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IFE
18/07/2024

IFE Transição Energética 60

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Pedro Ludovico e Gustavo Esteves
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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18/07/2024

IFE nº 60

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Pedro Ludovico e Gustavo Esteves
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 60

Dinâmica Internacional

GWEC: Previsão de expansão de 410 GW para eólica offshore em 10 anos

O relatório do Global Wind Energy Council projeta um aumento significativo na capacidade de geração eólica offshore nos próximos dez anos, com um acréscimo esperado de 410 GW até 2030, alinhado com a meta global de 380 GW para o mesmo período. A maioria desse crescimento está prevista para ocorrer entre 2029 e 2033. O documento identifica desafios recentes, como inflação, aumento dos custos de capital e restrições na cadeia de suprimentos, que influenciaram na redução das projeções de adições para o período de 2024 a 2028 em 10% comparado às expectativas anteriores. Em 2023, foram instalados 10,8 GW de nova capacidade offshore, elevando o total global para 75,2 GW, marcando um crescimento anual de 24%. O GWEC destaca que o setor está preparado para um crescimento global robusto, especialmente com o surgimento de novos mercados como Austrália, Japão, Coreia do Sul, Filipinas, Vietnã, Brasil, Colômbia, Irlanda e Polônia, onde desenvolvimentos políticos estão facilitando o desenvolvimento sustentável de longo prazo da energia eólica offshore em escala. (Agência CanalEnergia - 18.06.2024)
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Deloitte: Previsão de economia de trilhões com financiamento verde até 2050

O estudo da Deloitte "Financing the Green Energy Transition" destaca que até US$ 50 trilhões podem ser economizados na transição para uma economia verde até 2050 com a implementação de estratégias financeiras inovadoras. A pesquisa aponta que muitos projetos de energia limpa enfrentam dificuldades para obter financiamento devido ao alto risco percebido e à falta de atratividade para investidores. A utilização de financiamento concessional, provido por instituições como bancos de desenvolvimento, poderia reduzir a necessidade global de investimentos em até US$ 2 trilhões por ano, ao diminuir o risco percebido dos projetos e torná-los mais atrativos para o mercado financeiro tradicional. (Valor Econômico - 21.06.2024)
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Transição energética desacelera em meio à volatilidade global

A transição energética global para um sistema mais equitativo, seguro e sustentável está avançando, mas perdeu força diante do aumento da incerteza mundial. É o que mostra um relatório do Fórum Econômico Mundial. A publicação aponta que apesar de 107 dos 120 países analisados terem demonstrado avanços em suas trajetórias de transição energética na última década, o ritmo global desse processo desacelerou. E que equilibrar suas diferentes facetas ainda é um desafio significativo. A entidade diz que a volatilidade econômica, as tensões geopolíticas exacerbadas e as mudanças tecnológicas todas tiveram um impacto, complicando seu ritmo e sua trajetória. No entanto, há motivos para otimismo, com o aumento dos investimentos globais em energias renováveis e o crescimento considerável no desempenho da transição energética na África subsaariana na última década. Para o chefe do centro de energia e materiais do Fórum, Roberto Bocca, é preciso garantir que a transição energética seja equitativa, tanto dentro quanto entre as economias emergentes e desenvolvidas. Ele ainda destacou que a transformação da forma como produzimos e consumimos energia é crucial para o sucesso. (Agência CanalEnergia - 19.06.2024) 
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Banco Mundial alerta para baixo nível de sustentabilidade financeira de concessionárias

A maioria das concessionárias de energia elétrica em países em desenvolvimento está mal equipada para atender à crescente demanda por energia e adicionar mais energia renovável à rede. Essa é uma das conclusões de um relatório divulgado pelo Banco Mundial. Essa situação, diz a instituição, dificulta as metas globais de transição energética para fornecer eletricidade limpa, confiável e acessível a todos. O relatório, The Critical Link: Empowering Utilities for the Energy Transition, disponível para download em inglês, examina o desempenho de mais de 180 concessionárias em mais de 90 países. Ele revela que apenas 40% das concessionárias conseguem cobrir seus custos operacionais e de serviço da dívida. O maior problema está nos países de baixa renda e renda média-baixa. Estas enfrentam os desafios mais agudos, pois altos custos, tarifas baixas, perdas de transmissão e distribuição, cobrança ineficiente de pagamentos e planejamento deficiente perpetuam ciclos de baixo desempenho, sobrecarregando os orçamentos governamentais e deixando muitos consumidores sem energia confiável.(Agência CanalEnergia - 19.06.2024) 
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O impacto crescente da energia solar no panorama energético mundial

