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IFE
19/11/2025

Tecnologias Exponenciais 245

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
19/11/2025

IFE nº 245

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

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Tecnologias Exponenciais 245

Transição Energética e ESG

Cebri, BID, EPE e CENERGIA: Caminhos para alcançar a neutralidade de carbono até 2050

O estudo desenvolvido por Cebri, BID, EPE e CENERGIA apresenta três possíveis trajetórias para o Brasil alcançar a neutralidade de carbono até 2050 — Transição Brasil, Alternativa e Global — todas baseadas em eliminar o desmatamento ilegal, transformar o setor energético e adotar tecnologias avançadas. As projeções indicam forte expansão das fontes solar, eólica e de biomassa, enquanto os combustíveis fósseis recuam para menos de 30% da matriz. O roadmap propõe ações de curto, médio e longo prazos, como fortalecimento do setor nuclear, expansão da flexibilidade e armazenamento elétrico, programas de BECCS/CCUS e modernização regulatória. No setor AFOLU, o estudo reforça que combater o desmatamento e restaurar 12 milhões de hectares até 2035 é decisivo para que o país se torne sumidouro líquido de carbono já em 2040. Até 2050, florestas nativas e plantadas devem responder por 83% das remoções necessárias, garantindo a contribuição brasileira para o compromisso global. (Além da Energia– 14.11.2025)

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COP30: CPLP apresenta roteiro estratégico para acelerar a transição energética

A Comissão Temática de Energia e Clima dos Observadores Consultivos da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) apresentou na COP30, em Belém, o Roteiro de Cooperação 2030 em Energia e Clima. O documento estratégico, que define uma visão coletiva de transformação, progresso e desenvolvimento, havia sido lançado em outubro deste ano, em Moçambique. Desenvolvido ao longo de 2025, através de um processo multilateral, o estudo estabelece quatro eixos estratégicos de cooperação: Planeamento Energético; Capacitação e Liderança; Mobilização de Financiamento; e Aceleração das Transições Energéticas. Líderes de países como Portugal, Angola e São Tomé e Príncipe enfatizaram o papel crucial da cooperação regional para impulsionar transições energéticas justas, inclusivas e resilientes. Durante o evento foram anunciados os primeiros parceiros estratégicos para a implementação do Roteiro: a Africa Climate and Energy Nexus (AfCEN), a agência belga Enabel, o programa europeu GET.transform e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A próxima apresentação sobre o progresso do estudo está agendada para a II Semana de Energia e Clima da CPLP, em maio de 2026, na Guiné-Bissau. O evento na COP30 consolidou a posição dos países de língua portuguesa como um bloco ativo e coordenado na agenda global de energia e clima. Acesse o estudo na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 18.11.2025)

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COP30: Cúpula destaca viabilidade econômica como chave da transição energética

A mensagem da COP30 ressalta a urgência da transição energética e da descarbonização, mas aponta a viabilidade econômica como o fator crítico que determina a escala e velocidade das transformações, uma vez que inovações de alto custo, como o hidrogênio verde, só se massificarão ao provarem seu sentido financeiro, repetindo o modelo da energia solar. A transição exige financiamento robusto, que vá além do capital privado e utilize instrumentos híbridos, pois o avanço da intenção ambiental supera a capacidade financeira de sustentá-la. Dessa forma, a questão se torna estratégica e econômica: países e empresas que estruturarem o financiamento, reduzirem riscos e aumentarem a competitividade das novas tecnologias liderarão a próxima era industrial, transformando a sustentabilidade em um vetor de produtividade e competitividade global, sendo que, sem viabilidade econômica, gestão eficaz e escala, a descarbonização necessária para combater a crise climática não será alcançada. (Valor Econômico - 18.11.2025)

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COP30: Declaração de Belém sinaliza ação junto ao consumo de energia

