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IFE Transição Energética 51
Dinâmica Internacional
IRENA: Correção da rota global é necessária para cumprir meta definida na COP28
A Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA, na sigla em inglês) apontou que, para cumprir a meta global de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030 – definida na COP28 -, será preciso superar barreiras sistêmicas e estruturais à transição energética. Apesar da evolução de políticas, mudanças geopolíticas e da redução dos custos das fontes renováveis – fatores que impulsionaram sua expansão –, ainda se fazem necessários esforços de melhorias de infraestrutura política, capacidades da força de trabalho, aumento do financiamento e reforço da cooperação internacional, conforme destaca o World Energy Transitions Outlook, publicado pela agência. Destarte, a projeção referencial de quase 1,1 TW de capacidade renovável a ser instalada anualmente até 2030 será inalcançável sem uma intervenção urgente. A entidade, portanto, assinala que são imperativos investimentos estratégicos, revisão regulatória e o cultivo de competências necessárias ao apoio eficaz da transição energética. (CanalEnergia - 20.03.2024)
Link ExternoOCDE: América Latina tem potencial para transição verde
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) acredita no potencial dos países da América Latina e do Caribe para a realização de uma transição verde que traga crescimento econômico sustentável, mas diz ser necessária a implementação de ferramentas de governança pública. "Embora as democracias na região tenham se tornado mais firmemente estabelecidas, a confiança no governo continua caindo, a desigualdade e a informalidade continuam sendo desafios e as administrações têm espaço fiscal limitado para resolver problemas prementes, incluindo as mudanças climáticas e outras questões ambientais", disse a organização em relatório. Entre as práticas de governança destacadas pelo documento, está a manutenção de recursos financeiros por parte dos países. A esse respeito, a OCDE afirmou que as receitas fiscais dos governos dos países da América Latina e do Caribe atingiram em média 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 - um aumento em relação aos 30,4% de 2019 -, enquanto que a média da OCDE é 39,7%. Esse aumento de arrecadação pode ser instrumental para o alinhamento de projetos de infraestruturas de longo prazo com planos de ação climática, que ainda têm pouca adesão na América Latina. (Broadcast Energia – 13.03.2024)
Link ExternoAlemanha: As metas de descarbonização para 2030 podem ser alcançadas
A Agência do Meio Ambiente da Alemanha (UBA, na sigla em inglês) afirmou que o país está no caminho certo para atingir as metas de descarbonização previstas para 2030. Em 2023, as emissões nacionais de gases de efeito estufa caíram para 673 milhões de toneladas - confirmando projeções preliminares – incluindo a queda de 7,7% das emissões do setor industrial. A geração de energia renovável respondeu por cerca de 52% do consumo de eletricidade no último. Para 2030, o país mira na redução de 65% do volume de emissões registrado em 1990, e a métrica atual está próxima de 46%. Segundo Dirk Messner, presidente da UBA, contribuirão para as próximas investidas rumo à neutralidade de carbono: o lançamento de contratos de proteção climática – que objetivam a compensação de custos adicionais da produção de energia limpa -, a precificação do carbono e a contínua substituição dos combustíveis fósseis nos processos fabris das companhias alemãs. (Reuters – 15.03.2024)
Link ExternoAlemanha e Canadá: Acordo para acelerar o desenvolvimento comercial do H2V
A Alemanha e o Canadá assinaram um memorando de entendimento para acelerar o desenvolvimento comercial do hidrogênio verde (H2V). O acordo assinala o compromisso de apoio das nações às transações entre produtores canadenses de hidrogênio e os setores industrial e de distribuição de energia da Alemanha. Ainda, além do enfrentamento às mudanças climáticas, a colaboração foi justificada no âmbito da eliminação da dependência do fornecimento de combustíveis da Rússia. “O Canadá pode se tornar líder mundial na produção e exportação de H2V”, destacou o ministro de Recursos Naturais do país. O pacto prospecta que as exportações do combustível para a Alemanha tenham início em 2025. (Reuters – 18.03.2024)
Link ExternoJapão: Expansão das usinas eólicas offshore para as zonas econômicas exclusivas
O governo do Japão aprovou um novo marco para a meta nacional de neutralidade em carbono em 2050 com uma emenda legislativa acerca da permissão da instalação de capacidade de geração de energia eólica offshore nas zonas econômicas exclusivas (EEZ, na sigla em inglês). Até 2030, o país almeja ter 10 GW de projetos de energia eólica offshore, em contraste ao 0,5 GW de capacidade atual. A sistemática proposta para esses novos empreendimentos, entretanto, será diferente daquela utilizada nos leilões até então. O esquema se fará em duas etapas: a primeira inclui uma aprovação preliminar ante a seleção do local da instalação pelo Ministério da Indústria; e a segunda contempla a aprovação oficial, garantida após a consulta de partes relevantes. O governo passará a emenda legislativa para a sessão parlamentar, com conclusão prevista para junho de 2024. Já a operação dos ativos pode levar dez anos para ter início. (12.03.2024)
