ESCONDER ÍNDICE
IFE
11/07/2025

Tecnologias Exponenciais 228

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

IFE
11/07/2025

IFE nº 228

Assinatura:
Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditores: Leonardo Gonçalves
Pesquisadores: Ana Eduarda Rodrigues e Cristina Rosa
Assistente de pesquisa: Sérgio Silva

Ver índice

Tecnologias Exponenciais 228

Transição Energética e ESG

BRICS: Bloco reforça compromisso com transição energética equilibrada e financiamento climático

Durante a cúpula no Rio de Janeiro, os países do BRICS assinaram declaração conjunta defendendo uma transição energética justa e inclusiva, que reconheça a importância temporária dos combustíveis fósseis para economias emergentes. O documento destaca a necessidade de financiamento acessível por parte de nações desenvolvidas para viabilizar projetos sustentáveis nos países em desenvolvimento, em linha com o Acordo de Paris. O grupo também enfatizou a importância estratégica dos minerais críticos para tecnologias limpas, defendendo a soberania dos países sobre seus recursos naturais. A declaração ainda incentivou a adoção de veículos de baixa emissão e combustíveis sustentáveis para aviação, além de condenar ataques a instalações nucleares civis. Os líderes reafirmaram o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e metas climáticas, com adaptação às realidades nacionais de cada membro do bloco. (Agência CanalEnergia – 06.07.2025)

Link Externo

BRICS: Brasil elevou debate em transição energética após assumir G20

A assessora especial do Ministro de Minas e Energia (MME) e presidente da Plataforma de Cooperação em Pesquisa Energética do BRICS, Mariana Espécie, disse há pouco que, até a chegada do Brasil à Presidência do G20, a discussão sobre transição energética estava atrelada a processos industriais. "Quando assumimos a Presidência do G20, a nossa preocupação, em 2024, para a área de energia era tentar diversificar as perspectivas", afirmou, citando o conceito de "transição energética justa". Até então, disse Espécie, na arena multilateral, predominava uma visão atrelada a processos industriais, mão de obra e perda de atividades econômicas, apontou, frisando que o processo é legítimo para o caso de países industrializados. Mas, a partir do momento em que o Brasil assumiu o G20, introduziu o debate de se fazer uma transição energética justa em locais em que ainda há pessoas sem acesso à energia e países sendo explorados por causa dos recursos naturais. A executiva participa da conferência "Construindo Coalizões para a Ação Climática no BRICS Expandido", realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais, a Siemens Energy e o Instituto Clima e Sociedade (ICS), no Palácio da Cidade, na zona sul do Rio. (Broadcast Energia - 03.07.2025)

Link Externo

BRICS: Transição energética no Brasil depende de inovação e coordenação entre setores

Especialistas reunidos no evento Brics Dialogues no Rio destacaram que o avanço da transição energética no Brasil requer a redução de riscos, regulação eficiente e inovação financeira para viabilizar projetos sustentáveis em larga escala. Ana Zettel, do BNDES, ressaltou o papel do banco em remover barreiras e alocar recursos, citando o Fundo Clima e a Plataforma de País como mecanismos essenciais para atrair investimentos privados e públicos, com foco em bioeconomia, mobilidade e energia sustentável. Constanza Negri, da CNI, apontou desafios para destravar o financiamento privado, defendendo maior acesso a fundos verdes, inovação financeira e harmonização regulatória. O Conselho Empresarial do Brics prepara recomendações para ampliar o financiamento e capacitação em temas como transição energética. (Valor Econômico - 03.07.2025)

Link Externo

Banco Asiático de Investimento quer ampliar atuação no Brasil com foco em infraestrutura verde

O presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), Jin Liqun, afirmou que o Brasil tem potencial para exercer na América Latina papel semelhante ao da China na Ásia, desde que invista mais em infraestrutura e integração regional. Em visita ao Brasil, Jin destacou o interesse em ampliar os financiamentos no país, especialmente em projetos de transição energética, logística, acesso à água e mitigação de riscos climáticos. Com apenas US$ 450 milhões liberados em quatro projetos até o momento, o AIIB avalia sete novas iniciativas, incluindo um empréstimo de US$ 1 bilhão para áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Jin defende o uso crescente de moedas locais e reforça que, apesar da sede em Pequim, o AIIB é uma instituição multilateral, não um banco chinês. (Valor Econômico - 09.07.2025)

