O Senado Federal aprovou o projeto que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), incluindo a criação do Fundo Verde, administrado pelo BNDES, que será abastecido por créditos de empresas com o governo. O fundo facilitará o acesso das empresas a financiamentos para investir em tecnologias verdes. Além disso, a última versão do texto no Senado permite o uso de recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima para financiar projetos do Paten. A proposta inclui projetos de energia solar, eólica, biomassa, biogás, e a expansão de gás natural e hidrelétricas de até 50MW. O relator, Laércio Oliveira, destacou os avanços em iniciativas para a transição ecológica, como o combustível do futuro, hidrogênio e mercado de carbono. (Valor Econômico - 11.12.2024) 

Na COP29, realizada em Baku, o financiamento climático e os mercados de carbono estiveram no centro das discussões. Foi acordada uma meta de mobilizar US$ 300 bilhões em financiamento climático, além de US$ 1,3 trilhão a serem habilitados por atores públicos e privados, embora aquém do necessário pelos países em desenvolvimento. Avanços significativos foram feitos na operacionalização dos mercados de carbono, com salvaguardas ambientais e sociais sob o Artigo 6 do Acordo de Paris. Apesar disso, questões como a eliminação de subsídios aos combustíveis fósseis e a ampliação do financiamento climático permanecem sem resolução. A COP30, em Belém, Brasil, será crucial para consolidar esses avanços e abordar lacunas importantes, especialmente a transição energética e a integração entre clima e biodiversidade. (WE Forum – 26.11.2024) 

Nos dias 4 e 5 de dezembro, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) realizou em Paris sua primeira Conferência Global sobre Energia e Inteligência Artificial, reunindo 300 participantes, incluindo ministros de 25 países e líderes de empresas como Microsoft, Google e NVIDIA. O diretor executivo Fatih Birol destacou que "não há IA sem eletricidade" e que a expansão da IA aumentará significativamente a demanda energética, como observado em data centers, responsáveis por 20% do consumo elétrico na Irlanda. A conferência abordou como a IA pode transformar o setor energético, melhorando eficiência e acelerando inovações. Canadá, França e Coreia comprometeram-se a trabalhar com a IEA em iniciativas conjuntas até 2025. A AIE lançará em breve um chatbot para explorar o World Energy Outlook 2024 e publicará um relatório especial sobre energia e IA em 2025. (IEA – 05.12.2024) 

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou uma resolução que estabelece metas anuais obrigatórias de redução de emissões de gases de efeito estufa para a comercialização de combustíveis no período de 2025 a 2034, dentro do programa Renovabio. A meta global é reduzir em 11,37% a intensidade de carbono (IC) até 2034, com uma redução inicial de 2,2% em 2025. Em termos de Créditos de Descarbonização (CBIOs), a meta para 2025 é de 40,39 milhões de CBIOs, o que permitirá reduzir 40,39 milhões de toneladas de CO2. A resolução visa fortalecer a descarbonização do setor de transportes e estimular o uso de biocombustíveis, com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sendo responsável por distribuir as metas aos distribuidores de combustíveis. (Valor Econômico - 10.12.2024) 

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a criação do Comitê Técnico Permanente Combustível do Futuro (CTP-CF), que será responsável por regulamentar os mecanismos da Lei do Combustível do Futuro (14.993/24). O comitê visa garantir agilidade, transparência e legitimidade na implementação de programas como o diesel verde, combustível sustentável para aviação, biometano e o aumento da mistura de etanol e biodiesel. A lei, que também inclui a captura e estocagem de carbono, pode desbloquear até R$ 1 trilhão em recursos nos próximos dez anos. O ministério coordenará o comitê, que contará com representantes de diversos ministérios e agências governamentais, e trabalhará na regulamentação de aspectos como Intensidade de Carbono e descarbonização no setor de transporte. (Valor Econômico - 10.12.2024) 

Em novembro de 2024, as fontes renováveis responderam por 50,77% da eletricidade produzida na Espanha, superando a soma das usinas nucleares, de ciclo combinado, de carvão e de cogeração. A energia eólica liderou, com 4.816 GWh gerados, seguida por ciclos combinados (4.006 GWh), energia hidráulica (cerca de 3.000 GWh) e solar (cerca de 2.500 GWh). Apesar de uma produção eólica inferior à de novembro de 2023, o setor renovável manteve posição dominante no mix energético nacional. (Energias Renovables – 03.12.2024) 

