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IFE Transição Energética 36
Dinâmica Internacional
FMI: Países emergentes necessitam de US$ 3 tri anuais para financiar transição climática
O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia que mercados emergentes e as economias em desenvolvimento precisam de US$ 3 trilhões anualmente até 2030 para conseguir financiar os seus objetivos de desenvolvimento e a transição climática, o que equivalia a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) combinado destes países em 2022. Segundo levantamento realizado pela instituição, muitos países têm potencial para aumentar sua proporção de impostos sobre o PIB em até 9 pontos porcentuais “através de uma melhor concepção fiscal e de instituições públicas mais fortes”. Desde a década de 1990, a proporção aumentou cerca de 3,5 pontos porcentuais, para 5 pontos porcentuais. Segundo o Fundo, essa mudança iria contribuir para o desenvolvimento financeiro e para iniciativas do setor privado. (Broadcast Energia - 18.09.2023)
Link ExternoIEA: Acesso à eletricidade melhora em 2023
A Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) realizou uma pré-divulgação das conclusões sobre o acesso à energia do World Energy Outlook 2023, em apoio aos debates na Cimeira dos ODS das Nações Unidas, de 18 a 19 de setembro de 2023. De acordo com o relatório, o acesso à eletricidade melhora ligeiramente em 2023, mas ainda está longe do ritmo necessário para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Destaca-se que a pandemia e a crise energética global que se seguiu à invasão da Ucrânia pela Rússia desferiram um forte golpe no progresso na melhoria do acesso à eletricidade. O número de pessoas sem acesso aumentou globalmente em 2022 pela primeira vez em décadas, aumentando cerca de 6 milhões, para cerca de 760 milhões. Este revés concentrou-se principalmente na África Subsaariana, onde vivem hoje quatro em cada cinco pessoas sem acesso. Os dados do primeiro semestre de 2023 sugerem uma reviravolta bem-vinda. Prevê-se que o número de pessoas a nível mundial sem acesso à eletricidade diminua para 745 milhões até ao final deste ano. (IEA – 15.09.2023)
Link ExternoMCC: Queda dos preços de tecnologias limpas pode impulsionar a transição energética
A queda significativa nos preços das tecnologias limpas ao longo da última década, incluindo geração de energia solar, armazenamento de baterias e bombas de calor, pode acelerar a transição energética mais do que o inicialmente previsto, conforme relatório do Mercator Research Institute on Global Commons and Climate Change (MCC). O aumento de 87% na geração de energia solar e a redução de 85% nos custos de armazenamento de baterias indicam um cenário otimista para a implantação de tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS). No entanto, os pesquisadores destacam que os modelos atuais de descarbonização podem não refletir completamente as taxas de aprendizado tecnológico e expansão de energias renováveis observadas na última década. Isso sugere que alternativas livres de combustíveis fósseis podem se tornar uma mudança de jogo importante na luta contra as emissões de gases de efeito estufa. (Clean Energy Wire – 22.09.2023)
Link ExternoReino Unido: Anuncio de redução das metas ambientais
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou a redução das metas ambientais do país visando o fim das emissões de gases de efeito estufa até 2050. Sunak anunciou que o país irá adiar a proibição da venda de novos carros a combustão de 2030 a 2035, e irá desacelerar drasticamente os planos de acabar com o uso de aquecedores a gás e vai acabar com exigências por equipamentos com maior eficiência energética. O anúncio também marca um distanciamento do consenso político no Reino Unido sobre o fim das emissões de gases de efeito estufa. Em 2021, no governo do premiê Boris Johnson, o país assumiu a dianteira na Europa no processo de transição energética durante a COP26, que aconteceu em Glasgow. (Valor Econômico - 20.09.2023)
Link ExternoNacional
Câmara dos Deputados: Presidente pretende avançar com os marcos regulatórios no 2° semestre
