combustível fóssil se dá ante a alta da demanda global por eletricidade, que faz frente ao ritmo acelerado de implantação de projetos de energia renovável, sobretudo eólica e solar. Sem um crescimento tão expressivo no consumo, o uso do carvão teria diminuído, aponta a IEA. Podem contribuir para a redução do energético a retomada do potencial hídrico e a conversão de plantas a carvão para o gás natural. (Reuters – 24.06.2024)
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Artigo de Antônio Terra: Geração de Energia Solar aumenta no Brasil e no mundo - CanalEnergia

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Antônio Terra (fundador da ForGreen) trata do notável crescimento da energia solar nos últimos anos, tanto no Brasil quanto globalmente. Ele destaca que no Brasil, a energia solar fotovoltaica se consolidou como uma alternativa crucial para diversificar a matriz energética, impulsionada pela Resolução Normativa 482 da ANEEL e pela abundante incidência solar em regiões como Nordeste e Centro-Oeste. Com uma capacidade instalada que ultrapassou 29 GW em 2024, o país se destaca internacionalmente na geração distribuída, contribuindo com mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados. Terra ressalta que o setor não apenas gerou mais de 870 mil empregos verdes e contribuiu significativamente para a arrecadação pública, mas também reflete uma tendência global, com países como China, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Índia e Japão liderando esforços para expandir sua capacidade solar. Esse crescimento é impulsionado por reduções nos custos de produção, preocupações ambientais crescentes e avanços tecnológicos, consolidando a energia solar como um pilar essencial da futura matriz energética mundial.(Agência CanalEnergia - 22.07.2024)
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Europa: Metas de 42,5% de geração de energia renovável até 2030

Apesar dos desafios, o armazenamento de energia em larga escala está previsto para crescer significativamente nos próximos dez anos, impulsionado pela volatilidade dos preços da eletricidade e pela expansão dos mercados de capacidade, com a capacidade esperada aumentando de 9 GW em 2023 para 100 GW em 2033. Na Europa, a arbitragem de preços e a receita de mercado de capacidade serão cruciais para viabilizar novos projetos, enquanto em mercados menos maduros, os desenvolvedores aguardam concursos e leilões para garantir receitas contratuais necessárias. Apesar da Comissão Europeia estar firmemente comprometida com a expansão das energias renováveis para alcançar a meta de 42,5% de geração de energia a partir de fontes renováveis até 2030, desafios regulatórios persistem, assim como a dependência de importações de equipamentos da China para energia solar fotovoltaica e vulnerabilidades nas cadeias de suprimentos para energia eólica terrestre. O hidrogênio, apesar de seu potencial, enfrenta altos custos de produção, falta de economias de escala e dificuldades relacionadas aos custos de eletricidade renovável, supervisão, engenharia e construção, colocando em dúvida o cumprimento das metas para 2030.(Woodmac – 22.07.2024)
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EUA: Governo anunciou US$ 4,3 bi em subvenções para projetos de energia limpa

O governo dos Estados Unidos anunciou 25 projetos apresentados por 30 unidades governamentais que solicitaram, ao todo, US$ 4,3 bilhões em subvenções como parte da lei climática do governo Biden. Tais subsídios darão suporte à implementação de tecnologias de energia limpa em grandes setores da economia. Segundo o governo, a previsão é que os projetos selecionados poderão, em conjunto, contribuir para a redução de 150 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) até 2030, o equivalente a 2 pontos percentuais. “Esses recursos ajudarão governos estaduais e locais a melhorar a qualidade do ar e a saúde de suas comunidades, ao mesmo tempo que aceleram o progresso da América rumo às metas climáticas”, declarou o conselheiro de Política Climática Internacional, John Podesta. (Reuters – 22.07.2024)
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China: Redução da participação do carvão na matriz elétrica no 1º semestre de 2024

A China, no primeiro semestre de 2024, reduziu a participação do carvão em sua matriz energética. Apesar disso, a geração de energia térmica a carvão cresceu 2,4% em relação ao mesmo período em 2023, atingindo o maior registro para os primeiros meses do ano desde 2015, com 2.793 TWh, segundo dados da Ember, think tank de energia. O efeito foi contrabalanceado, todavia, com o crescimento das fontes renováveis, que atingiram novos patamares, com um aumento de 17% em relação ao primeiro semestre de 2023 – chegando a 1.751 TWh – e sendo representativas de 37,3% do total da eletricidade gerada no período. Em razão disso, o crescimento das emissões de gases de efeito estufa do setor energético chinês foi desacelerado. O principal catalisador para a performance do foi o crescimento da geração das fontes hídrica (+22%), eólica (+10,4%) e solar (+39,4%), enquanto a geração nuclear não demonstrou variações significativas e a bioenergia registrou queda de 6,2%. (Reuters – 24.07.2024)
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Reino Unido: Indústria de energia apoia energia nuclear em meio a desafios geopolíticos