O Senai Ceará, a Tüv Rheinland e a Agência de Cooperação Alemã (GIZ) firmaram uma Parceria Público-Privada (PPP) para desenvolver um programa técnico de treinamento sobre segurança e saúde ocupacional no manejo e gestão do hidrogênio verde (GH2) em áreas portuárias brasileiras. O acordo ocorre no âmbito do programa internacional de expansão do hidrogênio (H2Uppp), com financiamento do Ministério Federal da Economia e Ação Climática (BMWK). O projeto foi apresentado pela engenheira e assessora do Senai Ceará para Transição Energética, Isabela Maciel, no último encontro do fórum econômico Brasil Alemanha, na cidade de Wolfsburg, em setembro deste ano. Ela agradeceu a todas empresas que contribuíram para submissão: Complexo Industrial e Portuário do Pecém, Fortescue, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Qair e Voltália. “Certamente os resultados desse projeto contribuirão para qualificação da mão de obra local e consequentemente, com a empregabilidade dos cearenses no Hub de hidrogênio,” disse a especialista. (Agência CanalEnergia - 10.12.2024) 

Miguel Rodrigo, diretor-geral do Instituto para a Diversificação e Poupança de Energia (IDAE), destacou no VIII Congresso Nacional de Energias Renováveis que, em 2025, a Espanha terá o dobro de geração renovável, com a energia eólica liderando a matriz elétrica e a fotovoltaica assumindo o segundo lugar, superando pela primeira vez as fonte nuclear. . Ele também enfatizou avanços no autoconsumo, que cresceu 1.000% em seis anos, e o papel do hidrogênio renovável, que se consolida como prioridade. Rodrigo ressaltou a importância de integrar transição energética, formação de talentos e competitividade industrial, alinhando os esforços do IDAE com os objetivos do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (PNIEC). (Energias Renovables – 05.12.2024) 

Nos primeiros três trimestres de 2024, 90% da nova capacidade de geração nos EUA veio de energias renováveis, lideradas pela solar, que adicionou 18.635 MW, seguida pela eólica (2.626 MW). Em setembro, a energia solar respondeu por 75,7% da nova capacidade, consolidando-se como a principal fonte de expansão. Renováveis já representam 30,3% da capacidade total de geração dos EUA. (Renews.Biz – 02.12.2024)

A PSR, na publicação Energy Report, apontou que há evidências científicas muito fortes de que as condições que levaram aos eventos extremos de 2023 e 2024 são estruturais e, mais do que isso, que podem piorar nos próximos anos devido a mudanças irreversíveis na circulação oceânica. Segundo o levantamento da consultoria, cada grau de aumento de temperatura no clima eleva em 7% a capacidade da atmosfera de reter umidade (“esponja atmosférica”), o que explica as chuvas intensas e as secas extremas observados nos últimos tempos. Essa condição somada ao fato de que o aumento da temperatura média global em 2023 e 2024 foi de dois graus culminou no agravamento dos eventos climáticos extremos. Diante disso, a PSR reafirma que as evidências permitem concluir que os investimentos em adaptação são necessários e urgentes. É ponderado que tais medidas de adaptação podem incluir modelos mais sofisticados de cálculo de “volumes de espera”, que levem em consideração as previsões de chuva e reforços nas estruturas dos vertedouros. “O novo normal chegou mais cedo do que se previa porque o aquecimento global está acelerando”, escreve a consultoria. (Agência CanalEnergia - 09.12.2024)

O setor de energia solar no Brasil deve crescer significativamente em 2025, com a previsão de adição de mais 13,2 GW de capacidade instalada, alcançando um total acumulado de 64,7 GW – um aumento de 25% em relação aos atuais 51,5 GW, segundo projeções da Absolar. O estudo indica que tanto a geração distribuída quanto a centralizada podem atrair R$ 39,4 bilhões em novos investimentos, gerar cerca de 396,5 mil empregos em todo o país e acrescentar mais de R$ 13 bilhões em arrecadação aos cofres públicos ao longo de 2025. Do total previsto de 64,7 GW no fim do ano, aproximadamente 43 GW virão de sistemas de MMGD, enquanto os outros 21,7 GW serão provenientes de grandes usinas solares. (Canal Solar - 11.12.2024) 

