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IFE
11/07/2024

IFE Transição Energética 58

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Pedro Ludovico e Gustavo Esteves
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
11/07/2024

IFE nº 58

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Pedro Ludovico e Gustavo Esteves
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 58

Dinâmica Internacional

IEA: Metas de energia renovável para 2030 em risco

A Agência Internacional de Energia (IEA) alertou que os planos globais de energia limpa estão quase um terço abaixo do necessário para atingir a meta de produção de energia renovável até 2030, acordada na COP 28. A análise da AIE sobre as políticas e metas domésticas de quase 150 países revelou que resultariam em cerca de 8.000GW de capacidade de energia renovável até 2030, 70% do necessário para alcançar a meta de 11.000GW. A IEA enfatiza a necessidade de os governos incluírem metas e políticas de energias renováveis em seus planos de ação nacionais para o clima. Delegados da ONU se reunirão em Bonn, na Alemanha, para negociar um novo acordo de financiamento climático e atualizar os compromissos nacionais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. (Valor Econômico - 04.06.2024)  
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REN21: Transição para energias renováveis sofreu desaceleração em 2023

Uma consultoria realizada pela REN21 apontou que a transformação global em direção às fontes renováveis de energia por parte de setores de consumo elevado sofreu uma desaceleração em 2023. Foram determinantes para isso: pressões políticas, insuficiência regulatória e a falha na definição de metas claras. Alternativamente, a pandemia do Covid-19 e a guerra da Ucrânia contribuíram para a transição para energias renováveis ante preocupações sobre a segurança energética, contudo, os governos não foram capazes de manter o ímpeto dessas mudanças, analisou o grupo no trabalho. Ainda, foi constatado que, até o final de 2013, apenas 13 países implementaram políticas de renováveis que contemplam os setores agrícola, de transportes, de construção e industrial. Apesar disso, apenas 12,7% da energia consumida por esses setores veio de fontes verdes. Por outro lado, muitos países retrocederam nas suas ambições. Das 69 nações que têm metas no tema para consumidores finais, apenas 17 delas ampliaram os objetivos para além de 2024. (Reuters – 30.05.2024) 
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Equinor: A velocidade da transformação energética global deve aumentar

A velocidade e a escala da transição energética global devem crescer para que seja satisfeita a ambição de limitar o aquecimento global em até 1,5° C acima dos níveis pré-industriais, afirmaram analistas do Grupo Equinor. Enquanto algumas regiões se empenharam fortemente para reduzir as emissões de carbono por meio de estímulos e regulações, esses esforços, em muitos casos, foram atenuados pelo aprofundamento de tensões geopolíticas e a guerras, completaram. Ainda, mesmo no longo prazo, apesar de sinais apontarem para avanços significativos e consistentes com o receituário da transição energética, a aceleração do progresso para o atendimento de metas em 2050 tornou-se um aspecto de maior incerteza. Ademais, segundo a Organização Meteorológica Global (WMO, na sigla em inglês), há, agora, uma chance de 80% de que ao menos um dos próximos cinco anos registre temperaturas que temporariamente excedem o patamar de variação de 1,5°C; já em 2023, a probabilidade era de 66%. (Reuters – 06.06.2024) 
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IEA: Aceleração da transição aumenta acesso e reduz custos com energia

O relatório especial ‘Estratégias para Transições de Energia Limpa Acessíveis e Justas’, produzido pela Agência Internacional de Energia mostra que acelerar a mudança para tecnologias de energia limpa melhora a acessibilidade da energia e pode aliviar as pressões sobre o custo de vida de forma mais ampla. O relatório mostra que o caminho para o net zero em 2050 pede investimento adicional, mas também faz com que os custos operacionais do sistema energético global caiam pela metade durante a próxima década, na comparação com as configurações atuais. O relatório diz que as tecnologias de energia limpa já são mais competitivas em termos de custos ao longo da sua vida útil do que as dependentes de carvão, gás natural e petróleo. Mesmo os veículos eléctricos, com custos iniciais mais elevados, normalmente resultam em economias devido a despesas operacionais mais baixas. Aparelhos energeticamente eficientes, como aparelhos de ar condicionado, também proporcionam benefícios de custos semelhantes ao longo da sua vida útil. (Agência CanalEnergia - 31.05.2024) 
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IEA: NDCs são ferramentas para países avançarem nas metas renováveis

Relatório da Agência Internacional de Energia conclui que os países têm uma oportunidade significativa nos próximos meses para desenvolver planos claros para impulsionar as renováveis, ajudando a aproximar o mundo da meta da COP 28 de triplicar a capacidade global até 2030. O relatório conclui que embora a energia renovável esteja no centro das metas de energia e clima, poucos países estabeleceram metas claras em 2030 para capacidade instalada nas suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Os compromissos oficiais nos NDCs vão atualmente a 1.300 GW, apenas 12% do que é necessário para cumprir o objetivo global de triplicação estabelecido. No entanto, uma nova análise país por país realizada pela AIE abrangendo quase 150 países conclui que as ambições internas dos governos vão muito mais longe, correspondendo a quase 8.000 GW de capacidade renovável global até 2030. Caso os países incluíssem todas as suas políticas, planos e estimativas existentes nos seus novos NDCs previstos para o próximo ano, refletiriam 70% do que é necessário até 2030 para atingir a meta de triplicação, que corresponde a 11.000 GW de capacidade renovável mundial. (Agência CanalEnergia - 04.06.2024)  
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China: Plano de redução das emissões de CO2 para 2024