Link ExternoPolônia: Plano de investimento de US$ 16 bi na transição energética
O operador da rede elétrica da Polônia (PSE, na sigla em inglês) anunciou planos de investimento na ordem de US$ 16 bilhões para impulsionar sua transição para uma economia de baixo carbono. A investida sustentável é uma das prioridades do novo governo eleito em outubro de 2023, que pretende dar reforço à meta nacional de neutralidade em carbono até 2050. Os aportes serão destinados à construção de 4.850 km de linhas de transmissão de alta tensão e à conexão das capacidades prospectivas de energias limpas, que incluem: 37 GW de energia eólica, sendo 18 GW de usinas offshore; 45 GW de capacidade solar; e a usina nuclear próxima do mar Báltico, além de pequenos reatores modulares. (Reuters – 15.03.2024)
Link ExternoNacional
Brasil: BNDES aprova novo Fundo Clima com R$ 10,4 bi para combater mudanças climáticas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o projeto do novo Fundo Clima, com R$ 10,4 bilhões para combater as mudanças climáticas. O fundo financiará projetos em seis áreas prioritárias: desenvolvimento urbano resiliente e sustentável; indústria verde; mobilidade verde; transição energética; florestas e recursos hídricos; e inovações verdes; com taxas variando de 1% a 8% ao ano, além do spread bancário. Parte dos recursos terá origem da emissão de US$ 2 bilhões em títulos soberanos sustentáveis pelo Ministério da Fazenda. Além disso, segundo o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, o novo Fundo Clima é uma confluência das três grandes iniciativas do governo com a competência da sustentabilidade: o Novo PAC, a Nova Indústria Brasil e o Plano Transição Ecológica. (Valor Econômico - 14.03.2024)
Link ExternoBrasil: Associação do carvão assume rótulo sustentável, mas ambientalistas suspeitam de greenwashing
A Associação Brasileira de Carvão Mineral mudou de nome para Associação Brasileira de Carbono Sustentável (ABCS), remetendo a uma identidade mais preocupada com os impactos da indústria do combustível fóssil sobre o meio ambiente. A decisão, contudo, foi questionada por ambientalistas, que suspeitam que o lobby do carvão esteja tentando embutir um rótulo ‘verde’ nas suas atividades sem que tenham sido alcançados resultados sustentáveis efetivos, o que configura uma prática de “greenwashing”. A ABCS, contudo, refuta a crítica e defende que a mudança ocorre em reflexo do novo planejamento estratégico, que conta com parcerias internacionais, centrado na contenção de gases de efeito estufa. Segundo Fernando Luiz Zancan, presidente da associação, os novos projetos almejam emissões líquida zero de carbono combinadas a ações financeiramente viáveis, visando avançar na transição energética sem que se faça necessário o encerramento da indústria do carvão. Ele argumenta, ainda, que o combustível fóssil é necessário para a segurança energética brasileira. Já pelo ponto de vista ambiental, de acordo com Juliano Araújo, diretor-executivo da ONG Instituto Arayara, o cenário é outro. “Se queremos realmente sustentabilidade, iríamos só pelas fontes renováveis, com geração de energia limpa, eficiência energética e descentralização, e não estender a vida útil de térmicas a carvão”, declarou. (Folha de S. Paulo – 19.03.2024)
Link ExternoRegulação
Brasil: Câmara regulamentou a captura e estocagem de gás carbônico
Foi aprovado o projeto de lei dos “Combustíveis do Futuro” (PL 528/20), que trata do transporte, captura e estocagem geológica de gás carbônico (CO2), estipulando obrigações para os operadores dessas atividades. Essa captura pode ocorrer em locais de grande produção desse gás de efeito estufa, que será, então, transportado até lugares com formação geológica adequada para ser injetado entre as rochas, onde ficará retido. Empresas com consórcios brasileiros poderão pedir autorização de 30 anos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para realizar o procedimento por sua conta e risco. Entretanto, devem ser seguidas diretrizes como: eficiência e sustentabilidade econômicas, adoção das melhoras práticas da indústria, e gestão dos recursos naturais. Além disso, as obrigações para os operadores de estocagem incluem: a garantia da segurança do procedimento, suporte à fiscalização e a realização de inventário para certificação. A Agência Internacional de Energia (AIE) projeta que esse mecanismo pode chegar a ser responsável pela captura global de 1,6 gigatoneladas (Gt) de gás carbônico por ano em 2030, podendo chegar a 7,6 Gt em 2050. (Câmara dos Deputados – 13.03.2024)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Austrália: 2023 será um “ano significativo” para a construção e financiamento de armazenamento de baterias em grande escala
