O MME e a EPE lançaram o primeiro caderno do Plano Nacional de Energia (PNE) 2055, que avalia tendências e incertezas para o futuro energético do Brasil nos próximos 30 anos. O estudo destaca transformações relacionadas ao clima, à transição energética, à tecnologia e aos hábitos de consumo, apresentando cinco cenários possíveis para o setor. Com sete grandes tendências e 20 incertezas mapeadas, o plano utiliza métodos de cenarização e uma abordagem sistêmica para facilitar o planejamento de longo prazo. O processo contou com ampla colaboração entre o MME e a EPE, priorizando uma visão compartilhada para um futuro energético sustentável. (MME - 06.01.2025) 

A chamada pública de hubs de hidrogênio com foco na descarbonização da indústria resultou na apresentação de 70 propostas ao Ministério de Minas e Energia. São projetos em 20 estados, contemplando todas as regiões do Brasil. As propostas incluíram hidrogênio produzido a partir das fontes eólica, solar, etanol, biomassa e outras fontes. A quantidade de hidrogênio produzida por projeto variou de 1 mil a 350 mil toneladas por ano. O MME explica que para a análise das propostas foi utilizada metodologia de avaliação que considerou as informações declaradas pelos proponentes com base em critérios de elegibilidade e de priorização, conforme previsto no edital da chamada. A equipe técnica do MME levou em consideração aspectos técnicos, financeiros, e de potencial do projeto de hub, que incluíram o volume de hidrogênio produzido, a indicação de qual será o uso industrial da molécula a ser produzida com foco em descarbonização. Também foram levadas em conta a localização do projeto – se em polo industrial ou zona portuária, a indicação de comprador, ações de P&D, aspectos ambientais e a quantidade de parceiros envolvidos na proposta. (Agência CanalEnergia - 23.12.2024) 

O BNDES e a Finep lançaram um edital com orçamento de R$ 5 bilhões para fomentar a transformação de minerais estratégicos, como lítio, terras raras, níquel, grafite e silício. O objetivo é financiar planos de investimento em cadeias produtivas desses minerais, incluindo a fabricação de componentes como células de baterias e células fotovoltaicas, além de pesquisas e plantas industriais. O programa visa potencializar investimentos de 5 a 10 vezes o valor inicial, promovendo o desenvolvimento sustentável e tecnológico no setor mineral brasileiro, que possui grandes reservas desses recursos. A iniciativa busca posicionar o Brasil como protagonista na transição energética global, não apenas como fornecedor de matérias-primas, mas também como gerador de inovações e soluções sustentáveis. (Valor Econômico - 07.01.2025) 

A Petrobras assinou um Protocolo de Intenções com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a CSN Inova Soluções. O acordo representa uma primeira etapa para estruturar uma parceria de negócios visando a possibilidade de implantação de uma planta de hidrogênio de baixo carbono em escala comercial no Paraná. A iniciativa tem o objetivo de apoiar os esforços de descarbonização das operações e produtos das duas empresas. A parceria pode contribuir também para mitigação dos riscos, fortalecimento da governança corporativa e compartilhamento de informações, experiências e tecnologias. Até então, a última novidade envolvendo o segmento do H2 pela petroleira foi em outubro, para construção de uma planta no Rio Grande do Norte. (Agência CanalEnergia - 20.12.2024) 

A ISA Energia lançou um programa estratégico de investimento em inovação e empreendedorismo a partir de um capital de US$ 130 milhões até 2030. Serão analisados empreendimentos ou startups de base tecnológica de qualquer parte do mundo, que estejam em estágio avançado e que contribuam de forma tangível para acelerar a transição energética. A iniciativa INNDIGO, assim, terá dois enfoques: potencializar a eficiência e a competitividade da transmissão de energia a partir de soluções nas redes elétricas do futuro; e participar em novos negócios no setor, como soluções energéticas distribuídas e armazenamento em grande escala. Dentre os benefícios do programa estão o acesso a capital inteligente, conexão com o mercado latinoamericano, criação de alianças estratégicas, capacidades e experiência para crescimento de negócio e o escalonamento de tecnologias. (Agência CanalEnergia - 20.12.2024)