O presidente da Câmara do Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou em Nova York nesta segunda-feira, 18 de setembro, que três temas estão na pauta da casa para apreciação em curto prazo: a regulamentação do mercado de carbono e os marcos regulatórios da eólica offshore e do hidrogênio verde. Lira disse que pretende avançar nesses temas ainda neste semestre, e defendeu como “imprescindível” a criação de incentivos aos biocombustíveis no país. “Tratava disso ontem, muito particularmente com o ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad sobre alternativas que todos juntos, Rodrigo [Pacheco, presidente do Senado], empresários, Congresso Nacional e Poder Executivo, possamos abrir de alternativas para um orçamento já estrangulado. Pois alternativas o Brasil tem, por sua riqueza e diversidade, por sua grandiosidade, de encontrar formas de subsidiar essas novas formas de produção de energia limpa”, disse durante evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e pela Confederação Nacional da Indústria. (CanalEnergia - 18.09.2023)
Link ExternoBrazil Climate Summit: Evento destaca potencial brasileiro para protagonizar transição verde
Combater o desmatamento ilegal e promover o reflorestamento, investir em técnicas para restauração de pastos e agricultura regenerativa e a necessidade de criar estímulos para o avanço das energias renováveis na matriz energética nacional foram os principais pontos citados pelos participantes do primeiro dia de discussões do Brazil Climate Summit, evento realizado em Nova York, nos dias 13 e 14 de setembro. O encontro, que teve como objetivo mostrar o potencial brasileiro para a transição energética, reuniu especialistas nacionais e internacionais, buscando posicionar o Brasil perante a comunidade internacional como uma potência de soluções para a crise climática. Para Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central do Brasil, economista e fundador da Gávea Investimentos, as mudanças climáticas trazem alguns desafios para o país. “Impedir o desmatamento, a mineração ilegal, a exploração madeireira, entre outros problemas que afetam principalmente a região amazônica, são ações determinantes para que o Brasil se posicione como líder na transição energética”, afirmou. (Além da Energia – 20.09.2023)
Link ExternoMinistério da Fazenda: Ministro publica artigo detalhando o Plano de Transformação Ecológica
Em meio aos esforços para apresentar ao mundo o Plano de Transformação Ecológica, anunciado na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, escreveu um artigo publicado nesta segunda-feira pelo jornal britânico “Financial Times” prometendo uma abordagem abrangente para transformar a economia e a sociedade brasileiras por meio de medidas “verdes” na infraestrutura, na agricultura sustentável, com reflorestamento e economia circular. A promessa é que o plano respeitará os limites fiscais do país. “Nosso plano já está em andamento. É diferente do America’s Inflation Reduction Act, que mobilizou uma grande quantidade de recursos orçamentais para distribuir por uma miríade de setores. Em vez disso, o nosso funcionará como um mosaico de políticas regulatórias e tributárias que serão aprovadas pelo Congresso de forma gradual, mas de forma intensiva”, afirma Haddad no artigo. O artigo de Haddad no FT diz que ainda que empresários que quiserem descarbonizar suas cadeias de produção serão bem-vindos para investir no Brasil para acelerar essa “nova fase do desenvolvimento brasileiro”. (Valor Econômico - 18.09.2023)
Link ExternoMinistério da Fazenda: Proposta de trabalho sobre inclusão do Brasil no IRA foi aceita pelo governo americano
O Brasil apresentou uma proposta de trabalho ao governo americano para ser incluído no Inflation Reduction Act (IRA, na sigla em inglês), plano climático que visa a destinar US$ 369 bilhões para apoiar a transição energética dos Estados Unidos. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta foi aceita pela gestão do chefe da Casa Branca, Joe Biden. A missão do Departamento de Estado dos EUA ao Brasil foi anunciada esta semana pelo enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, e foi batizada de Batizada de GreenTech Mission. Representantes do setor público e privado estarão em São Paulo, entre os dias 25 e 26 de setembro, e mais dois dias no Rio de Janeiro, conforme apurou o Broadcast. Na pauta, encontros com Haddad, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. (Broadcast Energia - 20.09.2023)