O relatório do Conselho de Energia Limpa (CEC) revela que em 2023 a Austrália alcançou quase 40% de seu fornecimento de eletricidade a partir de fontes renováveis, impulsionado principalmente pelo crescimento da energia solar em telhados e por um investimento recorde em armazenamento de energia em escala pública. O aumento de 9,7% em relação ao ano anterior foi facilitado pela adição de 5,9 GW de nova capacidade de energia limpa, com destaque para a energia solar nos telhados como principal contribuinte. Em 2023, a Austrália adicionou 3,1 GW de capacidade solar fotovoltaica em telhados, o que equivale a atender 337.498 residências e pequenas empresas, conforme relatado pelo CEC. O país continua a ser um dos principais mercados mundiais de energia solar para telhados, com a energia solar distribuída atendendo a 14% do consumo de eletricidade durante o verão de 2022/23, de acordo com relatório anterior do CEC. Além disso, a capacidade total de energia solar em telhados ultrapassou 20 GW, conforme constatado pela consultoria da indústria solar SunWiz. Em relação ao armazenamento de energia em escala de serviços públicos, houve um compromisso financeiro recorde em novos projetos. O CEO da CEC, Kane Thornton, destacou que 27 projetos de baterias estavam em construção em comparação com 19 no final de 2022. (Energy Storage – 13.03.2024)
Link ExternoEstados Unidos: Longroad constrói projeto no Arizona com os primeiros módulos Solar Series 7, Powin's Centipede BESS
A Longroad Energy concluiu o fechamento financeiro de seu projeto de energia solar fotovoltaica e armazenamento de baterias em grande escala, denominado Serrano, localizado no Arizona, EUA. A construção do projeto já está em andamento. O projeto Serrano consistirá em 220 MWdc de energia solar fotovoltaica, combinada com um sistema de armazenamento de energia de bateria de íons de lítio (Li-ion) com capacidade de 214 MWac/855 MWh (BESS). A empresa também anunciou as principais fornecedoras e contratadas envolvidas no projeto. O projeto Serrano, abrangendo partes dos condados de Pinal e Pima, no Arizona, contará com módulos solares fotovoltaicos de telureto de cádmio de película fina (CdTe) fabricados internamente nos EUA pela First Solar. Este projeto será o primeiro a utilizar os novos módulos Série 7 da First Solar e marca a quarta colaboração entre a Longroad e a First Solar nos últimos quatro anos em projetos solares de grande escala no Arizona. Além disso, o fabricante de rastreadores solares NEXTracker fornecerá os sistemas de rastreamento da usina fotovoltaica, enquanto a Sungrow, fabricante de inversores solares e de armazenamento de bateria, fornecerá os inversores fotovoltaicos. Essa parceria entre várias empresas líderes no setor solar destaca o compromisso com a inovação e a eficiência na implantação de projetos de energia renovável de grande escala. (Energy Storage – 12.03.2024)
Link ExternoEmirados Árabes Unidos: Utilitária anuncia EOI para projeto BESS de 400 MW
A concessionária EWEC (Emirates Water and Electricity Company) lançou um convite para desenvolvedores enviarem expressões de interesse (EOI) para um projeto de sistema de armazenamento de energia de bateria de 400 MW (BESS) nos Emirados Árabes Unidos. Este projeto greenfield foi anunciado recentemente pela concessionária, que opera principalmente em Abu Dhabi, a capital do país. O prazo para o envio das expressões de interesse é até 22 de março de 2024, ao meio-dia, horário local. A EWEC destacou que o BESS proporcionará flexibilidade ao sistema elétrico e serviços auxiliares, como resposta de frequência e regulação de tensão. Este sistema de armazenamento de energia é considerado crucial para o plano da concessionária de expandir a capacidade solar fotovoltaica para 7,5 GW até 2030. Esse aumento faz parte do compromisso da empresa em reduzir as emissões de carbono em 42% até 2030, em comparação com os níveis de 2019. Essa iniciativa reforça o compromisso dos Emirados Árabes Unidos com a transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. O CEO da EWEC, Othman Al Ali, destacou as vantagens incomparáveis oferecidas pelo sistema de armazenamento de energia de bateria (BESS) em comparação com as soluções tradicionais de armazenamento em rede. (Energy Storage – 08.03.2024)
Link ExternoEstados Unidos: NextEnergy Capital levanta US$ 110 milhões para fundo solar e de armazenamento
O investidor NextEnergy Capital obteve um compromisso de capital de US$ 110 milhões para seu fundo solar fotovoltaico e voltado para armazenamento de energia, o NextPower V ESG (NPV ESG). Esse montante foi complementado por um capital adicional de US$ 100 milhões (equivalente a 77,9 milhões de libras esterlinas) de um fundo de pensões europeu, que se junta aos investidores atuais do NPV ESG, incluindo KLP, um fundo de pensões ocupacional alemão, e um grande fundo de pensões nórdico. O fundo espera angariar mais capital em breve. O pipeline de projetos da NPV ESG totaliza 18 GW e inclui empreendimentos na Espanha, Polônia, Itália, Canadá e Estados Unidos. Com esse compromisso de capital, o fundo atinge um total de US$ 580 milhões, um terço do caminho em direção à sua meta de captação de US$ 1,5 bilhão (com um limite máximo de US$ 2 bilhões). Esses investimentos demonstram a crescente confiança e interesse no setor de energia renovável, especialmente em projetos que incluem armazenamento de energia, visando a transição para um futuro mais sustentável e com baixas emissões de carbono. (Energy Storage – 11.03.2024)