Um grupo formado por cerca de 30 países assinou o documento Declaração de Belém. A meta é estimular o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. A ideia é elaborar uma agenda com propostas para enfrentar o desafio de eletrificar diversos segmentos da indústria pelo mundo. A declaração sinaliza que uma das respostas é formar coalizões e criar padrões estabelecidos para que produtos sejam descarbonizados. Ao mesmo tempo deve manter a competitividade internacional. Segundo a CEO da COP 30, Ana Toni, chegar à indústria é um fator chave para que as metas de redução de emissões e gases de efeito estufa sejam alcançadas. Tanto é assim que o primeiro ponto da declaração diz “Apoiar um esforço multilateral e multissetorial coordenado para promover a industrialização verde de uma forma justa e sustentável que promova oportunidades econômicas e sociais para todos, acelerando, ao mesmo tempo, os esforços no Sul Global”. (Agência CanalEnergia - 14.11.2025)

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COP30: Energia nuclear assume protagonismo e se consolida como eixo da transição energética global

A presença da energia nuclear na COP30 marcou o reposicionamento dessa fonte no debate global sobre transição energética, em um contexto de busca por descarbonização e segurança no suprimento elétrico. O Brasil assumiu papel ativo ao defender a inclusão de tecnologias nucleares — de grandes usinas a pequenos reatores modulares — como parte de um portfólio energético mais equilibrado. A ABDAN, por meio de sua participação em painéis internacionais, evidenciou o amadurecimento institucional do setor nuclear brasileiro e o alinhamento do país às discussões promovidas por organismos como a Agência Internacional de Energia Atômica. Durante a conferência, representantes do setor destacaram que a energia nuclear já integra políticas climáticas nacionais e é vista como elemento estratégico para garantir estabilidade a sistemas cada vez mais dependentes de renováveis variáveis. Essa retomada de confiança internacional decorre da combinação entre baixa emissão, operação contínua e capacidade de fornecer energia firme. A atuação da ABDAN na COP30 reforçou a intenção brasileira de articular a energia nuclear com agendas de sustentabilidade e inovação, defendendo sua complementaridade com outras fontes limpas e seu papel em uma transição energética segura e de longo prazo. (Cenário Energia - 14.11.2025)

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COP30: GEAPP e MME acertam parceria para comunidades isoladas

A Global Energy Alliance for People and Planet e o Ministério de Minas e Energia acertaram durante o último sábado, 15 de novembro, na COP30, em Belém (PA), uma parceria para levar energia renovável, empregos e oportunidades econômicas a comunidades remotas da Amazônia. A solução adotada já está definida: serão implantados sistemas com baterias. Os equipamentos terão uso comunitário para geração de renda. A GEAPP atua para combater a pobreza energética e a crise climática, desenvolvendo soluções de energia verde em economias emergentes. (Agência CanalEnergia - 17.11.2025)

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COP30: MME, IRENA e BNDES firmam acordo para criar fórum de investimentos em transição energética da América Latina

O acordo firmado entre o MME, a IRENA e o BNDES durante a COP30 marca o início de uma cooperação estratégica voltada à aceleração da transição energética na América Latina. A Carta de Intenções cria o Latin America Energy Transition Investment Forum, previsto para 2026, e estabelece uma plataforma permanente destinada à mobilização de investimentos, ao fortalecimento regulatório e à articulação entre países da região. A iniciativa reforça o papel do Brasil como liderança continental na formulação de políticas energéticas e no avanço de soluções de baixo carbono, além de abrir espaço para o possível lançamento da iniciativa PARLA, voltada à expansão de projetos renováveis em larga escala. A governança definida pelo acordo distribui responsabilidades de forma complementar entre as instituições envolvidas. O BNDES atuará na organização do Fórum e no apoio à estruturação de projetos financiáveis; a IRENA ficará responsável pela coordenação técnica, elaboração de diagnósticos e desenvolvimento de propostas de cooperação; e o MME conduzirá a articulação institucional e o alinhamento da agenda regional de renováveis. Essa estrutura integrada busca facilitar o intercâmbio de experiências, harmonizar políticas e impulsionar investimentos, sobretudo em países que ainda carecem de marcos regulatórios e instrumentos financeiros adequados. (Cenário Energia - 17.11.2025)

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COP 30: Parlamentares da América Latina e Caribe lançam manifesto em prol do combate da crise climática