O MME publicou três portarias que enquadram projetos de GD no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI). As medidas beneficiam 15 projetos de minigeração distribuída solar, garantindo incentivos fiscais para a construção e instalação desses sistemas. Segundo a Absolar, essa iniciativa é fundamental para estimular a adoção de sistemas solares pela população. Trata-se de um mecanismo previsto na Lei 14.300/2022, que facilita a expansão da geração própria de energia solar. Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar, destacou que o REIDI torna os projetos de GD solar mais viáveis, favorecendo sua implantação e gerando benefícios como maior competitividade, avanços tecnológicos e impacto positivo em toda a cadeia do setor. Ele também enfatizou que a MMGD é uma oportunidade importante para democratizar o acesso à energia limpa, renovável e acessível, além de contribuir para que o Brasil cumpra suas metas climáticas, como o Acordo de Paris. (Canal Solar - 09.12.2024) 

O aumento do imposto de importação para módulos fotovoltaicos, de 9,6% para 25%, junto à redução do benefício fiscal para exportação na China, de 13% para 9%, deve afetar significativamente o mercado de GD. A consultoria Greener prevê que essas mudanças resultem em um aumento de 13% no custo de kits solares residenciais, considerando um sistema de 4 kWp. Segundo o estudo, os módulos fotovoltaicos terão um aumento médio de 26% no preço, enquanto o valor total do kit fotovoltaico subirá 13%. Isso também ampliará o tempo de retorno do investimento (payback) de 3 para 3,2 anos, um acréscimo de 6,71%. A consultoria ressalta que 95% do mercado nacional depende de equipamentos solares importados, reforçando a relevância dessas mudanças para o setor. (Canal Solar - 10.12.2024)

A Quinta Turma do TRF-1 determinou a compensação dos cortes de geração, conhecidos como “constrained-off”, impostos aos geradores eólicos e solares pelo ONS. Na avaliação da Absolar, a medida marca um passo relevante para restabelecer a segurança jurídica, regulatória e financeira das empresas do setor de renováveis e, por conseguinte, para pavimentar investimentos no segmento. Para a associação, trata-se de uma vitória para os geradores, que têm sido desafiados de forma crítica nos últimos anos com os elevados e recorrentes cortes determinados pelo ONS, sem nenhum controle e responsabilidade dos empreendedores e, até o momento, sem a mitigação financeira dos respectivos impactos assegurada por lei. (Portal Solar - 09.12.2024) 

A EDP anunciou a aquisição de 33 usinas solares de geração distribuída (GD) em parceria com a Tangisa. A operação, aprovada sem restrições pelo Cade, faz parte da estratégia da empresa para expandir sua presença no setor. Com essa compra, a EDP, que já conta com 90 usinas e 258 MWp de capacidade instalada, pretende dobrar sua capacidade para 500 MWp até 2026. Os novos projetos, em diferentes fases de construção ou desenvolvimento, estão localizados na Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná. Embora o valor do investimento não tenha sido divulgado, a EDP reforça que a iniciativa está alinhada à sua estratégia global de liderança na transição energética e ampliação do uso de fontes renováveis no país. (Canal Solar - 11.12.2024) 

A diretoria da Aneel aprovou, por unanimidade, o avanço na regulamentação do armazenamento de energia elétrica. As atividades regulatórias relacionadas à integração desses sistemas na transmissão, distribuição e consumo serão incluídas na revisão da agenda regulatória para 2025 e 2026. Também foi autorizada uma segunda fase de consulta pública para reunir mais contribuições à minuta da resolução normativa, que contemplará também as hidrelétricas reversíveis. O diretor-geral, Sandoval Feitosa, destacou que, embora a regulamentação geralmente avance em um ritmo mais lento que o mercado, é necessário acelerar esse processo. A segunda etapa da consulta pública terá duração de 50 dias, dez a menos que a anterior, e está programada para ser concluída até 30 de janeiro de 2025. (Canal Solar - 11.12.2024) 

