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IFE
26/02/2024

IFE Transição Energética 48

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gabriela Vasconcelos e Gustavo Esteves
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
26/02/2024

IFE nº 48

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Fabiano Lacombe e Pedro Ludovico
Pesquisadores: Gabriela Vasconcelos e Gustavo Esteves
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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IFE Transição Energética 48

Dinâmica Internacional

IEA: Inovação energética é pauta de reunião ministerial

Na reunião Ministerial de 2024 da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), a inovação foi destacada como um tema crucial. A inovação, muitas vezes associada a avanços tecnológicos, foi considerada em múltiplas frentes, incluindo política, financiamento e tecnologia, para alcançar as metas climáticas estabelecidas para emissões líquidas zero até 2050. Alguns participantes enfatizaram a importância de incorporar as ciências sociais na política de inovação, reconhecendo o papel humano central nesse processo. O evento marcou o 50º aniversário da IEA. Na reunião Ministerial de 2024 da IEA, houve um foco em identificar áreas prioritárias para promover a inovação energética nos próximos anos. As discussões destacaram prioridades tecnológicas, como inteligência artificial, baterias para armazenamento, eletrólise para hidrogênio e processos em grande escala, incluindo descarbonização industrial, captura e armazenamento de carbono, e energia nuclear. A necessidade de abordar desafios em economias emergentes, como acesso à energia e competências digitais, também foi ressaltada. (Smart Energy – 19.02.2024) 
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Fórum Econômico Mundial: Discussão sobre maneiras de impulsionar o investimento em sustentabilidade

Um levantamento realizado pelo FMI revelou que, para que a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa seja alcançada em 2050, cerca de US$ 5 trilhões deveriam ser investidos anualmente na mitigação das mudanças climáticas a partir de 2030. Segundo o The Banker, entretanto, os investimentos em iniciativas verdes em 2023 somaram apenas US$ 1,3 trilhão, volume inferior ao pico – ainda aquém – de US$ 1,8 trilhão registrado em 2021. Diante desse cenário, o Fórum Econômico Mundial e o ex-vice presidente dos Estados Unidos e ambientalista renomado, Al Gore, discutiram um conjunto de medidas que deve ser implementado para impulsionar o financiamento em sustentabilidade. Para Al Gore, a intervenção mais latente e urgente é a eliminação dos subsídios para os combustíveis fósseis, que responderam por cerca de 7,1% do PIB global em 2022. Além disso, a taxação do carbono e o investimento sustentável em países periféricos e emergentes foram destacados como vetores importantes para o objetivo. (World Economic Forum – 21.02.2024) 
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Wood Mackenzie: Região Ásia-Pacífico pode se tornar líder global da transição energética

O relatório “Wood Mackenzie’s Asia Pacific Energy Transition Outlook (ETO)” revelou que a região Ásia-Pacífico tem potencial para se tornar uma líder global na transição energética. O perfil da região envolve as projeções de manutenção de 50% da demanda global por energia primária e 60% das emissões globais de carbono até 2050. O ETO mostra, no entanto, que apesar da dificuldade de mudança dessas tendências, existe a possibilidade de torná-las oportunidades para a conquista de protagonismo global com energias renováveis. A esse respeito, os caminhos para a transição de baixo carbono nessa região incluem – sobretudo – a eletrificação de transportes e o aproveitamento de seu mercado grande e diversificado de energias renováveis. O rápido crescimento de fontes renováveis variáveis, por sua vez, será acompanhado pela adoção de soluções de armazenamento, hidrogênio e pequenos reatores modulares. Segundo projeção, até 2050, cerca de 50% das oportunidades em tecnologias de baixo carbono estarão na Ásia-Pacífico. (Wood Mackenzie – 21.02.2024) 
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Ásia: Assinatura compromissos em combustíveis sustentáveis na aviação

As companhias de aviação do continente asiático vêm avançando na assinatura de compromissos envolvendo Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF). Apesar de sua adoção ainda estar em fase nascente, já é reconhecida a importância dos SAFs para a descarbonização do segmento de aviação, que assinala a meta de neutralidade das emissões para 2050. Os países que já manifestaram diligência rumo à aviação sustentável incluem: China, Índia, Malásia, Singapura, Japão e Filipinas. Já as metas em destaque incluem: a Indian Oil Corporation, que almeja instalar uma planta para a produção de 87.000 toneladas de SAF por ano até 2026, que custará mais de 15 bilhões de rúpias indianas (cerca de R$ 900 milhões); o Grupo Nacional de Combustível de Aviação da China (CNAF, da sigla em inglês), assinou um memorando de entendimento para aumentar a produção e o uso de SAFs; e a Eneos Holdings – do Japão – que planeja estudar a produção de até 3,1 milhões de barris de SAF e diesel renovável por ano em conjunto com a refinaria australiana Ampol. (Reuters – 20.02.2024) 
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EUA: Financiamento de US$ 710 mi para projetos de eletrificação

