ESCONDER ÍNDICE
IFE
18/06/2024

IFE Transição Energética 56

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisador: Gustavo Esteves e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
18/06/2024

IFE nº 56

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisador: Gustavo Esteves e Pedro Ludovico
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

Ver índice

IFE Transição Energética 56

Dinâmica Internacional

Irena será responsável por monitorar o avanço das metas consentidas na COP 28

O presidente da COP 28, Sultan Al Jaber, encarregou oficialmente a Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) de estabelecer uma série especial de relatórios anuais dedicados ao monitoramento do progresso e ao fornecimento de recomendações sobre como alcançar os principais objetivos energéticos definidos em consenso no encontro global realizado no final de 2023. Os principais apelos são à triplicação da capacidade de energia renovável e à dobra da eficiência energética até 2030, e à transição justa, ordenada e equitativa para o atingimento da neutralidade em carbono até 2050. Os relatórios de acompanhamento serão desenvolvidos e publicados pela Irena de 2024 a 2030 e apresentarão dados e projeções relativos às metas compromissadas, visando fornecendo contribuições oportunas e precisas para os empenhos da COP. (Agência CanalEnergia - 13.05.2024) 
Link Externo

G7: Países concordam com a eliminação progressiva da energia a carvão

Os ministros da energia do G7 concordaram em acabar com o uso contínuo de carvão entre 2030 e 2035, com flexibilidade para países fortemente dependentes, em um esforço para limitar o aumento da temperatura global. Em 2023, as energias renováveis ultrapassaram 30% do consumo global de eletricidade, impulsionadas pela energia solar e eólica. Este marco reflete um aumento significativo desde 2000. Além disso, várias notícias globais destacam avanços e desafios no setor energético, incluindo investimentos em energia verde pela Indonésia, previsões de queda nos custos das baterias e planos para construção de novas centrais nucleares e aquisição de gás natural liquefeito (GNL). Esses eventos refletem a diversidade de esforços e interesses em torno da transição energética global, destacando a necessidade de cooperação internacional e investimentos em tecnologias limpas. (Word Economic Forum - 08.05.2024) 
Link Externo

G7: Países estabelecem meta global de armazenamento de energia de 1.500 GW para 2030

O G7 estabeleceu uma nova meta global de 1.500 GW de capacidade de armazenamento de energia até 2030, seis vezes mais do que os níveis atuais. Esta decisão, anunciada no Comunicado Ministerial do G7 para o Clima, Energia e Ambiente em Turim, Itália, visa impulsionar a competição das energias renováveis com os combustíveis fósseis e fortalecer a segurança energética. A meta abrange todas as tecnologias de armazenamento, incluindo baterias, hidrelétricas bombeadas e tecnologias baseadas em hidrogênio e água. Embora o G7 não inclua a China, o maior mercado atual de armazenamento de energia, o objetivo visa acelerar a transição global para energias renováveis. (Energy Storage - 01.05.2024) 
Link Externo

Estados Unidos e China unem forças para combater a crise climática

As negociações climáticas entre os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, terminaram com um compromisso conjunto de reduzir o consumo de carvão e aumentar a energia renovável. As discussões abordaram questões como o combate ao metano, a transição energética e a ação subnacional para lidar com o aquecimento global. Apesar das tensões comerciais e da competição acirrada, ambos os países reconheceram a necessidade de colaboração para enfrentar a crise climática. As conversas também abordaram a supercapacidade na economia chinesa, a possível imposição de novas tarifas dos EUA e a necessidade de limitar as emissões de metano. Os dois países reafirmaram seu compromisso de garantir que a próxima rodada de compromissos de redução de emissões seja abrangente e alinhada com o objetivo de evitar que o aquecimento exceda 1,5°C. (Valor Econômico - 10.05.2024) 
Link Externo

EUA aumentam tarifas de produtos ambientais chineses, gerando debates globais

Os EUA planejam aumentar as tarifas de importação de carros elétricos e outros produtos ambientais chineses, em meio a uma competição acirrada com a China e mudanças profundas nas transições ambientais e tecnológicas. Esta decisão, que ocorre durante a campanha eleitoral para a eleição presidencial, ignora as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), gerando críticas e debates sobre políticas ambientais unilaterais que afetam o comércio. Enquanto isso, a Europa está dividida, com o presidente francês Macron defendendo a 'preferência europeia' como resposta às enormes subvenções dadas pela China e pelos EUA. Isso sinaliza mais protecionismo, conflitos e fragmentação no comércio global. (Valor Econômico - 13.05.2024) 
Link Externo