Os estados-membros da União Europeia atualizaram suas metas de energia renovável offshore para aproximadamente 88 GW até 2030 e cerca de 360 GW até 2050, um aumento significativo em relação aos mais de 20 GW instalados atualmente. Divididas entre cinco bacias marítimas, as metas regionais incluem 56,6 GW nos mares do Norte e 20,2 GW no Báltico até 2030. A atualização, realizada sob o regulamento revisado TEN-E, reflete a prioridade dada à segurança energética e à transição para energia limpa na UE. Esses objetivos orientam o planejamento estratégico da ENTSO-E, que deve revisar seus planos de rede offshore integrada para atender às demandas futuras. (PEi – 24.12.2024) 

Em 2024, quase 60% da eletricidade gerada na Alemanha veio de fontes renováveis, com 254,9 TWh de um total de 431,7 TWh, segundo a Agência Federal de Redes. A energia eólica liderou entre as fontes, com 25,7 TWh offshore e 111,9 TWh onshore, enquanto a fotovoltaica registrou o maior aumento, alcançando 63,3 TWh, impulsionada por mais horas de sol e expansão da capacidade instalada. A geração de fontes convencionais caiu 10,9%, totalizando 176,8 TWh. (Renews.Biz – 03.01.2025)

Em 2024, as energias renováveis superaram 30% da capacidade total de geração de eletricidade nos EUA e devem atingir 37% até 2027, segundo análise da Sun Day Campaign. Durante os primeiros 10 meses do ano, as renováveis responderam por 24,2% da geração elétrica total, com destaque para a energia solar, que representou 79,3% das novas capacidades instaladas no período. A energia solar também liderou as adições em outubro, alcançando 91,8%. Combinadas, solar e eólica representam 21,2% da capacidade instalada e forneceram 17,2% da geração elétrica total no mesmo período. A geração renovável total cresceu 9% em relação a 2023. (Renews.Biz – 23.12.2024)

A agenda ESG tem levado muitos investidores a migrar o foco de produtos específicos para grandes temáticas ao pensar em investimentos responsáveis sob os critérios ambientais, sociais e de governança. A avaliação é de Marcella Ungaretti, responsável de Research ESG da XP. Segundo ela, como ficou muito amplo, tem a questão se é algo que todo mundo faz, mas ninguém realmente faz. Então, investidores têm ido para causas, como clima ou gênero. Ainda que esses temas sejam comumente para alocações de longo prazo, há oportunidades que já devem chamar mais atenção no ano que vem. Segundo a XP, são eles: impulso da transição energética; elevação da demanda de energia pelo avanço da inteligência artificial (IA); governança corporativa como fator ainda mais crítico; compromissos climáticos; e preparativos para o Brasil sediar a COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas prevista para começar no dia 10 de novembro em Belém. (Broadcast Energia – 06.01.2025)  

Três grandes bancos americanos, Citigroup, Bank of America e Morgan Stanley, anunciaram sua saída da Net-Zero Banking Alliance (NZBA), um grupo global comprometido com a redução das emissões de carbono, embora continuem a trabalhar para atingir metas de emissões líquidas zero e apoiar clientes na transição para uma economia de baixo carbono. A decisão segue a mesma tendência de outros bancos, como Goldman Sachs e Wells Fargo, e é influenciada pela crescente pressão política de parlamentares republicanos. A NZBA faz parte da Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ), que também está passando por ajustes para mobilizar mais capital privado para a transição energética. O Citigroup e o Bank of America continuam a apoiar a GFANZ e permanecem comprometidos com a sustentabilidade, enquanto o Morgan Stanley segue com seus esforços para reduzir as emissões financiadas até 2030. (Valor Econômico - 02.01.2025) 

O ano de 2024, segundo o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, foi marcado por desafios, apesar dos números de expansão do segmento solar. E, na avaliação dele, 2025 deverá trilhar um caminho similar. Os entraves detectados para os negócios incluem a depreciação do real ante o dólar, aumento de juros de inflação e as tarifas de energia em alta. Contudo, Sauaia mostra um relativo otimismo diante do avanço das políticas relacionadas à Pauta Verde, que abrem caminho para diversas ações onde o segmento pode se beneficiar, como a Nova Indústria Brasil, a Política Nacional de Transição Energética e COP30, que será realizada em Belém. Além disso, valoração de atributos ambientais da Geração Distribuída (GD) deverá ser outro assunto de destaque para 2025, o que, segundo a Absolar, será positivo para o consumidor de energia. Já em termos de expansão da matriz elétrica, a expectativa para 2025 é a adição de 13,2 GW, o que levaria a fonte solar a 64,7 GW em operação. (Agência CanalEnergia - 17.12.2024) 