Há 70 anos, o Bell Labs da AT&T revelou uma tecnologia revolucionária para converter luz solar em energia, inicialmente visando substituir baterias em locais remotos. Atualmente, a energia solar transcendeu sua fase experimental, cobrindo uma área equivalente a metade do País de Gales e fornecendo 6% da eletricidade global, quase três vezes mais do que os EUA consumiam em 1954. O crescimento exponencial da capacidade solar, que duplica a cada três anos, promete torná-la a maior fonte de eletricidade do mundo na década de 2030 e potencialmente a maior fonte de energia global na década de 2040, com custos competitivos. Apesar dos desafios de armazenamento e da dependência de produção chinesa, a energia solar oferece promessas de democratização energética e um futuro com possibilidades ampliadas para todos os setores, impulsionado por seu custo decrescente e abundância de recursos necessários para sua produção. (Estadão - 23.06.2024)
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Brasil e Arábia Saudita impulsionam projetos de energia limpa

Em 2023, o diálogo entre Brasil e Arábia Saudita intensificou-se, levantando expectativas de um aumento nos investimentos diretos entre os países. Além do interesse saudita no setor de alimentos, destacou-se o investimento de US$ 2,5 bilhões da Manara Minerals na Vale Base Metals, visando adquirir uma participação minoritária para garantir acesso estratégico a cobre e níquel, essenciais para veículos elétricos. Ambos os países também exploram oportunidades na transição energética, com projetos de energia solar, eólica e hidrogênio, impulsionados pela visão compartilhada de se tornarem líderes em energia limpa, onde Mourad destaca o Brasil como ideal para produzir energia descarbonizada. (Valor Econômico - 25.06.2024)
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Nacional

Transição para matriz descarbonizada terá de ser gradual e pilotada por operadores

O Brasil e o mundo não vão conseguir abandonar os combustíveis fósseis nos próximos dez anos, e a transição para uma matriz elétrica descarbonizada terá de ser gradual e pilotada, principalmente, pelos operadores. A avaliação foi feita por Luiz Carlos Ciocchi, ex-diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, em entrevista ao CanalEnergia Live desta quinta-feira, 13 de junho. No caso brasileiro, o planejamento deve levar em consideração a diversidade de recursos naturais, como água, sol, vento, além de outras fontes, como o gás natural e a energia nuclear. Do ponto de vista da operação do sistema, foi necessária uma adaptação ao crescimento exponencial das novas renováveis nos últimos anos – uma tendência já esperada – e os impactos da variabilidade das fontes eólica e solar. (Agência CanalEnergia - 13.06.2024)
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Artigo de Luiz Maure e Joisa Dutra: "Em busca de uma estratégia sustentável para as renováveis no Brasil"

Em artigo publicado pelo FL Journal, Luiz Maurer (consultor em energia e estratégia) e Joisa Dutra (ex-diretora da Aneel) tratam dos desafios enfrentados pelo setor de energias renováveis no Brasil, incluindo sobreoferta, viabilidade de novos projetos e riscos de desarticulação. Eles discutem a necessidade de usinas híbridas com armazenamento para garantir a sustentabilidade e a transição para um modelo de energia mais distribuído. O artigo também aborda a crise energética no Brasil, causada por um aumento desproporcional da oferta, especialmente de energias renováveis. Maurer e Dutra sugerem que o setor deve ir além da dependência de subsídios e do mercado livre, focando na agregação de valor e hibridização. Eles defendem a inclusão de projetos híbridos em leilões de reserva de capacidade e a realização de leilões tecnologicamente neutros, permitindo que renováveis híbridas compitam em igualdade. O artigo conclui com a proposta de que a indústria de energias renováveis no Brasil deve se reinventar, agregando valor à sua produção e atendendo à demanda de pico para garantir uma verdadeira sustentabilidade e benefícios para todos os participantes do mercado. (GESEL-IE-UFRJ – 14.06.2024)
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Governo cria programa para estimular 'economia verde'