Artigo de Dani Rodrik: "Não se inquiete com subsídios verdes"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Dani Rodrik (professor de economia política internacional na Harvard Kennedy School) trata da iminente guerra comercial sobre tecnologias limpas. Ele destaca a preocupação dos EUA e da União Europeia com os subsídios chineses às suas indústrias verdes, que ameaçam suas próprias indústrias. A China, por sua vez, queixa-se das regras discriminatórias contra seus produtos. Rodrik argumenta que as políticas industriais verdes são duplamente benéficas, tanto para estimular o aprendizado tecnológico necessário quanto para substituir a precificação do carbono. Ele defende que os governos não devem condenar políticas industriais verdes como violações das regras internacionais, pois os argumentos morais, ambientais e econômicos favorecem aqueles que subsidiam suas indústrias verdes. Ele conclui que as políticas industriais verdes da China foram responsáveis por algumas das vitórias mais importantes contra as mudanças climáticas e que os incentivos governamentais, o investimento privado e as curvas de aprendizagem têm se mostrado uma combinação muito poderosa. (GESEL-IE-UFRJ – 13.05.2024) 
Link Externo

Reino Unido: Tribunal Superior considera plano Net Zero inconstitucional

O Tribunal Superior decidiu que o Plano de Entrega do Orçamento de Carbono do governo do Reino Unido é inconstitucional, marcando a segunda vez que as propostas líquidas zero do governo violam a lei. Espera-se que a Secretária de Estado da Segurança Energética e Net Zero, Claire Coutinho, elabore um plano revisado dentro de 12 meses para garantir que o Reino Unido cumpra seus orçamentos de carbono e compromissos internacionais de redução de emissões até 2030. A medida segue a decisão anterior do Tribunal de que a Estratégia Net Zero do governo era ilegal, criticando a falta de avaliação dos riscos envolvidos. O The Good Law Project, juntamente com Friends of the Earth e o ClientEarth, movimentou a ação legal, enfatizando a importância da lei como defesa contra a inação do governo diante da emergência climática. Os advogados destacaram a necessidade de o governo tomar medidas reais e responsáveis para enfrentar a crise climática, em vez de depender de soluções tecnológicas não comprovadas e políticas incertas. A decisão demonstra a eficácia da Lei das Alterações Climáticas, que busca responsabilizar o governo pelo cumprimento de seus requisitos legais para reduzir as emissões. (Renews.Biz - 03.05.2024) 
Link Externo

Nacional

Brasil precisa de mais investimentos públicos para energia limpa

Especialistas em energia, reunidos no Summit Valor Econômico Brazil-USA, destacam a estrutura financeira como um ponto sensível para países em transição energética. A decisão do presidente americano Joe Biden de aumentar impostos sobre produtos chineses, como veículos elétricos e painéis solares, exemplifica isso. Os países estão lutando para substituir as receitas de energia fóssil por energia limpa. O Brasil, apesar de ter potencial para atrair grandes empresas que se beneficiam da geração de energia majoritariamente limpa, ainda precisa de mais investimentos públicos para tornar os negócios mais atraentes. A necessidade de políticas públicas que estimulem o investimento em energia é enfatizada, com o Brasil sendo um dos 10 principais países do mundo para atrair esses investimentos. (Valor Econômico - 15.05.2024) 
Link Externo

Cogen: Criação de grupo de trabalho para estudar medidas de descarbonização

A Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) formou um grupo de trabalho, com participação de diversas empresas de associadas, para estudar medidas de descarbonização para o setor. De acordo a Cogen, a iniciativa atende a uma demanda cada vez maior do setor diante da necessidade de desenvolver soluções para incentivar a redução do carbono. O objetivo, assim, é fomentar propostas para aprimorar os benefícios econômicos da redução de emissões a partir da cogeração. Além disso, segundo a Carbono Zero – coordenadora técnica dos trabalhos – as ações terão o objetivo de debater maneiras de mensurar o potencial de redução de emissões, quantificar o carbono evitado, e avaliar a viabilidade técnica de modelos de geração de créditos de carbono nos projetos de geração de energia renovável. (Agência CanalEnergia - 10.05.2024) 
Link Externo