Link Externo

União Europeia: Comissão propõe redução de 90% nas emissões até 2040

A Comissão Europeia propôs reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em 90% até 2040, em comparação a 1990, como novo marco rumo à neutralidade climática até 2050. A medida amplia a meta anterior de -55% até 2030 e busca dar previsibilidade aos investidores, fortalecer a inovação e a segurança energética. A proposta permite flexibilidades, como o uso de remoções nacionais permanentes e créditos internacionais de alta qualidade a partir de 2036. No entanto, organizações ambientais como a SEO/Birdlife criticam a proposta por permitir compensações fora da UE, alegando que isso enfraquece o compromisso climático e envia um sinal errado aos setores emissores e à proteção dos ecossistemas. (Energias Renovables – 02.07.2025)

Link Externo

Geração Distribuída

Brasil: Incremento de 5,25 GW de energia solar no 1º semestre de 2025

O Brasil adicionou 5,25 GW de capacidade solar no 1º semestre de 2025, divididos em 4,5 GW de geração distribuída (441 mil novos sistemas e 701 mil consumidores beneficiados, totalizando 41 GW no segmento) e 738 MW de geração centralizada, elevando a capacidade solar total para 58,9 GW (23 % da matriz elétrica). Na geração distribuída, o perfil residencial liderou com 2,5 GW (363 mil sistemas/571 mil consumidores), seguido pelo comercial com 1 GW (36 mil sistemas/68 mil consumidores). São Paulo foi o estado com maior incremento (576 MW), enquanto Cuiabá (MT) liderou entre as cidades (66 MW). (Portal Solar - 08.07.2025)

Link Externo

Absolar: Minas Gerais ultrapassa 4,8 GW em energia solar

Minas Gerais consolidou-se como o segundo maior polo de geração distribuída solar do Brasil, ultrapassando 4,8 GW de capacidade própria em telhados e pequenos terrenos e atraindo R$ 23,6 bilhões em investimentos desde 2012, segundo a ABSOLAR. O estado conta com mais de 363 mil conexões ativas em 853 municípios, beneficiando 919 mil consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais e públicos, gerando 145 mil empregos e R$ 7,1 bilhões em tributos. Para ampliar esse avanço, a ABSOLAR recomenda programas locais de incentivo — como instalação de sistemas em prédios públicos e habitações populares — e apoia a MP 1300/2025, que visa eliminar negativas indevidas de conexão e coibir discriminações no Sistema de Compensação de Energia Elétrica. (Portal do Agronegócio - 09.07.2025)

Link Externo

GoodWe e Fotus: Parceria visando ampliação de sistemas de GD

A GoodWe e a Fotus assinaram um acordo estratégico, através de um Memorando de Entendimento, para a comercialização de 300MW. A iniciativa chega com a missão de acelerar a adoção de soluções fotovoltaicas de ponta. A parceria entre as empresas tem como foco ampliar a oferta de sistemas de geração distribuída, soluções de armazenamento inteligente e suporte técnico especializado, voltados principalmente a integradores que atuam em todas as regiões do país. De acordo com a GoodWe, a assinatura do Memorando de Entendimento com a Fotus representa uma aliança estratégica com o objetivo único de melhor servir aos usuários finais, por meio de uma rede de integradores fiel, altamente capacitada e que compartilha dos valores comuns entre as empresas. (Agência CanalEnergia - 03.07.2025)

Link Externo

México: Banco Sabadell financia empresa para projetos de geração distribuída

Cuatrecasas assessorou o Banco Sabadell na concessão de um financiamento de até 300 milhões de pesos à Kishoa Asset Management, destinado à construção, desenvolvimento e operação de vários projetos de geração distribuída no México. Esta operação conta com as garantias usuais desse tipo de transação e apoia o portfólio de 20 MW da Kishoa, composto por projetos em operação ou em fase de construção, e envolveu uma equipe liderada por León López, com participação de especialistas em finanças (Mariana Padilla e Joel Villanueva) e em energia (Rafael Rodríguez, Alejandro Cortés e Emilia Carreras). (Cuatrecasas - 27.06.2025)