A China assinalou o compromisso de reduzir as emissões nacionais de CO2 para indústrias-chave em 1%, após perder a marca no último ano. O país, que é simultaneamente o maior consumidor de energia e o maior emissor de gases de efeito, pretende atingir esse objetivo por meio de ganhos de eficiência em toda a cadeia produtiva, desde a produção de aço até o transporte, consoante plano do governo. Ainda, a China estabeleceu metas para fazer com que o crescimento econômico seja mais eficiente – fator que, muitas vezes, ia na contramão dos esforços de descarbonização -, que será promovido junto ao incentivo a “novas forças produtivas”. Para o cumprimento desse objetivo, a projeção é que a economia chinesa vai requerer 2,5% a menos de energia para cada unidade de crescimento do PIB em 2024. Ademais, o plano de descarbonização chinês especifica um controle “estrito” do consumo de carvão, “razoável” do consumo de petróleo, e o estímulo ao consumo de biocombustíveis e combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês), além do desenvolvimento de energia eólica offshore. Segundo Lauri Myllyvirta, Senior Fellow da Asia Society Policy Institute, é possível que a China tenha atingido o pico de suas emissões de carbono em 2023. Apesar disso, o país continua a avançar na definição de marcas para sua transição energética. (Reuters – 29.05.2024) 
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IEA: Avaliação do desempenho global rumo à meta de triplicar a capacidade de renováveis

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) publicou uma análise sobre o alinhamento dos planos nacionais com o objetivo de alcançar emissões líquidas zero até 2050 e limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais. Segundo a agência, mesmo que todos os países implementem totalmente suas atuais ambições climáticas – as contribuições nacionalmente determinadas ao Acordo de Paris (NDC, em inglês) –, o mundo ficaria 30% aquém de triplicar a capacidade global de energia renovável – conforme acordado na COP 28 - para mais de 11 terawatts (TW) até 2030. Hoje, as NDCs acrescentam apenas 12% (ou 1,3 TW) da meta. “Para as economias avançadas, o nível de ambição precisa aumentar de um fator de crescimento de 1,9 para 2,5. Para as economias emergentes e em desenvolvimento, o fator de crescimento deve subir de 2,4 para 3,4”, aponta a IEA. Além disso, a entidade destaca que a contribuição da América Latina em capacidade adicionada de fontes renováveis está acima da média e que no Oriente Médio e no Norte da África, apesar da partirem de uma base pequena de participação, uma expansão acelerada vem se desenhando. (epbr – 04.06.2024) 
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SolarPower Europe: Implementação de EPBD pode estimular energia solar para 56 milhões de residências

A Diretiva de Eficiência Energética dos Edifícios (EPBD, na sigla em inglês) entrou oficialmente em vigor em 08 de maio com sua publicação no Diário Oficial da União Europeia. Uma análise preliminar realizada pela SolarPower Europe sugere que a implementação desta instrução poderá impulsionar a instalação de 150 a 200 GW de energia solar nos telhados nos próximos anos, o que equivale à demanda de eletricidade de 56 milhões de residências europeias. “A energia fotovoltaica no telhado deve ser a porta de entrada para a eletrificação inteligente”, afirmou o Conselheiro Político Sênior da companhia, Jan Osenberg. A Norma Solar para Telhados da UE será aplicada a novos edifícios não residenciais e públicos a partir de 2027, a edifícios não residenciais existentes submetidos a grandes renovações a partir de 2028, a novos edifícios residenciais a partir de 2030 e a todos os edifícios públicos existentes adequados à medida a partir de 2031. (Energías Renovables – 03.06.2024) 
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Queda nos preços dos painéis solares afeta fabricantes europeus

A queda nos preços dos painéis solares, impulsionada por uma oferta excessiva da China, levou fabricantes europeus a fechar fábricas e buscar apoio político. Fabricantes chineses dominam a indústria de painéis solares, respondendo por 70% a 80% da produção global. O excesso de capacidade tem sido um problema para os fabricantes europeus, com empresas como a Meyer Burger Technology e a NorSun fechando unidades de produção. A SolarPower Europe pediu medidas para estimular a demanda. Nos EUA e no Japão, o cenário é diferente devido às tarifas de salvaguarda e à menor presença no mercado de painéis de commodities, respectivamente. Apesar da queda no custo dos painéis, as instalações solares não se tornaram mais baratas devido ao aumento dos custos de construção e seguro. (Valor Econômico - 01.06.2024) 
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Nacional