A necessidade de evolução do parque tecnológico brasileiro

Em 2025, o Brasil enfrentará um déficit de 532 mil profissionais em áreas tecnológicas, impulsionado pela transição energética. Empresas como a Ford estão investindo em treinamento para preencher essa lacuna. A demanda é alta por habilidades em tecnologias de veículos elétricos e IA. A Ford, entre outras empresas, está formando parcerias com instituições de ensino para treinar a próxima geração de trabalhadores. No entanto, o Brasil enfrenta desafios na atração de talentos devido à globalização da força de trabalho e à concorrência com startups e fintechs. A formação de profissionais e a evolução do parque tecnológico nacional são essenciais para aproveitar as oportunidades emergentes na indústria automotiva. (Valor Econômico - 12.05.2024)  
Link Externo

EPE: Estudo traz ‘roadmap’ sobre resiliência do setor e mudanças climáticas

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nota técnica com um ‘roadmap’ sobre resiliência do setor elétrico, em resposta às mudanças climáticas. O documento tem a finalidade de compreender melhor as relações entre a mudança do clima e o setor, para que sejam trabalhadas iniciativas de resposta e adaptação a eventos extremos. O trabalho, assim, é uma sistematização de levantamentos e estudos de dezessete instituições sobre resiliência climática, contendo informações sobre clima e o sistema elétrico brasileiro (SEB). Entre as apurações, destaca-se a constatação de que as mudanças climáticas vão afetar principalmente fontes de geração renováveis - como hidrelétrica, eólica, solar e bioenergia -, que são diretamente dependentes das condições do clima. Isso incorre em condição de alerta para o Brasil, visto que 92% da oferta de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN), em 2022, veio dessas fontes limpas. Todavia, o trabalho sublinha que a interligação, a diversificação da matriz elétrica, o gerenciamento do despacho de energia, um sistema de transmissão robusto, e a reserva de geração possibilitam a atenuação dos impactos climáticos, proporcionando ao sistema elétrico uma capacidade intrínseca de adaptação. (Agência CanalEnergia - 13.05.2024) 
Link Externo

Artigo de Gabriel Brasil: "Três falácias da agenda verde"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Gabriel Brasil (Mestre em Economia Política Internacional pela Universidade de São Paulo) trata da necessidade de o Brasil superar a narrativa de seu "potencial verde" e celebrar avanços concretos na economia sustentável. Ele aponta três falácias que impedem o progresso: a percepção de que o Brasil já é uma economia de baixo carbono, a ideia de que a agenda verde é estritamente uma agenda energética e a visão de que, como o Brasil não é um dos maiores responsáveis históricos pelas emissões de CO2, não deve ser um dos maiores proponentes das soluções. Brasil argumenta que a agenda verde é uma oportunidade gigantesca e que o Brasil deve abraçar uma visão mais ambiciosa, investindo na descarbonização e aproveitando os investimentos de baixo carbono que devem atingir US$ 5 trilhões até 2030. Ele conclui que a implementação de agendas verdes bem embasadas pode ajudar a resolver não apenas a crise climática, mas também outros desafios, como a desigualdade e o crescimento. No entanto, ele enfatiza que isso requer um debate qualificado e a superação das falácias que atualmente atrapalham o progresso. (GESEL-IE-UFRJ – 14.05.2024) 
Link Externo

GD solar atinge 29 GW no Brasil

A geração distribuída solar no Brasil atingiu a marca de mais de 29 GW de potência instalada operacional, abastecendo residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica revelou que mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras estão utilizando essa tecnologia, com mais de 2,6 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Desde 2012, foram investidos cerca de R$ 142,5 bilhões na área, gerando 870 mil empregos e contribuindo com mais de R$ 42,3 bilhões em arrecadação para os cofres públicos. Os benefícios líquidos na conta de luz podem chegar a mais de R$ 84,9 bilhões até 2031, segundo um estudo da consultoria Volt Robotics encomendado pela Absolar, representando uma economia significativa para os consumidores e o sistema elétrico nacional. (Agência CanalEnergia - 13.05.2024)  
Link Externo