O Departamento de Energia dos Estados Unidos deu aprovação preliminar a empréstimos para o segmento de veículos elétricos que somam cerca de US$ 710 milhões. O principal beneficiado será a SK Siltron, que receberá US$ 544 milhões para expandir a produção de componentes de potência mecânica e de distribuição de eletricidade nos veículos elétricos. Além do volume de recursos já direcionado, o governo Biden ainda tem US$ 221,8 bilhões disponíveis para o financiamento de projetos de energia limpa. Segundo o diretor do programa de financiamento do Departamento de Energia, Jigar Shah, a entidade recebeu, nos últimos meses, solicitações de empréstimos no volume US$ 80 bilhões de players bastante sofisticados. No total, já foram submetidos US$ 263,1 bilhões em pedidos de financiamento e o departamento já desembolsou US$ 34,43 bilhões para essas iniciativas que aceleram a transição energética. (Reuters – 22.02.2024) 
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China: Pacote fiscal pode reverter tendências de descarbonização

A China, por meio da atividade dos seus grandes sistemas de energia e manufaturas, pode, em 2024, reverter tendências históricas de redução da poluição. Tipicamente, as emissões oriundas da geração termelétrica atingem seu mínimo anual nos meses de março e abril, passado o inverno no hemisfério norte. Entretanto, com o emprego de ferramentas fiscais - como cortes tarifários e empréstimos do governo - para reaquecer o investimento em áreas chave da economia, pode impulsionar o consumo e demandas cruzadas entre os segmentos industriais e, dessa forma, aumentar o uso de energia produzida a partir de fontes fósseis e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa. Sendo responsável por quase 60% do uso global de carvão para a geração de energia, mesmo que a geração termelétrica caia nos demais países, o volume global de emissões pode crescer devido à atividade da China. (Reuters – 14.02.2022) 
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Indonésia: Subsídios no setor de energia ameaçam a transição energética no país

O Plano Compreensivo de Investimento e Políticas (CIPP, da sigla em inglês) da Indonésia, lançado em novembro de 2023, prevê metas para transformações no setor elétrico que exigiriam financiamento mínimo de US$ 97,1 bilhões tanto em energias renováveis quanto em combustíveis fósseis até 2030. Para fazer frente a essa empreitada, os subsídios de energia chegaram a responder por 2% do PIB do país, onerando principalmente a classe média e baixa. Esses subsídios, entretanto, têm apresentado efeitos reversos àqueles alinhados à transição. O volume de subsídios afeta as decisões de planejamento da estatal de energia elétrica Perusahaan Listrik Negara (PLN), de maneira que a construção ou contratação de eletricidade à carvão configuram a alternativa mais barata viável para a ampliação da geração. Essas políticas, então, não incentivam a monopolista a descarbonizar ou articular com desenvolvedores de energias sustentáveis. Diante desse cenário, a Indonésia passa a enfrentar uma tarefa difícil no equilíbrio da transição energética e necessidade de reformas do seu regime de subsídios. (The Diplomat – 16.02.2024)
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Nacional

Brasil: BNDES e Pátria lançam fundo de até R$ 5 bilhões com foco em transição energética