A rede latino-americana e caribenha de líderes legislativos lançou uma Declaração Conjunta para a COP 30 cobrando mais ambição e compromisso global diante da crise climática. Entregue pela senadora Leila Barros à secretaria-executiva da conferência, o documento reforça que não há transição justa sem o Poder Legislativo, responsável por transformar promessas em leis, orçamento e mecanismos de controle. O texto, chamado de “Chamado Global por um Futuro Climático Mais Justo”, destaca seis eixos prioritários, defendendo que compromissos multilaterais, como o Acordo de Paris, Escazú e Agenda 2030, sejam plenamente incorporados às legislações nacionais e acompanhados de fiscalização efetiva. A declaração enfatiza proteção a defensoras ambientais, transparência e participação social, além da vulnerabilidade da região, onde impactos como escassez hídrica, perda de biodiversidade e deslocamentos recaem de forma desigual sobre povos indígenas, comunidades tradicionais, mulheres e populações periféricas. Reafirma princípios como não regressão, justiça climática e financiamento adequado pelos países desenvolvidos, rejeitando modelos que mantenham a região apenas como exportadora de “commodities verdes”. O documento lista prioridades como transição energética renovável, mineração sustentável, redução de metano, proteção de biomas e oceanos, água como direito humano, agricultura de baixo carbono, gestão de riscos, mobilidade sustentável e apoio a povos insulares. Os parlamentares comprometem-se ainda a integrar a agenda climática aos orçamentos, fortalecer o controle legislativo e garantir participação social. (Agência Senado – 14.11.2025)

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COP30: Setor de biocombustíveis propõe quadruplicar combustíveis sustentáveis até 2035

Na COP30, em Belém, associações do setor de biocombustíveis lançaram a “Carta de Belém”, defendendo um esforço internacional coordenado para quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035. O documento estima que a transição energética exigirá de US$ 29 a 30 trilhões até 2030 e propõe direcionar até US$ 1,3 trilhão especificamente a combustíveis sustentáveis em países em desenvolvimento, como o Brasil. A carta é assinada por Anfavea, Bioenergia Brasil, Instituto MBCBrasil e Unica, alinhando-se às recomendações da Agência Internacional de Energia (IEA). Ela destaca o potencial do biometano brasileiro: a partir de resíduos agrícolas e urbanos, o país poderia produzir até 120 milhões de Nm³/dia, volume suficiente para substituir 60% do diesel consumido no transporte nacional. Também reforça que o Brasil já possui 29% de bioenergia e 20% de outras renováveis em sua matriz, com a bioeletricidade respondendo por cerca de 4% do consumo nacional. (Megawhat – 17.11.2025)

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Global Carbon Budget: Fontes fósseis levam as emissões de CO2 a nível recorde

O estudo do Global Carbon Budget indica que as emissões globais de CO2 provenientes de combustíveis fósseis devem crescer 1,1% em 2025, evidenciando que os avanços da transição energética ainda não compensam o aumento contínuo da demanda por energia. Elaborada em cooperação com universidades e mais de 90 instituições internacionais, a pesquisa destaca que o desmatamento e a consequente redução dos sumidouros naturais de carbono são fatores centrais para o agravamento das emissões. Os resultados mostram que, embora 35 países já tenham conseguido reduzir emissões enquanto expandem suas economias, o progresso permanece insuficiente para garantir quedas sustentadas em nível global. O enfraquecimento dos sumidouros de carbono aumentou em 8% a concentração de CO2 desde 1960, revelando a fragilidade dos avanços atuais e reforçando a necessidade de ações urgentes para enfrentar os impactos crescentes das mudanças climáticas. (Canal Solar - 13.11.2025)

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IEA: Agência elogia liderança energética brasileira e apresenta 30 recomendações no relatório Brasil 2025

O novo relatório Brasil 2025, lançado pela IEA na COP30, reconhece a abordagem ampla do país para a política energética e afirma que o Brasil tem posição única para fortalecer seu papel no sistema energético global. A análise destaca metas ambiciosas, como o compromisso de emissões líquidas zero até 2050 e a prioridade dada ao acesso e à justiça social, exemplificada por programas como Luz para Todos. Com 90% da eletricidade já proveniente de fontes de baixa emissão em 2024 e liderança em biocombustíveis, o país é apontado como bem posicionado para ampliar o hidrogênio de baixa emissão e avançar em biocombustíveis de próxima geração. A IEA, porém, reforça que o Brasil precisa aumentar investimentos em infraestrutura e flexibilidade do sistema — incluindo modernização de redes, armazenamento e resposta da demanda — para acompanhar a rápida expansão das renováveis. O relatório, elaborado em parceria com governo, indústria e sociedade civil, servirá de insumo ao PLANTE, enquanto IEA e MME desenvolvem um roteiro para fortalecer dados energéticos e aprofundam a cooperação técnica. (IEA – 13.11.2025)