Link ExternoChile: Mineradora Codelco assina acordo de compra de energia “24 horas por dia, 7 dias por semana, com energia solar e bateria”
A Atlas Renewable Energy assinou um contrato de compra de energia (PPA) com a mineradora estatal chilena Codelco para fornecer 375 GWh por ano a partir de um projeto de energia solar com armazenamento no Chile. Este PPA é um contrato de fornecimento 24 horas por dia, 7 dias por semana, que utiliza o armazenamento de energia da bateria para garantir energia contínua ao longo do dia, durante um período de 15 anos. A conquista deste contrato veio após a Atlas vencer um concurso público lançado pela Codelco. No entanto, nenhuma das empresas divulgou informações sobre a capacidade nominal de geração ou armazenamento de energia do projeto, tampouco revelaram seu nome ou localização. A PV Tech procurou ambas as empresas para obter esclarecimentos adicionais sobre o projeto. Essa iniciativa reflete o crescente interesse e adoção de soluções de energia renovável combinadas com armazenamento de bateria para atender às demandas energéticas de grandes consumidores, como a indústria mineradora, enquanto promove a transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. A desenvolvedora Grenergy está liderando o projeto, com tecnologia PCS fornecida pela fabricante de inversores Ingeteam. (Energy Storage – 12.03.2024)
Link ExternoSuécia: UE ‘intensificando seu jogo’ em gigafábricas de baterias na Europa
Na conferência Giga Europe, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Maroš Šefčovič, destacou o compromisso da União Europeia (UE) em intensificar seus esforços nas gigafábricas de baterias. O evento, sediado em Estocolmo, Suécia, e organizado pela Benchmark Mineral Intelligence, reuniu o ecossistema de produção de baterias da Europa, uma indústria em ascensão que enfrentou desafios nos últimos 18 meses devido à competição crescente dos Estados Unidos e da China, que estão investindo em novas gigafábricas de produção. Apesar do reconhecimento dos desafios significativos que a Europa (e o mundo) enfrenta na expansão da produção de baterias, especialmente tecnologias de íons de lítio (Li-ion), ainda há otimismo de que a Europa possa recuperar o atraso e se tornar um ator importante no cenário das gigafábricas. Charlotte Lejon, da Agência Sueca de Energia, expressou confiança nessa possibilidade durante o evento. Esse otimismo reflete o compromisso da Europa em desenvolver uma capacidade significativa de produção de baterias, a fim de impulsionar sua transição para uma economia de baixo carbono e fortalecer sua posição no mercado global de veículos elétricos e armazenamento de energia. Embora a maior parte da capacidade de produção seja direcionada para o segmento de veículos elétricos (EV), é esperado que o setor de armazenamento de energia também contribua para algumas vendas. (Energy Storage – 12.03.2024)
Link ExternoReino Unido: NatPower UK promete £ 10 bilhões para pipeline de armazenamento de bateria de 60 GWh
A NatPower UK anunciou um investimento de mais de £10 bilhões (US$12,9 bilhões) para o desenvolvimento de 60 GWh de armazenamento de energia de bateria no Reino Unido. Em comunicado, o CEO do NatPower Group, Fabrizio Zago, afirmou que este é o maior programa para o desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia de bateria no país. Com uma capacidade superior a 60 GWh, espera-se que o programa atenda a 15 a 20% das necessidades do sistema de armazenamento de energia de baterias do Reino Unido até 2024. A NatPower UK, subsidiária do desenvolvedor global NatPower Group com sede em Luxemburgo, planeja realizar um desenvolvimento em larga escala de sistemas de armazenamento de energia de baterias em nível nacional. Essa iniciativa representa um compromisso significativo com a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável no Reino Unido. A implementação começará com três 'GigaParks' a serem licenciados ainda este ano, seguidos por outros 10 até 2025. Além do pipeline de baterias, a empresa anunciou a alocação de mais de £600 milhões (US$770,6 milhões) para o desenvolvimento de subestações, visando acelerar as conexões à rede elétrica. A NatPower UK também planeja desenvolver infraestrutura de energia solar e eólica em grande escala, com mais detalhes a serem anunciados ainda este ano. (Smart Energy – 11.03.2024)
