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IFE Transição Energética 54
Dinâmica Internacional
União Europeia: Investigação dos subsídios a produtoras chinesas de equipamentos eólicos
A União Europeia anunciou que vai investigar os subsídios recebidos por empresas chinesas produtores de turbinas eólicas destinadas ao mercado europeu. A medida visa examinar as possíveis distorções provocadas pelos incentivos, que podem incorrer em determinação de competição desleal, bem como proteger as firmas domésticas dos baixos preços. Ainda, a Comissão Europeia declarou que vai avaliar as condições para o desenvolvimento de parques eólicos na Espanha, Grécia, França, Romênia e Bulgária, comissionadas por políticas antitruste. A reação chinesa, entretanto, foi de “profunda insatisfação”. Um grupo representativo dos interesses comerciais do país acusando a UE de protecionismo e a falta de transparência do bloco ante a implementação de novas regras para enfrentar o apoio estatal de atores estrangeiros. Além disso, a Câmara de Comércio da China argumentou que a ação emite um sinal global que pode ser prejudicial às trocas internacionais de tecnologias limpas, especialmente as de origem chinesa. (Reuters – 09.04.2023)
Link ExternoEUA e Japão: Parceria para acelerar o desenvolvimento da energia de fusão nuclear
Os Estados Unidos e o Japão firmaram uma colaboração para acelerar o desenvolvimento tecnológico e comercial de energia produzida a partir da fusão nuclear. O domínio dessa fonte é objeto de cobiça por décadas a fim de fornecer eletricidade sem a emissão de carbono e com a produção de menos resíduos radioativos do que as plantas convencionais a fissão nuclear. Segundo o Departamento de Energia dos EUA (DOA, na sigla em inglês), a parceria dará foco à superação dos desafios científicos e tecnológicos que travam a dimensão comercial da fusão nuclear e, ainda, ao fortalecimento da troca de conhecimentos e soluções entre universidades, laboratórios nacionais e companhias privadas de ambos os países. Além disso, o Japão montou um fórum industrial dedicado a essa tecnologia, com o envolvimento de companhias de engenharia e energia, que visa contribuir com recomendações de segurança para o governo bem como difundir e facilitar projetos do tipo ao redor do mundo. “Fusão é importante demais para ter competição desnecessária: países com mentalidades parecidas devem trabalhar juntos rumo a uma meta comum”, declarou Andrew Holland, um dos líderes da Associação da Indústria de Fusão. (Reuters – 10.04.2024)
Link ExternoSingapura: IEA e grupos industriais reúnem líderes financeiros do setor energético para conselho consultivo
A Agência Internacional de Energia (IEA) sediou o 3º Conselho Consultivo da Indústria Financeira durante a Ecosperity Week em Singapura, em parceria com a Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ), a Asia-Pacific Network e a Singapore Sustainable Finance Association (SSFA). O evento reuniu representantes da comunidade financeira para discutir questões relacionadas ao investimento em transições energéticas na região Ásia-Pacífico. Os participantes compartilharam opiniões sobre análises recentes da AIE, incluindo o próximo relatório sobre Investimento Energético Mundial e as Perspectivas Energéticas do Sudeste Asiático. Além disso, discutiram como diferentes fontes de capital e ferramentas financeiras podem apoiar os esforços de transição energética na região. Na Reunião Ministerial do 50º Aniversário da Agência Internacional de Energia (AIE), a AIE e Singapura anunciaram a criação de um novo Centro de Cooperação Regional no país. Este centro servirá como um hub para colaboração no Sudeste Asiático e além, oferecendo orientação política, assistência técnica, formação e capacitação. O foco principal do centro será na expansão das energias renováveis e outras tecnologias de energia limpa, no aumento do comércio transfronteiriço de energia e na melhoria do acesso ao financiamento para investimentos em energia limpa. Prevê-se que o centro inicie suas operações no segundo semestre de 2024. (IEA – 15.04.2024)
Link ExternoPequenos estados insulares em desenvolvimento constroem pontes para um futuro energético sustentável
Os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID) enfrentam uma urgência crescente para acelerar sua transição energética devido à crise climática global, que os torna particularmente vulneráveis aos seus impactos. Explorar o potencial das energias renováveis e adotar medidas de eficiência energética não apenas fortalecerá a segurança energética e a resiliência climática, mas também contribuirá para o desenvolvimento sustentável. Os PEID têm demonstrado liderança no desenvolvimento sustentável e na ação climática, utilizando quadros internacionais como o Caminho das Modalidades de Ação Acelerada dos PEID (SAMOA). Suas estratégias refletem metas ambiciosas alinhadas com o Acordo de Paris, mas para alcançá-las, é necessário financiamento personalizado e acessível. Segundo a Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), para cumprir as metas estabelecidas nas políticas energéticas nacionais e nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), são necessários cerca de 10,5 bilhões de dólares em investimentos até 2030, com uma parcela significativa dependendo de assistência financeira externa. (IRENA – 12.04.2024)