Governo anuncia Programa Cidades Verdes Resilientes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou o Programa Cidades Verdes Resilientes (PCVR) para melhorar a qualidade ambiental e a resiliência das cidades brasileiras aos impactos climáticos. O programa, que será implementado principalmente em áreas urbanas vulneráveis, visa reduzir as desigualdades sociais e os riscos climáticos, potencializar os serviços ecossistêmicos, e orientar o planejamento e a gestão urbano-ambiental sustentável. Além disso, o PCVR busca fortalecer a capacidade institucional dos entes federativos para mitigar as emissões de gases de efeito estufa e adaptar-se às mudanças climáticas, além de apoiar o avanço da pesquisa científica e das soluções tecnológicas para o desenvolvimento urbano sustentável. (Valor Econômico - 06.06.2024)  
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Os pleitos do setor do petróleo na transição energética

A consulta pública aberta pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para discutir “Transição Energética Justa, Inclusiva e Equilibrada” deu abertura para que a indústria de óleo e gás mostrasse quais são suas prioridades nessa área e quais caminhos veem para viabilizar a nova economia verde. Entre as principais contribuições estão: a dúvida quanto a viabilidade do biometano como alternativa sustentável para a mobilidade urbana, pela Petrobras; a proposta de um mercado de capacidade elétrica onde os custos são rateados por todos os consumidores, visando maior segurança e eficiência no fornecimento de energia; a solicitação de isenção do imposto seletivo para produtores independentes de petróleo e gás a fim incentivar a produção e aumentar a competitividade. (epbr – 03.06.2024) 
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AHK: Brasil tem potencial de ter indústria verde pujante

Em evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK), representantes do setor de energia e infraestrutura discutiram os principais desafios associados à implementação de energias renováveis no Brasil, como eólicas onshore e offshore, hidrelétricas e hidrogênio verde, bem como a indústria associada a essas fontes. Os participantes destacaram a necessidade de marcos legais, acesso a capital e planejamento enquanto elementos determinantes para que sejam viabilizados projetos sustentáveis no âmbito nacional. Em destaque, entre as considerações, o diretor de Comunicação, Transição Energética e Responsabilidade Social Corporativa da ENGIE, Gil Maranhão Neto, enfatizou que o país deveria retomar o planejamento da expansão da geração do setor elétrico, perdido na década de 90 com a liberalização do mercado. O sócio-diretor da consultoria KPMG, Felipe Salgado, por sua vez, ressaltou que, apesar da disponibilidade de instrumentos de financiamento climático, sua combinação às necessidades das empresas parece ser uma dificuldade pujante. Já o pesquisador sênior do Gesel/UFRJ, Roberto Brandão, ponderou que projetos sustentáveis terão acesso a financiamento climático quando algumas regulações em curso se efetivarem. Além disso, foi abordada no evento a importância de garantir uma transição justa, que promova desenvolvimento econômico e social, especialmente nas regiões mais carentes do país. (Além da Energia – 06.06.2024) 
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Artigo de Pedro de Camargo Neto: “Uma COP na Foz do Amazonas”

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Pedro de Camargo Neto (presidente da Sociedade Rural Brasileira) trata da necessidade urgente de ações globais para enfrentar os desastres climáticos intensificados pela emissão de gases de efeito estufa. Ele destaca a liderança do Brasil na transição para fontes de energia não fósseis, apesar de suas emissões serem menos de 2% das globais. Ainda, destaca que a exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas é um debate crítico, dada a riqueza e sensibilidade ambiental da região. O autor também enfatiza a necessidade de equilibrar as oportunidades econômicas imediatas com a redução da emissão de carbono. Ele conclui que o Brasil deve liderar a pressão internacional para a redução do uso de combustíveis fósseis e defender a produção de biocombustíveis, especialmente à luz da próxima Conferência das Partes (COP) em Belém em 2025. (Valor Econômico – 29.05.2024) 
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Artigo GESEL: "Os desafios e oportunidades da GD social no Brasil"

Em artigo publicado pelo Broadcast Energia, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador geral do GESEL-UFRJ) e Rubens Rosental (Pesquisador Sênior do GESEL-UFRJ) enfocam o crescimento exponencial da micro e minigeração distribuída (MMGD) e a possibilidade de crescimento destas associadas ao conceito de "transição justa". Segundo os autores, "novos modelos de negócio alinhados aos projetos de GD com foco no interesse social podem e devem desempenhar um papel crucial na promoção do acesso à energia mais barata, com o empoderamento das comunidades e a mitigação das mudanças climáticas no Brasil". (GESEL-IE-UFRJ – 03.06.2024) 
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Aurora Energy Research: Emissões devem aumentar no Brasil no longo prazo

Uma análise da Aurora Energy Research destaca que, apesar da expansão da matriz renovável, o Brasil enfrenta o aumento significativo das emissões de carbono devido à necessidade de termelétricas despachadas para suprir a demanda intermitente. Enquanto a Espanha e o Reino Unido projetam reduzir suas emissões entre 2024 e 2060, o Brasil prevê um aumento de 54%. A falta de regulamentação e incentivos para investimentos em armazenamento de energia torna financeiramente inviável importar as tecnologias necessárias. Essa lacuna regulatória prejudica o desenvolvimento de soluções de resiliência, como baterias e usinas hidrelétricas reversíveis, dificultando o avanço em direção às metas de emissões de carbono e a estabilidade da rede elétrica. Sem uma estrutura de mercado que promova soluções livres de carbono, como usinas hidrelétricas e sistemas de armazenamento, o Brasil corre o risco de ter emissões de carbono mais altas até 2047 do que a Grã-Bretanha, divergindo do caminho europeu rumo ao Net Zero. (Agência CanalEnergia - 31.05.2024) 
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Setor do alumínio vai investir R$ 30 bi com compromisso de descarbonização