Link ExternoArtigo de Pietro Erber: "Análise: Armazenamento providencial"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Pietro Erber (engenheiro e ex-conselheiro da Eletrobras) trata da importância dos sistemas de armazenamento de energia como complemento indispensável ao sistema interligado nacional (SIN). Ele destaca que esses sistemas compensam a intermitência das novas fontes renováveis e permitem absorver excessos de oferta. As tecnologias de armazenamento, como baterias e hidrelétricas reversíveis, diferem em características econômicas e operacionais, e sua adoção depende de vários fatores, como capacidade, custo, vida útil e impacto ambiental. O autor ressalta, ainda, que baterias e hidrelétricas reversíveis são atualmente as modalidades de armazenamento mais relevantes, oferecendo potência e energia utilizando sobras de energias renováveis. Em conclusão, enfatiza que a regulamentação desses sistemas é crucial para sua implantação efetiva. (Valor Econômico – 17.03.2024)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
Brasil deve avançar na regulação do hidrogênio para viabilizar fertilizantes verdes, diz diretora do BNDES
Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), enfatizou a necessidade de avanços na regulação do hidrogênio de baixo carbono no Brasil para viabilizar a produção de fertilizantes nitrogenados verdes no país. Ela ressaltou que o mercado interno deve ser o principal destinatário do hidrogênio verde produzido nacionalmente, dadas as dificuldades tecnológicas e de preço para a exportação. Nesse contexto, a produção de fertilizantes é apontada como um dos principais usos para o hidrogênio produzido no Brasil. Costa destacou a importância da atual janela de oportunidade, afirmando que ela não se apresenta há muito tempo. Essa observação foi feita durante sua participação no evento Agenda Setorial no Rio de Janeiro. Luciana Costa apontou que o Brasil importa aproximadamente 95% dos fertilizantes nitrogenados que consome, sendo que cerca de um terço do custo desses produtos está relacionado à logística. Ela também indicou que investimentos em hidrogênio podem ser incluídos nos projetos de inovação do banco. (EpBr – 13.03.2024)
Link ExternoBrasil: Eletrobras e Paul Wurth planejam fornecer hidrogênio renovável para indústrias no Rio
A Eletrobras firmou um Memorando de Entendimento (MoU) com a empresa de engenharia Paul Wurth Brasil, pertencente à SMS group, visando avaliar a viabilidade de fornecimento de hidrogênio renovável para processos industriais no estado do Rio de Janeiro. A parceria entre a Eletrobras e a Paul Wurth Brasil enfatiza a produção de hidrogênio e seus derivados para atender à demanda de indústrias químicas e siderúrgicas, entre outros setores. Ítalo de Freitas, vice-presidente de Comercialização e Soluções em Energia da Eletrobras, destacou o compromisso da empresa em oferecer ferramentas de descarbonização para seus clientes, e ressaltou que o hidrogênio verde complementa a geração hidrelétrica no fornecimento de energia limpa. Conforme o comunicado das empresas, está planejada a construção e operação de uma planta de 10 MW para a produção de hidrogênio e oxigênio (O2) nas proximidades de uma usina siderúrgica na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Essa unidade terá uma capacidade 37 vezes maior do que o projeto-piloto de hidrogênio da Eletrobras na UHE Itumbiara, na divisa entre Minas Gerais e Goiás. (EpBr – 12.03.2024)
Link ExternoBrasil: Âmbar Energia e Unicamp vão estudar aplicações do hidrogênio de biomassa
A parceria entre a Âmbar Energia, pertencente ao grupo J&F, e o Centro de Estudos de Energia e Petróleo (Cepetro), ligado à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem como objetivo explorar a viabilidade da aplicação do hidrogênio produzido a partir de biomassa na geração elétrica. O projeto, com duração prevista de três anos, visa aproveitar os resíduos orgânicos da JBS como matéria-prima para produzir biogás, que será reformado para obter hidrogênio renovável. Esse hidrogênio será utilizado para abastecer células a combustível, gerando eletricidade. A meta do projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é a produção de biometano, hidrogênio renovável e eletricidade. Ao final dos três anos, as equipes da Âmbar e do Cepetro esperam escalonar a tecnologia para o mercado, visando o potencial de geração de hidrogênio renovável nas lagoas de tratamento de diversas indústrias. A energia gerada será injetada na rede de distribuição, proporcionando uma opção de gás de baixo carbono para as indústrias locais. Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar Energia, enfatiza que a intenção é possibilitar a entrada do agronegócio no promissor mercado de hidrogênio. Ele destaca que o plano inclui a construção de um centro de pesquisa e desenvolvimento em Andradina para explorar o potencial do biogás e do hidrogênio renovável na geração de energia, transformando planos em ações concretas. (EpBr – 11.03.2024)
Link ExternoBrasil: Thyssenkrupp mira potencial do setor de papel e celulose na produção de metanol verde