Os preços médios dos sistemas híbridos de armazenamento de energia solar caíram 30% entre janeiro e agosto deste ano, segundo a Solfácil. Essa redução foi impulsionada pela queda de 43% nos custos das baterias de lítio, principal componente desses sistemas, e pelo aumento da demanda. Além disso, os inversores híbridos registraram uma diminuição de 26% nos preços durante o mesmo período. Brainer Martins, COO da Solfácil, afirma que os consumidores enxergam nos sistemas híbridos uma solução confiável para garantir energia ininterrupta e economizar a longo prazo. Ele prevê que essa tecnologia se consolidará como uma alternativa cada vez mais atrativa para quem busca reduzir custos e ter maior controle sobre o consumo e a geração de energia elétrica. (Canal Solar - 06.12.2024) 

O Grupo Moura aposta na servitização do setor elétrico a partir do Moura BESS, um novo conjunto de soluções completas de baterias estacionárias e sistemas de armazenamento de energia para o mercado corporativo. Além de produtos de alta qualidade, a empresa fornece serviços integrados, como gestão de ativos, manutenção 24/7, logística reversa e projetos personalizados, focando na eficiência, redução de custos e backup energético. Com monitoramento em tempo real através de uma central de operações avançada e uma plataforma digital unificada, os clientes acessam relatórios de desempenho que auxiliam na otimização de custos e na proteção de equipamentos, permitindo decisões estratégicas mais assertivas. (Valor Econômico - 05.12.2024) 

O presidente-eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou a intenção de impor tarifas adicionais de 10% sobre todos os produtos da China, além das tarifas já existentes, que incluem um aumento progressivo sobre baterias de íons de lítio. As tarifas sobre baterias chinesas nos EUA devem chegar a 28,4% até 2026, considerando aumentos anunciados pelo governo Biden. Com a nova proposta de Trump, o total poderia atingir 38,4%. Apesar do impacto potencial no mercado de BESS, empresas como a Fluence consideraram o aumento irrelevante devido à exposição limitada de seus pedidos e a acordos que repassam custos aos clientes. Especialistas destacam que o setor de veículos elétricos pode contornar o impacto mais facilmente do que o mercado de BESS, devido à predominância de células LFP, produzidas majoritariamente na China. (Energy Storage – 27.11.2024) 

O governo de Nova Gales do Sul, na Austrália, aprovou um projeto que prevê a construção de um sistema de armazenamento de energia de baterias (BESS, na sigla em inglês) de 500 MW/2.000 MWh da EnergyAustralia, com duração de 4 horas e investimento de AU$ 1 bilhão (US$ 650 milhões). Localizado próximo à usina a carvão Mount Piper, programada para aposentadoria em 2040, o BESS aproveitará a infraestrutura existente e será conectado ao National Electricity Market (NEM). O projeto visa apoiar a transição para fontes renováveis, garantindo firmeza e confiabilidade. Além de gerar empregos, destinará AU$ 2 milhões a projetos comunitários. A conclusão está prevista para 2026. (Energy Storage – 26.11.2024) 

O Projeto de Lei (PL) 6.020/19, que insere incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento sobre mobilidade elétrica na política nacional de energia, retornou à Câmara dos Deputados após ser aprovado no Senado Federal. O texto, de autoria da senadora Leila Barros, inclui novos objetivos para a política energética do Brasil. Como, por exemplo, o incentivo à mobilidade elétrica e, também, às aplicações de biocombustíveis nos modais de transporte do país. Caso o projeto se torne lei de fato, as áreas de P&D de empresas do setor automotivo poderão acessar recursos federais por meio de programas de fomento dentro da política do setor energético. (Automotive Business - 06.12.2024) 

O acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, concluído após 25 anos de negociações, representa uma oportunidade estratégica para o setor automotivo nacional. O Mercosul obteve condições tarifárias mais flexíveis para VEs e tecnologias emergentes, incluindo aquelas ainda indisponíveis no mercado. O novo cronograma estabelece prazos estendidos para eliminação de tarifas: 18 anos para VEs, 25 anos para veículos a hidrogênio (com 6 anos de carência) e 30 anos para novas tecnologias (também com 6 anos de carência). Esses prazos superam o limite anterior de 15 anos para desgravação tarifária, demonstrando um avanço nas negociações. (Automotive Business - 06.12.2024) 