Link ExternoArtigo de Jorge Arbache: "Vencedores e perdedores do powershoring"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Jorge Arbache (vice-presidente de setor privado do CAF) trata do powershoring como uma estratégia corporativa para a produção eficiente de bens intensivos em energia, investida que está ganhando atenção internacional como uma solução para a descarbonização. Ele destaca que a América Latina e o Caribe, com sua matriz elétrica verde e custos de produção de energia atrativos, estão se tornando locais favoráveis para o powershoring. A estratégia beneficia a política de emissões líquidas zero, acelera a descarbonização de indústrias intensivas em energia e contribui para a redução de gases de efeito estufa. Além disso, pode reduzir custos com energia e impostos para as empresas, acelerar a colocação de produtos verdes no mercado e trazer resiliência à produção. No entanto, os trabalhadores e localidades das plantas relocalizadas podem ser prejudicados, necessitando de políticas compensatórias. Ainda, enfatiza que, para maximizar os benefícios do powershoring, são necessárias políticas internas e internacionais, incluindo a redução de riscos, estabelecimento de parcerias de capitais e a remoção de barreiras não tarifárias a produtos verdes. (Valor Econômico – 11.04.2024)
Link ExternoNacional
Brasil: Setor eólico recupera otimismo com marco legal das offshore
A energia eólica está otimista com a retomada das discussões no Congresso Nacional sobre o marco legal da geração offshore, após a vitória obtida esta semana com a edição da medida provisória que prorrogou os descontos nas tarifas de transmissão e distribuição. Segundo Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a designação do relator era o fator mais importante para o andamento das discussões sobre o marco legal da geração offshore. O senador Weverton (PDT/MA) foi escolhido como relator do texto, substituindo Carlos Portinho (PL/RJ). Além disso, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD/MG) decidiu que o projeto voltará a tramitar como PL 576, proposta de Jean Paul Prates. Antes, a tramitação ocorria pelo PL 5932, de Fernando Collor (PTC/AL). Gannoum expressou otimismo realista, esperando que o projeto seja aprovado em menos de um mês após essa designação. Devido ao calendário eleitoral deste ano, há uma percepção de que o tempo para a aprovação do projeto é curto. O marco legal das eólicas offshore foi aprovado na Câmara dos Deputados em dezembro, porém, com a inclusão de emendas relacionadas a outros temas, como contratações de hidrelétricas e extensão de contratos de termelétricas. (EpBr – 12.04.2024)
Link ExternoBrasil: PL das eólicas offshore volta a tramitar no Senado com novo relator
A relatoria do PL foi transferida de Carlos Portinho (PL/RJ) para Weverton (PDT/MA), conforme indicado pelo serviço de assinatura epbr em fevereiro. Além disso, o presidente Rodrigo Pacheco decidiu que o projeto voltará a tramitar como PL 576, proposto por Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras. No entanto, as emendas dos deputados, que incluem incentivos para geração de energia a carvão, térmicas a gás natural, pequenas centrais hidrelétricas e usinas do Proinfa, serão mantidas. A Abeeólica está defendendo a retirada das emendas não relacionadas à geração eólica offshore no PL. Em sua agenda legislativa prioritária, divulgada na quarta-feira (10/4), a entidade destaca a importância da aprovação do projeto, mas expressa preocupação com a inclusão de temas estranhos à matéria principal. Eles argumentam que é contraditório incentivar fontes de energia poluentes, caras e menos eficientes em um projeto estratégico para a transição energética verde e justa. Assim, defendem a aprovação do PL, mas com a supressão dos dispositivos alheios à agenda de transição energética. (EpBr – 11.04.2024)
Link ExternoBrasil ganha duas posições e é o 6º com maior capacidade de geração solar
Em 2023, o Brasil conquistou o sexto lugar entre os países com maior capacidade instalada de geração solar fotovoltaica, marcando um avanço significativo conforme os dados compilados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) a partir das informações da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena). Com um total de 37,4 GW de potência fotovoltaica instalada até o final do ano, que inclui tanto usinas centralizadas quanto sistemas de geração distribuída em pequena escala, como telhados, prédios e terrenos, o Brasil reforçou sua posição como um dos principais atores no cenário da energia solar. Além disso, até abril de 2024, o país já ultrapassou a marca dos 41 GW de capacidade instalada, com aproximadamente 28 GW provenientes exclusivamente de geração própria. Enquanto isso, a China manteve sua liderança com uma ampla margem, possuindo mais de quatro vezes a capacidade instalada do segundo colocado, os Estados Unidos. (EpBr – 09.04.2024)
Link ExternoBom andamento da busca por investimentos para liderar a descarbonização global