A Thyssenkrupp, por meio de sua divisão de desenvolvimento de plantas industriais, a Thyssenkrupp Uhde, está de olho no desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde no Brasil. A empresa acredita que o setor de papel e celulose no país tem potencial para se destacar na produção de metanol verde, um combustível sustentável para o transporte marítimo. O potencial está no aproveitamento dos resíduos da indústria florestal para capturar carbono biogênico e combiná-lo ao hidrogênio verde para a obtenção de metanol. Luiz Antonio Mello, responsável pelas vendas da Thyssenkrupp Uhde para a América do Sul, destacou em entrevista à agência epbr que o setor de papel e celulose possui um potencial significativo em relação ao hidrogênio verde. Ele enfatizou que esse setor é pouco discutido, mas possui um grande potencial devido à sua capacidade de investimento, sua capitalização, suas receitas em dólar (devido à exportação) e sua consolidação no Brasil. Mello ressaltou que o setor gera CO2 biogênico, o que o torna ainda mais atrativo para a produção de metanol verde. O país é o segundo maior produtor global de celulose e o maior exportador, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Árvores. No ano de 2022, o setor alcançou uma receita bruta expressiva de R$ 260 bilhões e registrou um recorde de produção, atingindo 25 milhões de toneladas de celulose. (EpBr – 11.03.2024)
Link ExternoEUA: Hidrogênio verde e azul podem se tornar competitivos em relação ao gás natural até 2030
Um estudo realizado pelo The Brattle Group investigou o potencial competitivo que o hidrogênio poderá obter ante o gás natural até 2030. Segundo o relatório, nos Estados Unidos, graças aos hubs de hidrogênio promovidos pelo Departamento de Energia (DOE, na sigla em inglês), políticas de apoio e incentivos fiscais do Ato de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), os preços dos hidrogênios verde – produzidos a partir de energia renovável – e azul – derivado dos gás natural com captura de carbono – podem ser reduzidos a ponto de viabilizar a substituição do gás natural, desde que, também, a produção seja suficiente para suprir a demanda. A esse respeito, o DOE estima que a demanda nacional pelo combustível sustentável pode chegar a 50 milhões de toneladas até 2050. Ainda, apesar de ligeiramente mais caro, foi argumentado que o hidrogênio azul pode oferecer uma solução diferencial quanto à conversão das plantas convencionais de produção. A transição entre os combustíveis, contudo, ainda colide com barreiras técnicas e políticas, e a falta de articulação nessas áreas é uma contenção para o desenvolvido amplo e potencial do ‘combustível do futuro’. (Utility Dive – 15.03.2024)
Link ExternoEUA: Financiamento de US$ 750 mi para projetos com o H2V em 24 estados
O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, na sigla em inglês) afirmou que irá destinar recursos de US$ 750 milhões para projetos de implementação de capacidade de produção e de utilização de hidrogênio verde (H2V) em 24 estados. Segundo a chefe de gabinete de tecnologias de hidrogênio e células de combustível do DOE, Sunita Satyapal, o financiamento contribuirá para o alcance das metas nacionais estratégicas para o combustível sustentável e, com os projetos facilitados, para 2030, são estimados que 10 milhões de toneladas de H2V sejam produzidos anualmente. As iniciativas contempladas estão no escopo da cadeia do hidrogênio, incluindo investidas na pesquisa e desenvolvimento de eletrolisadores, reciclagem de minerais críticos, e cadeia de suprimentos para as máquinas envolvidas no processo. Os subsídios para esses projetos, ainda, contribuirão para pavimentar e impulsionar o programa do hub de hidrogênio de US$ 7 bilhões do governo americano. (Reuters - 15.03.2024)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
EUA: IA generativa para modelagem de redes inteligentes
O Laboratório de Sistemas de Informação e Decisão (LIDS) do MIT está empenhado em aplicar a inteligência artificial generativa à modelagem de redes inteligentes. Esta iniciativa faz parte do projeto 'Smart Grid Deployment Consortium', liderado pela Tennessee Tech University, que visa modelar e testar redes inteligentes na região dos Apalaches dos EUA. O foco principal será o desenvolvimento de modelos generativos orientados por inteligência artificial para dados de carga do cliente. Esses modelos gerarão informações essenciais para os serviços de modelagem oferecidos pela plataforma de simulação de microrredes HILLTOP. Essa plataforma é utilizada para modelar e testar novas tecnologias de redes inteligentes. O objetivo final é fornecer suporte às concessionárias de energia elétrica rurais, que atendem grande parte da região dos Apalaches, e também a startups de tecnologia de energia interessadas em escalabilidade e interoperabilidade. Essa iniciativa promete avançar significativamente no desenvolvimento e na implementação de redes inteligentes mais eficientes e sustentáveis. (Smart Energy – 15.03.2024)
Link ExternoEUA: Proposta para incentivar a implantação de tecnologia de melhoria da rede