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) publicou uma nova Nota Técnica que aborda as taxas de indisponibilidade forçada (TEIF) e programada (IP) em usinas fotovoltaicas e os impactos dessas taxas na geração de energia e na disponibilidade dos projetos. O documento analisa o histórico de valores declarados nos últimos anos, destacando a participação nos leilões de energia nova, os efeitos das alterações nas características técnicas após a emissão da outorga e os impactos para projetos destinados à comercialização no Ambiente de Contratação Livre (ACL). Além disso, o texto apresenta propostas e boas práticas para a avaliação e aplicação dos conceitos de indisponibilidade, com foco em alternativas técnicas que possibilitam um detalhamento assertivo. O objetivo desse trabalho é subsidiar um entendimento mais preciso e técnico sobre como as indisponibilidades influenciam a viabilidade e o desempenho das usinas no setor energético. (EPE – 26.12.2024) 

O Governo de São Paulo renovou até o final de 2026 a isenção do ICMS para micro e minigeração distribuída de energia solar, anteriormente prevista para terminar em 2024. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado, reforça a competitividade da geração solar e beneficia consumidores residenciais, pequenos negócios, produtores rurais e gestores públicos. A decisão é vista como positiva pela ABSOLAR, que destaca a importância da renovação para atender à crescente demanda por energia limpa, apoiar atividades econômicas e contribuir para metas de redução de emissões. São Paulo lidera o país em potência instalada de geração solar distribuída, com mais de 4,8 GW em operação, 514 mil conexões ativas e R$ 22,8 bilhões em investimentos desde 2012. (Canal Solar - 07.01.2025) 

A digitalização dos pedágios em rodovias brasileiras tem impulsionado o uso de energia solar para atender à crescente demanda por eletricidade. A Eixo SP, responsável por 1.200 km de rodovias em São Paulo, está implantando 42 miniusinas solares, com 53% já em operação. Esses projetos incluem painéis fotovoltaicos em telhados e usinas remotas, somando 1,21 MWp de potência. Outras concessionárias também aderiram à energia solar. A CCR AutoBAn, por exemplo, firmou um contrato com a EDP para abastecer 58 unidades do sistema Anhanguera-Bandeirantes com 1.460 MWh anuais de usinas solares no interior paulista. Esses avanços reforçam a integração da energia limpa às operações rodoviárias. (Canal Solar - 07.01.2025) 

Os preços de baterias registraram a maior queda anual desde 2017, mostra levantamento da Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Conforme a análise, o valor médio global do pack de bateria de íon-lítio caiu 20% em relação a 2023, atingindo US$ 115 por kWh. Os principais fatores que explicação a redução de custos incluem o excesso de capacidade de fabricação, economia de escala, preços baixos de metais e outros componentes, adoção de baterias de fosfato de ferro-lítio e a redução no ritmo de crescimento das vendas de carros elétricos. A BNEF destaca que, nos últimos dois anos, os fabricantes de baterias expandiram agressivamente a capacidade produtiva em antecipação ao aumento da demanda por baterias para uso em veículos elétricos e aplicações estacionárias. Atualmente, existem 3,1 TWh comissionados de produção de baterias de íon-lítio no mundo, o que representa mais do que 2,5 vezes a demanda registrada em 2024. (Portal Solar - 03.01.2025) 

A UCB Power anunciou a conclusão de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como parte do seu desenvolvimento estratégico. A captação foi de R$ 150 milhões e será destinada à expansão das atividades da companhia em Manaus (AM) e Extrema (MG). Os recursos viabilizarão investimentos em sistemas de armazenamento de energia (BESS), baterias de Lítio ferro fosfato (LFP) para veículos híbridos e apoio na estratégia de vendas em Battery-as-a-Service, atendendo à crescente demanda por soluções de armazenamento de energia no Brasil e na América Latina. De acordo com a empresa, a operação, realizada em parceria com o BID Invest, também inclui apoio financeiro e estratégico de longo prazo para fomentar soluções de geração de energia renovável, digitalização, automação da produção e melhorias socioambientais e de governança. (Agência CanalEnergia - 30.12.2024) 

A SolaX Power e Sou Energy firmaram parceria para atuar no mercado de autoprodução e armazenamento de energia solar nas regiões Norte e Nordeste. Agora, a Sou Energy passa a comercializar inversores híbridos, baterias e microinversores. Segundo a SolaX Power, esta nova geografia é bastante promissora para abraçar a demanda de soluções de baterias e inversores. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar (ABsolar), a região Nordeste é responsável por quase 60% de toda a potência instalada da fonte no Brasil. (Agência CanalEnergia - 30.12.2024) 

