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IFE Transição Energética 37
Dinâmica Internacional
IEA: Queda da demanda por combustíveis fósseis deve ser antecipada para limitar aquecimento global
Em novo relatório publicado, a IEA aponta que a demanda por combustíveis fósseis precisa cair 25% até o fim de 2030, se os governos quiserem limitar o crescimento do aquecimento global a 1,5°C em comparação à era pré-industrial. Segundo o documento, as economias avançadas, como Estados Unidos e União Europeia, deverão antecipar em cinco anos - de 2050 a 2045 - a meta de neutralidade de carbono, e a China, em 10 anos, a 2050, para que consigam cumprir o Acordo de Paris de 2015. "O setor de energia evolui mais rápido do que muitos pensam, mas ainda há muito por fazer e o tempo está acabando", disse a IEA. (Valor Econômico - 26.09.2023)
Link ExternoIEA: Pico da demanda chinesa por petróleo será em 2030
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) prevê que a demanda chinesa por petróleo se estabilizará por volta de 2027 e atingirá seu teto em 2030, como parte da tendência geral de afastamento em relação a todos os combustíveis fósseis. Ciarán Healy, analista de mercado de petróleo da IEA, afirma que o “mercado chinês é um microcosmo do mundo: "o que ocorre lá é um reflexo das mudanças no mercado mundial de petróleo". No cerne da diminuição do apetite chinês por petróleo está a rápida adoção dos VEs no país, segmento liderado pelas próprias montadoras locais. Os VEs representaram 37% de todas as vendas de carros novos na China em agosto, segundo dados do HSBC Global Research. Neste cenário, calcula-se que que o país cumprirá suas metas climáticas, mas a tensão entre a transição verde e a segurança energética continua sendo um desafio. “A segurança energética tornou-se uma prioridade para o país desde o ano passado, por questões geopolíticas”, disse Evan Li, chefe de análises de transição energética na região Ásia-Pacífico do HSBC. (Valor Econômico - 28.09.2023)
Link ExternoDeloitte/AYA Earth Partners: Pesquisa revela restrições ao acesso a mecanismos de financiamento sustentável
Sete em cada dez líderes empresariais dizem não ter acesso a mecanismos de financiamento sustentável, como os chamados títulos de dívida verde (green bonds e sustainability-linked bonds) e 10% nem sequer sabem onde encontrá-lo. É o que revela uma pesquisa feita pela consultoria e auditoria Deloitte em parceria com a AYA Earth Partners. Para representantes das instituições desenvolvedoras do estudo, esses dados ajudam a compor um quadro bem mais complexo e desafiador. De um lado, falta compreensão de líderes empresariais sobre questão climática nos negócios e ainda há pouca clareza sobre o impacto das empresas no processo de descarbonização e o papel da organização e dos gestores nessa frente. Por outro lado, o setor financeiro e os gestores de recursos não estão visualizando com clareza as oportunidades que o Brasil tem pela frente em uma economia verde, como as soluções baseadas na natureza e o que uma matriz elétrica 92% de fontes renováveis permite em termos de produtos industriais menos poluentes e produção de hidrogênio verde e derivados. (Valor Econômico - 26.09.2023)
Link ExternoEUA: Energia nuclear volta a receber destaque
A energia nuclear voltou a ser discutida nos Estados Unidos e encontra apoiadores que vão desde integrantes da administração de Joe Biden até membros das indústrias de petróleo e gás. Os defensores da divisão de átomos para produzir eletricidade como forma de combater as mudanças climáticas incluem Oliver Stone, que acaba de lançar um documentário sobre energia atômica; Elon Musk, que frequentemente se autodenomina um entusiasta; e Sam Altman, chefe da startup de inteligência artificial OpenAI, que planeja abrir o capital de uma startup de energia nuclear. Há décadas, o setor da energia nuclear dos Estados Unidos enfrenta desafios que têm a ver com relações públicas, custos elevados, longos prazos de construção, encerramentos de centrais e preocupações com catástrofes e resíduos radioativos. (Broadcast Energia - 23.09.2023)
Link ExternoJapão/Malásia: Países discutem o armazenamento de CO2
