Tecnologias Exponenciais 229
Transição Energética e ESG
TDSE GESEL 141 “Sistemas Financeiros e Transição Energética: Implicações para a estrutura de financiamento de empresas líderes do setor elétrico na Europa e América do Sul”
O GESEL está publicando o Texto de Discussão do Setor Elétrico (TDSE) Nº 141, intitulado “Sistemas financeiros e transição energética: Implicações para a estrutura de financiamento de empresas líderes do setor elétrico na Europa e América do Sul”. O objetivo central do estudo é extrair lições da experiência europeia, que está avançada no processo de liberalização, dada as diretrizes da União Europeia na direção da formação de um mercado único de energia, e no protagonismo da região no processo de transição para energia renovável. A experiência desses países pode ser vista como um “benchmark” para este projeto, que busca propor um novo desenho para o mercado de energia elétrica no Brasil. Acesse o estudo aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.07.2025)
Artigo GESEL: "Os avanços do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões"
Em artigo publicado pelo Valor Econômico, Nivalde de Castro (professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico [GESEL-UFRJ]) e Cristina da Silva Rosa (pesquisadora associada do GESEL-UFRJ) tratam da recente Lei nº 15.042/2024, que instituiu o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) como um passo promissor na política climática nacional, criando cotas e certificados para regular as emissões de carbono. Os autores destacam o potencial estratégico do SBCE para atrair investimentos, proteger a competitividade da indústria brasileira frente a barreiras climáticas internacionais e fomentar uma reindustrialização verde. No entanto, alertam para desafios estruturais, como a falta de dados robustos, a exclusão inicial da agropecuária, a necessidade de mecanismos de estabilização de preços e de uma governança independente. A efetividade do sistema dependerá da rápida conversão da lei em normas operacionais claras, com destaque para o plano regulatório previsto para 2025. Se bem implementado, o SBCE poderá transformar o Brasil em um protagonista do mercado global de créditos de carbono; caso contrário, o país corre o risco de desperdiçar uma vantagem competitiva decisiva na transição energética mundial. Acesse o artigo na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.07.2025)
Aurora Energy Research: Relatório aponta quatro prioridades para descarbonização do SEB
Um estudo da Aurora Energy Research identificou 18 oportunidades para acelerar a descarbonização no Brasil, com destaque para quatro áreas críticas: gestão de curtailment (cortes de geração renovável, que superam 25% desde 2023), marco regulatório para recursos energéticos distribuídos (REDs, com crescimento de 1.600% entre 2019-2024), expansão do mercado de serviços ancilares (essencial para armazenamento) e regulamentação específica para baterias. O relatório recomenda atualização imediata de normas, harmonização da expansão de REDs com a transição para modelos de Operador de Sistema de Distribuição (DSO), e participação ativa do setor na construção de diretrizes para armazenamento. Rodrigo Borges, líder da consultoria, enfatiza que superar esses gargalos é vital para integrar renováveis e garantir confiabilidade na transição energética. (Agência CanalEnergia – 15.07.2025)
IRENA: Brasil está entre os países com energia renovável mais barata do mundo
O Brasil figura entre os países com menor custo de geração de energia renovável, segundo relatório da IRENA. Em 2024, 91% dos projetos renováveis no mundo foram mais baratos que a fonte fóssil mais acessível. No país, a energia solar e eólica apresentaram custos inferiores às médias globais. A competitividade brasileira é atribuída a leilões bem estruturados, recursos naturais abundantes e uma matriz energética diversificada. O relatório também destaca que, globalmente, as renováveis evitaram US$ 467 bilhões em custos com combustíveis fósseis. Projeções indicam queda nos custos de instalação até 2029, embora o financiamento continue sendo um fator decisivo para a viabilidade de novos projetos. (Canal Solar - 24.07.2025)
IRENA: Energias renováveis evitaram US$ 467 bilhões em custos com combustíveis fósseis em 2024
Estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês) estima que, em 2024, as fontes renováveis evitaram US$ 467 bilhões em custos com combustíveis fósseis, considerando a capacidade instalada de usinas solares, eólicas e hídricas. Apenas os 585 GW adicionados no último ano impediram o uso de US$ 57 bilhões em recursos fósseis, como carvão e petróleo. O levantamento destaca o papel das renováveis na segurança energética, estabilidade econômica e resiliência diante de um cenário global instável. Desde 2010, os custos de geração renovável vêm caindo significativamente, impulsionados por avanços tecnológicos, cadeias de suprimento mais eficientes e ganhos de escala. Em 2024, 91% dos novos projetos renováveis apresentaram custos inferiores aos das fontes fósseis. A energia eólica onshore registrou o menor custo nivelado de eletricidade (US$ 0,034/kWh), seguida pela solar centralizada (US$ 0,043/kWh) e pela hídrica (US$ 0,057/kWh). No mesmo ano, a energia solar apresentou o menor custo médio de instalação, com US$ 691/kW — valor 11% inferior ao de 2023 e 87% menor que o de 2010. (Portal Solar - 24.07.2025)
IRENA: 91% dos novos projetos de energia renovável agora são mais baratos do que alternativas de combustíveis fósseis