O Brasil precisa de um grande volume de investimentos para liderar a trajetória global de descarbonização e oferecer produtos com baixa pegada de carbono e, segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, o país está no caminho certo para conseguir esses recursos. Para atingir as metas do Acordo de Paris, são necessários US$ 1,4 trilhão entre 2016 e 2030. E, ainda, a indústria brasileira precisará de cerca de R$ 40 bilhões em investimentos até 2050 para descarbonizar sua produção, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A esse respeito, o governo tem trabalhado para atrair investimentos para a indústria, energia renovável, biocombustíveis, preservação ambiental, bioeconomia e práticas sustentáveis no campo. Medidas já adotadas incluem: o desenvolvimento de um arcabouço regulatório para a emissão de títulos sustentáveis e a criação de um mecanismo de hedge cambial. O dinheiro levantado será alocado no Fundo Clima para projetos relacionados à transformação ecológica. Além disso, a reforma tributária e o arcabouço fiscal são essenciais para estruturar o crescimento econômico do Brasil e atrair investimentos estrangeiros. Com essas medidas, de acordo com o secretário, o Brasil pode dobrar seu PIB potencial em duas décadas e fazer frente às exigências de financiamento da transformação energética. (Valor Econômico - 03.04.2024)
Link ExternoLançamento de debêntures de infraestrutura para direcionar investimentos a setores de baixo carbono
As debêntures de infraestrutura representam um caminho de monetização das empresas que buscam a transição verde ao passo que são excluídas as grandes emissoras de gases de efeito estufa, como as indústrias de óleo e gás, destacou o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux. A medida espelha a necessidade de redirecionar incentivos da indústria de combustíveis fósseis para atividades de baixo carbono. Segundo o político, a nova regulamentação permite que setores como hidrogênio, armazenamento de energia e transformação mineral de minerais estratégicos captem recursos via debêntures para projetos de infraestrutura, visando a eletrificação e o uso ampliado de energia solar e baterias. Além disso, enfatizou que há intenção de promover a descarbonização da economia e o desenvolvimento da indústria local, beneficiando minérios extraídos no Brasil para agregar valor ao segmento no âmbito da transição. (Valor Econômico - 03.04.2024)
Link ExternoArtigo de Walberto Oliveira Filho: "O poder do etanol diante dos novos cenários da transição energética"
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Walberto Oliveira Filho (especialista em resolução de disputas de Direito da Energia) trata do potencial do etanol como biocombustível da transição energética e destaca o papel do Brasil nesse cenário. Segundo o autor, o aumento da produtividade média do plantio de cana-de-açúcar e milho, a exportação recorde de energia elétrica por usinas de biomassa em 2023 – 28.246 GWh, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) - e as iniciativas governamentais, como o projeto "Combustível do Futuro" – que prevê incentivos para impulsionar o uso do etanol para descarbonizar a matriz de transportes - indicam um cenário promissor para o país. São previstos investimentos de R$ 250 bilhões nesse vetor e, entre as metas já estabelecidas, está o projeto de diminuir as emissões na aviação civil em 1% em 2027 e 10% até 2037. Por fim, o autor conclui que o Brasil tende a se consolidar como expoente do Agro e Energia. (Agência CanalEnergia – 03.04.2024)
Link ExternoBrasil: Mobilização para o reconhecimento da energia nuclear no Programa de Aceleração da Transição Energética
A Frente Parlamentar Nuclear, presidida pelo deputado Julio Lopes (PP-RJ), está trabalhando para que o Programa de Aceleração da Transição Energética (PL 327/21) passe a considerar a energia nuclear enquanto fonte limpa dentro de seu escopo. Embora o texto do programa tenha sido aprovado na Câmara, a emenda que privilegiava a energia nuclear foi rejeitada pelos deputados. Segundo Lopes, a decisão do órgão é insatisfatória e preocupante. Ele argumenta que não é concebível o governo votar contra algo que foi reconhecido por todo o mundo: a necessidade de triplicar a energia nuclear – consoante o compromisso firmado na COP28. A expectativa agora é que a fonte passe a integrar o programa com a votação do Senado. A gravidade dessa situação, de acordo com o político, é que o programa nuclear brasileiro pode ser paralisado por falta de financiamento, visto que um órgão de fomento público só pode financiar aquilo que estiver dentro da lei. “Não haverá recursos para a energia nuclear se a lei não considerar a fonte como sendo limpa”, concluiu. (Petronotícias – 09.04.2024)
Link ExternoRegulação
