Tecnologias Exponenciais 219
Transição Energética e ESG
IRENA: Brasil alcança 3ª posição no ranking global de energia renovável de 2024
Em 2024, o Brasil ocupou a terceira posição no ranking mundial de capacidade instalada de energia renovável, segundo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês). O país alcançou 213 GW de capacidade, mantendo a mesma colocação de 2023. O ranking considera fontes como hidráulica, solar, eólica, bioenergia, maremotriz e geotérmica. Os dez países líderes permaneceram os mesmos do ano anterior, sem alterações na ordem. Globalmente, a capacidade total de energia renovável chegou a 4.448 GW no final de 2024, com um acréscimo de 585 GW no ano — responsável por mais de 90% da expansão total da capacidade de geração de energia, representando um crescimento anual de 15,1%. A China lidera com 1,8 TW, seguida pelos Estados Unidos (428 GW), Índia (204 GW) e Alemanha (178 GW). A energia solar permaneceu como a principal fonte, responsável por cerca de 75% do aumento de capacidade, seguida pela energia eólica, com 113 GW; juntas, essas fontes representaram 96,6% do crescimento das energias renováveis em 2024. (Portal Solar - 24.04.2025)
COP 30: Presidente da cúpula destaca desafio de financiar US$ 1,3 trilhão até 2035
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que o principal desafio climático atual é viabilizar o financiamento de US$ 1,3 trilhão até 2035 para implementar programas ambientais, especialmente relacionados ao clima. Segundo ele, já existe consenso entre líderes e doadores sobre esse valor, e o foco até a conferência, em novembro, será apresentar formas concretas de captar esses recursos. Durante evento paralelo às reuniões do FMI e Banco Mundial em Washington, Corrêa do Lago destacou a importância do envolvimento do Ministério da Fazenda e de suas contrapartes internacionais para garantir a implementação das propostas discutidas nas COPs. Ele defendeu o uso de todos os mecanismos financeiros disponíveis para alcançar a meta e reforçou a necessidade de colaboração entre governos. (Valor Econômico - 23.04.2025)
FGV: Bioenergia evitou emissão de 64,4 milhões de toneladas de CO₂ em 2024
O Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) lançou mais uma edição do monitoramento de descarbonização na matriz de combustíveis leves. O objetivo é acompanhar, trimestralmente, a dinâmica de consumo de combustíveis no Brasil, com atenção especial à análise e compreensão dos efeitos da bioenergia na redução das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). Entre os resultados para o ano de 2024, o destaque ficou com a conclusão de que a bioenergia evitou a emissão de 64,4 milhões de toneladas de CO2 no ano passado, considerando frota leve e pesada. Além disso, o monitoramento apontou que essas emissões de GEE na matriz de combustíveis leves totalizaram 111,1 milhões de toneladas de CO2eq em 2024, contabilizando retração de 0,7% na comparação com a quantidade emitida em igual período de 2023 (111,7 milhões de toneladas de carbono equivalente). Essa menor emissão de GEE é explicada pela ampliação na participação do etanol hidratado, alta de 33%, que mais do compensou o aumento de 3,6% do consumo total energético de combustíveis leves no país. (Agência CanalEnergia - 23.04.2025)
Espanha: Emissões do sistema elétrico nacional caem 74% desde 2011
A Espanha reduziu suas emissões vinculadas à geração de eletricidade em 73,76% desde 2011, posicionando-se entre os líderes da descarbonização do sistema elétrico na Europa. Em 2024, 56,8% da eletricidade consumida no país veio de fontes renováveis, com destaque para a energia eólica (23,2%). A transformação foi impulsionada por políticas climáticas, inovação tecnológica e a substituição do carvão por energias renováveis. O plano nacional de energia (PNIEC) visa 81% de energia renovável até 2030, com metas ambiciosas de redução de emissões e aumento de eficiência, embora desafios como barreiras administrativas e falta de investimentos em redes e armazenamento permaneçam. (Energias Renovables- 24.04.2025)
Alemanha: Energia solar deverá ultrapassar fontes fósseis em 2025
Um estudo do Instituto Fraunhofer de Sistemas de Energia Solar projeta que, em 2025, a energia solar ultrapassará as fontes fósseis na matriz elétrica da Alemanha. Em 2024, a energia solar respondeu por 15,57% da geração elétrica do país, enquanto o carvão marrom representou 15,61%. Esse avanço é atribuído ao aumento significativo na instalação de sistemas fotovoltaicos, que somaram 17,5 GW em capacidade instalada no ano — um crescimento de 14% em relação a 2023. A Associação Federal da Indústria Solar (BSW, na sigla em alemão) prevê que os investimentos no setor seguirão em alta em 2025. Embora a demanda residencial por painéis tenha diminuído após o pico observado durante a pandemia e a crise energética, espera-se nova alta na procura por sistemas solares plug-and-play, especialmente os instalados em varandas. A construção de usinas solares em terrenos abertos e em telhados comerciais também deve crescer, ainda que de forma mais moderada. Atualmente, cerca de cinco milhões de sistemas solares estão em operação no país, que evitou, em 2024, a emissão de mais de 50 milhões de toneladas de gases de efeito estufa graças ao uso dessa fonte energética. Estimativas da consultoria Neon indicam que, sem a energia fotovoltaica, os preços da eletricidade poderiam estar até 25% mais altos. No setor residencial, a economia gerada pode chegar a nove bilhões de euros por ano, representando até € 80,00 de economia por domicílio. Na indústria, a redução de custos pode atingir 10%. (Canal Solar - 02.05.2025)