O relatório da IRENA de 2024 confirma que as energias renováveis seguem mais baratas que os combustíveis fósseis, com destaque para a energia eólica terrestre (US$ 0,034/kWh) e solar fotovoltaica (US$ 0,043/kWh). Em 2024, 91% dos novos projetos renováveis foram mais econômicos que alternativas fósseis, evitando US$ 57 bilhões em custos e US$ 467 bilhões no total. Apesar do avanço, desafios como gargalos na rede, licenciamento lento e altos custos de financiamento persistem, especialmente no Sul Global. Avanços em armazenamento de energia (queda de 93% nos custos desde 2010) e digitalização impulsionam a integração renovável. A IRENA e a ONU destacam a transição energética como irreversível, mas alertam que seu ritmo dependerá de políticas estáveis, cooperação internacional e investimentos em infraestrutura. (IRENA – 22.07.2025)
BNDES: Banco debate desafios para financiar transição energética justa
O BNDES promoveu debate sobre os obstáculos para alocação eficiente de capital em projetos de descarbonização, destacando a necessidade de atrair US$ 10 trilhões anuais até 2050 para financiar a transição energética global. Luciana Costa, diretora do banco, apontou que países emergentes como o Brasil enfrentam exigências de retornos mais altos, dificultando investimentos em tecnologias nascentes como hidrogênio verde e baterias. O presidente Aloizio Mercadante anunciou planos para criar uma certificadora de créditos de carbono, enquanto o Banco do Brasil iniciou testes para intermediar esses ativos. Especialistas defenderam maior atuação de bancos públicos para assumir riscos em projetos inovadores, criticando a lentidão global na implementação de políticas climáticas. (Agência CanalEnergia – 10.07.2025)
Índia: País adiciona capacidade recorde de 22 GW em energias renováveis
A Índia adicionou um recorde de 22 GW de capacidade renovável no 1º semestre de 2025 — aumento de 57% em relação ao ano anterior — impulsionada por incentivos fiscais do governo. A expansão inclui 18,4 GW solares, 3,5 GW eólicos e 250 MW de bioenergia, somando 234 GW totais de energia limpa instalada. No entanto, 75% da eletricidade ainda vem de combustíveis fósseis. O país também avança com energia nuclear, com uma nova unidade de 700 MW em operação e o primeiro reator modular aprovado. Armazenamento energético também cresce: 7,6 GW de sistemas BESS foram concedidos. Apesar do avanço, a Rystad alerta que a Índia ainda não vive uma transição energética real e depende fortemente do carvão para atender sua crescente demanda. (Renews.Biz – 21.07.2025)
Enverus: Relatório prevê que muitos projetos solares e eólicos dos EUA não terão sucesso com novo pacote fiscal
A Enverus Intelligence Research analisou o impacto do One Big Beautiful Bill Act (OBBBA) na resiliência dos projetos renováveis nos EUA. O estudo define como “resilientes” os projetos com custo nivelado de energia (LCOE) competitivo sem depender de créditos fiscais. Apenas 30% da capacidade solar e 57% da eólica em fila atendem a esse critério. Texas, Illinois e Indiana têm baixos índices de projetos solares resilientes, enquanto Califórnia e Arizona se destacam positivamente. Em energia eólica, Iowa, Illinois e Texas também ficam atrás, ao contrário de Montana e Oklahoma. A tendência é de deslocamento de investimentos para estados com metas políticas e preços de créditos renováveis mais favoráveis. (PEi – 18.07.2025)
CELA: Brasil possui mais de 100 projetos de H2V e derivados em desenvolvimento
Levantamento da consultoria Clean Energy Latin America (CELA) identificou 111 projetos de hidrogênio verde e derivados em desenvolvimento no Brasil, com investimentos anunciados de R$ 454 bilhões e demanda estimada de cerca de 90 GW de capacidade instalada, distribuídos por 15 estados. Os empreendimentos abrangem também amônia verde, e-metanol e aço verde, considerados estratégicos para a descarbonização de setores como agricultura e indústria pesada. A análise faz parte de um plano da CELA voltado a apoiar a transição energética por meio do fornecimento de informações sobre a evolução dos projetos, localização de polos emergentes, perfis de compradores, status dos empreendimentos e modelos de negócios. O estudo aponta que o Brasil possui alta competitividade na produção de amônia verde, com custos entre US$ 539 e US$ 1.103 por tonelada — valores dentro ou abaixo dos praticados para amônia fóssil. Já o hidrogênio verde pode ser produzido no país por custos entre US$ 2,83/kg e US$ 6,16/kg em regiões estratégicas. A combinação entre viabilidade econômica e potencial de fontes renováveis reforça a posição do Brasil como possível exportador de combustíveis verdes. (Canal Solar - 24.07.2025)
Geração Distribuída
Brasil: Crescimento da geração distribuída desacelera no 1º semestre de 2025
A geração distribuída no Brasil cresceu 4,697 GW entre janeiro e junho de 2025, apresentando desaceleração em relação ao mesmo período de 2024, quando o avanço foi de 5,119 GW. A modalidade, majoritariamente composta por energia solar, alcançou 41,482 GW de capacidade total, aproximando-se da capacidade termelétrica do país. A retração é atribuída a fatores como juros altos, aumento no imposto de importação de placas solares e incertezas políticas, com destaque para as MPs 1300 e 1304. Apesar dos desafios, especialistas acreditam na continuidade do interesse dos consumidores. Em junho, Mato Grosso liderou a expansão estadual e Cuiabá foi o município com maior crescimento. A região Sudeste mantém a liderança em capacidade instalada. (Agência Eixos - 16.07.2025)
ANEEL: 4 milhões de famílias já recebem créditos oriundos da MMGD