Link ExternoProjeto de Lei do Combustível do Futuro: Novas medidas para a descarbonização do setor de transportes
O projeto de lei "Combustível do Futuro" apresentado pelo governo federal traz medidas significativas para a descarbonização do setor de transportes. Uma das principais é a regulamentação da captura e estocagem de carbono (CCS), que será autorizada pela ANP e consiste em injetar dióxido de carbono em reservatórios geológicos, combatendo o efeito estufa. O projeto também propõe aumentar os limites do teor de etanol anidro na gasolina, visando elevar a octanagem e reduzir a emissão de carbono. Além disso, introduz o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV), incentivando a produção de um combustível com baixa emissão de carbono a partir de matérias-primas renováveis. O CNPE definirá anualmente a participação mínima obrigatória do diesel verde em relação ao derivado de petróleo, considerando disponibilidade de matéria-prima e capacidade de produção. (Petronotícias - 15.09.2023)
Link ExternoAbiove: Nova política para o biodiesel vai atrair investimentos
A indústria da soja deverá investir R$ 6 bilhões na expansão e construção de novas unidades processadoras no ano que vem, segundo projeções da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). De acordo com o economista-chefe da entidade, Daniel Amaral, grande parte desse crescimento se deve à nova política para o biodiesel. Em março, o CNPE aprovou a elevação da mistura de biodiesel ao diesel fóssil de 10% para 12% a partir de abril, subindo gradualmente até 15% em 2026. (Valor Econômico - 19.09.2023)
Link ExternoEmissão de títulos verdes do Tesouro deve movimentar perto de US$ 1,5 bi
A esperada emissão de títulos de dívida “verdes” (“green bonds”) do Tesouro deve movimentar em torno de US$ 1,5 bilhão, segundo fontes próximas à operação. A oferta é a primeira desse tipo do Tesouro e deve servir como referência para emissões corporativas. A expectativa é que a operação seja feita até novembro, mas dependerá das condições de mercado. Os nomes dos bancos que coordenarão a emissão ainda não foram definidos, mas é provável que na lista apareçam J.P. Morgan, Santander e Itaú BBA, considerando que os três atuaram nas reuniões com investidores realizadas na última semana para apresentação da futura oferta. (Valor Econômico - 18.09.2023)
Link ExternoBank of America/Karen Fang: Destaque para os investimentos no mercado de energia limpa
A diretora global de Finanças Sustentáveis do Bank of America, Karen Fang, enfatizou durante o Brazil Climate Summit que, para cada US$ 1 investido em empresas de combustíveis fósseis, outros US$ 1,7 estão sendo direcionados para o mercado de energia limpa. Apesar desse avanço, Fang destacou a necessidade de acelerar os esforços para atender às demandas da transição verde. Segundo a consultoria McKinsey, a transição para uma economia com zero emissões líquidas de carbono requererá entre US$ 1 trilhão a US$ 3,5 trilhões adicionais em investimento por ano, em média, até 2050. Especialistas enfatizam que o Brasil, sendo um país atrativo para projetos em economia verde, deve aproveitar suas potencialidades para atrair parte desse investimento. A corrida para atingir o net zero também oferece oportunidades, principalmente no mercado de crédito de carbono, onde o Brasil possui vantagens significativas devido à sua biodiversidade. A participação em iniciativas globais, como a liderança do G20 em 2024 e a sede da conferência do clima da ONU em 2025, também pode impulsionar o país nesse contexto. Além disso, a credibilidade no mercado de crédito de carbono dependerá da verificação independente das emissões potenciais de carbono. (Valor Econômico – 22.09.2023)
Link ExternoEspecialistas destacam oportunidades para o Brasil na transição verde
