Tecnologias Exponenciais 234
Tecnologias e Soluções Digitais
Artigo GESEL: "Oportunidades de investimento para data centers no Brasil"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do GESEL), Piero Carlo Sclaverano Dos Reis (pesquisador associado do GESEL-UFRJ e doutorando em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético [PPE] da UFRJ-COPPE) e Cristina da Silva Rosa (pesquisadora associada do GESEL-UFRJ) tratam do potencial do Brasil para se tornar um importante destino de investimentos em data centers, devido à sua extensa rede elétrica, oferta significativa de energia renovável e custos competitivos, destacando a recente medida provisória nº 1.307/2025, que amplia incentivos fiscais para projetos localizados em Zonas de Processamento de Exportação. Contudo, os autores alertam para a exigência da MP de que o fornecimento de energia seja exclusivamente por novas plantas renováveis, o que pode dificultar o desenvolvimento do setor ao impor investimentos duplos e desconsiderar o excesso de oferta de energia eólica e solar atualmente existente, recomendando a revisão dessa regra para viabilizar o crescimento sustentável e competitivo dos data centers no país. Acesse o texto na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 03.09.2025)
Cemig SIM e Huawei: Assinatura de MOU para acelerar a inovação no setor elétrico
A Cemig SIM e a Huawei firmaram um Memorando de Entendimento durante a Intersolar South America 2025 para desenvolver soluções inovadoras voltadas à eficiência energética e à transformação digital do setor. A parceria permitirá a criação de projetos-piloto que utilizem inteligência artificial, big data e Internet of Things (IoT), aumentando a eficiência operacional e a confiabilidade no fornecimento de energia a residências e empresas. O objetivo é oferecer serviços diferenciados que agreguem valor à experiência do cliente final, além de desenvolver novos modelos de negócios e soluções capazes de contribuir para um futuro energético mais inteligente e sustentável. (Agência CanalEnergia - 29.08.2025)
Norte Energia: Inovação em segurança de barragens com IA
A Norte Energia apresentou na DamsWeek 2025, em Porto Alegre, o Sistema de Predição de Surgências e Evolução de Canalículos (SISPREDI-BM), desenvolvido para reforçar a segurança de barragens da UHE Belo Monte (11.233 MW). A ferramenta, baseada em inteligência artificial com técnicas de machine learning e redes neurais, utiliza mais de dez anos de observações para antecipar riscos associados à formação de pequenos canais naturais em solos amazônicos, que podem comprometer barragens de terra ao permitir a passagem de água e causar desgastes. O projeto recebeu investimento de R$ 2,17 milhões e é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com parcerias do Itaipu Parquetec, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná e da Unesp. Segundo a empresa, a metodologia já desperta interesse internacional e pode se tornar referência para barragens em solos tropicais de outros países. (Agência CanalEnergia - 03.09.2025)
Transição Energética e ESG
Brasil: Estados brasileiros criam mecanismos próprios para financiar descarbonização
Vários estados brasileiros estão estruturando mecanismos próprios para financiar projetos de descarbonização e adaptação climática. O Espírito Santo criou um Fundo de Descarbonização com R$ 500 milhões iniciais oriundos dos royalties do petróleo, a ser gerido pelo BTG Pactual, e com possibilidade de atrair cotistas nacionais e internacionais. São Paulo lançou o Finaclima, mecanismo de financiamento ambiental operado pelo Funbio, voltado à restauração de vegetação nativa. O Rio Grande do Sul implementou o programa H2V-RS, que financia projetos com hidrogênio verde e vai destinar até R$ 30 milhões por projeto aprovado. Já Pernambuco e Mato Grosso do Sul atuam com programas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), beneficiando agricultores, comunidades tradicionais e proprietários rurais que contribuam para a conservação de biomas e recursos hídricos. Essas iniciativas estaduais complementam a agenda verde nacional, com foco em soluções regionais. (Valor Econômico - 28.08.2025)
Brasil: Blended finance avança como solução para financiar transição verde
O modelo de blended finance, que combina capital público, filantrópico e privado para viabilizar investimentos sustentáveis, tem ganhado força como ferramenta-chave para suprir a lacuna de financiamento climático. Em 2024, esses arranjos movimentaram US$ 65 bilhões globalmente, mas o volume ainda está longe dos US$ 9 trilhões anuais necessários até 2030 para conter o aquecimento global. No Brasil, o modelo começa a se consolidar com políticas públicas como o Eco Invest e iniciativas privadas como a Belterra Agroflorestas, que atraiu investimentos para projetos de agroflorestas e restauro. A estratégia também é adotada por organizações como a aceleradora Amaz, que apoia negócios sustentáveis na Amazônia. A proposta é reduzir riscos, atrair o setor privado e escalar soluções como energia limpa, agricultura regenerativa e restauração de ecossistemas, exigindo arranjos financeiros customizados conforme o estágio e o perfil dos projetos. (Valor Econômico - 28.08.2025)
Multinacionais investem em startups para acelerar transição de baixo carbono