O grupo Pátria Investimentos anunciou recentemente o lançamento de um fundo de investimentos em infraestrutura. O fundo será destinado a projetos de pequeno e médio porte, com ênfase em áreas relacionadas à transição energética, saneamento e mobilidade, visando impactar positivamente o desenvolvimento econômico e social no Brasil. O fundo lançado pelo Pátria Investimentos obteve um aporte inicial de R$ 1 bilhão, proveniente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial. A previsão é que o fundo alcance R$ 5 bilhões por meio da captação adicional de recursos, principalmente de investidores institucionais. Na área de transição energética, o Pátria Investimentos planeja investir em geração distribuída, energia eólica, energia solar, biocombustíveis, pequenas centrais hidrelétricas, transmissão, mobilidade e concessões de iluminação pública. (EPBR – 20.02.2024) 
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Artigo de Guilherme Teixeira e Fred Seifert: "O crédito sem carbono"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Guilherme Teixeira (sócio líder do setor financeiro para o Brasil na ERM) e Fred Seifert (sócio líder do setor financeiro para a América Latina e o Caribe na ERM) tratam da importância do crédito tradicional na transição para uma economia de baixo carbono no Brasil. Eles destacam que, apesar da crescente discussão sobre créditos de carbono, o crédito tradicional não deve ser ofuscado, visto que é fundamental para financiar tecnologias de redução das emissões e adaptação a eventos climáticos. É reforçado, também, o papel do crédito na atração de capital internacional para combater as mudanças climáticas no Brasil. Além disso, os autores argumentam que as condições de crédito podem ser ajustadas para incentivar práticas mais sustentáveis, sem que se faça necessária a criação de novos instrumentos financeiros, como já acontece nos Planos ABC e Safra. Por fim, concluem que é preciso acelerar o uso do crédito tradicional junto a aspectos sustentáveis, de maneira que ele deve ser protagonista. “Novos instrumentos, como créditos de carbono vêm para somar, não para resolver”. (Valor Econômico – 21.02.2024) 
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Brasil: Mapeamento de novas áreas ricas em minerais estratégicos para a transição

O governo federal brasileiro planeja mapear o território nacional em busca de novas áreas ricas em minerais estratégicos para a transição energética, como lítio, cobre, níquel e cobalto. A ação partirá da instrução do Ministério de Minas e Energia (MME) para que o Serviço Geológico do Brasil priorize o mapeamento geológico desses minerais. A cobertura poderá incluir terras indígenas e áreas de proteção ambiental desde que sejam respeitadas as restrições legais. Além disso, o MME pretende revisar a política Pró-Minerais Estratégicos – lançada em 2021 – para reforçar as precauções quanto aos possíveis impactos sociais e ambientais. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vem discutindo a criação de um fundo para o financiamento de projetos nessa área. (Valor Econômico - 16.02.2024) 
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Regulação

Brasil: ANEEL debate transformação energética em conferência do mercado financeiro

A ANEEL debateu temas sobre o protagonismo brasileiro na transição energética em dimensão global, abertura do mercado de energia e alocação mais eficiente de custos no setor elétrico no CEO Conference 2024. O encontro – organizado pelo BTG Pactual - é uma das principais conferências do mercado financeiro com dirigente dos setores público e privado. Em destaque, o Diretor-Geral da reguladora, Sandoval Feitosa, tratou dos desafios da regulação técnica e econômica voltadas para garantir a atratividade do setor e a racionalização dos custos - especialmente para os consumidores. Além disso, ressaltou a diligência do MME na condução de discussões sobre a energia elétrica barata, acessível e capaz de garantir igualdade social e desenvolvimento nacional. “Estamos falando não só de transição energética, que o Brasil já alcançou, mas sim de transformação energética”, estilizou para enfatizar a dimensão dos desafios prospectados. (ANEEL – 07.02.2024) 
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Eficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais

Reino Unido: Eku Energy da Macquarie inicia projetos de armazenamento de baterias

O desenvolvedor global de armazenamento de energia, Eku Energy, deu início à construção de dois sistemas de armazenamento de energia por bateria (BESS) no Reino Unido, com uma capacidade total de 130 MWh. Localizados em Basildon, Essex, e Loudwater, Buckinghamshire, esses BESS incorporarão a tecnologia de bateria da NHOA Energy, uma empresa especializada em sistemas de armazenamento de energia prontos para uso, marcando a entrada da Eku Energy no mercado do Reino Unido. Lançada no final de 2022 pelo Green Investment Group (GIG) da Macquarie Asset Management, a Eku Energy prevê que os projetos BESS estejam operacionais até o final de 2024. Importante notar que a empresa já tem uma bateria de 40 MW/40 MWh em construção em Maldon, Essex. Embora a capacidade individual dos BESS ou a produção para a rede em megawatts não tenha sido divulgada, a empresa agora possui 4,6 GWh em projetos em desenvolvimento, construção e operação no Reino Unido, Austrália, Itália e Japão, com a meta de entregar 9 GWh até 2028. (Energy Storage – 20.02.2024) 
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CEA: Problemas no nível do sistema são responsáveis por quase metade dos defeitos de produção do BESS