A urgência da pauta climática tem pressionado as empresas para que mudem a maneira de fazer negócios. Ainda que o ritmo esteja mais lento do que os cientistas gostariam, o fato é que os riscos e as oportunidades que a descarbonização traz estão no radar de bancos, empresas e governos. O Brasil, segundo especialistas, tem uma oportunidade de ouro, dada as fontes de energia renováveis e sua biodiversidade. “O Brasil precisa resolver o desafio da sustentabilidade para atingirmos os ODSs [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável]. Se o Brasil não conseguir, ficarei mais pessimista com o resto do mundo”, comentou John Elkington, especialista em sustentabilidade corporativa. Shari Friedman, diretora de clima e sustentabilidade da consultoria Eurasia, destacou que a virada de chave acontece quando as companhias percebem que a mudança pode determinar sua sobrevivência financeira. “Questões sociais e ambientais estão interconectadas com a lucratividade. Há um impacto importante das políticas climáticas no balanço das empresas”, afirmou Friedman. (Valor Econômico - 21.09.2023)
Link ExternoEficiência Energética e Eletrificação de Usos Finais
Programa Mobilidade Verde e Inovação: Novo programa de incentivos fiscais abrangerá uma ampla gama de veículos
O novo programa de incentivos fiscais para a indústria automobilística no Brasil estará pronto em até duas semanas, segundo o secretário do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Uallace Moreira. O programa, agora chamado de Mobilidade Verde e Inovação (antigo Rota 2030), abrangerá uma ampla gama de veículos, aprimorará o sistema de medição de poluentes e criará um sistema de etiquetagem. No entanto, o tema Imposto de Importação de carros elétricos não será tratado nesse momento, sendo analisado pelo governo em um processo que envolve a Camex e vários ministérios. O foco atual é a regulamentação voltada à economia de combustível, emissões de poluentes e incentivos fiscais para pesquisa no setor automotivo. (Valor Econômico – 22.09.2023)
Link ExternoJapão e Canadá: Parceria para o desenvolvimento das cadeias de abastecimento para VEs
Entidades públicas e privadas japonesas desenvolverão cadeias de abastecimento no Canadá para VEs, abrangendo extração e processamento de minerais essenciais, bem como a produção de baterias. Tóquio vê a iniciativa como um reforço da sua segurança econômica e um aumento das vendas norte-americanas de VEs japoneses. O ministro do Comércio do Japão, Yasutoshi Nishimura, visitará o Canadá em 21 de setembro e assinará um memorando de entendimento com o ministro de Energia e Recursos Naturais do país, Jonathan Wilkinson, que cobre as cadeias de fornecimento de baterias. A primeira área de cooperação esperada envolve a extração de níquel e lítio no Canadá pela Organização Japonesa para Metais e Segurança Energética, de propriedade estatal, e outros. Embora o Canadá possua grandes reservas destes minerais, enfrenta desafios técnicos e de recursos humanos para aumentar a capacidade de produção. (Valor Econômico - 15.09.2023)
Link ExternoRMI: Relatório traz projeção para o crescimento do mercado de VEs
O relatório do Rocky Mountain Institute (RMI) prevê que os veículos elétricos (VEs) poderão representar entre 62% e 86% do mercado automotivo até 2030. Essa estimativa é impulsionada pela queda na demanda global por petróleo e pelo aumento das vendas de VEs em 2022, que atingiram 14% do mercado. A China e o norte da Europa lideram esse movimento, com a Noruega alcançando uma participação de 71% em VEs. A RMI destaca que a economia, com a expectativa de paridade de preços entre VEs e veículos a combustão até 2030, é o principal motor desse crescimento, além da competição entre fabricantes e incentivos governamentais. No entanto, desafios como infraestrutura de carregamento e reciclagem de baterias ainda precisam ser superados para alcançar essa previsão otimista de 86%. (Inside Evs – 22.09.2023)
Link ExternoRMI: Estudo projeto queda dos preço das baterias para VEs até 2026
Um estudo conduzido pelo Rocky Mountain Institute (RMI) mostrou que o preço das baterias de veículos elétricos terá o mesmo preço das baterias para veículos com motor de combustão em 2024, na Europa, e em 2026, nos Estados Unidos. O levantamento também indicou que os veículos elétricos responderão por dois terços das vendas globais em 2030. O relatório do instituto projeta que os custos das baterias devem cair pela metade nesta década, de US$ 151/kWh, em 2022, para entre US$ 60 e US$ 90/kWh. O que tornará os modelos elétricos “pela primeira vez tão baratos para comprar quanto carros a gasolina em todos os mercados até 2030", conforme o estudo. (Automotive Business - 19.09.2023)