O Japão manterá conversações com a Malásia sobre o armazenamento de dióxido de carbono de indústrias e de usinas de energia japonesas no país do Sudeste Asiático. No âmbito dos projetos propostos, o dióxido de carbono emitido no Japão seria liquefeito e transportado por navio para armazenamento em locais na Malásia, incluindo campos offshore de gás natural. Combustíveis com baixo impacto ambiental, como hidrogênio ou amônia, seriam usados para alimentar as embarcações. Se for bem-sucedida, a iniciativa conjunta registrará o primeiro carregamento internacional de dióxido de carbono na Ásia. Tóquio espera que o empreendimento possa servir de modelo para estabelecer regras sobre o transporte de dióxido de carbono na região. (Valor Econômico - 25.09.2023)
Link ExternoGana: Lançamento do Plano de Transição Energética
O governo de Gana apresentou recentemente seu novo Plano de Transição Energética e Investimento, com o objetivo de atingir emissões líquidas zero de carbono até 2060. O plano propõe várias mudanças setoriais e tecnologias, com foco em quatro principais tecnologias de descarbonização: energias renováveis, hidrogênio com baixo teor de carbono, veículos elétricos a bateria e aquecimento, que cobririam mais de 90% da redução pretendida até 2060. A implementação deste plano permitiria ao Gana reduzir as emissões de carbono relacionadas com o setor energético para zero, demonstrando que a ação contra as mudanças climáticas não precisa prejudicar o desenvolvimento econômico. O Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, enfatizou o compromisso do país em promover indústrias verdes e tecnologias de baixo carbono, impulsionando uma revolução industrial sustentável e igualdade de oportunidades de crescimento. (Renews.Biz – 22.09.2023)
Link ExternoNacional
MMA/Ana Toni: Governo projeta ter planos setoriais com metas de descarbonização até fim de 2024
O governo federal prevê ter prontos os oito planos setoriais com metas de descarbonização até o fim de 2024, disse ao Broadcast a secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Toni. "Queremos ter os planos prontos antes da COP30 [conferência da ONU sobre a mudança climática programada para ocorrer em Belém em 2025]." Os planos setoriais são importantes para a concretização do mercado regulado de créditos de carbono, que também está em discussão no governo federal. Eles integram a Política Nacional sobre Mudança pelo Clima, criada em 2009. Desde 2010, quando a regulamentação da política foi iniciada, há a previsão da elaboração dos planos setoriais. "Existem alguns em andamento, como por exemplo o Plano ABC [da agricultura de baixo carbono] e outros que precisam ser revisados", afirmou Toni. (Broadcast Energia - 22.09.2023)
Link ExternoONS: Estimativas para a matriz energética brasileira
Até 2027, a estimativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sugere que as fontes eólica e solar fotovoltaica representarão cerca de 37,1% da geração do Sistema Interligado Nacional (SIN), incluindo micro e minigeração distribuída. Em setembro, a contribuição dessas fontes atingiu 28,4%, marcando um crescimento notável desde o início da década. Esse avanço não apenas fortalece a segurança do sistema elétrico, mas também contribui significativamente para a descarbonização da matriz energética do Brasil. Até julho deste ano, 90% da energia gerada no país provinha de fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica e solar, indicando uma transição bem-sucedida para um modelo de baixas emissões. As perspectivas para o setor são promissoras, com expectativa de crescimento contínuo na capacidade instalada de geração solar e eólica nos próximos anos. (Valor Econômico – 29.09.2023)
Link ExternoEspecialistas apontam que combate ao desmatamento ilegal deve ser prioridade na redução das emissões até 2030
Com a posição privilegiada de sua matriz energética - cujas fontes renováveis atendem à quase metade (48,4%) do consumo, enquanto no resto do mundo a média é de 15% -, o foco do Brasil em busca das metas de emissões até o fim da década deve ser no combate ao desmatamento ilegal. Conforme especialistas ouvidos pelo Broadcast, se o País conseguir zerar o desmatamento ilegal, será o suficiente para cumprir com o compromisso, atualizado durante a participação brasileira na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, de cortar em mais da metade (53%) as emissões de gases de efeito estufa até 2030. Ciente de que o resto do mundo acompanha com atenção a política ambiental brasileira, um dos pontos baixos do governo anterior na arena internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ênfase no discurso feito na terça-feira na ONU à redução de 48% do desmatamento na Amazônia desde o início do mandato. (Broadcast Energia - 22.09.2023)
Link ExternoBNDES: Financiamento para usina de biometano no RS