Artigo de Luciana Gil, Patricia Mendanha e Luciana Maciel: "Desafios com o PL do Combustível do Futuro"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Luciana Gil, Patricia Mendanha e Luciana Maciel (sócias do Bichara Advogados) tratam do Projeto de Lei nº 528/2020, o "PL do Combustível do Futuro", que propõe inovações nos setores de aviação civil, gás natural, diesel verde e captura e armazenamento de carbono. O texto PL impõe a meta de utilização de combustível sustentável na aviação civil a partir de 2027 e propõe a criação do "Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano", que definirá metas anuais de redução das emissões de carbono por meio do uso do biocombustível. Diante disso, as autoras abordam os desafios da execução e fiscalização de um programa de introdução de biogás no Brasil, a transição para o diesel verde e a mistura de etanol à gasolina e biodiesel ao diesel fóssil. Além disso, tratam da aprovação de dispositivos sobre Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) e a necessidade de regulamentação futura. O projeto, agora, parte para deliberação no Senado. Em conclusão, enfatizam que a agenda da transição energética nacional está acelerada, e isso pode colocar o Brasil em destaque na descarbonização do setor energético. E, por fim, são ressaltadas a importância da participação setorial na avaliação das exigências e entraves para a implementação do programa, garantindo que a operacionalização do sistema seja exequível e sustentável. (Valor Econômico – 10.04.2024)
Link ExternoEUA: Maryland é o primeiro estado dos EUA a aprovar legislação de veículo para rede
Maryland está avançando no incentivo à adoção de veículos elétricos (EVs) com carregadores bidirecionais, após a aprovação da HB 1256, também conhecida como Lei de Integração Renovável Distribuída e Eletrificação de Veículos (DRIVE). Patrocinada pelo Delegado David Fraser-Hidalgo, a legislação, aprovada pela Assembleia Geral de Maryland em 2 de abril, exige que as concessionárias permitam que os EVs com carregadores bidirecionais se conectem à rede de distribuição. Além disso, a lei abre caminho para a criação de usinas virtuais de recursos energéticos distribuídos (DER), combinando energia solar doméstica, baterias e outros recursos. As tarifas de utilização dos serviços públicos também serão expandidas para permitir o carregamento de VE fora das horas de pico. O projeto agora aguarda a assinatura do governador Wes Moore, embora o momento exato seja incerto devido aos desafios enfrentados por Maryland após o desastre da ponte Francis Scott Key em março. Uma vez assinada, a Comissão Reguladora de Serviços Públicos de Maryland será obrigada a apresentar novos regulamentos até 1º de maio de 2025, permitindo que os veículos elétricos (VEs) injetem energia na rede e retirem energia dela. Maryland se torna o primeiro estado dos EUA a adotar essa legislação, conforme destacado pela associação comercial Advanced Energy United. (Energy Storage – 09.04.2024)
Link ExternoAustrália: CfDs e armazenamento do Esquema de Investimento em Capacidade começarão a ser implementados
O ministro da Energia australiano, Chris Bowen, anunciou que licitações para 500 MW de energia renovável com suporte de armazenamento de energia serão abertas em meados deste ano na Austrália Ocidental (WA). Este concurso faz parte do Esquema de Investimento em Capacidade (CIS) lançado pelo governo do Partido Trabalhista liderado pelo primeiro-ministro Anthony Albanese. Considerado um possível divisor de águas para a aquisição de energia limpa em grande escala, o CIS incluirá licitações de Contratos por Diferença (CfD) em toda a Austrália, supervisionadas pelo governo federal, mas administradas por governos estaduais e territoriais. Através dos Contratos por Diferença (CfD), a Austrália subscreverá projetos que representam um total de 32 GW de capacidade de energia renovável, incluindo 23 GW de geração de energia renovável variável (VRE) e 9 GW de capacidade firme despachável, viabilizada pelo armazenamento de energia. O objetivo é alcançar uma rede 82% renovável. Concursos-piloto foram lançados na Austrália do Sul e em Victoria no final de 2023, enquanto um concurso existente em Nova Gales do Sul (NSW) recebeu financiamento extra. O ministro Bowen anunciou a abertura de uma consulta sobre o esquema na Austrália Ocidental, buscando informações sobre como adaptá-lo às necessidades específicas do Mercado Atacadista de Eletricidade (MAE) do estado. A consulta estará aberta até 29 de abril. (Energy Storage – 15.04.2024)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
China: 'Maior' projeto de armazenamento de energia de ar comprimido do mundo se conecta à rede
Um projeto de armazenamento de energia em ar comprimido (CAES) entrou em operação em Hubei, China, com capacidade de 300 MW/1.500 MWh. Chamado de Hubei Yingchang, o projeto tem duração de cinco horas e foi construído em dois anos, com um investimento total de CNY 1,95 bilhão (US$ 270 milhões). Utiliza minas de sal abandonadas na área de Yingcheng, em Hubei, sendo o maior projeto CAES conectado à rede do mundo em sua categoria, conforme afirmado pela China Energy Engineering Corporation. O projeto é de propriedade do China Energy Construction Digital Group e da State Grid Hubei Integrated Energy Services Co., ambas vinculadas ao governo chinês através da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos do Conselho de Estado. Construído em um período significativamente mais curto do que uma usina hidrelétrica reversível (PHES), o projeto CAES foi concluído em dois anos, enquanto uma PHES levaria de 6 a 8 anos. Na tecnologia CAES, o ar é pressurizado e armazenado para carregar o sistema, e depois liberado e aquecido para expandi-lo, acionando um gerador de turbina. O projeto tem uma eficiência de ida e volta de 64%, podendo chegar a até 70%, de acordo com a China Energy. Isso se compara favoravelmente às baterias de fluxo, enquanto a eficiência do armazenamento de energia hidrelétrica bombeada (PHES) pode chegar a cerca de 80%. (Energy Storage – 10.04.2024)