O Governo Federal instituiu o Programa Selo Verde Brasil, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O Decreto Nº 12.063 foi publicado na edição desta terça-feira, 18 de junho, do Diário Oficial da União. O objetivo, aponta a publicação, é o de elaborar diretrizes nacionais para a normalização e a certificação de produtos e de serviços que comprovadamente atendam a requisitos de sustentabilidade pré-definidos. Esses requisitos serão definidos com a participação do setor privado. Entre as diretrizes apontadas está a promoção da qualidade e a competitividade de produtos e de serviços brasileiros no País e no exterior, e observação dos princípios das boas práticas regulatórias. A certificação de produtos e de serviços será voluntária e de terceira parte. O Selo Verde Brasil poderá ser obtido por quaisquer produtos e serviços oriundos dos setores primário, secundário ou terciário, desde que preencham os requisitos mínimos de sustentabilidade socioambiental definidos em norma técnica brasileira. (Agência CanalEnergia - 18.06.2024)
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Petrobras: Plano de redução de combustíveis fósseis e investimento em novas energias

A Petrobras, durante o Energy Summit, que aconteceu no Rio de Janeiro, destacou os modelos que vem seguindo para reduzir suas emissões de carbono ante o cenário global da transição energética. A companhia conta com US$11,5 bilhões para descarbonização e investimento em tecnologias de baixo carbono, como hidrogênio e biocombustíveis, com potencial para substituir o petróleo, que, hoje, responde por cerca de metade do consumo de energia no mundo. Segundo a gerente de mudanças climáticas da petroleira, Viviana Coelho, todavia, substituir combustível é bastante complexo. “É preciso entender que não vamos diminuir esse consumo [de energia], mas será necessária uma energia utilizada de forma radicalmente mais eficiente e que gradualmente precisa vir de outras fontes”, explicou. A Petrobras, então, enfatiza que se prepara para o mundo que vai consumir menos combustíveis fósseis, mas não menos energia. (Agência CanalEnergia - 18.06.2024)
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Regulação

Mercado livre de energia impulsiona inovação e parcerias no setor elétrico brasileiro

Com a expansão do mercado livre de energia no Brasil, empresas do setor elétrico estão se diferenciando através de parcerias e serviços personalizados para competir por um mercado estimado em 90 milhões de consumidores. Elétricas estão se associando a diversos segmentos para oferecer planos que incluem gestão de tarifas e eficiência energética, seguindo o conceito de "energy as a service". A Auren se destaca com aquisições e parcerias, enquanto a Capitale criou a Neria para o mercado varejista de energia. A Engie e a GreenYellow investem em soluções para descarbonização e energia renovável. O setor busca atender à demanda por serviços personalizados e contribuir para metas de descarbonização, com o mercado livre previsto para movimentar R$ 400 bilhões anualmente quando totalmente acessível. (Valor Econômico - 17.06.2024)
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Governo modifica regras de governança na CCEE com novo decreto