Grandes corporações, especialmente aquelas com alta emissão de gases de efeito estufa, vêm ampliando investimentos em startups de tecnologias verdes para acelerar sua transição rumo à neutralidade de carbono até 2050. A mineradora Vale, via seu braço Vale Ventures, investiu em startups como a americana Electrified Thermal Solutions, que desenvolve tecnologia pioneira para substituir combustíveis fósseis no aquecimento industrial com eletricidade limpa. Desde 2022, a Vale destinou US$ 100 milhões para startups focadas em descarbonização, mineração circular e sustentabilidade. Esse movimento não é isolado: empresas como Intelbras, ArcelorMittal, Chevron e United Airlines também lançaram fundos e adquiriram startups de baixo carbono, focando em setores como energia solar e combustíveis sustentáveis para aviação. Especialistas destacam que esses investimentos são estratégicos para ampliar o impacto das inovações e acelerar a transformação das cadeias produtivas, além de atender demandas reputacionais e abrir novos mercados. (Valor Econômico - 28.08.2025)
Shizen Energy: Demora regulatória ameaça competitividade da energia eólica offshore no Brasil
A demora na definição do cronograma para a viabilização da energia eólica offshore no Brasil pode fazer o país perder espaço para concorrentes como Colômbia e Chile, que já disputam protagonismo no setor na América Latina. Durante o 2º Seminário de Licenciamento Ambiental para o setor de Energia, a representante da Shizen Energy, Edisiane Correia, alertou sobre os riscos da lentidão regulatória e destacou a expectativa de avanços até a COP 30, visando a realização de leilões de áreas em 2026. A empresa japonesa possui seis projetos em licenciamento no Ibama, quatro no Rio Grande do Sul e dois no Ceará, iniciados em 2022, aguardando Declarações de Interferência Prévia (DIP). No entanto, muitos projetos podem não avançar por falta de viabilidade técnica e conflitos espaciais com cabos e gasodutos. A Shizen defende um modelo de autoprodução, voltado a grandes consumidores e produção de hidrogênio, reforçando o potencial estratégico da fonte. Apesar de atrasos, há expectativa de que o leilão ainda seja definido em 2025, com o Portal Único para Gestão do Uso de Áreas Offshore já finalizado. (Agência CanalEnergia – 28.08.2025)
Japão: Reformas estruturais podem triplicar energia renovável até 2030
Um relatório do Instituto de Economia da Energia e Análise Financeira (IEEFA) aponta que o Japão pode cumprir sua meta de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030 por meio de reformas estruturais no setor energético. Entre as principais recomendações estão a modernização da governança da rede, a reforma das obrigações das grandes concessionárias — que hoje priorizam fontes fósseis e nucleares — e o fortalecimento do envolvimento regional e comunitário. O país enfrenta desafios como congestionamento na rede, mercados inflexíveis e falta de infraestrutura para transportar energia das áreas rurais, onde há maior produção renovável, para os centros urbanos, onde está a demanda. Apesar disso, prefeituras como Fukushima, Akita, Saga e Hokkaido têm mostrado que o progresso é possível com liderança local, zoneamento adequado e financiamento regional. O relatório também defende o aumento dos leilões de energia, o uso de contratos de compra de energia (PPAs) e a criação de políticas claras para atrair investimentos e acelerar a transição energética no país. (Energy Monitor – 29.08.2025)
União Europeia: Atraso na transposição de metas ameaça avanço do hidrogênio renovável
Em julho, a Comissão Europeia abriu processos por infração contra quase todos os Estados-Membros pela demora na transposição das quotas de RFNBO (hidrogênio renovável) para a legislação nacional, sendo a Dinamarca a única exceção. As abordagens variam: a França foca inicialmente no hidrogênio de baixo carbono, a Alemanha adota metas progressivas até 2040, enquanto a Holanda mantém ambição baixa. Os atrasos prejudicam investimentos e confiança do mercado, já que sem regras claras não há segurança para financiamentos ou projetos transfronteiriços. Penalidades no transporte vêm pressionando o cumprimento das metas, mas a indústria segue sem mecanismos robustos de enforcement. Estima-se um déficit de 0,6 Mtpa em relação à meta de 2,9 Mtpa de hidrogênio RFNBO até 2030, exigindo investimentos de cerca de US$ 73 bilhões e o recurso a importações e alternativas como amônia. Embora o transporte conte com rotas de conformidade mais definidas, a indústria dependerá fortemente de importações, com apenas alguns países produzindo excedentes. Os próximos 24 meses são críticos, já que o ritmo lento da infraestrutura e a falta de clareza regulatória ameaçam a atração de capital e a aceleração da descarbonização. (Woodmac – 29.08.2025)
WEF: Lançamento de relatório sobre o financiamento da transição energética no Sul da África
