Uma pesquisa da PwC revelou que 75% dos consumidores brasileiros têm interesse em adquirir veículos elétricos até 2029, destacando o Brasil como líder na América Latina nesse setor. O estudo aponta que os fatores que motivam esse interesse incluem a economia de combustível, o menor impacto ambiental e a conveniência de recarregar em casa. No entanto, desafios como a infraestrutura de carregamento insuficiente e o custo inicial elevado dos veículos elétricos ainda precisam ser superados para impulsionar a eletrificação em massa no país. O estudo também indica que os países em desenvolvimento, como Brasil, Índia, China e Indonésia, apresentam maior interesse por mobilidade elétrica do que os países desenvolvidos. A média global de interesse é de 62%. (Agência Eixos – 03.04.2025)

O Projeto de Lei 497/25, em tramitação na Câmara dos Deputados, propõe a dedução no Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas que investirem em infraestrutura de mobilidade elétrica compartilhada e geração de energia renovável. A proposta prevê dedução de 10% da renda tributável para pessoas físicas e 15% para empresas. Entre os investimentos elegíveis estão: instalação de carregadores públicos para veículos elétricos; sistemas coletivos de geração solar ou eólica em edifícios residenciais ou comerciais; baterias para armazenamento de energia renovável em sistemas compartilhados; e criação de microrredes elétricas com fontes renováveis para abastecimento de comunidades. A proposta, de caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. O objetivo do projeto é incentivar investimentos com impacto coletivo, ampliando o acesso à energia limpa e à mobilidade elétrica no país. (Automotive Business - 07.04.2025)

As vendas de veículos eletrificados no Brasil alcançaram cerca de 40 mil unidades no primeiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 10,6% em relação ao mesmo período de 2024, segundo a ABVE. O dado considera apenas híbridos plug-in e elétricos puros, excluindo os híbridos-leves, que deixaram de ser contabilizados pela entidade neste ano. Em março, foram comercializadas mais de 14 mil unidades, um aumento de 31% em relação ao mesmo mês de 2024 e 10% acima do registrado em fevereiro. Os híbridos plug-in lideraram o mercado, com quase 7 mil unidades vendidas, o que representa cerca de metade do total mensal. Os veículos 100% elétricos corresponderam a 33% das vendas. A ABVE atribui o crescimento à ampliação da infraestrutura de recarga e aos incentivos concedidos por governos estaduais. Em fevereiro de 2025, o país contava com 14.827 eletropostos, quase o dobro do registrado no ano anterior. (Automotive Business - 07.04.2025)

A montadora chinesa GAC planeja iniciar suas operações no Brasil em 2025, ampliando sua presença internacional, que já inclui centros de design na Itália e nos Estados Unidos. A empresa avalia o Brasil como um mercado estratégico com grande potencial, demonstrando interesse em compreender as demandas locais para oferecer produtos alinhados às preferências dos consumidores e às exigências técnicas do país. Em dezembro de 2024, a GAC firmou um acordo de cooperação com as universidades Unicamp, UFSM e UFSC para o desenvolvimento de motores flex e híbridos flex, marcando um primeiro passo na colaboração com instituições brasileiras em pesquisa e desenvolvimento. A área de P&D da montadora, criada em 2006, evoluiu rapidamente com apoio inicial de fornecedores externos e, posteriormente, com equipes próprias. Os centros internacionais operam em conjunto com unidades na China, subordinadas à sede em Guangzhou. A GAC adota uma abordagem cautelosa em mercados externos, reconhecendo que o ritmo de adoção tecnológica fora da China é mais lento. A empresa observa que, embora desenvolva tecnologias avançadas, como estações de carregamento de 800 volts, a infraestrutura limitada em outros países pode restringir a aplicação imediata dessas inovações. (Automotive Business - 04.04.2025)

A Toyota planeja expandir significativamente sua produção de veículos elétricos, com a meta de ter cerca de 15 modelos até 2027, comparado a apenas cinco atualmente. A montadora pretende aumentar a produção para 1 milhão de unidades até 2027, expandindo a fabricação para novos mercados, como Estados Unidos, Tailândia e Argentina, além de Japão e China. Este movimento visa proteger a empresa contra riscos cambiais e tarifários e acelerar a entrega aos clientes. A Toyota já vendeu quase 140 mil elétricos em 2024, mas ainda fica atrás de líderes do setor como Tesla e BYD. Em resposta à crescente concorrência e a um mercado global de veículos elétricos em desaceleração, a Toyota se adapta, focando na produção de modelos mais acessíveis, como o bZ3X na China, e ajustando suas metas de produção para 800 mil unidades até 2026. A montadora também planeja novos modelos e fábricas em diversos mercados, visando um crescimento sólido no setor até 2030. (Valor Econômico - 07.04.2025)