Uma pesquisa da GlobalData revelou que a indústria de energia do Reino Unido espera que o novo governo promova a energia nuclear, apesar de prever obstáculos. Realizada antes das eleições gerais de 4 de julho, a pesquisa destacou a acessibilidade como a principal prioridade, em resposta aos aumentos constantes nas contas de eletricidade e à volatilidade dos preços, exacerbada por eventos geopolíticos como a invasão da Ucrânia pela Rússia. Além da acessibilidade, a segurança no fornecimento de energia também foi considerada crucial, refletindo a dependência do país de importações. A indústria vê a energia nuclear como uma solução viável para garantir preços acessíveis e segurança energética, com ênfase em reatores nucleares modulares pequenos (SMRs) como parte do crescimento do setor. No entanto, a pesquisa também indicou que a energia nuclear será um tema controverso no novo parlamento, evidenciando sua natureza divisiva e os desafios de implementação.(Energy Monitor – 23.07.2024)
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Espanha: Governo anuncia € 2,3 bilhões para transição energética

O Governo espanhol, liderado por Pedro Sánchez, anunciou um investimento de 2,3 bilhões de euros do Plano de Recuperação em quatro programas focados na transição energética. O maior investimento, de 1,2 bilhões, será destinado a projetos de hidrogênio verde, promovendo sua produção e consumo. Outros 750 milhões serão aplicados na cadeia de valor das energias renováveis, visando desenvolver a indústria nacional de equipamentos e componentes. Além disso, 120 milhões serão destinados a comunidades de energia, e 250 milhões serão investidos em projetos de energias renováveis inovadoras, como o agrovoltaico e o autoconsumo coletivo, além de bombas de calor para substituir a calefação a gás. Sánchez destacou que esses investimentos são essenciais para modernizar indústrias tradicionais e desenvolver novas fábricas e serviços em uma chave verde e digital, visando também corrigir o desequilíbrio na competitividade europeia em relação aos Estados Unidos e China. (Energias Renovables – 17.07.2024) 
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Portugal: Plano revisado de transição energética mira maior participação de renováveis até 2030

Portugal planeja impulsionar a contribuição das fontes renováveis no consumo total de energia elétrica para 93% em 2030, como parte de sua investida de descarbonização, consoante a atualização de sua estratégia de energia e clima. A aposta em renováveis por parte de economias da Europa cresceu expressivamente após o aumento de preços do gás natural em 2022, em razão da invasão russa na Ucrânia. A meta previamente estabelecida mirava uma correspondência de 85% até 2030. Já no ano anterior, as energias renováveis responderam por 61% do consumo de eletricidade. Segundo a ministra de Energia e do Meio Ambiente, Maria da Graça Carvalho, a atualização do plano visa combater a mudança climática, garantir a segurança energética, atrair investimentos e propiciar a competitividade. Apesar da revisão para a meta de renováveis, a proposta reduziu a meta de capacidade de eletrolisadores para a produção de hidrogênio verde em 45% e manteve o compromisso do país em reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 55% até 2030 e de ser neutro em carbono em 2045. (Reuters – 22.07.2024)
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Porto Rico: Empréstimo de até US$861,3 milhões financia projeto solar

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) concedeu um empréstimo de até US$861,3 milhões para financiar o Projeto Maharu em Porto Rico, que inclui dois projetos de energia solar fotovoltaica de 200 MW e dois projetos independentes de armazenamento em baterias (BESS) de 285 MW/1.140 MWh. O empréstimo foi destinado à Clean Flexible Energy, LLC, subsidiária da AES Corporation e da TotalEnergies Holdings USA. Esses projetos, localizados em Guayama e Salinas, visam fortalecer a confiabilidade da rede elétrica e a segurança energética de Porto Rico, especialmente durante eventos climáticos extremos. O Projeto Maharu integra a Iniciativa Justice40 e será apoiado pelo Reinvestimento em Infraestrutura Energética (EIR), ajudando na substituição da infraestrutura energética baseada em carvão, com o objetivo de alcançar uma matriz energética 100% renovável até 2050.(Energy Storage – 23.07.2024)
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Nacional

Artigo GESEL: “Desafios impostos pela transição energética ao Sistema Interligado Nacional”