Um relatório recente da Clean Energy Associates (CEA) revelou que quase metade dos defeitos identificados nos sistemas de armazenamento de energia de baterias (BESS) foram atribuídos a problemas no nível do sistema, sendo dois deles relacionados ao aumento do risco de incêndios. O relatório, intitulado "BESS Quality Risks," resultou de auditorias de qualidade em mais de 30 GWh de projetos de armazenamento de energia de íons de lítio nos últimos seis anos, identificando mais de 1.300 problemas de fabricação. Cerca de 26% das unidades BESS inspecionadas apresentavam defeitos no Sistema de Supressão de Incêndio, enquanto 18% apresentavam defeitos no Sistema de Gestão Térmica, ambos cruciais para a segurança funcional, já que falhas nesses sistemas podem aumentar o risco de incêndios. Problemas específicos incluíram atuadores de liberação de agentes extintores que não respondiam e sensores de fumaça e temperatura com mau funcionamento. Nos Estados Unidos, Nova Iorque e Califórnia lideram iniciativas para abordar questões de segurança em sistemas de armazenamento de baterias, destacando a importância crescente dessa preocupação. (Energy Storage – 20.02.2024) 
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Alemanha: X-ELIO e NIC da Brookfield investem em empresa de armazenamento de baterias

A X-ELIO, empresa de energia renovável da Brookfield, estabeleceu uma parceria estratégica com a Natural Infrastructure Capital (NIC) para realizar investimentos significativos na Eco Stor, uma empresa alemã especializada em armazenamento de baterias e integração de sistemas. Esse acordo abrange a participação financeira da X-ELIO, NIC e atuais acionistas da Eco Stor, incluindo o braço de capital de risco da norueguesa Energi. Após a conclusão da transação, a X-ELIO, a NIC, a equipe de gestão da Eco Stor e alguns acionistas existentes permanecerão comprometidos com o avanço do pipeline de projetos de armazenamento de bateria da Eco Stor na Alemanha, que atualmente totaliza impressionantes 6 GW. Embora essa operação não denote uma venda integral por parte da A Energy (por meio da Agder Energi Venture), a X-ELIO e a NIC consolidarão seus investimentos na Eco Stor, conforme confirmado pelo CEO da Eco Stor, Trygve Burchardt. Este movimento estratégico ocorre em um cenário marcado pela recente aquisição da Kyon Energy pela TotalEnergies. (Energy Storage – 19.02.2024) 
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Portugal: Siemens instala infraestrutura para carregamento otimizado de VEs

A Siemens Smart Infrastructure forneceu e instalou 200 wallboxes VersiCharge e um sistema inteligente de gestão de carregamento de veículos elétricos (VEs) no edifício Infinity, em Lisboa, Portugal. Essa solução de carregamento de VE permite uma gestão dinâmica e inteligente no local, com dashboards que fornecem informações abrangentes aos gestores do edifício, incluindo dados sobre cada carregador e monitoramento em tempo real do consumo de energia. O sistema também gera relatórios precisos por apartamento com base no consumo mensal, contribuindo para a otimização e desempenho energético do edifício. O projeto foi realizado em colaboração com a Vanguard Properties, proprietária do edifício. (Smart Energy – 19.02.2024) 
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PowerPod propõe uma rede de carregamento de VEs baseada em blockchain

A startup de tecnologia PowerPod está desenvolvendo uma "rede de infraestrutura física descentralizada" (DePIN) baseada em blockchain para estações de carregamento de VEs comunitárias. Para viabilizar essa integração, o PowerPod planeja usar o blockchain do peaq, uma rede blockchain executada pela comunidade, como a base da camada 1. A iniciativa visa abordar a falta de infraestrutura de carregamento de VEs, que, segundo a empresa, tem desestimulado cerca de um terço dos potenciais compradores. A proposta da PowerPod envolve a abertura de milhares de carregadores privados de proprietários de veículos elétricos existentes para outros motoristas, recompensando também os proprietários pela utilização. A empresa também está desenvolvendo hardware, como um adaptador de carregador inteligente, um carregador e um adaptador de viagem para tomadas comuns. Esses dispositivos utilizarão identidades auto-soberanas peaq e se conectarão ao blockchain para armazenamento de dados de sessão de cobrança, manipulação de transações e um esquema de recompensa baseado em tokens para usuários. (Smart Energy – 20.02.2024) 
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Reino Unido: Início da construção do 6º projeto de bateria da TagEnergy