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IRENA: Transição energética exige qualificação para acompanhar crescimento das renováveis

O avanço das energias renováveis, cuja força de trabalho já alcança 16,2 milhões de pessoas, só será sustentável se vier acompanhado de qualificação ampla e inclusiva. Segundo a IRENA, a transição rumo ao limite de 1,5°C pode criar 30 milhões de empregos até 2030, mas isso requer preparar jovens, mulheres e grupos sub-representados para atuar em setores em rápida transformação. Com tecnologias que evoluem rapidamente — incluindo IA, digitalização e automação —, educação e formação precisam acompanhar o ritmo para evitar exclusão e garantir que países em desenvolvimento não fiquem para trás. A mobilidade internacional de trabalhadores demanda normas profissionais harmonizadas e validação de competências formais e informais. Por isso, a IRENA lançou um Apelo à Ação para ampliar parcerias, integrar habilidades energéticas a políticas públicas, fortalecer padrões e qualificar profissionais atuais e futuros. A iniciativa visa construir uma força de trabalho capaz de liderar a transição energética global, garantindo inclusão, competitividade e capacidade técnica para sustentar o crescimento acelerado das renováveis. (IRENA – 13.11.2025)

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Itaú e FGV: Expansão da energia renovável no Brasil pode acrescentar até R$ 465 bilhões ao PIB em 10 anos

Um estudo elaborado pelo Itaú Unibanco em parceria com a FGV indica que a expansão das fontes renováveis no Brasil pode adicionar entre R$ 337 bilhões e R$ 465 bilhões ao PIB até 2035, impulsionada por investimentos estimados em R$ 295 bilhões e pela criação de até 1,9 milhão de empregos. A análise destaca que cada real investido em energia renovável pode gerar retorno de até R$ 1,57 na economia, com efeitos diretos na geração de empregos qualificados, no fortalecimento da cadeia produtiva nacional e na ampliação de usinas solares e eólicas, especialmente no Nordeste. O estudo aponta que o Brasil reúne condições para liderar a transição para uma economia de baixo carbono, com setores como energia, transporte, siderurgia, construção civil e agropecuária exibindo forte potencial competitivo. A crescente demanda por soluções financeiras voltadas à sustentabilidade também reforça essa tendência, com o Itaú relatando R$ 5 bilhões mobilizados em produtos alinhados a critérios ESG. Além disso, investimentos em energias solar, eólica, biomassa e biocombustíveis apresentam elevada capacidade de geração de empregos, evidenciando os benefícios econômicos e sociais da descarbonização. (Folha de São Paulo - 12.11.2025)

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COP30: Brasil lança política de debêntures para minerais estratégicos

A Portaria nº 120 do MME regulamenta a Política de Debêntures para Projetos de Transformação de Minerais Estratégicos, criada para atrair investimentos privados em atividades de processamento e beneficiamento de minerais essenciais à transição energética. A medida busca fortalecer segmentos como baterias, motores elétricos e armazenamento de energia, ampliando a competitividade do país nesse mercado e reduzindo sua dependência de cadeias globais dominadas por outras economias. Com incentivos fiscais voltados à emissão de debêntures, o governo pretende aumentar a previsibilidade de financiamento e diminuir o custo de capital em empreendimentos de médio e longo prazo. A política se fundamenta no Decreto nº 11.964/2024 e na consulta pública da Portaria nº 825/2025, permitindo que até 49% dos recursos captados sejam destinados às etapas de lavra e desenvolvimento de mina, quando vinculadas a projetos de transformação mineral. A iniciativa pretende reposicionar o Brasil na economia verde ao estimular uma indústria de maior valor agregado e inserir o país nas cadeias globais de tecnologias limpas. Estimativas do MME indicam que o mecanismo pode mobilizar cerca de R$ 5,2 bilhões anuais, destinados tanto à transformação mineral quanto ao beneficiamento e lavra. (Cenário Energia - 14.11.2025)