A startup espanhola GDV Mobility apresentou a "megabateria" G-One, um sistema de armazenamento de 7 MW feito com baterias reutilizadas de VEs. O produto promete ser até 60% mais barato que sistemas convencionais, mantendo desempenho e segurança, destacando-se como uma alternativa econômica e sustentável no setor de armazenamento estacionário. Segundo o CEO Germán Agulló, a reutilização de baterias reduz custos sem comprometer a eficiência, reforçando o apelo ambiental e financeiro da solução. (PV Magazine – 06.01.2025) 

Um relatório da S&P Global Mobility prevê um crescimento significativo no mercado global de VEs em 2025, com vendas estimadas em 15,1 milhões de unidades, um aumento de 30% em relação a 2024. A participação de mercado dos VEs passará de 13,2% para 16,7%, com destaque para a China, que deve representar 29,7% do mercado, seguida pelos EUA com 11,2% e a Europa Central e Ocidental com 20,4%. A Índia também se destacará, com crescimento de 117%. Enquanto isso, a produção global de veículos leves deverá cair 0,4%, totalizando 88,7 milhões de unidades, em um cenário de incertezas econômicas e comerciais. O impacto de políticas de incentivo, como os créditos tributários nos EUA, será crucial para o alcance das previsões. (Inside EVs – 05.01.2025) 

A Volkswagen, em parceria com a Xpeng Motors, vai financiar a construção de uma rede de recarga ultrarrápida na China. As empresas também firmaram um acordo para compartilhar mais de 20 mil pontos de recarga em 420 cidades chinesas. Desde 2023, a Volkswagen possui 4,99% da Xpeng, adquiridos por US$ 700 milhões. O plano inclui o desenvolvimento conjunto de dois modelos elétricos até 2026 e uma nova plataforma para veículos mais acessíveis. A estratégia faz parte dos esforços da Volkswagen para recuperar a liderança no mercado chinês, perdido para a BYD em 2023. A montadora alemã também lançará uma nova submarca de VEs e 30 novos modelos nos próximos anos. (Automotive Business - 06.01.2025) 

As vendas anuais da Tesla caíram pela primeira vez em uma década, com 1,79 milhão de veículos vendidos em 2024, 1,1% a menos que no ano anterior. A queda reflete desafios crescentes, como a redução de subsídios na Europa, a preferência por híbridos nos EUA e a concorrência de montadoras chinesas, que estão ganhando espaço em mercados importantes como Ásia e Europa. Embora a Tesla tenha superado a BYD em vendas totais (1,76 milhão), a rival chinesa registrou crescimento de 12% no mesmo período. Na Noruega, a participação de mercado de fabricantes chinesas, como BYD e XPeng, subiu de 5,1% em 2023 para 8,8% em 2024. (Automotive Business - 06.01.2025) 

As vendas de bicicletas elétricas no Brasil podem ter crescido até 21% em 2024, segundo estimativas da Aliança Bike, que também projeta que o país atingirá 300 mil unidades vendidas desde 2016. O setor, que começou com 7.600 unidades anuais, cresceu impulsionado por políticas de mobilidade urbana, como ciclofaixas e ciclovias, alcançando 50 mil vendas anuais em 2023. O mercado movimenta cerca de R$ 506 milhões por ano, com 54% das vendas voltadas para mobilidade urbana e 44% para mountain bikes elétricas, estas últimas mais caras e responsáveis pela maior fatia do faturamento. (Automotive Business - 06.01.2025) 

A CATL está ampliando sua aposta em baterias substituíveis para VEs. A empresa desenvolveu, em parceria com diferentes montadoras, 10 carros equipados com a tecnologia “choco-swap”. Em dezembro, lançará o primeiro modelo com essa inovação, enquanto planeja inaugurar 1.000 estações de troca de baterias até 2025. A CATL acredita que a tecnologia pode levar até um terço dos postos de combustíveis na China a migrarem para esse serviço. Desde o lançamento do serviço EvoGo em 2022, que permite trocas de bateria em 1 minuto, a empresa mantém parcerias com montadoras como Changan e FAW. (Automotive Business - 19.12.2024) 