O Fórum Econômico Munidla (WEF, na sigla em inglês) publicou o relatório Securing Minerals for the Energy Transition: Finance for Southern Africa. Elaborado em parceria com o Banco de Desenvolvimento da África Austral e a McKinsey & Company, o trablho destaca o papel estratégico da África Austral na transição energética global. A região detém cerca de 30% das reservas mundiais de minerais críticos, como cobalto, cobre, grafite, lítio, manganês e metais do grupo da platina — fundamentais para veículos elétricos, energias renováveis e tecnologias de armazenamento. No entanto, atrai menos de 10% do financiamento global para exploração. O estudo aponta barreiras de financiamento e propõe soluções práticas para escalar as cadeias de valor desses minerais, como modelos replicáveis para reduzir riscos, desenvolver infraestrutura, promover agregação de valor local e impulsionar o crescimento inclusivo. O objetivo é contribuir para o posicionamento da África Austral como um ator-chave na economia global de energia limpa, fortalecendo a resiliência da cadeia de suprimentos crítica para o futuro energético. (World Economic Forum – 29.08.2025)
BNDES: Lançamento de edital para fundos voltados à economia verde
O BNDES lançou hoje, 1º de setembro, a Chamada de Clima, um edital público com orçamento de até R$ 5 bilhões para selecionar fundos de investimento voltados à descarbonização industrial, transição energética, agricultura verde e restauração ecológica. A iniciativa visa atrair até R$ 13 bilhões em capital privado, totalizando R$ 18 bilhões em investimentos sustentáveis. Serão escolhidos até cinco fundos de equity e dois de crédito, com participação da BNDESPar de até 25% e 50%, respectivamente. Segundo o presidente do banco, Aloizio Mercadante, essa é a maior chamada da história da instituição e busca consolidar o papel do BNDES como investidor-âncora em setores estratégicos para o desenvolvimento sustentável e o mercado de capitais do país. As propostas podem ser enviadas até 20 de outubro e o resultado será divulgado em janeiro de 2026. (Valor Econômico – 01.09.2025)
Cebri: Biocombustíveis ganham protagonismo na meta brasileira de carbono zero até 2050
Segundo estudo do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), os biocombustíveis terão papel central na descarbonização da economia brasileira até 2050, sendo essenciais para substituir fontes fósseis e alcançar emissões líquidas zero. A análise contempla três cenários de transição energética: “Transição Brasil”, “Transição Alternativa” e “Transição Global”, que variam em intensidade e velocidade das ações. Todos os cenários indicam queda no uso de combustíveis fósseis a partir da década de 2030, com destaque para o avanço do diesel verde, SAF e biogás. O estudo também ressalta a importância da expansão das fontes renováveis, da eletrificação da economia e da estruturação de políticas para energia nuclear, hidrogênio verde e captura de carbono. No cenário mais otimista, a transição energética poderá impulsionar o crescimento do PIB em até 3,2% ao ano. (Valor Econômico - 27.08.2025)
Curso GESEL “Transição Energética: Inovação nas Fontes de Eletricidade”; início em 20 de outubro
O curso “Transição Energética: Inovação nas Fontes de Eletricidade” apresenta os principais desafios e oportunidades do setor elétrico brasileiro no processo de modernização. Com foco em inovações em fontes de eletricidade, destaca a energia solar, a energia eólica, a biomassa, a hidrelétrica e as tecnologias de armazenamento. Aborda ainda conceitos essenciais da transição energética, perspectivas futuras, políticas públicas e soluções regulatórias, sempre com base em análises do cenário nacional e internacional. O programa está estruturado em seis módulos, que incluem desde a introdução aos vetores da transição até o estudo de novas tecnologias, impactos ambientais e regulação do setor. Serão 12 horas de carga horária, com aulas online às segundas e quartas-feiras, das 18h às 20h. O início do curso está previsto para o dia 20 de outubro. Inscreva-se já: https://forms.gle/DXjB3vg5pKd1Z3Ru8 (GESEL-IE-UFRJ – 21.08.2025)
Geração Distribuída
Brasil: Aneel inclui GD em revisão regulatória para reforçar segurança do sistema elétrico
A Aneel aprovou a primeira revisão da Agenda Regulatória 2025-2026, incorporando a geração distribuída (GD) como eixo central para reforçar a segurança do sistema elétrico. O avanço da micro e minigeração, sobretudo solar, já presente em mais de 3 milhões de unidades consumidoras, levou a agência a incluir mecanismos de monitoramento e controle, diante das preocupações do ONS com impactos na operação do Sistema Interligado Nacional. Além disso, a Aneel reprogramou prazos e ajustou prioridades devido a restrições orçamentárias e técnicas, destacando temas como revisão tarifária, atualização do PLD e regulamentação do fim das concessões de transmissão. A medida, acompanhada de governança contínua, busca equilibrar o incentivo à expansão da GD com a estabilidade do sistema, reforçando a transição energética brasileira. (Cenário Energia - 02.09.2025)
Brasil: Bandeira vermelha da Aneel impulsiona adoção recorde de energia solar
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira vermelha no patamar 2 em setembro, resultando em uma alta na conta de luz e levando mais usuários a adotarem a energia solar fotovoltaica. A Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) avaliou que a fonte se tornou mais atraente devido à redução de custos e à proteção do consumidor contra a inflação energética. Segundo dados, 115 mil novas unidades consumidoras adotaram a tecnologia fotovoltaica entre julho e metade de agosto. Além de reduzir os custos, a energia solar contribui para a sustentabilidade, aliviando o orçamento das famílias. Por fim, destaca-se que atualmente o Brasil conta com 42 gigawatts de potência instalada na geração própria solar, atraindo mais de R$ 191,1 bilhões em investimentos. (BroadcastEnergia – 02.09.2025)
