A capacidade de geração distribuída no Brasil atingiu 40 GW, distribuídos em 3,5 milhões de unidades em 5.559 municípios, de acordo com dados da ABGD, dos quais cerca de 39,7 GW são de energia solar fotovoltaica (o restante inclui 203 MW térmicos, 55,7 MW hidrelétricos e 17,6 MW eólicos). A ABGD projeta expansão de 25 % em 2025 sobre os 35 GW de 2024, impulsionada pela crescente busca por renováveis e pela redução da dependência de concessionárias. Em 2024, projetos de GD responderam por 77 % das importações de painéis fotovoltaicos (22,3 GWp, +25 % em relação a 2023). Entre os desafios estão o fluxo reverso — quando a geração supera a demanda local — e as altas taxas de juros, que encarecem o financiamento. Embora a Aneel aponte 57,7 GW de solar instalado no país (centralizado e distribuído), a Absolar estima que, até o fim de 2025, o Brasil some 13,2 GW adicionais, alcançando 21,7 GW em usinas centrais e 43 GW em geração distribuída. (bn americas - 30.05.2025)

Um estudo da consultoria PSR indicou que a utilização de apenas 1% da área dos reservatórios de usinas hidrelétricas brasileiras com painéis solares flutuantes poderia adicionar até 38 GW de capacidade instalada ao sistema elétrico nacional. Do ponto de vista econômico, o estudo destaca tanto o elevado potencial quanto os desafios da tecnologia. A integração entre usinas hidrelétricas e sistemas solares flutuantes ou adjacentes aos reservatórios é considerada uma estratégia promissora para impulsionar a transição energética no Brasil de maneira eficiente e sustentável, conforme enfatiza Rafael Kelman, diretor-executivo da PSR. Sob um cenário de preços fixos de eletricidade, a capacidade economicamente viável seria de 17 GW, podendo atingir 24 GW considerando a média histórica dos preços do mercado de curto prazo, o que sugere um aumento da atratividade econômica em condições de mercado mais favoráveis. Contudo, o avanço dessa tecnologia ainda encontra barreiras relacionadas ao custo nivelado de energia (LCOE), que atualmente é de R$ 374/MWh para sistemas flutuantes, superior aos R$ 343/MWh dos sistemas terrestres. (Canal Solar - 02.06.2025)

A Adias Sol.Ar e a Nura Soluções firmaram uma parceria para facilitar o acesso a financiamentos de projetos de energia solar, oferecendo aos integradores da Adias um sistema que conecta bancos, distribuidores e instaladores, desde a análise de crédito até a contratação final, com capacidade de financiar desde pequenas instalações residenciais até usinas de mais de R$ 30 milhões. A Nura destaca-se pela curadoria ativa do crédito, direcionando cada proposta ao banco mais adequado para reduzir taxas de recusa e preservar o histórico dos clientes, além de possibilitar pagamentos bipartidos que favorecem o fluxo de caixa de distribuidores e instaladores. Com promessa de resposta em até 48 horas — ao contrário dos até 10 dias úteis do mercado —, a plataforma também oferece opções como garantia imobiliária, consórcio solar e parcelamento em até 24 vezes no cartão, permitindo que pequenos e médios integradores ampliem sua competitividade e movimentem centenas de milhões em crédito solar ao longo de 2025. (Canal Solar - 05.06.2025)

A adesão ao mercado livre de energia tem se expandido para além do setor industrial, alcançando também instituições culturais, como mostra a recente parceria entre a Echoenergia, do Grupo Equatorial, e a Fundação Iberê, em Porto Alegre. O contrato firmado entre as partes prevê o fornecimento de de energia 100% renovável até 2028, com um consumo diário de 50,4 MWh - volume suficiente para abastecer cerca de 335 residências médias brasileiras -, sem a necessidade de investimentos em infraestrutura. Para a Fundação Iberê, o modelo do mercado livre representou uma alternativa mais econômica e viável do que a instalação de energia solar própria, conforme pontuou a gerente de administração Luciane Zwetsch. Já para o diretor de vendas da Echoenergia, Hélio Rafael, a parceria também simboliza o potencial do mercado livre na promoção da transição energética em diferentes segmentos. (Agência CanalEnergia - 30.05.2025)

No primeiro trimestre de 2025, a França conectou 1,4 GW em sistemas fotovoltaicos, com destaque para os sistemas de potência entre 36 e 500 kW, que corresponderam a aproximadamente 52% das novas conexões, conforme relatório da organização France Territoire Solaire. O estudo evidencia um crescimento significativo nas instalações de sistemas de médio e grande porte, enquanto o segmento de autoconsumo apresentou retração, com 51.585 novas conexões. O setor residencial também teve uma leve queda, totalizando 268 MW conectados. Especificamente, os sistemas médios (36 a 100 kW) registraram leve expansão, com 114 MW conectados, enquanto os sistemas grandes (100 a 500 kW) apresentaram crescimento expressivo, alcançando um recorde de 641 MW. Sistemas entre 500 kW e 1 MW somaram 18 MW conectados, refletindo um crescimento modesto. Já as grandes instalações com potência igual ou superior a 500 kW apresentaram retração, com 384 MW instalados. Em 2024, os sistemas fotovoltaicos representaram 4,9% do consumo bruto de eletricidade no último trimestre do ano. O relatório também aponta um aumento significativo na fila de espera para conexão à rede de distribuição, que somava 26,28 GW ao final do primeiro trimestre de 2025. (Canal Solar - 03.06.2025)