Link ExternoAustrália: Instalação de 2,5 GWh de armazenamento de bateria no recorde do 'Ano da Grande Bateria'
O mercado de armazenamento de baterias na Austrália alcançou um ano recorde em 2023, com implantações recorde nos segmentos de serviços públicos, residenciais e comerciais e industriais (C&I). Um total de 2.468 MWh de armazenamento de energia foi instalado, superando os valores anuais anteriores. Os projetos em escala de rede (>10MWh) lideraram o mercado, com 1.410 MWh online, enquanto as instalações residenciais (656 MWh) e C&I (402 MWh) também tiveram recordes. A Sunwiz relatou um aumento significativo nos projetos de sistemas de armazenamento de energia em escala de utilidade (BESS), com mais de 12 GWh em construção até o final de 2023. Prevê-se um crescimento contínuo em 2024, com um aumento projetado de 23% no segmento residencial, totalizando cerca de 70.000 sistemas instalados durante o ano, totalizando aproximadamente 788 MWh. A adição de projetos de baterias comunitárias, também conhecidas como "baterias de vizinhança", em toda a Austrália, classificadas no segmento C&I, impulsionará um crescimento de 50% nas instalações de C&I. O mercado de C&I, após anos de crescimento lento, agora está se tornando significativo, com previsão de 600 MWh para 2024. A Sunwiz estima que os projetos de serviços públicos poderiam adicionar cerca de 4 GWh em 2024, embora possam ocorrer atrasos na conexão à rede. (Energy Storage – 10.04.2024)
Link ExternoEUA: VPPs poderiam cobrir 15% do pico de demanda da Califórnia até 2035 usando baterias domésticas
Um relatório da consultoria Brattle Group revelou que usinas de energia virtuais (VPPs) na Califórnia, usando tecnologias como baterias domésticas e resposta à demanda (DR), poderiam fornecer até 7,5 GW de capacidade em dez anos, o que representa 15% do pico de demanda. Este potencial de mercado poderia economizar aos consumidores da Califórnia cerca de US$ 550 milhões por ano. O estudo, intitulado "Potencial de energia virtual da Califórnia: como cinco tecnologias de consumo poderiam melhorar a acessibilidade energética do estado", foi encomendado pela organização sem fins lucrativos Gridlab. O relatório analisou cinco tecnologias comercialmente disponíveis, incluindo controle de ar-condicionado baseado em termostato inteligente, baterias residenciais, carregamento de veículos elétricos residenciais, aquecimento de água interativo na rede e sistemas automatizados de resposta à demanda para edifícios comerciais e industriais. A implantação de usinas de energia virtual (VPPs) na Califórnia, utilizando tecnologias como baterias domésticas e resposta à demanda (DR), poderia representar mais de 7,5 GW de capacidade até 2035, um aumento de cerca de cinco vezes em relação à capacidade atual de resposta à demanda (DR) usada na Adequação de Recursos. (Energy Storage – 11.04.2024)
Link ExternoAustrália: Super bateria Waratah recebe luz verde para conexão
A Super Bateria Waratah, com capacidade prevista de 850 MW/1.680 MWh, recebeu a aprovação do Padrão de Desempenho do Gerador (GPS) do Operador do Mercado de Energia Australiano (AEMO), marcando a primeira aprovação para um projeto de armazenamento de energia de bateria tão grande. Akaysha Energy, responsável pelo desenvolvimento da bateria, considera a aprovação do GPS como um marco fundamental para qualquer projeto de geração na Austrália, estabelecendo padrões de desempenho para garantir a estabilidade e confiabilidade da rede elétrica. A conformidade com essas normas ajuda a prevenir perturbações e assegura uma integração suave na infraestrutura energética existente. A aprovação bem-sucedida do GPS elimina uma das barreiras técnicas mais substanciais para o projeto, permitindo-lhe participar do crescente mercado de armazenamento de energia na Austrália. De acordo com a Akaysha Energy, o projeto Waratah é considerado o maior projeto de bateria comprometido no hemisfério sul e a bateria mais poderosa do mundo. Localizado aproximadamente 100 km ao norte de Sydney e 25 km ao sul da extinta usina elétrica a carvão de Eraring, o Sistema de Armazenamento de Energia em Bateria (BESS) residirá em um local de 138.000 m2. (Smart Energy – 13.04.2024)
Link ExternoFrança: Carregamento de veículos elétricos pesados na França representa desafio de € 630 milhões
Um estudo colaborativo envolvendo um DSO francês, a VINCI Autoroutes e seis fabricantes europeus de veículos pesados concluiu que o carregamento de roaming de veículos elétricos pesados exigirá um investimento de 630 milhões de euros em infraestrutura para atender às crescentes demandas de energia. Os participantes incluíram Enedis, TotalEnergies, VINCI Autoroutes e fabricantes como Iveco, MAN Truck & Bus France, Mercedes-Benz Trucks, Renault Trucks, Scania e Volvo Trucks. O estudo prevê que até 2035, o carregamento de roaming poderia consumir 3,5TWh/ano e exigir uma capacidade de 1,1GW no pico. Essas projeções destacam a necessidade de significativos investimentos em infraestrutura para a eletrificação do transporte rodoviário de longa distância. O estudo destaca que a implantação de infraestrutura de carregamento para veículos pesados elétricos pode reduzir o número de lugares de estacionamento disponíveis, levando a potenciais défices de terrenos. Embora os veículos elétricos de longa distância representem apenas 12,5% da frota em 2035, metade dos lugares de estacionamento para veículos pesados terão que ser equipados com pontos de carregamento em pelo menos um quarto dos trechos rodoviários. Além disso, o estudo sugere que agrupar as instalações de carregamento pode ser uma abordagem eficaz, pois as necessidades de carregamento variam amplamente entre os automóveis de lazer e os veículos pesados de mercadorias. (Smart Energy – 05.04.2024)