Calamidade climática no RS destaca urgência da descarbonização

A calamidade climática no Rio Grande do Sul ressalta a urgência da descarbonização, um tema que será discutido na segunda edição da Converge Capital Conference em São Paulo. O evento, organizado por Marina Cançado, visa aproximar o mercado financeiro das questões climáticas, discutindo como os riscos climáticos podem ser incorporados ao mercado financeiro para melhorar a tomada de decisões. Cançado destaca que o Brasil pode ser um grande hub de soluções climáticas, especialmente nos setores de agronegócio e energia. O desafio é mostrar como as análises da mudança do clima podem ser incorporadas no dia a dia das finanças, impactando o fluxo de caixa das empresas e as projeções de investimentos. O evento contará com a participação de especialistas internacionais e discutirá como atrair capital internacional para o Brasil. (Valor Econômico - 17.05.2024) 
Link Externo

Finep planeja ampliar investimentos em transição energética e cidades resilientes em 2024

A Finep, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), planeja ampliar os investimentos em 2024 em projetos que favoreçam a transição energética e a criação de cidades resilientes. Em 2023, a Finep teve um orçamento de R$ 9,8 bilhões, metade destinado à infraestrutura científica e metade a projetos de inovação em empresas. Para 2024, o orçamento é de R$ 12,6 bilhões, com a expectativa de superar os resultados do ano anterior. A Finep se tornou o "BNDES da ciência no Brasil", com a transformação do FNDCT em um fundo de natureza contábil e financeira. A empresa também destacou iniciativas para a construção de cidades resilientes, como um sistema de medição do nível da água desenvolvido pela startup TideSat. Em 2024, já foram aprovados R$ 2,47 bilhões para 203 projetos divididos em seis eixos, incluindo cadeias agroindustriais, saúde, infra-mobilidade, transformação digital, transição energética e defesa. (Valor Econômico - 17.05.2024) 
Link Externo

Câmara dos Deputados aprova PL que prevê substituição gradual da tarifa social por energia solar

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei para instituir o Programa Renda Básica Energética (Rebe), substituindo gradualmente a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) por sistemas de energia solar fotovoltaica, visando beneficiar consumidores de baixa renda com consumo de até 220 kWh/mês. As centrais serão instaladas preferencialmente em áreas rurais, sobre reservatórios de água ou no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida. Após a geração de energia, esta será convertida em créditos para famílias elegíveis à tarifa social. O projeto também modifica pontos da Lei 14.300, estabelecendo novos prazos e condições para a geração distribuída de energia, além de impor restrições de acesso condicionadas a estudos técnicos. A gestão financeira do Rebe será atribuída à ENBPar, podendo esta empresa gerenciar o programa diretamente ou através de terceiros. O financiamento do programa incluirá recursos da União, da CDE e de outras fontes, sem aumento na tarifa social de energia ou na CDE. (Portal Solar - 09.05.2024) 
Link Externo

Regulação

A necessidade de reforma regulatória no setor energético brasileiro

O Brasil, rico em recursos naturais e com uma matriz elétrica limpa, tem atraído investimentos em energias renováveis, mas enfrenta desafios na governança do setor elétrico, incluindo tarifas sobrecarregadas por subsídios e a necessidade de reforma regulatória. A transição para um sistema mais sustentável e resiliente ao clima é necessária, mas requer equilíbrio para garantir acessibilidade e justiça energética. A complexidade dos subsídios e o impacto das novas tecnologias, como o hidrogênio verde, exigem uma reestruturação do modelo energético. A abertura total do mercado livre de energia, impulsionada pela adesão de empresas de alta tensão desde 2024, apresenta desafios, incluindo a questão dos contratos legados e o papel das distribuidoras. A modernização contínua do sistema de transmissão é uma estratégia em curso para apoiar essa transição. (Valor Econômico - 10.05.2024) 
Link Externo