Brasil: Paraná alcança marca de 1 GW de energia em GD no meio rural
O Paraná atingiu a marca de 1 gigawatt (GW) de energia em Geração Distribuída (GD) no meio rural, volume capaz de abastecer mais de um milhão de habitantes, impulsionado principalmente pelo Programa RenovaPR, responsável por 86,25% dessa capacidade. Desde 2021, o programa viabilizou R$ 5,8 bilhões em financiamentos com juros subsidiados pelo Governo do Estado, que aportou R$ 260 milhões para equalização, beneficiando sobretudo agricultores familiares e médios produtores. Foram realizadas quase 39 mil novas ligações, sobretudo em painéis solares e sistemas de biodigestão, envolvendo cerca de R$ 1,6 bilhão em investimentos diretos. (Governo do Estado do Paraná - 03.09.2025)
ABGD: Associação apoia MP 1300 mas rejeita mudanças no Marco Legal da GD
A Associação Brasileira de Geração Distribuída manifestou apoio à MP 1300/2025, considerando positiva a instalação da comissão mista para análise da reforma setorial, mas defende a preservação do Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022). A associação alerta que alterações na lei via emendas criariam insegurança jurídica e comprometeriam a expansão do segmento essencial para transição energética. A ABGD sugere aprimoramentos pontuais, como garantir liberdade de escolha dos consumidores sobre modalidades tarifárias e evitar aplicação compulsória pela Aneel. A entidade também defende a integração da GD com sistemas de armazenamento, destacando seu papel estratégico na redução de picos de demanda e otimização do sistema elétrico. (Agência CanalEnergia - 28.08.2025)
GoodWe: Inauguração de laboratório de inovação em energia solar em SP
A GoodWe anunciou a inauguração do laboratório de treinamento Energy Innovation, um espaço inovador voltado para a capacitação, desenvolvimento tecnológico e empreendedorismo no setor de energia solar fotovoltaica. Localizado nas instalações da Fiap, em SP, o laboratório de treinamento foi inaugurado no dia 25 de agosto e foi projetado para atender tanto alunos da Fiap quanto outros públicos de interesse da Goodwe. Além disso, o local também incorporará tecnologias avançadas como soluções BIPV e inversores híbridos com capacidade de armazenamento em baterias. Por fim, além de cursos e treinamentos, o espaço será um polo de pesquisa, desenvolvimento e inovação, impulsionando o empreendedorismo no setor e promovendo soluções sustentáveis. (Agência CanalEnergia - 28.08.2025)
Axial Brasil: Novas parcerias que somam 70 MWp em geração distribuída
A Axial Brasil firmou parceria com as empresas BelEnergy e Minuano Participações para o fornecimento de trackers solares em projetos que somam mais de 70 MWp em GD. A assinatura aconteceu na Intersolar South America, realizada na última semana em São Paulo. Os trackers solares fornecidos pela Axial prometem aumentar a geração de energia em uma média de 30% em comparação a estruturas fixas. Destrinchando a parceria, a Axial fornecerá a Minuano equipamentos para, ao menos, seis usinas, totalizando mais de 30MWp, enquanto para a BelEnergy, a empresa fornecerá equipamentos para 11 usinas que totalizam 40 Mwp. (Agência CanalEnergia - 02.09.2025)
Armazenamento de Energia
IRENA: Combinação de solar e baterias se consolida como pilar da transição energética
Nos últimos cinco anos, a combinação de energia solar fotovoltaica (PV) com sistemas de armazenamento por baterias (BESS) deixou de ser experimental e se tornou essencial para a transição energética global. A queda drástica nos custos das baterias (93% desde 2010) e dos módulos solares, impulsionada pelo excesso de oferta chinesa e avanços em química e digitalização, tornou o modelo PV-BESS competitivo, confiável e financeiramente viável, inclusive em redes fracas. A demanda cresce não só por resiliência, mas também pela necessidade de equilibrar a geração solar diurna com picos de consumo noturno. Projetos em mercados emergentes, como os de Ruanda e Egito, demonstram a adoção em larga escala, com impacto positivo na substituição do diesel e expansão de redes locais. Estações de troca de baterias solares para motocicletas na África também mostram o potencial transformador dessa tecnologia. No entanto, desafios persistem, como a falta de regulamentação clara, necessidade de financiamento acessível, gestão do ciclo de vida das baterias e dependência de importações. Mesmo assim, o PV-BESS se consolida como pilar da infraestrutura energética resiliente e sustentável do futuro. (IRENA – 28.08.2025)
Cela: Preços de baterias devem cair 15% em 2025
Segundo projeções da Clean Energy Latin America (Cela), os preços das baterias devem cair aproximadamente 15% ao longo de 2025, após uma queda de 40% no ano anterior. Marília Rabassa, líder de serviços de consultoria da Cela, destacou durante o evento Intersolar South America 2025, em São Paulo, que o custo desses dispositivos tem diminuído significativamente, seguindo a tendência observada no setor de energia solar fotovoltaica. Além disso, segundo a executiva, essa tendência negativa dos preços é derivada de diversos movimentos, como o deslocamento de carga, as oportunidades no leilão de sistemas isolados e o Leilão de Reserva de Capacidade para Baterias, previsto para 2026. Portanto, a perspectiva de redução contínua indica um cenário favorável para o avanço da armazenagem de energia e o aumento da participação de fontes renováveis no sistema energético. (Broadcast Energia – 27.08.2025)