SumSummit Valor Brazil-China 2025: Evento explora desafios da transição energética e papel estratégico do Brasilmit Valor Brazil-China 2025 reforça parcerias e transição energética
O “Summit Valor Brazil-China 2025”, realizado em Xangai, teve como foco o fortalecimento do multilateralismo, a transição energética e as oportunidades de negócios entre Brasil e China. O evento, organizado por Valor, Editora Globo, Cebri e Caixin Media, reuniu cerca de 200 participantes dos dois países, incluindo autoridades, empresários e especialistas, que discutiram temas como agronegócio, energia, mineração, cidades inteligentes, finanças e indústria automotiva. Houve destaque para os interesses comuns em fontes de energia limpa, como biomassa, solar e eólica, além dos impactos da guerra comercial entre EUA e China. O encontro reforçou o ambiente favorável ao aprofundamento das parcerias bilaterais. O terceiro painel abordou os desafios da transição energética com foco em energias renováveis, destacando o papel estratégico do Brasil e da China nesse processo global. O ministro do MME, Alexandre Silveira, enfatizou a importância do multilateralismo e da COP30 como oportunidade para conectar a sustentabilidade à inclusão social. Especialistas e representantes do setor energético destacaram o potencial brasileiro em fontes renováveis, como biomassa, eólica e solar, e apontaram oportunidades de cooperação com a China, incluindo transferência de tecnologia, investimentos em redes de transmissão e desenvolvimento de data centers sustentáveis. Empresas chinesas como Huawei, State Grid e China Three Gorges reforçaram seu compromisso com o Brasil e discutiram soluções técnicas para expandir a infraestrutura energética e apoiar os planos de reindustrialização do país. (Valor Econômico - 24.04.2025)
E3G: Países com menor oferta de renováveis podem enfrentar fuga de investimentos
Estudo global aponta que países com maior oferta de energia renovável tendem a atrair mais investimentos de grandes empresas, enquanto regiões com matrizes dominadas por fontes fósseis correm o risco de perder capital nos próximos anos. A pesquisa, encomendada pelas organizações E3G, Beyond Fossil Fuels e We Mean Business Coalition, ouviu mais de 1.400 executivos de empresas de médio e grande porte em 15 países, abrangendo setores públicos e privados, com o objetivo de entender a postura empresarial frente à transição energética. Os resultados indicam que 62% dos executivos consideram realocar operações e 68% pretendem transferir cadeias de fornecimento para regiões com maior disponibilidade de energia limpa. Para 90% dos entrevistados, o acesso a fontes renováveis é prioridade em novos investimentos. O estudo revela uma disposição empresarial por uma transição energética acelerada, contrariando a percepção de resistência ao abandono dos combustíveis fósseis. O cenário reforça a necessidade de políticas públicas mais robustas em apoio às fontes renováveis, sob pena de perda de empregos e investimentos. Aproximadamente 97% dos executivos apoiam a transição para uma matriz 100% renovável, sendo que 78% defendem que essa mudança ocorra até 2035 ou antes. Além disso, 67% pedem que usinas a carvão sejam desativadas e substituídas exclusivamente por geração renovável, sem incluir gás fóssil. A pesquisa também aponta que 43% das empresas pretendem descarbonizar suas operações até 2030, e 27% até 2035. Cerca de 93% avaliam investir em geração renovável própria nos próximos anos. As principais barreiras citadas incluem o alto investimento inicial (46%), a falta de infraestrutura de transmissão e armazenamento (38%) e a baixa oferta de eletricidade de origem renovável (37%). (Portal Solar - 30.04.2025)
Geração Distribuída
Brasil: Governo Federal nega possibilidade de novo aumento de imposto sobre painéis solares
O Governo Federal negou qualquer iniciativa para aumentar o imposto de importação sobre painéis solares e equipamentos relacionados. Segundo a secretaria executiva da CAMEX, desde 13 de novembro de 2024 está em vigor a Resolução Gecex nº 666, que estabelece alíquota de 25% para células fotovoltaicas montadas em módulos ou painéis. Contudo, dentro de uma cota especial de importação de US$ 1,014 bilhão, aplica-se alíquota zero, benefício válido até 30 de junho de 2025 e já 98% utilizado. A CAMEX afirmou que não há estudos em andamento para elevação da alíquota e desmentiu rumores recentes sobre aumento do imposto. Adicionalmente, está em curso uma consulta pública, entre 8 de abril e 22 de maio de 2025, referente a pedido da empresa Atlas Brasil para redução da alíquota a 0% no âmbito da LEBIT/BK. O esclarecimento foi feito diante de informações divulgadas na internet que geraram preocupações no setor fotovoltaico sobre possíveis medidas protecionistas. (Canal Solar - 25.04.2025)
Brasil: Justiça suspende cobrança de ICMS sobre energia solar em MT
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso concedeu uma liminar que suspende a cobrança retroativa de ICMS sobre energia solar gerada por sistemas de geração distribuída (GD), atendendo a um pedido da Assembleia Legislativa do Estado. A decisão considerou a cobrança inconstitucional, pois a energia excedente injetada na rede é vista como um empréstimo gratuito à concessionária, não configurando circulação de mercadoria. A medida beneficia consumidores cobrados entre 2017 e 2021, muitos dos quais tiveram seus nomes inscritos na dívida ativa, impactando especialmente produtores rurais. Além de suspender a cobrança, a decisão impede novas autuações até o julgamento final do caso, garantindo segurança jurídica e proteção aos investimentos em energia limpa. (Canal Solar - 06.05.2025)