O Governo de Goiás adquiriu 50 ônibus movidos a biometano, com o primeiro veículo previsto para iniciar testes já no primeiro semestre de 2025. A compra faz parte de um projeto de reestruturação do transporte coletivo no estado anunciado em 2022, que está recebendo R$ 1,6 bilhão em investimentos. Outra frente do projeto do Governo do Estado é eletrificar parte da frota que circula em Goiás, com pelo menos 150 novos veículos do tipo circulando. Segundo o site Mais Goiás, em 2024 o governo colocou em circulação 14 veículos elétricos: dois no Eixão, dois em linhas que perpassam a T63 e outros 10 que estão operando no BRT Norte Sul, recém inaugurado pela Prefeitura de Goiânia. (Automotive Business - 11.12.2024) 

A Stellantis e CATL firmaram acordo para investir até € 4,1 bilhões na construção de uma fábrica de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) de grande escala em Zaragoza, Espanha. Os planos das empresas parceiras indicam que a fábrica iniciará as operações até o fim de 2026. Por meio de comunicado, informaram que a parceria impulsionará a oferta de baterias para VEs.A transação deverá ser concluída ao longo de 2025 e está sujeita às condições regulatórias das entidades antitruste. (Automotive Business - 10.12.2024) 

A Stellantis firmou uma parceria com a Zeta Energy com o objetivo desenvolver peças de lítio-enxofre para os VEs da montadora. Segundo as empresas, tais baterias têm o potencial de aumentar a velocidade de carregamento rápido em até 50%. Além disso, os equipamentos também são mais leves, sem perder a capacidade em kWh. Desta forma, podem conferir maior autonomia para o carro elétrico – e até melhor desempenho. A tecnologia também salta aos olhos em questões de custo. A estimativa da Stellantis e da Zeta é que as baterias de lítio-enxofre tenham custo inferior à metade do valor por kWh das atuais peças de íons de lítio. (Automotive Business - 09.12.2024) 

Em decisão da Comissão do Mercado de Energia da Austrália (AEMC, na sigla em inglês), foi aprovada uma regra final para acelerar a implementação de medidores inteligentes no mercado nacional de eletricidade até 2030. O objetivo é antecipar os benefícios dessa tecnologia, como redução de custos para clientes e maior eficiência na gestão de redes de energia habilitadas por dados. As reformas incluem medidas para melhorar o acesso a dados de qualidade, proteger clientes contra custos iniciais e assegurar consentimento informado antes de mudanças tarifárias. Após a instalação do medidor, os clientes têm dois anos de proteção contra alterações não autorizadas de tarifas. A implementação, planejada para ocorrer entre 2024 e 2026, deve gerar benefícios líquidos significativos, como a economia com leitura manual de medidores e maior rapidez na restauração de energia em interrupções. Atualmente, 57% dos medidores no mercado nacional possuem leitura remota. (Smart Energy – 03.12.2024) 

O MME, em parceria com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), realizou um treinamento sobre Políticas de Eficiência Energética em Economias Emergentes na América Latina. A capacitação foi destinada a profissionais e gestores, abordando a aplicação da eficiência energética na indústria, edificações, equipamentos e transporte, além de metodologias de avaliação e monitoramento de indicadores. Leandro Andrade, diretor do Departamento de Informações, Estudos e Eficiência Energética do MME, ressaltou que as políticas de eficiência energética são essenciais para a transição energética no Brasil. Ele enfatizou que o treinamento é crucial para consolidar o conhecimento necessário para implementar ações em diversos setores da economia. O evento contou com a participação de profissionais e representantes da indústria, academia, associações, sociedade civil, consultores, especialistas e gestores públicos de diferentes níveis e regiões do Brasil, além de representantes de países latino-americanos, como México, Chile, Colômbia, Guatemala, Costa Rica, Argentina e Uruguai. (MME - 06.12.2024) 

O Governo de Minas Gerais, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), firmou a captação de US$ 220 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) com o CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe. O anúncio marca um momento histórico na parceria entre as instituições, sendo o maior valor já captado pelo BDMG e a primeira operação no modelo A/B loan realizada pelo CAF no Brasil com um banco de fomento. Os recursos serão destinados a projetos estratégicos que promovam sustentabilidade, eficiência energética, powershoring e desenvolvimento sustentável e inclusivo. Eles também beneficiarão micro e pequenas empresas e prefeituras. Fernando Passalio, secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, destacou que os investimentos reforçam um dos pilares do governo estadual: fomentar uma economia responsável e alinhada às questões ambientais. (Agência Minas - 10.12.2024) 