A Lei 'Advancing Grid Enhancing Technologies' (GETs) foi introduzida nos Estados Unidos com o objetivo de impulsionar os investimentos nessas tecnologias. Proposta por Peter Welch de Vermont e Angus King do Maine no Senado, e por Kathy Castor da Flórida, Paul Tonko de Nova York e Scott Peters da Califórnia na Câmara dos Representantes, a legislação requer que a Comissão Federal Reguladora de Energia (FERC) estabeleça um incentivo de poupança compartilhada para os GETs, com o objetivo de incentivar sua implantação até julho de 2025. Ao invés da taxa fixa de retorno sobre o investimento de capital, o incentivo de poupança compartilhada permitiria que os promotores recebessem uma parte das economias resultantes do investimento em um GET, enquanto outra parte dessas economias seria repassada aos clientes. Além disso, a lei proposta inclui uma exigência de relatório anual, orientando os proprietários de transmissão a reportarem os custos associados ao congestionamento à FERC, e orientando a FERC a analisar e disponibilizar publicamente esses dados. Essa legislação visa não apenas promover a adoção de tecnologias de melhoria da rede elétrica, mas também aumentar a transparência e eficiência do sistema de transmissão de energia nos Estados Unidos. (Smart Energy – 15.03.2024)
Link ExternoUnião Europeia: Comissão Europeia adota código de rede da UE sobre cibersegurança energética
A Comissão Europeia adotou o primeiro código de rede da UE sobre cibersegurança para o setor elétrico. De acordo com um comunicado da Comissão, este código de rede representa um passo significativo para melhorar a resiliência cibernética das infraestruturas e serviços energéticos críticos da União Europeia. Este ato delegado foi desenvolvido após um processo de consulta com partes interessadas relevantes, incluindo contribuições da REORT-E (Rede Europeia de Operadores de Redes de Transporte de Eletricidade), a entidade ORD UE (Órgão de Reguladores Europeus para a Cooperação de Energia) e a ACER (Agência de Cooperação dos Reguladores de Energia), juntamente com um período de quatro semanas para feedback do público no final de 2023. O código de rede tem como objetivo estabelecer e apoiar um nível elevado e comum de cibersegurança para os fluxos transfronteiriços de eletricidade na Europa, visando garantir a segurança e confiabilidade contínuas do sistema elétrico em toda a União Europeia. O código de rede da UE tem como objetivo estabelecer um processo recorrente de avaliações de riscos de cibersegurança no setor elétrico. (Smart Energy – 13.03.2024)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Estados Unidos: A parceria com a PG&E traria até US$ 1 bilhão para melhorias na transmissão
A Pacific Gas and Electric Company (PG&E) solicitou à Comissão de Serviços Públicos da Califórnia (CPUC) a aprovação de um programa de arrendamento de transmissão em parceria com a organização sem fins lucrativos Citizens Energy Corporation, que poderia investir até US$ 1 bilhão através do programa. Esse programa permitiria à PG&E acelerar o trabalho em seu sistema elétrico, visando aprimorar a segurança, confiabilidade, capacidade e resiliência da infraestrutura, além de possibilitar novas interconexões para projetos de energia limpa que apoiam a descarbonização. A Citizens comprometeu-se a destinar uma parte significativa dos lucros do programa para iniciativas de energia limpa em comunidades de baixa renda e desfavorecidas em toda a área de serviço da PG&E. Essa parceria visa não apenas melhorar a infraestrutura elétrica, mas também promover a equidade e a transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável. Se a Citizens investir a totalidade dos mil milhões de dólares, espera-se que o programa gere centenas de milhões de dólares em benefícios de caridade ao longo da vida dos arrendamentos. O programa foi estruturado para garantir que os clientes não paguem mais pelos ativos de transmissão do que pagariam sem o programa. (Smart Energy – 16.03.2024)
Link ExternoBrasil: EPE, MME e BID trabalham em base de dados para mapear pobreza energética
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Banco Mundial (BID) estão colaborando no desenvolvimento de uma ferramenta para integrar dados sobre pobreza energética no Brasil, visando subsidiar ações de combate à desigualdade no acesso à energia. O projeto "Tecendo Conexões" pretende mapear informações a partir de 40 bases de dados existentes, sistematizando-as em uma única base e calculando indicadores para identificar a pobreza energética no país. Inspirado em iniciativas semelhantes realizadas no Chile, Reino Unido e União Europeia, o projeto tem previsão de conclusão até setembro. A EPE divulgou o estudo "Análise das Experiências Estatais Internacionais Relativas à Pobreza e Justiça Energética", que examina medidas relacionadas ao tema em 19 países. O presidente da EPE, Thiago Prado, destacou que o combate à miséria requer esforços conjuntos durante a apresentação na sede da estatal. De acordo com dados de 2019 fornecidos pela EPE, o consumo per capita de energia no Brasil é de 660 quilowatts-hora (kWh) por ano. No entanto, há uma grande disparidade no acesso à energia entre diferentes faixas de renda. Para os consumidores com renda de até um salário mínimo, a demanda per capita é de 371 kWh por ano, equivalente ao consumo no Marrocos. (EpBr – 15.03.2024)
Link ExternoEspanha: Descarbonização das áreas rurais esbarra em elevados custos de aquisição