Brasil: Setor elétrico diverge sobre impacto da energia autogerada na rede das distribuidoras
Em audiência na Câmara dos Deputados, investidores e reguladores do setor elétrico debateram os efeitos do fluxo reverso provocado pela micro e minigeração distribuída, sobretudo solar, nas redes de distribuição: a Abradee alertou que transformadores e proteções nunca foram projetados para o volume crescente de energia injetada (oito novas conexões por minuto segundo a Aneel), enquanto a Absolar denunciou que distribuidoras estão usando o “risco” de reversão de fluxo para negar novos acessos, mesmo em cenários dispensados de análise pela RN 1.008/24. O ONS reconheceu que, embora o fenômeno não seja sistêmico, há nove estados próximos da sobrecarga em contingência, e todos defenderam uma “solução negociada” que envolva distribuidoras, pequenos geradores e órgãos do setor. O debate, proposto pelo deputado Lafayette de Andrade, reforçou a necessidade de normativos equilibrados para garantir a expansão da geração distribuída – hoje com 30 GW instalados em 3,5 milhões de unidades consumidoras – sem comprometer a segurança da rede. (Agência Senado - 06.05.2025)
Brasil: MME avalia incluir energia solar na reforma do setor elétrico
O MME está avaliando a inclusão da micro e minigeração solar distribuída na reforma do setor elétrico, estudando duas opções: antecipar a redução gradual dos subsídios previstos na Lei 14.300/2022 ou integrar o segmento ao rateio do Encargo de Energia de Reserva (EER). A lei atual garante direitos até 2045 para quem já estava conectado antes das mudanças, enquanto quem ingressou até início de 2023 entra em transição, com descontos na tarifa de uso da rede começando a cair em 2029. O texto da reforma, já entregue à Casa Civil e aguardando envio ao Congresso por Medida Provisória, também prevê o fim dos descontos para novas fontes incentivadas e endurece as regras de autoprodução, exigindo carga contratada dez vezes maior e participação mínima de 30% nas empresas. Grandes consumidores, representados pela Abrace, alertam para possível “corrida” a contratos na CCEE que pode comprometer a retirada dos subsídios no prazo esperado. (Canal Solar - 06.05.2025)
MME: MMGD já representa mais de 15% da matriz elétrica no Brasil
A micro e minigeração distribuída (MMGD) continua em expansão no Brasil, mesmo diante de desafios como a inversão de fluxo, e já representa mais de 15% da capacidade instalada de geração elétrica no país. De acordo com o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, divulgado pelo MME, a capacidade total instalada atingiu 247,5 GW em fevereiro de 2025, dos quais 37,3 GW correspondem à MMGD. Nos 12 meses anteriores, o segmento cresceu 35%, passando de 27,6 GW para 37,3 GW, com cerca de 3,3 milhões de sistemas de geração distribuída instalados no país. Esse crescimento posiciona a MMGD como o setor de maior expansão no período, superando fontes tradicionais da matriz elétrica nacional. Ainda segundo o MME, em fevereiro, as fontes renováveis — incluindo hidráulica, eólica, solar, biomassa e MMGD — responderam por 92,3% da geração elétrica no Brasil, evidenciando o papel central das tecnologias limpas na matriz energética nacional. (Canal Solar - 02.05.2025)
Absolar: Energia solar já representa metade da capacidade instalada das UHEs no Brasil
A energia solar no Brasil ultrapassou 55 GW de capacidade instalada, tornando-se a segunda principal fonte da matriz elétrica nacional, com cerca de metade da potência das hidrelétricas, que somam 110 GW. De acordo com a Absolar, o avanço da fonte solar tem sido acelerado: em abril de 2021, o país contava com menos de 4 GW em usinas fotovoltaicas, enquanto a capacidade das hidrelétricas permanecia estável. A diferença entre as duas fontes, antes superior a 100 GW, caiu para menos de 55 GW, impulsionada pela geração distribuída e pela expansão de grandes projetos solares. Atualmente, a energia solar representa 22,5% da matriz elétrica brasileira, enquanto as hidrelétricas detêm 44,3%. O crescimento da fonte solar reflete a busca por diversificação da matriz e maior segurança energética diante da variabilidade hidrológica. Desde o início de sua expansão, a energia solar evitou a emissão de mais de 67,4 milhões de toneladas de CO₂, atraiu mais de R$ 254,8 bilhões em investimentos, gerou cerca de 1,6 milhão de empregos verdes e contribuiu com R$ 79,2 bilhões em arrecadação pública. (Canal Solar - 25.04.2025)
ABGD: Crescimento de 25% da geração distribuída no Brasil em 2025
A geração distribuída deve crescer 25% no Brasil em 2025, segundo uma nova projeção da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). A estimativa considera o aumento da demanda por fontes renováveis e o interesse dos consumidores em reduzir a dependência das distribuidoras. Dados da Aneel mostram que mais de 55 mil usinas fotovoltaicas foram instaladas apenas em março. No acumulado de 2025, o número de novas unidades de micro e minigeração distribuída chegou a 193.423. Com isso, o Brasil já bateu a marca de 38 GW de potência instalada em geração distribuída. (Petronotícias – 27.04.2025)
Brasil: Complexo fotovoltaico promove economia circular por meio da reciclagem de painéis solares
O Complexo Solar Janaúba, em Minas Gerais, demonstrou que é possível gerar energia limpa com responsabilidade ambiental, ao reciclar mais de 16 toneladas de painéis solares danificados durante sua ampliação. A iniciativa, conduzida pela Elera Renováveis em parceria com a empresa SunR, evitou o envio desse material a aterros sanitários, reintegrando até 85% dos componentes — como vidro, alumínio, prata e cobre — à cadeia produtiva. Os danos nos equipamentos ocorreram em etapas como transporte, armazenamento e montagem, tornando-os inviáveis para uso. Com a ação, foram poupados 39 m³ de espaço em aterros e evitadas cerca de 13 toneladas de emissões de CO₂. Além disso, 94% dos resíduos sólidos da obra foram reciclados, decompostos ou reutilizados. O projeto reforça o papel da reciclagem como instrumento para reduzir impactos ambientais e promover a economia circular no setor de energia renovável. (Canal Solar - 25.04.2025)