Link Externo

Índia: Novas tarifas e flexibilização de regras para impulsionar a adoção da GD solar

A Comissão Reguladora de Eletricidade de Karnataka (KERC) emitiu em 9 de julho de 2025 a ordem tarifária para o ano fiscal de 2025–2026, fixando as tarifas de referência em aproximadamente US$ 0,036/kWh para usinas solares terrestres em escala megawatt e US$ 0,036/kWh para sistemas distribuídos (exceto residenciais). O regulador ampliou o conceito de “Solar Rooftop PV” para “Distributed Solar PV Plants”, permitindo instalação em telhados, fachadas e estruturas elevadas, e introduziu Medição Líquida Virtual e de Grupo para compartilhamento de créditos de energia. Para sistemas residenciais de até 150 kW, eliminou-se a exigência de PPA, simplificando o processo via solicitação online, enquanto as distribuidoras devem cumprir prazos rígidos com penalidades por atrasos. Esta iniciativa impulsiona decisivamente a expansão da geração distribuída, ao reduzir barreiras regulatórias e financeiras e fomentar a participação ativa de consumidores como produtores de energia renovável. (Solar Quater - 10.07.2024)

Link Externo

Armazenamento de Energia

Brasil: Especialistas defendem armazenamento de energia em audiência na Câmara dos Deputados

Representantes de várias áreas do setor elétrico defenderam nesta quarta-feira (2) a inclusão de sistemas de armazenamento de energia no país. O tema foi debatido na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, a pedido do deputado Diego Andrade (PSD-MG), presidente do colegiado. Sistemas de armazenamento de energia são tecnologias capazes de guardar grandes volumes de eletricidade para uso posterior, garantindo o abastecimento ao liberar a energia armazenada diretamente na rede de transmissão. As baterias estacionárias de grande porte (BESS, em inglês) são a tecnologia mais conhecida nesse campo. (Agência Câmara de Notícias – 02.07.2025)

Link Externo

Brasil: Armazenamento de energia é prejudicado por desafios técnicos e falta de regulamentação

O setor elétrico brasileiro enfrenta um paradoxo: cresce a demanda por flexibilidade na rede com a expansão das fontes solar e eólica, mas o avanço do armazenamento de energia, essencial nesse contexto, é travado por indefinições regulatórias. Leilões de reserva de capacidade para baterias ainda não foram regulamentados, gerando insegurança para investidores e prejuízos que já superam R$ 4 bilhões em cortes forçados de geração. Enquanto isso, consultas públicas da ANEEL e do Ministério do Meio Ambiente permanecem sem desdobramentos concretos. O Brasil, que já foi referência em estímulo a renováveis, agora fica atrás de países como Chile e Espanha. (PV Magazine – 30.07.2025)

Link Externo

Huawei: Empresa chinesa observa Brasil como pilar potencial de armazenamento

A Huawei acredita que o Brasil é um mercado estratégico para sistemas de armazenamento de energia, apontando múltiplas oportunidades no setor energético nacional. Segundo o CTO da Huawei Digital Power Brasil, Roberto Valer, o Brasil é um dos países onde mais se instala capacidade renovável intermitente, eólica e solar. Além disso, o executivo explicou sobre como as baterias são essenciais para estas fontes renováveis, tanto para rentabilizar os investimentos quanto para garantir estabilidade a rede elétrica. Ademais, ele dissertou sobre o potencial do agronegócio brasileiro e seu protagonismo, desafios e como a combinação de energia solar com sistemas de armazenamento em baterias podem prover como possíveis soluções para problemáticas rurais. Além disso, o executivo enumerou diversas oportunidades de mercado e destaca o Leilão de Reserva da capacidade como prioritário e a necessidade de definições claras das regras como fator urgente. Por fim, Valer destacou as perspectivas da empresa com o mercado brasileiro e sua configuração interna, evidenciando departamentos e tecnologias, além de reforçar o posicionamento da Huawei como fornecedora de soluções em diversas frentes. (Agência CanalEnergia - 02.07.2025)