CMA debate compensação financeira pela exploração de hidroeletricidade

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) promove uma audiência pública interativa para discutir o Projeto de Lei (PL) 2.918/2021, que propõe alterações na compensação financeira pela exploração de energia elétrica hídrica. O PL sugere um novo método de cálculo baseado na receita bruta total, destinando 6,25% aos órgãos administrativos da União, estados e municípios com instalações produtoras de eletricidade ou áreas inundadas por barragens, além de 0,75% para o gerenciamento de recursos hídricos no Ministério do Meio Ambiente. O texto, relatado pelo senador Nelsinho Trad, busca corrigir defasagens na arrecadação, enquanto a audiência contará com representantes de diversas associações e órgãos ligados ao setor elétrico e ambiental para debater os impactos e soluções relacionadas à proposta. (Agência Senado – 13.05.2024) 
Link Externo

Brasil nacionaliza 5,6 GWp em módulos fotovoltaicos no 1º tri, aponta Greener

No primeiro trimestre deste ano, o Brasil alcançou um recorde de 5,6 GWp em módulos nacionalizados, sendo 30% destinados à geração centralizada, conforme constatado pela Greener em seu Estudo Estratégico de Geração Centralizada. Embora em 2023 tenha havido uma leve redução de 1,7% em comparação ao ano anterior, com 17,5 GW de módulos nacionalizados, o país atingiu em abril um total de 42 GW de capacidade instalada em energia solar fotovoltaica, dos quais 11 GW correspondem à geração centralizada, representando um aumento de 48% em relação ao ano anterior, segundo a Aneel. No entanto, os fabricantes de módulos enfrentaram uma desaceleração de 24% nos contratos firmados, totalizando 5,5 GWp entre março de 2023 e fevereiro de 2024, o que sugere um pipeline reduzido de usinas implementadas nos próximos anos. (Agência CanalEnergia - 13.05.2024) 
Link Externo

Brasil: Acordo garante aprovação de PL que dificulta recusa de GD por distribuidoras

Um acordo de lideranças na Câmara dos Deputados aprovou o Substitutivo do PL 624/2023, que modifica o artigo 2 da lei 14.300, encerrando a disputa sobre a limitação da injeção de energia em minigeradores. O projeto, agora encaminhado ao Senado Federal, teve como relator o deputado Lafayette de Andrada, responsável também pelo marco regulatório da Geração Distribuída (GD). Entre as alterações, o artigo 19 estabelece que limitações à conexão ou injeção de energia só podem ocorrer com base em estudos técnicos das distribuidoras, com direito de impugnação pelo consumidor e criação do Programa Renda Básica Energética (Rebe), visando beneficiar famílias de baixa renda com energia gerada por centrais solares fotovoltaicas. (Agência CanalEnergia - 08.05.2024) 
Link Externo

Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

IRENA: Monitoramento do progresso dos objetivos de eficiência energética

A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) foi designada pela Presidência da COP28 para monitorar o avanço dos Objetivos de Consenso de Energia Renovável e Eficiência Energética dos Emirados Árabes Unidos (EAU). Esta nomeação oficial estabelece uma série especial de relatórios anuais dedicados a acompanhar o progresso e fornecer recomendações para alcançar os principais objetivos energéticos delineados no Consenso dos EAU, estabelecido durante a COP28. Este acordo visa triplicar a capacidade de energia renovável e dobrar a eficiência energética até 2030, componentes cruciais da resposta global às mudanças climáticas e para manter a meta de 1,5°C ao alcance. (PV Europe - 14.05.2024) 
Link Externo

Proposta cria programa com inventivos para descarbonizar a produção de veículos

O Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), lançado originalmente como medida provisória (MP 1205/23), foi elaborado em Projeto de Lei (PL 914/24) e enviado à Câmara dos Deputados. O programa prevê benefícios às montadoras que investirem em tecnologias de baixa emissão de carbono, como os veículos híbridos e elétricos, e a empresas de autopeças do país. Em contrapartida, a proposta também cria metas e requisitos relacionados a eficiência energética, emissões de carbono e inovação no setor. De acordo com a justificativa ao projeto, o Mover busca apoiar o desenvolvimento tecnológico, a competitividade global, a integração nas cadeias globais de valor e a descarbonização na produção de automóveis. “A proposta é de um movimento de maior inserção global progressivo, possibilitando que o país esteja mais inserido e no estado das artes da produção global de veículos automotores”, afirmam ministros em documento. A proposta tramita em regime de urgência e pode ser votada diretamente no Plenário, sem passar antes nas comissões. (Agência Câmara de Notícias – 13.05.2024) 
Link Externo