Nextracker: Rastreador adaptável ao solo traz economia de US$ 1 milhão a usina solar
O Complexo Solar Serrita, situado no sertão de Pernambuco, tornou-se o primeiro projeto no Brasil a empregar a tecnologia de rastreamento solar adaptável ao solo da Nextracker, o NX Horizon-XTR. Com capacidade instalada de 68,8 GW, o projeto obteve uma economia em CAPEX superior a US$ 1 milhão com o uso da solução. O rastreador solar, ou tracker, é responsável por movimentar os painéis ao longo do dia para maximizar a captação de luz solar e, assim, elevar a geração de energia do sistema fotovoltaico. A usina foi construída em uma região com solo rochoso e topografia irregular, o que apresentou desafios técnicos e ambientais, além da exigência de preservação do solo superficial e da biodiversidade. A aplicação do rastreador solar permitiu reduzir em 50% o nivelamento de terra, economizando cerca de 65 mil metros cúbicos de terraplanagem e diminuindo pela metade a perturbação do solo. Isso também reduziu custos de escavação e eliminou a necessidade de nivelamento intensivo e uso de explosivos. A tecnologia contribuiu para a eficiência da instalação ao se adaptar às condições naturais do terreno, facilitando e acelerando o processo de montagem. (Portal Solar - 02.05.2025)
Coreia do Sul: Ministério cancela 347 MW de projetos solares
O Ministério da Indústria, Comércio e Energia da Coreia do Sul (MOTIE) informou que a Comissão Reguladora de Eletricidade multou oito operadoras solares por descumprirem ordens de corte de produção e cancelou licenças de 11 projetos renováveis, totalizando 347,4 MW. A ERC também anunciou a revisão de mais 230 projetos em 2025 e destacou avanços recentes em células solares CIGS e materiais para baterias. Até março de 2025, a Coreia acumulava 28,15 GW de capacidade solar, mas enfrenta desafios para atingir sua meta de 55,7 GW até 2030. (PV Magazine – 28.04.2025)
Armazenamento de Energia
Chile: País alcança metade da meta de armazenamento de energia para 2030
O Chile atingiu 954 MW de capacidade operacional de armazenamento de energia até março de 2025, representando 48% da meta nacional de 2 GW até 2030, conforme relatório do Ministério da Energia. Além disso, quatro sistemas de baterias de íons de lítio estavam em fase de testes, enquanto 12 projetos estavam em construção e 37 aguardavam licenciamento ambiental. Entre os projetos em operação, destacam-se o Quillagua I PFV da Grenergy (95 MW/586 MWh) e o Capricornio da Engie (48 MW/264,2 MWh), ambos localizados na região de Antofagasta. O país planeja expandir significativamente sua capacidade de armazenamento até 2026, com estimativas indicando 2.213 MW em operação até o final de 2025. (PV Magazine – 28.04.2025)
Bulgária: Financiamento de € 600 milhões para quase 10 GWh de armazenamento de energia
O Ministério da Energia da Bulgária selecionou 82 projetos vencedores de armazenamento de energia para receber BGN 1,15 bilhão (€ 588 milhões/US$ 670 milhões) em apoio financeiro. O programa cobrirá até 50% dos custos de construção e comissionamento de 82 projetos autônomos de armazenamento de energia, somando 9.712,89 MWh de capacidade. Além disso, o Energy Storage Summit Central Eastern Europe, previsto para setembro de 2025, discutirá as tendências em armazenamento de energia e oportunidades no mercado regional. Em outros lugares, projetos de armazenamento de energia em grande escala estão sendo desenvolvidos em países como Chile, Geórgia, Austrália e Romênia, com destaque para a colaboração em sistemas de armazenamento conectados à transmissão (BESS). (Energy Storage – 23.04.2025)
Veículos Elétricos
Acea: Vendas de VEs crescem na Europa
As vendas de veículos elétricos novos na União Europeia cresceram 24% no primeiro trimestre de 2025, totalizando 413 mil unidades e alcançando 15,2% de participação no mercado, ante 12% no mesmo período do ano anterior. Os dados são da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (Acea). Apesar do crescimento do segmento, a Tesla registrou queda nas vendas em mercados-chave como Alemanha, França, Itália e Holanda. Analistas atribuem a retração à rejeição do mercado à figura do CEO Elon Musk e às tensões comerciais envolvendo os Estados Unidos. O trimestre também apresentou alta de 20,7% nas vendas de carros híbridos, com 964 mil unidades. No entanto, as vendas gerais de veículos novos na UE caíram 2%, com 2,71 milhões de unidades registradas até março. (Automotive Business - 25.04.2025)
Bosch: Criação de serviços para VEs e parcerias de pós-venda com montadoras
A Bosch lançou um serviço especializado para veículos híbridos e elétricos dentro de sua rede de oficinas próprias, o Bosch Car Service, como parte de seu plano de expansão. A novidade, apresentada na Automec 2025, consiste em um sistema de certificação para oficinas que adotem novos processos, equipamentos específicos e treinamento técnico, tornando-se aptas a atender veículos eletrificados. Paralelamente, a empresa negocia parcerias com montadoras que estão ingressando no mercado brasileiro, oferecendo sua rede como solução de pós-venda para marcas que ainda não possuem concessionárias estabelecidas. Segundo a Bosch, já há tratativas com três montadoras, sendo uma parceria já firmada. A empresa conta atualmente com 2 mil oficinas na América Latina, sendo 1.400 no Brasil, que juntas atendem mais de 3 milhões de veículos por ano. (Automotive Business - 25.04.2025)