Link ExternoFrança: Carregamento de VEs pesados atingirá demanda anual de 3,5 TWh até 2035
Um estudo em curso envolvendo a empresa francesa de distribuição de energia Enedis, VINCI Autoroutes, TotalEnergies e seis fabricantes europeus de caminhões, incluindo Volvo, Renault e Mercedes-Benz, sugere que carregamento de VEs pesados, nas principais estradas na França, para transporte de longa distância, poderia resultar em uma demanda de energia de até 3,5 TWh por ano até 2035. Isso implica a necessidade de aproximadamente 10.000 pontos de carregamento do tipo CCS1 para pausas longas e 2.200 pontos de carregamento rápido (HPC) do tipo MCS2 até 2035. O estudo destaca a importância de acelerar a eletrificação do transporte de cargas pesadas para atender a essa demanda crescente de energia. (Smart Energy – 21.09.2023)
Link ExternoHidrogênio e Combustíveis Sustentáveis
IEA: Publicação do Global Hydrogen Review 2023
A Global Hydrogen Review é uma publicação anual da Agência Internacional de Energia que rastreia a produção e a demanda de hidrogênio globalmente, além de monitorar o progresso em áreas cruciais como infraestrutura, comércio, políticas, regulamentações, investimentos e inovação. O relatório tem como objetivo informar as partes interessadas do setor energético sobre o estado atual e as perspectivas futuras do hidrogênio, influenciando as discussões na Reunião Ministerial de Energia de Hidrogênio. Este ano, o relatório concentra-se na necessidade de criar uma demanda por hidrogênio de baixas emissões, considerando a urgência de mudar sua utilização para aplicações de baixas emissões e expandi-la para novos setores, como a indústria pesada e o transporte de longa distância, para atender às ambições climáticas. Para acessar o relatório, clique aqui. (IEA – Setembro de 2023)
Link ExternoIEA: Relatório identifica crescimento e barreiras para o hidrogênio de baixa emissão
Em relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) destaca-se que a dinâmica do hidrogênio de baixas emissões está em crescimento, apesar de desafios como a lenta implementação de incentivos financeiros e pressões de custos que podem atrasar projetos. Embora haja um aumento significativo no número de projetos anunciados, a capacidade instalada e os volumes de produção ainda são baixos, representando menos de 1% da produção global de hidrogênio. A IEA sugere medidas para os governos reduzirem os riscos e melhorarem a viabilidade econômica do hidrogênio de baixas emissões, como regimes de apoio eficazes, ações mais ousadas para estimular a procura e a resolução de barreiras de mercado. (IEA – 22.09.2023)
Link ExternoPetrobras: Eólicas serão conectadas a produção de H2V para exportação
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que os projetos de eólicas offshore da companhia serão conectados à produção de hidrogênio verde para exportação. Segundo o executivo em postagens nas redes sociais, posteriormente a produção servirá de “backup” para o abastecimento elétrico nacional. “Temos a missão de ser os pioneiros e líderes mar adentro, já que somos a melhor empresa de operações offshore do mundo”, disse Prates. De acordo com o presidente da estatal, após ficar dez anos sem iniciativa relevante de energias renováveis, a Petrobras agora quer montar um portfólio em terra, com solar e eólica conectada a leilões, no mercado livre ou na produção de hidrogênio. “Estamos abrindo caminho, sendo pioneiros e gerando possibilidades de ainda mais capacitação, desenvolvimento tecnológico autóctone, emprego, renda e receitas governamentais". (Valor Econômico - 18.09.2023)
Link ExternoBrasil: Biometano pode render R$ 200 bilhões por ano em 2050
A produção de biometano no Brasil tem o potencial de render quase R$ 200 bilhões por ano em 2050, impulsionada pela crescente substituição do gás natural. Um estudo da consultoria alemã Roland Berger estima que o biometano poderá atingir 39 bilhões de metros cúbicos de volume de vendas ao ano, podendo chegar a 59 bilhões com o aproveitamento de resíduos agroindustriais nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Essa projeção supera a extração de gás natural de 2020. A paridade de preços entre veículos totalmente elétricos e a combustão está prevista para 2030, impulsionando a demanda por biometano como alternativa sustentável ao gás natural. (Valor Econômico – 20.09.2023)