A indústria do alumínio anunciou investimentos de cerca de R$ 30 bilhões para setor até 2025. A medida visa fortalecer a indústria e melhorar a gestão dos processos ambientais para descarbonização do setor. Os investimentos anunciados envolvem toda a cadeia de produção, desde a modernização e diversificação da matriz energética, além do investimento em autogeração. Os incentivos à economia de baixo carbono, o fortalecimento de toda a cadeia produtiva e a alavancagem das vantagens competitivas foram aspectos relacionados como essenciais para o êxito do processo de reindustrialização. Janaina Donas, presidente executiva da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), disse à Agência CanalEnergia, que os acontecimentos nos últimos anos expuseram a necessidade de uma rápida reestruturação das cadeias de suprimento globais. (Agência CanalEnergia - 03.06.2024)  
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BNDES: Contratos bilionários para financiamento de projetos sustentáveis

O BNDES celebrou contratos com o China Development Bank (CDB) e o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB), totalizando aproximadamente R$ 9,1 bilhões para financiar projetos sustentáveis. O vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com o presidente do AIIB, Jin Liqun, para discutir cooperação e financiamento climático. Eles assinaram uma carta de intenções para aprofundar a cooperação, com potencial de investimentos de US$ 250 milhões em energias renováveis e mobilidade urbana sustentável, entre outros. Com o CDB, o BNDES assinou um contrato de empréstimo de longo prazo de até US$ 800 milhões para financiar projetos de infraestrutura e indústria no Brasil. Além disso, o AIIB expressou a intenção de apoiar os esforços de recuperação do Brasil após as inundações no Rio Grande do Sul. (Valor Econômico - 08.06.2024)   
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Regulação

EUA: Reformas de licenciamento alimenta tensões entre grupos climáticos

Os esforços para atualização do processo de permissão para energias renováveis, transmissão e outros projetos, como parte da estratégia dos Estados Unidos de neutralizar suas emissões de carbono até 2050, estão sendo catalisadores de debates intensos, mesmo entre partes tipicamente aliadas em políticas com preocupação ecológica. Enquanto grupos de energia limpa apoiam a simplificação de processos de licenciamento para acelerar a implantação de recursos que ajudam a mitigar os impactos imediatos da mudança climática, grupos de ambientalistas fazem oposição a reformas que possam também beneficiar a indústria de combustíveis fósseis. Ainda, ativistas declaram que, do ponto de vista da justiça ambiental, anuências descuidadas para alguns projetos podem colocar em risco ainda maior as comunidades que já são gravemente afetadas pela poluição. Ante a urgência da temática, segundo o ativista racial e climático Anthony Rogers-Wright, essas divergências têm marcado um desentendimento acalorado que tem cada vez mais contrastado a diferentes filosofias e abordagens dos alinhamentos que miram a transição energética. (Utility Dive – 06.06.2024) 
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Brasil: Câmara aprovou diretrizes para planos de adaptação às mudanças climáticas

A Câmara dos Deputados brasileira aprovou o Projeto de Lei 4.129/21, que estabelece diretrizes gerais para a elaboração, pelo poder público, dos planos de adaptação à mudança climática. O PL foi aprovado, em 04 de junho, na forma de um substitutivo do Senado ao texto votado em 2022. Essa versão inclui novas diretrizes para a formatação desses planos, que devem ter suas versões municipais, estaduais e federal, além da promoção da pesquisa, desenvolvimento e inovação. Quanto às prioridades, o texto dá mais ênfase à infraestrutura, como comunicações, energia, transportes, finanças e águas, mas permanecem elementos como segurança hídrica e alimentar, já aprovados do texto passado. Já no plano nacional, ficou definida a articulação com as três esferas da Federação e com os setores socioeconômicos, garantindo-se ainda a participação social dos mais vulneráveis aos efeitos adversos da mudança climática. “Precisamos adaptar nossas cidades, nossos estados e nosso País. Se o poder público não se adianta, a gente está sempre remediando, e o mais vulnerável sempre sofre mais”, afirmou a autora do PL, Tabata Amaral (PSB/SP). (epbr – 05.06.2024) 
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MME/Silveira: Medidas para estimular a produção de energia renovável