Link Externo

Wood Mackenzie: Ásia-Pacífico lidera boom mundial de investimentos em armazenamento de energia

As Perspectivas de Planejamento Estratégico de Energia Regional do primeiro semestre de 2025 da Wood Mackenzie indicam que a região da Ásia-Pacifico passa por um boom de investimentos impulsionado pelo armazenamento de energia. De acordo com o documento, os mercados globais de energia estão entrando em um período de transformação sem precedentes, caracterizado por trajetórias regionais bastante divergentes. Enquanto a Ásia-Pacífico vivencia esse período, os EUA enfrentam um forte crescimento da demanda em meio à alta incerteza política. Já a Europa enfrenta desafios de implementação, apesar dos compromissos sustentados de descarbonização. (Agência CanalEnergia - 02.07.2025)

Link Externo

SolararPower Europe: Sistemas de armazenamento de baterias devem aumentar dez vezes até 2030

A SolarPower Europe lançou a Battery Storage Europe Platform, iniciativa que visa impulsionar o armazenamento de baterias na União Europeia. A plataforma defende um aumento de 10 vezes na capacidade de armazenamento até 2030, passando dos atuais 50 GWh para entre 500 e 780 GWh, a fim de acompanhar o crescimento da energia solar e garantir segurança energética. Juhi Dion Sud, especialista em direito comercial da UE, foi nomeada chefe da nova plataforma. A iniciativa pretende preencher a lacuna de representação do setor, engajando decisores políticos e promovendo marcos regulatórios favoráveis para investimentos. A plataforma conta com apoio de empresas como Statkraft e Sunotec. (Renews.Biz – 01.07.2025)

Link Externo

Veículos Elétricos

Nissan: Montadora adia produção de VEs nos EUA e revê estratégia diante de baixa demanda

A Nissan decidiu adiar em até um ano a produção de dois SUVs elétricos nos Estados Unidos, inicialmente prevista para 2028, agora remarcada para o fim de 2028 ou início de 2029. A medida ocorre em meio à baixa demanda por veículos elétricos e ao fim dos incentivos fiscais para compradores, determinado pela administração Trump por meio da nova lei “One Big Beautiful Bill Act”. A montadora japonesa também reduziu seus planos de lançamento de EVs nos EUA de cinco para três modelos. Outras empresas, como Toyota e Honda, também estão reavaliando seus projetos na área, priorizando híbridos e veículos a gasolina. A retirada dos subsídios ameaça não só as vendas de EVs, mas também o setor de baterias, levando fornecedores como a AESC a suspender investimentos em novas fábricas. A estagnação da demanda, mesmo com descontos agressivos, tornou os elétricos um desafio financeiro para as montadoras. (Valor Econômico - 09.07.2025)

Link Externo

Nissan e Foxconn: Negociação visando uso de fábrica japonesa para VEs

A Nissan está em conversas com a Foxconn sobre a possibilidade de a empresa taiwanesa produzir veículos elétricos na fábrica de Oppama, no Japão, que corre risco de fechamento como parte da reestruturação global da montadora. A parceria ajudaria a Nissan a preservar empregos e fornecedores locais, além de reduzir custos ao aumentar a taxa de utilização da planta, hoje em apenas 40%. A Foxconn, que tem ampliado sua presença no setor automotivo, pretende usar Oppama como base para fortalecer suas relações com montadoras japonesas, como Mitsubishi e Nissan. O governo japonês vê a participação da Foxconn com cautela, mas pode apoiar a colaboração caso ela preserve empregos. A Nissan, por sua vez, enfrenta queda nas vendas e impacto de tarifas norte-americanas, o que torna ainda mais relevante a otimização de suas operações. (Valor Econômico - 07.07.2025)