Veículos Elétricos
ONS e EZVolt: Parceria visando integração de dados de recarga elétrica
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) firmou uma parceria inédita com a EZVolt, empresa especializada em recarga de veículos elétricos, para acessar dados anonimizados de eletropostos em todo o Brasil. O objetivo é entender com mais precisão o impacto da mobilidade elétrica na demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) e apoiar o planejamento estratégico do setor elétrico. A EZVolt fornecerá informações agregadas sobre hábitos de recarga, como horários de maior uso, frequência, tempo médio das sessões e tipos de veículos conectados. Esses dados serão incorporados às ferramentas de projeção do ONS, permitindo prever picos de consumo e otimizar a operação e expansão da rede. A iniciativa também visa apoiar políticas públicas de eletromobilidade, promover inovações em recarga inteligente e servir de modelo para futuras colaborações entre o setor elétrico e a cadeia de mobilidade elétrica. Em um país com matriz majoritariamente limpa, a eletrificação da frota urbana oferece oportunidades sustentáveis, mas exige planejamento para manter o equilíbrio entre oferta e demanda de energia. (Inside EVs – 29.08.2025)
Huawei: Soluções para a eletromobilidade pautam nova fase de expansão no Brasil
A Huawei Digital Power anunciou uma nova fase de expansão no Brasil, um ano após iniciar a venda de carregadores ultrarrápidos para veículos elétricos. A meta é comercializar 100 unidades de potência e 400 dispensadores de recarga até 2026, acompanhando o crescimento da frota eletrificada no país. A tecnologia, que promete “um segundo por quilômetro”, permite carregar 200 km em apenas cinco minutos, aproximando a recarga da experiência de abastecimento convencional. Baseada em unidades de 720 kW, escaláveis para até 12 pontos simultâneos, a solução conta com refrigeração líquida e sistema de balanceamento inteligente de carga. Integrados ao sistema BESS, de baterias de grande porte, os carregadores já estão sendo aplicados em projetos de recarga de ônibus elétricos em São Paulo, contribuindo para o avanço da infraestrutura de mobilidade elétrica e para a descarbonização do transporte público. (Agência CanalEnergia - 29.08.2025)
GWM e Livoltek: Parceria visa instalação de carregadores rápidos para VEs
A GWM Brasil firmou parceria com a Livoltek para instalar carregadores rápidos de corrente contínua (DC) em toda a sua rede de concessionárias, reforçando a estratégia de expansão da mobilidade elétrica no país. As primeiras unidades já estão em implementação em concessionárias de São Paulo e do Paraná, com equipamentos de até 120 kW de potência, capazes de recarregar modelos como o ORA 03 Skin, Haval H6 PHEV19 e Tank 300 em menos de uma hora. O acordo também inclui suporte técnico e capacitação das equipes. Atualmente, todas as concessionárias da marca já contam com pontos de recarga gratuitos equipados com carregadores de pelo menos 30 kW. Além da rede própria, a GWM inaugurou estações em locais estratégicos, como o Floripa Shopping (Florianópolis) e o Shopping JK Iguatemi (São Paulo), sendo a primeira estrutura instalada no edifício EZ Towers, também na capital paulista. A iniciativa busca ampliar a conveniência para os clientes e consolidar o compromisso da empresa com inovação e sustentabilidade. (Portal Solar - 02.09.2025)
China: País atinge marca de 16,7 milhões de carregadores de VEs
A China mantém posição isolada como líder global em infraestrutura de recarga para veículos elétricos, somando 16,7 milhões de pontos de recarga até julho de 2025, número 53% superior ao de 2024. O avanço acompanha o crescimento acelerado da frota elétrica no país, refletido também no consumo mensal de 7,71 bilhões de kWh destinados à recarga, um aumento de 54% em relação ao ano anterior. A rede é concentrada em grandes operadores como TELD, Star Charge e YKC, responsáveis por mais de 2 milhões de pontos públicos. Em contraste, o Brasil conta com cerca de 15 mil eletropostos públicos e semipúblicos, segundo a ABVE. Embora o crescimento seja contínuo, a infraestrutura nacional ainda é insuficiente para atender à expansão do mercado de veículos elétricos. Especialistas defendem a necessidade de ampliar a instalação de pontos de recarga públicos, incentivar soluções residenciais e fortalecer a integração entre concessionárias, operadores privados e fabricantes para viabilizar um crescimento sustentável da mobilidade elétrica no país. (Inside EVs - 30.08.2025)
Wood Mackenzie: Frota de VEs deve superar a de veículos a combustão apenas em 2045