A Distribuição São Paulo celebrou os resultados da parceria com o município de Santo André no âmbito do Programa de Eficiência Energética. A iniciativa, que já substituiu mais de 3.000 lâmpadas antigas por modelos LED na iluminação pública de Santo André, marca um avanço na busca por uma cidade mais sustentável. De acordo com a Enel, a economia gerada com a instalação das novas lâmpadas equivale ao consumo de 1.200 residências, além de reduzir custos e melhorar a segurança pública. Ana Maranho dos Santos, coordenadora do Programa de Eficiência Energética da Enel, destacou que a modernização da iluminação e o uso eficiente de energia são investimentos em soluções inovadoras. Com a troca, a cidade estima uma economia anual de 2.519 MWh, equivalente ao consumo de 1.200 residências. (Diário do Grande ABC - 05.12.2024) 

A Absolar irá promover na cidade de São Paulo um evento com autoridades públicas, especialistas e empresários para debater as tendências e perspectivas para a fonte solar em 2025. Dentre os temas a serem discutidos, destacam-se: usinas híbridas, armazenamento de energia elétrica, produção e armazenamento de hidrogênio, microrredes, minirredes, digitalização, entre outras. O evento deve reunir mais de 900 participantes nos dois dias, além de dezenas de expositores que apresentarão tendências, cases de sucesso e novas soluções para o setor fotovoltaico. (Petronotícias - 10.12.2024) 

A cidade de Chelsea, no estado americano de Massachusetts, lançou um projeto de microrede solar e baseada na nuvem. A primeira fase teve início em 2 de dezembro, com a instalação de centenas de painéis solares no edifício City Yard, que durou três dias. Essa instalação marca o começo de uma rede de energia local que garantirá fornecimento confiável e limpo durante períodos de alta demanda e quedas de energia. A microrede irá abastecer o City Yard com uma combinação de energia solar, armazenamento em baterias e geradores movidos a combustível renovável. Em caso de falha no fornecimento de energia, a microrede poderá se desligar da rede principal, garantindo que os serviços essenciais continuem operando e protegendo os residentes mais vulneráveis da cidade. "Esta microrede é um projeto de infraestrutura crucial para a cidade de Chelsea, onde eventos climáticos extremos e interrupções de energia podem se tornar mais frequentes", afirmou Fidel Maltez, gerente da cidade de Chelsea. (Renewable Energy Magazine - 05.12.2024) 

O Departamento de Energia dos EUA (DOE, na sigla em inglês) anunciou um compromisso condicional para garantir um empréstimo de até US$ 305,54 milhões para a IceBrick Energy Assets I, LLC, subsidiária da Nostromo Energy, Inc., para financiar o Project IceBrick. Esse projeto de usina virtual (VPP) incluirá até 193 instalações de armazenamento de energia térmica fria (TES, na sigla em inglês) em edifícios comerciais na Califórnia. O Project IceBrick visa oferecer eficiência como serviço, congelando uma solução à base de água durante os horários de maior oferta e energia limpa. O sistema IceBrick armazena o gelo e o utiliza para resfriar os edifícios durante os picos de demanda, quando a rede elétrica enfrenta maior carga. Quando estiver totalmente operacional, o projeto poderá fornecer o equivalente a cerca de 170 MW e 450 MWh de capacidade de armazenamento para hotéis, escritórios, centros de dados e outros edifícios comerciais. (PV Magazine - 10.12.2024) 

Após sete anos de desenvolvimento, a microrede da Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais (MCAS) Miramar, na Califórnia, atingiu um novo marco com a adição de um sistema de armazenamento de energia com baterias (BESS) de 1,5 MW/3,3 MWh. Desenvolvido e instalado pela Schneider Electric, o BESS aumenta a capacidade de armazenamento de energia da microrede em 1.500 kW / 3.300 kWh. Além do BESS, a microrede de Miramar conta com uma usina a diesel e gás natural de 6,5 MW, 2 MW de energia solar, um gerador diesel de backup de 2 MW e um gerador de energia renovável de gás de aterro de 3,2 MW. O BESS permitirá à MCAS Miramar reduzir a demanda sobre a rede elétrica local e maximizar o uso do gerador de energia renovável de gás de aterro quando o sistema estiver desconectado da rede em modo isolado. (Microgrid Knowledge - 10.12.2024) 