Descarbonização da frota de ônibus de São Paulo requer R$ 35 bi até 2035

O secretário de Fazenda de São Paulo, Luiz Fernando Arellano, enfatizou a descarbonização da frota de ônibus da cidade, um projeto que requer R$ 35 bilhões até 2035. Ele assegurou que parte dos recursos já está garantida, com investimentos de bancos nacionais e multilaterais, como o BID. Arellano destacou a oportunidade para as indústrias nacional e internacional colaborarem na transição energética. Representando o prefeito Ricardo Nunes, ele citou a facilidade de fazer negócios na cidade, que representa 10% do PIB nacional e tem um tempo médio de abertura de empresas de dois dias. Ele também ressaltou o orçamento da cidade de mais de R$ 110 bilhões, com mais de R$ 16 bilhões destinados a investimentos em 2024. (Valor Econômico - 15.05.2024)  
Link Externo

Montadoras chinesas miram mercados internacionais após restrições dos EUA

As montadoras chinesas estão se concentrando em mercados internacionais fora dos EUA, após o governo Biden declarar que os veículos elétricos (VEs) feitos na China estão fora dos limites dos EUA. As tarifas de 100% sobre os VEs chineses são mais simbólicas do que práticas, pois as montadoras chinesas têm poucas operações nos EUA. Em resposta, as empresas chinesas estão se voltando para mercados emergentes e considerando a transferência da produção para o país onde os carros serão vendidos. Além disso, algumas empresas estão considerando vender a tecnologia dos VEs para reduzir a reação política contrária. Apesar dos desafios geopolíticos, as montadoras chinesas ainda têm interesse em se expandir no exterior, com mais de 100 marcas de VEs competindo no mercado chinês. As exportações de automóveis da China quase quintuplicaram nos últimos três anos, com muitos sendo VEs enviados ao Sudeste Asiático, Europa e outros mercados. (Valor Econômico - 15.05.2024) 
Link Externo

França: Planos para quadruplicar produção de VEs

A França está definindo planos ambiciosos para o setor automotivo, visando aumentar significativamente a produção e venda de veículos elétricos até 2027. O presidente Emmanuel Macron estabeleceu a meta de produzir dois milhões de veículos elétricos ou híbridos até o final da década, em meio à competição chinesa. Além disso, a indústria automotiva francesa é incentivada a buscar vendas de 800 mil unidades de veículos elétricos até 2027, um grande salto em relação às 200 mil unidades vendidas em 2022. O ministro das Finanças, Bruno Le Marie, destacou a importância do desenvolvimento da indústria de veículos elétricos para a independência energética e econômica do país, afirmando que a França escolheu se tornar uma grande nação produtora de veículos elétricos. (Automotive Business - 06.05.2024) 
Link Externo

Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Associações manifestam apoio ao PL do hidrogênio no Senado

A Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a Associação Brasileira de Hidrogênio e Amônia Verdes e a Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde divulgaram um manifesto em apoio às mudanças propostas no PL 2.308/2023, apresentadas pelo Senador Otto Alencar (PSD/BA) na Comissão Especial para Debate de Políticas Públicas sobre Hidrogênio Verde do Senado. As associações elogiam o relatório, alinhando-se ao que foi defendido pelo Deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) para impulsionar os investimentos e a cadeia produtiva do H2V, destacando a importância do marco legal para fornecer segurança jurídica e estimular investimentos no setor, além de ressaltar o potencial do Brasil como produtor competitivo de hidrogênio, impulsionado por fontes renováveis de energia. (Agência CanalEnergia - 10.05.2024) 
Link Externo