O BNDES irá financiar a construção de uma usina de biometano no Rio Grande do Sul com recursos do Fundo Clima. A usina terá a capacidade de processar resíduos orgânicos para produzir biometano, uma fonte de energia renovável. Essa iniciativa está alinhada com os esforços para promover fontes de energia limpa e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para a transição para uma matriz energética mais sustentável. A usina será um importante passo na direção de soluções inovadoras e sustentáveis para o setor energético no Brasil. (Valor Econômico – 02.10.2023)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Brasil: Investimentos do Projeto de Lei do Combustível do Futuro
O Projeto de Lei do Combustível do Futuro, recentemente apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, está próximo de se tornar realidade no Brasil. O plano visa descarbonizar o setor de transportes, promover a eficiência energética dos veículos e impulsionar a industrialização com base em tecnologias limpas. O projeto prevê um investimento de R$ 14 bilhões em infraestrutura de recarga para veículos elétricos até 2035 e tem o potencial de gerar mais de 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos no mesmo período. A frota de carros elétricos no país deve ultrapassar 1 milhão de unidades até 2030, impulsionando setores como a mineração, essencial para a produção de baterias de alta densidade. Além disso, a transição energética resultará em uma redução significativa no consumo de energia e de gasolina. (InsideEvs – 29.09.2023)
Link ExternoChina: Aumento da quota de produção de metais visando a indústria de VEs
A China aumentou a sua quota de produção de metais de terras raras para 2023 em 14% em relação ao ano passado, para 240 mil toneladas, à medida que o país se esforça para apoiar a sua crescente indústria de VEs. O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China e o Ministério dos Recursos Naturais anunciaram conjuntamente o ajuste na produção para o segundo semestre do ano. Este é o quinto ano consecutivo em que o país aumenta a produção de terras raras. A China produziu 7 milhões de veículos de nova energia em 2022, a maior quantidade do mundo. O objetivo é elevar ainda mais as vendas internas e as exportações, aumentando a necessidade de um fornecimento estável de terras raras. (Valor Econômico - 26.09.2023)
Link ExternoMontadoras chinesas planejam produção de VEs na Europa
Vários fabricantes de automóveis chineses estão prestes a anunciar planos para produzir na Europa. Eles enfatizam a criação de empregos, na esperança de tranquilizar as autoridades cada vez mais preocupadas com o influxo de veículos elétricos chineses baratos no mercado. Um executivo da estatal Saic Motor disse este mês que a empresa iniciou o processo de escolha de um local para uma fábrica de montagem europeia. A Great Wall Motor disse a uma agência alemã que está considerando a Alemanha, a Hungria e a República Tcheca como candidatos para abrigar uma nova fábrica, enquanto a Chery Automobile está supostamente em negociações com autoridades do Reino Unido sobre uma fábrica no local. Grande parte desta atividade ocorreu durante o mesmo mês em que a União Europeia abriu uma investigação antissubsídios sobre as importações de veículos elétricos da China. A UE está cada vez mais preocupada com o risco de o apoio estatal chinês distorcer o mercado em detrimento dos fabricantes de automóveis europeus, colocando em risco empregos numa indústria economicamente crucial. (Valor Econômico - 26.09.2023)
Link ExternoMontadoras europeias solicitam alterações nas regras para venda de VEs no Reino Unido
Representantes das montadoras instaladas na Europa pedem mudanças acerca das regras para vendas de veículos elétricos na região. A Acea, entidade porta-voz das fabricantes do continente, pediu alterações a respeito da exigência de conteúdo local em VEs produzidos na União Europeia que são vendidos no Reino Unido. Segundo regulamento que rege o comércio entre os dois mercados, veículos elétricos vendidos no Reino Unido precisam conter 45% de partes e peças produzidos na União Europeia, e cerca de 60% de componentes ligados às baterias também produzidos no bloco. Do contrário, os veículos ingressam no mercado britânico sobretaxados em 10% no imposto de importação. “Aumentar os preços ao consumidor dos veículos elétricos europeus, no preciso momento em que precisamos lutar por fatia de mercado face à feroz concorrência internacional, não é a atitude certa”, disse Luca de Meo, presidente da Acea e também CEO da Renault. (Automotive Business – 26.09.2023)