Stellantis: Desenvolvimento de bateria de estado sólido que permite carregamento em 18 minutos
A Stellantis e a Factorial Energy avançaram no desenvolvimento de baterias em estado sólido ao validar as células FEST (Factorial Electrolyte System Technology), que permitem recarga de 15% a 90% em apenas 18 minutos. Com densidade de energia de 375 Wh/kg e mais de 600 ciclos de recarga suportados, as novas células representam um avanço importante frente às baterias de íons de lítio, oferecendo maior eficiência e menor tempo de carregamento. A tecnologia também opera em temperaturas extremas, entre -30°C e 45°C, superando limitações anteriores das baterias sólidas. A Stellantis planeja integrar as novas baterias em uma frota de testes até 2026, a fim de avaliá-las em condições reais de uso. As empresas trabalham ainda na otimização do design para reduzir peso e custo, ampliando a autonomia dos veículos e viabilizando a aplicação comercial da tecnologia. (Automotive Business - 29.04.2025)
Ford: Teste de bateria inovadora visando baratear VEs até 2030
A Ford está desenvolvendo uma nova geração de baterias para carros elétricos, com uma composição química chamada LMR (lítio com alto teor de manganês), que promete reduzir custos e aumentar a autonomia dos veículos. A tecnologia, que deve ser lançada ainda nesta década, será usada nos carros elétricos da marca nos principais mercados globais. A Ford já iniciou a produção em pequena escala das baterias LMR em uma linha piloto e está próxima de escalá-la para uso comercial. As baterias LMR oferecem vantagens sobre as atuais baterias NMC (níquel-manganês-cobalto), como maior estabilidade, maior densidade energética e custos de produção reduzidos. Essa inovação pode ser crucial para alcançar a paridade de preços entre carros elétricos e a combustão, tornando os elétricos mais acessíveis ao público. (Inside EVs - 29.04.2025)
Volvo: Entrega de caminhões elétricos supera 5 mil unidades em 50 países
A Volvo Trucks ultrapassou a marca de 5 mil caminhões elétricos entregues globalmente desde o início da comercialização em 2019, consolidando-se como uma das líderes no segmento de transporte pesado com emissão zero. Presente em 50 países, a frota elétrica da marca já percorreu cerca de 170 milhões de quilômetros em operações comerciais, contribuindo para a redução de emissões de CO₂, diminuição do ruído urbano e melhoria nas condições de trabalho dos motoristas. A linha de caminhões elétricos da Volvo atende aplicações urbanas, regionais, construção civil e coleta de resíduos. Os principais mercados incluem Alemanha, Países Baixos, Estados Unidos, Noruega e Suécia, com presença também no Brasil, Uruguai e Chile. A adoção da tecnologia tem crescido em diversos segmentos, com clientes ampliando suas frotas elétricas ao longo do tempo, segundo a empresa. (Inside EVs - 29.04.2025)
Eficiência Energética
Energisa: Ações de eficiência energética em RO
A Energisa concluiu em abril de 2025 as obras de eficiência energética no Hospital Municipal de Urupá (RO), iniciadas em janeiro, que incluíram a troca de 18 lâmpadas por LEDs, a substituição de 26 aparelhos de ar-condicionado por modelos mais eficientes e a instalação de placas solares, com investimento de R$ 300 mil. As melhorias devem poupar cerca de 13 toneladas de CO₂ por ano, gerar economia de R$ 34 mil na conta de energia—equivalente ao consumo anual de 43 residências populares—e liberar recursos para novas melhorias no hospital. Esse projeto faz parte de um portfólio de 89 iniciativas da Energisa em Rondônia, que somam R$ 68 milhões investidos e reduzem 25.000 MWh/ano, o equivalente ao consumo de mais de 10.000 casas. (Tudo Rondônia - 26.04.2025)
Equatorial: Ações de eficiência energética no PA
A Equatorial Pará, por meio do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Aneel, vai inaugurar a segunda etapa de um projeto em Belterra (Baixo-Amazonas) que substitui 200 luminárias de vapor de sódio e metálico por modelos de LED nas ruas Oito, Antônio Barra Limpa, do Sol, Timbó e nas vilas Viveiro I e II. Orçado em mais de R$ 278 mil, o programa não só melhora a eficiência e a durabilidade da iluminação pública — gerando economia de energia e redução de emissões — como também inclui capacitação de profissionais de manutenção e ações de conscientização junto à comunidade para uso racional dos recursos, reforçando a segurança urbana e a qualidade de vida local. (Folha do Progresso - 06.05.2025)
Inmetro: Nova regra promove maior clareza na etiqueta de eficiência energética de geladeiras
A Portaria nº 223/2025 do Inmetro atualizou o cálculo de consumo energético para geladeiras com funções como ice maker automático e dispenser de água e gelo. A mudança torna as etiquetas mais transparentes, permitindo comparações justas entre modelos. A medida, alinhada aos padrões internacionais, elimina barreiras técnicas para a indústria, promove inovação e estimula a concorrência no mercado brasileiro. A Associação Eletros celebrou o aperfeiçoamento, destacando sua relevância para acompanhar avanços tecnológicos e ampliar a oferta de produtos. Segundo Márcio André Brito, presidente do Inmetro, a medida reforça a modernização regulatória, equilibra a proteção ao consumidor e previsibilidade para a indústria. A nova regra já está em vigor para novos modelos de refrigeradores. (Agência CanalEnergia - 24.04.2025)
JBS: Investimento de R$ 6,5 milhões mirando eficiência energética em GO