Link ExternoNoruega: Veículos elétricos a bateria podem superar carros a gasolina até 2025
A Noruega está no caminho para se tornar a primeira nação onde o número de veículos elétricos a bateria (BEV, na sigla em inglês) emplacados supera o de veículos abastecidos por gasolina, podendo atingir esse mercado até o início de 2025, segundo analistas. Para ultrapassar a quantidade de veículos a diesel, entretanto, a espera poderá ser mais longa, com previsão para 2029. A mudança é comandada por incentivos generosos - que puderem ser pagos, parcialmente, graças à riqueza da indústria de petróleo e gás -, como a não taxação dos BEVs – que representou o custo de US$ 43 bilhões em 2023 - e investimentos em infraestrutura pública de recarga. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), se mais países seguirem a liderança norueguesa, o pico da demanda global por petróleo pode acontecer antes de 2030, com veículos leves respondendo por 25% desse total. (Reuters – 02.04.2024)
Link ExternoGoldman School e GridLab: Recondutoramento das linhas de transmissão é consistente com a expansão e aprimoramento do sistema
Um relatório feito pela Goldman School e o GridLab examinou os benefícios da troca de condutores convencionais das linhas de transmissão por modelos avançados enquanto uma investida para o aprimoramento eficiente e custo-eficaz da rede elétrica. Segundo o estudo, o recondutoramento revela potencial enquanto estratégia para expandir a capacidade de transmissão, integrar fontes de energia renováveis, reduzir custos e atingir metas ambiciosas com energias limpas. O aproveitamento da infraestrutura existente e o menor prazo para a conclusão das obras de recondutoramento – em comparação a projetos greenfield –, a esse respeito, são capazes de amparar as exigências aceleradas decorrentes da configuração prospectiva do sistema elétrico, bem como são aspectos catalisadores para a transição para um sistema mais sustentável. Para celebrar o potencial dos condutores avançados, entretanto, de acordo com o relatório, serão cruciais os esforços dedicados de stakeholders e policymakers, com vista à superação de barreiras e à implementação de políticas de apoio a instalação dessas tecnologias exponenciais. (Utility Dive – 09.04.2024)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Brasil: Voltalia assina pré-contrato para produção de hidrogênio verde no Ceará
O governo cearense assinou um pré-contrato avaliado em US$ 3 bilhões para um empreendimento que promete gerar 5 mil empregos durante a fase de implantação do projeto. A assinatura ocorreu no Palácio da Abolição, em Fortaleza. Este é o sexto pré-contrato assinado pelo governo, que também possui acordos anteriores com outras empresas. Além disso, foram firmados 36 Memorandos de Entendimento (MoU) com o objetivo de produzir e exportar hidrogênio verde. O governador Elmano de Freitas destacou que tem trabalhado para viabilizar a infraestrutura e a logística para atrair essas empresas para o Porto do Pecém, e considera que cada memorando assinado confirma o fortalecimento do setor de energias renováveis no estado. O pré-contrato representa uma etapa subsequente ao Memorando de Entendimento (MoU) e envolve o pagamento de um aluguel pelas empresas para reservar a área no porto onde serão instaladas as plantas. Segundo o presidente da ZPE Ceará, Hélio Winston Leitão, este contrato permite à Voltalia garantir uma reserva de área no Setor 2 da ZPE e avançar nos próximos passos para obter as licenças necessárias para implementar o projeto. A Secretária de Relações Internacionais do Ceará, Roseane Medeiros, explicou que os primeiros investidores que chegam têm melhores condições, como estar próximos ao porto, com fácil acesso à transmissão e captação de água. (EpBr – 09.04.2024)
Link ExternoChile: Produção de combustível sustentável de aviação com metas ambiciosas
O Chile anunciou a meta de produzir combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) em larga escala em 2030 e ter, até 2050, ao menos a metade da demanda de abastecimento do setor de aviação atendida por recursos energéticos com baixas emissões de carbono. O roteiro para investida foi organizado no “2050 SAF Roadmap”, que destaca a projeção de duplicação da frota aérea até 2040 e, destarte, o uso de SAF se faz essencial para que o país seja consistente com suas metas de descarbonização. Segundo Fernanda Cabañas, coordenadora do projeto chileno “Clean Flight”, mais de 50% do corte das emissões de carbono serão feitas por meio desses combustíveis sustentáveis. Foi verificado que esse nicho, contudo, tem enfrentado forte competição por matérias-primas com as indústrias agrícola, da silvicultura e do hidrogênio. Assim, estão previstos para os próximos meses estudos de viabilidade econômica e projeções de produção – quantidade e origem - para os SAFs no Chile. (Reuters – 10.04.2024)