No Brasil, mais de 6,5 milhões de consumidores já usufruem de créditos de micro e minigeração distribuída (MMGD), segundo dados da ANEEL atualizados até 14 de julho de 2025; desse total, cerca de 4 milhões são residenciais, beneficiados pelos créditos de 3,71 milhões de sistemas fotovoltaicos que somam cerca de 41,5 GW de potência instalada. Só no primeiro semestre de 2025, 806 mil novos consumidores passaram a receber descontos na conta de luz, com a instalação de 452 mil sistemas que adicionaram 4,6 GW à geração distribuída. Entre os estados, São Paulo liderou a expansão, com 576,50 MW instalados, seguido por Minas Gerais (413,07 MW) e Mato Grosso (384,33 MW). (Canal Solar - 17.07.2025)
ANEEL: Agência avalia limites regulatórios para curtailment na geração distribuída
A ANEEL, por meio da diretora Agnes da Costa, está estudando os limites jurídicos e técnicos para aplicar cortes obrigatórios (curtailment) à Micro e Minigeração Distribuída (MMGD) na Consulta Pública nº 45/2019, equilibrando o direito adquirido dos geradores classificados como consumidores com a necessidade de manter a estabilidade do Sistema Interligado Nacional diante da rápida expansão solar pós‑Lei 14.300/2022. Além disso, a agência alerta para o crescimento de grandes consumidores críticos, como data centers, que exigem suprimento firme e contratos robustos — hipótese em que apenas fontes intermitentes seriam insuficientes — e destaca o potencial, mas também os desafios de custo e escala, do armazenamento como possível resposta a essas demandas. (Cenário Energia - 23.07.2025)
ABGD: Geração distribuída atinge 41 GW de potência instalada
A geração distribuída passou dos 41 GW de potência instalada e mais de 3,7 milhões de unidades consumidoras no Brasil. Os dados mais recentes da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) mostram a modalidade presente em 5.559 municípios e com cerca de 6,4 milhões de clientes que recebem os créditos pela energia injetada na rede e não consumida. Em destaque, a classe residencial lidera o levantamento, com 43%, seguida pela comercial e pela rural. Na sequência, em uma análise regional, o Sudeste, Nordeste e Sul aparecem nas três primeiras posições. Por fim, em relação à expansão, a última projeção é de uma taxa de 25% no ano, uma queda de 5% em relação ao crescimento em 2024. (Agência CanalEnergia - 15.07.2025)
ABINEE: Volume comercial de importação de painéis solares cai 39% entre 2024 e 2025
No primeiro semestre de 2025, o valor das importações de painéis solares no Brasil totalizou US$ 897 milhões, representando uma queda de 39% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados US$ 1,463 bilhão. A redução de US$ 566 milhões é atribuída principalmente à queda expressiva nos preços globais dos módulos fotovoltaicos, segundo a ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). A entidade estima que, desde 2023, os preços desses equipamentos caíram cerca de 60%, o que compensou os aumentos nas alíquotas do imposto de importação, que subiram de 9,5% para 25% ao longo de 2024. Como resultado, os consumidores não sentiram aumento nos preços finais. Apesar das dificuldades enfrentadas pelo segmento de geração centralizada, composto por grandes usinas solares, o mercado de geração distribuída — envolvendo instalações residenciais, comerciais e industriais — segue aquecido. (Canal Solar - 23.07.2025)
IRENA: Custo de instalação de usinas solares tem queda de 71% no Brasil nos últimos 15 anos
Entre 2010 e 2024, o Brasil registrou uma queda de 71% no custo médio de instalação de usinas de energia solar centralizada, segundo a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês). O dado considera todas as etapas do projeto, do planejamento à conexão à rede elétrica. No cenário global, o custo de instalação caiu 11% apenas em 2024, alcançando US$ 691/kW — valor 87% menor em comparação a 2010. A redução é atribuída, principalmente, à queda nos preços de placas solares e inversores, que respondem por 60% da diminuição dos custos no período. Entre os quatro maiores mercados globais, o Brasil liderou em redução, seguido por Índia (66%), Estados Unidos (65%) e China (64%). Entre 2023 e 2024, 10 dos 15 maiores mercados apresentaram queda nos custos de instalação, com destaque para a Índia (28%). No Brasil, a redução foi de 3%, enquanto alguns países europeus, como Espanha, França e Polônia, registraram aumentos entre 14% e 22%. (Portal Solar - 22.07.2025)
Inmetro: Inauguração de laboratório de ensaios de placas solares
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) inaugurou um novo Laboratório de Ensaios de Módulos Fotovoltaicos em seu campus de Xerém, em Duque de Caxias (RJ). A estrutura amplia a capacidade nacional de testes e certificações de painéis solares, fortalecendo a confiança na conformidade técnica dos produtos comercializados no Brasil. Embora os ensaios já fossem realizados por laboratórios credenciados, o novo espaço é visto como um avanço estratégico para impulsionar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a criação de centros privados de testes, contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional. O Inmetro aponta que a entrada frequente de módulos com potência inferior à declarada compromete a credibilidade do setor e distorce o mercado. Nesse contexto, o laboratório atuará como ferramenta de defesa técnica e comercial, promovendo concorrência leal e integridade no setor elétrico. A iniciativa também reforça a soberania tecnológica do país no segmento de energias renováveis. (Portal Solar - 23.07.2025)
BCC Research: Mercado de energia solar integrada em edifícios deve ultrapassar US$ 40 bilhões até 2029