Artigo de André Pereira de Morais Garcia: "Desafios à vista no Projeto de Lei do ‘Combustível do Futuro’"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, André Pereira de Morais Garcia (advogado do escritório Duarte Garcia, Serra Netto e Terra) trata do Projeto de Lei 4516/2023, aprovado na Câmara dos Deputados, que representa um avanço significativo para a redução da emissão de Gases do Efeito Estufa. O texto aborda a implementação gradual de biocombustíveis como etanol e biometano, a criação do programa Diesel Verde e do Programa Nacional de Combustível Sustentável para a Aviação, além de um marco legal para a captura e estocagem de dióxido de carbono. No entanto, o autor alerta para os possíveis impactos no preço dos combustíveis e os desafios técnicos e infraestruturais para a implementação dessas medidas. Ele também destaca a ausência de especificações sobre veículos elétricos no projeto, que visa a "mobilidade sustentável de baixo carbono". (GESEL-IE-UFRJ – 13.05.2024) 
Link Externo

Eletrobras firma parcerias para produção de hidrogênio renovável no Brasil

A Eletrobras firmou dois acordos para a produção de hidrogênio renovável no Brasil. Um deles é um memorando de entendimento com a Green Energy Park, da Europa, para explorar oportunidades competitivas na produção de hidrogênio renovável, combinando mais de 10 gigawatts de recursos da Eletrobras com uma plataforma de produção de hidrogênio e derivados. O outro acordo é com o governo do Ceará, visando o fornecimento de energia renovável, a promoção da cadeia de hidrogênio de baixo carbono em futuros projetos industriais no estado e o fomento à descarbonização da economia. Essas parcerias estão alinhadas com a estratégia da Eletrobras de contribuir para a descarbonização da economia e a segurança energética. (Valor Econômico - 14.05.2024) 
Link Externo

Artigo de Jorge Arbache: "O hidrogênio verde como ponto de partida"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Jorge Arbache (vice-presidente de setor privado do CAF) trata das oportunidades e desafios da América Latina e Caribe (ALC) na produção e exportação de hidrogênio verde (H2V). A região, com grande potencial e disponibilidade de energias renováveis, tem condições especialmente atrativas para a produção de H2V. No entanto, Arbache questiona se a exportação de H2V é o caminho mais promissor ou se seria mais vantajoso produzir bens intensivos em hidrogênio próximo das fontes de água e de energia verde para logo exportar H2V “embarcado” em produtos industriais. Ele também destaca a necessidade de considerar aspectos associados ao uso finalístico do H2V e os desafios que a região pode enfrentar, como o alto custo do capital, limitações fiscais e de infraestrutura. A conclusão é que o H2V tem enorme potencial de promoção do desenvolvimento econômico e social e pode contribuir para a descarbonização global, mas as políticas na região devem ser cuidadosamente desenvolvidas para potencializar benefícios do H2V e evitar gerar expectativas que poderão não se cumprir. (GESEL-IE-UFRJ – 16.05.2024) 
Link Externo

Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Uso de IA em ciberataques preocupa setor elétrico

O último estudo da TI Safe revela que a próxima geração de ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas vai integrar Inteligência Artificial às ferramentas de hacking. De 2018 a 2022, houve um aumento gradual na maturidade das medidas de segurança adotadas pelas empresas, especialmente no setor elétrico, impulsionado pela nova norma do Operador Nacional do Sistema Elétrico. No entanto, o setor elétrico ainda enfrenta desafios significativos, com muitas empresas não adotando todas as contramedidas necessárias. O Brasil é considerado um dos principais alvos de ataques cibernéticos, e a evolução desses ataques está ligada à automação, evasão de detecção e phishing, entre outros. (Agência CanalEnergia - 14.05.2024)  
Link Externo

EUA: VPP da Sunrun na Califórnia integra mais de 16.200 baterias domésticas

A Sunrun Inc. conectou mais de 16.200 sistemas solares e de armazenamento de clientes na Califórnia para formar a maior usina de energia virtual dos Estados Unidos, a CalReady. Este empreendimento participará do programa Demand Side Grid Support do estado, ajudando a aliviar a sobrecarga da rede durante os meses quentes e fornecendo energia crítica durante picos de demanda e eventos climáticos extremos. A rede estará disponível diariamente das 16h às 21h, de maio a outubro, compensando os clientes pelo serviço prestado, enquanto mantém uma reserva mínima de 20% nas baterias para uso doméstico durante interrupções. A Sunrun pretende quase dobrar sua capacidade e o número de participantes no programa deste verão, após ter fornecido até 32 MW de energia à Pacific Gas and Electric Company (PG&E) no ano anterior. (Renewables Now - 13.04.2024) 
Link Externo