Link ExternoReino Unido: Pesquisa analisa flexibilidade do carregamento em estacionamentos de longa permanência
Carregar baterias de veículos elétricos em estacionamentos de longa permanência, como aeroportos, quando a energia é mais barata e a demanda é baixa, pode fornecer flexibilidade suficiente para abastecer mais de 1,3 milhão de residências no Reino Unido, de acordo com um estudo da UK Power Networks. A pesquisa, chamada "Park and Flex", analisou o potencial de carregamento durante períodos de energia abundante e injeção na rede durante picos de demanda. A iniciativa poderia contribuir significativamente para a transição para uma economia de baixo carbono em Londres e no Sudeste de Inglaterra, oferecendo soluções mais vantajosas em aeroportos em comparação com estacionamentos de curta duração. A implementação desse conceito em 140.000 espaços de estacionamento de longa permanência poderia resultar em economias de energia de até £1,3 bilhões até 2050. (Valor – 02.10.2023)
Link ExternoPorto de Rotterdam/Yokogawa Electric: Parceria visa aprimorar a eficiência energética do porto
O Porto de Rotterdam, o maior da Europa, está colaborando com a Yokogawa Electric Corporation para explorar como uma maior integração industrial pode aprimorar a eficiência energética e de recursos. Mais de 200 empresas operam no porto, e embora muitas já tenham otimizado suas operações, questões de confidencialidade impedem uma colaboração mais ampla para melhorar a eficiência. A parceria visa facilitar o compartilhamento seguro de dados e uma integração mais profunda entre as empresas no porto, visando ganhos significativos de eficiência. A iniciativa poderia resultar em melhorias de até 5% nas eficiências e, a longo prazo, economias de até 10%. (Smart Energy – 27.09.2023)
Link ExternoEUA: Financiamento para incentivar eficiência energética em construções
O Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês) destinou US$ 400 milhões para auxiliar estados e territórios na adoção de códigos de construção com eficiência energética. Essa medida visa economizar até US$ 178 bilhões para os consumidores ao longo de 30 anos. Os estados podem reservar fundos ao comprometer-se a adotar os códigos de energia mais recentes ou códigos net zero, promovendo edifícios mais limpos e eficientes. A iniciativa faz parte da Lei de Redução da Inflação, que alocou um total de US$ 1 bilhão para apoiar a implementação de novos códigos de construção. Esta ação visa impulsionar a eficiência energética, reduzir custos para os consumidores e promover a adoção de padrões de construção mais inovadores. (UtilityDive - 19.09.2023)
Link ExternoIEA: Relatório destaca que eletrificação e eficiência energética são fundamentais para descarbonização da ASEAN
Para alcançar um futuro com emissões líquidas zero na região da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), é crucial intensificar melhorias na eficiência energética, eletrificar usos finais e expandir a produção de energia renovável. A crescente demanda de energia devido ao aumento populacional e melhoria nos padrões de vida requer uma transição para fontes de energia mais limpas, evitando a dependência contínua de combustíveis fósseis. Neste contexto, edifícios eficientes e interativos na rede desempenham um papel essencial. Ao combinar eficiência energética, tecnologias digitais avançadas e produção de eletricidade descarbonizada, esses edifícios têm o potencial de se tornarem produtores de baixo carbono, contribuindo para a flexibilidade das redes elétricas. O relatório apresenta um quadro analítico para avaliar os fatores que permitem a interatividade eficiente dos edifícios com a rede, oferecendo recomendações e diretrizes políticas para apoiar a transição para um ambiente construído energeticamente eficiente e interativo com a rede na região da ASEAN. (IEA – Outubro de 2023)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
IRENA: Eletrificação inteligente é a chave para a economia do H2V