O Grupo JBS anunciou um investimento de R$ 6,5 milhões na unidade Friboi de Mozarlândia (GO) para ampliar sua geração de energia limpa por meio de biodigestores de biogás, reforçando a eficiência energética e reduzindo a dependência da rede elétrica; a expectativa é produzir cerca de 700 mil kWh por mês — energia suficiente para abastecer 4 000 residências — o que também ajudará a mitigar riscos de oscilação tarifária e contribuirá para a redução de impactos ambientais. Esse aporte integra os R$ 17 milhões já investidos em outras plantas do grupo, e o próximo passo é utilizar o biogás na frota de veículos, substituindo o diesel e potencialmente comercializando o excedente de energia para distribuidoras ou indústrias. (Portal 6 - 06.05.2025)
ABB: Vitória em desafio de inovação com case de eficiência energética
A ABB, em parceria com a consultoria Vitalux-Ecoativa, venceu o Desafio Suíço-Brasileiro de Sustentabilidade e Inovação ao modernizar 17 conjuntos motobombas da Companhia Águas de Joinville (CAJ), responsável por abastecer metade dos 600 000 habitantes da cidade. O projeto substituiu motores antigos por modelos ABB de alta eficiência (IE4 e IE5), conectados a inversores de frequência ACQ580 e ACS880 e integrados a soluções digitais de monitoramento e automação, ajustando torque e potência em tempo real para eliminar desperdícios. Sob um contrato remunerado por resultados, a iniciativa prevê reduzir em pelo menos 8 000 MWh o consumo anual de energia — economia de cerca de R$ 4,7 milhões — e mitigar 800 toneladas de CO₂ por ano, com ajustes e validações dos dados em andamento. (ABB - 30.04.2025)
Expomafe: Evento destaca inovações em automação e eficiência energética na indústria brasileira
A Expomafe 2025, a maior feira de máquinas e equipamentos da América Latina, será realizada entre 6 e 10 de maio, em São Paulo, e destacará inovações em automação industrial e eficiência energética, refletindo o protagonismo crescente da indústria brasileira no cenário global. Organizada pela ABIMAQ em parceria com a Informa Markets Latam, a feira reunirá mais de 1.100 expositores e 65 mil visitantes, com participação de 18 empresas brasileiras apoiadas pelo projeto Brazil Machinery Solutions. Além de apresentar tecnologias de ponta e promover a sustentabilidade, o evento contará com espaços temáticos como o Pavilhão Indústria 4.0 e o estande de Eficiência Energética, bem como atividades como a Seleção Nacional para o WorldSkills e o Parque de Ideias, consolidando-se como um importante polo de networking, conhecimento e visibilidade internacional para o setor metalmecânico brasileiro. (Apex Brasil - 24.04.2025)
Nigéria e GIZ: Colaboração na promoção da eficiência energética
A Nigéria e a GIZ reforçaram sua parceria em eficiência energética e habitação sustentável ao integrar o país ao programa Parceria para Eficiência Energética em Edifícios (PEEB), que selecionou a Nigéria como parceiro-chave para auditorias em construções, capacitação técnica e desenvolvimento de hipotecas verdes, alinhadas à Agenda Esperança Renovada do presidente Tinubu. Durante reunião em Abuja, o ministro da Habitação Ahmed Dangiwa destacou a adaptação de modelos de sucesso internacionais—como hipotecas verdes no México—e planeja revisar o Código Nacional de Construção, criar centros de fabricação de materiais sustentáveis e atualizar programas de renovação urbana para incluir padrões climáticos inteligentes. A GIZ, que atua no país desde 2008 sob a Parceria Energética Alemanha-Nigéria, oferecerá assistência técnica, campanhas de conscientização e suporte a financiamentos climáticos, enquanto o lançamento oficial do PEEB Cool Enabling Facility está marcado para 10 de junho de 2025. (FMINO - 30.04.2025)
Microrredes e VPP
Mercado de microrredes deve atingir mais de US$ 190 bilhões até 2033
O mercado global de microrredes, avaliado em US$ 40,08 bilhões em 2024, deve crescer a um CAGR de 19,28 % até atingir US$ 191,01 bilhões em 2033, impulsionado pela integração de renováveis híbridas (solar-eólico e armazenamento), evolução regulatória (mandatos de 95 % de penetração limpa e 4 h de bateria nos EUA; inversores formadores de rede na UE), e pela busca por resiliência energética. Além disso, o segmento enfrenta desafios de cadeias de suprimento—como atrasos de 22 semanas para baterias de íons de lítio—e vulnerabilidades cibernéticas (US$ 800 milhões investidos em 2024), enquanto modelos de Energy-as-a-Service e inovações financeiras (títulos verdes, contratos em blockchain) ampliam o acesso e diluem custos. A padronização técnica (IEEE 2030.5-2024, IEC 62325-2) e as microrredes modulares em contêineres aceleram implantações em áreas remotas e cenários de desastre, posicionando as microrredes como peça-chave na transição para um sistema elétrico descentralizado, sustentável e interoperável. (Global News Wire - 29.04.2025)
EUA: Legislação sobre microrredes visa atrair desenvolvedores de data centers na Virgínia Ocidental
A Virgínia Ocidental aprovou um projeto de lei que cria um programa de microrredes certificadas e um regime especial para data centers de alto impacto, permitindo o uso de qualquer fonte de energia — incluindo carvão e gás — para alimentar instalações críticas, com o objetivo de atrair esses empreendimentos ao estado. A proposta, que será sancionada pelo governador Patrick Morrisey, institui também um fundo de estabilização da rede elétrica financiado por impostos sobre esses projetos. Embora apoiada por empresas de microrredes, a medida enfrenta críticas de organizações locais e da Appalachian Power, que alertam para a perda de controle das comunidades, redistribuição de receitas prediais em favor do estado e potenciais aumentos tarifários, além de questionamentos sobre sua conformidade constitucional. (ENR - 29.04.2025)