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COP30: Brasil defende triplicar energias renováveis até 2030 e acelerar fim dos combustíveis fósseis

O discurso do vice-presidente Geraldo Alckmin na COP30 destacou a necessidade de acelerar a transição energética por meio da ampliação das fontes renováveis e do aumento da eficiência no uso de energia. Ele defendeu triplicar a geração renovável e dobrar a eficiência energética até 2030, alertando que a capacidade atual ainda está distante do necessário para atingir essa meta. Suas declarações ocorreram no mesmo dia em que a Petrobras anunciou nova descoberta de petróleo, ressaltando a tensão entre os avanços fósseis e os objetivos de descarbonização. Alckmin também enfatizou a importância de construir um mapa do caminho para orientar a transição energética. Esse plano, segundo ele, deve organizar etapas, metas e responsabilidades e integrar ações como a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, a proteção das florestas, a recuperação de áreas degradadas e o fortalecimento da cooperação entre governos, empresas e comunidades. (Canal Solar - 17.11.2025)

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Geração Distribuída

Neonergia: Suspensão de cobrança de clientes com GD solar no RN

A Neoenergia Cosern, distribuidora de energia elétrica no Rio Grande do Norte, passou a aplicar novas tarifas que encarecem a energia solar para consumidores que instalaram sistemas fotovoltaicos após 7 de janeiro de 2023. A empresa começou a cobrar parte da TUSD e também a incidência de ICMS sobre a energia compensada por geração distribuída, justificando a medida com base na legislação vigente. A decisão surpreendeu muitos usuários residenciais, que relataram contas de luz muito mais altas do que esperavam. Diante da repercussão, o Procon potiguar abriu uma investigação para apurar possíveis abusos, enquanto associações do setor solar destacam que a medida pode comprometer a previsibilidade regulatória e a segurança jurídica para quem investe em sistemas fotovoltaicos. (Canal Solar - 18.11.2025)

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Corte de geração na GD gera controvérsia sobre base normativa do PRODIST

A Aneel determinou que as distribuidoras de energia elétrica têm não apenas a permissão, mas o dever de realizar cortes de geração — além de carga — em consumidores com geração distribuída (GD), quando houver instrução do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), como parte de um plano emergencial para garantir segurança e confiabilidade do sistema elétrico. Esse entendimento é respaldado por normas regulatórias, tais como os Módulos 3 e 4 do PRODIST, que atribuem às distribuidoras a responsabilidade de executar medidas de controle quando exigido pelo ONS. No documento, a agência afirma que as unidades consumidoras, inclusive aquelas com micro e minigeração distribuída (MMGD), devem obedecer às solicitações de corte feitas pela distribuidora em situações de risco ao sistema. A medida, embora justificada legalmente, gerou controvérsias, já que a base normativa apontada — especialmente o item 48 do Módulo 4 do PRODIST — menciona apenas controle de carga, e não há previsão explícita de corte de geração, o que levanta questionamentos jurídicos sobre sua aplicabilidade. (Canal Solar - 18.11.2025)

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Armazenamento de Energia

Rystad Energy: Baterias devem receber um terço dos investimentos da geração solar

A Rystad Energy projeta que, nos próximos dois ou três anos, as baterias deverão concentrar cerca de um terço dos investimentos hoje direcionados à geração solar, impulsionadas pela queda de custos e pela capacidade crescente de mitigar gargalos como o curtailment. Segundo o economista-chefe Claudio Galimberti, a evolução tecnológica tende a ampliar o fator de capacidade dos sistemas de armazenamento, aproximando o setor de baterias com autonomia de operação por vários dias, o que reduziria de forma estrutural as perdas de geração renovável. Galimberti avalia que a combinação entre energia solar e baterias se tornará cada vez mais dominante, sobretudo diante da competitividade crescente das fontes renováveis em escala global. Para ele, a rápida expansão dessas tecnologias ocorre porque oferecem a alternativa mais barata — fator que, mais do que políticas governamentais ou exigências regulatórias, acelera a transição energética. Nesse cenário, a integração de armazenamento e geração solar deve avançar de forma contínua nos próximos cinco anos, contribuindo para maior equilíbrio no fornecimento e redução de restrições operacionais. (Megawhat - 14.11.2025)