Link Externo

BYD: Montadora chinesa supera Tesla em vendas globais de VEs

A montadora chinesa BYD superou a Tesla em vendas globais de veículos elétricos pelo terceiro trimestre consecutivo, com 606.993 unidades entregues entre abril e junho — alta de 42,5% em relação ao ano anterior — impulsionada por agressivos cortes de preços e subsídios. A Tesla, por sua vez, teve queda de 13% nas entregas, totalizando 384.122 unidades no mesmo período. Além da concorrência acirrada e da desaceleração global do setor, a empresa de Elon Musk enfrenta tensões políticas com Donald Trump, que ameaça cortar subsídios federais essenciais. Enquanto aposta na condução autônoma com o lançamento de robotáxis em Austin, a Tesla lida com quedas nas ações e crescentes críticas públicas ao seu CEO, que tem se envolvido em polêmicas políticas e comportamentais nos Estados Unidos. (Valor Econômico - 03.07.2025)

Link Externo

BYD registra sedã híbrido com autonomia superior a 2 mil km no Brasil

A BYD patentou no Brasil o sedã médio Qin L, híbrido plug-in que combina motor 1.5 a gasolina e propulsor elétrico para entregar potência de 163 cv e autonomia impressionante de até 2.500 km em testes reais. Equipado com bateria de 10 kWh e tanque de 65 litros, o modelo apresenta alta eficiência de consumo, com médias que podem chegar a 55,5 km/l. Com design inspirado na filosofia Dragon Face, o Qin L traz tecnologias avançadas como sistema de assistência à direção DiPilot L2 e painel de toque giratório. Embora o registro não confirme lançamento imediato, reforça o interesse da marca em atuar no mercado brasileiro com este sedã posicionado acima do King. (Valor Econômico - 04.07.2025)

Link Externo

Brasil: TJPE autoriza remoção de carregador de VE instalado sem aprovação em condomínio

A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu liminar autorizando um condomínio no Recife a remover um carregador de carro elétrico instalado por um morador sem aprovação da assembleia condominial. A decisão considerou que a instalação ocorreu em uma rota de fuga de incêndio e representava riscos à segurança coletiva devido à sobrecarga no sistema elétrico do edifício. O desembargador Fábio Eugênio Dantas destacou que, segundo o Código Civil, esse tipo de obra em área comum exige quórum qualificado de dois terços dos condôminos, o que não foi respeitado. A autorização concedida apenas pela síndica foi considerada insuficiente. A liminar ponderou também que o morador possui alternativas viáveis para carregar o veículo fora do condomínio, inclusive em shopping vizinho com acesso direto pelo prédio. (Valor Econômico - 08.07.2025)

Link Externo

Gestão e Resposta da Demanda

Octopus Energy: Início do programa de resposta da demanda no Texas

A Octopus Energy lançou o OctopusFlex no Texas, um plano de tarifa por horário de uso que oferece eletricidade mais barata entre 22h e 6h, recompensando clientes por consumirem energia fora dos picos de demanda. Utilizando dispositivos inteligentes, como carregadores de veículos elétricos e termostatos, o sistema otimiza automaticamente o uso de energia nos períodos mais limpos e econômicos, sem afetar a rotina do usuário. A proposta visa aliviar a rede nos horários críticos, reduzir o risco de apagões no verão, promover o uso de energia renovável e cortar custos para os consumidores. (Smart Energy – 27.06.2025)

Link Externo

Eficiência Energética

Aneel: Abertura de consulta pública para aprimorar Programa de Eficiência Energética

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou nesta terça-feira (02/07) um processo de Tomada de Subsídios (TS 009/2025) para receber contribuições sobre o aprimoramento do Programa de Eficiência Energética (PEE). As sugestões poderão ser enviadas até 30 de julho por meio de formulário específico disponível no site da agência. O PEE, que tem como objetivo promover o uso racional de energia elétrica e reduzir desperdícios, financia projetos que incentivam a adoção de tecnologias e práticas mais eficientes em diversos setores. A iniciativa beneficia tanto os consumidores, com redução de custos, quanto o sistema elétrico como um todo, contribuindo para sua sustentabilidade. Podem participar do processo de consulta empresas do setor elétrico e de conservação de energia (ESCOS), além de outros interessados em propor melhorias para o programa. (Aneel – 02.07.2025)