Em artigo publicado na revista “O Setor Elétrico”, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Fernando França (consultor do GESEL-UFRJ) e Lillian Monteath (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) analisam os impactos, desafios e exigências referentes ao sistema de transmissão de energia elétrica, com ênfase nas implicações advindas da transição energética aos seus papéis e requisitos. Este é o quinto artigo da série sobre transição energética, vinculado à parceria entre o GESEL-UFRJ e a Revista O Setor Elétrico. (GESEL-IE-UFRJ – 19.07.2024) 
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Artigo de Péricles Pinheiro Filho: "Mudanças no Setor Elétrico e Segurança Elétrica"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Péricles Pinheiro Filho (Diretor de Desenvolvimento de Negócios da CHP BRASIL) aborda as profundas mudanças na matriz elétrica brasileira na última década. Segundo o autor, “a segurança elétrica está se deteriorando” devido à complexidade crescente na gestão do sistema e à integração de novas fontes e tecnologias, como pelo avanço de projetos de energia renovável, mudança de agência do consumidor, e a migração para o Mercado Livre. Ele conclui que é urgente aprofundar estudos sobre o comportamento da carga e considerar a contratação de Térmicas Distribuídas de Despacho Rápido (TDDR) para melhorar a flexibilidade e segurança do sistema elétrico. (GESEL-IE-UFRJ – 22.07.2024)
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Artigo GESEL: “Desafios impostos pela transição energética ao Sistema Interligado Nacional”

Em artigo publicado na revista “O Setor Elétrico”, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do GESEL), Fernando França (consultor do GESEL-UFRJ) e Lillian Monteath (pesquisadora plena do GESEL-UFRJ) analisam os impactos, desafios e exigências referentes ao sistema de transmissão de energia elétrica, com ênfase nas implicações advindas da transição energética aos seus papéis e requisitos. Este é o quinto artigo da série sobre transição energética, vinculado à parceria entre o GESEL-UFRJ e a Revista O Setor Elétrico. (GESEL-IE-UFRJ – 19.07.2024) 
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Brasil: Crescimento no setor solar no 1º semestre de 2024

No primeiro semestre de 2024, o mercado de energia solar brasileiro registrou 28 fusões e aquisições, igualando o total de todo o ano de 2023, impulsionado principalmente pelos contratos de autoprodução. Este ano, o número de transações deve superar o de 2023, com mais de dez negociações previstas para o segundo semestre, envolvendo a aquisição de 77 usinas com capacidade de 1,38 gigawatts (GW). Houve um aumento de 20 transações em comparação com o mesmo período de 2023, com destaque para aquisições de usinas de geração centralizada e distribuída. O interesse em autoprodução e o potencial do mercado brasileiro, especialmente para geração distribuída, são vistos como principais motores do crescimento, com expectativas de aceleração nas transações nos próximos anos. (Agência EPBR - 25.07.2024)
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Aneel: Regras para implantação de infraestrutura elétrica no programa Minha Casa Minha Vida

A Diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou alterações na Resolução Normativa nº 1000/2021, direcionadas à infraestrutura elétrica em imóveis urbanos do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), conforme a Lei nº 14.620/2023 e o Decreto nº 12.084/2024. As mudanças incluem um desconto de 50% no custo de disponibilidade para consumidores do Cadastro Único com sistemas de micro e minigeração distribuída (MMGD), custeado pelos demais consumidores do mercado regulado, e a possibilidade de venda de excedente de energia a órgãos públicos para imóveis do PMCMV com MMGD, com parâmetros operacionais específicos estabelecidos pela Aneel. (Aneel – 23.07.2024)
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Regulação

Artigo GESEL: "O Decreto das concessões de distribuição de energia elétrica e seus próximos passos"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL) e Alessandra Genu Dutra Amaral (diretora executiva da Associação das Distribuidoras de Energia Elétrica da América Latina - ADELAT) tratam do Decreto nº 12.068/2024, publicado em 21 de junho de 2024, que estabelece as regras para a prorrogação das concessões de distribuição de energia elétrica no Brasil. Fruto de extensas análises e discussões públicas, o despacho afeta diretamente 20 distribuidoras cujos contratos vencem a partir de julho de 2025, abrangendo cerca de 60% dos consumidores de energia do país e prevendo a prorrogação dos contratos por mais 30 anos. Também reafirma o compromisso com a regulação por incentivos, visando manter altos padrões de qualidade no serviço e garantir o equilíbrio econômico-financeiro das concessões, bem como os desafios da transição energética, incentivando investimentos em novas tecnologias e melhorias na resiliência das redes elétricas frente aos eventos climáticos extremos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) será responsável por regulamentar os detalhes do texto e aprovar a minuta dos novos contratos até outubro de 2024. A resolução também inclui diretrizes para a digitalização das redes, combate às perdas não técnicas e promoção da inclusão energética. No geral, o Decreto nº 12.068/2024 é considerado um avanço significativo para a modernização do setor elétrico brasileiro, oferecendo segurança jurídica para futuros investimentos e operação das redes de distribuição. (GESEL-IE-UFRJ – 26.07.2024)
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Brasil: Mais de 27 mil consumidores migraram para o mercado livre de energia elétrica no primeiro semestre de 2024