A empresa de energia limpa TagEnergy concluiu o fechamento financeiro para a instalação de Pitkevy, um projeto de 49,9 MW/99,8 MWh em Fife, Escócia, representando seu sexto sistema de armazenamento de energia de bateria (BESS) no Reino Unido. O financiamento, inicialmente garantido para o projeto Lakeside BESS em outubro de 2023, incluiu uma instalação de acordeão não comprometida, permitindo à TagEnergy incorporar Pitkevy na estrutura de financiamento. Este projeto marca o primeiro contrato dividido da TagEnergy, com a Tesla fornecendo um sistema de bateria Megapack 2XL e a RES gerenciando ativos. O CEO da TagEnergy, Franck Woitiez, destacou o orgulho da empresa em garantir este financiamento inovador para dar vida a mais uma instalação e contribuir para a estabilidade da rede e a transição energética para emissões líquidas zero. O projeto foi financiado por meio de um pacote de empréstimos verdes sem recurso, totalizando até 70 milhões de libras (88,2 milhões de dólares), fornecido pelos credores Santander UK, Rabobank e Triple Point. (Smart Energy – 23.02.2024) 
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Brasil: Hyundai vai investir US$ 1,1 bi em tecnologias de carros híbridos, elétricos e a hidrogênio

A Hyundai, montadora sul-coreana, anunciou planos de investir US$ 1,1 bilhão no Brasil até 2032. O investimento visa o desenvolvimento de tecnologias para carros híbridos, elétricos e movidos a hidrogênio verde. O anúncio foi feito pelo presidente-executivo global do grupo, Eui-Sun Chung, em uma reunião com o presidente Lula (PT) e os ministros Geraldo Alckmin (PSB) e Rui Costa (PT) em 22/2. O anúncio da Hyundai segue o lançamento do programa de Mobilidade Verde (Mover) do governo federal, que oferece cerca de R$ 19 bilhões em incentivos fiscais para empresas investirem em eficiência e descarbonização veicular. Outras montadoras, como Volkswagen, BYD e GM, também divulgaram planos de investimento no Brasil. A BYD anunciou R$ 3 bilhões, a GM mais R$ 7 bilhões, e a Volkswagen adicionou outros R$ 16 bilhões até o momento. (EpBr – 22.02.2024) 
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Europa: Airbus e TotalEnergies firmam acordo para fornecimento de SAF

A Airbus e a TotalEnergies anunciaram uma parceria estratégica em 21/2 para impulsionar o mercado de Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF, na sigla em inglês). A TotalEnergies fornecerá SAF à Airbus, cobrindo mais da metade de suas necessidades na Europa. Além disso, as empresas colaborarão em pesquisa e inovação para desenvolver combustíveis 100% sustentáveis, adaptados ao design de aeronaves atuais e futuras. O impacto na redução de emissões de CO2 e rastros de condensação dos SAFs também será estudado. A TotalEnergies já fornece SAFs para as entregas da Airbus em Toulouse, França, desde 2016, com a capacidade de reduzir até 90% das emissões de CO2 ao longo do ciclo de vida em comparação com o querosene fóssil. A TotalEnergies visa produzir 1,5 milhão de toneladas de SAF por ano até 2030. Estimativas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) indicam que a produção de Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF) deverá triplicar, passando de 600 milhões de litros em 2023 para 1,8 bilhão de litros em 2024. (EpBr – 21.02.2024) 
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Grã-Bretanha: Balance Power planeja projeto de bateria para estabilização da rede

A desenvolvedora britânica de energia, Balance Power, recebeu a aprovação para um projeto de armazenamento de bateria de 40 MW em Cheshire, que exportará energia renovável armazenada para a rede durante períodos de alta demanda. Localizado em Cheadle, o projeto visa equilibrar a intermitência na rede do Reino Unido, fornecendo estabilidade a cerca de 90.000 residências. A instalação de armazenamento está prevista para operar em 2028, com a construção programada para começar em 2026. Após um ciclo de vida de 40 anos, o projeto será desativado, e o local será devolvido ao seu uso anterior e condição. O projeto contribuirá para as metas de neutralidade de carbono de Staffordshire Moorlands até 2030 e promoverá infraestruturas de energia limpa na região, desempenhando um papel crucial na transição do Reino Unido para emissões líquidas zero. Dan Levy, líder de planejamento da Balance Power, destaca a importância do armazenamento de bateria para diversificar a rede energética e reduzir a dependência de tecnologias de combustíveis fósseis. O projeto de armazenamento de bateria Cheadle, ao permitir mais energia renovável na rede, evitará aproximadamente 5.500 toneladas de CO2 por ano, equivalente a retirar 2.000 carros das estradas. (Smart Energy – 20.02.2024) 
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Canadá: Ontário pretende permitir carregamento uniforme de VEs