Link Externo

Abesco e Aesbe: Parceria visando promover eficiência energética no setor de saneamento

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) firmou um termo de cooperação técnica com a Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) com o objetivo de promover a eficiência energética no setor de saneamento básico. O acordo visa desenvolver projetos técnicos conjuntos, pesquisas avançadas e implementar tecnologias sustentáveis e compartilhar conhecimentos estratégicos que beneficiarão milhões de brasileiros através de sistemas de saneamento mais eficientes. A cooperação também mira facilitar a troca de informações estratégicas e experiências bem-sucedidas que poderão ser replicadas em diferentes regiões, maximizando o impacto positivo das iniciativas. Segundo o presidente da Abesco, Bruno Herbert, a parceria representa um marco significativo para ambos os setores e promete resultados substanciais para a sustentabilidade ambiental no Brasil. O acordo tem vigência inicial de dois anos e não envolve repasse de recursos financeiros entre as instituições, mantendo a independência operacional e garantindo a confidencialidade das informações trocadas. (Agência CanalEnergia - 03.07.2025)

Link Externo

Armac e Cantu: Empresas focam em eficiência energética nas operações

A Armac e a Cantu firmaram uma parceria para operações de intralogística em sete estados (SP, SC, PR, MG, ES, RJ e PE), usando mais de 70 empilhadeiras movidas exclusivamente a bateria de lítio, que entregam até 80 % de economia em relação ao GLP e 50 % frente às baterias de chumbo, sem emissões poluentes e com maior autonomia e rapidez de recarga. A iniciativa reforça o compromisso das duas empresas com a eficiência energética e a sustentabilidade, integrando automação, rastreabilidade e mão de obra especializada, além de fortalecer a estratégia ESG da Cantu. (Neomondo - 08.07.2025)

Link Externo

Tailândia: Aprovação de incentivos fiscais para acelerar eficiência energética

O Gabinete tailandês aprovou um pacote de incentivos fiscais para eficiência energética e renováveis com custo fiscal de cerca de US$ 860 milhões, oferecendo dedução de 150 % do imposto sobre investimentos em equipamentos e materiais certificados (válido até 31 de dezembro de 2028) e até US$ 6 160 de dedução no Imposto de Renda para sistemas solares residenciais de até 10 kWp (até 31 de dezembro de 2027). Espera‑se que os incentivos a equipamentos eficientes gerem US$ 7,82 bilhões em atividade econômica, economizem US$ 30,3 bilhões de kWh/ano e evitem US$ 3,39 bilhões em importações de GNL, enquanto o estímulo ao solar deve aportar US$ 624 milhões à economia, gerar US$ 585 milhões de kWh/ano e poupar US$ 65 milhões em GNL, reduzindo juntas mais de 17,9 milhões de toneladas de CO₂ anualmente. (Solar Quarter - 10.07.2025)

Link Externo

Microrredes e VPP

AGL Energy: Aquisição de VPP da Tesla na Austrália

A AGL Energy adquiriu da Tesla a South Australia Virtual Power Plant (SAVPP) — uma das maiores usinas virtuais de energia residenciais do país, criada em 2018 com apoio do governo da Austrália do Sul e da ARENA — que hoje reúne cerca de 7 000 sistemas Powerwall de 13,5 kWh e painéis solares de 5 kW instalados sem custo inicial para as famílias. O projeto teve custo total de AU$ 60,6 milhões (com AU$ 8,2 milhões da ARENA, AU$ 30 milhões financiados pela Clean Energy Finance Corporation e AU$ 18 milhões em capital da Tesla) e, embora a meta original fosse alcançar 50 000 residências até 2022, já demonstrou seu valor ao gerar mais de AU$ 1 milhão em receitas de resposta a eventos de rede durante uma tempestade em janeiro de 2020. (Energy Storage News - 07.07.2025)