O governo introduziu uma cláusula controversa no Decreto 12.068/2024, que regulamenta contratos de concessões de distribuição de energia elétrica, incluindo disposições sobre a governança da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). O artigo 21 do decreto estabelece que o Conselho de Administração da CCEE será composto por oito membros com mandatos de dois anos, permitidas duas reconduções, revertendo uma decisão anterior da Aneel que estabelecia mandatos de um ano para metade dos membros. Essa mudança gerou descontentamento do governo com as regras anteriormente aprovadas pela Aneel, levando à necessidade de uma nova consulta pública pela agência para ajustar o estatuto da CCEE de acordo com as novas diretrizes do decreto. (Agência iNFRA - 24.06.2024)
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Artigo Valor Econômico: "Incerteza regulatória trava o avanço do mercado de carbono"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico é abordado o atraso na regulamentação do mercado de carbono pelo Congresso brasileiro, apesar da aprovação inicial do PL 412/2022 no Senado. Transferido para a Câmara dos Deputados, o projeto enfrentou atrasos e só foi aprovado após a COP28, retornando ao Senado este ano. Enquanto o debate continua, o Brasil pode se tornar importador de créditos de carbono, enfrentando denúncias de fraudes no mercado voluntário. Divergências sobre a inclusão da agropecuária nas obrigações de redução de emissões e a definição do mecanismo REDD+ persistem, comprometendo o potencial do país no mercado global de carbono, conforme exigências do Acordo de Paris e da União Europeia. (GESEL-IE-UFRJ – 25.06.2024)
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Artigo de Alexandre Street: "Revolução no varejo elétrico desafia regulação"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Alexandre Street (fundador do LAMPS PUC-Rio) trata da recente guinada do setor elétrico em direção ao varejo e ao mercado de créditos de geração distribuída (GD). O artigo destaca como a livre escolha do consumidor, mesmo que dentro de um sistema regulado, impulsionou a criação de um mercado paralelo de créditos, demonstrando a necessidade de uma agenda setorial definitiva para a transição para um modelo baseado na livre escolha e arranjos de mercado. (GESEL-IE-UFRJ – 19.06.2024)
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Brasil: Subsídios para a Transição energética merecem atenção especial

Para acelerar a descarbonização, especialistas destacam a importância de revisitar os subsídios, com atenção para que sejam iniciais e temporários. Durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, Solange Ribeiro, vice-presidente da Neoenergia, alertou contra subsídios perversos que oneram o consumidor, enfatizando a necessidade de incentivos para novas tecnologias como o hidrogênio. Solange ressaltou a importância de modelos regulatórios que considerem a complementariedade das fontes de energia e elogiou o sistema de transmissão brasileiro. Ela também destacou os investimentos significativos em infraestrutura energética. Renata Isfer, presidente da Abiogás, apontou a necessidade de planejamento energético e reconhecimento de soluções como a bioenergia, para valorizar produtos exportados com baixa pegada de carbono. (Agência CanalEnergia - 19.06.2024)
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O insustentável peso do subsídio que só aumenta no setor elétrico

Subsídio, no contexto do setor elétrico, refere-se a ajudas financeiras do governo às empresas para manter preços mais baixos que os do mercado livre, financiamento de investimentos e apoio a indivíduos ou instituições em dificuldades. No caso do consumidor de energia, isso resulta em aumento de tarifas. O Fórum das Associações do Setor Elétrico alerta para o crescimento dos encargos, como a CDE, que soma R$ 35 bilhões em 2023 e deve ultrapassar R$ 40 bilhões até 2030, impactando fortemente as tarifas residenciais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reporta um aumento significativo dos subsídios na conta de energia, com os consumidores pagando R$ 15,4 bilhões em encargos nos primeiros seis meses de 2024. Este cenário, agravado pela ausência de análise econômica e regulatória prévia em projetos de lei e pela força dos lobbies no setor, aponta para um futuro de contínuos aumentos de tarifas e encargos, prejudicando a população e a economia. (Agência CanalEnergia - 14.06.2024)
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Crescimento expressivo no mercado livre de energia atrai diversos setores

De janeiro a maio deste ano, a CCEE registrou a entrada de 8.936 novos consumidores no mercado livre de energia, um crescimento de 21% em comparação ao ano anterior inteiro. Empresas de diversos setores, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios, optaram pela migração em busca de maior eficiência operacional. Cerca de 74% dessas migrações foram intermediadas por comercializadores varejistas, que facilitam o acesso ao mercado, gerenciam contratos e assumem os riscos da compra e venda de energia. Esse movimento reflete a flexibilização dos critérios de acesso desde janeiro, quando o mercado livre se expandiu para todos os consumidores de alta tensão. Atualmente, o mercado livre representa aproximadamente 37% do consumo total de energia elétrica no Brasil, com expectativa de crescimento nos próximos meses. A Aneel já registrou o interesse de aproximadamente 23,7 mil consumidores em migrar para esse ambiente até o final de 2024. (MegaWhat - 24.06.2024) 
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Brasil supera Bélgica em importação de VEs e híbridos chineses