A associação de pequenas empresas distribuidoras de energia elétrica da Espanha (CIDE, na sigla em espanhol) publicou o relatório “Observatório de Descarbonização Rural”, que visa examinar o impacto e desempenho de vetores da transição energética para a descarbonização da zona rural espanhola. Esse espaço, que representa 84% do território da Espanha, tem um nível de eletrificação 15% inferior à média nacional, o que implica na intensidade da utilização de combustíveis fósseis nas atividades da região, além do agravamento das disparidades econômicas. Os vetores analisados por esse trabalho incluem: mobilidade elétrica na zona rural, autoconsumo, armazenamento de energia, e implementação de energias renováveis. Segundo a publicação, a principal barreira com que as empresas e as famílias rurais se deparam é o elevado custo de aquisição das tecnologias. Além, são elencados a falta de infraestruturas públicas, a insuficiência de redes elétricas, e as barreiras de custo e conhecimento como obstáculos para a aceleração da transição nesse ecossistema. Destarte, reconhecida a responsabilidade de amparar a trajetória da sustentabilidade no campo, a CIDE destaca que são prioridades a definição de um marco regulatório e a promoção de investimentos para cumprir esse roteiro. (Energías Renovables – 15.03.2024)
Link ExternoDiálogo da Transição Energética: Ministros da Alemanha afirmam que o nacionalismo restringe o empurrão necessário à transição energética
O ministro de Assuntos Econômicos e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, declarou, na décima edição do Diálogo da Transição Energética de Berlim, que o nacionalismo é uma ameaça à investida climática e à difusão dos esforços de transformação. Ele argumenta que o aquecimento global é fator mais importante da história política atual e que, para seu enfrentando, é indispensável “baixar a guarda” e promover uma ordem mundial livre e mais propícia para a colaboração internacional, onde cada país pode contribuir com experiências, expertises e recursos para impulsionar a transição para um ecossistema mundial de baixo carbono. Apontou, ainda, que as oportunidades de desenvolvimento sob a ação climática são diversas e que podem culminar na prosperidade de várias nações no futuro. “O reconhecimento da urgência da tomada de ação climática une todas as fronteiras”, enfatizou, em destaque, a ministra de Relações Exteriores, Annalena Baerbock. É importante, segundo ela, identificar as lideranças econômicas e tecnológicas e, então, garantir que a expansão das energias renováveis aconteça de maneira justa e equilibrada, com atenção para os países poucos eletrificados. Assinala, por fim, que chega a hora de focar nas medidas necessárias para responder à meta global definida na COP28 de triplicar a capacidade instalada de energias renováveis até 2030. (Enlit – 20.03.2024)
Link ExternoArtigo de Jorge Arbache: "Como mitigar frustração com agenda do clima"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Jorge Arbache (vice-presidente de setor privado do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe - CAF) trata da crescente frustração com a agenda climática em países desenvolvidos, destacando o aumento percebido no custo de vida e o ônus do financiamento da transição para fontes de energia renovável. Arbache argumenta que a América Latina e o Caribe podem ajudar a enfrentar esses desafios, dada a sua matriz elétrica verde e a capacidade de aumentar a oferta de energia renovável a custos decrescentes. Ele sugere que a estratégia de "powershoring" pode ser crucial para proteger os interesses corporativos e das pessoas, contribuindo para reduzir os custos de energia e acelerar a colocação de produtos verdes no mercado. No entanto, Arbache alerta para a crescente politização e mercantilização da agenda verde em países desenvolvidos, com protecionismo tarifário e discriminação contra produtos verdes. (Valor Econômico – 14.03.2024)
Link ExternoEventos
Quênia: Semana de Formação sobre Política de Eficiência Energética de África em Economias Emergentes
A Agência Internacional de Energia (AIE) tem o prazer de anunciar a 17ª Semana de Formação em Políticas de Eficiência Energética, a ser realizada presencialmente em Nairobi, Quênia, de 18 a 21 de março de 2024. O objetivo da Semana de Formação em Políticas de Eficiência Energética é capacitar os decisores políticos das economias emergentes, proporcionando-lhes maior conhecimento e habilidades para desenvolver e implementar iniciativas eficazes de eficiência energética em seus respectivos países. Desde 2015, a IEA tem realizado eventos de formação com a duração de uma semana dedicados à partilha de experiências no planejamento, implementação e avaliação de políticas de eficiência energética nas economias emergentes. Essas semanas de formação reuniram mais de 2.000 profissionais de eficiência energética de mais de 120 países, principalmente de instituições governamentais e organizações de apoio em economias emergentes. A Semana de Formação E4 consiste em 5 cursos paralelos sobre eficiência energética. Cada curso oferece uma combinação de palestras, discussões interativas e exercícios práticos que permitem aos participantes aprenderem com as melhores práticas internacionais e uns com os outros. (IEA – 15.03.2024)
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