A criação de um mercado global de hidrogênio depende da "eletrificação indireta inteligente", que considera a capacidade renovável, os eletrolisadores conectados à rede e a gestão da demanda. A IRENA destaca que a operação eficiente dos eletrolisadores pode oferecer benefícios ao sistema energético, como a redução de cargas de pico e congestionamentos na rede. Além disso, identificar locais com alta disponibilidade de recursos renováveis é crucial para o funcionamento rentável dos eletrolisadores e da infraestrutura de transporte de hidrogênio. Segundo o Cenário de 1,5 ° C da IRENA, a eletrificação poderia atender a 27% das necessidades energéticas industriais, enquanto o hidrogênio (eletrificação indireta) a 22%. O hidrogênio verde deve substituir cerca de 100 Mt de hidrogênio produzido a partir de combustíveis fósseis. A capacidade de eletrolisadores deverá atingir mais de 5.500 GW até 2050, demandando 25.000 TWh de eletricidade, equivalente ao consumo global atual. A IRENA destaca o papel crucial do hidrogênio verde na descarbonização e prevê que ele forneça um quinto da energia necessária para a indústria até 2050. (H2 View – 20.09.2023)
Link ExternoKearney: Projeção de receita com exportação de combustível sintético para o mercado brasileiro
Em 2035, pouco mais de 20% da frota mundial de carros de passageiros será de veículos elétricos, enquanto cerca de 75% serão de automóveis de passeio movidos a combustíveis fósseis e 3%, híbridos. As projeções, da consultoria Kearney, indicam um mercado potencial para combustíveis sintéticos - produzidos a partir de água e CO2 - que pode gerar receita de € 12 bilhões para o Brasil dentro de 12 anos. Nesse contexto, o Brasil estaria bem posicionado para fabricar gasolina, diesel e até querosene sintéticos devido ao preço competitivo de sua energia e à participação expressiva de fontes renováveis na matriz. O Brasil tem potencial para fabricar dez bilhões de litros de combustível sintético em 2035. A estimativa se baseia na premissa de que o país registrará naquele ano superávit de 176 TWh, na esteira do avanço da energia renovável. Pelos cálculos da Kearney, a essa altura, a matriz energética brasileira será composta por 95,9% de fontes renováveis. (Valor Econômico - 27.09.2023)
Link ExternoFIEC/FIESP/Absolar/Abeeólica: Nova iniciativa visa estimular produção e uso do H2V no Brasil
A Federação da Indústria do Estado do Ceará (Fiec) e a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) firmaram um acordo de cooperação com geradores renováveis para discutir políticas públicas que estimulem a produção e uso do hidrogênio verde no Brasil. Participam dessa iniciativa a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica). O acordo visa identificar o custo de produção do hidrogênio renovável, as regiões mais adequadas para a implementação de hubs e a identificação de potenciais na indústria local para a produção de equipamentos utilizados na produção de hidrogênio verde. O objetivo é impulsionar a produção e uso do combustível nos estados do Ceará e São Paulo, além de promover a indústria nacional no setor. Este acordo busca a colaboração entre a indústria e as associações para entender melhor as possibilidades de demanda pelo hidrogênio renovável e impulsionar o desenvolvimento do setor no Brasil. (EPBR – 27.09.2023)
Link ExternoABH2/Marina Domingues: Políticas para o hidrogênio devem focar na demanda
Marina Domingues, diretora de mercado e regulação da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), argumenta que as políticas públicas para o hidrogênio no Brasil devem focar na demanda, visando a reindustrialização do país. Ela destaca que o Brasil já possui uma matriz energética limpa e energia renovável acessível em comparação com outros países, o que permitiria que os subsídios e incentivos fossem direcionados mais para o consumo do que para a produção de hidrogênio. Marina Domingues enfatiza a importância de incentivar setores como química, automotivo e produção de aço para criar uma cadeia de valor instalada e destaca a necessidade de uma visão agnóstica em relação às rotas de produção de hidrogênio para garantir a segurança de suprimento ao consumidor final. Ela ressalta que o foco dos incentivos deve ser sempre o hidrogênio de baixo carbono, independente da fonte. (EPBR – 27.09.2023)
Link ExternoConsórcio Nordeste/Banco Mundial: Parceria com foco na cadeia de hidrogênio de baixa emissão
O Consórcio Nordeste e o Banco Mundial assinaram um acordo para elaboração de um plano de transição energética, com foco na cadeia de hidrogênio de baixa emissão de carbono e financiamento de projetos de energias renováveis. Os estados do Nordeste, incluindo Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, planejam desenvolver um hub de economia verde na região. O acordo visa criar mecanismos financeiros que possibilitem projetos relacionados ao hidrogênio verde, geração de energia eólica e preservação da Caatinga, entre outras iniciativas. O plano será elaborado em conjunto com o Banco Mundial e estabelecerá parâmetros para novas operações de financiamento em cada estado beneficiado. O objetivo a longo prazo é construir novas cadeias de valor nos nove estados do consórcio. (EPBR – 25.09.2023)