O Brasil tornou-se o principal destino de veículos elétricos e híbridos chineses, superando a Bélgica em quantidade, mas não em valor exportado. A alta nas importações pode ser uma antecipação ao aumento gradual das alíquotas do imposto de importação no Brasil, que já começou e chegará a 35% em 2026. Os carros elétricos são tributados a 10%, enquanto os híbridos e híbridos plug-in estão sujeitos a 15% e 12%, respectivamente, com previsão de aumento em julho. A composição dos embarques difere entre os países: a Bélgica importa principalmente veículos puramente elétricos, enquanto o Brasil tem uma maior proporção de híbridos plug-in e híbridos sem recarga na rede. (Valor Econômico - 17.06.2024)
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Reino Unido: Preocupações dos consumidores ameaçam as metas de eficiência energética

Uma nova pesquisa do Chartered Trading Standards Institute (CTSI) destaca desafios importantes para o investimento em eficiência energética no Reino Unido, conforme prometido por manifestos políticos recentes. Ambos os partidos Trabalhista e Conservador propuseram investimentos substanciais, mas uma pesquisa revelou que muitos consumidores não estão cientes dos financiamentos disponíveis e nem dos instaladores disponíveis. Cerca de 43% dos proprietários consideram medidas de eficiência energética, mas 41% não conhecem os esquemas de financiamento e 18% são dissuadidos pela tecnologia desconhecida e pela dificuldade em encontrar instaladores confiáveis. Uma pesquisa indica que o alto custo da tecnologia também é uma barreira significativa. (Energy Live News - 18.06.2024) 
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China e UE iniciam negociações sobre tarifas de veículos elétricos

O Ministério do Comércio da China anunciou que concordou em iniciar negociações com a União Europeia sobre as tarifas elevadas recentemente impostas às importações de veículos elétricos chineses, após uma consulta iniciada pela UE sobre práticas antidumping. A decisão ocorre durante a visita do vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, a Pequim, buscando aliviar as tensões comerciais. Habeck recebeu positivamente o gesto da China, destacando que é um primeiro passo, embora mais negociações sejam necessárias para resolver completamente a disputa. (Valor Econômico - 23.06.2024) 
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Fabricantes alemães contestam tarifas de importação sobre VEs chineses

Fabricantes de automóveis da Alemanha e associações da indústria estão contestando a decisão da Comissão Europeia de impor novas tarifas de importação sobre veículos elétricos chineses, argumentando que isso prejudica a indústria local e afeta negativamente suas operações na China. A medida foi criticada após a China alertar sobre o risco de uma guerra comercial, coincidindo com a visita do ministro da Economia alemão, Robert Habeck, a Pequim. A Comissão Europeia defendeu as tarifas, citando subsídios estatais injustos para fabricantes chineses, enquanto fabricantes alemães expressam preocupação com o impacto desproporcional, especialmente devido à interconexão dos mercados de veículos elétricos da Alemanha e China. (Valor Econômico - 22.06.2024)
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EUA: Hyundai e Kia consolidam posição com foco em VEs e híbridos

Hyundai e Kia, fabricantes sul-coreanos, estão consolidando sua posição no mercado de veículos elétricos nos Estados Unidos, aproveitando seu sucesso com híbridos e uma estratégia de portfólio diversificado. Cerca de 8% dos carros da Hyundai vendidos nos EUA em 2023 eram elétricos, enquanto 10% eram híbridos convencionais. Espera-se que as vendas globais de híbridos cresçam rapidamente nos próximos anos, superando o crescimento dos elétricos puros, especialmente nos EUA, onde o mercado de híbridos pode expandir 34%. A inauguração da nova planta da Hyundai na Geórgia, prevista para este ano, também deve melhorar sua elegibilidade para créditos fiscais americanos. (Valor Econômico - 25.06.2024)
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Brasil: Senado aprova marco legal para hidrogênio de baixo carbono