Link ExternoFraunhofer ISI: Novo estudo destaca a necessidade de maior cooperação para investimentos na indústria europeia do hidrogênio
Um novo estudo realizado pelo Fraunhofer ISI, RIFS Potsdam e a Agência Alemã de Energia (dena) destaca a necessidade de uma cooperação mais forte a nível da UE para otimizar os investimentos na indústria do hidrogênio na Europa. O estudo aponta um desequilíbrio entre os investimentos atuais e o potencial de produção barata de hidrogênio em diferentes regiões europeias. Países ricos em energia eólica e solar, como Noruega, Espanha e França, têm potencial para cobrir grande parte da futura demanda de hidrogênio na Europa. No entanto, os investimentos nessas regiões estão atualmente abaixo do necessário. O estudo também indica que a Alemanha, apesar de seus esforços de expansão da eletrólise, dependerá de importações de hidrogênio no futuro. Recomendações incluem estabelecer subsídios da UE, permitir leilões transfronteiriços de hidrogênio e desenvolver parcerias bilaterais ou regionais para otimizar a produção e utilização do hidrogênio na Europa. (Fraunhofer – 22.09.2023)
Link ExternoReino Unido: Nova consulta vai avaliar a viabilidade de misturar hidrogênio nas redes de distribuição de gás
O governo do Reino Unido lançou uma nova consulta para avaliar a viabilidade de misturar até 20% de hidrogênio nas redes de distribuição de gás. Considerando o hidrogênio como um apoio ao crescimento da economia do hidrogênio, o governo destaca que essa mistura pode ser valiosa em setores onde a eletrificação direta não é viável. No entanto, enfatiza que essa prática deve ser transitória e dependente de uma rede de gás natural extensa, que diminuirá à medida que avançamos em direção às emissões zero. A mistura pode desempenhar um papel importante na gestão de riscos e na mitigação de desafios relacionados ao desenvolvimento de infraestruturas de transporte e armazenamento de hidrogênio. A consulta destaca ainda que a introdução do hidrogênio nas redes de gás poderia resultar em uma redução de 6-7% nas emissões de carbono associadas ao consumo de gás. (Smart Energy – 21.09.2023)
Link ExternoRecursos Energéticos Distribuídos e Digitalização
Brasil: Geração distribuída solar atinge 10,4 GW
O Brasil alcançou uma capacidade instalada de geração distribuída solar de 10,4 GW no final de agosto, o que representa cerca de 5,2% da capacidade total de geração elétrica do país (195,6 GW). Até o mês de setembro, foram instalados 446.900 sistemas de geração distribuída com uma capacidade total de 5,3 GW. O estado de São Paulo lidera a capacidade instalada em geração solar distribuída, com 3,2 GW, seguido por Minas Gerais, com 3,1 GW, e Rio Grande do Sul, com 2,9 GW. Oito estados brasileiros têm mais de 1 GW de capacidade instalada em geração distribuída. Quando se inclui a geração centralizada, que abrange usinas fotovoltaicas com mais de 5 MW, o país alcançou uma capacidade solar instalada acumulada de 33,6 GW. (PV Magazine – 14.09.2023)
Link ExternoBrasil: Crescimento da GD afasta volta do horário de verão
Dados do Ministério de Minas e Energia (MME) não apontam necessidade de retomar o horário de verão neste ano. As análises técnicas sobre a possibilidade de o País implementar novamente o mecanismo, extinto em 2019 por determinação do então presidente Jair Bolsonaro, são feitas periodicamente pela pasta. A decisão sobre o tema cabe ao governo federal. Um dos fatores que vêm sendo observados pela pasta é a expansão da geração distribuída, ou seja, de consumidores que geram a própria energia. A percepção é que o crescimento da modalidade no País trouxe uma mudança na curva de demanda de energia no Sistema Interligado Nacional, que deslocou o momento em que há maior consumo para a noite novamente. Nesse sentido, o mecanismo poderia ajudar a reduzir a demanda neste horário. (Broadcast Energia - 21.09.2023)
Link ExternoItália: Aumento da capacidade de armazenamento distribuído no 1º semestre