Link ExternoJapão: Plano de produção de hidrogênio usando a energia nuclear a partir de 2028
Após um teste bem-sucedido de segurança do Reator de Teste de Engenharia de Alta Temperatura (HTTR), o governo japonês anunciou que planeja iniciar testes de produção de hidrogênio limpo usando energia nuclear em 2028. O HTTR, que é mais seguro do que um reator típico – sendo capaz de resfriar naturalmente sem deflagrar elementos de segurança, mesmo operando com máxima potência - será utilizado para produzir hidrogênio rosa. A energia nuclear, nesse sentido, é vista como uma solução para a produção de hidrogênio sem emissões de gases de efeito estufa, essencial para reduzir as emissões industriais. O governo japonês assumirá a liderança da produção até que a tecnologia seja estabelecida e depois passará o controle para o setor privado, visando uma utilização mais ampla. A Agência Japonesa de Energia Atômica (JAEA) solicitará à Autoridade de Regulação Nuclear do Japão a permissão para iniciar os testes para conectar equipamentos de produção de hidrogênio ao HTTR. Se bem-sucedido, um teste de campo para a produção de hidrogênio nuclear será lançado em 2028, com o objetivo de expandir a oferta anual de hidrogênio para aproximadamente 12 milhões de toneladas até 2040. (Valor Econômico - 04.04.2024)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
EUA: NYPA aprovado para uso de drones além da linha de visão visual para inspecionar ativos de energia
A NYPA expandirá suas capacidades de drones após a FAA conceder uma isenção para voos além da linha de visão. A isenção permitirá à NYPA usar drones para monitorar e inspecionar ativos elétricos em todo o estado. Obtida com a ajuda da Skydio, a isenção autoriza operações até 2028 e é específica para drones dessa marca. A diretora da Skydio, Christina Park, enfatizou que o uso de drones autônomos pode multiplicar o impacto da força de trabalho, reduzindo os riscos e fornecendo informações vitais para o gerenciamento de ativos e resposta a emergências. A NYPA expandirá suas capacidades de drones após a FAA conceder uma isenção para voos além da linha de visão, permitindo missões sem a necessidade de contato visual. O presidente da NYPA, Justin E. Driscoll, enfatizou que essa isenção ampliará as capacidades de inspeção de ativos da NYPA, posicionando-a como líder na demonstração dos usos da tecnologia de drones na indústria de energia. Jakee Stoltz, da Skydio, destacou que os drones, como o Skydio X10, equipado com autonomia e prevenção de obstáculos, permitem à NYPA manter a infraestrutura crítica com maior confiança. Essa capacidade expandida será usada principalmente para inspecionar ativos de transmissão e canais fluviais, reduzindo significativamente o tempo necessário para inspeções. O gerente do programa de robótica da NYPA, Peter Kalaitzidis, afirmou que a integração de tecnologia robótica avançada nas operações melhorará a confiabilidade e o desempenho da infraestrutura, garantindo o fornecimento de energia limpa à rede de Nova Iorque. (Smart Energy – 14.04.2024)
Link ExternoEUA: Uma abordagem desconhecida para desbloquear a capacidade da rede de transmissão
O estudo da Escola Goldman de Políticas Públicas da Universidade da Califórnia em Berkeley e da consultoria de redes GridLab sugere que a recondução em larga escala de linhas de transmissão com condutores avançados nos EUA oferece uma abordagem econômica para expandir rapidamente sua capacidade. Condutores avançados podem até duplicar a capacidade de energia de muitas linhas existentes nos EUA dentro dos direitos de passagem existentes. O relatório destaca que a recondução com condutores avançados é uma oportunidade significativa e relativamente inexplorada para aumentar substancialmente a capacidade de transmissão, considerando custos, licenciamento e velocidade de implementação. Cerca de 2% das linhas mais longas podem se beneficiar da seccionamento com a adição de novas subestações ao longo da linha para melhorar a tensão e a estabilidade angular, permitindo colher os benefícios dos condutores avançados. O relatório destaca várias tecnologias de "melhoramento de rede" disponíveis para aumentar a capacidade das redes de transmissão, incluindo classificação de linha dinâmica e controladores de fluxo de energia, mas os condutores avançados têm recebido menos atenção, especialmente nos EUA. Em 2023, cerca de 150.000 km de condutores avançados foram implantados globalmente, principalmente em novas linhas de transmissão, com empresas como Elia na Bélgica, TenneT na Holanda e Terna na Itália liderando as implantações. (Smart Energy – 15.04.2024)
Link ExternoEUA: Modelo de ML generativo de código aberto revelado para planejamento de sistemas de energia