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BV e Powersafe: Parceria para o financiamento para armazenamento de energia

O Banco BV e a Powersafe firmaram parceria para financiar projetos de armazenamento de energia, abrangendo desde residências e propriedades rurais até empresas e indústrias de grande porte. A iniciativa busca tornar mais acessível a aquisição de sistemas completos de geração fotovoltaica com baterias, oferecendo condições diferenciadas de crédito e retorno mais rápido sobre o investimento. A linha de financiamento contempla desde baterias residenciais e estações portáteis de energia até sistemas de grande porte (BESS), permitindo que consumidores reduzam custos com eletricidade, aumentem a autonomia energética e garantam maior segurança operacional. De acordo com as empresas, o objetivo é impulsionar o uso de soluções de armazenamento no país, fortalecendo a transição para uma matriz mais limpa e descentralizada. (Agência CanalEnergia - 12.11.2025)

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Veículos Elétricos

Amazon: Ampliação da frota de VEs no Brasil

A Amazon Brasil anunciou a ampliação de sua frota elétrica logística, dobrando a capacidade de entregas sustentáveis em relação ao ano anterior e expandindo para 29 o número de estações operadas com tecnologia própria. A parceria com a empresa brasileira To Do Green possibilita alcançar mais de 180 cidades em São Paulo e Minas Gerais com transporte de emissão zero, consolidando um dos maiores avanços da companhia na eletrificação da última milha e reforçando seu alinhamento ao Climate Pledge, compromisso global de descarbonização. A iniciativa integra caminhões e vans elétricas às operações de entrega rápida, mantendo padrões de segurança e eficiência, ao mesmo tempo em que influencia fornecedores e setores associados à cadeia logística. Segundo a empresa, a eletrificação do transporte é elemento central da estratégia climática, com a parceria nacional fortalecendo o desenvolvimento de tecnologias limpas no país e contribuindo para a redução estrutural das emissões no longo prazo. (Cenário Energia - 17.11.2025)

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Aurora Lab: Estudo apresenta dados inéditos sobre eletrificação do transporte pesado no Brasil

O estudo apresentado pela Aurora Lab na COP30 sistematiza dados coletados durante uma jornada de 6.060 km realizada por um caminhão pesado totalmente elétrico, que percorreu o país por 102 dias. A experiência demonstrou ganhos ambientais relevantes — incluindo a redução de aproximadamente 6,5 toneladas de CO₂ — e mostrou que o custo operacional da eletricidade se aproxima do do diesel, com gastos totais de R$ 14,9 mil e média de R$ 2,30 por quilômetro rodado, porém sem emissões diretas. O relatório também evidencia limitações estruturais importantes para a expansão da mobilidade elétrica pesada no Brasil. Entre os principais desafios identificados estão a autonomia limitada dos caminhões elétricos, a distribuição irregular de eletropostos, a falta de padronização dos sistemas de recarga e a fragilidade de redes elétricas locais. Esses fatores reforçam a necessidade de coordenação entre setor elétrico, logística, órgãos reguladores e indústria automotiva para que o país possa transformar sua vantagem em energia limpa em um ecossistema viável de transporte de cargas eletrificado. (Cenário Energia - 14.11.2025)

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BNDES: Captação de R$ 1,73 bilhão para mobilidade urbana

O BNDES anunciou na COP30 duas novas captações com o banco alemão KfW, totalizando R$ 1,73 bilhão (€ 280 milhões), voltadas à mobilidade urbana e à expansão de renováveis. A primeira, de € 130 milhões, contará com apoio não reembolsável do governo alemão e deve financiar projetos de eletrificação de frotas de ônibus, além de viabilizar cooperação técnica para atualizar o Guia TPC, que orienta tecnologias e práticas de transporte público. A segunda, de € 150 milhões, será destinada ao financiamento de projetos de energia solar e eólica. O banco destaca que os acordos reforçam o compromisso do país com uma economia de baixo carbono. As iniciativas celebram também os 60 anos de cooperação entre BNDES e KfW, parceria que desde 1965 já financiou projetos estratégicos em renováveis, mobilidade e meio ambiente. As novas captações se somam às cartas de intenção anunciadas no dia anterior para o Fundo Clima, que somam R$ 8,8 bilhões em aportes negociados com o BID e um consórcio de bancos europeus. (Agência CanalEnergia – 13.11.2025)