Nos seis meses até o final de junho de 2023, a Itália instalou 3.806.039 sistemas de armazenamento distribuído conectados a projetos de energia renovável. A capacidade combinada desses sistemas de armazenamento é de 3.045 MW, com uma capacidade máxima de armazenamento de 4.893 MWh. Isso representa um aumento significativo em comparação com a capacidade de armazenamento distribuído no final de 2022, que era de 1.530 MW e 2.752 MWh, e no final de 2020, que era de apenas 189,5 MW e 295,6 MWh. O governo regional da Lombardia está implementando um programa de subsídios para sistemas de armazenamento residencial e comercial combinados com painéis solares fotovoltaicos, o que contribui para o crescimento significativo dessas instalações. Esses sistemas desempenham um papel importante na transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis na Itália. (PV Magazine – 14.09.2023)
Link ExternoImpactos Socioeconômicos
Agendas social e ambiental devem ser combinadas com o desenvolvimento econômico
É urgente combinar as agendas ambiental e social com o desenvolvimento econômico. E mais: essas agendas devem ser elementos-base da transição justa para a economia de baixo carbono. No Brasil, especificamente, os temas estão ainda mais conectados, pois há um grande número de populações vulneráveis que vivem em áreas com floresta densa e que, em muitos casos, convivem com empreendimentos importantes para a economia do país. O desafio de combinar as agendas social e ambiental foi tema do Brazil Climate Summit 2023, realizado em Nova Iorque em setembro. Para comentá-lo, especialistas da ENGIE, da Vale, da Sigma Lithium e da Water Equity explicaram como a iniciativa privada vem atuando nesse sentido, e mostraram parte do impacto que ela causa na sociedade. (Além da Energia – 18.09.2023)
Link ExternoEUA: Novo programa para a formação de “empregos verdes”
Num anúncio divulgado hoje, a Casa Branca informou que vai criar a iniciativa Corpo Americano do Clima, que servirá como um importante programa de formação em "empregos verdes". O programa empregará mais de 20 mil jovens adultos que construirão trilhas, plantarão árvores, ajudarão a instalar painéis solares e farão outros trabalhos para impulsionar a conservação e ajudar a prevenir incêndios florestais catastróficos. Os democratas e grupos de defesa ambiental pressionaram o presidente dos EUA, Joe Biden, nas últimas semanas a emitir uma decreto executivo autorizando o programa. A Casa Branca recusou-se a dizer quanto custará o programa ou como será pago. (Broadcast Energia - 20.09.2023)
Link ExternoEventos
Expolog 2023
A Expolog 2023, marcada para os dias 22 e 23 de novembro no Centro de Eventos em Fortaleza, reunirá especialistas nacionais e internacionais do setor logístico, incluindo Carlos Augusto Salcedo Zaldivar, Ministro Conselheiro para Assuntos Agropecuários do Panamá, que possui vasta experiência em questões agrícolas e legislação relacionada a AgroParques, segurança alimentar e uso de etanol. Com o tema "Governança e Logística para a Transição Energética", o evento abordará tendências, desafios e oportunidades na logística global, e contará com o 4º Seminário Logística no Agronegócio. A feira terá um aumento de 37% no número de estandes em relação ao ano anterior, totalizando 186, e espera-se um crescimento de 20% nas negociações iniciadas, podendo ultrapassar R$ 11 milhões em transações comerciais. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do evento.
Link ExternoEscala de utilidade solar e eólica Europa 2023
O evento "Utility Scale Solar and Wind Europe 2023" aborda diversos tópicos relacionados à energia renovável na Europa. No primeiro dia, destacam-se palestras e painéis sobre a evolução do mercado elétrico, o potencial do Plano Industrial do Pacto Ecológico Europeu, a execução da ambição de 1.100 GW na Europa até 2030, a maximização da disponibilidade e confiabilidade da rede elétrica, a digitalização para otimização de receitas, estratégias de armazenamento de bateria e hidrogênio, entre outros temas. O segundo dia inclui discussões sobre liderança feminina, gestão de ativos, estratégias de desenvolvimento de portfólio, mitigação de riscos no processo de licenciamento, construção de uma força de trabalho renovável e muito mais. O evento visa fornecer insights e soluções para impulsionar o setor de energias renováveis na Europa.
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