A demanda global por carvão deve atingir um recorde de 8,77 bilhões de toneladas em 2024, e deve permanecer em níveis semelhantes até 2027, conforme relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). A recuperação do uso de carvão após a queda durante a pandemia foi impulsionada por fatores como os altos preços do gás devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, e o aumento no uso de eletricidade em vários países, especialmente na China. A demanda por carvão foi impulsionada pela eletrificação do transporte e aquecimento, maior consumo de resfriamento e o crescimento de setores emergentes, como data centers. Embora a demanda esteja diminuindo nas economias avançadas, em países como Índia e Indonésia, a demanda continua a crescer devido ao aumento populacional e da atividade econômica. O avanço da energia nuclear e das renováveis na China deve limitar o crescimento do consumo de carvão até 2027. O impacto de padrões climáticos e a adoção de tecnologias de energia limpa são fatores importantes para as projeções de longo prazo. (PEi – 13.01.2025) 

Segundo dados de 2024 da Associação Nuclear Mundial, a capacidade global de geração solar foi implementada 100 vezes mais rapidamente que a nuclear, enquanto a eólica cresceu 25 vezes mais rápido. Cerca de 700 GW de energia solar e eólica foram adicionados, em contraste com uma média de 2 GW anuais de capacidade nuclear líquida na última década, limitada por altos custos, longos tempos de construção e fechamento de usinas antigas. Solar e eólica já competem com a geração nuclear em terawatt-horas devido a menores custos e maior viabilidade técnica. Com tecnologias de armazenamento como baterias e hidrelétricas bombeadas, elas lideram o crescimento energético global, desbancando carvão e gás em mercados abertos e impulsionando a descarbonização, consolidando-se como as opções mais econômicas e sustentáveis para energia limpa. (PV Magazine – 13.01.2025) 

Apesar da guerra na Ucrânia e das sanções europeias ao regime de Putin, a Rússia tem aumentado as exportações de gás para a Espanha. Em 2024, as empresas energéticas espanholas importaram mais do dobro de gás russo em comparação a 2021, representando 21,4% das importações totais, um aumento considerável em relação aos 8,7% de 2021. Esse aumento resultou em uma fatura mais alta, com as empresas pagando 25% a mais por uma quantidade inferior de gás em relação a 2021. A Argélia também tem sido um grande fornecedor de gás para a Espanha, enquanto os Estados Unidos representam 17,9% das importações. No entanto, o gás importado, principalmente da Rússia e da Argélia, é associado a fugas de metano, um potente gás de efeito estufa que contribui significativamente para as mudanças climáticas. O metano tem um potencial de aquecimento global muito maior que o CO2, sendo responsável por 30% do aumento da temperatura média global desde a Revolução Industrial. (Energias Renovables – 11.01.2025) 

A capacidade renovável na Europa deverá triplicar até 2050, mas isso ainda ficará abaixo das metas climáticas, de acordo com o Relatório de Visão Geral do Mercado Europeu de Energias Renováveis (ResMOR) da Aurora Energy Research. O relatório aponta que fatores como preços negativos, saturação do mercado e congestionamento da rede dificultarão o cumprimento das metas. A saturação do mercado afetará principalmente países como Grécia, Romênia e Reino Unido, e os preços negativos impactam os ativos renováveis, com a Europa Central enfrentando os menores preços e os países nórdicos liderando em frequência. Embora algumas nações ofereçam proteção contra esses preços, a maioria já oferece pouca ou nenhuma. Além disso, os gargalos na conexão à rede estão prejudicando a expansão das energias renováveis, como visto no aumento de ações corretivas em 2023. Especialistas alertam que o aumento da implantação de energias renováveis ??exacerbará esses riscos, e é crucial que os desenvolvedores adotem estratégias como a diversificação de portfólio. A Aurora sugere que os formuladores de políticas implementem incentivos fortes e estruturas flexíveis para impulsionar o crescimento sustentável do setor e atingir as metas climáticas de Net Zero. (Renews.Biz – 10.01.2025) 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou um memorando de entendimento com o Ministério de Desenvolvimento dos Emirados Árabes Unidos para impulsionar a exploração e o desenvolvimento de minerais estratégicos, com investimentos de até R$ 15 bilhões nas áreas de pesquisa, processamento, comercialização, transferência de tecnologia e capacitação de mão de obra, visando a transição energética. Durante sua agenda nos Emirados, Silveira também anunciou a retomada do processo de adesão do Brasil à Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), interrompido no governo Bolsonaro, e convidou a Irena para secretariar a Coalizão Global para Planejamento da Transição e Segurança Energética, que será lançada oficialmente no Rio de Janeiro em junho. (Valor Econômico - 12.01.2025)  

O Instituto Clima e Sociedade (iCS), com o apoio do Instituto Itaúsa, lançou edital para selecionar projetos de estudos e pesquisas sobre transição energética e neoindustrialização verde. O edital tem valor total de R$ 6 milhões, a ser aportado em projetos cobrindo diferentes temas relacionados à superação de desafios da transição energética do Brasil e à atração de atividades produtivas de baixo carbono. Entre eles, estão modelos de tarifação de energia capazes de garantir tarifas justas e expansão em renováveis, estudos para novas cadeias industriais de baixo carbono e biocombustíveis e proposição de incentivos para acelerar a economia verde e justa. (Agência CanalEnergia - 09.01.2025)