O Senado aprovou em votação simbólica o marco legal para a exploração do hidrogênio de baixo carbono no Brasil, que retorna à Câmara dos Deputados após alterações e votação de três destaques pendentes. O projeto define duas formas de produção: o hidrogênio verde, obtido via eletrólise da água com energia limpa, e uma categoria que inclui reduções significativas de emissões. Integrando a agenda verde, visa descarbonizar a matriz energética nacional através do Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono (Rehidro) e do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). Entre os incentivos, empresas que investirem em hidrogênio verde serão isentas de contribuições por cinco anos, enquanto o PHBC oferece créditos fiscais progressivos até 2032. A ANP regulará a produção, e a Aneel contribuirá com diretrizes para a ANP. (Valor Econômico - 19.06.2024) 
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Brasil disputa bilhões do H2 Verde com outros países do mundo

O Brasil está buscando acelerar seu desenvolvimento na indústria de hidrogênio verde, com a recente aprovação do marco regulatório no Senado sendo um passo significativo nesse sentido. Este avanço é crucial para equiparar o país com outras nações competindo por investimentos bilionários nesse setor emergente. Ansgar Pinkowski, da Agência Neue Wege, destaca a importância do apoio governamental nessa fase inicial da indústria, citando o exemplo da Alemanha e seus esforços desde 2020. Ele enfatiza a necessidade de demanda estabelecida para atrair investimentos, um desafio que poderia ser impulsionado por iniciativas governamentais. (Agência CanalEnergia - 21.06.2024)
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EUA: Projeto ARCH2 de H2V enfrenta oposição local e críticas ambientais

O projeto ARCH2, um hub regional para produção de hidrogênio verde nos EUA, enfrenta crescente oposição local e críticas de grupos ambientais, destacando desafios significativos na implementação de tecnologias essenciais para a transição energética. Com um investimento de US$ 6 bilhões e o envolvimento de empresas como EQT, CNX e Marathon Petroleum, o projeto propõe usar gás com captura de carbono para produzir hidrogênio até meados de 2030. No entanto, enfrenta resistência de mais de 50 grupos ambientais locais, que pediram ao Departamento de Energia para suspender as negociações devido à falta de transparência e preocupações sobre o impacto ambiental e a viabilidade comercial. A controvérsia destaca a preferência de alguns grupos por investimentos em hidrogênio verde, produzido com energias renováveis, em vez de tecnologias baseadas em combustíveis fósseis e captura de carbono, que ainda não provaram ser economicamente eficientes em grande escala. (Folha de São Paulo - 24.06.2024)
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Países Baixos: Subsídios de 250 milhões de euros a sete projetos de hidrogênio renovável

O governo dos Países Baixos concluiu o regime de subsídios para aumentar a produção de hidrogênio totalmente renovável, atribuindo quase 250 milhões de euros a sete projetos. Esses projetos, que juntos fornecem 101 megawatts de capacidade de eletrólise, atingiram a meta de 100 megawatts estabelecida. O subsídio visa empresas que construam e operem instalações de eletrólise para produzir hidrogênio renovável. Os projetos selecionados incluem iniciativas em várias regiões, como Groningen, com destaque para a entrega de hidrogênio à indústria química e postos de abastecimento. A competição entre os projetos foi baseada no custo do subsídio por megawatt de capacidade de eletrólise, incentivando a eficiência e resultando em uma média de 2,5 milhões de euros por megawatt. As empresas têm até 2028 para concluir os projetos. (Hydrogen Central – 30.04.2024) 
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Artigo GESEL: "Novas tecnologias transformam arranha-céus em baterias"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador geral do GESEL) e Julian David Hun (pesquisador do International Institute for Applied Systems Analysis) tratam do processo de transição energética, que impulsionou significativamente as tecnologias de energia eólica e solar. Como resultado, surge uma necessidade crescente de tecnologias de armazenamento de energia, devido à intermitência da geração eólica e solar. Nesse contexto, eles propõem uma nova solução de armazenamento gravitacional, a Lift Energy Storage Technology (LEST), que utiliza elevadores e apartamentos vazios em edifícios altos para armazenar energia. A LEST é uma opção tecnológica interessante, pois utiliza um equipamento já instalado, criando valor adicional à rede elétrica e ao proprietário do edifício. No entanto, ainda há desafios a serem superados para tornar essa solução viável, como o custo da capacidade de armazenamento energético e a necessidade de encontrar espaço para armazenar os pesos dos quais o sistema depende. Ainda assim, a LEST pode ser um recurso valioso para melhorar a qualidade da energia em ambientes urbanos e se tornará cada vez mais valiosa em um futuro onde uma grande parte da eletricidade terá origem nas energias renováveis e descentralizadas. (GESEL-IE-UFRJ – 14.06.2024) 
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Deloitte: REDs poderiam compensar o aumento do pico de demanda de energia até 2035