EUA: Sunrun quadruplica VPPs na Califórnia
A Sunrun mais que quadruplicou o tamanho de seu programa CalReady de usina de energia virtual (VPP) na Califórnia, passando de cerca de 16 000 residências em 2024 para aproximadamente 75 000 instalações equipadas com o Powerwall 3 da Tesla em 2025. Com capacidade média prevista de 250 MW por evento de duas horas — podendo chegar a picos instantâneos de até 375 MW —, o VPP da Sunrun ajuda a aliviar a rede elétrica durante o verão, sobretudo entre 16h e 21h de maio a outubro, quando a demanda atinge seu auge. Os clientes inscritos recebem até US$ 150 por bateria para compartilhar energia armazenada e, no ano passado, somaram mais de US$ 1,5 milhão em créditos, enquanto a Sunrun é remunerada pelo despacho das baterias. (Energy Storage News - 05.05.2025)
EUA: Abundance Energy, Sonnen e Energywell se unem para desenvolver VPPs residenciais com baterias no Texas
A Abundance Energy, a sonnen e a Energywell firmaram uma parceria para criar Usinas Virtuais de Energia (VPP) residenciais no Texas, aproveitando baterias sonnenConnect e a plataforma Proton da Energywell. Integradas, essas tecnologias permitem gerir em tempo real o armazenamento e a injeção de energia solar excedente, respondendo a sinais de preço de mercado, ao perfil de consumo dos clientes e às necessidades da rede, promovendo maior estabilidade, confiabilidade e redução de custos. A iniciativa, segundo os CEOs das três empresas, representa um modelo inovador de energia distribuída, que equilibra oferta e demanda, fortalece a resiliência residencial e contribui para a transição rumo a um sistema elétrico mais limpo e flexível. (Globe News Wire - 06.05.2025)
SINEXCEL e Molecule Systems: Parceria visando soluções de EMS e VPPs
A SINEXCEL e a Molecule Systems firmaram uma parceria para oferecer, na América do Norte, uma solução “plug-and-play” que integra o EMS MosFusion da Molecule aos inversores de armazenamento modular da SINEXCEL, criando uma Plataforma Combinada de Gerenciamento de Energia (EMS) e de Usina Virtual de Energia (VPP, da sigla em inglês) para projetos comerciais e industriais. A integração visa simplificar a implementação e operação de sistemas de armazenamento, permitindo orquestrar baterias, HVAC, carregadores de veículos elétricos e outros DERs em tempo real, reduzir picos de demanda, gerenciar cargas de forma flexível e acessar serviços de rede — tudo isso com hardware de alta performance e otimização contínua de energia para maximizar o ROI. Com essa parceria, desenvolvedores e integradores ganham acesso direto à plataforma de EMS e VPP, eliminando a necessidade de soluções terceirizadas e diferenciando suas ofertas no mercado. (Power Technology - 29.04.2025)
Portugal: Microrrede garante fornecimento de energia para Universidade de Coimbra durante apagão
Em 28 de abril de 2025, durante o maior apagão que atingiu a Península Ibérica e parte da Europa, a microrrede elétrica resiliente desenvolvida pelo Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra (ISR/FCTUC) comprovou sua eficácia ao manter o abastecimento de cargas críticas de um edifício de forma autônoma por até 72 horas. Concebida no âmbito da tese de doutoramento de Alexandre Matias Correia, a instalação integra sistema fotovoltaico dedicado, dois bancos de baterias, inversores especializados para gestão e sincronização de rede, carregamento bidirecional de veículos elétricos (que podem devolver energia à rede) e capacidade regenerativa para recarga solar durante o dia, substituindo geradores diesel e garantindo resiliência energética em situações extremas. (Universidade de Coimbra - 30.04.2025)
Tecnologias e Soluções Digitais
Cemig: Uso de imagens de nanossatélites para para monitorar e coibir invasões na rede elétrica
A Cemig está utilizando imagens de nanossatélites para monitorar e coibir invasões em faixas de segurança sob suas redes de alta tensão. A tecnologia, baseada na constelação Planet, composta por mais de 130 nanossatélites Dove, permite o acompanhamento diário das linhas de transmissão e distribuição da companhia em toda a sua área de concessão. As imagens obtidas são processadas pela empresa brasileira SCCON. A iniciativa contou com investimento de 2 milhões ao longo dos últimos cinco anos. A empresa, além de vigiar, também explora aplicações como a classificação do solo e entre outros. Por fim, o movimento com os satélites complementa as inspeções terrestres e amplifica o desempenho das equipes de campo. (Agência CanalEnergia - 22.04.2025)
Grupo Temon: Lançamento de software para gestão e operação de usinas solares no Brasil
O Grupo Temon lançou no mercado fotovoltaico brasileiro um novo software voltado à otimização das etapas de comissionamento, operação e manutenção de usinas solares. Denominada Sistemon, a plataforma utiliza um sistema de gestão baseado em CMMS (Computerized Maintenance Management System) e permite o acesso direto, em campo, a dados técnicos de equipamentos, históricos de manutenção e documentos como manuais e formulários, por meio da leitura de QR Codes fixados nos ativos. A solução opera com “tags inteligentes” que conectam os equipamentos físicos aos seus respectivos gêmeos digitais. Ao escanear o código, o operador recebe ordens de serviço no celular, executa as tarefas e gera automaticamente um relatório de inspeção. Todas as ações ficam registradas, contribuindo para a tomada de decisões estratégicas, aumento da performance e previsibilidade das operações. (Canal Solar - 30.04.2025)
Engie Brasil: Lançamento de chamada pública para inovação em usinas solares