Entre janeiro e junho de 2024, 27.162 consumidores, principalmente pequenas empresas com demanda inferior a 500 quilowatts (kW), solicitaram a migração para o mercado livre de energia elétrica, onde podem negociar diretamente com geradoras ou comercializadoras em vez de depender das distribuidoras locais. Esses consumidores, que antes estavam restritos ao mercado cativo, agora têm a opção de migrar devido à nova regulamentação que entrou em vigor em janeiro. Atualmente, o Brasil conta com 202 mil unidades consumidoras aptas para o mercado livre, das quais 48 mil já migraram. A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) defende a expansão do mercado livre para todos os consumidores, incluindo os residenciais, embora o debate sobre essa possibilidade ainda esteja em andamento no governo.(Agência EPBR– 23.07.2024)
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Artigo de Edvaldo Santana: "Parece anarquia elétrica"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Edvaldo Santana, ex-diretor da Aneel, discute dois eventos significativos ocorridos em julho no setor elétrico brasileiro. O primeiro foi a carta do Operador Nacional do Sistema (ONS) solicitando às termelétricas que aumentassem a geração de energia devido à perspectiva de hidrologia adversa e aumento do consumo. E o segundo evento foi o seminário "Justiça tarifária e liberdade do consumidor" promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), onde foi debatida a necessidade de eliminar subsídios que distorcem a equidade tarifária, revelando a falta de responsabilidade sobre as consequências dessas políticas. Santana critica a estrutura de governança do setor, comparando-a a uma colusão anárquica, e enfatiza que as soluções propostas, apesar de reconhecerem o desequilíbrio no sistema, carecem de coerência e podem não favorecer os pequenos consumidores, que continuam a suportar custos elevados. Ele demonstra esperança na possibilidade de desmantelar os subsídios, embora reconheça as incertezas que permeiam o futuro do setor elétrico. (Valor Econômico – 23.07.2024)
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

IEA: Previsões de crescimento da demanda global por eletricidade e o papel das energias renováveis

O novo relatório da IEA prevê que a demanda global por eletricidade crescerá em sua taxa mais rápida em duas décadas, com um aumento de cerca de 4% em 2024 e 2025, impulsionado por um crescimento econômico robusto, ondas de calor intensas e maior adoção de tecnologias elétricas, como veículos elétricos. A energia solar fotovoltaica deverá atender metade desse crescimento, enquanto a participação das energias renováveis no fornecimento global de eletricidade deve subir de 30% em 2023 para 35% em 2025. Apesar do aumento nas energias renováveis, a geração de energia a partir do carvão não deve declinar devido à alta demanda, especialmente na China e na Índia. O relatório também destaca a necessidade de expandir redes elétricas e implementar padrões de eficiência energética para lidar com o aumento da demanda, especialmente devido ao uso crescente de ar-condicionado. Além disso, a IEA está focada em entender a relação entre energia e digitalização, lançando uma nova iniciativa para explorar o impacto da inteligência artificial no setor energético, culminando em uma conferência global em Paris em dezembro de 2024.(IEA – 19.07.2024)
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Mirow & Co.: Eletrificação de veículos leves no Brasil abre potencial para R$ 200 bi em negócios

Um estudo da consultoria Mirow & Co. mostrou que a aceleração da eletrificação da frota de veículos leves individuais vai abrir potencial de R$ 200 bilhões em negócios no Brasil em 2030. O uso crescente de automóveis movidos a eletricidade (VEs) vai impactar os setores automotivo e elétrico em serviços como recarga, reposição de autopeças, manutenção e locação de veículos. Segundo o trabalho, de 2016 a 2022, a frota de VEs aumentou 122% no país, enquanto EUA, Europa e China alcançaram 32%, 60% e 65% de crescimento, respectivamente. Apesar de largar atrás dos principais players globais, a comercialização de VEs no Brasil segue em expansão mais acelerada, com perspectiva de entrar este ano no chamado mercado de massa. Ainda, em razão da nacionalização da cadeia desses produtos, que deve ter início em 2025, o custo total de propriedade desses automóveis deve ser igualado àquele do veículo a combustão em 2028. Para quem roda a partir de 30 mil km por ano, os VEs já são mais atrativos economicamente do que os veículos de combustão, em termos de custo de aquisição. Como consequência dessas circunstâncias, a quantidade de veículos elétricos no país, até 2030, pode ficar entre um e seis milhões de unidades – a depender do otimismo do cenário -, respondendo por 2% a 11% da frota total, segundo o estudo. (Agência CanalEnergia - 24.07.2024)
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ArcelorMittal: Avanço na eficiência energética de plantas e na descarbonização da siderurgia