Impactos Socioeconômicos

Volatilidade impulsionada por eventos climáticos aumenta a demanda no mercado

O mercado livre de energia no Brasil está vivenciando uma retomada de operações devido à volatilidade impulsionada por eventos climáticos e aumento da demanda. Nos primeiros quatro meses de 2024, houve uma negociação de 240 mil GWh, representando 72% do total de 2023. A volatilidade é atribuída à transição dos fenômenos climáticos de El Niño para La Niña, causando oscilações de preços. O modelo de contratação é sensível a questões climáticas, levando grandes consumidores a buscar maior segurança no fornecimento de energia. A tendência para 2024 é de preços mais altos, com a entrada do período seco aumentando a busca por contratações de energia para proteção contra oscilações de preços. Essa situação tem proporcionado mais oportunidades para as mesas de trading. (Valor Econômico - 13.05.2024) 
Link Externo

Especialistas defendem finanças climáticas centralizadas para estimular energia limpa

O debate sobre a transição energética e o financiamento climático foi intensificado após a decisão da Casa Branca de aumentar as tarifas sobre produtos chineses essenciais para a transição energética. Especialistas reunidos no Summit Valor Econômico Brazil-USA discutiram os desafios e oportunidades de negócios entre Brasil e EUA. Aumentos de tarifas sobre veículos elétricos e células de painéis solares importados da China foram anunciados, em uma tentativa de lidar com ações percebidas como predatórias da China. A transição energética é vista como uma ruptura do setor, com países lutando para substituir receitas e impostos de energia fóssil por energia limpa. O Brasil enfrenta desafios semelhantes, com a necessidade de evitar um excesso de geração de energias solar e eólica. Especialistas defendem uma estrutura centralizada de finanças climáticas e políticas públicas que estimulem o investimento em energia limpa. A exploração de petróleo na Margem Equatorial é vista como menos prioritária em relação aos problemas climáticos. (Valor Econômico - 16.05.2024)  
Link Externo

Desafios e oportunidades na carreira de sustentabilidade

Viviane Mansi, diretora de relações corporativas da Diageo Brasil, começou sua carreira em ESG (Estratégias Ambiental, Social e de Governança) no início dos anos 2000, quando a sustentabilidade ainda não era um tema estratégico para muitas empresas. Com o tempo, o ESG ganhou importância e independência nas empresas, exigindo dos profissionais da área conhecimentos técnicos e estratégicos variados. Organizações como o GRI (Global Reporting Initiative) e o Pacto Global da ONU oferecem cursos de formação em ESG para preencher a lacuna de capacitação nos chamados 'green jobs'. A demanda por esses cursos revela uma falta de conhecimento sobre temas básicos de sustentabilidade. Profissionais seniores da área, como Andrea Milan, diretora de ASG do Banco BMG, e Monique de Oliveira, gerente corporativa de sustentabilidade da Lavoro, destacam a importância de se manter atualizado e de colaborar com diversos interlocutores para se desenvolver na carreira de sustentabilidade. O cenário regulatório global também tem impulsionado a demanda por mais formação em temas de ESG. (Valor Econômico - 16.05.2024) 
Link Externo

Eventos

GESEL: Licitar ou prorrogar na transmissão ainda gera debates

No webinar realizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 13 de maio, o debate central girou em torno da licitação versus prorrogação dos ativos de transmissão, conforme estabelecido pelo governo em um decreto de 2022. O Gesel tem expressado preocupação com a possibilidade de relicitação, apontando para o risco de agentes inexperientes no setor sendo atraídos pela receita, especialmente considerando o próximo leilão de Linhas de Transmissão (LTs) em setembro, onde um ativo estará nessa condição. Por outro lado, Alexei Vivan, presidente da Associação Brasileira das Companhias de Energia, destaca a falta de fundamentos técnicos e dados objetivos para garantir que a licitação é a melhor alternativa regulatória, além de preocupações com a segurança jurídica e estabilidade dos processos licitatórios. (Agência CanalEnergia - 13.05.2024) 
Link Externo