O mercado global de tecnologias fotovoltaicas integradas a edifícios (BIPV) deve mais que dobrar em valor, passando de US$ 17,1 bilhões em 2024 para US$ 42 bilhões em 2029, com CAGR de 19,7%. Essas soluções incorporam painéis solares em fachadas, telhados e janelas, atraindo projetos urbanos que buscam aliar estética, funcionalidade e sustentabilidade. O relatório da BCC Research — baseado em dados de 2023, estimativas de 2024 e projeções até 2029 — analisa o mercado por tecnologia, aplicação, tipo de usuário e região, mapeando players como Tesla, Jinko Solar, Canadian Solar, Trina Solar, Heliatek, Onyx Solar e Ertex Solar, e examinando portfólios, desempenho financeiro, fusões, aquisições, patentes, iniciativas ESG e SWOT das principais tecnologias. A expansão é impulsionada pela crescente demanda por energia limpa, avanços em células solares, políticas de eficiência energética e pressão por redução de emissões, com liderança de mercados da América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico e América Latina. (Canal Solar - 11.07.2025)
Banco Sabadell: Financiamento para projetos de geração distribuída
O Banco Sabadell ampliou sua linha de crédito à Energía Real — empresa do portfólio da Riverstone com diversos projetos de geração distribuída no México, em operação e em construção — para até 500 milhões de pesos, com as garantias usuais do segmento. A operação contou com a assessoria da Cuatrecasas, sob liderança de León López (Financeiro) e equipe composta por Mariana Padilla, Paola Igartúa, Joel Villanueva, Rafael Rodríguez, Alejandro Cortés e Emilia Carreras, entre outros advogados das áreas Financeiro e Energia. (Cuatrecasas - 01.07.2025)
EUA: Sunrun e Tesla firmam parceira para expandir energia solar residencial no Texas
A Sunrun e a Tesla Electric anunciaram uma parceria para oferecer no Texas — onde a rede enfrenta recorrentes instabilidades — um plano de energia limpa que une os painéis solares do programa Sunrun Flex ao sistema de baterias Powerwall, da Tesla, em modelo de assinatura mensal com tarifa fixa. Além de garantir energia própria e backup automático em caso de apagões, o serviço integra as residências a uma usina virtual (VPP), permitindo armazenar energia durante o dia e injetá‑la na rede nos picos de demanda, contribuindo para a estabilidade do sistema elétrico. Com clima favorável, incentivos à geração distribuída e crescente busca por autonomia, as empresas esperam forte adesão ao novo modelo residencial. (Canal Solar - 24.07.2025)
Armazenamento de Energia
Regulação do armazenamento de energia é desafio crucial para transição renovável
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avança na regulamentação do armazenamento energético (como baterias de íon-lítio), essencial para estabilizar o sistema frente à expansão de fontes intermitentes (solar/eólica). A Consulta Pública nº 39/2025 busca definir modelos para integrar essas tecnologias, que podem reduzir restrições de despacho, postergar investimentos em transmissão e oferecer serviços complementares. Os desafios incluem adaptar contratos existentes, reformular estruturas tarifárias e redefinir categorias jurídicas tradicionais. Especialistas destacam que a segurança jurídica é vital para evitar litígios e atrair investimentos, exigindo participação ativa de agentes do setor e sociedade civil no processo. A consolidação do marco em 2025 é vista como passo decisivo para viabilizar uma matriz renovável estável e acessível. (Broadcast Energia – 16.07.2025)
Chile: Baterias podem reduzir a problemática do desperdício de renováveis
O vertimento de energia renovável no Chile aumentou 323% entre 2022 e 2024, principalmente devido ao forte aumento da capacidade solar no norte do país. De acordo com o modelo de mercado de eletricidade nodal da Aurora Energy Research, as descargas ao nível de sistema diminuirão à medida que a capacidade de armazenamento instalada se elevar e as melhorias na transmissão forem implementadas na próxima década. Com isso, a expectativa é que a adição de aproximadamente 5 Gw de baterias seja o principal impulsionador das reduções nas descargas. Ademais, para considerar o risco de atrasos e a incerteza resultante para os desenvolvedores, a Aurora desenvolveu um cenário no qual a linha Kimal-lo foi adiada por mais três anos. Como principal derivativo desse movimento, o cenário destaca problemas de congestionamento e pode sofrer uma redução de mais de 15% em sua receita em valor presente líquido, entretanto também pode criar oportunidades para outros players do mercado. Por fim, a expectativa é que mais baterias e amplificadores de transmissão sejam conectados, reduzindo o congestionamento. (Agência CanalEnergia - 17.07.2025)
China: Construção do maior projeto autônomo de armazenamento de baterias do país
A China inaugurou em 19 de julho a primeira fase do Huadian Xinjiang Kashgar, maior projeto independente de armazenamento de energia em baterias do país. Com capacidade inicial de 500 MW/2 GWh, o projeto deverá dobrar para 1 GW/4 GWh. Localizada perto de Kashgar, em Xinjiang, a instalação ocupa 119 mil m² e recebeu investimento de CNY 1,6 bilhão (US$ 222,9 milhões). A usina utiliza 100 unidades de baterias LFP e uma configuração híbrida de inversores formadores e seguidores de rede. Está conectada à subestação de 750 kV via linha de 220 kV, garantindo a integração com a rede regional e reforçando a infraestrutura energética da região. (PV Magazine – 21.07.2025)
Veículos Elétricos
China: Imposição de restrições à exportação de tecnologia de baterias para VEs