A Engie Brasil abriu inscrições para o InovaSolar, programa voltado ao financiamento de projetos inovadores para usinas solares de grande porte, com prioridade para propostas oriundas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Podem participar universidades, startups, ICTs, consultorias e empresas de base tecnológica com sede no Brasil. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 9 de junho pelo site da empresa. Os projetos farão parte do PD&I da ANEEL, sob coordenação da Engie Brasil Energia, com foco na melhoria da eficiência operacional e energética dos parques solares. Não há limite financeiro imposto, desde que os custos estejam alinhados ao escopo da proposta. As iniciativas devem ser inéditas, ter duração máxima de 18 meses e ser concluídas até o fim de 2026, incluindo testes em campo. A pesquisa será organizada em dez eixos estratégicos, abordando temas como limpeza de painéis fotovoltaicos, prevenção de furtos, controle de vegetação, detecção de incêndios, confiabilidade de rastreadores solares, redução de perdas operacionais e resposta a eventos climáticos extremos. As equipes deverão ser compostas por doutores e pós-graduandos, no caso de instituições acadêmicas, ou profissionais sênior e pleno, no caso de empresas privadas. O financiamento poderá cobrir despesas com equipe, materiais e operações. Os projetos selecionados serão anunciados em julho, com início previsto para o segundo semestre de 2025. (Canal Solar - 30.04.2025)
CERN: Lançamento de projeto de otimização quântica para redes elétricas
O Open Quantum Institute do CERN lançou um projeto em parceria com a Classiq e a Wolfram Research para aplicar métodos híbridos quânticos-clássicos na otimização de redes elétricas, focando inicialmente no problema de comprometimento de unidades. A iniciativa visa criar modelos escaláveis para o setor de energia, combinando síntese de software quântico e estruturas matemáticas avançadas. Outros projetos do instituto incluem otimização de layout de turbinas eólicas, simulações para novas baterias, modelagem de fusão inercial e captura de carbono, sempre ligados a objetivos de desenvolvimento sustentável. (Smart Energy – 25.04.2025)
Endesa: Parceria com universidade visando pesquisa de IA para redes elétricas
A Endesa firmou parceria com a Universidade de Granada para criar uma nova cátedra focada no uso de inteligência artificial e computação quântica em redes de distribuição elétrica, visando enfrentar os desafios da crescente eletrificação e geração distribuída. Esta é a sexta cátedra de inovação energética apoiada pela Endesa na Espanha, fortalecendo a pesquisa, a formação acadêmica e a transferência de conhecimento entre universidades e o setor elétrico. (Smart Energy – 22.04.2025)
Segurança Cibernética
Ciberataque perde força como motivos para apagão em Portugal e Espanha
O apagão que desconectou Portugal, Espanha e parte da França ainda não tem as causas conhecidas. Segundo as informações divulgadas pelas autoridades locais, nenhuma hipótese está descartada, inclusive ataque cibernético, apesar desta opção perder força com o passar do tempo. Na Espanha, para restaurar o fornecimento, a operadora, a Red Eléctrica afirma estar em contato com autoridades, agências e empresas do setor. E ainda, que ativou todos os procedimentos previstos para o restabelecimento do fornecimento. Nesta fase dos trabalhos, o objetivo é fornecer tensão aos grupos geradores para que eles possam entrar em operação e propagar a tensão para a rede e demais grupos. (Agência CanalEnergia - 28.04.2025)
Fórum Econômico Mundial: Alerta para crescentes ameaças cibernéticas à infraestrutura energética após apagão na Península Ibérica
O Fórum Econômico Mundial (FEM) alertou que o recente apagão generalizado na Espanha e em Portugal, embora não tenha se confirmado como resultado de um ataque cibernético, evidenciou vulnerabilidades críticas nas redes elétricas nacionais e intensificou os receios sobre a resiliência da infraestrutura energética frente ao crescimento das ameaças digitais. Citando casos como o ataque à Ucrânia em 2015 e o aumento de incidentes nos EUA, o relatório “Global Cybersecurity Outlook 2025” ressalta que a transição para fontes renováveis e a complexidade das cadeias de suprimentos ampliam os pontos de entrada dos cibercriminosos. Especialistas do FEM, junto a autoridades europeias e da Nozomi Networks, defendem práticas robustas—monitoramento de tráfego, atualização constante de sistemas, gestão rigorosa de terceiros e cooperação internacional—para projetar redes elétricas “segurança-first” e garantir recuperação rápida diante de incidentes, evitando impactos de longo alcance na economia e na sociedade.(Industrial Cyber - 02.05.2025)
Anac: Avsec & Cyber Week discutem regulação e segurança cibernética na aviação civil
A Anac realizará, de 10 a 12 de junho de 2025, em Brasília, o Anac Avsec & Cyber Week, evento que reunirá profissionais dos setores público e privado para debater avanços e boas práticas em segurança na aviação civil, dividindo-se em duas frentes: a XIII Jornada AVSEC (10–11/06), com discussões sobre regulação responsiva, uso de IA no credenciamento de pessoal, monitoramento com drones e elaboração de manuais de prevenção a atos ilícitos; e a Cybersecurity Expo (12/06), que abordará proteção de infraestruturas críticas, segurança de sistemas OT e IoT, cultura de cibersegurança, ISACs e exercícios simulados de resposta a incidentes. Palestrantes do CTIR Gov, UnB, Gol, Claroty, Castle, SITA e da própria Anac compartilharão experiências e soluções tecnológicas, e as inscrições podem ser feitas até 26 de maio pelo Portal de Capacitação da Anac. (ANAC - 30.04.2025)