A Tomada de Subsídios nº 27/2024 da Aneel recebe contribuições até 28 de fevereiro de 2025 sobre a melhor forma de comunicar os resultados dos Sandboxes Tarifários. A iniciativa visa divulgar os projetos em execução e apresentar as etapas já cumpridas, conforme o cronograma regulatório da agência. Atualmente, nove projetos estão em diferentes fases de desenvolvimento, com dois deles já aplicando tarifas experimentais em campo. A Aneel também disponibilizou um vídeo explicativo produzido pelo Comitê de Governança, detalhando de forma clara o andamento dos projetos. (Aneel – 30.12.2024) 

A Aneel autorizou recentemente a implementação de um projeto-piloto de portabilidade da conta de luz dos consumidores de baixa tensão. O projeto, inspirado no modelo da telefonia, permitirá que os clientes escolham seu fornecedor de energia. O projeto será liderado por cooperativas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, abrangendo mais de 3.000 clientes. Durante o teste, dados de consumo e reações a estímulos tarifários serão analisados, gerando um relatório para subsidiar a regulação do mercado livre. Apesar de não haver definição legal para a abertura total, a expectativa é que o mercado movimente R$ 110 bilhões até 2040. Entre as variáveis a serem testadas estão preços, fidelidade, cashback e percepção do consumidor. A falta de conhecimento é vista como principal barreira inicial para a abertura do mercado de energia elétrica. (Valor Econômico - 19.12.2024) 

Em 2022, os Estados Unidos atingiram mais de 70% de penetração de medidores inteligentes no setor residencial, com 119,3 milhões de unidades instaladas, um aumento de 8 milhões em relação a 2021, segundo a avaliação anual da FERC para 2024. Esses medidores representam 72% dos 165 milhões de medidores em operação no país. Regiões como Pacífico, Sul do Atlântico e Oeste Centro-Sul do país registraram taxas superiores a 80%, sendo esta última a maior, com 87%. Todas as demais regiões superaram 50%, exceto a região Atlântica Central (44%) e a Nova Inglaterra (23%). (Smart Energy – 24.12.2024) 

O projeto Celine, financiado pelo Horizonte 2020, visa melhorar a gestão das Comunidades Energéticas por meio de tecnologias digitais. Nove CEs da Sapiens Energia, uma cooperativa valenciana, serão usadas como campos de teste para o desenvolvimento de um ecossistema digital de código aberto e ferramentas baseadas em IA. O projeto, que dura 36 meses, será implementado por um consórcio europeu de 15 parceiros. Ele se concentra em três níveis: coleta e gestão de dados para otimização da energia, serviços avançados de armazenamento e distribuição, e a inclusão de dados climáticos e emissões. O objetivo é capacitar os usuários, melhorar a gestão dos recursos energéticos e promover a transição para energias renováveis. (Energias Renovables – 30.12.2024) 

O MME e a EPE publicaram o Caderno de Ações Norteadoras para o Avanço da Eficiência Energética no Brasil. O documento apresenta os principais conceitos de eficiência energética e características intrínsecas de indicadores, além da atual governança e as ações de estímulo já realizadas a nível nacional, as atividades e os estudos conduzidos pela EPE e seus parceiros sobre o tema. Setorialmente, esse trabalho resgata as propostas de ações para indústria, edificações e transportes, e é proposto um conjunto das principais ações norteadoras para o avanço da eficiência energética no Brasil. Acesse o estudo aqui. 

Segundo a plataforma INOVA-E, projetada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os investimentos do Brasil em eficiência energética vêm diminuindo gradativamente desde 2016. O montante atingiu R$ 309 milhões em 2023, configurando o menor valor já aplicado pelas empresas do setor elétrico desde 2013, quando começou o levantamento. Esse cenário de queda vai contra a ideia de que o segmento precisa avançar até 2030 para amparar o processo de descarbonização, conforme preconiza a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). No total, a plataforma contabilizou R$ 6 bilhões em projetos de eficientização oriundos de investimentos públicos ou publicamente orientados. Mais da metade foi oriunda do BNDES (R$ 4,1 bilhões), enquanto a Aneel e a Finep responderam por 14% e 16%, respectivamente. A destinação aconteceu principalmente para tecnologias aplicadas ao setor de transporte rodoviário, seguida por aplicações não alocadas, e depois para a indústria, residências e comércios. (Agência CanalEnergia - 27.12.2024) 