O governo de Ontário, Canadá, está implementando um processo simplificado para a instalação de estações públicas de carregamento de veículos elétricos, a partir de 27 de maio. Isso visa facilitar a construção e a conexão dessas estações, além de simplificar um processo de avaliação ambiental que antes levava 50 anos, começando em 22 de fevereiro. Atualmente, cada uma das 58 concessionárias locais de eletricidade de Ontário possui procedimentos diferentes para conectar novas estações de carregamento de VE, com prazos e requisitos distintos. Com mais de 150.000 veículos elétricos registrados em Ontário até dezembro de 2023, a iniciativa visa facilitar a integração eficiente de veículos elétricos no sistema elétrico provincial. O novo procedimento inclui a padronização de formulários, prazos e requisitos de informação para simplificar a implantação de carregadores em toda a província. (Smart Energy – 21.02.2024) 
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Hidrogênio e Combustíveis Sustentáveis

Brasil: Atlas Agro avança em projeto de fertilizante de hidrogênio verde

A Atlas Agro divulgou a contratação de dois consórcios de engenharia e construção em 19/2 para o desenvolvimento do projeto da primeira fábrica de fertilizantes nitrogenados no Brasil, utilizando hidrogênio verde. A Atlas Agro planeja construir a planta da primeira fábrica de fertilizantes nitrogenados a partir de hidrogênio verde em Uberaba, Minas Gerais, com investimento total de aproximadamente R$ 4,3 bilhões (US$ 850 milhões). A expectativa é que a fábrica esteja operacional em 2028, produzindo 500 mil toneladas por ano de fertilizantes nitrogenados. Após a fase de desenvolvimento, a empresa planeja avançar para a etapa de FEED (Front-End Engineering Design), na qual o projeto da planta será detalhado. Quando concluída, a planta deverá consumir 2,5 GWh de energia renovável anualmente. O projeto da Atlas Agro visa atender ao mercado doméstico, uma vez que o Brasil atualmente importa mais de 90% de seus fertilizantes nitrogenados. A empresa estima que em um raio de até 500 quilômetros da planta de Uberaba, existe uma demanda de mais de 2 milhões de toneladas de fertilizantes nitrogenados. (EpBr – 20.02.2024) 
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EUA: Reservas de hidrogênio natural poderiam atender demanda global por séculos, aponta agência

Um relatório ainda não publicado pela agência de geologia dos Estados Unidos, a US Geological Survey (USGS), sugere que existem cerca de 5 trilhões de toneladas de hidrogênio natural em reservatórios subterrâneos ao redor do mundo. Mesmo uma pequena porcentagem desse montante seria suficiente para atender a todas as necessidades globais de energia por centenas de anos. Embora a maior parte desse hidrogênio seja provavelmente inacessível devido à profundidade, localização distante da costa ou acumulações consideradas pequenas, a recuperação de alguns por cento poderia suprir toda a demanda projetada de 500 milhões de toneladas por ano por centenas de anos. Há previsões de uma possível "corrida do ouro" pelo hidrogênio natural, também conhecido como hidrogênio branco, por ser uma rota mais limpa e mais barata em comparação com a produção tradicional de hidrogênio. No início deste mês, o Departamento de Energia dos EUA (DoE) anunciou US$ 20 milhões em subsídios para 16 projetos em oito estados norte-americanos, visando acelerar a exploração de hidrogênio natural. (EpBr – 20.02.2024) 
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Alemanha: Investidas na rota do hidrogênio comandados pela SEFE

A companhia de gás natural Securing Energy for Europe (SEFE) – controlada pela reguladora alemã desde 2022 – manifestou interesse em perseguir a rota do hidrogênio. Como parte de um plano estratégico, a Alemanha vem apostando no hidrogênio enquanto fonte de energia com potencial para a descarbonização e redução da dependência de combustíveis fósseis em indústrias que não podem ser eletrificadas. A SEPE, assim, está explorando converter alguns de seus armazéns subterrâneos e gasodutos para o serviço do hidrogênio. Segundo o CEO da companhia, Egbert Laege, essa empreitada deve mobilizar investimentos de € 500 milhões. Nessa coordenação, a SEPE já planeja a construção do gasoduto Flow, de 1.200 km e 20 GW, que deverá ser financiado a partir de 2025 até 2028, quando a Alemanha deve abandonar o controle da companhia. (Reuters – 21.02.2024) 
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Alemanha: Reserva de até US$ 3,8 bi para importações de hidrogênio verde no futuro