O crescimento dos veículos elétricos (VEs) é promissor, mas ainda insuficiente para atingir rapidamente as metas climáticas, com projeções da Wood Mackenzie indicando que apenas em 2045 os VEs superarão os veículos a combustão nas estradas globais. Para acelerar a adoção, além de reduzir ansiedade de alcance e preços, é fundamental repensar os EVs não só como meios de transporte, mas como ativos energéticos capazes de carregar residências e estabilizar a rede elétrica por meio do carregamento bidirecional, que permite a troca de energia entre veículo e casa ou rede. Sylvia Leyva Martinez conversa com Aseem Kapur, da GM Energy, que destaca a importância dos sistemas veículo-para-casa e veículo-para-rede, padrões de interoperabilidade e incentivos para conquistar a confiança dos consumidores. No entanto, permanecem desafios, como o impacto do uso bidirecional na saúde das baterias, a viabilidade em larga escala e a necessidade de incentivos robustos para que consumidores e concessionárias vejam os EVs além de simples carros. (Woodmac – 26.08.2025)
ABVE: Associação critica diretriz nacional sobre garagens com pontos de recarga
A ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) divulgou nota crítica à nova Diretriz Nacional sobre Garagens com Sistemas de Alimentação de Veículos Elétricos (SAVE), publicada pelo Conselho Nacional dos Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros (Ligabom). Embora reconheça avanços técnicos, como a padronização das instalações segundo normas da ABNT, a associação considera a diretriz discriminatória, tecnicamente equivocada e de difícil aplicação. O principal ponto de crítica é a exigência de sprinklers e detecção de incêndio em toda a garagem de prédios existentes apenas quando houver pontos de recarga, penalizando a eletromobilidade e ignorando os altos índices de incêndios em veículos a combustão. A ABVE também aponta erros conceituais, como a confusão entre modos de recarga e tipos de conectores, além de prazos inviáveis para adaptação. A entidade defende uma regulação neutra, baseada em evidências científicas e segurança universal, alertando que a norma pode gerar judicialização e travar a modernização das garagens no Brasil. A ABRAVEI compartilha da crítica, considerando a exigência desproporcional e sem respaldo internacional. (Inside EVs – 28.08.2025)
Instituto Ar: Estudo destaca vantagens da eletrificação da frota de caminhões no Brasil
Um estudo do Instituto Ar indica que eletrificar a frota de caminhões de carga pesada no Brasil pode reduzir em até 46% as emissões de gases de efeito estufa até 2050 e gerar uma economia de R$ 5 bilhões em custos ambientais e de saúde. A pesquisa modelou diferentes cenários de substituição de caminhões a diesel por alternativas como elétricos a bateria, híbridos, movidos a hidrogênio, gás natural e biodiesel puro. A conclusão é que a eletrificação é a alternativa mais eficiente e sustentável, enquanto o uso de biodiesel puro exigiria até 25% do território nacional para cultivo de soja, com impacto ambiental e risco de desmatamento. Atualmente, os caminhões pesados representam quase metade das emissões do setor de transporte no país. O estudo alerta que apostar exclusivamente no biodiesel é insustentável e destaca os cobenefícios da eletrificação para o clima e a saúde pública, especialmente para comunidades de baixa renda expostas à poluição nas rodovias. (Valor Econômico – 01.09.2025)
Gestão e Resposta da Demanda
NREL: Gerenciamento inteligente da recarga de VEs pode proporcionar economia anual de US$ 30 bilhões até 2035
A crescente adoção de veículos elétricos (VEs) nos Estados Unidos já começa a impactar a rede elétrica, criando tanto desafios quanto oportunidades para as distribuidoras de energia. Segundo relatório do National Renewable Energy Laboratory (NREL), sem uma abordagem proativa, o aumento da demanda pode provocar falhas prematuras em transformadores, exigência de atualizações emergenciais e aumento nas contas dos consumidores. O gerenciamento inteligente da recarga, porém, pode descentralizar, otimizar e baratear o sistema elétrico. Estima-se que os VEs serão a principal fonte de crescimento da demanda por eletricidade nos anos 2030, podendo exigir investimentos em geração, transmissão e distribuição. No entanto, se bem integrados, os VEs podem fortalecer a rede, aumentar a resiliência e reduzir custos. Para os EUA, a previsão é de quase 79 milhões de VEs nas estradas até 2035. Mesmo em cenários mais conservadores, o valor econômico por veículo justifica a urgência em adotar a recarga gerenciada. Além disso, os VEs devem se tornar componentes-chave em usinas virtuais de energia (VPPs), capazes de entregar eletricidade de forma confiável a custos até 60% inferiores aos geradores tradicionais. Cada VE com recarga gerenciada pode economizar de US$ 145 a US$ 575 por ano para as distribuidoras, e com recarga bidirecional, esse valor pode ultrapassar US$ 1.300 por veículo. No entanto, a tecnologia de recarga bidirecional ainda enfrenta barreiras técnicas e de aceitação por parte das montadoras e concessionárias de energia. (Utility Dive – 27.08.2025)
Eficiência Energética
Brasil: UFPR abre inscrições para especialização em eficiência energética
O Departamento de Engenharia Elétrica da UFPR (Delt) está com inscrições abertas, até 5 de setembro, para a especialização em eficiência energética e Geração Distribuída (GD), curso híbrido voltado a preparar profissionais para os desafios da transição energética. A pós-graduação aborda técnicas de eficiência e redução de desperdícios, tecnologias e estratégias em GD, políticas públicas e incentivos, além de estudos de caso e aulas práticas, com docência de professores da UFPR e especialistas do setor. A seleção inclui inscrição, entrevistas e análise de currículo (com avaliação socioeconômica para bolsistas). O investimento é de 24 parcelas de R$ 544 e dúvidas podem ser enviadas para especializacao@eletrica.ufpr.br, e detalhes constam no edital. (UFPR - 03.09.2025)