A Sabesp implementou, em Franca (SP), um projeto pioneiro com uma Turbina de Controle de Perdas que reduz vazamentos de água e gera energia limpa. Funcionando como uma mini hidrelétrica, a turbina produz um excedente médio de 560 kWh/mês, usado atualmente para autoconsumo, com possibilidade futura de abastecer espaços públicos ou unidades da empresa. A iniciativa alia economia, sustentabilidade e alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e a agenda ESG da Sabesp. (Acionista - 07.01.2025) 

A Dcelt Energia, por meio do Programa de Eficiência Energética, entregou 30 geladeiras eficientes a famílias de baixa renda em Xanxerê, substituindo modelos antigos e de alto consumo. Além disso, instalou 335 trocadores de calor, 1.050 lâmpadas LED e seis painéis solares em postos de saúde da região, com previsão de mais 85 trocadores até o final do mês de janeiro. iniciativa reflete o compromisso da Dcelt em aliar inovação e responsabilidade social, garantindo que os consumidores tenham acesso a soluções que contribuem para a economia doméstica e a sustentabilidade. (Tudo sobre Xanxerê - 08.01.2025) 

A Samsung anunciou a nova linha de refrigeradores com tecnologia AI Hybrid Cooling, que combina inteligência artificial e métodos avançados de resfriamento. A inovação adapta o funcionamento às necessidades dos usuários, alternando entre compressor e módulo Peltier para maior eficiência energética. O sistema usa algoritmos de IA para monitorar e ajustar a temperatura automaticamente, otimizando o consumo de energia com o compressor Inverter AI de alta eficiência. Previsto para lançamento global em 2025, o modelo busca ser líder em eficiência energética no mercado. (Samsung - 02.01.2025) 

A Australian Energy Market Commission (AEMC) aprovou uma reforma que permite que usinas virtuais, baterias agregadas e resposta à demanda de grandes consumidores concorram diretamente com geradores tradicionais no mercado de energia. A medida promete reduzir custos, emissões e preços de energia, além de melhorar a eficiência do sistema. A nova regra introduz um “modo de despacho” que permite que essas fontes sejam integradas ao mercado atacadista, oferecendo maior visibilidade e previsibilidade para o operador do sistema. Segundo a presidente da AEMC, Anna Collyer, a mudança amplia a participação de fornecedores e consumidores de forma inovadora, otimizando o mercado de energia. (PV Magazine - 09.01.2025) 

A EDF, geradora de eletricidade de baixo carbono, firmou parceria com a Hypervolt, fabricante de pontos de recarga e fornecedora de software, para integrar carregadores de veículos elétricos (EVs) ao sistema elétrico. Utilizando a tecnologia PowerShift da EDF e o software UltraGrid da Hypervolt, o objetivo é oferecer serviços de resposta de frequência para apoiar a rede elétrica em momentos críticos. A iniciativa, alinhada ao relatório Clean Power 2030 do Operador Nacional do Sistema de Eletricidade (NESO), ajustará automaticamente o consumo dos carregadores com base nas condições em tempo real da rede, ajudando a equilibrar a demanda e o excesso de energia renovável. Isso permitirá aos consumidores economizar, reduzir a pegada de carbono e otimizar o uso de fontes renováveis. Os proprietários de carregadores Hypervolt terão acesso a tarifas automatizadas para carregamento inteligente, mantendo controle sobre suas preferências e acompanhando as economias pelo app da EDF. (T&E - 07.01.2025) 

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) lançou uma versão beta de um novo agente de IA, desenvolvido em parceria com a Microsoft, para explorar a edição de 2024 do World Energy Outlook (WEO-2024). O agente, alimentado por um modelo de IA treinado no relatório completo, permite que os usuários façam perguntas sobre tendências de energia usando linguagem natural. Por exemplo, é possível questionar sobre expectativas de crescimento na demanda de eletricidade global e obter respostas baseadas nas análises do relatório. A ferramenta está disponível no site da IEA e é parte de um esforço para tornar dados e análises mais acessíveis. (IEA – 16.12.2024) 