Link ExternoReino Unido/Alemanha: Declaração conjunta para promover o desenvolvimento da indústria hidrogênio
O Reino Unido e a Alemanha anunciaram uma Declaração Conjunta de Intenções para promover o desenvolvimento de uma indústria internacional de hidrogênio. Ambos os governos se comprometeram a acelerar o papel do hidrogênio de baixo carbono em seus respectivos mix energéticos e a trabalhar juntos para promover tecnologias de hidrogênio inovadoras e renováveis, apoiando empregos e investimentos de baixo carbono. A colaboração inclui cinco pilares principais, como acelerar a implementação de projetos de hidrogênio, estabelecer liderança internacional nos mercados de hidrogênio, promover pesquisa e inovação, facilitar o comércio de hidrogênio e análise conjunta de mercado para apoiar planejamento e investimentos. Essa parceria busca aumentar o investimento privado em tecnologia e projetos de hidrogênio e contribuir para as metas de emissões líquidas zero até 2050. (H2 View – 26.09.2023)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
CCEE: Migrações para o mercado livre de energia batem recorde
De janeiro a agosto deste ano, mais de 4,8 mil unidades consumidoras deixaram o mercado regulado de energia, no qual são atendidas por distribuidoras, e migraram para o mercado livre, ambiente no qual podem escolher seu fornecedor de energia elétrica, informou há pouco a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em nota, a entidade afirmou que o montante é recorde para o período e superior ao acumulado em 2022, quando 4,6 mil unidades consumidoras migraram. "Com esse recorde, o ambiente acumula 35.542 consumidores e já responde por cerca de 37% do consumo total de energia do país", declarou a instituição. Para a vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, Talita Porto, a alta é explicada pelo cenário climático favorável e o baixo da demanda nos últimos anos, que reduziram os preços, "tornando as negociações no segmento muito competitivas". (Broadcast Energia - 25.09.2023)
Link ExternoIEA: Necessidade de investimentos nas redes de transmissão e distribuição para alcançar cenário de emissões líquidas zero
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) destaca a necessidade crítica de expandir as redes de transmissão e distribuição de eletricidade em cerca de 2 milhões de km por ano até 2030 para atender às demandas do cenário de emissões líquidas zero. Para alcançar isso, será necessário um investimento anual de aproximadamente US$ 680 bilhões até 2030, com cerca de 70% destinados às redes de distribuição. Além disso, reformas regulamentares e políticas são essenciais para facilitar o desenvolvimento e modernização eficientes das redes, com o processo de licenciamento precisando ser acelerado. Outros marcos incluem a triplicação da capacidade global de energias renováveis e a redução de 95% no uso ininterrupto de combustíveis fósseis até 2040. O desafio de modernizar e expandir as redes é tecnicamente viável, mas representa um empreendimento monumental. (Smart Energy – 27.09.2023)
Link ExternoCimeira de Inovação da IRENA: Comissários defendem a importância da inovação no armazenamento de energia
A Comissária Europeia para a Energia, Kadri Simson, e a Comissária para as Infraestruturas e Energia da Comissão da União Africana, Amani Abou-Zeid, concordaram durante a Cimeira de Inovação da IRENA que é crucial impulsionar a inovação no armazenamento de energia. Ambas destacaram a necessidade de tornar o armazenamento de energia menos prejudicial para minerais, mais eficiente e compacto. Simson enfatizou a importância da inovação no setor de armazenamento para lidar com os desafios associados à energia eólica e solar. Além disso, ambas enfatizaram a importância de sair da zona de conforto e adotar novas tecnologias para impulsionar a transição energética. (Smart Energy – 26.09.2023)
Link ExternoNERC: Sistemas de armazenamento desempenharão papel crucial na estabilidade dos sistemas elétricos