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a isenção de PIS/Cofins por até cinco anos para projetos de minigeração distribuída de energia, que inclui instalações de 75KW a 5MW de potência instalada. A medida visa incentivar a produção de energia limpa e renovável, atraindo novos investimentos e gerando emprego e renda. O ministério estabeleceu um limite de referência de investimentos para enquadramento no regime especial, variando de R$ 4 mil a R$ 5 mil por KW, dependendo do tipo de projeto. (Valor Econômico - 04.06.2024) 
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Artigo de Bianca Bez e César Máximo: "Direito Regulatório e Societário em energias renováveis: orientações práticas para companhias"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Bianca Bez, advogada da área de Contencioso e Arbitragem com ênfase em Energia, e César Máximo, associado sênior do BBL Advogados, discutem a importância da estruturação societária e governança corporativa no setor de energia. Eles destacam que compreender eficientemente o Direito Regulatório e Societário é essencial para o sucesso e sustentabilidade a longo prazo das empresas do ramo, enfatizando a necessidade de uma assessoria técnica proativa para lidar com os desafios regulatórios em constante evolução. (GESEL-IE-UFRJ – 07.06.2024) 
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Programa Mover é aprovado pela Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou, em 28 de maio, o substitutivo ao projeto de lei que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que perdeu a vigência em 31 de maio. A emenda prevê R$ 19,3 bilhões em incentivos por um período de cinco anos e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para estimular a pesquisa e o desenvolvimento de soluções tecnológicas e a produção de veículos com menor emissão de gases, o que inclui carros elétricos, híbridos e a hidrogênio. Além disso, um decreto presidencial e uma portaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) já regulamentaram o tema em relação à redução do IPI e à habilitação dos projetos de indústrias e montadoras do setor. A habilitação vai vigorar até 31 de janeiro de 2029, e os créditos não serão cumulativos com os do Rota 2030, extintos a partir de abril deste ano. A matéria segue agora para o Senado. (Agência CanalEnergia - 29.05.2024) 
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Stellantis: Transição para eletromobilidade pode impor dificuldades para os produtores de veículos

A transição para veículos elétricos (VEs) pode impor um “fardo significativo” para fabricantes de automóveis ante a busca de práticas para fazer frente à concorrência dos produtos chineses. “A corrida dos VEs se tornou uma corrida de corte de custos”, pontuou o CEO da Stellantis, Carlos Tavares. O desafio para os produtores, segundo ele, é que os custos de produção dos modelos eletrificados podem chegar a ser 50% maiores comparados àqueles para os modelos à combustão, o que pressiona o corte de custos em todos os níveis de operação, inclusive em logística e nas cadeias de suprimento. Ao mesmo tempo, a adesão aos VEs encontra contenção na acessibilidade em preços, com o perfil do consumidor sendo marcado por hesitação na compra de eletrificados por preços elevados, a não ser que haja algum incentivo do governo. “O consumidor ocidental está dizendo ao governo ocidental: ‘certo, há esse problema do aquecimento global, mas se você não me ajudar, eu não vou te ajudar’”, concluiu. (Reuters – 29.05.2024) 
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EUA: Financiamento de US$ 1,3 bi mirando a expansão da infraestrutura de recarga para VEs

O governo dos Estados Unidos está oferecendo uma oportunidade de financiamento para acelerar investimentos públicos e privados no transporte sustentável. São US$ 1,3 bilhão – o maior montante da história dos EUA - orientados para a expansão da infraestrutura de recarga para veículos elétricos (VEs) em comunidades urbanas e rurais e ao longo das principais rodovias do país. Com as contribuições do Programa de Infraestrutura de Recarga e Abastecimento (CFI, na sigla em inglês), o governo Biden – Harris almeja a consolidação de uma rede nacional com 500 mil carregadores públicos de VEs. Em razão disso, é esperado que a adesão dos consumidores aos modelos elétricos aumente. “Apostar na eletrificação é mais importante do que nunca para a nossa prosperidade econômica e segurança nacional”, declarou o CEO do Joint Office of Energy and Transportation, Gabe Klein. De maneira combinada, a esperança é que aplicações aproximem os EUA da meta de corte das emissões de carbono pela metade até 2030. As inscrições no programa estão abertas até 28 de agosto de 2024. (Utility Dive – 03.06.2024) 
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UPM: Estudo de eficiência energética a partir do uso de calor residual do subsolo urbano

As cidades têm um grande potencial para implementar soluções inovadoras que melhorem a eficiência energética, estabelecendo, assim, as bases para um modelo urbano mais sustentável. Com esta convicção, investigadores da Universidade Politécnica de Madrid (UPM), em colaboração com a Associação Madrid Subterra, estudam a viabilidade da utilização de fontes de energia não convencionais, como o calor residual de estações de metrô, túneis e condutas de água, para reduzir as emissões de dióxido de carbono no ambiente urbano. Entre outras particularidades, a investigação sugere que a energia proveniente das águas residuais pode ser utilizada para poupar mais de 50% da fatura energética das residências e para o aquecimento dessas casas. (Energías Renovables – 05.06.2024) 
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Desafios e implicações da transição para a aviação com emissão zero de carbono

A indústria aérea está se transformando para aumentar o uso de combustível sustentável (SAF), visando reduzir as emissões de carbono. No entanto, essa mudança deve resultar em um aumento nos preços das passagens aéreas, especialmente em mercados com renda mais baixa, como o Brasil. O diretor geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), William Walsh, afirmou que a transição para uma aviação com emissão zero de carbono vai depender do cliente e que os custos vão subir. Além disso, o SAF é atualmente de duas a cinco vezes mais caro do que o querosene de aviação tradicional (QAV), e a produção de SAF ainda é um desafio, representando apenas 3% de toda a produção de combustível renovável no mundo. (Valor Econômico - 03.06.2024)  
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China: Brasil foi o principal destino das exportações de VEs em abril