Com metas de descarbonização em um setor altamente intensivo em energia, a ArcelorMittal, siderúrgica, também tem atuado forte na eficiência energética das plantas. O tema segundo diretor de Produção de Gusa e Energia, Fabrício Assis, é o pilar central da política energética da companhia. Além da recuperação do gás do processo produtivo para uso em energia – prática marcante da unidade de Tubarão, no Espírito Santo -, outras frentes de eficiência energética no grupo abrangem o consumo de energia e os equipamentos, como a aplicação de ciência de dados e inteligência artificial na otimização de processos e a participação em editais patrocinados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iluminação mais eficiente, que trouxeram ganhos expressivos. Ante os bons resultados, o executivo espera que outros players da siderurgia sigam a mesma linha da ArcelorMittal, investindo na eficiência dos processos, energia renováveis e aumentando a participação nos editais da Aneel. “Todas as empresas estão com esse olhar, indo para o futuro”, observa Assis. Constata, por fim, que apesar de o país ter evoluído nas questões de descarbonização, ainda está atrás na regulação do tema. (Agência CanalEnergia - 24.07.2024) 
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

ICCT: Estudo revela a necessidade urgente de investimentos em tecnologias de baixo carbono para a aviação

De acordo com um novo estudo do Conselho Internacional sobre Transportes Limpos (ICCT), a indústria da aviação precisará construir exclusivamente aeronaves com emissões zero até 2035 para atingir a neutralidade de carbono até 2050. O estudo destaca que as companhias aéreas devem aumentar significativamente os investimentos em tecnologias de baixo carbono, como aviões movidos a hidrogênio e combustíveis sustentáveis, e que todas as novas aeronaves devem utilizar 100% de combustível de aviação sustentável (SAF) a partir de 2030. O ICCT estabeleceu um orçamento de carbono de 18,4 bilhões de toneladas, prevendo que a frota atual consumirá uma parte significativa desse orçamento até 2037. Apesar do SAF reduzir as emissões em 80% quando usado puro, a produção atual é insuficiente, e os avanços tecnológicos em aeronaves de emissões zero, como os modelos planejados pela ZeroAvia, serão essenciais para cumprir essas metas.(Energy Monitor – 18.07.2024)
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SAF: Grandes empresas lançam fundo de US$ 200 milhões para acelerar a produção de Combustível Sustentável de Aviação

Um grupo de sete grandes empresas dos setores aéreo, financeiro e de energia lançou um fundo de aproximadamente US$ 200 milhões para acelerar a produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF). Entre os co-investidores estão Airbus, Air France-KLM, Associated Energy Group, BNP Paribas, Burnham Sterling, LLC, Mitsubishi HC Capital e Qantas Airways. Gerido pelo Burnham Sterling Asset Management, o Sustainable Aviation Fuel Financing Alliance (SAFFA) focará em projetos tecnologicamente maduros e sustentáveis, preferencialmente usando resíduos como matéria-prima. Atualmente, o SAF representa apenas 3% do mercado global de combustíveis renováveis, e sua oferta é limitada e cara. O fundo pretende diversificar os investimentos e garantir volumes de SAF, começando com um investimento na Crysalis Biosciences, que renovou uma usina de etanol nos EUA para produzir SAF. A aviação global, que é responsável por 2% das emissões de gases de efeito estufa, busca aumentar a produção de SAF para atender às metas de descarbonização e reduzir a pegada de carbono dos voos.(Agência EPBR– 23.07.2024)
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Brasil: Petrobras ajusta projetos de hidrogênio após aprovação de marco fiscal para hidrogênio de baixo carbono

A Petrobras está ajustando seus planos para projetos de produção de hidrogênio com base nos novos incentivos do marco do hidrogênio de baixo carbono (PL 2308/2023), que prevê créditos fiscais de R$ 18,3 bilhões para o período de 2028 a 2032 e aguarda sanção presidencial. Segundo Maurício Tolmasquim, diretor executivo de Transição Energética da Petrobras, a inclusão desses incentivos é positiva, pois não adiciona subsídios que poderiam aumentar o custo da energia para os consumidores. Tolmasquim destacou que, como cerca de 70% do custo do hidrogênio vem da eletricidade utilizada na sua produção, o apoio fiscal é crucial para a viabilidade econômica dos projetos. A Petrobras está considerando diversas opções para sua entrada no mercado, com a autoprodução de energia elétrica se destacando como uma alternativa atraente. Além disso, Tolmasquim mencionou que a recente alteração no limite de emissões para que o hidrogênio seja classificado como de baixo carbono, elevando o teto de 4 para 7 kgCO2eq por kgH2, não deve impactar significativamente os projetos da empresa, sendo um fator a ser considerado na análise final.(Agência EPBR– 23.07.2024)
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Europa: Comissão Europeia mantém metas de hidrogênio renovável apesar das críticas do Tribunal de Contas