O Conselho de Hackney, no Reino Unido, iniciará a instalação de células solares nos telhados de edifícios públicos, com a eletricidade sendo direcionada diretamente para os conjuntos habitacionais, em vez de ser enviada para a rede elétrica nacional. O projeto do Conselho de Hackney utiliza uma solução de microrede para fornecer eletricidade solar gerada nos telhados diretamente aos moradores dos apartamentos. Desenvolvido pela especialista em energia Emergent Energy, com o apoio de Hackney Light and Power, braço de serviços energéticos do Conselho, o sistema visa oferecer energia mais limpa e economia de cerca de 15% nas contas de eletricidade em comparação com as tarifas do mercado. (Ian Visits - 11.12.2024) 

A startup cloudvBOX, sediada em Sorocaba, desenvolveu uma tecnologia que reduz em até 48% o consumo de energia dos data centers, integrando inovação e sustentabilidade. “O vBOX EDGE surge como resposta inovadora ao setor, oferecendo uma nuvem privada completa, personalizada e eficiente energeticamente”, explica Silvan Alves, CEO da cloudvBOX. Segundo ele, a solução não é apenas uma oportunidade para empresas privadas, mas também um exemplo de conscientização ambiental para entes públicos. O vBOX EDGE é um micro data center modular com infraestrutura de nuvem soberana. Sua implementação é rápida e limpa, graças ao sistema plug and play, eliminando reformas complexas. Desenvolvido com processadores Intel e AMD, o equipamento combina alta capacidade de armazenamento (até 2PB por box) e redes de alta performance (de 10Gbps a 400Gbps), atendendo aplicações intensivas como inteligência artificial e big data. (IT Forum - 11.12.2024) 

A Finep concedeu um crédito de R$ 102 milhões à TSEA Energia para viabilizar seu novo plano de inovação. Com mais de 55 anos de expertise em geração, transmissão e distribuição de energia, a TSEA contou com o suporte completo da Macke Consultoria em todo o processo de captação de recursos pela Finep. O projeto visa tornar a TSEA em um modelo de Indústria 4.0 e promover produtos sustentáveis para o setor energético. As principais frentes incluem a modernização da infraestrutura tecnológica, desenvolvimento de produtos voltados para energias renováveis e implementação de práticas sustentáveis. (Terra - 11.12.2024) 

Itaipu Binacional recebeu o 3º Encontro Técnico de Segurança Cibernética da ABRAGE (Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica), organizado em parceria com o Itaipu Parquetec. O evento reuniu especialistas e profissionais da área para discutir os desafios e soluções em segurança cibernética voltadas para ambientes de Tecnologia Operacional (TO), com foco na proteção de infraestruturas críticas, especialmente no setor de geração de energia. Durante a programação, foram realizadas palestras e apresentações de instituições como a Aneel, que abordou as regulamentações específicas para a segurança cibernética em sistemas de TO, e o ONS, que discutiu os requisitos de segurança necessários para o setor elétrico. O Exército Brasileiro também esteve presente, compartilhando experiências em exercícios de segurança realizados internacionalmente, trazendo uma perspectiva ampliada sobre a proteção de infraestruturas críticas no Brasil. O Diretor Técnico da Itaipu Binacional, Renato Sacramento, enfatizou a importância da segurança cibernética no âmbito elétrico. “A segurança cibernética é vital para o setor, especialmente para as usinas hidrelétricas. Em um cenário onde dependemos muito da conectividade, investimos constantemente em sistemas de proteção. Além disso, a Atualização Tecnológica da usina de Itaipu aumentará significativamente a quantidade de elementos digitais no processo de produção de energia elétrica, trazendo maior complexidade à manutenção da disponibilidade e da integridade dos ativos, mas também prevê desde concepção contramedidas robustas e modernas de segurança cibernética”. (CISO Advisor - 09.12.2024)