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COP30: Anfavea defende importância dos biocombustíveis

A Anfavea realizou sua coletiva mensal diretamente da COP30, destacando a participação do setor automotivo em debates sobre descarbonização, biocombustíveis e economia de baixo carbono. A entidade levou ao evento dados que apontam a frota brasileira como uma das menos emissoras de CO₂ do mundo, reforçando o papel de tecnologias que vão do etanol aos veículos elétricos. Segundo a associação, a tendência é de crescimento contínuo dos carros sustentáveis na próxima década, impulsionada pela combinação de inovação tecnológica e políticas públicas. Durante a coletiva, o presidente Igor Calvet enfatizou a vantagem competitiva do Brasil na transição energética, apoiada por uma matriz elétrica majoritariamente verde e renovável. Ele destacou que essa condição fortalece o país no processo de descarbonização do transporte, considerando que a maior parte das emissões ocorre no uso dos veículos. A expectativa é de aumento da oferta de modelos leves e pesados com novas tecnologias, acompanhando tanto a demanda dos consumidores quanto as exigências regulatórias. (Automotive Business - 13.11.2025)

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Eletra: Brasil terá maior frota de ônibus elétricos da América Latina em 2026

A Eletra Industrial projeta que o Brasil se tornará, até dezembro de 2026, o país com a maior frota de ônibus elétricos da América Latina, superando Chile e México. A estimativa apoia-se no volume de pedidos já firmados: 650 veículos encomendados até abril de 2026, principalmente para operação em São Paulo, além de novas negociações em andamento. Atualmente, dos 1.158 ônibus elétricos em circulação no país, 62% são fabricados pela empresa, o que reforça seu papel central na expansão do segmento. Segundo a Eletra, cerca de 80% da frota nacional encontra-se na capital paulista, que ultrapassou a marca de 1.000 unidades em outubro de 2025. O milésimo veículo, fabricado pela empresa, possui 15 metros, três eixos e capacidade para transportar 100 passageiros. Para atender ao crescimento da demanda, a companhia anunciou um investimento de R$ 40 milhões destinado à ampliação da produção de chassis elétricos e à implantação de uma nova linha exclusiva. (Automotive Business - 14.11.2025)

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Eficiência Energética

Celesc: Projeto de eficiência energética é premiado em SP

O projeto Hospitais + Eficientes, desenvolvido pela FHESC e apoiado pelo Programa de Eficiência Energética Celesc/ANEEL, foi reconhecido como uma das três iniciativas mais inovadoras do país em uso racional de energia elétrica durante o 21º COBEE. A iniciativa promoveu a modernização da infraestrutura elétrica e a adoção de soluções sustentáveis em quatro hospitais filantrópicos de Santa Catarina, por meio de investimentos em painéis solares, iluminação eficiente, climatização, além da atualização de sistemas de refrigeração e bombeamento. Com um investimento total de R$ 5,49 milhões, majoritariamente financiado pela Celesc, o projeto resultou em significativa economia de energia, alcançando 1.094 MWh anuais — equivalente ao consumo médio de 61 mil residências — e reduzindo 78 toneladas de CO₂ por ano. Os resultados reforçam o compromisso do setor filantrópico com práticas sustentáveis e a utilização eficiente de recursos públicos. (Acontecendo Aqui - 12.11.2025)

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Cemig: Ações de eficiência energética em MG

O Lar São Vicente de Paulo, em Montes Claros, recebeu melhorias significativas por meio do Programa de Eficiência Energética da Cemig, incluindo a instalação de uma usina fotovoltaica e a substituição completa da iluminação por sistemas em LED. As ações foram viabilizadas pela Chamada Pública de Projetos do programa, que incentiva a modernização de equipamentos e a adoção de soluções sustentáveis para promover o uso eficiente da energia elétrica. Com mais de 25 anos de atuação, o programa já investiu mais de R$ 1,1 bilhão em iniciativas em toda a área de concessão da Cemig, resultando em ampla economia de energia e redução de emissões. Na edição de 2024 da chamada pública, 17 projetos foram selecionados, totalizando R$ 19 milhões em investimentos e estimando-se uma economia anual de cerca de 6 GWh, reforçando os benefícios ambientais e operacionais das ações de eficiência. (Revista Tempo - 13.11.2025)