A Comissão Europeia rejeitou a recomendação do Tribunal de Contas Europeu (TCE) de revisar sua estratégia de hidrogênio e decidiu manter suas metas de produção e importação de hidrogênio renovável, sem incluir o hidrogênio de baixo carbono. O TCE havia criticado as metas como excessivamente ambiciosas e não baseadas em análises robustas, sugerindo a inclusão do hidrogênio de baixo carbono para atender às metas de forma mais realista. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão, defendeu a continuidade da estratégia atual e destacou os avanços em investimentos em hidrogênio renovável e energias limpas. Ela anunciou a criação de um novo Acordo Industrial Limpo e reafirmou o compromisso da UE com a descarbonização e a redução da dependência dos combustíveis fósseis russos. A inclusão do hidrogênio de baixo carbono ainda é debatida por especialistas e grupos de lobby, que argumentam que ele pode ser crucial para a descarbonização da indústria.(Agência EPBR– 23.07.2024)
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Alemanha: Nova estratégia para a importação de hidrogênio

O Governo da Alemanha adotou uma nova estratégia para a importação de hidrogênio visando garantir um canal de fornecimento seguro de energia renovável ao passo que avança na descarbonização de sua indústria. O combustível sustentável é uma das principais apostas do país para a sua transição para uma economia de baixo carbono. A estratégia mapeia a disposição das cadeias de valor e delineia normas de como o comércio do combustível sustentável deve ser organizado e certificado. Além disso, o intuito do marco é ser um sinal para potenciais fornecedores que o país está pronto para fazer negócios. Segundo o ministro da Economia do país, a estratégia de importação é um pilar da política alemã para o hidrogênio e complementa o envolvimento do governo no ‘ramp-up’ do mercado doméstico. A Alemanha projeta que, para atingir sua meta de neutralidade em carbono, serão precisos de 95 a 120 TWh de hidrogênio anualmente até 2030 e de 360 a 500 TWh até 2045, com as importações cobrindo até 70% dessa demanda. (Reuters – 24.07.2024)
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Alemanha: Governo aprova Estratégia de Importação de Hidrogênio priorizando hidrogênio verde e incluindo hidrogênio azul

No dia 24 de julho, o governo alemão aprovou sua Estratégia de Importação de Hidrogênio, que abrange tanto o hidrogênio verde, produzido com eletricidade renovável, quanto o hidrogênio azul, gerado a partir de gás natural com captura de carbono. A estratégia prioriza o hidrogênio verde a longo prazo, mas incluirá inicialmente o hidrogênio azul para atender a demanda crescente. Críticos como a Ajuda Ambiental Alemã e o Greenpeace expressaram preocupações sobre a sustentabilidade e a viabilidade do hidrogênio azul e do armazenamento de CO2. A estratégia visa garantir um fornecimento estável e diversificado de hidrogênio, com expectativas de importações representando até 70% da demanda até 2030. A Alemanha também está desenvolvendo uma rede de gasodutos de hidrogênio de 9.666 km, com início de operação previsto para 2025, para suportar a infraestrutura necessária para a importação e o transporte do hidrogênio.(Agência EPBR – 26.07.2024)
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Japão: Novo sistema de subsídios apoiará a produção de hidrogênio verde

O governo japonês anunciou um novo sistema de subsídios para apoiar a produção de hidrogênio verde, utilizando Contratos por Diferença (CfD). Esse modelo substitui pagamentos fixos ou créditos fiscais, oferecendo um pagamento complementar acima de um preço de referência, com a exigência de reembolso ao governo caso os custos de produção e transporte sejam inferiores a esse valor. Projetos que forneçam hidrogênio a partir de 2030 terão direito a subsídios por 15 anos, mas precisarão demonstrar capacidade de operar por mais uma década após o término do apoio financeiro. A proposta visa cobrir a diferença entre o hidrogênio de baixo carbono e os combustíveis fósseis, promovendo a venda de hidrogênio renovável a preços competitivos, e será adaptada conforme as flutuações do mercado e iniciativas regulamentares como a tarifação de carbono. Fornecedores interessados devem se candidatar aos subsídios ainda em 2024, comprometendo-se a fornecer pelo menos 10.000 toneladas anuais de hidrogênio a partir de 2030.(Além da Energia – 22.07.2024) 
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Artigo de Felipe Rainato Silva: "A revolução dos combustíveis sustentáveis de aviação"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Felipe Rainato Silva (coordenador da área de comércio internacional do Hondatar Advogados) trata da implementação gradual de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês) no Brasil, destacando o recente avanço legislativo com o projeto de lei dos “combustíveis do futuro”, aprovado pela Câmara dos Deputados. Este projeto, conhecido como PL 528/20, cria o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação, estabelecendo metas progressivas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa na aviação doméstica. Silva ressalta que o sucesso da iniciativa depende não apenas da legislação, mas também da cooperação entre agentes - governo, indústria, companhias aéreas, instituições de pesquisa e sociedade civil - para superar desafios como custos elevados, infraestrutura limitada e certificações de sustentabilidade necessárias para viabilizar comercialmente os biocombustíveis de aviação no país. (Valor Econômico – 25.07.2024)
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Brasil: Aneel introduz fast track para micro e minigeração com novas regras de conexão