A Alemanha vai reservar recursos públicos de até US$ 3,8 bilhões para o financiamento do hidrogênio verde e seus derivados entre 2027 e 2036. Os recursos virão do Fundo de Clima e Transformação do governo alemão, que aposta no combustível como um vetor para a descarbonização da economia. Segundo o ministro da economia, o objetivo do financiamento é aproximar a oferta e a demanda pelo combustível, tanto no mérito da compensação das diferenças dos preços quanto pelo equilíbrio quantitativo. A projeção, segundo a estratégia do governo para o hidrogênio, é que, mirando na neutralidade em carbono para 2045, a Alemanha precisará importar até 70% de sua demanda por hidrogênio. O prospecto para uma produção global elevada para dar conta disso, entretanto, é otimista. No entanto, primeiro será preciso amadurecer a tecnologia e reduzir os custos, o que não deve acontecer antes de 2030, explicou o desenvolvedor de projetos de hidrogênio David Wenger. (Reuters – 20.02.2024) 
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Recursos Energéticos Distribuídos e Digitalização

Escócia: Implementação do primeiro robô autônomo para inspeção de subestações

A estação de comutação de corrente contínua de alta tensão (HVDC) Blackhillock da SSEN Transmission, em Keith, na Escócia, verá a implantação de um novo robô autônomo, o EXTRM MK4.1. Desenvolvido pela Ross Robotics, o robô será usado para monitorar e inspecionar componentes elétricos em estações conversoras de eletricidade de alta tensão, identificando falhas ou necessidades futuras de manutenção. A tecnologia foi testada com sucesso na Noss Head Switching Station da SSEN Transmission em Wick em 2023, e a implementação em Blackhillock representa a primeira vez que tal tecnologia é usada na rede de transmissão de eletricidade na Escócia. As estações conversoras HVDC operam em níveis extremamente altos de tensão elétrica, tornando difícil o acesso para pessoal de serviço durante a operação. O robô autônomo EXTRM MK4.1 da Ross Robotics foi projetado para suportar sistemas elétricos de alta tensão extrema, equipado com câmeras e sensores avançados, incluindo imagens visuais de última geração, imagens térmicas e imagens acústicas. Esses recursos permitem a detecção de anormalidades, facilitando a coleta de dados valiosos. (Smart Energy – 22.02.2024) 
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EUA: Nova York testa técnica de detecção digital para monitoramento de transformadores

A Autoridade de Energia de Nova York (NYPA) e a Escola de Engenharia da Universidade Tandon (NYU Tandon) lideram um estudo para validar uma técnica de detecção para monitorar transformadores de potência. O estudo, intitulado "Detecção Online de Deformações de Enrolamento em Grandes Transformadores de Potência", visa validar um protótipo de detector que monitora digital e continuamente a tensão e a corrente do transformador. A técnica, previamente eficaz em ambiente acadêmico, foi validada por simulações computacionais e testes de bancada em pequenos transformadores. O próximo passo é testar a técnica no Laboratório Avançado de Inovações de Rede para Energia (AGILe) da Power Authority. O sucesso do projeto pode levar a fases subsequentes de demonstração e comercialização no campo. O AGILe simula partes da rede de transmissão do estado de Nova York e testa o impacto de diversas tecnologias e sistemas, incluindo REDs, VEs, armazenamento de energia, segurança cibernética, sensores e automação. No estudo em questão, serão construídos modelos 3D para grandes transformadores de potência, simulando deformações nos discos de enrolamento. A proposta do detector é monitorar continuamente online a tensão e corrente do transformador, calculando precisamente a impedância de fuga com base nessas medições. (Smart Energy – 23.02.2024) 
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Impactos Socioeconômicos

Artigo de Roberta Andreoli: "ESG: uma aeronave que já decolou, mas precisa voar mais alto"

Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Roberta Andreoli (presidente da Comissão Especial de Direito Aeronáutico da OAB-SP) trata da agenda ESG na aviação, destacando o compromisso do setor com a sustentabilidade. Ela explica que o segmento da aviação vem avançando, principalmente, em quatros vetores definidos como essenciais para a agenda da transição. São eles: tecnologia, biocombustíveis, mecanismos de captura e compensação de CO2 e melhorias operacionais. A esse respeito, a indústria busca frotas e sistemas disruptivos, como aeronaves à propulsão elétrica, híbrida e a hidrogênio, e percebe a incorporação de Combustíveis de Aviação Sustentável (SAF) como um importante condutor da descarbonização. Já na matéria social, são necessárias a superação de barreiras culturais, o aumento da diversidade nas ocupações e a melhoria da acessibilidade. Além disso, no pilar da governança os temas elencados envolvem: aumento de transparência nas operações, coordenação eficiente entre os agentes e melhorias de segurança. Em conclusão, a autora enfatiza que, embora os desafios sejam grandes, o setor da aviação demonstra-se proativo na implementação de novas soluções. (Valor Econômico – 19.02.2024) 
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JRC: Novo relatório aborda efeitos da transição energética sobre as mulheres

O Centro Conjunto de Pesquisa (JRC, da sigla em inglês) da Comissão Europeia, em parceria com o centro de diversidade 75inQ, publicou um relatório que aborda a necessidade de reduzir desigualdades de gênero na transição energética. A publicação chama atenção para o reconhecimento das conexões complexas existentes entre gênero, pobreza energética e uma transição mais ampla, e a urgência de dar um tratamento a esses temas. O relatório enfatiza a importância de políticas de inclusão para o fortalecimento da participação, representatividade e engajamento das mulheres e outros grupos minoritários na indústria de energia, não apenas como consumidores, mas como tomadores de decisão e agentes de inovação. Além disso, em decorrência das disparidades de renda, destaca que mulheres são frequentemente mais expostas à pobreza energética. O estudo sinaliza, por fim, que reconhecer e corrigir as disparidades de gênero ao passo que muda o ecossistema energético garante não apenas uma transição justa, mas firma um projeto de sociedade mais resiliente, inclusivo e empoderado. (Comissão Europeia – 22.02.2024) 
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Eventos

EUA: Cúpula do Hidrogênio Verde na América do Norte

O hidrogênio verde encontra-se atualmente no centro de uma dinâmica política e comercial sem precedentes, com um aumento significativo no número de políticas e projetos nos últimos 12 meses. O lançamento do programa Centros Regionais de Hidrogênio Limpo, que destina até 7 bilhões de dólares para estabelecer centros em toda a América, reflete essa expansão. No entanto, desafios substanciais persistem, como a produção em larga escala de hidrogênio verde a preços competitivos em comparação com as variantes cinza ou azul. Além disso, é crucial identificar os potenciais usuários desse hidrogênio verde. Para abordar essas questões e fornecer insights abrangentes, a Cúpula do Hidrogênio Verde na América do Norte está programada para acontecer em Seattle. Este evento proeminente visa inspirar e educar delegados sobre como aproveitar as oportunidades financeiras e ambientais do hidrogênio verde, além de estabelecer conexões essenciais para viabilizar projetos. Seattle, com o North West Hydrogen Hub progredindo, emerge como um local estratégico para impulsionar a economia do hidrogênio. O público diversificado inclui potenciais usuários industriais de hidrogênio, fornecedores de energia, desenvolvedores de projetos, credores, investidores, empresas de serviços públicos e representantes do governo. O evento transcende o enfoque exclusivo no hidrogênio, explorando o papel de derivados e aplicações P2X, como biocombustíveis, combustíveis eletrônicos e amônia verde, todos desempenhando um papel crucial na transição para a descarbonização. (Energy Storage – fevereiro de 2024) 
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Brasil: Seminário busca reforçar colaboração entre o G20 rumo à descarbonização

O Rio de Janeiro será palco do seminário internacional “Os Países do G20 e a Diplomacia dos Biocombustíveis”, que acontece no dia 23 de fevereiro de 2024. O evento é realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com o Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia (CGEP), o Columbia Global Centers – Rio e o Climate Hub Rio. Os temas a serem tratados incluem o papel dos países do G20 na expansão do mercado global de biocombustíveis e na promoção de inovações no setor. Quanto ao objetivo, o evento visa definir uma trajetória consistente com o compromisso da neutralidade das emissões de carbono para 2050 a partir da colaboração entre os países do G20 para triplicar a produção global de combustíveis renováveis. Para tanto, é necessária a criação de mercados internacionais que garantam a regularidade no suprimento de biocombustíveis, conferindo segurança aos produtores e consumidores. (Petronotícias – 22.02.2024) 
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