A hidrelétrica de Itaipu inaugurou um novo Sistema de Telemetria Hidrometeorológica (STH), modernizando sua rede de monitoramento para otimizar a geração de energia e aumentar a segurança operacional. Iniciado em 2020, o projeto substituiu 40 estações remotas e adicionou 18 novas, totalizando 58 pontos com comunicação via satélite ou rádio, com backup em locais críticos. A atualização inclui sensores mais precisos e um sistema de transmissão rápido e confiável, integrando-se ao SCADA e ao SOM da usina. O projeto envolveu colaboração entre equipes brasileiras e paraguaias, com treinamentos específicos e reformas nas estruturas das estações. Essa é a terceira versão do sistema, que evoluiu desde 1982, ampliando o alcance e a precisão na previsão hidrológica. (Agência CanalEnergia - 20.12.2024) 

A crescente demanda por energia solar no Brasil trouxe desafios como o aumento de roubos em sistemas fotovoltaicos, causando prejuízos financeiros e riscos à segurança dos trabalhadores. Para enfrentar esse problema, a fibra óptica sensitiva surge como uma solução inovadora no monitoramento perimetral, oferecendo alta precisão na detecção de intrusões, durabilidade de até 25 anos e operação contínua. Essa tecnologia já é usada em grandes projetos, como a usina solar UFV Futura, na Bahia, que conta com a solução da Aeon Security que possui 22 km de perímetro e é a maior da América Latina com módulos bifaciais. Com potência de 873 MWp, a planta gera energia suficiente para abastecer 1,7 milhão de pessoas, conectada ao SIN. (Canal Solar - 06.01.2025) 

A Elipse Software anunciou o lançamento da nova versão de sua plataforma voltada para automação e controle na área de energia, o Elipse Power 6. De acordo com a companhia, a verificação de links inválidos em Studio do software foi aprimorada, assim como a integração das penas automáticas com o Elipse Plant Manager, resultando em respostas mais rápidas para busca de dados, especialmente em aplicações maiores. A nova versão também apresenta maior velocidade de processamento ao rodar ou atualizar domínios grandes, aumentando a eficiência dos sistemas. Além disso, o módulo processador topológico do Elipse Power agora permite informar quem está efetivamente suprindo energia ao equipamento transferido, proporcionando maior transparência e controle. Por fim, um editor de NodeId foi implementado em Studio, facilitando a configuração e o gerenciamento de conexões da plataforma com servidores. (Agência CanalEnergia - 07.01.2025) 

A Automa planeja lançar novas soluções de Inteligência Artificial (IA) para o setor elétrico renovável em 2025, abrangendo geração eólica, solar, hídrica e armazenamento, com foco em supervisão, controle e proteção de sistemas elétricos. A empresa busca aprimorar suas ferramentas para aumentar a eficiência na operação e manutenção, incluindo previsão de falhas, análise de dados e gêmeos digitais. A IA também é usada para preencher lacunas de dados e prever falhas de equipamentos. A empresa destaca o uso crescente de IA generativa, que, ao digitalizar documentos, permite consultas em linguagem natural sobre dados operacionais. A Automa, responsável por gerenciar 25% da energia gerada no Brasil, está expandindo internacionalmente com escritórios em Portugal e, em breve, na Espanha. (Agência CanalEnergia - 03.01.2025) 

A multinacional italiana Eni lançou o supercomputador HPC6, instalado em seu centro de dados verde em Ferrera Erbognone, perto de Milão. Com mais de 14.000 GPUs e capacidade de 606PFlop/s, o HPC6 supera seu antecessor, HPC5, sendo o quinto supercomputador mais potente do mundo e o primeiro da Europa. Ele será usado para estudos geológicos, armazenamento de carbono, fusão magnética, biocombustíveis e novos materiais. Desenvolvido com tecnologia Cray e resfriamento líquido eficiente, o HPC6 é parte central da estratégia da Eni para acelerar a transição energética e alcançar o carbono zero, fortalecendo sinergias com empresas como Plenitude e Enilive. (PEi – 27.12.2024) 

A Copel contratou a Service IT para realizar a migração e sustentação de quatro bancos de dados em um projeto desafiador com prazo de apenas três meses. A necessidade surgiu devido ao fim do ciclo de vida dos equipamentos antigos, o que poderia gerar prejuízos financeiros e estratégicos caso o prazo não fosse cumprido. A Service IT, especializada em TI, cibersegurança e outsourcing, já fornecia serviços para a Copel desde 2022 e foi escolhida pela sua expertise em soluções de nuvem privada e segurança cibernética. O projeto envolveu a implantação de serviços de nuvem privada (EXACC X10) e a migração dos bancos de dados, com foco não apenas em atualização tecnológica e ganho de performance, mas também em robustez na segurança cibernética. (Baguete - 08.01.2025)