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou alterações nas regras para a conexão de micro e minigeração distribuída, criando um processo de "fast track" para sistemas de até 7,5 kW destinados exclusivamente ao autoconsumo local, sem envio de excedentes a outras unidades. As mudanças, que dispensam a análise de inversão de fluxo de potência e também se aplicam a sistemas grid zero, visam simplificar o processo e beneficiar consumidores residenciais e pequenos comércios, permitindo descontos de até 1.000 kWh na fatura. Contudo, a Associação Brasileira de Geração Solar Fotovoltaica e a Associação Brasileira de Geração Distribuída expressaram insatisfação com as novas regras, que ainda mantêm análises rigorosas em outros cenários e não exigem que as distribuidoras comprovem os prejuízos da inversão de fluxo. Além disso, a Aneel aprimorou a regulamentação do Programa Minha Casa Minha Vida para incluir geração distribuída e oferecer descontos aos participantes do CadÚnico, além de permitir a comercialização de excedentes de energia com órgãos públicos.(Agência CanalEnergia - 23.07.2024)
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EUA: Microrredes garantem a resiliência do sistema elétrico durante furacão no Texas

O furacão Beryl, ao atingir Houston em 8 de julho, provocou uma queda de energia que afetou 2,7 milhões de pessoas, expondo a importância das microrredes. Embora o furacão tenha sido de categoria 1, ele causou grandes transtornos, deixando muitos sem eletricidade e água limpa. Contudo, uma minoria com acesso a microrredes, como os clientes da Enchanted Rock e da PowerSecure, conseguiu manter serviços críticos em funcionamento. A CenterPoint Energy, a concessionária local, enfrenta ações judiciais de US$ 100 milhões por negligência. Empresas como HEB e Sunrun demonstraram a eficácia das microrredes em situações de emergência, ajudando a manter alimentos e serviços de saúde operacionais durante o apagão. (The Energy Mix - 24.07.2024) 
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EUA: DOE inaugura projetos de microrredes em áreas rurais

O programa Energy Improvements in Rural or Remote Areas (ERA), estabelecido pelo Office of Clean Energy Demonstrations (OCED) do Departamento de Energia dos EUA (DOE) e financiado com US$ 1 bilhão do Infrastructure Investment and Jobs Act, visa promover a adoção de energias limpas em áreas rurais com menos de 10.000 habitantes. Este programa enfrenta os desafios energéticos específicos dessas regiões, como altos custos e infraestrutura deficiente, e busca educar a população local, reduzir a pobreza energética e diminuir a poluição de combustíveis fósseis. Em março de 2023, o DOE recebeu mais de US$ 1,5 bilhão em inscrições para financiamento, resultando na concessão de US$ 366 milhões em fevereiro de 2024 para 17 projetos em 20 estados e 30 nações tribais. Esses projetos, que incluem a implementação de microrredes solares, hidrelétricas e sistemas de armazenamento de baterias, visam reduzir custos de energia, criar empregos e acelerar a transição para energias limpas nas comunidades rurais. (EESI - 23.07.2024) 
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Apagão cibernético global afeta voos, bancos e serviço de emergência

Bancos, televisões e companhias aéreas sofreram com um apagão global de tecnologia na sexta-feira (19/7). Houve relatos de diversas operações suspensas em diferentes partes do mundo. O episódio já está sendo classificado como o "maior apagão" tecnológico da história, por especialistas. Cerca de 4.295 voos em todo o mundo, ou 3,9% de todos os serviços regulares, foram cancelados, de acordo com dados de aviação da Cirium. No Reino Unido, houve um apagão na bolsa de valores de Londres, linhas de trem também estão suspensas e diversos aeroportos estão relatando atrasos. A empresa responsável pelo software defeituoso, a CrowdStrike, disse que os consertos já foram feitos, mas que a normalização pode demorar. Especialistas em segurança cibernética estão alertando sobre os efeitos indiretos da interrupção global de segurança cibernética. (BBC Brasil - 19.07.2024) 
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Impactos Socioeconômicos

Artigo de Karin Ferrara Formigoni: Soluções Baseadas na Natureza para cidades sustentáveis