Dados apresentados pela Associação Chinesa de Carros de Passeio (CPCA, na sigla em inglês) revelaram que o Brasil superou a Bélgica e se tornou o maior mercado de exportação de veículos eletrificados (VEs) chineses. As exportações de carros totalmente elétricos e híbridos plug-in para o Brasil aumentaram 13 vezes em relação a 2023, atingindo 40.163 unidades em abril de 2024. Isso faz do país o principal mercado internacional para esses produtos pelo segundo mês consecutivo, segundo a CPCA. Além disso, o Brasil se tornou o segundo maior destino de exportação da China para todos os carros em abril, enquanto a Rússia manteve o primeiro lugar. (Broadcast Energia – 27.05.2024) 
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China: Aumento nas vendas da Tesla impulsionado por incentivos governamentais

As vendas da Tesla na China aumentaram 17% em maio, com 72.573 unidades vendidas, impulsionadas pelos programas de incentivo do governo e pelo interesse do público no Salão do Automóvel de Pequim. Apesar disso, houve uma queda de 6,5% em relação a abril. As vendas totais de carros elétricos na China cresceram 35%, atingindo 910 mil unidades. A Tesla ficou em segundo lugar nas vendas de veículos elétricos, atrás da BYD, que vendeu 330.488 unidades. A Geely Auto, Changan Automobile, Li Auto e Seres, uma investida da Huawei, também tiveram vendas significativas. (Valor Econômico - 04.06.2024)   
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EUA: Legisladores pedem banimento de empresas chinesas de baterias

Legisladores republicanos dos EUA pediram ao governo Biden que proíba as importações de duas grandes empresas chinesas de baterias, a Contemporary Amperex Technology (CATL) e a Gotion High-Tech, ligadas à Ford e à Volkswagen, respectivamente, alegando que suas cadeias de abastecimento utilizam trabalho forçado. Eles solicitaram que ambas as empresas fossem adicionadas à lista de entidades sob a Lei de Prevenção do Trabalho Forçado Uigur. A CATL negou as alegações e afirmou estar comprometida com uma cadeia de abastecimento responsável. A inclusão na lista complicaria ainda mais os esforços das empresas para se estabelecerem nos EUA, onde já enfrentam desafios devido à geopolítica e ao escrutínio de seus projetos. (Valor Econômico - 06.06.2024)   
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

GESEL publica TDSE 125 “Estruturas de financiamento para projetos de hidrogênio verde e derivados”

O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 125, intitulado “Estruturas de financiamento para projetos de hidrogênio verde e derivados”. O texto destaca os desafios e peculiaridades do financiamento de projetos de hidrogênio verde (H2V), sublinhando a necessidade de instrumentos financeiros específicos para atrair investimentos. (GESEL-IE-UFRJ – 05.06.2024) 
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GESEL/Nivalde de Castro: Exportação e hidrogênio são a chave para a indústria eólica brasileira

A crise no setor eólico brasileiro, marcada pela desindustrialização e a saída de empresas como a GE, está sendo enfrentada com medidas governamentais e novos investimentos. Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), avalia que o excesso de oferta no setor eólico e solar é um fenômeno econômico causado por subsídios desnecessários, criando um desequilíbrio entre oferta e demanda. Ele sugere a exportação como solução para a indústria eólica e prevê que o setor de hidrogênio gerará demanda no médio prazo, abrindo um cenário para novos investimentos. Além disso, ele vê as grandes empresas de tecnologia, que são eletrointensivas e atraídas por energia barata e renovável, como potenciais impulsionadoras da demanda no Brasil. Acesse aqui a matéria na ínetgra. (Valor Econômico - 05.06.2024)  
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União Europeia: Lançamento de plataforma para conectar produtores e consumidores de H2

A Comissão Europeia anunciou nesta semana um mecanismo piloto que visa conectar produtores e potenciais consumidores de hidrogênio. O objetivo é a aceleração de investimentos a partir do fornecimento de uma visão mais clara do mercado, permitindo, assim, uma melhor articulação entre as duas pontas. “Ao facilitar a correspondência entre fornecedores e consumidores, contribuiremos decisivamente para acelerar o desenvolvimento do nascente setor de hidrogênio da Europa”, explicou o vice-presidente executivo para o Acordo Verde Europeu, Maroš Šefčovič. A esse respeito, caberá ao Banco Europeu de Hidrogênio coletar e disponibilizar informações sobre a oferta e a demanda de hidrogênio renovável e de baixo carbono, permitindo que consumidores europeus possam se conectar tanto com fornecedores europeus quanto estrangeiros. Ainda, além de destravar investimentos, outra perspectiva é que as informações possam orientar o planejamento e o desenvolvimento da infraestrutura de transporte adequada para escoamento do hidrogênio entre os países da União Europeia. A plataforma tem início previsto para 2025. (epbr – 06.06.2024) 
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Japão e EU: Aliança para liderar o mercado de H2V