A China, em 15 de julho, implementou novas medidas para fortalecer seu controle sobre a indústria global de baterias para veículos elétricos. As ações incluem a exigência de licenças para exportar tecnologias ligadas à fabricação de materiais de cátodo e ao refino de metais não ferrosos. Tais restrições, propostas anteriormente em janeiro, afetam diretamente a cadeia global de suprimentos de baterias e matérias-primas críticas. A decisão segue uma série de ações do governo chinês para controlar exportações de recursos estratégicos, como as terras raras, e tem gerado preocupações em países ocidentais quanto à dependência de materiais críticos provenientes da China. (Broadcast Energia - 17.07.2025)
Toyota: Expansão da produção de híbridos no Brasil com nova fábrica em SP
A Toyota, líder na produção de carros híbridos no Brasil, planeja acelerar seus lançamentos e ampliar a produção local com a inauguração de uma nova fábrica em Sorocaba (SP) prevista para o primeiro semestre de 2026. Após o sucesso do Corolla híbrido nacional lançado em 2019 e do Corolla Cross híbrido em 2021, a marca prepara dois novos modelos híbridos para este semestre e outros dois para serem produzidos na nova unidade. A estratégia da Toyota, segundo o presidente brasileiro Evandro Maggio, foca no crescimento gradual e na demanda real do cliente, sem pressa ou pressão regulatória. A nova fábrica terá 160 mil m² e está em construção com 1,2 mil operários atualmente, com previsão de atingir 2 mil trabalhadores até 2030. Além disso, a Toyota planeja oferecer tecnologia híbrida em versões mais acessíveis, como o Corolla GLI híbrido, visando frotistas e taxistas. Apesar do impacto do aumento de impostos nos EUA, a empresa mantém foco no mercado brasileiro e em crescimento sustentável, com cerca de 7% de participação atual. (Valor Econômico - 18.07.2025)
Honda e Nissan: Parceria visando desenvolvimento de software veicular
As montadoras japonesas Honda e Nissan anunciaram uma parceria estratégica para padronizar e desenvolver em conjunto um software veicular de próxima geração, com o objetivo de competir com a Tesla e fabricantes chineses. Apesar de uma tentativa de fusão ter fracassado, as empresas continuam colaborando e planejam lançar veículos com a nova plataforma até 2029. A iniciativa visa criar veículos definidos por software (SDVs), capazes de receber atualizações remotas e personalizações semelhantes aos sistemas iOS e Android. A aliança também abrange padronização de componentes como chips e motores elétricos, e busca reduzir custos em um cenário em que o volume de código e a importância dos dados aumentam significativamente. O investimento em software é visto como crucial para a competitividade futura, diante da crescente presença de empresas de tecnologia no setor automotivo. (Valor Econômico - 15.07.2025)
Panasonic: Inauguração da maior fábrica de baterias do mundo nos EUA
A Panasonic Energy inaugurou sua segunda fábrica de baterias para veículos elétricos nos Estados Unidos, localizada em De Soto, Kansas. Com 436.640 m² de área construída, a planta será a maior do mundo em seu segmento quando finalizada. A iniciativa reforça a estratégia da empresa de expandir sua presença industrial no país, somando-se à unidade já existente em Sparks, Nevada, onde opera desde 2017 em parceria com a Tesla. O investimento de US$ 4 bilhões deve elevar a capacidade total de produção da Panasonic nos EUA para 73 GWh anuais. A nova fábrica será 20% mais eficiente que a do Nevada e produzirá células cilíndricas 2170 com maior densidade energética. Em plena operação, será capaz de fabricar até 70 células por segundo, o que corresponde a mais de 6 milhões de unidades por dia, consolidando a empresa como uma das principais fornecedoras do setor. (Inside EVs - 20.07.2025)
Etiópia: País lidera adoção de VEs na África
A Etiópia tornou-se líder na África na adoção de veículos elétricos após proibir, em 2023, a importação de carros com motor a combustão. Essa medida inédita impulsionou a frota elétrica nacional para mais de 100 mil unidades, representando cerca de 8,3% dos veículos registrados. O avanço contrasta com a baixa motorização histórica do país e foi viabilizado por políticas de isenção fiscal, incentivos à produção local e parcerias com montadoras chinesas. Em Addis Ababa, a transição é visível, com presença crescente de táxis, scooters e infraestrutura de recarga elétrica. Apesar do progresso urbano, persistem desafios estruturais significativos. Apenas 55% da população tem acesso à eletricidade, e a infraestrutura de recarga pública ainda é limitada. Nas áreas rurais, onde vive metade da população, a eletrificação, o financiamento e a malha viária inadequada dificultam a expansão da mobilidade elétrica, revelando um descompasso entre o avanço nas cidades e as restrições no interior do país. (Inside EVs - 19.07.2025)
Eficiência Energética
MME: Lançamento de chamada pública para ações de eficiência energética nos municípios brasileiros
A nova Chamada Pública do Procel Reluz permitirá que municípios de todo o Brasil apresentem projetos de modernização da iluminação pública com tecnologia LED, promovendo maior eficiência energética e sustentabilidade no setor elétrico municipal. A iniciativa visa apoiar as prefeituras na transição para modelos mais modernos de gestão energética, com impacto direto na redução de custos e no aprimoramento da infraestrutura urbana. Paralelamente, será lançado o Guia para Eficiência Energética em Edifícios Públicos Municipais, voltado à gestão pública local. Desenvolvido com apoio do Projeto Sistemas de Energia do Futuro, no âmbito da cooperação entre Brasil e Alemanha, o material oferece orientações técnicas e estratégicas para otimizar o consumo de energia em prédios públicos. A ação reforça os compromissos ambientais do país e amplia o apoio à formulação de políticas locais de eficiência energética. (CBIC - 14.07.2025)