Para descarbonizar a rede e atender às necessidades energéticas futuras, as empresas de serviços públicos precisam adotar uma abordagem mais personalizada nas relações com os clientes. A Deloitte sugere que a coordenação com clientes residenciais é essencial para aproveitar os recursos distribuídos, como veículos elétricos e baterias residenciais, que podem ser implementados rapidamente e a custos menores. No entanto, envolver clientes residenciais em programas de resposta à demanda requer maior envolvimento comunitário e o uso de mídias sociais e ferramentas analíticas para entender melhor as expectativas dos clientes. É crucial considerar a equidade para clientes de baixa renda ao criar incentivos. Apesar da importância de atender aos clientes residenciais, as empresas de serviços públicos não devem negligenciar os clientes comerciais ou industriais, devendo atender todas as classes de clientes com igual vigor para enfrentar as mudanças futuras e aproveitar as oportunidades no segmento residencial. (Utility Dive – 12.06.2024) 
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Instalações de sistemas de armazenamento de baterias na Europa duplicaram em 2023

A SolarPower Europe apelou à União Europeia (UE) para adotar uma estratégia abrangente de armazenamento de energia e uma meta de 200 GW até 2030, para desbloquear o potencial da energia solar fotovoltaica. Em 2023, foram instalados 17,2 GWh de sistemas de armazenamento de energia de bateria (BESS) na Europa, um aumento de 94% em relação ao ano anterior. No entanto, a Europa representa apenas 15% das adições globais, que cresceram 133% no último ano. A SolarPower Europe destacou a necessidade de políticas de apoio e avaliações realistas para atingir 200 GW de armazenamento em bateria até 2030, essenciais para integrar energias renováveis na rede. A nova legislação de concepção do mercado elétrico (EMD) da UE deve ser implementada rapidamente para apoiar esse crescimento. Em 2023, a capacidade total de armazenamento de energia na Europa foi de 35,9 GWh, com a Alemanha, Itália e Reino Unido liderando as instalações. A SolarPower Europe sublinhou a importância das baterias na transição energética e apelou à ação imediata dos decisores políticos. (Energy Storage – 12.06.2024) 
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Crescimento do mercado europeu de baterias cairá em meio à queda dos preços da eletricidade

O parque de sistemas de armazenamento de energia por baterias (BESS) na Europa cresceu rapidamente, com 17,2 GWh de nova capacidade instalada em 2023, um aumento de 94% em relação a 2022, totalizando 36 GWh em operação no final do ano. O segmento residencial dominou com 70% da capacidade, seguido por grandes sistemas (21%) e comerciais/industriais (9%). A crise energética impulsionou a demanda por baterias domésticas, mas a partir deste ano, espera-se que os sistemas de grande escala liderem a expansão, com quase 11 GWh de novas adições, principalmente na Itália. Em 2023, a Alemanha liderou com 34% do mercado, seguida pela Itália (22%) e Reino Unido (15%). A Áustria superou 1 GWh, enquanto a República Checa chegou perto com 900 MW. (PV Magazine – 13.06.2024) 
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G20: Debate sobre segurança cibernética e uso ético de dados