A North American Energy Reliability Corporation (NERC) emitiu um alerta de risco de escassez de energia em dois terços da América do Norte durante períodos de demanda extrema, destacando a necessidade de melhorar a confiabilidade da rede elétrica. As fontes de energia renovável intermitentes, como solar e eólica, são fundamentais para a transição energética, mas sua natureza intermitente pode criar desafios para a confiabilidade da rede elétrica. O armazenamento de energia desempenha um papel crucial na melhoria da confiabilidade das energias renováveis, permitindo o armazenamento do excesso de energia para uso posterior, garantindo um fornecimento confiável durante picos de demanda e ajudando a conter os custos de eletricidade. Ao armazenar energia renovável quando é mais barata e a demanda é baixa, o armazenamento pode fornecer eletricidade durante os picos de demanda, reduzindo custos e aliviando a pressão sobre as concessionárias de energia. (Smart Energy – 22.09.2023)
Link ExternoEurelectric: Expansão e digitalização da rede são cruciais para cumprimento das metas climáticas
O Power Barometer 2023 da Eurelectric destaca a necessidade urgente de acelerar o desenvolvimento de infraestrutura e digitalização da rede para atingir as metas de eletrificação e descarbonização na Europa até 2050. O estudo anual aponta que, embora a crise energética tenha atingido seu pico, os desafios para descarbonizar a região e garantir o abastecimento de energia persistem. Investimentos sem precedentes são necessários para expandir e digitalizar a rede, com um aumento de 84% até 2050 em comparação com uma média de 7,5% desde 2020. A Eurelectric enfatiza a necessidade de uma mudança na abordagem regulatória para permitir investimentos antecipados e planejamento eficaz. Além disso, o estudo aponta desafios na descarbonização do transporte e na expansão da infraestrutura de carregamento público e da capacidade de produção e armazenamento de energia. (Smart Energy - 22.09.2023)
Link ExternoAlemanha: Operadores se unem para formar rede de eficiência energética
Sete operadores de redes de eletricidade, gás e aquecimento na Alemanha uniram forças para criar a segunda rede de eficiência energética para operadores de rede. Iniciada pela Associação Federal da Indústria de Energia e Água (BDEW), a rede visa superar desafios relacionados à integração de energias renováveis e ao aumento dos requisitos de documentação de consumo de energia. A iniciativa permitirá a troca de experiências e a identificação conjunta de oportunidades de economia de energia, facilitando a implementação de medidas eficientes. Atualmente, quase 400 redes de eficiência energética já estão registradas na iniciativa nacional Redes de Eficiência Energética na Alemanha. A nova rede está aberta a outros potenciais participantes. (Smart Energy – 27.09.2023)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
IRENA/OIT: Relatório destaca que Brasil gerou 1,4 milhão de novos empregos em energias renováveis
Um relatório feito pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) em parceria com a OIT mostrou que o Brasil gerou 1,4 milhão de novos postos de trabalho na indústria de energias renováveis em 2022. O país só perde para a China (5,56 milhões) e está à frente dos Estados Unidos (994 mil) e da Índia (988 mil). O aumento de empregos é reflexo do forte crescimento das fontes renováveis no Brasil, que vêm ditando a expansão do setor elétrico. O destaque ficou para a geração solar, com 241 mil empregos gerados; seguido do segmento de energia hidrelétrica, com 194 mil postos de trabalho; e eólicas, com 68 mil cargos. Já o segmento de biocombustíveis líquidos teve um salto de 856 mil empregos, mas considera empregos indiretos na fabricação de equipamentos, de acordo com a décima edição de Energias Renováveis e Empregos: Revisão Anual 2023. A conclusão do relatório é que as energias renováveis estão cada vez mais atraindo investimentos crescentes, conduzindo à criação de empregos. A maior parte deles está concentrada na China, que representa 41% do total global, seguido de Brasil, União Europeia, Índia e Estados Unidos. (Valor Econômico - 30.09.2023)
Link ExternoClimate Policy Initiative: Eventos climáticos causaram perdas de mais de US$ 500 bi em 2022