CPFL: Ações de eficiência energética em SP
A CPFL Paulista concluiu um projeto de eficiência energética na Casa de Idosos Vila Vicentina de Arealva, investindo R$ 131 mil via Programa de Eficiência Energética (PEE) para instalar um sistema fotovoltaico de 11 kWp e substituir toda a iluminação interna por LEDs, que consomem até 80% menos energia e têm vida útil de até 25 mil horas. Com isso, a instituição — fundada em 1969 e mantida por doações e verba pública — passará a gerar sua própria energia, reduzindo em cerca de 24,37 MWh/ano o consumo da rede (economia estimada em R$ 19.387,18) e diminuindo emissões de gases de efeito estufa, além de garantir maior previsibilidade orçamentária. (Sampi - 17.07.2025)
Enel: Ações de eficiência energética no RJ
A Enel Distribuição Rio e a Prefeitura de Italva iniciarão, no segundo semestre de 2025, a modernização de 410 pontos de iluminação pública do município, com investimento de R$ 624 mil financiados pelo Programa de Eficiência Energética da Aneel, para substituir as luminárias por modelos em LED em um prazo de 12 meses. Espera‑se reduzir o consumo em cerca de 560,40 MWh/ano — equivalente à demanda de 275 residências — e evitar a emissão de 35 toneladas de CO₂ anualmente, beneficiando a economia local e o meio ambiente. O projeto foi selecionado pela Chamada Pública da Enel Rio, que destinará ainda R$ 5 milhões em 2025 a iniciativas similares em iluminação pública, setores produtivos e residências, além de já ter viabilizado centenas de intervenções de eficiência energética desde 1998. (TV Prefeito - 17.07.2025)
Equatorial: Ações de eficiência energética no MA
O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e a Equatorial Maranhão assinaram em 11 de julho um Termo de Cooperação Técnica para instalar sistemas fotovoltaicos de 64,35 kWp nos fóruns de Grajaú, Mirador, Zé Doca e São Bento, além de substituir lâmpadas por LEDs no Fórum de São Bento, com investimento de R$ 420.079,40 financiado pela concessionária via Programa de Eficiência Energética da Aneel. Todos os equipamentos serão doados ao TRE‑MA, que ficará responsável pela manutenção, e as obras deverão ser concluídas em até 12 meses, prorrogáveis. A iniciativa, selecionada por chamada pública, avança os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relativos a energia limpa, consumo responsável e ação climática, alinhando‑se ao Plano de Logística Sustentável do TRE‑MA 2021‑2026 e à meta de neutralidade de carbono da Resolução CNJ 594/2024. (TRE MA - 11.07.2025)
Energisa: Ações de eficiência energética em SP e MG
A implementação de medidas de eficiência energética em hospitais tem gerado benefícios significativos, tanto na redução do consumo de eletricidade quanto na melhoria dos serviços prestados. Por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE), regulado pela ANEEL e executado pelo Grupo Energisa, instituições de saúde no Sudeste brasileiro estão recebendo investimentos em sistemas fotovoltaicos, substituição de lâmpadas fluorescentes por LED e modernização de equipamentos. Hospitais públicos e filantrópicos em cidades como Ubá, Cataguases, Manhuaçu, Muriaé, Salto Grande e Presidente Prudente já apresentam economia de energia e redirecionamento de recursos para melhorias no atendimento à população. Casos como o da Santa Casa de Presidente Prudente, que recebeu cerca de R$ 400 mil em investimentos, resultaram na instalação de 58 painéis solares e substituição de quase 1.500 lâmpadas, com uma economia estimada de 174 MWh/ano. Em Salto Grande, a economia prevista é de 48 MWh/ano após investimentos superiores a R$ 200 mil. Em Minas Gerais, a Energisa Minas Rio destinou mais de R$ 1,4 milhão para projetos semelhantes em quatro municípios, gerando uma economia anual superior a R$ 400 mil. (Energisa - 15.07.2025)
Banco Mundial: Apenas 8% do investimento em energia limpa é voltado para eficiência energética
Um relatório do Banco Mundial revela que, apesar de a eficiência energética oferecer retornos médios de € 3–5 para cada € 1 investido, ela recebe apenas 8 % do financiamento destinado à energia limpa em países de baixa e média renda, enquanto dois terços da energia primária global se perdem, causando um prejuízo econômico equivalente a 5 % do PIB mundial. Com a demanda projetada para crescer 30 % na próxima década, é urgente quase triplicar esses investimentos até 2030, superar barreiras como políticas frágeis, ausência de padrões digitais e projetos-piloto de pequena escala. É necessário tratar a eficiência como infraestrutura crítica, fortalecendo códigos de construção, criando incentivos tarifários e adotando retrofits inteligentes baseados em software. (Vecerni - 21.07.2025)
Inteligência artificial e internet das coisas turbinam eficiência energética
A integração de inteligência artificial e Internet das Coisas vem potencializando a eficiência energética em múltiplos setores. Em edifícios inteligentes, sensores e algoritmos automatizam iluminação, aquecimento e refrigeração, reduzindo em até 30 % o consumo. Na indústria, fábricas “smart” utilizam IA para gestão de energia em tempo real, manutenção preditiva que evita paradas e estende a vida útil das máquinas, e gêmeos digitais que simulam e ajustam processos para minimizar perdas. Na rede elétrica, modelos de IA aprimoram previsões de demanda e equilibram a intermitência de fontes solar e eólica. Já na geração eólica, empresas como a GE obtêm ganhos de 5 a 10 % na eficiência operacional, e a ENGIE recuperou mais de 40 GWh em 2024 por meio de manutenção preditiva e análise de dados de sensores. (Além da Energia - 15.07.2025)
Microrredes e VPP