Cemig: Ações de eficiência energética em MG
A Cemig investiu mais de R$ 13,6 milhões no primeiro semestre de 2025, por meio de seu Programa de Eficiência Energética (PEE), para modernizar cerca de 590 hospitais e unidades de saúde municipais em 75 cidades mineiras. As ações incluem substituição de equipamentos obsoletos, como autoclaves, modernização da iluminação com lâmpadas de LED e instalação de usinas solares fotovoltaicas em nove instituições, promovendo redução de custos, eficiência operacional e sustentabilidade. Apenas na Região Central, foram mais de R$ 1,9 milhão aplicados em 120 unidades, incluindo Belo Horizonte. Segundo a Cemig, os ganhos em economia de energia e manutenção permitirão que hospitais redirecionem recursos para outras necessidades. O programa, regulado pela Aneel, prevê até 2027 um total de R$ 75 milhões em investimentos, ampliando os benefícios sociais, ambientais e econômicos para a rede de saúde mineira. (Cidade Conecta - 03.09.2025)
Equatorial: Abertura de chamada pública para projetos de eficiência energética
O Grupo Equatorial lançou a Chamada Pública de Projetos 2025 do Programa de Eficiência Energética (PEE), disponibilizando R$ 56 milhões para iniciativas que promovam uso racional da energia, redução de desperdícios e impacto social positivo. Do total, R$ 8 milhões são destinados ao Maranhão, contemplando projetos de Iluminação Pública, Poder Público e Comércio e Serviços (CEBAS). As inscrições seguem até 28 de outubro de 2025 pelo portal oficial, com divulgação dos selecionados em 19 de dezembro. A iniciativa busca apoiar soluções inovadoras, como modernização de sistemas elétricos, fontes renováveis e práticas sustentáveis, alinhadas aos ODS da ONU. Para orientar os proponentes, será realizado um Workshop Técnico gratuito, em formato online e presencial, detalhando critérios, cronograma e ferramentas de submissão, reforçando o compromisso do programa em gerar benefícios econômicos e sociais em comunidades atendidas. (Equatorial - 03.09.2025)
Light: RioMuseu Light desafia escolas a criarem projetos de eficiência energética
O Museu Light da Energia lançou o projeto “Imersão no Museu Light da Energia”, que desafia estudantes da rede pública a desenvolverem projetos de eficiência energética e consumo consciente após visitas interativas às exposições do espaço. Além de conhecerem experiências práticas, como a esfera de plasma, quizzes e dinâmicas sobre sustentabilidade, os alunos são incentivados a criar iniciativas em suas escolas e comunidades, como feiras de ciência, maquetes, jogos educativos e ações de conscientização. Os três melhores trabalhos serão premiados em setembro, durante a semana de celebração da Agenda 2030 da ONU. Já participaram mais de 300 alunos e professores, e segundo os organizadores, a proposta busca provocar mudanças de comportamento duradouras, ampliando o impacto para além do ambiente escolar e fortalecendo a cultura da sustentabilidade desde a infância. (Tupi FM - 01.09.2025)
Milhagem UFMG: Equipe vence competição nacional de eficiência energética e estabelece novo recorde para baterias
A equipe Milhagem UFMG conquistou pela quarta vez a Shell Eco-marathon Brasil, estabelecendo um novo recorde nacional de eficiência com 373,7 km/kWh na categoria Protótipo a bateria elétrica. Realizada no Píer Mauá (Rio de Janeiro), a competição reuniu 43 equipes de vários países, e o protótipo DT2 da UFMG superou o segundo colocado por apenas 0,5 km/kWh, consolidando a equipe como a maior campeã da categoria no país. Além disso, o grupo mineiro alcançou um feito inédito ao registrar a primeira marca válida na América Latina na categoria Modelo urbano/combustão, com 54 km/l, por meio do protótipo ST-urban, desenvolvido ao longo de cinco anos. Formada por 30 alunos de diferentes cursos, a equipe promove inovação e sustentabilidade em mobilidade, sendo reconhecida pelo visual de cabelos azuis e agora projetando competir em nível internacional na Shell Eco-marathon Americas. (UFMG - 04.09.2025)
Energy Solutions Show: Webinar destacará eficiência energética no mercado livre
No dia 10 de setembro, o Energy Solutions Show (ESS) realizará um webinar gratuito com foco na eficiência energética como ferramenta estratégica para redução de custos operacionais e aumento da competitividade empresarial. Intitulado “Economia que gera valor: eficiência energética no mercado livre”, o evento online será transmitido às 10h via Zoom e contará com a participação de especialistas do setor elétrico. Entre os confirmados estão Ângela Oliveira (Abraceel), Silla Motta (Donna Lamparina), Gabriel Duarte (Grupo Amaggi) e Kleiton Streuli (Sabó), que apresentarão estratégias práticas, inovações tecnológicas e cases de sucesso sobre gestão inteligente de energia. Em meio aos desafios econômicos do país, o objetivo é mostrar como empresas podem transformar o consumo energético em vantagem competitiva. As inscrições já estão abertas e a participação promete oferecer insights valiosos sobre o uso eficiente da energia no mercado livre. (Agência CanalEnergia – 29.08.2025)
Microrredes e VPP
Austrália: Programa de VPP reduz custos com instalação de baterias e energia solar residencial