Os desastres climáticos estão se tornando mais frequentes, cada vez mais intensos e menos previsíveis, afirmou a diretora-geral da Climate Policy Initiative, Barbara Buchner. Segundo a especialista, os eventos climáticos causaram perdas de mais de US$ 500 bilhões no ano passado. Buchner também afirmou que 50% dessas perdas não são seguradas. E, em países de baixa renda, o percentual sobe para 80%. Na visão de Buchner, "cabe ao setor de seguros lidar com a questão de riscos climáticos e transferir esses riscos". Essa ação do setor "traz apoio ao crescimento econômico, não apenas pelo ressarcimento das perdas, mas também por meio de mitigação e na prevenção dos efeitos das catástrofes". A especialista citou o exemplo do Brasil de como o setor segurador pode se tornar mais relevante como agente de mitigação de riscos. "No Brasil, 80% da área agrícola não são seguradas e sabemos o quanto a agricultura está vulnerável à mudança climática. Vimos grandes secas em 2021 e 2022 que levaram a pagamentos de indenizações altíssimas. Além disso, o país enfrentou eventos catastróficos como enchentes com prejuízos de mais de US$ 1,3 bilhão e mais de 300 óbitos". (Valor Econômico - 26.09.2023)
Link ExternoEventos
IEA: Cimeira Internacional sobre Clima e Energia em Madrid dá impulso aos esforços para atingir a meta de 1,5 °C
A Cimeira Internacional do Clima e da Energia reuniu líderes de cerca de 40 países em Madrid, com o objetivo de fortalecer o apoio a ações para aumentar a energia limpa e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, alinhando-se com as metas do Acordo de Paris. Os participantes enfatizaram a necessidade de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030, duplicar os avanços na eficiência energética, acelerar a eletrificação e reduzir as emissões de metano provenientes de operações com combustíveis fósseis. Essas medidas representam 80% das reduções de emissões necessárias até 2030 para limitar o aquecimento global a 1,5 °C. A Cimeira definiu cinco objetivos cruciais para a COP28, incluindo o aumento do investimento e o declínio ordenado no uso de combustíveis fósseis. (IEA – 02.10.2023)
Link ExternoBrazil Climate Summit: Energias renováveis e transição energética na pauta do evento
Energias renováveis e transição energética foram temas abordados durante o Brazil Climate Summit, evento que aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos, e teve como propósito apresentar iniciativas que contribuam para destacar o Brasil na corrida global pela descarbonização. Um dos objetivos do país é atrair negócios e investimentos que fortaleçam a economia de baixo carbono. O BCS teve como palco o “The Forum”, um espaço da Universidade de Columbia, em Nova York. Para os organizadores do evento, esta é uma oportunidade para posicionar o Brasil como potência de soluções para a crise climática global. Para discutir a transição energética e as energias renováveis, o BCS convidou Arthur Ramos, diretor geral e sócio do BCG, André Clark, vice-presidente sênior da Siemens Energy, Anne-Sophie Corbeau, acadêmica de Pesquisa Global da Columbia CGEP, Clarissa Lins, sócia-fundadora do Catavento, Raphaella Gomes, CEO da Floen, e Guilherme Lencastre, presidente da Enel Brasil. (Além da Energia – 19.09.2023)
Link ExternoSeminário: Hubs de Hidrogênio Verde nos Portos e Polos Industriais
O GESEL, em colaboração com o Cimatec e IATI, promoveu um evento presencial centrado na criação de Hubs de H2V em Portos & Polos Industriais, com ênfase em Camaçari na Bahia e Suape em Pernambuco. O evento ocorreu no dia 18/09 e foi dividido em três painéis. O primeiro focou em estabelecer um enquadramento institucional com a participação de representantes de órgãos como MME, Casa Civil, BNDES, ANEEL, ANP e EPE. O segundo abordou as perspectivas, desafios e potencial do Hub H2V de Camaçari, com apresentações de empresas como Grupo EDP, Neoenergia, e offtakers, além do Cimatec. Por fim, o terceiro painel analisou o porto e o polo industrial de Suape, com contribuições de representantes de Suape, ANP e IATI. As apresentações e a gravação do evento foram disponibilizadas no site do GESEL (GESEL-IE-UFRJ - 18.09.2023)
Link ExternoHydrogen Dialogue São Paulo
A Jornada para o Desenvolvimento do Hidrogênio Verde acontecerá nos dias 18 e 19 de outubro em São Paulo. O evento visa imergir na revolução tecnológica do hidrogênio verde, abordando oportunidades de investimento em pesquisa para redução de custos na produção, desenvolvimento de derivados líquidos, armazenagem eficaz e transporte a longa distância. Com o Brasil como peça fundamental devido ao seu potencial em energia solar e eólica, a jornada abrange temas cruciais como transição energética, políticas públicas, mercado atual e futuro, ecossistemas, financiamento, inovações e logística. Além disso, incluirá o 3º GREEN LOGISTICS SUMMIT, um fórum especial para debater a logística do hidrogênio verde e o uso do energético nos modais de grande porte. Este evento visa conectar e impulsionar o mercado nacional e internacional do hidrogênio verde.
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