Em artigo publicado pelo Além da Energia, Karin Ferrara Formigoni (diretora da área de negócios de resiliência da Arcadis) trata da importância das Soluções Baseadas na Natureza (SBN) na transição energética, um processo fundamental para mitigar as mudanças climáticas, melhorar a segurança energética e promover o desenvolvimento sustentável. As SBN utilizam processos naturais e ecossistemas para enfrentar desafios ambientais e sociais, oferecendo diversos benefícios: elas são eficazes no sequestro de carbono, ajudam na regulação do ciclo hidrológico, protegem contra desastres naturais e apoiam a biodiversidade. Além disso, essas soluções podem gerar benefícios econômicos e sociais significativos, como a criação de empregos verdes e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. Apesar de suas vantagens, a implementação das SBN enfrenta desafios, incluindo a necessidade de financiamento adequado, monitoramento contínuo e integração nas políticas públicas. Também é crucial que essas soluções sejam geridas de forma inclusiva e equitativa, envolvendo as comunidades locais e respeitando conhecimentos tradicionais. Investir em SBN é considerado essencial para um futuro sustentável e resiliente, promovendo a conservação da natureza e o desenvolvimento econômico simultaneamente.(Além da Energia– 25.07.2024)
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Artigo de Benjamin Dierker: “Competição pode atrasar exigências de transmissão, aumentando os custos”

Em artigo publicado no Utility Dive, Benjamin Dierker (diretor-executivo da Aliança para Inovação e Infraestrutura) trata de dois iminentes problemas relacionados à energia e cujo tratamento será determinante para o futuro da sociedade: a crescente demanda por eletricidade e a infraestrutura física exigida para transportar a energia aos consumidores. Segundo o autor, que lança mão do sistema norte-americano como parâmetro, decisões de competência regulatória terão impacto sobre a melhoria da eficiência da construção de infraestrutura ou o atraso de mais projetos. Ele aponta, ainda, que o debate sobre as licitações é divisor quanto às condições de concorrência e de custos, que têm consequências sobre os prazos de entrega dos empreendimentos e que, por sua vez, podem representar custos adicionais: custos diretos de projetos e custos indiretos regionais. Em conclusão, o autor aponta que: se o sistema de transmissão não for adaptado à demanda, empresas e consumidores podem não ter confiabilidade no acesso à energia, o que pode inibir investimentos e investidas, afetando o ambiente econômico. (Utility Dive – 25.07.2024)
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Papel crucial do setor privado no financiamento da transição energética

Durante a 4ª reunião de Deputies de Finanças e Bancos Centrais do G20, houve um consenso entre empresários e líderes do setor público sobre a necessidade de inovação nos instrumentos de crédito para impulsionar o envolvimento do setor privado no financiamento da transição energética, conforme destacou Constanza Negri, sherpa do B20. Ela enfatizou não apenas a magnitude dos recursos necessários para essa transição, mas também o papel crucial do setor privado e as adaptações necessárias nas políticas de instituições financeiras multilaterais para encorajar investimentos privados. A reunião histórica, que permitiu o diálogo entre representantes da sociedade civil e autoridades das trilhas de finanças do G20, foi celebrada pelos participantes como um marco significativo, possibilitando discussões amplas sobre prioridades como inclusão financeira e igualdade de gênero, temas centrais para grupos como o W20. (Valor Econômico - 22.07.2024)
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Eventos

Brasil: CTIR Gov realiza 1º Webinário sobre Segurança Cibernética

No dia 1º de agosto, o Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos do Governo (CTIRGov) realizou o 1º Webinário para Equipes de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (ETIR) dos órgãos que constituem a Rede Federal de Gestão de Incidentes Cibernéticos. O evento teve como objetivo promover a colaboração, o compartilhamento de conhecimentos e a atualização dos ETIRs em temas relevantes de segurança cibernética. 
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CEBRI: “Financiamento da mudança: a experiência norueguesa de compartilhar riquezas”

O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e a Noruega no Brasil realizaram, em 24 de julho, o evento “Financiamento da mudança: a experiência norueguesa de compartilhar riquezas”. A iniciativa teve o objetivo de discutir a política tributária de redistribuição do valor gerado pelo uso dos recursos naturais - petróleo e outros - na Noruega, e como esta riqueza é administrada e voltada para a proteção do meio ambiente e a promoção de uma sociedade igualitária. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Fazenda brasileiro também tiveram representação no painel para compartilhar os trabalhos do G20 relacionados a esse tema e a realidade local. A diretora-presidente do CEBRI, Julia Dias Leite, explicou que, nos últimos cinco anos, foi desenvolvida uma parceria robusta com a rede diplomática da Noruega no Brasil envolvendo temas voltados, especialmente, para a transição energética; tendo, em 2024, culminado em uma agenda extensa de áreas prioritárias de cooperação, incluindo captura de carbono, energia eólica e descarbonização do setor marítimo. “É muito oportuno que a agenda temática se expanda para incluir conversas sobre as oportunidades de financiamento a partir do uso de recursos naturais”, completou, mirando o futuro dessa colaboração. (Petronotícias – 24.07.2024)
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