O Japão e a União Europeia estão colaborando para estabelecer padrões internacionais para a cadeia de suprimentos de hidrogênio. O objetivo é liderar a formação de um novo mercado e as regras abrangerão tecnologias para produção e transporte de hidrogênio. Ambos os lados firmaram o compromisso de assinar memorandos de entendimento sobre pesquisa e desenvolvimento, segurança e suporte de preço. Visto como uma alternativa limpa aos combustíveis fósseis, a expectativa de crescimento para a produção do combustível é elevada, especialmente para o hidrogênio de baixo carbono (H2V). As discussões sobre propostas de padrões específicos começarão ainda em 2024. Além disso, será endereçado o risco de superprodução de hidrogênio na China. (Valor Econômico - 03.06.2024) 
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Artigo de Amy Nguyen: “Como a IA está equipando as cidades na batalha pela resiliência climática”

Em artigo publicado pelo Reuters, a pesquisadora e fundadora da plataforma Sustainable & Social, Amy Nguyen, trata das contribuições da digitalização para o manejo do impacto ecológico e a promoção da resiliência climática. O texto dá enfoque, sobretudo, às réplicas digitais (ou digital twins), que usam dados em tempo real para simular o mundo físico, e que podem ser combinadas a fontes adicionais de informações e à inteligência artificial para auxiliar na missão de cultivar a resiliência ao mesmo tempo que são endereçados os desafios urbanos de saúde e desigualdades sociais. Segundo a ABI Research, mais de 500 cidades planejam a adoção dessa tecnologia até 2025, o que permitiria uma economia de US$ 280 bilhões em infraestrutura. Ainda, são elencadas experiências particulares da aplicação das réplicas digitais, como em Pretória e Copenhague, que usam a tecnologia para a coleta e disposição do lixo; Lisboa, que mira a utilização modelos para monitoração hidrológica; e Toronto e Portland, cujas falhas ressaltam a importância da colaboração com stakeholders e governança de dados. (Reuters – 23.05.2024) 
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China: Huangpu inaugura VPP residencial para redução de carbono

O distrito de Huangpu, em Xangai, apresentou a primeira plataforma residencial virtual de usina de energia (VPP, na sigla em inglês) da China na Exposição Internacional de Carbono Neutro 2024. A plataforma, que começou como um projeto de demonstração para edifícios comerciais em 2016, agora abrange mais de 300 residências e 900 aparelhos elétricos, com uma capacidade total de mais de 600 quilowatts. Além de monitorar e gerenciar o consumo de energia doméstica, a plataforma inclui uma seção comunitária de baixo carbono que promove a utilização sustentável de energia e a gestão do carbono. O distrito também destacou outras iniciativas verdes na exposição, visando obter a certificação LEED para edifícios e promover a eficiência energética em estruturas comerciais. Huangpu faz parte da Aliança C9 do Delta do Rio Yangtze, junto com outros distritos, demonstrando um compromisso conjunto com o desenvolvimento sustentável e integrado. (Shine - 05.06.2024)  
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EUA: NREL estuda como tecnologia 5G pode contribuir para microrredes

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA (NREL, na sigla em inglês) desenvolveram uma plataforma de teste 5G em uma microrrede militar replicada e descobriram que a tecnologia 5G pode melhorar os controles distribuídos, a segurança e a resiliência dos sistemas de energia. Financiado pelo Gabinete do Subsecretário de Defesa para Pesquisa e Engenharia, o projeto avaliou cenários como falhas e recuperações de controladores de microrredes, congestionamento de dispositivos e tráfego de rede inseguro. Segundo Brian Miller, líder do projeto, a priorização do tráfego, o fatiamento privado e a computação de ponta mostraram-se eficazes, permitindo operações contínuas mesmo sob condições extremas de tráfego. As descobertas foram publicadas no relatório "5G Securely Energized and Resilient". (Executive GOV - 03.06.2024)  
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Check Point Software: Falta de profissionais qualificados continua a desafiar a cibersegurança

A integração da inteligência artificial (IA) com a segurança cibernética apresenta tanto oportunidades incríveis quanto desafios significativos. Uma pesquisa realizada pela Check Point Software em parceria com a Vanson Bourne revelou que mais de 70% dos profissionais de segurança confiam na capacidade de defesa cibernética de suas empresas. No entanto, 89% reconhecem a dificuldade em incorporar pessoal qualificado, evidenciando uma lacuna preocupante em profissionais treinados em segurança cibernética. Essa escassez impacta fortemente as operações de segurança, destacando a importância de ferramentas alimentadas por IA para fortalecer a proteção contra ataques cibernéticos. A pesquisa indica que 97%-99% das empresas já utilizam ferramentas baseadas em IA, com uma crescente adoção da IA generativa para estratégias de segurança abrangentes. (Security Leaders - 03.06.2024)  
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Impactos Socioeconômicos