Link Externo

Tecnologias e Soluções Digitais

CELA: Investimentos em IA impulsionam expansão de data centers na América Latina

O setor de data centers na América Latina deve continuar crescendo a taxas de dois dígitos, impulsionado pelos investimentos em inteligência artificial, segundo Camila Ramos, CEO da Clean Energy Latin America (CELA). Durante o Latam Finance Forum 2025, ela destacou que, caso a inteligência artificial avance conforme o esperado, os investimentos podem quadruplicar. A executiva pondera, no entanto, que, para viabilizar esse crescimento, são essenciais um marco regulatório que assegure a soberania de dados e a redução das taxas de importação de equipamentos, como unidades de processamento gráfico (GPUs) – que atualmente dobram de preço no Brasil – são essenciais. Mesmo sem essas condições ideais, o setor já demonstra forte expansão para a inferência — que exige baixa latência e pode superar o crescimento da nuvem. Entre os fatores que atraem investimentos em data centers para o Brasil, Camila destacou o mercado consumidor relevante, o crescimento da demanda por nuvem no setor corporativo e a disponibilidade de energia renovável competitiva. Além disso, a executiva alertou para os efeitos MP 1300 no setor. “Estamos vivendo uma corrida de 50 metros para garantir direitos adquiridos antes da implementação da medida, especialmente quanto à contribuição de capital para autoprodução”, comentou. (Agência CanalEnergia - 04.07.2025)

Link Externo

Auren Energia intensifica posicionamento dentro do mercado de data centers

A Auren Energia está intensificando sua atuação no setor de data centers, um mercado em franca expansão impulsionado pela transformação digital global. Em entrevista exclusiva ao CanalEnergia, José Guilherme Amato, gerente de negócios de carbono da Auren Energia, destacou que a decisão de olhar com mais atenção o segmento de data centers é estratégico. Pois, segundo o executivo a geração de energia não representa um obstáculo para o Brasil no desenvolvimento deste setor, por conta de possuir atualmente cerca de 240 GW de capacidade instalada em termos de território, além disso, atenta-se a um oceano de oportunidades bastante extenso para protagonismo nacional, por conta de poucos potenciais players dominantes. Entretanto, o gerente disserta sobre um gargalo bastante evidente no setor, este seria a intensa regulamentação, que interfere tanto nos fatores de custo quanto nos fatores de investimento. Por fim, o executivo expõe os principais movimentos da Auren Energia e suas perspectivas para o futuro. (Agência CanalEnergia - 04.07.2025)

Link Externo

Segurança Cibernética

CSIRO: Ataques cibernéticos podem explorar painéis solares residenciais para interromper redes elétricas

O crescente avanço da energia solar residencial — com cerca de um terço das casas australianas agora equipadas com painéis fotovoltaicos — traz não só benefícios, mas também novos riscos cibernéticos, já que seus inversores inteligentes, responsáveis por converter e gerir a energia gerada e manter a conexão com a rede, podem se tornar vetores de ataque: hackers que explorarem vulnerabilidades nesses dispositivos podem orquestrar comandos remotos para desestabilizar tensões e correntes, ameaçando a confiabilidade do sistema elétrico, alerta Sid Chau, do CSIRO. (New Scientist - 04.07.2025)

Link Externo

Mandiant: Relays de proteção vulneráveis ​​colocam a rede elétrica em risco

A Mandiant, unidade do Google, alertou que vulnerabilidades em relés de proteção – dispositivos críticos que monitoram tensão, corrente e frequência em subestações elétricas – podem permitir que hackers disparem remotamente disjuntores e provoquem blecautes em larga escala. A pesquisa revelou que o uso de protocolos legados como Telnet sem criptografia, senhas de fábrica não alteradas e ausência de firewalls ainda é generalizado, abrindo “caminhos remotos inseguros” para invasores identificarem gateways expostos, obterem credenciais padrão e, então, assumir o controle dos relés para modificar configurações de disparo ou emitir comandos diretos. Apesar do longo ciclo de vida desses equipamentos, a Mandiant recomenda mitigações imediatas, como segmentação rigorosa de rede, restrição de acesso via VPN e firewalls, alteração de senhas padrão, ativação de controle de acesso baseado em funções e monitoramento de alterações na lógica de proteção, ressaltando que “a segurança é mais eficaz quando incorporada desde o início, e não agregada posteriormente.” (Bank Info Security - 02.07.2025)

Link Externo