O NREL desenvolveu o modelo Sup3rCC, um modelo de aprendizado de máquina generativo de código aberto, para simular os impactos futuros de energia e clima no planejamento do sistema energético. Esse modelo produz conjuntos de dados climáticos futuros em escala reduzida, permitindo compreender os impactos das mudanças climáticas nos recursos eólicos e solares locais, bem como na demanda de energia. Comparado aos métodos tradicionais de redução de escala, o Sup3rCC é 40 vezes mais rápido na geração de dados fisicamente realistas de alta resolução. Isso pode revolucionar a forma como estudamos e planejamos os sistemas energéticos futuros. O NREL destaca que a pesquisa sobre sistemas energéticos e climáticos costuma ser realizada de forma isolada, principalmente devido às limitações dos modelos climáticos globais em termos de resolução temporal e espacial, além do alto custo computacional para melhorá-los. Além disso, os conjuntos de dados climáticos globais geralmente não estão integrados aos recursos e ferramentas utilizados na pesquisa de sistemas energéticos. Para preencher essa lacuna, o NREL desenvolveu o Sup3rCC, um modelo de aprendizado de máquina generativo que permite simular impactos futuros de energia e clima de forma rápida e precisa. Essa iniciativa visa reunir as comunidades de modelagem energética e climática para melhor incorporar as mudanças climáticas na modelagem de sistemas energéticos, auxiliando no planejamento e operação mais eficazes desses sistemas. (Smart Energy – 12.04.2024)
Link ExternoAbsolar: Armazenamento de energia é elemento essencial para a transição energética
O armazenamento de energia, hoje, é chave para a transição energética global e do Brasil. Segundo a vice-coordenadora do grupo de trabalho de armazenamento da Absolar, Mariana Galhardo, a projeção mundial de armazenamento para 2024 é de 287 GW e para 2030 é de cerca de 1.432 GW. As principais aplicações dessas tecnologias, segundo a executiva, são na redução do uso de fontes fósseis nos sistemas isolados da Amazônia, reserva de capacidade e flexibilidade para o sistema elétrico nacional, e para a expansão otimizada das redes de distribuição e transmissão. Quanto aos benefícios, foi elencado que: cada MW instalado gera cerca de 16 empregos. Além disso, destacou que a capacidade industrial dos sistemas de armazenamento contribui para a redução do preço de energia e a elevação do PIB. Ainda, além da descarbonização da Amazônia, o armazenamento de energia pode contribuir com a política industrial, desenvolvendo uma cadeia produtiva nacional competitiva. (Agência CanalEnergia - 03.04.2024)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Synapse Energy: Veículos elétricos estão reduzindo a fatura de energia para todos
Um estudo realizado pela Synapse Energy averiguou que veículos elétricos (VEs) estão diminuindo as contas de energia para todos. Os provedores de serviços de utilidade pública conquistaram uma nova fonte de renda com receitas de energia para a recarga de VEs e, ao passo que crescem o número desses carros, cresce a receita para os agentes. Em contrapartida, a infraestrutura de recarga e da rede elétrica representam custos. A metodologia analítica, então, considerou quanto os proprietários de VEs pagam por eletricidade para recarregar os carros e comparou esse montante com os custos de instalação, geração e distribuição dessa energia. Ao todo, de 2011 a 2021, foi apurado que os condutores de VEs proporcionaram um benefício de US$ 3 bilhões para a rede. O impacto se faz (e só pode ser sustentado, segundo a análise) visto que a recarga dos VEs se faz mais comumente durante a noite, quando a demanda por energia está aquém da capacidade do sistema, o que alivia o custo da eletricidade para os consumidores ao longo do dia. (Utility Dive – 10.04.2024)
Link ExternoArtigo de Alexandra Klass, Josh Macey, Shelley Welton e Hannah Wiseman: “O principal desafio de confiabilidade da rede é a governança, não a mudança da matriz”
Em artigo publicado pelo Utility Dive, um grupo de Professores de Direito das Universidades de Michigan, Chicago e Pensilvânia; Alexandra Klass, Josh Macey, Shelley Welton, e Hannah Wiseman, tratam dos desafios de estresse e de confiabilidade da rede elétrica. Segundo os autores, é um erro atribuir a culpa por essas circunstâncias à crescente integração de energias renováveis. O verdadeiro problema, de acordo com eles, está no sistema de governança antiquado, mas ainda vigente, majoritariamente influenciado por produtores de combustíveis fósseis e comandado por agentes que ignoram os demais objetivos regulatórios e promovem regras de mercado que favorecem seus próprios interesses. A esse respeito, são elencados dois principais desafios de governança: o tratamento separado de objetivos de confiabilidade e de descarbonização no enquadramento regulatório, e a influência nas competências de supervisão da resiliência da rede que têm as companhias que podem perder poder com a transição energética. Em conclusão, os autores enfatizam que deve ser priorizado o endereçamento aos problemas de governança que criam tensões desnecessárias entre as energias limpas e a confiabilidade da rede, com soluções que podem envolver maior representação pública nos processos de governança ou a transferência de responsabilidade para o Estado. A partir disso, o foco pode partir para reformas tecnológicas que viabilizem a penetração de altos volumes de energia renovável com menores custos e segurança. (Utility Dive – 04.04.2024)
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