A Alinta Energy e a National Renewable Network lançaram na Austrália o programa Solar Together, uma usina virtual (VPP) que disponibiliza sistemas residenciais de energia solar e baterias sem custo inicial. A iniciativa, que começa em Nova Gales do Sul e no Sul da Austrália, permite que consumidores paguem tarifas reduzidas pela energia solar e armazenada, mais uma taxa fixa para acesso à rede e ao VPP, com possibilidade de adquirir o sistema após 12 anos. A plataforma da NRN garante gestão de ativos e novos fluxos de receita para varejistas e instaladores, tornando a energia limpa mais acessível sem repassar custos aos consumidores e criando um modelo inovador de mercado para a expansão da geração distribuída. (PV Magazine - 12.08.2025)
EUA: Microrrede solar abastece fazenda de permacultura e local de demonstração na Califórnia
O Occidental Arts & Ecology Center (OAEC), em Sonoma (Califórnia), inaugurou uma microrrede solar de 124 kW com 540 kWh de armazenamento em baterias, capaz de suprir integralmente suas necessidades atuais e futuras de energia. O sistema, composto por 270 painéis solares e pontos de recarga para veículos elétricos, garante autonomia frente a cortes de energia e riscos de incêndios florestais, comuns na região, fortalecendo a resiliência local. Instalado pela Vital Energy Solutions com apoio da própria equipe da OAEC, o projeto foi viabilizado por meio de financiamento da RE-volv, que mobilizou fundações filantrópicas e fundos climáticos. Além de reduzir custos e a pegada de carbono, a microrrede sustenta as atividades de permacultura, educação ambiental e diversidade cultural promovidas no centro. (Solar Power World Online - 03.07.2025)
Inglaterra: Comunidades carentes estão colhendo os benefícios das microrredes solares de Londres
Em Londres, comunidades de baixa renda estão começando a colher benefícios diretos das microrredes solares após mudanças regulatórias que permitem o uso da energia gerada em telhados de habitações sociais. No distrito de Hackney, o projeto liderado pela Emergent Energy e pelo Conselho local já instalou 4.000 painéis solares em 28 blocos e três conjuntos habitacionais, produzindo 1 MW de energia — suficiente para cobrir até um quinto da demanda elétrica desses prédios. Cerca de 800 moradores podem reduzir em 15% suas contas de luz, sem a necessidade de subsídios governamentais, já que os custos são assumidos pelos proprietários dos edifícios e recuperados pela venda da energia. O modelo público-privado se destaca por unir inclusão social, retorno financeiro e apoio às metas climáticas. (Reason Stobecheerful - 29.08.2025)
Artigo de Paul Hines: “A usina mais barata está na sua casa”
Em artigo do Utility Dive, Paul Hines (vice-presidenc de sistemas de energia do EnergyHub) destaca como a crescente pressão sobre a rede elétrica dos EUA — causada por ondas de calor extremas, aumento do consumo e infraestrutura envelhecida — exige soluções rápidas e inteligentes. Para o autor, em vez de depender apenas de mais geração e novas linhas de transmissão, uma alternativa promissora está na utilização mais eficiente dos recursos já existentes, especialmente dentro das próprias casas. Ele destaca o potencial das usinas virtuais de energia (VPPs), que são redes de dispositivos residenciais conectados, como termostatos inteligentes, baterias domésticas e carregadores de veículos elétricos, que podem ajustar automaticamente seu consumo para ajudar a equilibrar a demanda da rede. Além da flexibilidade, a implementação de VPPs é mais barata do que a construção de novas usinas ou LTs. Um estudo da Brattle Group estima que 60 GW em VPPs podem gerar uma economia de até US$ 35 bilhões nos próximos 10 anos, se comparados a investimentos tradicionais. Para escalar esse modelo, todavia, é essencial garantir participação contínua, confiança e uma boa experiência ao usuário. O autor pondera, por fim, que o futuro da rede elétrica está na coordenação de milhões de dispositivos conectados já presentes nos lares — reduzindo custos, evitando apagões e construindo um sistema mais resiliente e acessível para todos. (Utility Dive – 25.08.2025)
Segurança Cibernética
Artigo de Katherine Hutton: "Protegendo o futuro do armazenamento de energia com segurança cibernética"
O artigo de Katherine Hutton, da Fluence, destaca que o crescimento acelerado do armazenamento de energia em baterias (BESS) torna a segurança cibernética um elemento central da transição energética. Com sistemas cada vez mais digitais, interconectados e acessados remotamente, cresce a exposição a riscos, como vulnerabilidades ocultas em cadeias de suprimento e falhas em protocolos de acesso. Para enfrentar esse cenário, países como a Austrália, a União Europeia e os EUA já adotam padrões e legislações rigorosas, como a série ISA/IEC 62443 e a diretiva NIS2. A autora enfatiza que o BESS, quando projetado com segurança desde o início, pode ser não apenas protegido, mas também um reforço à resiliência das redes elétricas, oferecendo energia confiável em momentos críticos. Entre as boas práticas recomendadas estão: inventário detalhado de hardware e software, segmentação de redes, autenticação multifator para acesso remoto, monitoramento contínuo e suporte de longo prazo para atualizações. (Energy Storage News - 02.09.2025)