Brasil: G20 pode contribuir para projetos de bioeconomia

O Brasil pretende buscar apoio dos demais integrantes do G20 para o desenvolvimento de novos projetos de bioeconomia, com foco, principalmente, em inovação aberta e catalogação de espécies na Amazônia. Segundo Carina Pimenta, titular da secretaria designada para tratar sobre o tema, o país pode, inclusive, ser referência mundial nessa área, devido à sua riquíssima biodiversidade. Para pavimentar a discussão com os outros países do G20, o Brasil estabeleceu alguns tópicos prioritários, sendo o primeiro deles a inovação aberta para uma Amazônia sustentável. Os demais incluem: a descarbonização da economia, o maior acesso aos serviços de saúde e o combate das desigualdades na área da Ciência. Além disso, uma proposta de mudança nas regras comerciais para a promoção da bioeconomia em economias emergentes será tema das próximas reuniões do G20 sobre o assunto. (Além da Energia – 24.05.2024)
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REScoop.eu: Comunidades energéticas impulsionam a inovação social

As iniciativas de energia comunitária não apenas contribuem para a redução das emissões de carbono e para a segurança energética, mas também têm um impacto positivo nas economias locais e na coesão social. O Manifesto REScoop.eu, publicado recentemente, antes das próximas eleições na União Europeia, destaca que todos os cidadãos devem poder se beneficiar de projetos de energia limpa produzidos localmente. Ao priorizar o envolvimento dos cidadãos e o benefício coletivo sobre os lucros individuais, as comunidades energéticas estão demonstrando um modelo alternativo e sustentável de desenvolvimento na dimensão da energia. Além disso, ao destacar a importância da inclusão social e da equidade na transição para energias limpas, essas iniciativas estão alinhadas com os objetivos mais amplos de justiça ambiental e social. Dessa maneira, consoante o manifesto, o impulso para investir na indústria europeia e aumentar a competitividade não deve ser visto como blindado da inclusão social. (Energías Renovables – 07.06.2024) 
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IEA: Aceleração da transição aumenta o acesso e reduz os custos com energia

O relatório especial ‘Estratégias para Transições de Energia Limpa Acessíveis e Justas’, produzido pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) mostra que acelerar a mudança para tecnologias de energia limpa, além de melhorar a acessibilidade da energia, pode aliviar as pressões sobre o custo de vida de forma mais ampla. O trabalho mostra que o caminho para o net zero em 2050 pede investimento adicional, mas também faz com que os custos operacionais do sistema energético global caiam pela metade durante a próxima década, em comparação às configurações atuais. O relatório, ainda, diz que as tecnologias de energia limpa já são mais competitivas em termos de custos ao longo da sua vida útil do que as dependentes de carvão, gás natural e petróleo. Mesmo os veículos eléctricos, com custos iniciais mais elevados, normalmente resultam em economias devido a despesas operacionais mais baixas. Além disso, aparelhos energeticamente eficientes, como aparelhos de ar condicionado – cuja utilização vem crescendo ante a elevação global das temperaturas - também proporcionam benefícios de custos semelhantes ao longo da sua vida útil. (Agência CanalEnergia - 31.05.2024) 
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G20: Enchentes no RS evidenciam consequências das mudanças climáticas e a urgência de proteção dos trabalhadores

As enchentes no Rio Grande do Sul reforçaram a importância da transição energética e adaptação às mudanças climáticas, temas prioritários para o Brasil nas discussões do Grupo de Trabalho de Emprego do G20. A necessidade de políticas públicas, regulações e protocolos para proteger os trabalhadores dos efeitos dessas mudanças é enfatizada. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 70,9% da força de trabalho mundial pode estar exposta ao calor excessivo, além de outros riscos como poluição atmosférica e exposição a pesticidas. “É evidente que as mudanças climáticas já estão criando riscos adicionais significativos para a saúde dos trabalhadores”, afirmou a chefe da equipe de segurança e saúde no trabalho (SST) da OIT, Manal Azzi. A entidade defende, então, que a segurança e saúde no trabalho devem ser integradas às respostas às mudanças climáticas. (Valor Econômico - 31.05.2024) 
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Eventos

Universidade de Columbia: Evento “Transição Energética no Brasil na perspectiva do G20”

O Rio de Janeiro foi palco do evento “Transição Energética no Brasil na perspectiva do G20“, realizado pelo Climate Hub Rio da Universidade de Columbia, em parceria com o Columbia Center on Global Energy Policy, a Prefeitura do Rio de Janeiro, Siemens Energy, CAF, VALE e o Instituto Lítio Verde. Em 05 de junho, autoridades e especialistas internacionais em clima, meio ambiente e transição energética – como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Jason Bordoff, especialista em política energética e climática - discutiram os vários aspectos da temática e também o papel central do Brasil no mercado global de energia. Os debates buscaram elencar os desafios em torno das alterações climáticas globais e iluminar as facetas de um futuro mais sustentável. Ainda, para Thomas Trebat, Diretor do Columbia Global Centers Rio, a relevância desse debate vai além da busca por energias mais limpas. “É uma colaboração essencial para moldar um caminho sustentável, promover a preservação ambiental e construir alicerces robustos para as gerações futuras”, destacou, e concluiu que o Brasil tem grande responsabilidade em ser protagonista na construção dessa colaboração. (Petronotícias – 02.06.2024) 
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