EUA: Aprovação de marco regulatório para microrredes no Oregon
Oregon tornou‑se o primeiro estado dos EUA a estabelecer uma estrutura regulatória abrangente para microrredes, ao aprovar por ampla maioria bipartidária dois projetos de lei que aguardam sanção da governadora Tina Kotek. As normas determinam que a Comissão de Serviços Públicos do estado crie regras para microrredes privadas e comunitárias — incluindo zonas específicas de uso do solo — e permitam que concessionárias ou consultores terceirizados avaliem pedidos de conexão ao sistema elétrico. O objetivo é reduzir a burocracia, acelerar licenças e garantir que, em situações de alto risco de incêndios florestais ou outras emergências, instalações críticas como hospitais e escolas continuem funcionando de forma independente da rede principal. (State Line - 17.07.2025)
Tesla: Lançamento de VPP no Reino Unido
A Tesla lançou no Reino Unido seu primeiro programa de Usina Virtual de Energia (VPP), em parceria com a fornecedora Octopus Energy, permitindo que proprietários de painéis solares e Powerwalls vendam o excedente de energia de volta à rede e ganhem até £300 por mês. Este VPP integra consumidores domésticos num sistema coordenado que apoia a estabilização da rede local e remunera o compartilhamento de energia limpa. Embora a Tesla já opere programas semelhantes desde 2019 na Austrália, EUA e Porto Rico, é a primeira iniciativa do tipo no mercado britânico, onde também participam outras empresas como SolarEdge, GivEnergy e Enphase por meio da plataforma Octopus. (Tesla Rati - 17.06.2025)
Brattle Group: Microrredes podem aliviar a pressão da crescente demanda por energia
O relatório do Brattle Group para a Força‑Tarefa de sustentabilidade dos EUA recomenda que, para acomodar o aumento massivo de demanda — puxado por data centers e outras grandes cargas —, se priorize a criação de “parques de energia” (grandes microrredes que reúnem geração renovável e consumidores críticos co-localizados), reduzindo a necessidade de expansões caras na rede de transmissão e acelerando o acesso de novas cargas. Além disso, propõe‑se ampliar programas de gestão de demanda, resposta ao consumo e tarifas dinâmicas, assim como padronizar e agilizar processos de interconexão, com critérios financeiros rigorosos para filtrar projetos especulativos. Exemplos em curso incluem o Projeto Meitner no Texas (460 MW eólicos + 340 MW solares para 400 MW de hidrogênio) e investimentos do Google em parques de energia com solar e baterias, previstas para operar entre 2026 e 2027. (Utility Dive - 23.07.2025)
Kraken: Empresa atinge 2 GW de capacidade instalada em VPPs
A Kraken alcançou a marca de 2 GW de capacidade agregada em sua Usina Virtual de Energia (VPP) residencial, graças à integração de mais de 500 000 dispositivos — como veículos elétricos, baterias domésticas, bombas de calor, painéis solares e termostatos inteligentes — que são gerenciados em tempo real por seu sistema operacional de IA. A plataforma otimiza carregamentos e aquecimento conforme a disponibilidade de energia da rede, já economizando mais de £ 150 milhões por ano aos consumidores, reduzindo emissões e aliviando congestionamentos locais. (Transport and Energy - 17.07.2025)
Tecnologias e Soluções Digitais
Curso GESEL “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias disruptivas e Inteligência Artificial”
A partir do dia 22 de julho, o GESEL promoverá o curso EAD “Inovações no Setor Elétrico: Tecnologias Disruptivas e Inteligência Artificial”. Com carga horária total de 12 horas, divididas em 6 aulas de 2 horas cada, o curso será ministrado por especialistas do setor e abordará os impactos das novas tecnologias no setor elétrico, incluindo cases e projetos reais em andamento. O conteúdo do curso incluirá os pilares da transformação digital do setor elétrico, tecnologias disruptivas associadas e seus novos modelos de negócios. Curso recomendado para profissionais da área interessados em conhecer experiências e melhores práticas acerca de tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Digital Twin, Virtual Power Plant (VPP), Microrredes, Realidade Aumentada e Realidade Virtual. O curso será realizado em formato on-line síncrono. Inscreva-se já: https://forms.gle/6KiWs34n3geWLBvc6 (GESEL-IE-UFRJ – 13.06.2025)
Enel: Implementação de melhorias nos serviços no atendimento digital
A Enel lançou novos serviços digitais com foco na modernização do atendimento ao cliente. Agora, é possível acompanhar em tempo real o registro e a resolução de falta de luz pelo site ou pelo canal de WhatsApp Elena, ampliando a transparência e o controle do consumidor sobre o fornecimento de energia. Além disso, a empresa reformulou seu aplicativo e site, oferencendo navegação mais fluida e recursos aprimorados, como login por biometria e pagamento via Pix com opção “copia e cola”. As plataformas permitem ainda a emissão da segunda via da conta, consulta de débitos, acompanhamento de consumo, solicitação de religação e outros serviços. Segundo Leonardo Azevedo, diretor de customer care, a estratégia de digitalização visa oferecer maior comodidade, agilidade e eficiência na experiência dos clientes com a empresa. (Agência CanalEnergia - 11.07.2025)
Unicamp: Licenciamento de tecnologia que automatiza inspeção de redes elétricas