A terceira reunião do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20, concluída em São Luís, Maranhão, enfocou a segurança do ambiente digital em meio ao rápido avanço da Inteligência Artificial e à disseminação de desinformação online. Além de discutir a proteção de dados e investimentos em infraestrutura digital, o evento destacou a importância da educação e do empoderamento dos usuários para enfrentar riscos digitais. Questões éticas relacionadas ao uso de dados, especialmente para o desenvolvimento de sistemas de IA, foram abordadas, enquanto a sociedade civil global apelou por uma liderança mais coesa do G20 na discussão sobre dados. A reunião também adiantou recomendações de grupos de engajamento, como o W20 e B20, que priorizaram a equidade de gênero e a governança responsável da IA, respectivamente. (Desinformante - 13.06.2024) 
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Impactos Socioeconômicos

Desafios políticos e econômicos podem ser os principais entraves para descarbonização

Mesmo com todo o avanço para a descarbonização, parece que nem todos conseguem atingir a meta estipulada pelo Acordo de Paris, que determina que os países desenvolvidos deverão investir US$ 100 bilhões por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação, em países em desenvolvimento. Os desafios políticos e econômicos são os principais entraves, no entanto, questões culturais também podem atrapalhar esse desenvolvimento. Durante o painel inicial do segundo dia do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico, que acontece nesta quinta-feira, 20 de junho, no Rio de Janeiro, foi debatido quais os caminhos devem ser seguidos para um futuro descarbonizado. Solange Ribeiro, Vice-presidente da Neoenergia e Vice Chair do Pacto Global da ONU, disse que falta coragem para os países definirem suas metas, “Falamos muito em energia renovável, mas ainda temos térmicas a carvão sendo construídas em alguns países”, apontou Solange. (Agência CanalEnergia - 20.06.2024) 
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Empresas utilizam certificações sustentáveis para compensar emissões de carbono

Com a transição energética e a descarbonização acontecendo e para que seja possível atingir a meta estabelecida no Acordo de Paris, muitas empresas precisam se adaptar para diminuir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). No Painel: Títulos sustentáveis e Mercado de Baixo Carbono, que aconteceu no segundo dia do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico, na última quinta-feira, 20 de junho, no Rio de Janeiro, foi apontado que para sobreviver nesse mundo proposto para a descarbonização, é preciso que as empresas tenham operações cada vez mais limpa, mesmo que elas ainda tenham pegada carbono. Segundo o debate, no Acordo de Paris foi determinado que os países precisam reduzir suas emissões, mas em nenhum momento foi estipulado como isso deve ser feito, afinal cada país tem um universo de ferramentas ao seu alcance. De acordo com Maria Izabel Magalhães, Gerente de Mercado de Carbono da Petrobras, o acordo não determina qual fonte ou meio cada país deve utilizar para que as emissões sejam diminuídas, o que é dado é um prazo e uma meta para que isso seja feito. (Agência CanalEnergia - 21.06.2024)
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Proenergia Summit 2024 reforça protagonismo do Ceará na transição energética mundial

O Ceará vem desempenhando um importante papel no processo de descarbonização e transição energética global. O Estado possui, até agora, 37 memorandos de entendimento (MoU’s) assinados para a produção de Hidrogênio Verde (H2V). São mais de US$ 35 bilhões em investimentos anunciados por empresas que desejam investir em território cearense. A expectativa é que sejam gerados cerca de 65 mil novos empregos, expandindo a indústria e a economia, local e nacional. Neste cenário, os maiores players do setor, com participações a nível nacional e internacional, discutiram, em Fortaleza, as oportunidades e desafios contemporâneos para a transição energética, incluindo eixos como geração, transmissão, armazenamento e comercialização de energia, mudanças climáticas, regulação, políticas públicas, mercado, investimentos, H2V, offshore, cidades inteligentes, entre outros temas correlatos, sob o macrotema “O Mundo da Energia acontece aqui!”. (Agência CanalEnergia - 24.06.2024)
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