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CPFL: Ações de eficiência energética em SP

A CPFL Paulista concluiu uma nova etapa do projeto de eficiência energética na Apae Campinas, com a instalação de uma terceira usina fotovoltaica de 40,7 kWp, elevando a capacidade total de geração para 101,7 kWp. O investimento supera R$ 256 mil nesta fase e faz parte de um conjunto de aportes que ultrapassa R$ 800 mil, destinados a reduzir os custos operacionais da instituição e ampliar a sustentabilidade de suas atividades. Além da ampliação da geração própria de energia, o projeto substituiu 481 pontos de iluminação incandescente por tecnologia LED, contribuindo para menor consumo e maior durabilidade dos equipamentos. As ações devem evitar a emissão anual de 59,4 toneladas de CO₂ — equivalente ao plantio de 357 árvores — reforçando o impacto ambiental positivo das iniciativas implementadas. (Hora Campinas - 16.11.2025)

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EDP: Abertura de chamada pública para projetos de eficiência energética em SP

A EDP anunciou a abertura das inscrições para a nova Chamada Pública de Projetos de Eficiência Energética, que neste ano contará com um aporte recorde de R$ 16,1 milhões voltados a iniciativas dos setores público e privado. A ação, que chega à 25ª edição, já acumulou resultados expressivos, incluindo uma economia anual de 185 GWh nos municípios atendidos — volume equivalente ao consumo da cidade de Suzano — e a redução de 8,5 milhões de toneladas de CO₂ equivalente ao longo de sua trajetória, com mais de R$ 350 milhões investidos e cerca de um milhão de pessoas beneficiadas. Na edição mais recente, em 2024, foram contemplados 11 projetos distribuídos por sete municípios das regiões do Vale do Paraíba, Alto Tietê e Litoral Norte. As iniciativas incluíram instalação de sistemas fotovoltaicos, modernização de iluminação pública com LED e melhorias de eficiência energética em hospitais, unidades de saúde e escolas, reforçando o papel da CPP como instrumento de incentivo à modernização e ao uso sustentável de energia. (Tamoio News - 15.11.2025)

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Energisa: Ações de eficiência energética no MS

O Hospital São Julião, em Campo Grande, passa por uma modernização energética promovida pelo Programa de Eficiência Energética da Energisa Mato Grosso do Sul, com foco na redução de custos operacionais e no uso sustentável da energia. As ações incluem a substituição de lâmpadas e projetores por modelos em LED, a instalação de um sistema fotovoltaico de 85,40 kWp e a troca de aparelhos de ar-condicionado por equipamentos mais eficientes certificados com o Selo Procel. Com investimento total de R$ 416,5 mil, o projeto prevê uma economia anual de 217,17 MWh, equivalente ao consumo médio de cerca de 90 residências. A iniciativa reforça o compromisso da concessionária com a eficiência energética e a sustentabilidade, além de fortalecer a infraestrutura de uma instituição essencial para o atendimento à população sul-mato-grossense. (Fronteira News - 14.11.2025)

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Microrredes e VPP

Axia Energia: Instalação de microrrede solar com baterias na Amazônia

A AXIA Energia, em parceria com a Baterias Moura, implantará usinas fotovoltaicas com sistemas de armazenamento em unidades do Exército Brasileiro em Tefé e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, substituindo a atual geração a diesel, considerada cara e altamente poluente. O investimento total é de R$ 9,5 milhões, financiado pela Conta de Desenvolvimento da Amazônia Legal, e inclui a engenharia da AXIA e o fornecimento e comissionamento dos equipamentos pela Moura. A iniciativa deve gerar economia significativa para a Conta de Desenvolvimento Energético (CCC), com benefícios estimados em R$ 39 milhões ao eliminar o uso de diesel nessas localidades isoladas. Em Tefé, o sistema de 503,25 kWp deve evitar quase 11 mil toneladas de CO₂ em 15 anos, enquanto em São Gabriel da Cachoeira, o sistema de 382 kWp deve reduzir cerca de 8 mil toneladas no mesmo período, fortalecendo a transição para fontes renováveis e reduzindo custos operacionais. (Canal Solar - 17.11.2025)

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