Um novo sistema desenvolvido pela Unicamp, em parceria com concessionárias de energia, integra inteligência artificial, visão computacional e câmeras térmicas e ópticas para modernizar a inspeção de redes aéreas de distribuição de energia elétrica. Licenciada para a Kasco Tecnologia, uma spin-off da universidade, a solução já está em uso por empresas como CPFL e RGE Sul no Brasil, além de ter sido exportada para o Equador. A tecnologia substitui os métodos tradicionais que envolvem inspeção manual por técnicos em campo, promovendo maior eficiência, segurança e ergonomia no processo. O sistema, instalado no teto de veículos comuns, realiza varreduras automáticas enquanto percorre rotas pré-definidas a até 30 km/h, sem necessidade de operadores adicionais. As imagens captadas são processadas em tempo real por algoritmos da plataforma Thermovision, que identificam anomalias nas redes elétricas e geram relatórios automáticos enviados às centrais técnicas. O projeto surgiu de uma demanda do grupo CPFL, a partir de 2018, por soluções em IA para otimizar os processos de inspeção, com apoio da Agência de Inovação Inova Unicamp na viabilização da parceria e da patente. (TI Inside - 18.07.2025)
EUA: Califórnia usará IA para gerenciar rede elétrica
A operadora de rede elétrica da Califórnia, Caiso, planeja ser a primeira na América do Norte a utilizar IA para gerenciar interrupções no fornecimento de energia. A iniciativa será conduzida por meio de um projeto-piloto com o software Genie, desenvolvido pela empresa Oati, cuja formalização ocorrerá durante a cúpula DTECH Midwest. O objetivo é modernizar as operações da rede, utilizando IA generativa para realizar análises em tempo real e potencialmente tomar decisões autônomas sobre funções críticas do sistema elétrico. A expectativa é que a tecnologia permita acelerar significativamente o tratamento de eventos, como cortes de energia, que hoje envolvem processos manuais de análise e cálculo por parte dos engenheiros. Caso o Genie se prove eficiente e confiável, a Caiso poderá expandir sua aplicação para automatizar outras funções operacionais. Estudo do Departamento de Energia dos EUA, divulgado em 2024, indica que a IA tem grande potencial para aprimorar a previsão meteorológica, acelerar estudos de capacidade da rede e apoiar o planejamento de infraestrutura para VEs. (Poder360 - 14.07.2025)
Reino Unido: Empresa utiliza para avaliar a capacidade da rede a partir da energia solar residencial
A UK Power Networks lançou um projeto com uso de IA e aprendizado de máquina para estimar a geração de energia solar em telhados que não é medida diretamente. Em parceria com a Open Climate Fix, o projeto visa melhorar a visibilidade da energia solar distribuída, crucial para o planejamento da rede. O sistema analisa dados meteorológicos, de satélite e subestações para prever a geração não monitorada em tempo real. A iniciativa permitirá decisões mais precisas, maior eficiência operacional e espaço para mais tecnologias de baixo carbono. A meta é acelerar a transição para o Net Zero, revelando a energia "invisível" gerada por milhares de residências e empresas. Até 2035, espera-se que a capacidade solar do Reino Unido atinja 90 GW. (Smart Energy – 23.07.2025)
Segurança Cibernética
Brasscom: Brasil pode receber R$ 104 bilhões de investimentos em cibersegurança até 2028
Segundo relatório da Brasscom, o Brasil deve atrair R$ 104,6 bilhões em investimentos em cibersegurança entre 2025 e 2028 — alta de 43,8% sobre o triênio anterior — num contexto em que 38% da população já sofreu ou tentou golpes bancários. O documento destaca a maturidade do país na área, colocando-o em 12º lugar no ranking global, à frente de México e Espanha, e ressalta a expansão da oferta de profissionais formados, embora ainda haja escassez de mão de obra qualificada. A agenda educacional ganha ênfase, com propostas de incluir cibersegurança no currículo escolar e iniciativas como o programa Hackers do Bem, que já capacitou mais de 120 mil pessoas. Além disso, especialistas apontam a necessidade de tratar a segurança cibernética como pilar estratégico das empresas e de promover políticas públicas que reforcem o tema na sociedade. (Tele Time - 22.07.2025)
México: Rede solar em risco devido à falta de medidas de segurança cibernética
A rápida expansão da geração distribuída solar no México está vulnerável a ataques cibernéticos devido à ausência de regulamentação específica e à falta de proteções mínimas em cerca de 45 % dos sistemas, que frequentemente usam senhas de fábrica e não recebem atualizações de firmware. Pesquisadores demonstraram a facilidade de assumir o controle de inversores para interromper ou manipular fluxos de energia, ameaçando desde instalações individuais até a estabilidade do Sistema Elétrico Nacional por meio de falhas em cascata. Casos internacionais, como o comprometimento de 800 dispositivos no Japão, mostram que os ataques podem visar tanto dados quanto sabotagem, o que reforça a urgência de adotar práticas de “security by design” na fabricação e de criar uma estrutura regulatória robusta para proteger a infraestrutura de energia renovável. (Mexico Business - 22.07.2025)
Hong Kong: Colaboração de IA aumenta a confiabilidade da rede elétrica
A Hong Kong Baptist University (HKBU) e a Hongkong Electric assinaram um memorando de entendimento para aplicar inteligência artificial na rede de distribuição de baixa tensão de Hong Kong, migrando de um modelo reativo de detecção de falhas para um sistema de monitoramento em tempo real capaz de identificar anomalias sutis nos padrões de carga. Com isso, será possível antecipar deteriorações de cabos e prevenir interrupções, aumentando a confiabilidade do fornecimento e otimizando a manutenção. A parceria também abre caminho para novas aplicações de IA em infraestrutura urbana, alinhando‑se às metas de sustentabilidade e cidades inteligentes de Hong Kong e permitindo que a HKBU transforme pesquisa acadêmica em soluções práticas de grande escala. (Open Gov Asia - 17.07.2025)